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Chapecó
2016
Guilherme Ficcagna Lodi
Chapecó
2016
RESUMO
O setor da construção civil traz diversos impactos ambientais, e um dos principais, é a geração
de resíduos de construção e demolição (RCD), onde grande parte deste resíduo é descartado
ilegalmente, e também existe a falta de um gerenciamento dos RCD por parte dos municípios.
E em virtude da necessidade da população buscar cada vez mais a preservação do meio
ambiente, procurando um desenvolvimento sustentável, a reciclagem de RCD traria diversas
vantagens como a diminuição do descarte ilegal e da extração de matérias-primas, geração de
empregos, aumento da vida útil dos aterros sanitários e a produção de material para reutilização.
Nestas circunstâncias, o objetivo deste trabalho é elaborar um estudo de viabilidade econômica
de uma usina de reciclagem de resíduos sólidos da construção civil, através de análises de oferta
e demanda do mercado de RCD, verificação de custos de implantação e operação das usinas de
reciclagem de RCD, análises de variáveis econômicas que podem influenciar o mercado de
agregados e RCD. Desta forma, com todos os dados obtidos ao longo do estudo, será feito a
verificação da viabilidade da implantação da usina de reciclagem de RCD em determinado
município, através de ferramentas de análise de investimento.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
Tabela 3 - Cronograma.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 7
1.1 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA 8
1.2 OBJETIVOS 8
1.2.1 Objetivo geral 8
1.2.2 Objetivos específicos 8
1.3 JUSTIFICATIVA 8
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA 10
2.1 RESIDUOS SÓLIDOS 10
2.2 EXTRAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS 12
2.3 IMPACTOS AMBIENTAIS 13
2.4 SOLUÇÕES PARA OS RCD 15
2.4.1 Os 3 Erres 17
2.4.2 Utilização do entulho reciclado 18
2.4.2.1 Utilização em pavimentação. 18
2.4.2.2 Utilização como agregado para o concreto 18
2.4.2.3 Utilização como agregado para a produção de argamassas 19
2.4.3 Reciclagem 19
2.5 GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 20
2.5.1 Planos de gerenciamento obrigatórios 21
2.5.2 Ações nos órgãos da administração pública 21
2.6 USINAS DE RECICLAGEM DE RESIDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO 22
2.7 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS 23
2.8 TRABALHO REALIZADO POR ROSA (2013) 23
2.8.1 Objetivos 23
2.8.2 Metodologia 24
2.8.3 Considerações finais 24
3 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS 25
4 CRONOGRAMA 26
5 ORÇAMENTO 27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 28
1 INTRODUÇÃO
Com o rápido crescimento do Brasil nos últimos anos, surgiu também as dificuldades, e uma
delas é a geração de resíduos sólidos de construção e demolição (RCD), que provoca grandes
problemas, principalmente ambientais.
O principal problema dos RCD é com a sua deposição clandestina e a sua elevada geração de
resíduos, juntamente com este problema, existe a falta de efetividade e compromisso dos
geradores de RCD, e também das políticas públicas no seu gerenciamento.
Somado a isso, a Lei nº 12.305/10, determina que o poder público, o setor empresarial e a
coletividade são responsáveis pela efetividade das ações voltadas para assegurar a observância
da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e demais determinações estabelecidas nesta
lei.
A reciclagem no Brasil começou a ter destaque a partir de 2002 com a criação da Resolução
307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Segundo a Associação Brasileira
para a Reciclagem de Resíduos de Construção Civil e Demolição (ABRECON), em 2002 havia
apenas 16 usinas de reciclagem de RCD, e atualmente existem 310 usinas em todo o país, e
indica que 83% pertencem a iniciativa privada, 10% à gestão pública e 7% são usinas público-
privada.
Diante disso, e sabendo que a indústria da construção civil é a responsável pela maior parte da
geração dos RCD, chegando a até 70% dos resíduos sólidos em alguns municípios, devemos
buscar um desenvolvimento sustentável na construção civil, com o objetivo de reduzir,
reutilizar e reciclar esses resíduos.
1.2 OBJETIVOS
Realizar estudo de oferta e demanda de mercado para resíduos sólidos da construção civil.
Analisar a viabilidade econômica para a implantação da usina de reciclagem com base nos
aspectos de custo e de mercado encontrados.
1.3 JUSTIFICATIVA
Com o rápido crescimento da construção civil no Brasil nos últimos anos, aliado a falta de
infraestrutura para suportar esse crescimento, provocaram grandes problemas, principalmente
ambientais, dos quais está o destino dos resíduos gerados na construção civil.
Como o descarte destes resíduos é feito muitas vezes em córregos, ruas, aterros clandestinos e
outros locais indevidos, tem afetando o meio ambiente, a sociedade e também a economia, então
está se buscando alternativas para solução deste problema, como programas de gerenciamento
de resíduos, que desde 2002 as diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão de resíduos
da construção civil é estabelecido pela resolução 307 do CONAMA.
De acordo com a ABRECON, cerca de 60% do lixo sólido das cidades vem da construção civil,
e 70% desse total poderia ser reutilizado.
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA
Para a NBR 10004 (ABNT, 2004) os resíduos são classificados conforme seus potenciais
riscos ao meio ambiente e à saúde pública, para serem gerenciados adequadamente, a norma
define os resíduos sólidos como:
No entanto, uma outra classificação que é dada pela Resolução 307 do Conselho Nacional do
Meio Ambiente (CONAMA) é mais adequada, definindo os resíduos da construção civil da
seguinte forma:
“Os resíduos da construção civil deverão ser classificados, para efeito desta
Resolução, da seguinte forma:
I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:
a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de
infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;
De acordo com John e Agopyan (2000), os resíduos de construção são constituídos de vários
produtos, que podem ser classificados em solos, materiais cerâmicos, materiais metálicos e
materiais orgânicos, a proporção entre s tipos de resíduos é variável, dependendo da sua origem.
Conforme Lipsmeier (2000) dos setores da economia o que mais produz resíduos na União
Europeia (UE) é a construção civil, que gera cerca de 100 milhões de toneladas de resíduos por
ano. E Monteiro et al (2001), confirma que a construção civil no Brasil também é a que mais
gera resíduos sólidos, em média as construções de novas edificações geram em torno de
300kg/m² edificado, enquanto que em países desenvolvidos a média é de 100kg/m².
Segundo John e Agopyan (2000), a quantidade de RCD gerado nas regiões urbanas na maioria
das vezes é maior que à dos resíduos domiciliares. Estima-se que a que os brasileiros geram de
220 a 670 kg/hab/ano, com mediana de 510 kg/hab/ano.
De acordo com Pinto (1999), os resíduos de construção e demolição (RCD) representam entre
41% a 70% dos resíduos sólidos urbanos (RSU) nas cidades brasileiras de médio e grande porte.
De acordo com Jadovski (2005), as quantidades da geração de RCD no mundo estão expressas
na tabela 1.
Schneider e Philippi Jr., 2004, p.24 São Paulo 17.000 ton/dia Ano 2003
4 mil ton/dia, ou
Hamassaki, 2000, p.179 São Paulo
90.000m³/mês
De Baptisti, 1999, p.111 São Paulo 107.000 ton/mês
FONTE: JADOVSKI (2005), adaptada por autor.
De acordo com Barreto (2005), o setor da construção civil produz grandes impactos ambientais,
desde a extração das matérias-primas necessárias para a produção dos produtos, na execução
dos serviços nos canteiros de obra, até a destinação dos resíduos gerados, provocando uma
mudança na paisagem urbana.
Souza et al (2004), relata que a indústria da construção civil é uma grande consumidora de
recursos naturais, sendo motivo de discussões quanto à necessidade de se buscar o
desenvolvimento sustentável. Conforme John (2000), o consumo dos recursos naturais podem
variar dependendo da região e de fatores como taxa de resíduos gerados, vida útil das estruturas
construídas, necessidades de manutenção, perdas incorporados nos edifícios e da tecnologia
empregada
“A cadeia produtiva da construção civil consome entre 14 e 50% dos recursos naturais
extraídos do planeta; no Japão corresponde a cerca de 50% dos materiais que circulam
na economia e nos EUA, o consumo de mais de dois bilhões de toneladas representa
cerca de 75% dos materiais circulantes.” (BRASIL, 2008, p.2).
Ainda conforme o autor a produção de areia e brita para a construção civil, vem atendendo a
demanda nacional, mas, a disponibilidade desses recursos em lugares localizados próximos a
grandes aglomerados urbanos do país vem diminuindo devido ao mau planejamento, problemas
ambientais, zoneamentos restritivos e uso competitivos do solo. Cada vez mais está sendo
limitado a exploração desses recursos, tornando as perspectivas de uma garantia de suprimento
futuro aleatórias. Até o momento, o baixo preços desses agregados só foi possível pelo fácil
acesso as suas reservas e as pequenas distâncias de transportes, mas como as restrições estão
cada vez maiores, por razão de novas licenças. Em resumo, a sociedade está necessitando de
uma demanda cada vez maior desses agregados, e ao mesmo tempo, impedindo ou restringindo
a produção.
Segundo o autor, cerca de 75% dos resíduos gerados pelas construção civil nos municípios vem
de eventos informais (obras de construção, reformas e demolições geralmente feitas pelos
próprios usuários dos imóveis). Os munícipios devem exercer o papel de disciplinar o fluxo dos
resíduos, especialmente a geração de resíduos provenientes destes eventos informais.
Pinto (2005) fala que a falta de efetividade, e também de políticas públicas que disciplinem e
ordenem os fluxos de destinação destes resíduos, juntamente com a falta de compromisso dos
geradores de resíduos no manejo, e na destinação dos resíduos, provocam os seguintes impactos
ambientais:
• existência e acúmulo de resíduos que podem gerar risco por sua periculosidade.
De acordo com John e Agopyan (2000), o principal problema dos RCD é relacionado a sua
deposição irregular e aos grandes volumes produzidos, a deposição irregular é comum em todo
o mundo, e Pinto (1999) confirma isso estimando que no Brasil de 10% a 47% dos RCD gerados
são depositados irregularmente.
De acordo com Ângulo (2000), a construção civil deve passar por mudanças, devido a
necessidade de a população ter novas relações com o meio ambiente buscando um
desenvolvimento sustentável. Reduzindo desperdícios, melhoria de qualidade dos produtos,
novas técnicas de construção, projetos de sustentabilidade ambiental, aumento da durabilidade
dos componentes e a reciclagem de seus resíduos, estes são exemplos de preocupações no
campo da pesquisa voltada a sustentabilidade.
A reciclagem dos resíduos de construção e demolição no Brasil é bastante recente, mas vem
chamando a atenção dos gestores urbanos pelas possibilidades que apresenta enquanto solução
de destinação dos RCD e solução para a geração de produtos a baixo custo (PINTO, 1999).
2.4.1 Os 3 Erres
Conforme Zordan (2002), a forma mais fácil de reciclagem do entulho é a sua utilização em
pavimentações as vantagens de utilizar ele em pavimentações é:
- Menor utilização de tecnologia para sua produção, implicando menor custo do processo;
- Permite utilizar todos componentes minerais do entulho, sem necessidade de separação deles;
- Maior eficiência do resíduo quando adicionado aos solos saprolíticos em relação a mesma
adição feita com brita. Enquanto a adição de 20% de entulho reciclado ao solo saprolítico gera
um aumento de 100% do CBR, nas adições de brita natural o aumento do CBR só é perceptível
com dosagens a partir de 40%;
Ainda conforme o autor, o entulho reciclado também pode ser utilizado como agregado para o
concreto não estrutural, substituindo os agregados convencionais (areia e brita), as suas
vantagens são listadas a seguir:
- Permite utilizar todos componentes minerais do entulho, sem necessidade de separação deles;
Zordan (2002), relata que, após ser processado por equipamentos de reciclagem, ele pode ser
utilizado como agregado para argamassas de assentamento e revestimento.
Miranda e Selmo (2001), após analisarem o uso de entulho reciclado como agregado para produção
de revestimentos de argamassas, chegaram aos seguintes resultados:
2.4.3 Reciclagem
Conforme John e Agopyan (2000), a reciclagem de RCD é viável do ponto de vista ambiental
e técnico. Os riscos ambientais para este tipo de reciclagem é considerado baixo, embora deva
ter um controle, especialmente se os RCD forem de instalações industriais.
De acordo com Valverde (2001), com a necessidade da reciclagem dos entulhos da construção
civil, se criou a possibilidade de substituir os agregados naturais por parte dos produtos da
reciclagem. Na Europa e nos EUA, a participação dos produtos reciclados tem crescido
continuamente.
Pinto (1999), destaca a elevada geração de resíduos sólidos, desencadeada pelo acelerado
desenvolvimento da economia, faz com que seja inevitável o uso de políticas de valorização
dos resíduos e sua reciclagem, nos países desenvolvidos, e em regiões de países em
desenvolvimento. Historicamente, a atividade de construção sempre se configurou como uma
grande geradora de resíduos e também como potencial consumidora dos resíduos gerados por
ela mesma, e por outras atividades de transformações.
O gerenciamento dos RCD deve ser uma ação educativa, fazendo com que as empresas
envolvidas no processo possam exercer suas responsabilidades sem produzir impactos
socialmente negativos. (SCHNEIDER, 2000).
participantes da pesquisa, apenas 6,18% tem gestão dos resíduos sólidos consideradas
eficientes, 54,56% considerada gestão mediana e 39,36% considerada ineficiente.
E conforme a ABRECON (2015), em pesquisa setorial feita entre 2014 e 2015, avaliou que a
quantidade de municípios com atividades de reciclagem e que possuem Plano de
Gerenciamento de Resíduos da Construção e Demolição implantado, é de 55%, 28% não
possuem e 16% não sabiam.
As usinas públicas trazem vantagens econômica, como a redução de gastos com limpeza urbana
e obtenção de agregados reciclados com menor custo que os naturais, mas, a atividade das
usinas públicas é intermitente, devido as mudanças de gestão ou desinteresse, e ao baixo
conhecimento técnico (MIRANDA; ÂNGULO; CARELI, 2009).
Conforme o artigo 20 da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), estão sujeitos à
elaboração de plano de gerenciamento de resíduos sólidos, os geradores de resíduos dos
serviços públicos de saneamento básico, resíduos industriais, resíduos de serviços de saúde e
resíduos de mineração, estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que gerem
resíduos perigosos, ou, que gerem resíduos mesmo que não perigosos não sejam equiparados
aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal, as empresas de construção civil, os
responsáveis pelos terminais e outras instalações de serviços de transporte e também os
responsáveis por atividades agrossilvopastoris. (CONAMA, 2002).
“As primeiras usinas de reciclagem instaladas foram pelas Prefeituras de São Paulo, SP (1991),
de Londrina, PR (1993), e de Belo Horizonte, MG (1994).” (MIRANDA; ÂNGULO; CARELI,
2009, p.58).
John e Agopyan (2000), várias prefeituras brasileiras já operam centrais de reciclagem de RCD,
produzindo agregados utilizados basicamente em obras de pavimentação. O desafio do próximo
período é generalizar a prática, inclusive através da viabilização da atividade privada. Para que
esta meta seja atingida, são necessárias políticas públicas consistentes, abrangendo as áreas de
legislação, pesquisa e desenvolvimento, legislação tributária e educação ambiental.
Em 2002 havia apenas 16 usinas de reciclagem de RCD no Brasil, mas, após a resolução
CONAMA 307 de 2002, o cenário mudou de 3 novas usinas por anos, para 9 usinas por ano.
Em pesquisa setorial que avaliou dados de 2008 a 2013 está taxa subiu, chegando a 10,6 usinas
por ano. Porém entre 2013 e 2015 houve uma estabilidade na quantidade de usinas instaladas
por ano. Conforme a Associação Brasileira para a Reciclagem de Resíduos de Construção Civil
e Demolição, existem pelo menos 310 usinas em todo o país, o Estado de São Paulo é o que
mais possui usinas instaladas, chegando a 54% do total, devido maior atividade da construção
civil que gera mais RCD, pelo preço mais elevado dos agregados naturais. O percentual de
usinas fixas no país é de 74%, 21% de usinas móveis e 5% são móvel e fixa. (ABRECON,
2015).
“As Plantas Fixas são definitivas. A principal vantagem é uma qualidade superior dos
produtos reciclados. Há ainda a vantagem de usar equipamentos maiores e mais
potentes. A segunda planta é a Semi-Móveis, indicada para a construção de barragens
hidrelétricas e para construções de estradas. Sua construção é feita sobre bases de
estrutura metálica. É fácil a montagem e a desmontagem. A terceira e última é a Planta
Móvel, indicada para empreendimentos que requerem mobilidade. Outra vantagem é a
eliminação dos custos com montagem e desmontagem. As plantas móveis são mais
flexíveis e não necessitam de obras civis.” (CORRÊA et al, 2009, p.2-3)
De acordo com ABRECON (2015), os resultados da Pesquisa Setorial feita entre 2014 e 2015
com 105 usinas que responderam à pesquisa, indica que 83% das usinas pertencem a iniciativa
priva, 10% à gestão pública e 7% são usinas público-privada.
Ainda conforme o autor, a maior parte das usinas estão concentradas nas cidades de maior porte,
sendo 44% delas em cidades com mais de 500 mil habitantes, 44% em cidades com mais de
100 mil habitantes e 12% estão em cidades com menos de 100 mil habitantes, isso constata que
o negócio pode ser viável mesmo em cidades pequenas. O número de funcionários envolvidos
na reciclagem varia nas usinas, sendo que 60% delas possuem de 5 a 10 funcionários, 25% de
11 a 20 funcionários e 15% de 21 a 50 funcionários.
2.8.1 Objetivos
2.8.2 Metodologia
A metodologia usada para a realização foi considerado a geração de RCD ton/hab/ano, ao longo
do horizonte de projeto, a previsão de evolução da população da cidade. Para a quantificação
dos RCD no aterro da cidade foi feito um controle diário da pesagem de RCD durante quase 60
dias. A quantificação da geração de RCD em áreas de “bota fora”, foi obtido através da
Secretária Municipal de Meio Ambiente de Catalão (SEMMAC).
Para obtenção da receita anual, foi considerada um empreendimento de vida útil de 20 anos,
para o cálculo do valor final do produto, utilizou-se a produtividade das Usinas de Reciclagem
de RCD de Belo Horizonte.
Com os resultados obtidos concluiu-se que a proposta de usina de reciclagem de entulho para
atender a cidade de Catalão se mostrou economicamente viável para os diferentes cenários
avaliados.
A implantação da usina completa se mostrou mais viável que a simples pelo fato de que o
beneficiamento tanto com a venda e os tipos de materiais reciclados é maior e também ter mais
diversidade de material reciclado e mais aplicações nas obras de engenharia.
3 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
Assim, será verificado os custos de implantação e operação das usinas de reciclagem de RCD,
como a quantidade de funcionários necessária, gastos com água e energia elétrica, combustíveis
e manutenção dos equipamentos da usina.
Após isso, será verificado a pesquisa setorial elaborada pela Associação Brasileira para
Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (ABRECON) com o propósito de
conseguir uma análise dos dados de capacidade de produção das usinas de reciclagem instaladas
no Brasil, e do consumo de agregados reciclados. Também será verificado a ligação de outras
variáveis econômicas, como o tamanho da população onde a usina de reciclagem de RCD será
instalada, PIB, composição do RCD gerado e consumo agregados naturais.
Dessa forma, será possível fazer uma análise dos dados coletados e verificar a diferença entre
consumo de agregados reciclados e oferta. E com todos os custos e despesas para a instalação
de uma usina de RCD, será feito uma verificação testando diferentes cenários através de
ferramentas de análise de investimento, e por fim verificar se existe a viabilidade do
empreendimento.
4 CRONOGRAMA
Tabela 3 – Cronograma.
Revisão do trabalho X
Avaliação da banca X
Correções finais e X
elaboração do
artigo
Fonte: Autor
5 ORÇAMENTO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÂNGULO. S.C. Variabilidade de agregados graúdos de resíduos da construção e
demolição reciclados. 2000. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade
Politécnica, São Paulo, 2000.
BRASIL. Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Brasília.
SILVA, JIS GOMES; CATÃO, A. D.; DINIZ, MJD. LL. Reduzir, Reutilizar e Reciclar-
Proposta de Educação Ambiental para o Brejo Paraibano. In: Anais do 2º Congresso Brasileiro
de Extensão Universitária Belo Horizonte–12 a.