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Relatório Preliminar de Estágio de Campo Ii
Relatório Preliminar de Estágio de Campo Ii
FACULDADE DE GEOLOGIA
MARABÁ
2018
RICARDO AUGUSTO ALVES MEDINA (201540603007)
MARABÁ
2018
Lista de Figuras
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 5
APÊNDICE ........................................................................................................................................... 23
RELATÓRIO PRELIMINAR DE ESTÁGIO DE CAMPO II
1 INTRODUÇÃO
1.2 Objetivos
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RELATÓRIO PRELIMINAR DE ESTÁGIO DE CAMPO II
Figura 1 - Mapa de localização e acesso.
Fonte: Autor.
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As atividades realizadas ao longo da disciplina estão divididas em três etapas: 1) Fase pré-
campo; 2) Fase de campo; 3) Fase pós-campo.
Nessa fase são realizadas atividades de pesquisa bibliográfica sobre a geologia da área
estudada (artigos, teses, dissertações, periódicos, dentre outras publicações) com o intuito de
elaborar uma síntese dos estudos anteriores. A análise e interpretação de produtos de sensores
remotos e elaboração de uma base cartográfica em ambiente SIG para auxílio em campo
também são desenvolvidas nessa fase, com o auxílio de minicursos ministrados ao longo da
disciplina.
Essa fase consiste nas atividades de descrição petrográfica das amostras coletadas,
com base na confecção de lâminas delgadas. Consiste ainda no tratamento e compilação dos
dados obtidos na fase de campo e elaboração de um relatório final com o intuito de apresentar
os resultados do trabalho. Ao final dessa fase há a arguição do relatório.
2 GEOLOGIA REGIONAL
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Figura 2 - Províncias do Cráton Amazônico segundo Santos (2003) (à esquerda) e Tassinari e Macambira
(2004) (à direita).
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Greenstone Belts
Ocorrem distribuídos por todo o domínio, como faixas orientadas E-W, NW-SE e NE-
SW. Compreende as rochas supracrustais dos grupos Babaçu, Lagoa Seca , Serra do Inajá,
Gradaús, Sapucaia e Tucumã. Na porção basal predomina a ocorrência de rochas
metavulcânicas ultramáficas a máficas (komatiitos e basaltos toleíticos), com textura spinifex
e pillow lavas reliquiares. Na topo predominam rochas metavulcânicas ácidas- intermediárias
e metassedimentares clásticas e químicas (Vasquez et al 2008).
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O Granodiorito Rio Maria foi designado por Dall’Agnol et al (1986) como rochas
essencialmente granodioríticas, associadas a tonalitos e com enclaves máficos. Medeiros
(1987) definiu quatro fácies petrográficas, biotita-hornblenda granodiorito, biotita
granodiorito e monzogranito, sendo a hornblenda e biotita os máficos principais. A intensa
saussuritização do plagioclásio também é uma característica importante.
Granito Guarantã
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TTGs jovens
Leucogranitos Potássicos
Granitos Tipo A
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Essa província é constituída por três domínios em território brasileiro: Gurupi, Bacajá
e Amapá. É possível que exista uma zona de transição entre as províncias Transamazonas e
Carajás, na qual fragmentos de crosta arqueana e paleoproterozóica estejam imbricados
tectonicamente segundo WNW-ESE (Santos 2003). O Domínio Santana do Araguaia é
proposto por Vasquez et al (2008), o qual era incorporado às províncias arqueanas Carajás
(segundo Santos, 2003) ou Amazônia Central (segundo Tassinari e Macambira, 2004).
Datações realizadas indicam que mesmo o embasamento sendo arqueano, há indícios de
retrabalhamento durante o Ciclo Transamazônico (Vasquez et al 2008).
A Suite intrusiva Rio Dourado e o Sienito Rio Cristalino representam o último evento
magmático nesse domínio. Trata-se plutons anorogênicos, de afinidade alcalina, sendo a
primeira com características de granitos tipo-A, datada em 1889 Ma. Essa unidade é
cronocorrelata a outras suítes similares que retratam o evento magmático alcalino
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A área de Estágio de Campo II foi dividida em quatro zonas homólogas e a partir disso
foi gerado um mapa de zonas homólogas de drenagem, individualizadas com base na proposta
de Soares & Fiori (1976), que considera como propriedades mais importantes a densidade,
sinuosidade, angularidade, tropia, assimetria e lineações de drenagem, descritas a seguir:
Zona I – Esta zona compreende a porção sudeste da área, sendo padrão dendrítico
com densidade baixa, sinuosidade mista, angularidade média, tropia multidirecional ordenada
e assimetria fraca. As anomalias em arco e cotovelo são as mais evidentes.
Zona II – Esta zona, na porção sudoeste da área, possui padrão dendrítico com
densidade baixa, sinuosidade mista, angularidade média, tropia multidirecional ordenada e
assimetria forte, por conta da diferença de declividade causada pela erosão diferencial das
litologias nessa porção. Nesta zona ocorrem anomalias em arco e em cotovelo,
principalmente.
Zona III – Nesta zona, que se estende por toda a porção central da área, o padrão
dendrítico possui densidade baixa, sinuosidade mista, angularidade média, tropia
multidirecional ordenada e assimetria fraca. A anomalia em cotovelo é a mais evidente,
ocorrendo também algumas anomalias em arco.
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Zona IV – Nesta zona, que ocorre na porção norte da área, o padrão dendrítico possui
densidade média a baixa, sinuosidade média, angularidade média, tropia multidirecional
ordenada e assimetria fraca. Além da anomalia em cotovelo, ocorrem também algumas
anomalias em arco.
Zona V – Esta zona pouco difere das zonas adjacentes em suas características. Foi
individualizada com base no seu padrão radial, o que permite inferir a existência de uma
litologia resistente à erosão e que, inclusive, condicionou a rede de drenagem nesse ponto,
mudando sua direção.
Para a análise das formas de relevo foi levado em consideração a textura e quebras do
relevo, auxiliado também pelo uso de curvas de nível para a delimitação das zonas
homólogas. A Zona I é caracterizada por possuir as cotas mais altas, podendo chegar a 750
m. O relevo encontra-se alongado na direção E-W e possui vertentes íngremes, constituindo
um relevo de serras. A Zona II possui cotas moderadas, em torno de 500 m, e é caracterizada
pela textura rugosa, causada pela forma como a litologia que ocorre nessa zona reage aos
agentes erosivos. A Zona III possui cotas abaixo de 500 m e é caracterizada pela rugosidade
moderada a alta. Nesta zona o relevo encontra-se fortemente estruturado, com a
predominância de alinhamentos N-S, que serão discutidos a seguir. A Zona IV possui cotas
entre 300-250 m, e é caracterizada por ser a de relevo levemente rugoso, porém com aspecto
arrasado. A Zona V possui as cotas mais baixas (< 250 m) e é caracterizada por um relevo
plano e arrasado. O mapa resultante da análise do relevo pode ser conferido na Figura 4.
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Figura 3 - Mapa de zonas homólogas de drenagem.
Fonte: Autor
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Figura 4 - Mapa de zonas homólogas de relevo.
Fonte: Autor
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Com base nos dados obtidos da fotointerpretação, foi possível executar a análise dos
alinhamentos no software SPRING 5.4, resultando em diagramas de roseta de frequência
absoluta com intervalos de 20º. A análise dos alinhamentos rúpteis indicou um trend
preferencial N-S, além de outros NNW-SSE e NW-SE com menor intensidade (Figura 5). A
análise dos lineamentos dúcteis indicou um trend preferencial N-S, mais expressivo, e outros
dois NNW-SSE e NW-SE com menor intensidade (Figura 6).
Fonte: Autor
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Fonte: Autor
Ambos os alinhamentos possuem um trend muito similar, o que pode ser observado
pelos diagramas de roseta, porém os alinhamentos dúcteis possuem um significativo trend
secundário E-W. A partir dos dados magnetométricos foram extraídos alguns alinhamentos,
correlacionados como zonas de cisalhamento, com direção preferencial NW-SE expressiva.
Para a melhor visualização, foi gerado um diagrama de roseta com espaçamento de 15º
(Figura 7). Como resultado da análise e interpretação dos alinhamentos foi gerado um mapa
de alinhamentos estruturais (Figura 8).
Fonte: Autor
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Figura 8 - Mapa de alinhamentos estruturais.
Fonte: Autor
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NEVES, A.P.; VALE, A.G. Redenção: folha SC.22-X-A. Estados do Pará e Tocantins,
escala 1:250.000. Brasília: DNPM/CPRM, 1999. 1 CD-ROM. Programa Levantamentos
Geológicos Básicos do Brasil (PLGB).
SANTOS, J. O. S., 2003. Geotectônica dos Escudos das Guianas e Brasil-Central. In:
Schobbenhaus, L. A. B., Vidotti, R. M., Gonçalves, J. H. (eds). Geologia, Tectônica e
Recursos Minerais do Brasil. Brasília, 2003.
VASQUEZ, L.V., ROSA-COSTA, L.R., SILVA, C.G., RICCI, P.F., BARBOSA, J.O.,
KLEIN, E.L., LOPES, E.S., MACAMBIRA, E.B., CHAVES, C.L., CARVALHO, J.M.,
OLIVEIRA, J.G., ANJOS, G.C., SILVA, H.R., 2008. Geologia e Recursos Minerais do
Estado do Pará: Sistema de Informações Geográficas – SIG: texto explicativo dos mapas
Geológico e Tectônico e de Recursos Minerais do Estado do Pará, 328p (in Portuguese).
APÊNDICE
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Figura 9 - Mapa planialtimétrico
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