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ROTEIRO PARA A ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA

Profª. Júlia Maria Plenamente Silva

1 Considerações iniciais

A monografia de conclusão de curso de pós-graduação é um trabalho


acadêmico, que exige certas formalidades. Assim, para aqueles que não têm familiaridade
com este tipo de trabalho, sugiro como forma de consulta a obra: NUNES, Luiz Antonio
Rizzatto. Manual de Monografia Jurídica. São Paulo: Saraiva.

2. Cronograma

O prazo para a elaboração da monografia é um elemento a ser


considerado e priorizado pelo aluno. Assim, para que o trabalho de orientação não seja
prejudicado é necessário desde já estabelecer um cronograma.

Assim, a contar de uma semana do recebimento deste roteiro, solicito


o encaminhamento via e-mail do sumário do trabalho, ainda que o mesmo sofra
alterações posteriores. O sumário é o “esqueleto” do trabalho, deverá conter: quantos
capítulos o trabalho terá, qual será o nome de cada capítulo e, se possível, qual será
o nome de cada item de cada capítulo. Lembre-se que os assuntos têm que ser
distribuídos numa seqüência lógica, sendo que cada assunto subseqüente deve ser uma
decorrência do que se expôs anteriormente. Um sumário inicial bem organizado ajuda a
delimitar e não fugir do tema, bem como auxilia na pesquisa. Assim, o material que for
analisado deverá encontrar correspondência aos itens e capítulos.

Para escrever o sumário, tenha em mente o que pretende escrever em


sua integralidade, e tente dividir o trabalho em capítulos, numa ordem lógica. Um
Exemplo. Tema: Princípio do Pluralismo Político. Capítulo 1 – Princípios (trata do
conceito de princípio); Capítulo 2 – Pluralismo (trata do pluralismo enquanto conceito
filosófico); Capítulo 3 – Princípio do Pluralismo Político (trata do princípio jurídico do
pluralismo político). Há uma ordem lógica entre os capítulos...

Ainda no mesmo prazo de uma semana, deverá ser encaminhado um


PROJETO DE TRABALHO ou PROJETO DE PESQUISA, o qual servirá como
introdução.

Para escrever o projeto de pesquisa, o orientando deverá fazer um


parágrafo discorrendo sobre cada item a seguir, ao final do que, com a reunião de todos,
ter-se-á o corpo da introdução.

1) TEMA (deverá versar sobre algo que o aluno já esteja


familiarizado);
2) JUSTIFICATIVA (o porquê do exame do tema, qual a
importância desse estudo);
3) DELIMITAÇÃO (quais os cortes metodológicos empreendidos,
a contextualização dogmática do tema);
4) PROBLEMATIZAÇÃO (quais são os problemas dogmáticos que
o trabalho pretende enfrentar);
5) OBJETIVOS (o que se pretende com o enfrentamento dessas
questões);
6) METODOLOGIA (o método empregado);
7) EMENTÁRIO (a apresentação de cada parte do trabalho, sem
minúcias, em linhas gerais).

Após, o aluno deverá encaminhar no prazo máximo de um mês por


e-mail cópia do primeiro capítulo do trabalho (ou, se possível, dos outros capítulos).

A versão final do trabalho deve ser encaminhada pelo menos vinte


dias antes do prazo para depósito.

3. Considerações sobre citações e referências bibliográficas

É importante que o aluno não se prenda a todo instante nas citações.


Por isso a relevância da escolha de um tema com o qual se tenha familiaridade, assim é
possível escrever mais livremente e só depois, com o trabalho mais avançado, inserir
citações.

Também é importante que assim que forem utilizadas, as obras


consultadas já sejam relacionadas nas Referências Bibliográficas. Deixar para fazê-las
todas ao final é um trabalho extenuante. Segue abaixo um modelo de como deverão ser
feitas.

NOVELINO, Marcelo. Teoria da Constituição e controle de


constitucionalidade. Belo Horizonte: Jus Podivm, 2008.

Ainda sobre as obras, vale ressaltar que não se exige que todas sejam
a última edição, porém, deve-se ter cuidado em verificar se a edição citada não representa
pensamento já ultrapassado do autor.

4. Considerações sobre o trabalho acadêmico- científico (forma de abordagem)

A metodologia mais utilizada nos trabalhos acadêmicos no ramo do


direito parte da análise do sistema jurídico vigente e não de como ele é aplicado. É claro
que eventual jurisprudência sobre o assunto deve ser analisada porém, não como objeto
de estudo, mas sim como referência. Lembre-se, o objeto de estudo em primeiro lugar é
a norma jurídica. Aquilo que for externo à norma não é objeto da ciência do direito, mas
sim de outras ciências.

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