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COMPLETO
(INSERIR FOTO DO PROJETO)
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em sua arte sem saber que era observado. Assim teria podido viver tranquilo
o artista do trapézio, a não ser, pelas inevitáveis viagens de um certo lugar
para outro que o molestavam sumamente. Certo é que o empresário cuidava
de que este sofrimento não se prolongasse demasiado. O trapezista saía
para a estação em um automóvel de corridas que corria, pela madrugada,
pelas ruas desertas, com máxima velocidade; muito lenta, contudo para sua
nostalgia do trapézio. No trem, estava preparado um apartamento somente
para ele, onde encontrava, em cima, na redezinha das equipagens, uma
substituição mesquinha – mas de algum modo equivalente – de sua maneira
de viver. No local de destino já estava arrumado o trapézio, muito antes de
sua chegada, quando ainda não se tinham fechado as taboas nem colocado
as portas. Mas para o empresário era o instante mais agradável aquele em
que o trapezista se apoiava na corda e subia e em um átimo se encarapitava
de novo sobre o seu trapézio. Apesar de todas as precauções, as viagens
perturbavam gravemente os nervos do trapezista, de modo que por muitos
felizes que fossem economicamente para o empresário, sempre lhe eram
penosas. Uma vez em que viajavam, o artista na redezinha como sonhando,
e o empresário recostado no canto da janela, lendo um livro, o homem do
trapézio apostrofou-o suavemente. E lhe disse, mordendo os lábios, que dali
em diante, necessitava para o seu viver, não de um trapézio, como até então,
mas dois, dois trapézios, um em frente ao outro. O empresário concordou
logo. Mas o trapezista, como se quisesse mostrar que a aceitação do
empresário não tinha mais importância do que a sua oposição, acrescentou
que nunca mais, em nenhuma ocasião, trabalharia unicamente sobre um
trapézio. Parecia horrorizar-se ante a ideia de que isso pudesse vir
acontecer-lhe alguma vez. O empresário, detendo-se e observando o seu
artista, declarou novamente sua absoluta concordância. Dois trapézios são
melhor do que um só. Além disso, os novos trapézios seriam mais variados e
vistosos. Mas o artista, de súbito, se pôs a chorar. O empresário,
profundamente comovido, ergueu-se de um salto e perguntou-lhe o que lhe
acontecia, e como não recebesse nenhuma resposta, subiu ao acento,
acariciou e abraçou e estreitou seu rosto contra o seu, até sentir as lagrimas
em sua pele. Depois de muitas perguntas e palavras carinhosas, o trapezista
exclamou, soluçando: - Apenas com uma barra nas mãos como poderia eu
viver! Então, foi muito fácil ao empresário consolá-lo. Prometeu-lhe que na
primeira estação, na primeira parada e hospedaria, telegrafaria para que
instalassem o segundo trapézio. Enfim, deu-lhe os agradecimentos por ter-
lhe feito observar por fim aquela omissão imperdoável. Desse modo, pode o
empresário tranquilizar o artista e tornar a seu canto. Em troca, ele não
estava tranquilo, com grave preocupação espiava, às furtadelas, por cima do
livro, ao trapezista. se semelhantes pensamentos tinham começado a
atormentá-lo, poderiam já cessar por completo? Não continuariam
aumentando dia por dia? Não ameaçariam sua existência? E o empresário
alarmado, acreditou ver naquele sono aparentemente tranquilo, em que tinha
terminado os choros, começar a desenhar a primeira ruga na lisa fronte
infantil do artista do trapézio.
Tradução: Torrieri Guimarães.
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ESCALETA DO ROTEIRO
Um artista no trapézio - Kafka
CENA 01 - CIRCO - INT - DIA
Trapezista ensaia sua apresentação. Ao redor do trapézio, outros artistas
perpassam o ambiente organizando suas coisas, montando equipamentos. Ao lado
do trapézio há uma estrutura de corda por onde os criados do trapezista o enviam
comida, água e objetos que este precisa.
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Apesar de todas as precauções, as viagens perturbavam gravemente os nervos do
trapezista, de modo que por muitos felizes que fossem economicamente para o
empresário, sempre lhe eram penosas. Uma vez em que viajavam, o artista na
redezinha como sonhando, e o empresário recostado no canto da janela, lendo um
livro, o homem do trapézio apostrofou-o suavemente. E lhe disse, mordendo os
lábios, que dali em diante, necessitava para o seu viver, não de um trapézio, como
até então, mas dois, dois trapézios, um em frente ao outro. O empresário concordou
logo. Mas o trapezista, como se quisesse mostrar que a aceitação do empresário
não tinha mais importância do que a sua oposição, acrescentou que nunca mais, em
nenhuma ocasião, trabalharia unicamente sobre um trapézio. Parecia horrorizar-se
ante a ideia de que isso pudesse vir acontecer-lhe alguma vez. O empresário,
detendo-se e observando o seu artista, declarou novamente sua absoluta
concordância. Dois trapézios são melhor do que um só. Além disso, os novos
trapézios seriam mais variados e vistosos. Mas o artista, de súbito, se pôs a chorar.
O empresário, profundamente comovido, ergueu-se de um salto e perguntou-lhe o
que lhe acontecia, e como não recebesse nenhuma resposta, subiu ao acento,
acariciou e abraçou e estreitou seu rosto contra o seu, até sentir as lagrimas em sua
pele. Depois de muitas perguntas e palavras carinhosas, o trapezista exclamou,
soluçando: - Apenas com uma barra nas mãos como poderia eu viver! Então, foi
muito fácil ao empresário consolá-lo. Prometeu-lhe que na primeira estação, na
primeira parada e hospedaria, telegrafaria para que instalassem o segundo trapézio.
Enfim, deu-lhe os agradecimentos por ter-lhe feito observar por fim aquela omissão
imperdoável. Desse modo, pode o empresário tranquilizar o artista e tornar a seu
canto. Em troca, ele não estava tranquilo, com grave preocupação espiava, às
furtadelas, por cima do livro, ao trapezista. se semelhantes pensamentos tinham
começado a atormentá-lo, poderiam já cessar por completo? Não continuariam
aumentando dia por dia? Não ameaçariam sua existência? E o empresário
alarmado, acreditou ver naquele sono aparentemente tranquilo, em que tinha
terminado os choros, começar a desenhar a primeira ruga na lisa fronte infantil do
artista do trapézio.
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PERFIL BIOFÍSICO E ESTILO DE VIDA DOS DOIS OU
TRÊS PERSONAGENS PRINCIPAIS
TRAPEZISTA:
Homem de cerca de 23 anos. Magro, mas com corpo tonificado e músculos
pequenos, mas definidos. Parece um tipo sonhador, quase que lunático, paisagista.
Se perde em seus pensamentos. Diz-se que seus pais morreram quando era ainda
menino, e encontrou no trapézio uma forma de fugir à realidade. Necessitava
sempre da adrenalina. Um aventureiro sem limites às convenções sociais ou mesmo
racionais.
EMPRESÁRIO:
Homem de cerca de 60 anos. Vestido sempre com camisa social, às vezes de terno.
Um pouco acima do peso, cabelos brancos, porém careca em sua maioria. Usa
óculos de grau pequeníssimos. Suas camisas sociais são sempre brancas, ternos
negros. Usa sempre uma gravata colorida, estampas variadas e divertidas. É o único
traço colorido em seus trajes. Tem uma dicção que lembra um locutor, dado que,
idealmente, é o mesmo que narra as propagandas do circo nos carros de som.
Detalhamento do caderno de
arte
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PERSONAGEM 1
TOPICO1 - COPIAR AQUI O ESTILO DE VIDA E BIOFÍSICO DO
PERSONAGEM.
PERSONAGEM 2
ESTILO DE VIDA E BIOFÍSICO DO PERSONAGEM.
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IMAGENS DE REFERÊNCIA
o TERNO
o ÓCULOS
o PERFIL
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TOPICO 4 – VESTUÁRIO E CENAS.
[COLOCAR POR CENA QUE O PERSONAGEM PARTICIPA, AS IMAGENS DEFINITIVAS DAS ROUPAS DO
PERSONAGEM. JÁ INÚMERAS LOJAS DE ROUPAS E INSTAGRAM PARA CONSEGUIR ESTAS ROUPAS.
COLOCAR TAMBÉM A LISTA DE ACESSÓRIOS E SE TIVER IMAGENS, POR CENA. COPIE O RESUMO DA
CENA, E NOME DA LOCAÇÃO E AS IMAGENS DAS ROUPAS E ACESSÓRIOS. FAÇA UMA LISTA DE ITENS
QUE ELE DEVE VESTIR. FAÇA UM TEXTO OU CONSIGA UMA IMAGEM ILUSTRATIVA DE COMO SERÁ A
MAQUIAGEM E CABELO DELE. LISTE O QUE FOR DE ACESSÓRIOS OU OBJETOS ESPECIAIS. INCLUINDO
IMAGEM DO CELULAR. TUDO QUE ELE TERÁ QUE USAR. E SE ELE TEM OU MANIPULA OBJETO DE
CENA, QUE NÃO É ACESSÓRIO, CONSIGA IMAGEM OU DESCREVA O OBJETO E O ESTILO DO OBJETO.
(TUDO ISTO É PRECISO PARA SE FECHAR A LISTA DE CONTROLE DO PRODUTOR DE FIGURINO E
PRODUTOR DE ARTE E PARA CAMAREIRAS E ORÇAMENTOS.
MAQUIAGEM 1
FIGURINO 1
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MAQUIAGEM 1
MAQUIAGEM 1
MAQUIAGEM 1
MAQUIAGEM 1
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ROUPA:
LOCAÇÃO 1 - CIRCO
TOPICO1 – COPIAR O DESCRITIVO DA LOCAÇÃO. DESCREVER
TAMBÉM ESTILO E ÉPOCA E CLASSE SOCIAL DE QUEM VIVE OU
USUFRUI.
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e mobiliário que tem que ter no ambiente. Exemplo – se é uma parede com
imagens, indicar as imagens e fotos e se puder, colocar exemplos. Se a
parede estiver desbotada e com pichações, faz as pixaç~es ou algumas
numa folha, e fotografa e põe no caderno de arte, como exemplo. Se tem
crucifixo, colocar imagem do crucifixo. Etc.....
Obs.: Se a locação for uma casa, e for gravar vários cômodos, fazer por
cômodo.
LOCAÇÃO 2 - CARRO
TOPICO1 – COPIAR O DESCRITIVO DA LOCAÇÃO. DESCREVER
TAMBÉM ESTILO E ÉPOCA E CLASSE SOCIAL DE QUEM VIVE OU
USUFRUI.
Obs.: Se a locação for uma casa, e for gravar vários cômodos, fazer por
cômodo.
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TÓPICO 6 – listar os objetos que estão sobre os móveis. Isto é importante
para o orçamento, para o produtor de arte, que controla os objetos de cena
e tem que produzir estes objetos, e a/o continuísta.
LOCAÇÃO 3 - APARTAMENTO
TOPICO1 – COPIAR O DESCRITIVO DA LOCAÇÃO. DESCREVER
TAMBÉM ESTILO E ÉPOCA E CLASSE SOCIAL DE QUEM VIVE OU
USUFRUI.
Obs.: Se a locação for uma casa, e for gravar vários cômodos, fazer por
cômodo.
ROTEIRO
Um artista no trapézio - Kafka
CENA 01 - CIRCO - INT - DIA
Vemos o interior de um circo onde vários artistas estão ensaiando e arrumando.
Entre eles, um homem pega uma garrafa de água e coloca em um balde. O balde
está ligado a um sistema de cordas que vai do chão ao teto do circo. O homem
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começa então a puxar uma corda, acompanhamos o balde subindo. No trapézio, um
trapezista está treinando tão concentrado que não percebe a chegada do balde. Ele
continua a treinar.
Criança
Olha pai.
O pai, distraído, está olhando para cima. A criança olha para cima também e
enxerga o trapezista, sentado no trapézio a observar as apresentações.
Z
Uma sequência de cenas do circo sendo desmontado. Primeiro desmontam as
arquibancadas, depois desmontam o picadeiro. No fim está o circo quase todo vazio,
exceto pelo trapézio e seu trapezista.
SEGUNDO TRAPEZISTA
Ele não...
AGENTE
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O Trapezista dirige* um carro de corridas em alta velocidade em direção à estação
de trem. As mãos do trapezista estavam frenéticas no volante/ O trapezista parecia
extremamente frenético. Ao seu lado estava o agente, que checava seu relógio.
[DIALOGO NOSTÁLGICO SOBRE O TRAPÉZIO]
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FILMES DE REFERÊNCIA
OS POBRES DIABOS – ROSEMBERG CARIRI
O PALHAÇO – SELTON MELO
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