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LEI ORGÂNICA

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE


SANTA CRUZ DO SUL/RS.

PREÂMBULO

Nós, representantes do povo de Santa Cruz do Sul, eleitos por sua vontade soberana,
reunidos para elaborar a Lei Orgânica, destinada a assegurar a participação popular na
defesa de seus princípios e objetivos, afirmando nosso compromisso com as aspirações de
um município fiel às suas origens e à vocação histórica coerente com a tradição nacional e
rio-grandense, promulgamos, sob a proteção de Deus, de acordo com a Constituição
Federal e Estadual, esta Lei Orgânica do Município de Santa Cruz do Sul.

TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Capítulo I
DO MUNICÍPIO

Art. 1º O Município de Santa Cruz do Sul, parte integrante da República Federativa do


Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul, organiza-se autônomo em tudo que respeite seu
peculiar interesse, regendo-se por esta Lei Orgânica e demais leis que adotar, respeitados
os princípios estabelecidos nas Constituições Federal e Estadual.

Art. 2ºOs limites do território do Município só podem ser alterados na forma estabelecida
na Constituição Estadual.

Parágrafo Único - A criação, organização e supressão de distritos e subdistritos compete


ao Município.

Art. 3ºSão símbolos do Município de Santa Cruz do Sul o brasão, a bandeira e o hino
municipal.

Parágrafo Único - O dia 28 de setembro é a data magna do Município.

Capítulo II
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO

SEÇÃO I
DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA

Art. 4º Ao Município de Santa Cruz do Sul, no exercício de sua autonomia, compete:

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I - organizar-se administrativamente, observada a legislação federal e estadual;

II - elaborar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais;

III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência;

IV - arrecadar e aplicar as rendas que lhe pertencerem, na forma da lei;

V - organizar e prestar, diretamente ou por concessão ou permissão, os seus serviços


públicos;

VI - administrar os seus bens, adquiri-los e aliená-los, aceitar doações, legados e heranças


e dispor de sua aplicação;

VII - desapropriar, por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, nos casos
previstos em lei;

VIII - atualizar seu plano diretor, fixando normas de edificações, de loteamento, de


zoneamento, bem como diretrizes urbanísticas convenientes à ordenação de seu território;

IX - estabelecer as servidões necessárias aos seus serviços;

X - regulamentar a utilização dos logradouros públicos;

XI - conceder e permitir os serviços de transporte coletivo, táxis e outros, fixando suas


tarifas, itinerários, pontos de estacionamento e paradas;

XII - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como regulamentar e


fiscalizar sua utilização, incumbindo-se da sua construção e conservação;

XIII - disciplinar a limpeza das vias e logradouros públicos, remoção e destino do lixo
domiciliar e de outros resíduos de qualquer natureza;

XIV - ordenar as atividades urbanas, fixando condições e horários para funcionamento de


estabelecimentos industriais, comerciais e similares, observadas as normas federais
pertinentes;

XV - legislar sobre o serviço funerário e cemitérios, fiscalizando os que pertencerem a


entidades particulares;

XVI - prestar serviços de atendimento da saúde da população, com a cooperação técnica e


financeira da União e do Estado;

XVII - manter programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental, com


cooperação técnica e financeira do Estado e da União;

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XVIII - regulamentar a fixação de cartazes, anúncios, emblemas e quaisquer outros meios


de publicidade e propaganda;

XIX - legislar sobre a apreensão e o depósito de animais e mercadorias apreendidas em


decorrência de transgressões da legislação municipal, bem como sobre a forma e as
condições de venda das coisas e bens apreendidos;

XX - dispor sobre o registro de vacinação, captura ou eliminação de animais com a


finalidade de erradicar moléstias de que possam ser portadores ou transmissores;

XXI - constituir Guarda Municipal e, através de lei complementar, estabelecer a


organização e competência na proteção dos bens, serviços e instalações municipais;

XXII - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural, observando a legislação e ação


fiscalizadora federal e estadual;

XXIII - estabelecer e impor penalidade por infração de suas leis.

SEÇÃO II
DA COMPETÊNCIA COMUM

Art. 5ºAo Município de Santa Cruz do Sul compete, em comum com a União e com o
Estado, observadas as normas de cooperação fixadas em lei complementar:

I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o
patrimônio público;

II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras


de deficiência;

III - proteger os documentos, os bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos


e as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros


bens de valor histórico, artístico e cultural;

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;

IX - promover e executar programas de construção de moradias populares e garantir, em

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níveis compatíveis com a dignidade do ser humano, condições habitacionais, saneamento


básico, acesso ao transporte coletivo e à iluminação pública;

X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalidade, promovendo a


integração dos setores desfavorecidos;

XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração


de recursos hídricos e minerais em seu território;

XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

SEÇÃO III
DA COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR

Art. 6ºAo Município compete suplementar a legislação federal e estadual no que couber,
e naquilo que disser respeito ao seu peculiar interesse.

Parágrafo Único - A competência prevista neste artigo será exercida em relação às


legislações federal e estadual, no que digam respeito ao peculiar interesse municipal,
visando a adaptá-las à realidade local.

Capítulo III
DAS VEDAÇÕES

Art. 7º Ao Município é vedado:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-las, embaraçar-lhes o


funcionamento ou manter com elas ou seus representantes relações de dependência ou
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;

II - recusar fé aos documentos públicos;

III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si;

IV - subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo, com recursos pertencentes aos cofres


públicos, quer pela imprensa, rádio, televisão, serviço de alto-falante ou qualquer meio de
comunicação, propaganda política-partidária ou com fins estranhos à administração;

V - manter a publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgãos


públicos que não tenham caráter educativo, informativo ou de orientação social, assim
como a publicidade da qual constem nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos;

VI - outorgar isenções e anistias fiscais, ou permitir a remissão de dívidas sem interesse


público justificado, sob pena de nulidade do ato;

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VII - exigir ou aumentar tributo sem lei anterior que o estabeleça;

VIII - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrarem em situação


equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por
eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou
direitos;

IX - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão


de sua procedência ou destino;

X - cobrar tributos:

a) em relação a fatos ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou
aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou;

XI - utilizar tributos com efeito de confisco;

XII - estabelecer, por meio de tributos, limitações ao tráfego de pessoas ou bens,


ressalvada a cobrança de pedágio pela utilidade de vias conservadas pelo Poder Público;

XIII - instituir imposto sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços da União, do Estado e de outros municípios;


b) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive de suas fundações, das
entidades sindicais, das instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos, atendidos os requisitos da lei federal;
c) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

§ 1º As vedações do inciso XIII, alínea "a", não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos
serviços relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas
aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de
preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar
impostos relativamente ao bem imóvel.

§ 2º As vedações expressas no inciso XIII, alíneas "b" e "c", compreendem somente o


patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades
nelas mencionadas.

TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

Capítulo I
DO PODER LEGISLATIVO

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SEÇÃO I
DA CÂMARA MUNICIPAL

Art. 8º O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal de Vereadores.

§ 1º Cada legislatura terá a duração de quatro anos, compreendendo cada ano uma sessão
legislativa.

§ 2º A Câmara Municipal é composta de 17 (dezessete) Vereadores, eleitos pelo sistema


proporcional, como representantes do povo. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 06, de 06/09/2011)

§ 3º A despesa total com pessoal no Poder Legislativo, prevista na letra "a" do inciso III do
Art. 20 da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, não excederá o percentual de
2% (dois por cento) da receita corrente líquida do município. (Redação acrescida pela
Emenda à lei Orgânica nº 07, de 1º de novembro de 2011)

Art. 9ºCabe à Câmara, com sanção do Prefeito, dispor sobre todas as matérias de
competência do Município, especialmente sobre:

I - assuntos de interesse local, inclusive suplementando a legislação federal e estadual;

II - tributos municipais, bem como autorizar isenções e anistias fiscais e a remissão de


dívidas;

III - plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos anuais, bem como
abertura de créditos suplementares e especiais;

IV - obtenção e concessão de empréstimos e operação de crédito, bem como a forma e os


meios de pagamento;

V - concessão de auxílios e subvenções;

VI - concessão de serviços públicos;

VII - concessão do direito real de uso de bens municipais;

VIII - concessão administrativa de uso de bens municipais;

IX - alienação de bens imóveis;

X - aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem encargo;

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XI - criação, organização e supressão de distritos e subdistritos;

XII - criação, alteração e extinção de empregos e funções públicas e fixação dos


respectivos vencimentos;

XIII - plano diretor e política urbana;

XIV - convênios com entidades públicas ou particulares e consórcios com outros


municípios;

XV - delimitação do perímetro urbano;

XVI - denominação de próprios municipais, vias e logradouros públicos, não podendo


receber nomes de pessoas falecidas há menos de 90 (noventa) dias; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 08, de 13/12/2011)

XVII - exercício de fiscalização financeira orçamentária, operacional e patrimonial do


Município, com auxílio do Tribunal de Contas do Estado.

Art. 10 Compete, privativamente, à Câmara:

I - eleger sua Mesa, bem como destituí-la na forma regimental;

II - elaborar, aprovar e modificar, a qualquer tempo, o seu Regimento Interno;

III - organizar os seus serviços administrativos;

IV - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, tomar conhecimento de sua renúncia e afastá-


los definitivamente do exercício do cargo;

V - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores para afastamento do


cargo;

VI - autorizar o Prefeito, por necessidade de serviço, a ausentar-se do Município por mais


de cinco dias úteis;

VII - fixar o subsídio do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Vereadores e dos Secretários de


Governo; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

VIII - criar comissões especiais de inquérito, sobre fato determinado que se inclua na
competência municipal, sempre que o requerer pelo menos um terço; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

IX - solicitar informações ao Prefeito sobre assuntos referentes à administração;

X - convocar os Secretários Municipais para prestar informações sobre matéria de sua


competência;

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XI - autorizar referendo e plebiscito;

XII - julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos em lei;

XIII - decidir sobre a perda do mandato de Vereador, por voto secreto e maioria absoluta,
nas hipóteses previstas nos incisos I e II do artigo 19, mediante provocação da Mesa
Diretora ou de partido político representado na sessão, assegurando ao Vereador ampla
defesa, conforme garante § 3º do artigo 55 da Constituição Federal;

XIV - zelar pela preservação de sua competência administrativa e sustar os atos normativos
do Poder Executivo que exorbitem o poder regulamentador ou extrapolem os limites da
delegação legislativa.

§ 1º A Câmara Municipal deliberará, mediante resolução, sobre assuntos de sua economia


interna e nos demais casos de sua competência privativa, por meio de decreto legislativo.

§ 2º É fixado em quinze dias, prorrogáveis por igual período, desde que solicitado e
devidamente justificado, o prazo para que os responsáveis pelos órgãos da Administração
Direta prestem as informações e encaminhem os documentos requisitados pelo poder
Legislativo, na forma do disposto na presente lei.

§ 3º O não atendimento ao prazo estipulado no parágrafo anterior faculta ao Presidente da


Câmara solicitar, na conformidade da legislação federal, a intervenção do Poder Judiciário
para fazer cumprir a legislação.

Art. 11Cabe, ainda, à Câmara conceder título de cidadão santa-cruzense e de cidadão


honorário a pessoas que, reconhecidamente, tenham prestado serviços ao Município,
mediante decreto legislativo, aprovado pelo voto de, no mínimo, dois terços de seus
membros.

SEÇÃO II
DOS VEREADORES

Art. 12No primeiro ano de cada legislatura, no dia primeiro de janeiro, em sessão solene
de instalação, independente do número, sob a presidência do Vereador mais votado entre
os presentes, os Vereadores prestarão compromisso e tomarão posse.

§ 1º O Vereador que não tomar posse, na sessão prevista neste artigo, deverá fazê-lo no
prazo de trinta dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara.

§ 2º No ato da posse, os Vereadores deverão desincompatibilizar-se, e na mesma ocasião,


e ao término do mandato, deverão fazer declaração de seus bens, a qual será transcrita em
livro próprio, constando de ata o seu resumo.

Art. 13

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Art. 13 O mandato do Vereador será remunerado, na forma fixada pela Câmara Municipal,
em cada legislatura para a subseqüente, em data anterior à realização das eleições e em
valor máximo de cinqüenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais, observado o
que dispõe a Constituição Federal. (Redação dada pele Emenda à Lei Orgânica nº 02, de
10/01/2003)

Art. 14 Os Vereadores não disporão, sob qualquer título, de verbas especiais para
destinação ou auxílio a terceiros.

Art. 15 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

Art. 16 O Vereador poderá licenciar-se somente:

I - por moléstia devidamente comprovada ou licença-gestante;

II - para desempenhar missões temporárias de caráter cultural ou de interesse do


Município;

III - para tratar de interesses particulares, por prazo determinado, podendo reassumir o
exercício do mandato antes do término da licença.

Parágrafo Único - Para fins de remuneração, considerar-se-á como em exercício o


Vereador licenciado nos termos dos incisos I e II.

Art. 17 Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no


exercício do mandato, na circunscrição do Município de Santa Cruz do Sul.

Art. 18 O Vereador não poderá:

I - desde a expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo
quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja
demissível "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior;

II - desde a posse:

a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de


contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exerça função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que seja demissível " ad nutum", nas entidades referidas no
inciso I, "a";
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que refere o inciso I,
"a";
d) ser titular de mais de um cargo ou mandato eletivo federal, estadual ou municipal.

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Art. 19 Perderá o mandato o Vereador:

I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;

II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;

III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões
ordinárias da Casa, salvo licença ou missão por esta autorizada;

IV - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição.

Parágrafo Único - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no
Regimento Interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membros da Câmara
Municipal ou a percepção de vantagens indevidas.

Art. 20No caso de vaga ou de licença de Vereador, o Presidente convocará imediatamente


o suplente.

Parágrafo Único - O suplente deverá tomar posse dentro de quinze dias, salvo motivo justo
aceito pela Câmara.

Art. 21Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas
ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram
ou deles receberam informações.

SEÇÃO III
DA MESA DA CÂMARA

Art. 22Imediatamente depois da posse, os Vereadores reunir-se-ão sob a presidência do


mais votado dentre os presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da Câmara,
elegerão os componentes da Mesa, que ficarão automaticamente empossados.

Parágrafo Único - Não havendo número legal, o Vereador mais votado dentre os presentes
permanecerá na presidência e convocará sessões diárias, até que seja eleita a Mesa.

Art. 23 A eleição para renovação da Mesa realizar-se-á sempre na segunda quinzena do


mês de dezembro de cada ano, considerando-se a mesma automaticamente empossada a
partir do dia primeiro de janeiro do ano subseqüente.

Parágrafo Único - O regimento Interno disporá sobre a forma de eleição e a composição da


Mesa.

Art. 24 Os integrantes das comissões técnicas permanentes serão eleitos na primeira


reunião ordinária de cada sessão legislativa.

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O mandato da Mesa será de um ano, permitida a reeleição de qualquer de seus


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membros para o mesmo cargo.

Parágrafo Único - Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído pelo voto de dois
terços dos membros da Câmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de
sua atribuições regimentais, elegendo-se outro Vereador para completar o mandato.

Art. 26 À Mesa, dentre outras atribuições, compete:

I - propor projetos de resolução que criem ou extingam cargos dos serviços da Câmara,
projetos de lei que fixem ou alterem os respectivos vencimentos e realizar a revisão geral;
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

II - elaborar e expedir, mediante Ato, a discriminação analítica das dotações orçamentárias


da Câmara, bem como alterá-las, quando necessário;

III - apresentar projetos de lei dispondo sobre abertura de créditos suplementares ou


especiais, através de anulação parcial ou total da dotação da Câmara;

IV - suplementar, mediante Ato, as dotações do orçamento da Câmara, observado o limite


da autorização constante da lei orçamentária, desde que os recursos para a sua cobertura
sejam provenientes de anulação total ou parcial de suas dotações orçamentárias;

V - devolver à Tesouraria o saldo de caixa existente na Câmara ao final do exercício;

VI - enviar as contas do Prefeito e elaborar os relatórios de gestão fiscal nos prazos e nas
condições legalmente definidas; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de
10/01/2003)

VII - nomear, promover, comissionar, conceder gratificações, licenças, pôr em


disponibilidade, exonerar, demitir, aposentar e punir funcionários ou servidores da Câmara
Municipal, nos termos da lei;

VIII - declarar a perda do mandato de Vereador, nos casos indicados na Constituição


Federal, nesta Lei Orgânica e na legislação federal aplicável.

Art. 27 Ao Presidente da Câmara, dentre outras atribuições, compete:

I - representar a Câmara em juízo e fora dele;

II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos;

III - cumprir e fazer cumprir a Lei Orgânica e o Regimento Interno;

IV - promulgar as resoluções e os decretos legislativos, bem como as leis com sanção


tácita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenário;

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V - fazer publicar os atos da Mesa, bem como as resoluções, os decretos legislativos e as


leis por ele promulgadas;

VI - declarar a perda do mandato do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, nos casos


previstos em lei, salvo a hipótese do inciso IV, do Artigo 19, desta lei;

VII - requisitar o numerário destinado às despesas da Câmara e aplicar as disponibilidades


financeiras no mercado de capitais;

VIII - apresentar ao Plenário, até o dia quinze de cada mês, o balancete relativo aos
recursos e às despesas do mês anterior;

IX - representar sobre a inconstitucionalidade de lei ou ato municipal;

X - solicitar a intervenção no Município, nos casos admitidos pela Constituição do Estado;

XI - manter a ordem no recinto da Câmara, podendo solicitar a força necessária para esse
fim.

Art. 28 O Presidente da Câmara, ou seu substitutivo, só terá voto:

I - na eleição da Mesa;

II - quando a matéria exigir, para sua aprovação, o voto favorável de dois terços dos
membros da Câmara;

III - quando houver empate em qualquer votação no Plenário;

IV - nas votações secretas.

§ 1º Não poderá votar o Vereador que tiver interesse pessoal na deliberação, anulando-se
a votação, se o seu voto for decisivo.

§ 2º O voto será sempre público nas deliberações da Câmara, exceto nos seguintes casos:

a) no julgamento do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores;


b) na eleição dos membros da Mesa, bem como no preenchimento de qualquer vaga;
c) na votação de decreto legislativo para concessão de qualquer honraria;
d) na votação de veto aposto pelo Prefeito.

SEÇÃO IV
DA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA

A Câmara Municipal reunir-se-á, anualmente, de quinze de fevereiro a quinze de


Art. 29
dezembro. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 04, do 14/02/2008)

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§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil
subseqüente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados.

§ 2º A Câmara se reunirá em sessões ordinárias, extraordinárias, solenes e especiais,


conforme dispuser seu Regimento Interno, e as remunerará de acordo com o estabelecido
na legislação específica.

Art. 30As sessões da Câmara serão públicas, salvo deliberação em contrário, tomada
pela maioria de dois terços de seus membros, quando ocorrer motivo relevante de
preservação de decoro parlamentar.

Art. 31As sessões só poderão ser abertas com a presença de, no mínimo, um terço dos
membros da Câmara, e esta somente poderá deliberar com a presença da maioria
absoluta.

O Plenário da Câmara é soberano, sujeitando a suas decisões todos os atos da


Art. 32
Mesa, da Presidência e das Comissões, desde que não contrarie o disposto nesta Lei
Orgânica e no Regimento Interno da Câmara .

SEÇÃO V
DA SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA

Art. 33 A convocação da sessão legislativa extraordinária da Câmara far-se-á:

I - pelo Presidente, em sessão ou fora dela, na forma regimental;

II - pelo Prefeito;

III - pela Comissão Representativa;

IV - pela maioria absoluta.

§ 1º A sessão legislativa extraordinária realizar-se-á sempre durante os recessos


parlamentares e somente deliberará sobre matéria previamente indicada no ato de sua
convocação.

§ 2º O ato de convocação da sessão legislativa extraordinária deverá ser sempre por


escrito e indicar a matéria a ser deliberada e os prazos de início e de fim dos trabalhos.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, do 10/01/2003)

SEÇÃO VI
DAS COMISSÕES

Art. 34

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Art. 34 A Câmara terá comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e


com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar a sua
criação.

§ 1º Em cada comissão será assegurada, quando possível, a representação proporcional


dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Câmara.

§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:

I - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;

II - convocar Secretários Municipais, com a aprovação do Plenário, para prestar


informações sobre assuntos inerentes às suas atribuições;

III - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra


atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;

IV - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

V - solicitar ao Executivo informações e documentos;

VI - dar parecer em projetos de lei, de resolução, de decreto legislativo, ou em outros


expedientes, quando provocadas.

Art. 35 As comissões especiais de inquérito terão poderes de investigação próprios das


autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento da Casa e serão criadas pela
Câmara, mediante requerimento de um terço de seus membros, para apuração de fato
determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao
Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

§ 1º As comissões especiais de inquérito, no interesse da investigação, poderão:

a) proceder a vistorias e levantamentos nas repartições públicas municipais e entidades


descentralizadas, onde terão livre ingresso e permanência;
b) requisitar de seus responsáveis a exibição de documentos e a prestação dos
esclarecimento necessários;
c) transportar-se aos lugares onde se fizer necessária a sua presença, ali realizando os
atos que lhes competirem.

§ 2º No exercício de suas atribuições, poderão, ainda, as comissões especiais de inquérito,


por intermédio de seu presidente:

a) determinar as diligências que reputarem necessárias;


b) requerer a convocação de Secretário Municipal;
c) tomar o depoimento de quaisquer autoridades, intimar testemunhas e inquiri-las sob
compromisso;

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d) proceder a verificações contábeis em livros, papéis e documentos dos órgãos da


Administração.

§ 3º Nos termos do Artigo 3º, da Lei Federal Nº 1579, de 18 de março de 1952, as


testemunhas serão intimadas, de acordo com as prescrições estabelecidas na legislação
penal, e, em caso de não comparecimento, sem motivo justificado, a intimação será
solicitada ao juiz criminal da localidade onde residem ou se encontrem, na forma do Artigo
218, do Código de Processo Penal.

SEÇÃO VII
DO PROCESSO LEGISLATIVO

SUBSEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 36 O processo legislativo compreende:

I - emenda à Lei Orgânica;

II - lei complementar;

III - lei ordinária;

IV - decreto legislativo;

V - resolução.

Parágrafo Único - Lei Complementar disporá sobre a elaboração, alteração, redação e


consolidação das leis municipais. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de
10/01/2003)

SUBSEÇÃO II
DAS EMENDAS À LEI ORGÂNICA

Art. 37 A Lei Orgânica do Município será emendada mediante proposta:

I - do Prefeito;

II - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara Municipal.

§ 1º A proposta de emenda à Lei Orgânica será votada em dois turnos, considerando-se


aprovada quando obtiver, em ambos, o voto favorável de dois terços dos membros da
Câmara Municipal, com o respectivo número de ordem.

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§ 2º A emenda aprovada nos termos deste artigo será promulgada pela Mesa da Câmara
Municipal, com o respectivo número de ordem.

§ 3º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada, ou havida por prejudicada, não


poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

SUBSEÇÃO III
DAS LEIS

Art. 38As leis complementares exigem, para sua aprovação, o voto favorável da maioria
absoluta dos membros da Câmara.

Parágrafo Único - São leis complementares:

I - Código de Posturas Municipais;

II - Código Tributário do Município;

III - Código de Obras ou de Edificações;

IV - Estatuto dos Servidores Municipais;

V - Plano Diretor do Município. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02 de


10/01/2003)

As leis ordinárias exigem, para sua aprovação, o voto favorável da maioria simples
Art. 39
dos membros da Câmara Municipal.

Art. 40A discussão e a votação da matéria constante da ordem do dia só poderão ser
efetuadas com a presença da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.

Parágrafo Único - A aprovação da matéria colocada em discussão dependerá do voto


favorável da maioria dos Vereadores presentes à sessão, ressalvados os casos previstos
nesta lei.

A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe ao Prefeito, a qualquer


Art. 41
membro ou Comissão da Câmara, e aos cidadãos, observado o disposto nesta lei.

Art. 42 Compete privativamente ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei que disponham
sobre:

I - criação, extinção ou transformação de cargos, funções ou empregos públicos na


administração;

II - fixação ou aumento de remuneração dos servidores;

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III - organização administrativa, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e


pessoal da administração;

IV - criação, estruturação e atribuição dos órgãos da administração pública municipal.

Art. 43É da competência exclusiva da Câmara a iniciativa dos projetos de lei que
disponham sobre:

I - criação, extinção ou transformação de cargos, funções ou empregos de seus serviços;

II - fixação ou aumento de remuneração de seus servidores;

III - organização e funcionamento dos seus serviços.

Art. 44 Não será admitido aumento da despesa prevista:

I - nos projetos se iniciativa exclusiva do Prefeito;

II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara Municipal.

Art. 45A iniciativa popular poderá ser exercida pela apresentação, à Câmara Municipal, de
projeto de lei subscrito por, no mínimo, cinco por cento do eleitorado municipal.

§ 1º A proposta popular deverá ser articulada, exigindo-se para seu recebimento, a


identificação dos assinantes, mediante indicação do número do respectivo título eleitoral.

§ 2º A tramitação dos projetos de lei de iniciativa popular obedecerá às normas relativas ao


processo legislativo, estabelecido nesta lei.

Art. 46O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa,
considerados relevantes, os quais deverão ser apreciados no prazo de trinta dias.

§ 1º Decorrido, sem deliberação, o prazo fixado no "caput" deste artigo, o projeto será
obrigatoriamente incluído na ordem do dia, para que se ultime sua votação, sobrestando-se
a deliberação quanto aos demais assuntos. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 02, de 10/01/2003)

§ 2º O prazo referido neste artigo não corre nos períodos de recesso da Câmara e não se
aplica aos projetos de codificação.

O projeto aprovado será, no prazo de dez dias úteis, enviado pelo Presidente da
Art. 47
Câmara ao Prefeito, que, concordando, o sancionará e promulgará no prazo de quinze dias
úteis.

Parágrafo Único - Decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silêncio do Prefeito importará

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sanção.

Art. 48 Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao


interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados
da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da
Câmara, os motivos do veto.

§ 1º O veto deverá ser sempre justificado e, quando parcial, abrangerá o texto integral de
artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

§ 2º As razões aduzidas no veto serão apreciadas no prazo de trinta dias, contados do seu
recebimento, em uma discussão.

§ 3º O veto somente poderá ser rejeitado pela maioria absoluta dos Vereadores, realizada
a votação em escrutínio secreto.

§ 4º Esgotado, sem deliberação, o prazo previsto no parágrafo 2º deste artigo, o veto será
colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua
votação final. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

§ 5º Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito, em quarenta e oito horas,
para promulgação.

§ 6º Se o Prefeito não promulgar a lei em quarenta e oito horas, nos casos de sanção tácita
ou rejeição do veto, o Presidente da Câmara a promulgará e, se este não o fizer, caberá ao
Vice-Presidente, em igual prazo, fazê-lo.

§ 7º A lei, promulgada nos termos do parágrafo anterior, produzirá efeitos a partir de sua
publicação.

§ 8º Nos casos de veto parcial, as disposições aprovadas pela Câmara serão promulgadas
pelo seu Presidente, com o mesmo número da lei original, observando o prazo estipulado
no § 6o.

§ 9º O prazo previsto no § 2º não corre nos períodos de recesso da Câmara.

§ 10 A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou modificada pela Câmara.

§ 11 Na apreciação do veto, a Câmara não poderá introduzir qualquer modificação no texto


aprovado.

Art. 49 A matéria constante de Projeto de Lei rejeitado ou vetado, somente poderá


constituir objeto de novo Projeto de Lei, na mesma sessão legislativa, decorridos 120 (cento
e vinte) dias da data de sua rejeição.

Parágrafo Único - O disposto neste artigo não se aplica quando houver a concordância
escrita de todos os líderes de Bancadas com assento na Câmara de Vereadores. (Redação

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dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 05, de 01/07/2008)

Art. 50 Mesmo com parecer contrário das comissões, o projeto de lei irá à votação do
Plenário da Câmara.

SUBSEÇÃO IV
DOS DECRETOS LEGISLATIVOS E DAS RESOLUÇÕES

Art. 51 O decreto legislativo é a proposição destinada a regular matéria de competência


exclusiva da Câmara, que produza efeitos externos, não dependendo, por isso, de sanção
do Prefeito.

Parágrafo Único - O decreto legislativo, aprovado pela Plenário, em um só turno de


votação, será promulgado pelo Presidente da Câmara.

Art. 52 O projeto de resolução é a proposição destinada a regular matéria político-


administrativa da Câmara, de sua competência exclusiva, e não depende de sanção do
Prefeito.

Parágrafo Único - O projeto de resolução, aprovado pelo Plenário, em um só turno de


votação, será promulgado pelo Presidente da Câmara.

SUBSEÇÃO V
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Art. 53 A fiscalização contábil, financeira e orçamentária do Município será exercida pela


Câmara Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do
Executivo, instituídos em lei.

§ 1º O controle externo da Câmara será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do


Estado, e compreenderá a apreciação das contas do Prefeito e da Mesa da Câmara, o
acompanhamento das atividades financeiras e orçamentárias do município, o desempenho
das funções de auditoria financeira e orçamentária, bem como o julgamento das contas dos
administradores e demais responsáveis por bens e valores públicos.

§ 2º As contas do Prefeito, prestadas anualmente, serão julgadas dentro de sessenta dias


após o recebimento do parecer prévio do Tribunal de Contas. (Redação dada pela Emenda
à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

§ 3º Somente por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal, deixará de
prevalecer o parecer prévio pelo Tribunal de Contas do Estado.

§ 4º A não observância do prazo indicado no § 2º determinará a inclusão do parecer prévio


do Tribunal de Contas sobre as contas que o Prefeito anualmente deve prestar, na ordem

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do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

Art. 54 O Executivo manterá sistemas de controle interno, a fim de:

I - criar condições indispensáveis para assegurar eficácia ao controle externo e


regularidade à realização da receita e despesa;

II - acompanhar a execução de programas de trabalho e do orçamento;

III - avaliar os resultados alcançados pelos administradores;

IV - verificar a execução dos contratos.

Art. 55 As contas do Município ficarão, anualmente, durante sessenta dias, à disposição de


qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhe a
legitimidade, nos termos da lei.

Parágrafo Único - O Executivo publicará, por edital, na imprensa local, a data a partir da
qual as contas do Município estarão à disposição do contribuinte.

Capítulo II
DO PODER EXECUTIVO

SEÇÃO I
DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

Art. 56 O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretários do


Município.

Art. 57 O Prefeito e o Vice-Prefeito, registradas as respectivas candidaturas


conjuntamente, serão eleitos simultaneamente, por eleição direta, em sufrágio universal e
secreto, até noventa dias antes do término do mandato de seus antecessores, dentre
brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício de seus direitos políticos.

Art. 58 O Prefeito e o Vice-Prefeito prestarão compromisso, tomarão posse e assumirão o


exercício na sessão solene de instalação da Câmara Municipal, no dia primeiro de janeiro
do ano subseqüente à eleição.

§ 1º Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito,
salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

§ 2º Enquanto não ocorrer a posse do Prefeito, assumirá o Vice-Prefeito, e, na falta ou


impedimento deste, o Presidente da Câmara.

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Art. 59Será de quatro anos o mandato do Prefeito e do Vice-Prefeito, a iniciar-se no dia


primeiro de janeiro do ano seguinte ao da eleição.

Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, assumirá o Presidente da


Art. 60
Câmara.

SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

Art. 61 Ao Prefeito compete, privativamente:

I - nomear e exonerar os Secretários Municipais;

II - estabelecer o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais do


Município;

III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;

IV - representar o Município, em juízo e fora dele, por intermédio da Procuradoria-Geral do


Município, na forma estabelecida em lei;

V - sancionar, promulgar e fazer publicar leis aprovadas pela Câmara e expedir


regulamentos para sua fiel execução;

VI - vetar, no todo ou em parte, projetos de lei, na forma prevista nesta Lei Orgânica;

VII - decretar desapropriações e instituir servidões administrativas;

VIII - expedir decretos, portarias e outros atos administrativos;

IX - permitir ou autorizar o uso, por terceiros, de bens municipais;

X - permitir ou autorizar a execução de serviços públicos por terceiros;

XI - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração municipal, na forma da


lei;

XII - prover e extinguir os cargos públicos municipais, na forma da lei, e expedir os demais
atos referentes à situação funcional dos servidores;

XIII - remeter mensagem e plano de governo à Câmara, por ocasião da abertura da sessão
legislativa, expondo a situação do Município e solicitando as providências que julgar
necessárias;

XIV - enviar à Câmara o projeto de lei do orçamento anual, das diretrizes orçamentárias e

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do orçamento plurianual;

XV - encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado, até o dia trinta e um de março de cada


ano, a sua prestação de contas e a da Mesa da Câmara, bem como os balanços do
exercício findo;

XVI - encaminhar aos órgãos competentes os planos de aplicação e as prestações de


contas exigidas em lei;

XVII - fazer publicar os atos oficiais;

XVIII - prestar à Câmara, dentro de quinze dias, prorrogáveis por igual período, desde que
solicitadas e devidamente justificadas, as informações requeridas na forma regimental.

XIX - superintender a arrecadação dos tributos e preços, bem como a guarda e aplicação
da receita, autorizando as despesas e os pagamentos, dentro das disponibilidades
orçamentárias ou dos créditos votados pela Câmara;

XX - colocar à disposição da Câmara os recursos correspondentes às dotações


orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, até o dia 20 (vinte)
de cada mês; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

XXI - aplicar multas previstas em lei e contratos, bem como revelá-las quando impostas
irregularmente;

XXII - resolver sobre os requerimentos, reclamações ou representações que lhe forem


dirigidos;

XXIII - oficializar, obedecidas as normas urbanísticas aplicáveis, os logradouros públicos;

XXIV - aprovar projetos de edificação e planos de loteamento, arruamento e zoneamento


urbano ou para fins urbanos;

XXV - solicitar o auxílio da Polícia do Estado para garantia de cumprimento de seus atos,
bem como fazer uso da Guarda Municipal, no que couber;

XXVI - elaborar o plano diretor;

XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Lei Orgânica;

XXVIII - decretar o estado de emergência, quando for necessário preservar ou


restabelecer, em locais determinados e restritos do Município, os serviços essenciais,
atingidos por calamidades de grandes proporções na natureza:

a) decretado o estado de emergência, o Prefeito, dentro de vinte e quatro horas, submeterá


o ato, com a respectiva justificativa, à Câmara Municipal, que decidirá por maioria absoluta;
b) se a Câmara Municipal estiver em recesso, será convocada extraordinariamente, no

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prazo de cinco dias;


c) a Câmara Municipal apreciará o decreto dentro de dez dias, contados do seu
recebimento, devendo continuar funcionando enquanto vigorar o estado de emergência;
d) rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de emergência;

XXIX - elaborar e enviar para Câmara Municipal e para o Tribunal de Contas do Estado os
relatórios de gestão fiscal, na forma e nos prazos definidos pela Lei Complementar 101, de
04 de maio de 2000. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de
10/01/2003)

Art. 62 O Prefeito poderá delegar, por decreto, aos Secretários Municipais, funções
administrativas que não sejam competência exclusiva dele.

SEÇÃO III
DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO

Art. 63Importam responsabilidade os atos do Prefeito ou do Vice-Prefeito que atentem


contra a Constituição Federal, Constituição Estadual, Lei Orgânica do Município e,
especialmente, contra:

I - o livre exercício dos poderes constituídos;

II - o exercício dos direitos individuais, políticos e sociais;

III - a probidade na administração;

IV - a lei orçamentária;

V - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

Parágrafo Único - O processo e o julgamento do Prefeito e do Vice-Prefeito obedecerão, no


que couber, ao disposto nos artigos 29 e 86 da Constituição Federal.

SEÇÃO IV
DOS SECRETÁRIOS DO MUNICÍPIO

Os Secretários Municipais serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e


Art. 64
um anos, no exercício dos direitos políticos.

Art. 65 A lei disporá sobre a criação, estruturação e atribuições das Secretarias.

Art. 66 Compete aos Secretários Municipais, além das atribuições que esta Lei Orgânica e
as leis estabelecerem:

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I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da


administração municipal, na área de sua competência;

II - referendar os atos e decretos assinados pelo Prefeito, pertinentes a sua área de


competência;

III - apresentar ao Prefeito relatório anual dos serviços realizados na Secretaria;

IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhes forem outorgadas ou delegadas


pelo Prefeito;

V - expedir instruções para execução das leis, regulamentos e decretos.

A competência dos Secretários Municipais abrangerá todo o território do Município,


Art. 67
nos assuntos pertinentes às respectivas Secretarias.

Art. 68Os Secretários serão sempre nomeados em comissão e terão os mesmos


impedimentos dos Vereadores e do Prefeito, enquanto permanecerem no cargo.

SEÇÃO V
DOS SUBPREFEITOS

Art. 69Os Subprefeitos distritais, em número não superior a um para cada distrito, são
delegados de confiança, livremente nomeados pelo Prefeito.

Art. 70 Compete aos Subprefeitos:

I - cumprir e fazer executar, de acordo com as instruções recebidas pelo Prefeito, as leis,
resoluções, regulamentos e demais atos do Prefeito e da Câmara;

II - fiscalizar os serviços distritais;

III - atender as reclamações das partes e encaminhá-las ao Prefeito, quando se tratar de


matéria estranha as suas atribuições;

IV - indicar ao Prefeito as providências necessárias ao distrito;

V - prestar contas ao Prefeito, mensalmente, ou quando solicitadas.

Art. 71Os Subprefeitos, em caso de licença ou impedimento, serão substituídos por


pessoas de livre escolha do Prefeito.

SEÇÃO VI
DOS CONSELHOS MUNICIPAIS

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Art. 72 Os Conselhos Municipais são órgãos governamentais, que têm por finalidade
auxiliar a administração na orientação, planejamento, interpretação e julgamento de
matéria de sua competência.

Art. 73 A lei especificará as atribuições de cada Conselho, sua organização, composição,


funcionamento, forma de nomeação de titular e suplente, e prazo de duração do mandato.

Parágrafo Único - O Prefeito Municipal terá o prazo de cento e oitenta dias, a contar de sua
posse, para nomear os membros dos Conselhos Municipais.

Art. 74 Os Conselhos Municipais serão compostos por um número ímpar de membros,


observando, quando for o caso, a representatividade da administração, das entidades
públicas, classistas e da sociedade civil organizada.

SEÇÃO VII
DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

Art. 75 O Município estabelecerá em lei o regime jurídico de seus servidores, atendendo


às disposições, aos princípios e aos direitos que lhes são aplicáveis pela Constituição
Federal, dentre os quais, os concernentes a:

I - salário mínimo capaz de atender as suas necessidades vitais básicas e às de sua família
com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e
previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo
vedada sua vinculação para qualquer fim;

II - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;

III - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável;

IV - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da


aposentadoria;

V - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

VI - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos


da lei;

VII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho;

VIII - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

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IX - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à


do normal;

X - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;

XI - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e


vinte dias;

XII - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

XIII - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos


termos da lei;

XIV - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão


por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 02, de 10/01/2003)

Art. 76 É garantido o direito à livre associação sindical.

Parágrafo Único - O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
própria.

Art. 77 A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em


concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.

§ 1º o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez,
por igual período.

§ 2º Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em


concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre
novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 02 de 10/03/2003)

Art. 78 O número de servidores municipais não poderá exceder a 3,5% (três e meio por
cento) do número de eleitores inscritos no Município. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 01, de 06/01/1998)

Art. 79 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

Art. 80 O Município instituirá conselho de política de administração e remuneração de


pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes, na forma da lei.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/03/2003)

Art. 81

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Art. 81 As funções de confiança, exercidas exclusivamente, por servidores ocupantes de


cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira
nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

Art. 82 A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

Art. 83 Lei específica estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público.

Art. 84 A remuneração dos servidores públicos e o subsídio dos agentes políticos somente
poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada
caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.

§ 1º A lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor


remuneração dos servidores públicos municipais, observados, como limite máximo, os
valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefeito.

§ 2º Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados


nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/03/2003)

Art. 85 Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superior aos
pagos pelo Poder Executivo.

Art. 86 É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para


o efeito de remuneração de pessoal do serviço público.

Parágrafo Único - O subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos


públicos são irredutíveis, ressalvadas as exceções constitucionais. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

Art. 87 Revogado.(Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

Art. 88 É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver


compatibilidade de horários, observado, em qualquer caso, o disposto no inciso XI do artigo
37 da Constituição Federal:

a) a de dois cargos de professor;


b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas.

Parágrafo Único - A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange

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autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas


subsidiárias e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

Art. 89 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

Art. 90Os cargos públicos serão criados por lei, que fixará sua denominação, padrão de
vencimento, condições de provimento e indicará os recursos pelos quais serão pagos seus
ocupantes.

Parágrafo Único - A criação e extinção dos cargos da Câmara, bem como a fixação e
alteração de seus vencimentos, dependerão de projeto de Lei de iniciativa da Mesa.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003).

Art. 91 O servidor municipal será responsável civil, criminal e administrativamente pelos


atos que praticar, no exercício de cargo ou função ou a pretexto de exercê-lo.

Parágrafo Único - Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de


10/01/2003)

Art. 92 O servidor municipal poderá exercer mandato eletivo, obedecidas as disposições


legais vigentes.

Os titulares de órgãos da administração municipal deverão atender convocação da


Art. 93
Câmara Municipal para prestar esclarecimentos sobre assuntos da sua competência.

SEÇÃO VIII
DA PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO

Art. 94 A Procuradoria-Geral do Município é a instituição que representa o Município,


judicial e extra-judicialmente cabendo-lhe, ainda, nos termos da lei especial, as atividades
de consultoria e assessoria do Poder Executivo, e, privativamente, a execução da dívida
ativa de natureza tributária.

Parágrafo Único - Excepcionalmente, em razão da complexidade da matéria, a cobrança


judicial ou extra-judicial de débitos tributários, inscritos em dívida ativa ou não, poderá ser
executada por empresas especializadas, contratadas para este fim. (Redação acrescida
pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 21/12/2005)

Art. 95 O ingresso na classe inicial da carreira de Procurador Municipal far-se-á mediante


concurso público de provas e títulos. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de
10/01/2003)

Parágrafo Único - O ingresso na classe inicial da carreira de Procurador Municipal far-se-á


mediante concurso público de provas e títulos.

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Art. 96 A Procuradoria-Geral do Município terá por chefe o Procurador-Geral, de livre


nomeação pelo Prefeito, de reconhecido saber jurídico, reputação ilibada e com experiência
em áreas diversas do Direito Público.

TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO GOVERNO MUNICIPAL

Capítulo I
DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL

Art. 97O Município deverá organizar a sua administração, exercer suas atividades e
promover sua política de desenvolvimento urbano dentro de um processo de planejamento
permanente, atendendo aos objetivos e diretrizes estabelecidos no plano diretor e mediante
adequado sistema de planejamento.

§ 1º O plano diretor é o instrumento orientador e básico dos processos de transformações


do espaço urbano e de sua estrutura territorial, servindo de referência para todos os
agentes públicos e privados que atuam na cidade.

§ 2º Sistema de planejamento é o conjunto de órgãos, normas, recursos humanos e


técnicos voltados à coordenação da ação planejada da administração municipal.

§ 3º Será assegurada, pela participação em órgãos componente do sistema de


planejamento, a cooperação de associações representativas, legalmente organizadas.

§ 4º Os loteamentos serão aprovados mediante especificação antecipada do material a ser


usado na sua infra-estrutura, cabendo ao Executivo fiscalizar a qualidade.

§ 5º O Município, com a participação das comunidades, estabelecerá e atualizará, a cada


quatro anos, planos de desenvolvimento dos distritos.

Art. 98 A delimitação da zona urbana será definida por lei, observado o estabelecido no
plano diretor.

Capítulo II
DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

Art. 99 A administração municipal compreende as Secretarias ou órgãos equiparados, que


obedecerão aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

§ 1º Todo órgão ou entidade municipal prestará, aos interessados no prazo de quinze dias
e sob pena de responsabilidade funcional, as informações de interesse particular, coletivo
ou geral, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível, nos casos referidos na

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Constituição Federal.

§ 2º O atendimento à petição formulada em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou


abuso de poder, bem como a obtenção de certidões junto a repartições públicas para
defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal, independerão de
pagamento de taxas.

§ 3º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos ou


entidades municipais deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela
não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou funcionários públicos.

Art. 100 A publicação das leis e atos municipais será feita na forma da lei.

§ 1º A publicação dos atos não normativos poderá ser resumida.

§ 2º Os atos de efeitos externos só terão eficácia após a sua publicação.

Capítulo III
DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS

Art. 101 A realização de obras públicas municipais deverá estar adequada às diretrizes do
plano diretor.

Art. 102 Ressalvadas as atividades de planejamento e controle, a administração municipal


deverá desobrigar-se da realização material de tarefas executivas, recorrendo, sempre que
conveniente ao interesse público, à execução indireta, mediante concessão ou permissão
de serviço público ou de utilidade pública, verificado que a iniciativa privada esteja
suficientemente desenvolvida e capacitada para o seu desempenho.

§ 1º A permissão de serviço público ou de utilidade pública, sempre a título precário, será


outorgada por decreto, após edital de chamamento de interessados para escolha do melhor
pretendente.

§ 2º A concessão será feita somente com autorização legislativa, mediante contrato,


precedido de concorrência.

§ 3º O Município poderá retornar, sem indenização, os serviços permitidos ou concedidos,


desde que não executados em conformidade com o ato ou contrato, bem como aqueles que
se revelarem insuficientes para o atendimento dos usuários.

Art. 103 Lei específica disporá sobre:

I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos ou de


utilidade pública, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, e as condições

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de caducidade, fiscalização e rescisão de concessão ou permissão;

II - os direitos dos usuários;

III - a política tarifária;

IV - a obrigatoriedade de manter serviço adequado;

V - as reclamações relativas à prestação de serviços públicos ou de utilidade pública.

Parágrafo Único - As tarifas dos serviços públicos ou de utilidade pública deverão ser
fixadas pelo Executivo, tendo em vista a justa remuneração.

Art. 104Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e


alienações serão contratados mediante processo de licitação que assegure igualdade de
condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam as obrigações de
pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, a qual somente
permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações.

Art. 105O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum, mediante
convênio com o Estado, a União ou entidades particulares, ou, ainda, mediante consórcio
com outros municípios.

§ 1º A constituição de consórcios municipais dependerá de autorização legislativa.

§ 2º Os consórcios manterão um Conselho Consultivo, do qual participarão os municípios


integrantes, além de uma autoridade executiva e um Conselho Fiscal de Munícipes não
pertencentes ao serviço público.

§ 3º Independerá de autorização legislativa e das exigências estabelecidas no § anterior, o


consórcio, constituído entre municípios, para a realização de obras e serviços cujo valor
não atinja o limite exigido para licitação mediante convite.

Capítulo IV
DOS BENS MUNICIPAIS

Art. 106Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações
que, a qualquer título, pertençam ao Município.

Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais, respeitada a competência


Art. 107
da Câmara quanto àqueles utilizados em seus serviços.

A alienação de bens municipais, subordinada à existência de interesse público


Art. 108
devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:

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I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e concorrência, dispensada esta


nos seguintes casos:

a) doação, constando da lei e da escritura pública os encargos do donatário, o prazo de seu


cumprimento e a cláusula de retrocessão, sob pena de nulidade do ato;
b) permuta;

II - quando móveis, dependerá de licitação, dispensada esta nos seguintes casos:

a) doação, que será permitida exclusivamente para fins de interesse social;


b) permuta;
c) venda de ações, que será obrigatoriamente efetuada em Bolsa.

§ 1º O Município, preferentemente à venda ou doação de seus imóveis, outorgará


concessão de direito real de uso, mediante prévia autorização legislativa e concorrência,
podendo esta ser dispensada por lei, quando o uso se destinar a concessionária de serviço
público, a entidades assistenciais, ou quando houver relevante interesse público,
devidamente justificado.

§ 2º A venda, aos proprietários, de imóveis lindeiros de áreas urbanas remanescentes e


inaproveitáveis para edificação, resultantes de obras públicas, dependerá apenas de prévia
avaliação e autorização legislativa.

§ 3º As áreas resultantes de modificação de alinhamento serão alienadas nas mesmas


condições, sejam elas aproveitadas ou não.

Art. 109 A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, dependerá de prévia
avaliação e autorização legislativa.

Art. 110O uso de bens municipais, por terceiros, poderá ser feito mediante concessão,
permissão ou autorização, conforme o caso, e quando houver interesse público,
devidamente justificado.

§ 1º A concessão administrativa dos bens públicos de uso especial e dominicais dependerá


de lei e concorrência, e far-se-á mediante contrato, sob pena de nulidade do ato, podendo a
concorrência ser dispensada, mediante lei, quando o uso se destinar a concessionária de
serviços públicos, a entidades assistenciais ou quando houver interesse público,
devidamente justificado.

§ 2º A concessão administrativa de bens públicos de uso comum somente será outorgada


mediante autorização legislativa.

§ 3º A permissão, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita a título precário,
por decreto.

§ 4º A autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita por portaria,

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para atividades ou usos específicos e transitórios, pelo prazo máximo de noventa dias,
salvo quando para o fim de formar canteiro de obra pública, caso em que o prazo
corresponderá ao da duração da obra.

Art. 111 No território do Município, poderão ser cedidos a particular, para serviços
transitórios, máquinas e operadores, desde que não haja prejuízo para os trabalhos do
Município, e o interessado efetue previamente o pagamento arbitrado e assine termo de
responsabilidade pela conservação e devolução dos bens no estado em que os tenha
recebido.

TÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Capítulo I
DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS

Art. 112 São tributos de competência municipal:

I - imposto sobre:

a) propriedade predial e territorial urbana;


b) transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por
natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem
como cessão de direitos para sua aquisição;
c) Revogada. (Revogada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)
d) serviços de qualquer natureza, exceto os da competência estadual, definidos em lei
complementar federal.

II - taxas;

III - contribuições de melhoria.

§ 1º Na cobrança dos impostos mencionados no item I, aplicam-se as regras constantes do


Art. 156, § 2º e 3º, da Constituição Federal.

§ 2º Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

§ 3º Os tributos de competência municipal somente poderão ser alterados através de lei.


(Parágrafo incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

Art. 113Pertence, ainda, ao Município a participação no produto da arrecadação dos


impostos da União e do Estado, prevista na Constituição Federal, e outros recursos que lhe
sejam conferidos.

Capítulo II
DAS LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR

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Art. 114 É vedada ao Município:

I - exigir ou aumentar tributo sem que a lei o estabeleça;

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação


equivalente, observada a proibição constante do Artigo 150, inciso II, da Constituição
Federal;

III - cobrar tributos:

a) relativamente a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os


houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou;

IV - utilizar tributos com efeito de confisco;

V - instituir impostos sobre:

a) patrimônio e serviços da União e dos Estados;


b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio e serviços dos partidos políticos, inclusive de suas fundações, das entidades
sindicais, das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos,
atendidos os requisitos da lei:

VI - conceder qualquer anistia ou remissão que envolva matéria tributária e correção


monetária, senão mediante a edição de lei municipal específica;

VII - conceder descontos, abatimentos ou isenção na cobrança da correção monetária da


dívida ativa do Município, senão mediante a edição de lei específica.

Capítulo III
DO ORÇAMENTO

Art. 115 Leis de iniciativa do Poder Executivo Municipal estabelecerão:

I - o plano plurianual;

II - as diretrizes orçamentárias;

III - os orçamentos anuais.

§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá as diretrizes, objetivos e metas da

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administração pública municipal para as despesas de capital e outras delas decorrentes, e


para as relativas a programas de duração continuada.

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da


administração pública municipal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual e disporá sobre
as alterações na legislação tributária.

§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada mês,
relatório da execução orçamentária.

§ 4º Os planos serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo


Legislativo.

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal referente aos Poderes do Município, órgãos e entidades da


administração direta a indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público Municipal;

II - o orçamento de investimento das empresas em que o Município, direta ou


indiretamente, detenha a maioria do capital social, com direito a voto;

III - o orçamento da seguridade social.

§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo do efeito, sobre as


receitas e despesas, decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios
de natureza financeira ou tributária.

§ 7º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à


fixação de despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita,
nos termos da lei.

Art. 116 Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados,
conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica
autorização legislativa.

Art. 117 São vedados:

I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

II - a realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os créditos


orçamentários ou adicionais;

III - a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de

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capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais, com


finalidade precisa, aprovadas pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;

IV - a vinculação de receita de imposto a órgãos, fundo ou despesa, ressalvadas a


destinação de recursos para a manutenção e desenvolvimento do ensino e a prestação de
garantias às operações de créditos por antecipação de receita;

V - a abertura de crédito suplementar ou especial, sem prévia autorização legislativa e sem


indicação dos recursos correspondentes;

VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de


programação para outra, ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;

VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos do Município para


suprir necessidade ou cobrir déficit de empresa ou qualquer entidade de que o Município
participe;

IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.

§ 1º Nenhum investimento, cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, poderá ser


iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob
pena de crime de responsabilidade.

§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que


forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados
ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.

Art. 118 Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os


créditos suplementares e especiais, destinados ao Poder Legislativo, ser-lhe-ão entregues
até o dia vinte de cada mês. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de
10/01/2003)

Art. 119 A despesa com pessoal ativo e inativo não poderá exceder aos limites
estabelecidos em Lei Complementar Federal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 01, de 06/01/1998)

Parágrafo Único - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a


criação de cargos ou alteração de estrutura de carreira, bem como admissão de pessoal, a
qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas:

I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de


despesas de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;

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II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as


empresas públicas e as sociedades de economia mista.

As despesas dos Poderes do Município, com publicidade, deverão ser objeto de


Art. 120
dotações orçamentárias específica.

Art. 121Os projetos de lei sobre o plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamentos
anuais serão enviadas pelo Prefeito ao Poder Legislativo nos seguintes prazos:

I - o projeto de lei do plano plurianual, até quinze de maio do primeiro ano da legislatura;

II - o projeto das diretrizes orçamentárias, anualmente, até trinta de julho;

III - os projetos de lei dos orçamentos anuais, até trinta de outubro de cada ano. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

Art. 122Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao


orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pela Câmara Municipal, na
forma do regimento interno.

§ 1º Caberá à Comissão de Orçamento e Finanças:

I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Prefeito;

II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas de trabalho e exercer o


acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais
comissões da Câmara Municipal.

§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão de Orçamento e Finanças, que sobre


elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário da Câmara
Municipal.

§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem


somente podem ser aprovadas caso:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de


despesa, excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;


b) serviço da dívida.

III - sejam relacionadas:

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a) com a correção de erros ou omissões; ou


b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas


quando incompatíveis com o plano plurianual.

§ 5º O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara Municipal para propor modificação nos
projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão de
Orçamento e Finanças, da parte cuja alteração é proposta.

§ 6º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto
nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.

§ 7º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei


orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados,
conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica
autorização legislativa. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

Art. 123 Os projetos de lei de que trata o art. 121, após a apreciação pelo Poder
Legislativo, deverão ser encaminhados nos seguintes prazos, ao Executivo, que,
aquiescendo, o sancionará:

I - o projeto de lei do plano plurianual, até trinta de junho do primeiro ano do mandato do
Prefeito;

II - o projeto de lei das diretrizes orçamentárias, até 15 de setembro de cada ano;

III - os projetos de lei dos orçamentos anuais até quinze de dezembro de cada ano.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

Parágrafo Único - Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de


10/01/2003)

Art. 124 Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de 10/01/2003)

TÍTULO V
DA SEGURANÇA SOCIAL

Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 125 O Município prestará assistência social a quem necessitar.

§ 1º A lei disporá sobre a assistência aos idosos, à maternidade e aos excepcionais.

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§ 2º Compete ao Município suplementar a legislação federal e a estadual, dispondo sobre


a proteção à infância, à juventude e às pessoas portadoras de deficiência, garantindo-lhes
o acesso a logradouros, edifícios públicos e veículos de transporte coletivo.

§ 3º Para a execução do previsto neste artigo, serão adotados, entre outras, as seguintes
medidas:

I - amparo às famílias sem recursos;

II - ação contra os males que são instrumentos da dissolução da família;

III - estímulo aos pais e às organizações sociais para formação moral, cívica, física e
intelectual da juventude;

IV - colaboração com as entidades assistenciais que visem à proteção e educação da


criança;

V - amparo às pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo


sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida;

VI - estímulo a entidades particulares, para que criem centros de convivência para idosos e
casas-lares, evitando o isolamento e a marginalização social do idoso;

VII - manutenção, dentro das possibilidades do Município, de casas-albergues para idosos,


mendigos, crianças e adolescentes abandonados, portadores ou não de deficiência, sem
lar ou família, aos quais se darão as condições de bem-estar e dignidade humana;

VIII - colaboração com a União, com o Estado e com outros municípios para a solução do
problema das crianças e dos adolescentes desamparados e desajustados, através de
processos adequados de permanente recuperação.

§ 4º A coordenação, o acompanhamento e a fiscalização dos programas a que se refere


este artigo, caberão a conselhos comunitários, cuja organização, composição,
funcionamento e atribuições serão disciplinadas em lei, assegurada a participação de
representantes de órgãos públicos e de segmentos da sociedade civil organizada.

Capítulo II
DA DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 126 O Município promoverá ação sistemática de proteção ao consumidor, de modo a


garantir-lhe a segurança, a saúde e a defesa de seus interesses econômicos.

Parágrafo Único - Para atender ao disposto no "caput", poderá o Município, na forma da


Lei, intervir no domínio econômico, quando indispensável para assegurar o equilíbrio entre
produção e consumo.

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Capítulo III
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA, DO DESPORTO E DO TURISMO

SEÇÃO I
DA EDUCAÇÃO

Art. 127 A educação, direito de todos e dever do Poder Público Municipal, comunidade
escolar e família, baseada na justiça social e na democracia, visa à qualificação para o
trabalho, ao pleno desenvolvimento pessoal para atingir a liberação individual e a
sociedade equilibrada.

Art. 128 O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de idéias e de concepção pedagógica, e coexistência de instituições


públicas e privadas de ensino;

IV - gratuidade do ensino público em estabelecimento do ensino municipal;

V - valorização dos profissionais do ensino, garantindo, na forma da lei, plano de carreira


para o magistério municipal, com piso salarial profissional, e ingresso exclusivamente por
concurso público de provas e títulos, assegurado regime jurídico único;

VI - gestão democrática do ensino público.

VII - garantia de padrão de qualidade, cabendo ao Município, suplementarmente, promover


o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência.

Art. 129 É dever do Município:

I - garantia do ensino fundamental público, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a


ele não tiveram acesso na idade própria;

II - atendimento em pré-escolas públicas, inclusive creches, às crianças de zero a seis


anos de idade;

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência e aos


superdotados, em rede pública ou articulado com o Estado ou iniciativa particular;

IV - manutenção de uma unidade pré-escolar e de 1º grau completo para abrigar classes


especiais de alunos deficientes ou superdotados, proporcionando-lhes alfabetização,

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currículo regular e profissionalização, inclusive encaminhando-se ao emprego.

Parágrafo Único - A lei definirá as formas de cumprimento do presente artigo.

V - incentivo à publicação de obras e pesquisas no campo da educação;

VI - provimento de meios, especialmente em áreas de concentração de população de baixa


renda, para que, optativamente, seja oferecido horário integral aos alunos no ensino
fundamental;

VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas


suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou a oferta irregular,


importa responsabilidade de autoridade competente.

§ 3º Compete ao Município, em colaboração com o Estado, recensear os educandos no


ensino fundamental, fazer-lhes a chamada, e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela
freqüência à escola.

§ 4º Poderá o Município oferecer ensino noturno, através de via regular ou supletiva, e


programas específicos de formação para o trabalho.

A escolha de diretores das escolas municipais será feita através de eleição direta
Art. 130
pela comunidade escolar, na forma da lei.

Art. 131O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários das
escolas oficiais do Município e será ministrado de acordo com a confissão religiosa do
aluno, manifestada por ele, se for capaz, ou por seu representante legal ou responsável.

Art. 132 O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa.

Parágrafo Único - Facultativamente poderá o Município estimular o ensino de língua


estrangeira, especialmente a alemã, nos seus estabelecimentos de ensino.

Art. 133 É vedada, às escolas municipais, a cobrança de taxas ou contribuições, a


qualquer título.

Art. 134 O Município manterá o magistério municipal em nível econômico, social e moral à
altura de suas funções.

Art. 135O Município consignará recursos, no seu orçamento anual, destinados ao ensino
superior de Santa Cruz do Sul, para investimentos.

Art. 136

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Art. 136 O sistema de ensino no Município compreende:

I - uma rede pública municipal, integrada pelas instituições de educação pré-escolar,


inclusive creches, de ensino fundamental e médio, criadas, mantidas e administradas pelo
Poder Público Municipal;

II - os órgãos e serviços municipais, de caráter normativo, administrativo e de apoio à


educação;

III - uma rede pública estadual, integrada pelas instituições de ensino, criadas, mantidas e
administradas pelo Poder Público Estadual;

IV - uma rede privada, integrada pelas instituições de educação pré-escolar, ensino


fundamental, ensino médio, criadas e mantidas pela iniciativa privada;

V - o ensino universitário, criado e mantido pela iniciativa privada e apoiado pelo Poder
Público Municipal.

§ 1º A manutenção das escolas cabe às respectivas mantenedoras, não se excluindo a


possibilidade de celebração de convênios, acordos e programas de colaboração mútua.

§ 2º A organização do sistema municipal de ensino será feita de forma gradativa e em


regime de colaboração, conforme preceito constitucional.

Art. 137A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das
necessidades do ensino obrigatório, nos termos do plano municipal de educação.

Art. 138 Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde, previstos no


artigo 129, inciso VI, serão financiadas com recursos provenientes de contribuições sociais
e outros.

Art. 139 Será criado, na forma da Lei, o Conselho Municipal de Educação, Cultura e
Desporto, órgão colegiado, de caráter consultivo e normativo, para o desenvolvimento da
política da educação, da cultura e do desporto.

Parágrafo Único - A política da cultura e a do desporto não terão conotação exclusivamente


escolar.

Art. 140Deverá ser elaborado o plano plurianual e anual de educação, que será aprovado
pelo Conselho Municipal de Educação, Cultura e Desporto.

Parágrafo Único - O plano municipal de educação preverá programas e atividades


adequados às realidades e necessidades dos meios urbano e rural.

O Município se articulará com a União e o Estado para prover a sua área rural de
Art. 141
uma escola agrícola de primeiro e segundo graus, adequada à realidade do setor primário.

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SEÇÃO II
DA CULTURA

Art. 142 O Município estimulará a cultura, em suas múltiplas manifestações, garantindo o


pleno e efetivo exercício dos direitos e o acesso às fontes da cultura, apoiando e
incentivando a produção, a valorização e a difusão das manifestações nessa área.

Art. 143 O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o


patrimônio cultural, por meio de inventários, registros, vigilância e outras formas de
acautelamento e preservação, observando a legislação e a ação fiscalizadora federal e
estadual.

Art. 144 A lei estabelecerá incentivos para instituições que mantiverem e preservarem
sítios, objetos e documentos históricos, patrimônio cultural e natural do Município.

Art. 145 Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei.

Art. 146As instituições públicas municipais ocuparão, preferencialmente, prédios


tombados, desde que não haja ofensa à sua preservação.

SEÇÃO III
DO DESPORTO

Art. 147 É dever do Município fomentar e amparar o desporto, o lazer e a recreação, como
direito de todos, mediante:

I - a promoção prioritária do desporto educacional, provendo-o de recursos materiais,


humanos e financeiros, sem distinção entre zona urbana e rural;

II - o efetivo apoio às atividades desportivas amadoras comunitárias e, em casos


específicos, às do desporto de alto rendimento;

III - a criação, conservação, manutenção de espaços físicos públicos municipais, dotados


de instalações esportivas e recreativas para a prática de atividades físicas, inclusive na
rede municipal de ensino.

IV - o incentivo à pesquisa no campo de educação física, do desporto, do lazer e da


recreação;

V - a garantia de condições para a prática de educação física, do lazer e do esporte ao


deficiente físico, sensorial e mental.

Art. 148 O Município estimulará as organizações desportivas amadoras, legalmente


constituídas, e, em regime de colaboração, poderá apoiar financeiramente seus

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investimentos em instalações desportivas.

SEÇÃO IV
DO TURISMO

Art. 149 O Município instituirá política de turismo, articulado com as iniciativas públicas e
privadas, desenvolvendo um plano que vise a promovê-lo e incentivá-lo como fator de
desenvolvimento social e econômico.

Parágrafo Único - Cabe ao Município, no cumprimento do disposto neste artigo, promover:

I - o inventário e a regulamentação do uso e ocupação dos bens naturais e culturais de


interesse turístico;

II - a infra-estrutura básica necessária à prática do turismo, no meio urbano e rural,


apoiando e realizando os investimentos na produção, criação e qualificação dos
empreendimentos, equipamentos e instalações ou serviços, através de ação própria e da
iniciativa privada, criando incentivos por lei;

III - implantação de ações que visem ao permanente controle de qualidade dos bens e
serviços turísticos;

IV - medidas específicas para o desenvolvimento dos recursos humanos para o setor;

V - ações concretas para tornar o Município um pólo turístico, como forma de diversificar a
economia.

SEÇÃO V
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Art. 150 O Município, para promover o desenvolvimento da ciência e tecnologia, deverá:

I - incentivar e privilegiar a pesquisa tecnológica voltada ao aperfeiçoamento do uso e


controle dos recursos naturais;

II - viabilizar as medidas de apoio, através de convênios com entidades privadas, voltadas


ao desenvolvimento da tecnologia.

Capítulo IV
DA SAÚDE E DO MEIO AMBIENTE

SEÇÃO I
DA SAÚDE

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Art. 151A saúde é direito de todos os munícipes e dever do Poder Público, assegurada
mediante políticas sociais e econômicas que visem à eliminação do risco de doenças e
outros agravos.

Art. 152Para atingir os objetivos estabelecidos no artigo anterior, o Município promoverá,


por todos os meios ao seu alcance:

I - condições dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentação, educação, transporte


e lazer;

II - respeito ao meio ambiente e controle da poluição ambiental;

III - acesso universal e igualitário de todos os habitantes do Município às ações e serviços


de promoção, proteção e recuperação da saúde, sem qualquer discriminação.

Art. 153 As ações de saúde são de relevância pública, devendo sua execução ser feita
preferencialmente através de serviços públicos e, complementarmente, através de serviços
de terceiros.

Parágrafo Único - É vedado, ao Município, cobrar do usuário pela prestação de serviços de


assistência à saúde mantidos pelo Poder Público ou contratados com terceiros.

Art. 154 São atribuições do Município, no âmbito do Sistema Único de Saúde;

I - planejar, organizar, gerir, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde;

II - planejar, programar e organizar a rede regionalizada e hierarquizada do Sistema


Unificado da Saúde, em articulação com a sua direção estadual;

III - gerir, executar, controlar e avaliar as ações referentes às condições e aos ambientes
de trabalho;

IV - executar serviços de:

a) vigilância epidemiológica;
b) vigilância sanitária;
c) alimentação e nutrição;

V - planejar e executar a política de saneamento básico, em articulação com o Estado e a


União;

VI - executar a política de insumos e equipamentos para a saúde;

VII - fiscalizar as agressões ao meio ambiente, que tenham repercussão sobre a saúde
humana, e atuar, junto aos órgãos estaduais e federais competentes, para controlá-las;

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VIII - formar consórcios intermunicipais de saúde;

IX - gerir laboratórios públicos de saúde;

X - avaliar e controlar a execução de convênios e contratos, celebrados pelo Município,


com entidades privadas prestadoras de serviços de saúde;

XI - autorizar a instalação de serviços privados de saúde e fiscalizar-lhes as condições de


funcionamento.

Art. 155 As ações e os serviços de saúde, realizados no Município, integram uma rede
regionalizada e hierarquizada, constituindo o Sistema Único de Saúde no âmbito do
Município, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

I - integridade na prestação das ações de saúde;

II - organização de distritos sanitários com alocação de recursos técnicos e práticos de


saúde, adequados à realidade epidemiológica local;

III - participação, em nível de decisão, de entidades representativas dos usuários, dos


trabalhadores de saúde e dos representantes governamentais, gestão e controle da política
municipal e das ações de saúde através de Conselho Municipal de caráter deliberativo e
paritário;

IV - direito do indivíduo de obter informações e esclarecimentos sobre assuntos pertinentes


à promoção, proteção e recuperação de sua saúde.

Parágrafo Único - Os limites dos distritos sanitários referidos no inciso II constarão do plano
diretor de saúde e serão fixados segundo os seguintes critérios:

I - área geográfica de abrangência;

II - registro de clientela;

III - resolutividade de serviços à disposição da população.

Art. 156O Prefeito convocará, anualmente, com ampla participação da sociedade, o


Conselho Municipal de Saúde, para avaliar a situação e fixar as diretrizes gerais da política
de saúde do Município.

A lei disporá sobre a organização e funcionamento do Conselho Municipal de


Art. 157
Saúde, que terá as seguintes atribuições:

I - formular a política municipal de saúde, a partir das diretrizes emanadas da Conferência


Municipal de Saúde;

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II - planejar e fiscalizar a distribuição dos recursos destinados à saúde;

III - aprovar a instalação e o funcionamento de novos serviços públicos, atendidas as


diretrizes do plano municipal de saúde.

Art. 158As instituições privadas poderão participar, de forma complementar, do Sistema


Único de Saúde, mediante contrato de direito público, ou convênio, tendo preferência as
entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

O Sistema Único de Saúde, no âmbito municipal, será financiado com recursos do


Art. 159
orçamento do Município, do Estado, da União e da seguridade social, além de outras
fontes.

§ 1º Os recursos destinados às ações e aos serviços de saúde no Município constituirão o


Fundo Municipal de Saúde, conforme dispuser a lei.

§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções a instituições


privadas, com fins lucrativos.

SEÇÃO II
DO MEIO AMBIENTE

Art. 160O Município deverá atuar no sentido de assegurar a todos os cidadãos um meio
ambiente saudável e equilibrado, uma vez que constitui bem de uso comum do povo e
essencial à qualidade de vida.

Parágrafo Único - Para assegurar efetividade a esse direito, o Município deverá articular-se
com os órgãos estaduais e federais competentes e, ainda, quando for o caso, com outros
municípios, objetivando a solução de problemas comuns relativos à proteção ambiental.

Art. 161 O Município deverá atuar mediante planejamento, orientação, controle e


fiscalização das atividades públicas ou privadas, causadoras efetivas ou potenciais de
alterações significativas no meio ambiente.

Parágrafo Único - O Município exercerá controle sobre o adequado uso, transporte e


armazenamento de produtos tóxicos, bem como sobre o destino final de seus resíduos.

Art. 162 O Município, ao promover a ordenação de seu território, definirá zoneamento e


diretrizes gerais de ocupação, que assegurem a proteção dos recursos naturais, em
consonância com o disposto na legislação estadual pertinente.

A política do Município e o seu plano diretor deverão contribuir para a proteção do


Art. 163
meio ambiente, através da adoção de diretrizes adequadas de uso e ocupação do solo
urbano.

Art. 164

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Art. 164 As empresas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos deverão


atender rigorosamente aos dispositivos de proteção ambiental em vigor, sob pena de não
ser renovada a concessão ou permissão pelo Município.

Art. 165O Município assegurará a participação das entidades representativas da


comunidade no planejamento e na fiscalização da proteção ambiental, garantindo amplo
acesso dos interessados às informações disponíveis sobre as fontes de poluição e
degradação ambiental.

Art. 166O Município dará prioridade ao atendimento e à preservação do ecossistema da


bacia do Rio Pardinho.

Art. 167O Município dará atenção especial à delimitação, reserva e preservação das
áreas verdes do chamado Cinturão Verde da cidade.

Art. 168 Será estimulada a pesquisa, o desenvolvimento e a utilização de fontes de


energia alternativas, não poluentes, bem como de tecnologias poupadoras de energia.

O Poder Público criará o Conselho Municipal de Meio Ambiente, órgão colegiado,


Art. 169
autônomo e deliberativo, na forma da lei.

TÍTULO VI
DA ORDEM ECONÔMICA

Capítulo I
DA POLÍTICA ECONÔMICA

Art. 170 O Município promoverá o seu desenvolvimento econômico, agindo de modo que
as atividades econômicas, realizadas em seu território, contribuam para elevar o nível de
vida e o bem-estar da população local, bem como para valorizar o trabalho humano.

Parágrafo Único - Para a consecução do objetivo mencionado neste artigo, o Município


atuará de forma exclusiva ou em articulação com a União ou com o Estado.

Art. 171 Na promoção do desenvolvimento econômico, o Município agirá, sem prejuízo de


outras iniciativas, no sentido de:

I - fomentar a livre iniciativa;

II - privilegiar a geração de emprego;

III - utilizar tecnologias de uso intensivo de mão-de-obra;

IV - racionalizar a utilização de recursos naturais;

V - proteger os direitos dos usuários dos serviços públicos;

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VI - dar tratamento diferenciado à pequena produção artesanal ou mercantil, às


microempresas e às pequenas empresas locais, considerando sua contribuição para a
democratização de oportunidades econômicas, inclusive para os grupos sociais mais
carentes;

VII - estimular o associativismo, o cooperativismo e as microempresas;

VIII - eliminar entraves burocráticos que possam limitar o exercício da atividade econômica;

IX - desenvolver ação direta ou reivindicativa junto a outras esferas de Governo, de modo


que sejam, entre outros, efetivados:

a) assistência técnica;
b) crédito especializado ou subsidiado;
c) estímulos fiscais e financeiros;
d) serviços de suporte informativo ou de mercado.

Art. 172É de responsabilidade do Município, no campo de sua competência, a realização


de investimentos para formar e manter a infra-estrutura básica capaz de atrair, apoiar ou
incentivar o desenvolvimento de atividades produtivas, seja diretamente ou mediante
delegação ao setor privado para esse fim.

Parágrafo Único - A atuação do Município dar-se-á, inclusive, no meio rural, para a fixação
de contingentes populacionais, possibilitando-lhes acesso aos meios de produção e
geração de renda e estabelecendo a necessária infra-estrutura destinada a viabilizar este
propósito.

Art. 173 Os programas municipais de desenvolvimento comercial, industrial e de serviços


serão dirigidos, prioritariamente, às micro, pequenas e médias empresas, que:

a) desenvolvam suas atividades ligadas ao desenvolvimento do meio rural;


b) tenham no Município sua sede ou autonomia administrativa, ou financeira e gerencial,
sobre as atividades e recursos aqui arrecadados.

Art. 174 A atuação do Município, na zona rural, terá como principais objetivos:

I - oferecer meios para assegurar ao pequeno produtor rural condições de trabalho e de


mercado para os produtos, rentabilidade dos empreendimentos e melhoria do padrão de
vida da sua família;

II - garantir o escoamento da produção, sobretudo o abastecimento alimentar;

III - garantir a utilização racional dos recursos naturais;

IV - conter o êxodo rural.

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Art. 175 Como principais instrumentos para o fomento da produção da zona rural, o
Município utilizará a assistência técnica, a extensão rural, o armazenamento, o transporte,
o associativismo e a divulgação das oportunidades de crédito e de incentivos fiscais.

Art. 176 O Município poderá consorciar-se com outras municipalidades, visando ao


desenvolvimento de atividades econômicas de interesse comum, bem como integrar-se a
programas de desenvolvimento regional, a cargo de outras esferas do Governo.

Art. 177 Fica assegurada, às microempresas ou às empresas de pequeno porte, a


simplificação, através de ato do Prefeito, de procedimentos administrativos em seu
relacionamento com a administração municipal, especialmente no que se refere às
licitações.

Art. 178 Os portadores de deficiência física e de limitação sensorial, assim como as


pessoas idosas, terão prioridade para exercer o comércio eventual ou ambulante no
Município.

Capítulo II
DA POLÍTICA HABITACIONAL

Art. 179 A lei estabelecerá a política municipal de habitação que deverá prever a
articulação e a integração das ações do Poder Público e a participação das comunidades
organizadas bem como os instrumentos institucionais e financeiros para sua execução.

§ 1º A distribuição de recursos públicos dará prioridade ao atendimento das necessidades


sociais, nos termos da política municipal de habitação, privilegiando programas de
habitação de interesse social.

§ 2º Do montante dos investimentos do Município em programas habitacionais, pelo menos


oitenta por cento serão destinados para suprir a deficiência de moradias de famílias com
renda igual ou inferior a cinco vezes o salário mínimo.

O Município estabelecerá programa destinados a facilitar o acesso da população à


Art. 180
habitação, como condição essencial à qualidade de vida e ao desenvolvimento.

§ 1º Os programas de interesse social serão promovidos e executados com a colaboração


da sociedade, e objetivarão, prioritariamente:

I - a regularização fundiária;

II - a dotação de infra-estrutura básica e de equipamentos sociais;

III - a implantação de empreendimentos habitacionais.

§ 2º A lei estabelecerá os equipamentos mínimos necessários à implantação de conjuntos

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habitacionais de interesse social.

Art. 181 O Município, a fim de facilitar o acesso à habitação, apoiará a construção de


moradias populares, realizada pelos interessados, por cooperativas habitacionais e através
de outras modalidades alternativas.

Parágrafo Único - O Município apoiará o desenvolvimento de pesquisas de materiais e


sistemas construtivos e de padronização de componentes, visando a garantir a qualidade e
o barateamento da construção.

Capítulo III
DA POLÍTICA DOS TRANSPORTES

Art. 182O transporte é direito fundamental do cidadão, sendo de responsabilidade do


Poder Público Municipal a organização, o planejamento e a execução desse serviço,
ressalvada a competência do Estado.

É dever do Município fornecer serviço de transporte coletivo com tarifa condizente


Art. 183
com o poder aquisitivo da população, bem como assegurar a qualidade dos serviços.

As tarifas do transporte coletivo serão fixadas pelo executivo, ouvido o Conselho


Art. 184
Municipal de Trânsito.

Art. 185 O Município assegurará transporte coletivo interdistrital e urbano gratuito aos
deficientes, comprovadamente carentes.

Art. 186 Todas as vilas da cidade com mais de cem edificações deverão ter,
obrigatoriamente, pelo menos, uma linha regular de transporte coletivo.

Art. 187 Todos os corredores de ônibus urbano, com mais de seis horários, deverão ser,
prioritariamente, pavimentados.

Capítulo IV
DA POLÍTICA AGRÍCOLA

Art. 188 O Município terá uma política agrícola voltada para os seguintes objetivos:

I - o desenvolvimento da propriedade em todas as suas potencialidades, levada em conta a


proteção do meio ambiente;

II - a execução de programas de recuperação e conservação do solo de reflorestamento,


de irrigação, de aproveitamento de recursos hídricos e de outros recursos naturais;

III - a diversificação e rotação de culturas;

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IV - o fomento da produção agropecuária;

V - o incentivo à agroindústria, regulamentado na forma da lei;

VI - o incentivo ao cooperativismo, ao sindicalismo e ao associativismo, regulamentado na


forma da lei.

§ 1º Serão criados incentivos e meios para a adoção de práticas de conservação e


restauração do solo nas propriedades rurais do Município.

§ 2º Os programas de recuperação do solo incluirão o uso preferencial de produtos


orgânicos e naturais, o planejamento global e integrado da propriedade rural e a
interligação comunitária.

§ 3º O programa de fomento agropecuário preverá:

a) prioritariamente a prestação de serviços às pequenas propriedades rurais;


b) o incentivo à implantação de unidades armazenadoras comunitárias;
c) a ampliação e criação de formas de venda direta da produção agrícola do produtor ao
consumidor.

§ 4º Os agricultores que adotarem prática de conservação do solo e diversificação de


culturas, bem como as entidades associativas de produtores rurais, terão preferência em
serviços de apoio prestados pelo Município.

Art. 189O Município criará, na forma da lei, o Conselho Municipal de Desenvolvimento


Agropecuário.

Art. 190 São instrumentos da política agrícola o ensino, a pesquisa, a extensão e a


assistência técnica.

Art. 191Para incentivar a pesquisa, a extensão, a assistência técnica e desenvolver o


programa de fomento, o Município, na forma da lei, criará um Fundo de Desenvolvimento
Agropecuário.

Parágrafo Único - Para atendimento do "caput" deste artigo, o Município proverá recursos
no seu orçamento anual e se articulará com a União, o Estado e a iniciativa privada.

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 192 O Prefeito Municipal e os Vereadores prestarão o compromisso de manter,


defender e cumprir a Lei Orgânica, no ato e na data de sua promulgação.

Art. 193 No prazo de duzentos e dez dias, a partir da promulgação da Lei Orgânica, deverá
ser criado, por lei, o Conselho Municipal de Educação, Cultura e Desporto.

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Art. 194 Lei ordinária, a ser proposta pelo Poder Executivo, criará loteria de números
destinada a apoiar as entidades comunitárias e públicas dedicadas à educação,
recuperação e integração social do deficiente, do menor carente e do idoso.

Art. 195Será obrigatório a adoção, em nível municipal, de um Código de Prevenção Contra


Incêndios.

Art. 196 O Poder Executivo deverá, no prazo de dois anos, contados da promulgação da
presente Lei Orgânica, promover reestudo global do plano de desenvolvimento urbano da
sede do Município e das sedes dos distritos.

Art. 197 O Município imprimirá esta Lei Orgânica para distribuição gratuita nas escolas e
entidades representativas da comunidade, de modo que se faça a mais ampla divulgação
do seu conteúdo.

Art. 198 A Câmara de Vereadores, num prazo de cento e oitenta dias, deverá ter
autonomia própria, com a criação de cargos e pessoal necessário ao pleno funcionamento
de todos os setores.

Art. 199 Os atuais servidores, cedidos há mais de três anos pelo Poder Executivo à
Câmara de Vereadores, num período de seis meses, após a implantação da autonomia
própria, poderão optar por pertencer ao Quadro de Servidores da Câmara ou retornar ao
Executivo.

Parágrafo Único - Os servidores que optarem pelo Quadro da Câmara, terão assegurados
todos os direitos e vantagens já adquiridos em sua vida funcional, inclusive a estabilidade
prevista no Artigo 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição
Federal, de 5-10-1988.

Art. 200 Esta Lei Orgânica, aprovada pela Câmara Municipal, será por ela promulgada e
entrará em vigor na data de sua promulgação, revogadas as disposições em contrário.

Santa Cruz do Sul, 3 de abril de 1990.

VEREADORES:

Edmar Guilherme Hermany


Presidente

Benno Bernardo Kist


Vice-Presidente

Sidônia Theisen
1ª Secretária

Erni Wilges

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2º Secretário

Cláudio Bruno Palombini Grehs


Relator

Ademir Müller
Relator Adjunto

André Luiz Beck


Baldur Lange
Carlos Alberto Haas
Coraldino Silveira
Donato João Glesse
Doríbio Grunevald
Eloy Hirsch
Hildo Ney Caspary
José Paulo Rauber Fº.
Nelsi Hoff Müller
Nilton Garibaldi
Mario Rabuske
Roque Dick
Sergio Ivan Moraes
Vergílio Felipe Peiter

SUPLENTES:

Guido Ernani Kuhn


José Avelino dos Santos
Nilson Flesch
Raul Lüttjohann
Reno Luiz Schuh
Rui Francisco Berté
Selfredo Stein

ASSESSORES:

Carlos Henrique Weiss


Secretário

Jacira Maria dos Santos


Auxiliar de Serviços

José Augusto Borowsky


Assessor de Imprensa

Lúcio Michels
Assessor Jurídico

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Maisa Teichmann Kersting


Datilógrafa

Nestor Bünecker
Assessor Jurídico

Rosemar Antonio C. dos Santos


Assessor de Imprensa

Sérgio Luiz Böhm


Secretário Executivo

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