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GUIA DE ESTUDO

Qualidade na Educação
UNIDADE I
QUALIDADE NA EDUCAÇÃO
UNIDADE I

Palavras do Professor

Olá, aluno (a)!


Seja bem-vindo (a) à nossa disciplina Qualidade na Educação!

Você já ouviu falar em busca pela qualidade na educação? Acredito que a resposta tenha sido positiva,
não é? Isso se deve, muito provavelmente, a atualidade dessa discussão.

Não é difícil encontrar em jornais, em textos da internet e outros meios de comunicação, alguém abordando
a discussão sobre educação e a busca pela qualidade, como também, muito provavelmente, deve ter
assistido em noticiários da televisão os deputados na câmara debatendo sobre elementos que indicam a
qualidade na educação brasileira.

Mas, de qual qualidade estamos falando? Será que estamos nos referindo aos mesmos critérios de
avaliação de qualidade? Como deve ser uma escola para que seja dita de qualidade? Hoje ouvimos muito
falar que a educação no Brasil é de má qualidade, mas será que existe uma única forma de identificar
qualidade? Quem mede essa qualidade tão discutida?

Vamos buscar essas respostas aqui! Podemos ir em frente? Vamos lá!

Orientações da Disciplina

Nessa unidade, você irá estudar conceitos e reflexões práticas sobre diferentes perspectivas que possam
auxiliar na discussão sobre a qualidade na educação. Para isso, você irá estudar:

• O que é qualidade;
• Os pilares para uma educação de qualidade;
• Indicadores da qualidade da educação;
• Desafios para a aprendizagem de qualidade.

Para iniciar a discussão, você irá refletir sobre o conceito de qualidade que para muitos autores têm
definições diferentes. E iremos propor elementos para pensarmos uma escola de qualidade, que vai além
da perspectiva de aprender os conhecimentos básicos, mas está intrinsicamente ligada à construção de
um homem melhor.

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Para iniciar os estudos, você irá precisar ter em mãos o livro-texto, no qual aborda de forma mais ampla e
com diversos elementos ricos que auxiliarão na discussão dos conceitos, como também na realização das
atividades e leituras dos textos indicados no decorrer do guia.

Bom estudo!

EDUCAÇÃO DE QUALIDADE

Falar sobre educação de qualidade deveria soar um pouco redundante, afirma o autor do livro “Educação
Municipal de Qualidade” José Fernandes de Lima, pois na sua visão, a educação, por si só, já deveria ser
de qualidade.

Essa reflexão nos leva a pensar sobre o que define uma educação de qualidade. Para muitos professores
é sinônimo de escola com muitos recursos educacionais, como lousas digitais, computadores, jogos, entre
outros ou ainda para outros terem um bom salário e formação continuada. Os pais podem apostar na
infraestrutura e merenda na escola. Para o poder público é ter um bom IDEB – Índice de desenvolvimento
da Educação Básica.

Como você está percebendo, existem diferentes opiniões sobre o conceito de educação de qualidade, o
que torna o conceito uma construção subjetiva e histórica assumindo diferentes significados em tempos
e espaços diversos em consonância com o projeto de sociedade assumido.

Por muito tempo a educação de qualidade era medida através de dados quantitativos apenas, como por
exemplo, dar o acesso a educação básica a todos (número de alunos matriculados), ou ainda quantidade de
alunos alfabetizados. Hoje as politicas para educação ampliaram essa dimensão apoiadas pelo relatório
da UNESCO-2010, a partir da comissão de Delors, que apontou como foco para educação de qualidade o
aprendizado.

Foi ressaltada, no relatório, a “necessidade tanto aos instrumentos essenciais de aprendizagem (leitura,
escrita, expressão oral, cálculo, resolução de problemas), quanto aos conteúdos educativos fundamentais
(conhecimento, aptidões, valores, atitudes), indispensáveis ao ser humano para sobreviver, desenvolver
suas capacidades, viver e trabalhar com dignidade, participar plenamente do desenvolvimento, aprimorar
sua qualidade de vida, tomar decisões ponderadas e continuar a aprender.”

Visite a Página

Para ter acesso na íntegra e aprofundar os estudos sobre um dos documentos que
mais inspirou políticas públicas, o Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional
Sobre Educação para o século XXI, acesse o link.

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No meio das discussões sobre qualidade da educação o conselho Nacional de Educação proferiu no seu
parecer no. 5/2011 a educação de qualidade como um direito social. Esse parecer vem corroborando com
a ampliação do conceito de qualidade de educação mais ampla e pensada social e culturalmente.

Assim, o parecer vem elencar alguns aspectos importantes para que as políticas públicas em educação
sejam respaldadas. São eles:

• Consideração sobre a inclusão, a valorização das diferenças e o atendimento à pluralidade e à


diversidade cultural, resgatando e respeitando os direitos humanos, individuais e coletivos e as várias
manifestações de cada comunidade;
• Foco no projeto político-pedagógico, no gosto pela aprendizagem, e na avaliação das aprendizagens
como instrumento de contínua progressão dos estudantes;
• Inter-relação entre organização do currículo, do trabalho pedagógico e da jornada de trabalho do
professor, tendo como foco a aprendizagem do estudante;
• Compatibilidade entre a proposta curricular e a infraestrutura, entendida como espaço formativo
dotado de efetiva disponibilidade de tempos para a sua utilização e acessibilidade;
• Integração dos profissionais da educação, dos estudantes, das famílias e dos agentes da comunidade
interessados na educação;
• Valorização dos profissionais da educação, com programa de formação continuada, critérios de
acesso, permanência, remuneração compatível com a jornada de trabalho definida no projeto político-
pedagógico;
• Realização de parceria com órgãos, tais como os de assistência social, desenvolvimento e direitos
humanos, cidadania, trabalho, ciência e tecnologia, lazer, esporte, turismo, cultura e arte, saúde, meio
ambiente;
• Preparação dos profissionais da educação, gestores, professores, especialistas, técnicos, monitores
e outros.

Esses elementos nos fazem refletir sobre a responsabilidade coletiva nessa construção, que significa
compreender que a educação é um processo de produção e socialização da cultura da vida, no qual se
constroem, se mantêm e se transformam conhecimentos e valores.

Guarde essa ideia!

Pensar a qualidade da educação requer considerar elementos internos da escola e


externos à escola. Não há qualidade na educação sem a participação da sociedade na
escola.

Moacir Gadotti, estudioso e pesquisador da área da educação, escreveu o artigo “Qualidade da educação:
Uma nova abordagem”, que foi apresentado no Congresso da Educação Básica em 2013. Ele nos fala
sobre o Documento de Referência da Conferência Nacional de Educação em 2009 que aponta a qualidade
da educação no eixo II, associando este tema ao da gestão democrática e da avaliação.

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Esse documento apresenta vários elementos estruturais, como a concentração de renda, a desigualdade
social, a garantia do direito à educação, bem como a organização e a gestão do trabalho educativo,
que implica condição de trabalho, processos de gestão educacional, dinâmica curricular, formação e
profissionalização dos professores. Essa é uma perspectiva que considera a educação como fruto das
relações sociais de forma mais ampla.

Então a partir desses aspectos abordados até o momento podemos definir que a qualidade da educação
não é definida como algo estanque, ou com critérios baseados em apenas uma perspectiva. Como todos
os documentos apontam e o os pesquisadores discutem, a qualidade da educação é um conceito plural,
mas que está associada à cultura, ao social, ao cognitivo e os valores, como também, e principalmente,
está balizada pelo projeto de sociedade que tem.

Veja o vídeo!

Para aprofundar esse assunto, segue o vídeo da Diretora executiva da ONG “Todos
pela educação”, Priscila Cruz, e que explica o significado de qualidade da educação
em termos de garantia de aprendizagem de conteúdos curriculares e desenvolvimento
de habilidades não-cognitivas. O vídeo tem a duração de 2 minutos e 28 segundos.
Acesse aqui.

Pensando nessa educação mais ampla e plural não podemos deixar de abordar o conceito dos pilares
da educação. Você já ouviu falar sobre os pilares da educação? Os pilares foram muito discutidos e
divulgados por revistas da área da educação, como também vários autores aprofundaram e apoiaram suas
pesquisas utilizando o conceito dos pilares da educação.

A UNESCO em relatório de 2010, no qual avaliou os progressos realizados mundialmente para o alcance
dos seis objetivos traçados em Dacar, Senegal em 2000 – compromissos assumidos por 169 países
incluindo o Brasil - apontou para os desafios que estão sendo enfrentados pelos países para garantir a
efetividade de uma educação para todos, sugere ainda, quatro pilares fundamentais para uma educação
de qualidade e que iremos discutir a seguir.

OS PILARES PARA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE

Partindo do princípio do conceito de educação que acontece ao longo de toda a vida, sendo permanente,
e que enfrente os desafios impostos pela mudança social, não podemos pensar em escola a partir do
modelo cartesiano, que atribui como a função da escola: ensinar apenas os conceitos ditos científicos e
acumulados pela humanidade. Logicamente que é função sim da escola ensinar esses conhecimentos,
mas não apenas eles.

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Pensar em uma educação mais permanente é pensar em diferentes aspectos que preparam o individuo
a tomar consciência de si próprio e de seu meio ambiente, sem deixar de desempenhar sua função na
atividade profissional e nas estruturas sociais.

Como o próprio relatório aponta “à educação cabe fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo
complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permita navegar através dele.” E
para nortear essa nova construção de escola é necessário pensar a partir de quatro pilares fundamentais
da educação de qualidade:

• Aprender a conhecer;
• Aprender a fazer;
• Aprender a conviver;
• Aprender a ser.

Aprender a conhecer

Não se restringe ao repertório de conhecimentos, mas a estimular o gosto pela descoberta, prazer em
aprender novos conceitos combinando a cultural geral com conceitos científicos. Compreender a realidade
para que possa viver em sociedade dignamente. Aprender para beneficiar-se das oportunidades oferecidas
pela educação ao longo da vida. “É essencial que cada criança, esteja onde estiver, possa ter acesso, de
forma adequada, às metodologias científicas de modo a tornar-se para toda vida ‘amiga da ciência.”

Aprender a fazer

Aprender a trabalhar em equipe, a vivenciar experiências sociais ou de trabalho no contexto social ou


nacional, é a competência que torna a pessoa apta a enfrentar numerosas situações da vida social. “Como
ensinar o aluno a pôr em prática os seus conhecimentos e, também, como adaptar a educação ao trabalho
futuro quando não se pode prever qual será a sua evolução?” por essa razão é indispensável promover o
aprender a fazer durante sua vida escolar, para desenvolver suas potencialidades para viver em harmonia.

Aprender a conviver

Aprender a conviver com as diferenças e compartilhar e trabalhar em equipe, é um dos grandes desafios
da vida moderna. Realizar projetos comuns e preparar-se para gerenciar conflitos, sempre ressaltando a
compreensão mútua e a paz nas relações.

Aprender a ser

Olhar para si mesmo, para desenvolver o melhor possível, a personalidade e estar em condições de agir
com uma capacidade cada vez maior de autonomia.

A partir desses pilares entende-se que a educação passa a considerar o ser humano na sua forma integral,
aproveitando suas capacidades e potencializando elementos indispensáveis como memória, raciocínio,
sentido estético, capacidades físicas, aptidão para se comunicar, entre outros.

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No entanto, pensar educação a partir desses quatro pilares não é trabalho fácil. Você já pensou nas
mudanças que são necessárias?

São mudanças desde construção do currículo e a forma que ele se articula e traça seus objetivos. Mudanças
efetivas no processo pedagógico que precisará prezar não apenas pelo conceito, mas por habilidades e
valores subjetivos e difíceis de avaliar. Mudança no tempo escolas e nos processos de avaliação da
aprendizagem que precisam pensar sobre os aspectos subjetivos inseridos nessa construção. É uma
mudança de paradigmas que professores, escolas e redes de ensino precisam pensar.

Dessa forma precisamos pensar em indicadores de qualidade de educação que possam nortear o caminho
a seguir e avaliar o que já foi percorrido nessa construção da educação de qualidade.

INDICADORES DE QUALIDADE PARA EDUCAÇÃO

Para iniciar a discussão, responda: o que seria “indicador” para você?


Você já ouviu falar sobre indicadores em algum jornal ou revista?

Fonte: http://s4.static.brasilescola.com/img/2014/04/mafalda.jpg

A Mafalda nos aborda com muito humor essa temática, fazendo um trocadilho entre o seu dedo indicador
e o chamado indicador de desemprego tão apresentado nos nossos jornais televisivos.

Mas, finalmente, o que são indicadores? De uma forma geral são índices, percentuais, números, entre
outros critérios, utilizados para acompanhar a evolução de um dado objeto.

Para educação, o MEC – Ministério da educação criou os Indicadores de Qualidade da Educação em 2004,
que visa identificar os sinais que revelam aspectos de determinada realidade e que podem qualificar algo.

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O livro-texto aborda esse conceito com mais profundidade e traz mais elementos para enriquecer essa
discussão. Aqui no guia, iremos abordar de forma mais ampla e trazendo outros elementos, que hoje são
indicadores e que norteiam as políticas de educação.

Para o INEP – Instituto de Pesquisas Anísio Teixeira - são medidas de variáveis, de natureza quantitativa,
que refletem a situação, as tendências ou as mudanças em determinado fenômeno. Explicando melhor
são dados geralmente estatísticos que operacionalizam um conceito abstrato, ou apontam para um
entendimento de uma dada realidade através de dados numéricos.

Exemplo

Um exemplo de dados produzidos que auxiliam a interpretação da realidade são os dados


produzidos pelo CENSO. A partir dessa pesquisa, podemos identificar a quantidade de
jovens, de adultos e de crianças no Brasil. Dessa forma, o governo pode criar políticas
públicas especificas para cada faixa etária, ou podemos identificar assim o número de
analfabetos no país comparando com cada faixa de idade, dessa forma o governo pode
desenvolver projetos para jovens e adultos que precisam ser alfabetizados.

Bem, e em educação, quem produz esses dados?


São instituições diversas. O próprio censo fornece esses dados, no entanto, o INEP tem feito um papel
importante nessa produção.

Exemplo

Exemplos de indicadores produzidos são: a média de Alunos por turma, média de


Horas-Aula diária, taxas de distorção idade-série, Ideb – índice de desenvolvimento da
educação básica, percentual de docentes com curso superior, entre outros.

Além desses indicadores mais amplos, podemos elencar alguns indicadores locais, mais específicos
da realidade de cada escola, como é a proposta do documento do MEC - Indicadores de Qualidade da
Educação – no qual aponta elementos como:

• Ambiente educativo;
• Prática pedagógica;
• Avaliação;
• Gestão democrática;
• Formação e condições dos profissionais da escola;
• Ambiente físico;
• Acesso e permanência dos alunos na escola.

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Todos são elementos que podem auxiliar a estabelecer critérios para avaliarmos a educação das nossas
escolas.

As dimensões interescolares e extraescolar são extremamente importantes nesse processo de avaliação.


Como já falamos anteriormente, a qualidade da educação está vinculada a concepções sociais, culturais e
humanas do processo, e apenas ampliando o olhar para o todo do processo educativo podemos contribuir
para uma análise mais especifica.

Nesse sentido, olharmos os indicadores a nível Nacional, Estadual, Municipal e Escolar se configura
como um instrumento importante para entendermos a realidade da educação, mas principalmente para
traçarmos politicas e intervenções que possibilitem a superação dos limites existentes hoje na educação.

DESAFIOS PARA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE

Os desafios para educação de qualidade no Brasil não são poucos e possuem raízes históricas. A
reivindicação nos anos 40 e 50 se baseavam em escola pública para todos, já que nessa época a escola
pública era feita para poucos, pois apenas uma pequena parcela da população tinha acesso a educação.

Com o passar do tempo ampliamos o acesso à educação, no entanto, ainda estamos buscando superar
os limites impostos para o alcance da qualidade. A pesquisadora Bernardete Gatti escreveu um artigo
publicado no livro “Justiça para qualidade da educação” da editora Saraiva – 2013 no qual aponta alguns
problemas que precisamos enfrentar para qualidade da educação.

Em primeiro ponto ela ressalta o quanto o direito à educação para todos foi ausente nas políticas públicas.
Em meados dos anos 50 existiam cerca de sete milhões de crianças em idade escolar fora da escola.
Esse número foi diminuindo com o passar do tempo, no entanto, o déficit na escolarização da população
é reflexo dessa lentidão na ampliação do acesso a escola, como também, pelo fato de ter sido realizada
inicialmente nos primeiros anos de escolarização para só depois atingir as etapas subsequentes.

Dessa forma, a distorção idade/série, a evasão, o baixo rendimento escolar são desafios provenientes
desse problema histórico de acesso e permanência que nos aflige até os dias de hoje.

Hoje o Brasil tem cerca de 15% de alunos dos anos iniciais em distorção idade/série, 28% nos anos
finais e 30% no Ensino Médio conforme dados do Inep 2013. Esses números demonstram que ainda
temos muitos alunos que não conseguem acompanhar os estudos de forma regular, seja pela reprovação,
seja pela evasão escolar. Esse é um grande desafio para enfrentarmos na busca por uma educação de
qualidade.

Outro desafio apontado pela autora é o da qualidade educacional propriamente dita. Não basta incluir,
como diz a autora “é preciso oferecer acesso ao conhecimento e formação humana de modo suficiente”.
Ressalta ainda que a educação é o meio pelo qual o indivíduo obtém através da escola meios cognitivos,
culturais e valores necessários para uma vida social plena.

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As avaliações em larga escala como SAEB, PISA, ANA, ENEM, entre outras vêm apontando o quanto
estamos distante da qualidade da aprendizagem dos alunos. De acordo com o Aprova Brasil de 2013
apenas 21% dos alunos do 9º ano aprenderam o adequado em Língua portuguesa e 10% dos alunos
aprenderam o adequado em matemática, o que significa que ainda estamos muito distante de uma
educação de qualidade para todos.

Muitos outros aspectos podem ser discutidos no que se refere aos desafios da educação. Você poderá
se aprofundar mais a partir da leitura do livro-texto, que sugere muitos outros desafios que precisamos
pensar para uma educação de qualidade.

No ano de 2014, foi aprovado o Plano Nacional de Educação que traz em seu texto as aspirações e anseios
para a busca por uma educação de qualidade. É um plano que tem duração de dez anos e foi aprovado
como a Lei 13.005 de 26 de junho de 2014.

Esse plano foi construído com a participação dos seus entes federados e da sociedade covil e estabelece
vinte metas que precisam ser cumpridas ao longo do período por Estados e Municípios sendo um
compromisso de todos para a melhoria da educação.

O primeiro grupo de metas aborda a garantia do direito a educação básica com qualidade, o acesso
e a universalização do ensino obrigatório e sua ampliação. É nesse grupo que se encontra a meta de
universalização da educação infantil de 4 e 5 anos até 2016, significando um avanço no que se refere a
ampliação dos anos de escolarização.

No segundo grupo de metas, encontramos a discussão da redução das desigualdades e a valorização da


diversidade, uma discussão que foca na equidade. O terceiro grupo de metas aborda a valorização dos
profissionais da educação e o financiamento da educação e o quarto abrange as metas que dizem respeito
ao Ensino Superior.

Para que tenhamos uma ação efetiva os Estados e Municípios também construíram seus Planos Estaduais
e Municipais, respectivamente, para garantir o alcance das metas e construírem suas próprias estratégias
de intervenção na sua realidade. É um plano baseado no principio da colaboração e no monitoramento,
pois a cada dois anos as metas serão avaliadas a partir dos Fóruns de Educação.

Importante!

Como foi abordado nesse texto, o Brasil tem grandes desafios a serem enfrentados
para uma educação de qualidade, que pense o individuo como um ser total, inserido
em uma cultura e com habilidades e valores que o possibilitam ser criativos e ativos
na sociedade.

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Veja o vídeo!

Para complementar os seus estudos assista ao vídeo do professor e pesquisador


Celso Vasconcellos, que aborda vários elementos sobre os desafios para qualidade
da educação que poderão auxiliar nas suas reflexões. O vídeo tem a duração de 12
minutos e 28 segundos. Acesse link.

Palavra Final

Chegamos ao final do nosso primeiro guia de estudos.

Nesta unidade, vimos o conceito de educação de qualidade, conhecemos os quatro pilares desta educação,
aprendemos os indicadores e finalizamos com os desafios de uma aprendizagem de qualidade.

Ao final da leitura do guia e do livro-texto (eles se complementam), você deve realizar os exercícios
propostos no ambiente, que são a Atividade Avaliativa e o Fórum. Além de ser uma excelente ferramenta
de absorção e fixação do conteúdo, lembro que essas atividades valem nota.

Espero você na nossa segunda unidade!

Bons estudos e até lá!

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