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Orixás na Umbanda
Desenvolvido e Ministrado por Alexandre Cumino
ICA - Instituto Cultural Aruanda I Bauru-SP
Olá meus irmãos orixás na umbanda, aula um, bloco quatro essa nossa primeira
aula e nesse último bloco da primeira aula então estamos na primeira semana do curso
observe que a gente além desta aula nessa vídeo aula nós temos o material de texto pra
você ler toda semana entra uma aula e o material pra você ler e tem uma atividade pra
você responder essa atividade ela é simples e ela não é pontuada não tem uma nota, se
você acertou, se você errou é muito básica não tem como você errar, você assistiu a aula
você entra lá na atividade vai ter uma pergunta básica sobre algo dessa aula e não tem
como você não saber responder se você assistiu aula. Então pra nós o que importa se você
está acompanhando a aula o Ead consegue ter esse controle de saber se o vídeo foi
assistido por inteiro e saber se você respondeu a atividade pra entender se você está
acompanhando é simples assim.
A gente vem falando de divindades, de Orixás e no último bloco eu comentei
sobre o santos católicos. Então a umbanda ela é uma religião brasileira e a cultura
brasileira é uma cultura sincrética, e o sincretismo é uma palavra que quer dizer
elementos de duas ou mais culturas que se unem pra criar uma terceira cultura ou dois
elementos que se unem pra criar um terceiro elemento cultural. Então a cultura
brasileira já é uma cultura sincrética porque foi formada da cultura do europeu com a
cultura do africano mais a cultura do índio. E olha, olha que coisa interessante que eu
estou falando aqui, quando falo cultura Europeu de diversidade cultural europeia, a
gente tem a cultura europeia no geral e tem aquele específico que é cultura religiosa
europeia Católica e a umbanda também recebeu uma cultura europeia específica do
espiritismo e tanto espiritismo quanto catolicismo está dentro da cultura europeia mas
podem ser tratadas a parte. Quando eu falo de cultura africana então não é uma cultura
única que vem da África porque a cultura Nagô Iorubá é africana uma, a cultura Jeje
africana outra, a cultura Bantu de Angola então eu tenho muitas culturas africanas não
apenas uma cultura. A cultura indígena não há uma única cultura indígena, há sim um
olhar de maneira geral, qual o olhar que o índio tem para o mundo ou o que tinha na
época da colonização? A relação do índio com a natureza então isso é um aspecto geral,
mas no aspecto específico você tem muitas línguas, você tem muitos dialetos, tem uma
relação diferente de cada tribo de cada tronco linguístico e cultural indígena então são
muitas culturas. E mais tarde é a cultura brasileira também recebeu influência da cultura
oriental de uma forma mais tardia, mas recebeu. Então a umbanda ela não inventou o
encontro do branco com o índio não foi a umbanda que fez o Orixá se encontrar com o
Santo quem fez isso foi a cultura brasileira. Esse é o resultado da cultura brasileira, tanto
que o sincretismo de Santos e orixás esse sincretismo vai aparecer primeiro nos cultos
afros realizados, cultos afro brasileiros ou cultos de nação realizados ainda naquele
âmbito do Brasil colônia e da escravidão. Então naquele universo de escravidão a gente
tem aquela historinha história que todo mundo conta qual era historinha? Ao chegar no
Brasil os africanos negros que foram escravizados não podiam mais rezar para os seus
Orixás todos eles foram batizados católicos e agora o senhor. Estamos idealizando a
figura do estravo, idealizando a religiosidade, idealizando o senhor, estamos idealizando
como se todos escravos fossem iguais como se todos tivessem a mesma religião e todos
senhores fossem iguais.
Todo senhor de escravo não deixava o escravo rezar todo escravizado deveria vim
já rezando pra um Orixá e todos que queriam rezar pro orixá e o senhor não o deixava
fazer. Fazia o que? pegava uma estátua de um santo católico usava a estátua do santo
para rezar para o Orixá. Então essa é uma teoria essa historinha é uma história bonitinha
história que serve pra muitos de nós uma história que permeou principalmente algo muito
presente no Candomblé baiano e tem uma polêmica em cima disso, a gente pode
comentar. Então a umbanda não criou o sincretismo religioso de santos e orixás, a
umbanda não criou o sincretismo cultural do branco, do negro e do índio. A umbanda
simplesmente é o espelho da cultura brasileira. A umbanda retrata um sincretismo
cultural e retrata esse sincretismo de Santos e orixás que já existia. A umbanda surge no
dia 15 de novembro de 1908 ela é anunciada por Zélio de Moraes e do Cabloco das Sete
Encruzilhadas no dia 15 de novembro de 1908. Então a Umbanda surge depois da
República quando esse país já é um país laico então quando a gente coloca no altar a
estátua do santo católico não é pra esconder o culto de orixá porque ninguém pode me
proibir de cultuar Orixá. Se há santos católicos no meu altar é porque eu estou rezando
para o santo e também para o Orixá se nós temos um histórico de que negro africano
feito escravo não podia rezar pro orixá e ele colocava a estátua de um santo e ai tem até
a história de que pegava uma pedra a pedra de otá e o Axé do orixá e colocava dentro
dos santos, Pai Ronaldo Linares que conta muito essa história. Então se há essa história
isso foi muito presente nos cultos de nação, num candomblé primeiro e primitivo porque
a palavra Candomblé hoje ela engloba uma série de cultos afro-brasileiros, mas ela é
muito forte tem uma origem cultural muito forte naquilo que nós chamamos de
Candomblé baiano,na cultura baiana é mais presente enquanto candomblé, aquele
Candomblé de ketu, o Candomblé que revive a cultura Nagô Iorubá, o Candomblé de
orixá. Então nesse Candomblé baiano houve muito a presença do santos católicos aonde
eles estavam ali muito mais em função do sincretismo e de como..é a reminiscência de
uma época que o negro não podia cultua o Orixá. Isso não é uma fala minha isso é uma
fala presente em alguns candomblés baianos e que fica muito clara no movimento
encabeçado pelos grandes Candomblés baianos, a exemplo do Ilé Axé Opô Afonjá que é
um dos maiores Candomblés baianos que é lindo, uma expressão cultural linda e que tem
à sua frente Mãe Stella de Oxóssi que encabeçou um movimento chamado Santa Bárbara
não é Iansã. Então os Candomblés baianos recentemente alguns deles fizeram um
movimento de tirar dos seus barracões os santos.
O Ilê Opô Afonjá os santos foram retirados e levados para o museu e não são mais
cultuados enquanto Santos e há um movimento pra que não faça mais sincretismo Iansã é
Iansã, Santa Bárbara é Santa Bárbara e nós vamos rezar apenas para iansã há movimento
assim no Candomblé baiano uma região afro-brasileira aculturada. A umbanda é uma
outra pegada na umbanda não tenho essa preocupação de usar o santo pra esconder o
Orixá na umbanda o sincretismo não nasceu para encobrir algo não umbanda o
sincretismo existe porque você reconhece que Santos e Orixás trabalham juntos pela
humanidade então Cristo não está encobrindo Oxalá Cristo e Oxalá tem as mesmas