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LEI ORGÂNICA
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo de Santa Cruz do Sul, eleitos por sua vontade soberana,
reunidos para elaborar a Lei Orgânica, destinada a assegurar a participação popular na
defesa de seus princípios e objetivos, afirmando nosso compromisso com as aspirações de
um município fiel às suas origens e à vocação histórica coerente com a tradição nacional e
rio-grandense, promulgamos, sob a proteção de Deus, de acordo com a Constituição
Federal e Estadual, esta Lei Orgânica do Município de Santa Cruz do Sul.
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Capítulo I
DO MUNICÍPIO
Art. 2ºOs limites do território do Município só podem ser alterados na forma estabelecida
na Constituição Estadual.
Art. 3ºSão símbolos do Município de Santa Cruz do Sul o brasão, a bandeira e o hino
municipal.
Capítulo II
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
SEÇÃO I
DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA
VII - desapropriar, por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, nos casos
previstos em lei;
XIII - disciplinar a limpeza das vias e logradouros públicos, remoção e destino do lixo
domiciliar e de outros resíduos de qualquer natureza;
SEÇÃO II
DA COMPETÊNCIA COMUM
Art. 5ºAo Município de Santa Cruz do Sul compete, em comum com a União e com o
Estado, observadas as normas de cooperação fixadas em lei complementar:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o
patrimônio público;
SEÇÃO III
DA COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR
Art. 6ºAo Município compete suplementar a legislação federal e estadual no que couber,
e naquilo que disser respeito ao seu peculiar interesse.
Capítulo III
DAS VEDAÇÕES
X - cobrar tributos:
a) em relação a fatos ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou
aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou;
§ 1º As vedações do inciso XIII, alínea "a", não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos
serviços relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas
aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de
preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar
impostos relativamente ao bem imóvel.
TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
Capítulo I
DO PODER LEGISLATIVO
SEÇÃO I
DA CÂMARA MUNICIPAL
§ 1º Cada legislatura terá a duração de quatro anos, compreendendo cada ano uma sessão
legislativa.
§ 3º A despesa total com pessoal no Poder Legislativo, prevista na letra "a" do inciso III do
Art. 20 da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, não excederá o percentual de
2% (dois por cento) da receita corrente líquida do município. (Redação acrescida pela
Emenda à lei Orgânica nº 07, de 1º de novembro de 2011)
Art. 9ºCabe à Câmara, com sanção do Prefeito, dispor sobre todas as matérias de
competência do Município, especialmente sobre:
III - plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos anuais, bem como
abertura de créditos suplementares e especiais;
VIII - criar comissões especiais de inquérito, sobre fato determinado que se inclua na
competência municipal, sempre que o requerer pelo menos um terço; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)
XIII - decidir sobre a perda do mandato de Vereador, por voto secreto e maioria absoluta,
nas hipóteses previstas nos incisos I e II do artigo 19, mediante provocação da Mesa
Diretora ou de partido político representado na sessão, assegurando ao Vereador ampla
defesa, conforme garante § 3º do artigo 55 da Constituição Federal;
XIV - zelar pela preservação de sua competência administrativa e sustar os atos normativos
do Poder Executivo que exorbitem o poder regulamentador ou extrapolem os limites da
delegação legislativa.
§ 2º É fixado em quinze dias, prorrogáveis por igual período, desde que solicitado e
devidamente justificado, o prazo para que os responsáveis pelos órgãos da Administração
Direta prestem as informações e encaminhem os documentos requisitados pelo poder
Legislativo, na forma do disposto na presente lei.
SEÇÃO II
DOS VEREADORES
Art. 12No primeiro ano de cada legislatura, no dia primeiro de janeiro, em sessão solene
de instalação, independente do número, sob a presidência do Vereador mais votado entre
os presentes, os Vereadores prestarão compromisso e tomarão posse.
§ 1º O Vereador que não tomar posse, na sessão prevista neste artigo, deverá fazê-lo no
prazo de trinta dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara.
Art. 13
Art. 13 O mandato do Vereador será remunerado, na forma fixada pela Câmara Municipal,
em cada legislatura para a subseqüente, em data anterior à realização das eleições e em
valor máximo de cinqüenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais, observado o
que dispõe a Constituição Federal. (Redação dada pele Emenda à Lei Orgânica nº 02, de
10/01/2003)
Art. 14 Os Vereadores não disporão, sob qualquer título, de verbas especiais para
destinação ou auxílio a terceiros.
III - para tratar de interesses particulares, por prazo determinado, podendo reassumir o
exercício do mandato antes do término da licença.
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo
quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja
demissível "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior;
II - desde a posse:
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões
ordinárias da Casa, salvo licença ou missão por esta autorizada;
Parágrafo Único - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no
Regimento Interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membros da Câmara
Municipal ou a percepção de vantagens indevidas.
Parágrafo Único - O suplente deverá tomar posse dentro de quinze dias, salvo motivo justo
aceito pela Câmara.
Art. 21Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas
ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram
ou deles receberam informações.
SEÇÃO III
DA MESA DA CÂMARA
Parágrafo Único - Não havendo número legal, o Vereador mais votado dentre os presentes
permanecerá na presidência e convocará sessões diárias, até que seja eleita a Mesa.
Art. 25
Parágrafo Único - Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído pelo voto de dois
terços dos membros da Câmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de
sua atribuições regimentais, elegendo-se outro Vereador para completar o mandato.
I - propor projetos de resolução que criem ou extingam cargos dos serviços da Câmara,
projetos de lei que fixem ou alterem os respectivos vencimentos e realizar a revisão geral;
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)
VI - enviar as contas do Prefeito e elaborar os relatórios de gestão fiscal nos prazos e nas
condições legalmente definidas; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de
10/01/2003)
VIII - apresentar ao Plenário, até o dia quinze de cada mês, o balancete relativo aos
recursos e às despesas do mês anterior;
XI - manter a ordem no recinto da Câmara, podendo solicitar a força necessária para esse
fim.
I - na eleição da Mesa;
II - quando a matéria exigir, para sua aprovação, o voto favorável de dois terços dos
membros da Câmara;
§ 1º Não poderá votar o Vereador que tiver interesse pessoal na deliberação, anulando-se
a votação, se o seu voto for decisivo.
§ 2º O voto será sempre público nas deliberações da Câmara, exceto nos seguintes casos:
SEÇÃO IV
DA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil
subseqüente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados.
Art. 30As sessões da Câmara serão públicas, salvo deliberação em contrário, tomada
pela maioria de dois terços de seus membros, quando ocorrer motivo relevante de
preservação de decoro parlamentar.
Art. 31As sessões só poderão ser abertas com a presença de, no mínimo, um terço dos
membros da Câmara, e esta somente poderá deliberar com a presença da maioria
absoluta.
SEÇÃO V
DA SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA
II - pelo Prefeito;
SEÇÃO VI
DAS COMISSÕES
Art. 34
SEÇÃO VII
DO PROCESSO LEGISLATIVO
SUBSEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
II - lei complementar;
IV - decreto legislativo;
V - resolução.
SUBSEÇÃO II
DAS EMENDAS À LEI ORGÂNICA
I - do Prefeito;
§ 2º A emenda aprovada nos termos deste artigo será promulgada pela Mesa da Câmara
Municipal, com o respectivo número de ordem.
SUBSEÇÃO III
DAS LEIS
Art. 38As leis complementares exigem, para sua aprovação, o voto favorável da maioria
absoluta dos membros da Câmara.
As leis ordinárias exigem, para sua aprovação, o voto favorável da maioria simples
Art. 39
dos membros da Câmara Municipal.
Art. 40A discussão e a votação da matéria constante da ordem do dia só poderão ser
efetuadas com a presença da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.
Art. 42 Compete privativamente ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei que disponham
sobre:
Art. 43É da competência exclusiva da Câmara a iniciativa dos projetos de lei que
disponham sobre:
Art. 45A iniciativa popular poderá ser exercida pela apresentação, à Câmara Municipal, de
projeto de lei subscrito por, no mínimo, cinco por cento do eleitorado municipal.
Art. 46O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa,
considerados relevantes, os quais deverão ser apreciados no prazo de trinta dias.
§ 1º Decorrido, sem deliberação, o prazo fixado no "caput" deste artigo, o projeto será
obrigatoriamente incluído na ordem do dia, para que se ultime sua votação, sobrestando-se
a deliberação quanto aos demais assuntos. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 02, de 10/01/2003)
§ 2º O prazo referido neste artigo não corre nos períodos de recesso da Câmara e não se
aplica aos projetos de codificação.
O projeto aprovado será, no prazo de dez dias úteis, enviado pelo Presidente da
Art. 47
Câmara ao Prefeito, que, concordando, o sancionará e promulgará no prazo de quinze dias
úteis.
Parágrafo Único - Decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silêncio do Prefeito importará
sanção.
§ 1º O veto deverá ser sempre justificado e, quando parcial, abrangerá o texto integral de
artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
§ 2º As razões aduzidas no veto serão apreciadas no prazo de trinta dias, contados do seu
recebimento, em uma discussão.
§ 3º O veto somente poderá ser rejeitado pela maioria absoluta dos Vereadores, realizada
a votação em escrutínio secreto.
§ 4º Esgotado, sem deliberação, o prazo previsto no parágrafo 2º deste artigo, o veto será
colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua
votação final. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)
§ 5º Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito, em quarenta e oito horas,
para promulgação.
§ 6º Se o Prefeito não promulgar a lei em quarenta e oito horas, nos casos de sanção tácita
ou rejeição do veto, o Presidente da Câmara a promulgará e, se este não o fizer, caberá ao
Vice-Presidente, em igual prazo, fazê-lo.
§ 7º A lei, promulgada nos termos do parágrafo anterior, produzirá efeitos a partir de sua
publicação.
§ 8º Nos casos de veto parcial, as disposições aprovadas pela Câmara serão promulgadas
pelo seu Presidente, com o mesmo número da lei original, observando o prazo estipulado
no § 6o.
Parágrafo Único - O disposto neste artigo não se aplica quando houver a concordância
escrita de todos os líderes de Bancadas com assento na Câmara de Vereadores. (Redação
Art. 50 Mesmo com parecer contrário das comissões, o projeto de lei irá à votação do
Plenário da Câmara.
SUBSEÇÃO IV
DOS DECRETOS LEGISLATIVOS E DAS RESOLUÇÕES
SUBSEÇÃO V
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
§ 3º Somente por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal, deixará de
prevalecer o parecer prévio pelo Tribunal de Contas do Estado.
do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)
Parágrafo Único - O Executivo publicará, por edital, na imprensa local, a data a partir da
qual as contas do Município estarão à disposição do contribuinte.
Capítulo II
DO PODER EXECUTIVO
SEÇÃO I
DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO
§ 1º Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito,
salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;
VI - vetar, no todo ou em parte, projetos de lei, na forma prevista nesta Lei Orgânica;
XII - prover e extinguir os cargos públicos municipais, na forma da lei, e expedir os demais
atos referentes à situação funcional dos servidores;
XIII - remeter mensagem e plano de governo à Câmara, por ocasião da abertura da sessão
legislativa, expondo a situação do Município e solicitando as providências que julgar
necessárias;
XIV - enviar à Câmara o projeto de lei do orçamento anual, das diretrizes orçamentárias e
do orçamento plurianual;
XVIII - prestar à Câmara, dentro de quinze dias, prorrogáveis por igual período, desde que
solicitadas e devidamente justificadas, as informações requeridas na forma regimental.
XIX - superintender a arrecadação dos tributos e preços, bem como a guarda e aplicação
da receita, autorizando as despesas e os pagamentos, dentro das disponibilidades
orçamentárias ou dos créditos votados pela Câmara;
XXI - aplicar multas previstas em lei e contratos, bem como revelá-las quando impostas
irregularmente;
XXV - solicitar o auxílio da Polícia do Estado para garantia de cumprimento de seus atos,
bem como fazer uso da Guarda Municipal, no que couber;
XXIX - elaborar e enviar para Câmara Municipal e para o Tribunal de Contas do Estado os
relatórios de gestão fiscal, na forma e nos prazos definidos pela Lei Complementar 101, de
04 de maio de 2000. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de
10/01/2003)
Art. 62 O Prefeito poderá delegar, por decreto, aos Secretários Municipais, funções
administrativas que não sejam competência exclusiva dele.
SEÇÃO III
DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO
IV - a lei orçamentária;
SEÇÃO IV
DOS SECRETÁRIOS DO MUNICÍPIO
Art. 66 Compete aos Secretários Municipais, além das atribuições que esta Lei Orgânica e
as leis estabelecerem:
SEÇÃO V
DOS SUBPREFEITOS
Art. 69Os Subprefeitos distritais, em número não superior a um para cada distrito, são
delegados de confiança, livremente nomeados pelo Prefeito.
I - cumprir e fazer executar, de acordo com as instruções recebidas pelo Prefeito, as leis,
resoluções, regulamentos e demais atos do Prefeito e da Câmara;
SEÇÃO VI
DOS CONSELHOS MUNICIPAIS
Art. 72 Os Conselhos Municipais são órgãos governamentais, que têm por finalidade
auxiliar a administração na orientação, planejamento, interpretação e julgamento de
matéria de sua competência.
Parágrafo Único - O Prefeito Municipal terá o prazo de cento e oitenta dias, a contar de sua
posse, para nomear os membros dos Conselhos Municipais.
SEÇÃO VII
DOS SERVIDORES MUNICIPAIS
I - salário mínimo capaz de atender as suas necessidades vitais básicas e às de sua família
com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e
previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo
vedada sua vinculação para qualquer fim;
III - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável;
VII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho;
X - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;
Parágrafo Único - O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
própria.
§ 1º o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez,
por igual período.
Art. 78 O número de servidores municipais não poderá exceder a 3,5% (três e meio por
cento) do número de eleitores inscritos no Município. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 01, de 06/01/1998)
Art. 81
Art. 82 A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)
Art. 83 Lei específica estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público.
Art. 84 A remuneração dos servidores públicos e o subsídio dos agentes políticos somente
poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada
caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.
Art. 85 Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superior aos
pagos pelo Poder Executivo.
Art. 90Os cargos públicos serão criados por lei, que fixará sua denominação, padrão de
vencimento, condições de provimento e indicará os recursos pelos quais serão pagos seus
ocupantes.
Parágrafo Único - A criação e extinção dos cargos da Câmara, bem como a fixação e
alteração de seus vencimentos, dependerão de projeto de Lei de iniciativa da Mesa.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003).
SEÇÃO VIII
DA PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO GOVERNO MUNICIPAL
Capítulo I
DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL
Art. 97O Município deverá organizar a sua administração, exercer suas atividades e
promover sua política de desenvolvimento urbano dentro de um processo de planejamento
permanente, atendendo aos objetivos e diretrizes estabelecidos no plano diretor e mediante
adequado sistema de planejamento.
Art. 98 A delimitação da zona urbana será definida por lei, observado o estabelecido no
plano diretor.
Capítulo II
DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL
§ 1º Todo órgão ou entidade municipal prestará, aos interessados no prazo de quinze dias
e sob pena de responsabilidade funcional, as informações de interesse particular, coletivo
ou geral, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível, nos casos referidos na
Constituição Federal.
Art. 100 A publicação das leis e atos municipais será feita na forma da lei.
Capítulo III
DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS
Art. 101 A realização de obras públicas municipais deverá estar adequada às diretrizes do
plano diretor.
Parágrafo Único - As tarifas dos serviços públicos ou de utilidade pública deverão ser
fixadas pelo Executivo, tendo em vista a justa remuneração.
Art. 105O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum, mediante
convênio com o Estado, a União ou entidades particulares, ou, ainda, mediante consórcio
com outros municípios.
Capítulo IV
DOS BENS MUNICIPAIS
Art. 106Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações
que, a qualquer título, pertençam ao Município.
Art. 109 A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, dependerá de prévia
avaliação e autorização legislativa.
Art. 110O uso de bens municipais, por terceiros, poderá ser feito mediante concessão,
permissão ou autorização, conforme o caso, e quando houver interesse público,
devidamente justificado.
§ 3º A permissão, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita a título precário,
por decreto.
§ 4º A autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita por portaria,
para atividades ou usos específicos e transitórios, pelo prazo máximo de noventa dias,
salvo quando para o fim de formar canteiro de obra pública, caso em que o prazo
corresponderá ao da duração da obra.
Art. 111 No território do Município, poderão ser cedidos a particular, para serviços
transitórios, máquinas e operadores, desde que não haja prejuízo para os trabalhos do
Município, e o interessado efetue previamente o pagamento arbitrado e assine termo de
responsabilidade pela conservação e devolução dos bens no estado em que os tenha
recebido.
TÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Capítulo I
DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS
I - imposto sobre:
II - taxas;
Capítulo II
DAS LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
Capítulo III
DO ORÇAMENTO
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada mês,
relatório da execução orçamentária.
Art. 116 Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados,
conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica
autorização legislativa.
Art. 119 A despesa com pessoal ativo e inativo não poderá exceder aos limites
estabelecidos em Lei Complementar Federal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 01, de 06/01/1998)
Art. 121Os projetos de lei sobre o plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamentos
anuais serão enviadas pelo Prefeito ao Poder Legislativo nos seguintes prazos:
I - o projeto de lei do plano plurianual, até quinze de maio do primeiro ano da legislatura;
III - os projetos de lei dos orçamentos anuais, até trinta de outubro de cada ano. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Prefeito;
§ 5º O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara Municipal para propor modificação nos
projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão de
Orçamento e Finanças, da parte cuja alteração é proposta.
§ 6º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto
nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
Art. 123 Os projetos de lei de que trata o art. 121, após a apreciação pelo Poder
Legislativo, deverão ser encaminhados nos seguintes prazos, ao Executivo, que,
aquiescendo, o sancionará:
I - o projeto de lei do plano plurianual, até trinta de junho do primeiro ano do mandato do
Prefeito;
III - os projetos de lei dos orçamentos anuais até quinze de dezembro de cada ano.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)
Art. 124 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)
TÍTULO V
DA SEGURANÇA SOCIAL
Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 3º Para a execução do previsto neste artigo, serão adotados, entre outras, as seguintes
medidas:
III - estímulo aos pais e às organizações sociais para formação moral, cívica, física e
intelectual da juventude;
VI - estímulo a entidades particulares, para que criem centros de convivência para idosos e
casas-lares, evitando o isolamento e a marginalização social do idoso;
VIII - colaboração com a União, com o Estado e com outros municípios para a solução do
problema das crianças e dos adolescentes desamparados e desajustados, através de
processos adequados de permanente recuperação.
Capítulo II
DA DEFESA DO CONSUMIDOR
Capítulo III
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA, DO DESPORTO E DO TURISMO
SEÇÃO I
DA EDUCAÇÃO
Art. 127 A educação, direito de todos e dever do Poder Público Municipal, comunidade
escolar e família, baseada na justiça social e na democracia, visa à qualificação para o
trabalho, ao pleno desenvolvimento pessoal para atingir a liberação individual e a
sociedade equilibrada.
Art. 128 O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
A escolha de diretores das escolas municipais será feita através de eleição direta
Art. 130
pela comunidade escolar, na forma da lei.
Art. 131O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários das
escolas oficiais do Município e será ministrado de acordo com a confissão religiosa do
aluno, manifestada por ele, se for capaz, ou por seu representante legal ou responsável.
Art. 134 O Município manterá o magistério municipal em nível econômico, social e moral à
altura de suas funções.
Art. 135O Município consignará recursos, no seu orçamento anual, destinados ao ensino
superior de Santa Cruz do Sul, para investimentos.
Art. 136
III - uma rede pública estadual, integrada pelas instituições de ensino, criadas, mantidas e
administradas pelo Poder Público Estadual;
V - o ensino universitário, criado e mantido pela iniciativa privada e apoiado pelo Poder
Público Municipal.
Art. 137A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das
necessidades do ensino obrigatório, nos termos do plano municipal de educação.
Art. 139 Será criado, na forma da Lei, o Conselho Municipal de Educação, Cultura e
Desporto, órgão colegiado, de caráter consultivo e normativo, para o desenvolvimento da
política da educação, da cultura e do desporto.
Art. 140Deverá ser elaborado o plano plurianual e anual de educação, que será aprovado
pelo Conselho Municipal de Educação, Cultura e Desporto.
O Município se articulará com a União e o Estado para prover a sua área rural de
Art. 141
uma escola agrícola de primeiro e segundo graus, adequada à realidade do setor primário.
SEÇÃO II
DA CULTURA
Art. 144 A lei estabelecerá incentivos para instituições que mantiverem e preservarem
sítios, objetos e documentos históricos, patrimônio cultural e natural do Município.
Art. 145 Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei.
SEÇÃO III
DO DESPORTO
Art. 147 É dever do Município fomentar e amparar o desporto, o lazer e a recreação, como
direito de todos, mediante:
SEÇÃO IV
DO TURISMO
Art. 149 O Município instituirá política de turismo, articulado com as iniciativas públicas e
privadas, desenvolvendo um plano que vise a promovê-lo e incentivá-lo como fator de
desenvolvimento social e econômico.
III - implantação de ações que visem ao permanente controle de qualidade dos bens e
serviços turísticos;
V - ações concretas para tornar o Município um pólo turístico, como forma de diversificar a
economia.
SEÇÃO V
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Capítulo IV
DA SAÚDE E DO MEIO AMBIENTE
SEÇÃO I
DA SAÚDE
Art. 151A saúde é direito de todos os munícipes e dever do Poder Público, assegurada
mediante políticas sociais e econômicas que visem à eliminação do risco de doenças e
outros agravos.
Art. 153 As ações de saúde são de relevância pública, devendo sua execução ser feita
preferencialmente através de serviços públicos e, complementarmente, através de serviços
de terceiros.
III - gerir, executar, controlar e avaliar as ações referentes às condições e aos ambientes
de trabalho;
a) vigilância epidemiológica;
b) vigilância sanitária;
c) alimentação e nutrição;
VII - fiscalizar as agressões ao meio ambiente, que tenham repercussão sobre a saúde
humana, e atuar, junto aos órgãos estaduais e federais competentes, para controlá-las;
Art. 155 As ações e os serviços de saúde, realizados no Município, integram uma rede
regionalizada e hierarquizada, constituindo o Sistema Único de Saúde no âmbito do
Município, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
Parágrafo Único - Os limites dos distritos sanitários referidos no inciso II constarão do plano
diretor de saúde e serão fixados segundo os seguintes critérios:
II - registro de clientela;
SEÇÃO II
DO MEIO AMBIENTE
Art. 160O Município deverá atuar no sentido de assegurar a todos os cidadãos um meio
ambiente saudável e equilibrado, uma vez que constitui bem de uso comum do povo e
essencial à qualidade de vida.
Parágrafo Único - Para assegurar efetividade a esse direito, o Município deverá articular-se
com os órgãos estaduais e federais competentes e, ainda, quando for o caso, com outros
municípios, objetivando a solução de problemas comuns relativos à proteção ambiental.
Art. 164
Art. 167O Município dará atenção especial à delimitação, reserva e preservação das
áreas verdes do chamado Cinturão Verde da cidade.
TÍTULO VI
DA ORDEM ECONÔMICA
Capítulo I
DA POLÍTICA ECONÔMICA
Art. 170 O Município promoverá o seu desenvolvimento econômico, agindo de modo que
as atividades econômicas, realizadas em seu território, contribuam para elevar o nível de
vida e o bem-estar da população local, bem como para valorizar o trabalho humano.
VIII - eliminar entraves burocráticos que possam limitar o exercício da atividade econômica;
a) assistência técnica;
b) crédito especializado ou subsidiado;
c) estímulos fiscais e financeiros;
d) serviços de suporte informativo ou de mercado.
Parágrafo Único - A atuação do Município dar-se-á, inclusive, no meio rural, para a fixação
de contingentes populacionais, possibilitando-lhes acesso aos meios de produção e
geração de renda e estabelecendo a necessária infra-estrutura destinada a viabilizar este
propósito.
Art. 174 A atuação do Município, na zona rural, terá como principais objetivos:
Art. 175 Como principais instrumentos para o fomento da produção da zona rural, o
Município utilizará a assistência técnica, a extensão rural, o armazenamento, o transporte,
o associativismo e a divulgação das oportunidades de crédito e de incentivos fiscais.
Capítulo II
DA POLÍTICA HABITACIONAL
Art. 179 A lei estabelecerá a política municipal de habitação que deverá prever a
articulação e a integração das ações do Poder Público e a participação das comunidades
organizadas bem como os instrumentos institucionais e financeiros para sua execução.
I - a regularização fundiária;
Capítulo III
DA POLÍTICA DOS TRANSPORTES
Art. 185 O Município assegurará transporte coletivo interdistrital e urbano gratuito aos
deficientes, comprovadamente carentes.
Art. 186 Todas as vilas da cidade com mais de cem edificações deverão ter,
obrigatoriamente, pelo menos, uma linha regular de transporte coletivo.
Art. 187 Todos os corredores de ônibus urbano, com mais de seis horários, deverão ser,
prioritariamente, pavimentados.
Capítulo IV
DA POLÍTICA AGRÍCOLA
Art. 188 O Município terá uma política agrícola voltada para os seguintes objetivos:
Parágrafo Único - Para atendimento do "caput" deste artigo, o Município proverá recursos
no seu orçamento anual e se articulará com a União, o Estado e a iniciativa privada.
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 193 No prazo de duzentos e dez dias, a partir da promulgação da Lei Orgânica, deverá
ser criado, por lei, o Conselho Municipal de Educação, Cultura e Desporto.
Art. 194 Lei ordinária, a ser proposta pelo Poder Executivo, criará loteria de números
destinada a apoiar as entidades comunitárias e públicas dedicadas à educação,
recuperação e integração social do deficiente, do menor carente e do idoso.
Art. 196 O Poder Executivo deverá, no prazo de dois anos, contados da promulgação da
presente Lei Orgânica, promover reestudo global do plano de desenvolvimento urbano da
sede do Município e das sedes dos distritos.
Art. 197 O Município imprimirá esta Lei Orgânica para distribuição gratuita nas escolas e
entidades representativas da comunidade, de modo que se faça a mais ampla divulgação
do seu conteúdo.
Art. 198 A Câmara de Vereadores, num prazo de cento e oitenta dias, deverá ter
autonomia própria, com a criação de cargos e pessoal necessário ao pleno funcionamento
de todos os setores.
Art. 199 Os atuais servidores, cedidos há mais de três anos pelo Poder Executivo à
Câmara de Vereadores, num período de seis meses, após a implantação da autonomia
própria, poderão optar por pertencer ao Quadro de Servidores da Câmara ou retornar ao
Executivo.
Parágrafo Único - Os servidores que optarem pelo Quadro da Câmara, terão assegurados
todos os direitos e vantagens já adquiridos em sua vida funcional, inclusive a estabilidade
prevista no Artigo 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição
Federal, de 5-10-1988.
Art. 200 Esta Lei Orgânica, aprovada pela Câmara Municipal, será por ela promulgada e
entrará em vigor na data de sua promulgação, revogadas as disposições em contrário.
VEREADORES:
Sidônia Theisen
1ª Secretária
Erni Wilges
2º Secretário
Ademir Müller
Relator Adjunto
SUPLENTES:
ASSESSORES:
Lúcio Michels
Assessor Jurídico
Nestor Bünecker
Assessor Jurídico