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DIMENSIONAMENTOS
16/08/2009
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
Colbert São Paulo
2
Introdução ..................................................................................................................................... 7
Etapas do Projeto Elétrico ............................................................................................................. 8
Normas Relacionadas .................................................................................................................... 9
Previsão de Cargas ...................................................................................................................... 10
Generalidades ......................................................................................................................... 10
Iluminação ............................................................................................................................... 10
Pontos de Tomadas ................................................................................................................. 12
Divisão das Cargas em Circuitos .............................................................................................. 13
Posicionamento da Caixa de Disjuntores .................................................................................... 15
Representação Multifilar e Unifilar ............................................................................................. 16
Tabelas de Símbolos .................................................................................................................... 18
Dimensionamento dos Condutores ............................................................................................ 25
Os Condutores ......................................................................................................................... 25
Seção dos condutores ............................................................................................................. 26
Máxima capacidade de condução de corrente ....................................................................... 27
Temperatura ambiente ....................................................................................................... 33
Agrupamento de circuitos ................................................................................................... 34
Exemplos ............................................................................................................................. 36
Máxima queda de tensão ........................................................................................................ 38
Exemplos ............................................................................................................................. 40
Dimensionamento dos Eletrodutos ............................................................................................ 43
Aterramentos .............................................................................................................................. 44
Esquemas de Aterramentos .................................................................................................... 44
Esquema IT: ......................................................................................................................... 45
3 Esquema TT ......................................................................................................................... 46
Esquema TN......................................................................................................................... 46
Dispositivos de Proteção e Segurança ........................................................................................ 50
Disjuntores Termomagnéticos - DTM ..................................................................................... 50
Os circuitos de distribuição têm como origem o Quadro de Distribuição. Este quadro compõe
um conjunto que compreende um ou mais dispositivos de proteção e manobra, destinado à
distribuição de energia elétrica aos circuitos terminais e/ou a outros quadros de distribuição.
Fornecemos abaixo uma sequência que não necessariamente deve ser seguida linearmente.
Um projeto possui muitas idas e vindas até que se encontre o ponto adequado. Por exemplo, a
seção de um condutor poderá ser alterada conforme o tipo de cálculo desenvolvido. Mesmo a
divisão de circuitos poderá ser alterada para manter a seção dos condutores para iluminação
em 1,5 mm² e tomadas em 2,5 mm² que é mais conveniente.
1. Informações Preliminares
2. Quantificação do Sistema
a. Previsão de Cargas
i. Cargas de Iluminação
ii. Cargas de tomadas
1. Uso Geral (TUG)
2. Uso Específico (TUE)
3. Localização dos pontos de luz e tomadas
4. Localização dos quadros terminais
5. Localização dos quadros gerais e medidores
6. Divisão das cargas em circuitos terminais
7. Representação unifilar dos circuitos terminais
8. Dimensionamento dos condutores
a. Pela máxima capacidade de condução de corrente
b. Pela máxima queda de tensão
9. Dimensionamento dos dispositivos de proteção
10. Determinação do padrão de atendimento
a. Cálculo da Demanda
b. Dimensionamento do alimentador
i. Pela máxima capacidade de condução de corrente
ii. Pela máxima queda de tensão
iii. Dimensionamento do dispositivo de proteção
c. Medidor
11. Dimensionamento dos quadros
a. Diagramas unifilares
12. Elaboração de detalhes construtivos
13. Elaboração das especificações técnicas
14. Memorial descritivo e de cálculo
15. Análise e aprovação pela concessionária
Toda execução em eletricidade deve seguir a Portaria 598 TEM, de 07/12/2004, que modifica
as normas relativas à segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. Altera a Norma
Regulamentadora 10, aprovada pela portaria 3214 de 8/6/1978.
NBR 5111 Fios de cobre nu de seção circular para fins elétricos - Especificação
NBR 5368 Fios de cobre mole estanhados para fins elétricos - Especificação
NBR 5176 Segurança de aparelhos eletrônicos e aparelhos associados para uso
domésticos ou geral ligados a um sistema elétrico - Procedimento
NBR 5413 Iluminância de interiores - Especificação
NBR 5419 Proteção contra descargas atmosféricas - Procedimento
NBR 5473 Instalação elétrica predial - Terminologia
NBR 5444 Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais
NBR 5361 Disjuntor de baixa tensão
NBR 5461 Iluminação
NBR 5597 Eletroduto rígido de aço carbono com revestimento protetor, com rosca
ANSI - Especificação
NBR 5598 Eletroduto rígido de aço-carbono com revestimento protetor, com rosca
NBR 5624 Eletroduto rígido de aço-carbono, com costura, com revestimento protetor
e rosca NBR 8133 - Especificação
NBR 6147 Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo – Especificação
NBR 6150 Eletrodutos de PVC rígido - Especificação
NBR 6252 Condutores de alumínio para cabos isolados - Padronização
NBR 6527 Interruptores para instalação elétrica fixa doméstica e análoga –
Especificação
NBR 6808 Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão - Especificação
NBR 6812 Fios e cabos elétricos - Queima vertical (fogueira) - método de ensaio
NBR 6880 Condutores de cobre para cabos isolados - Padronização
NBR 7094 Motores de indução - Especificação
NBR 9122 Dispositivos fusíveis de baixa tensão para uso doméstico - Especificação
NBR 9513 Emendas para cabos de potência isolados para tensões até 750 V
NBR 14136 Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até 20 A/250 V em
corrente alternada – Padronização
IEC 614 Specification for conduits for electrical Installations
NBR NM 60898 Disjuntores para proteção de sobrecorrentes para instalações
domésticas e
9 similares (IEC 60898:1995, MOD)
IEC 61008-2-1 Residual current operated circuit-breakers without integral overcurrent
protection for household and similar uses (RCCB's) – Part 2-1: Applicability of the
general rules to RCCB's functionally independent of line voltage.
Generalidades
Iluminação
NOTAS:
Um cálculo mais apurado sobre a iluminação de um ambiente pode ser realizado fazendo uso
da NBR 5413 e em seguida determinando-se a potência elétrica para o dimensionamento dos
condutores que alimentarão estas cargas. Por exemplo, esta norma considera para residência,
os seguintes valores de iluminâncias, em lux:
1. Sala de estar:
a. Geral 100 – 150 – 200;
b. Local (leitura, escrita, bordado, etc.) 300 – 500 – 750;
2. Cozinhas
a. Geral 100 – 150 – 200;
b. Local (fogão, pia, mesa) 200 – 300 – 500;
3. Quartos de dormir
a. Geral 100 – 150 – 200;
b. Local (espelho, penteadeira, cama) 200 – 300 – 500;
4. Hall, escadas, despensas, garagens:
a. Geral 75 – 100 – 150;
b. Local 200 – 300 – 500;
5. Banheiros
a. Geral 100 – 150 – 200;
b. Local (espelhos) 200 – 300 – 500;
A escolha de um dos três valores indicados é determinada por três fatores indicados na tabela
abaixo, seguindo os procedimentos indicados:
Para usarmos conscientemente a norma citada, precisamos entender alguns conceitos úteis
como iluminância, fluxo luminoso, intensidade luminosa, refletância, etc. e como estas afetam
a iluminação de um ambiente. Este conhecimento é adquirido no capítulo Luminotécnica.
Pontos de Tomadas
A potência atribuível a cada um dos pontos de tomada é função dos equipamentos que ele
poderá vir a alimentar e não deve ser inferior aos seguintes valores mínimos:
1. Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e
locais análogos, no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três pontos, e 100 VA
por ponto para os excedentes, considerando-se cada um desses ambientes
separadamente. Quando o total de tomadas no conjunto desses ambientes for
superior a seis pontos, admite-se que o critério de atribuição de potências seja de
no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até dois pontos, e 100 VA por ponto para
os excedentes, sempre considerando cada um dos ambientes separadamente;
2. Nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por ponto de tomada.
Segundo a NBR 5410 a instalação elétrica deve ser dividida em tantos circuitos quantos
necessários, devendo cada circuito ser concebido de forma a poder se secionado sem risco de
realimentação inadvertida. Esta divisão tem como objetivo alcançar as seguintes exigências:
1. Segurança – evitando que a falha em um circuito prive de alimentação toda uma área;
2. Conservação da energia – possibilitando que cargas de iluminação e/ou climatização
sejam acionadas na justa medida das necessidades;
3. Funcionais – viabilizando a criação de diferentes ambientes, como os necessários em
auditórios, salas de reuniões, espaços de demonstração, recintos de lazer, etc.;
4. De Produção – minimizando as paralisações resultantes de uma ocorrência;
5. De manutenção – facilitando ou possibilitando ações de inspeção e de reparo.
Considera-se também que a divisão em circuitos tenha em consideração as necessidades
futuras. Isto significa que para as ampliações previsíveis devem refletir não só na potência de
alimentação, mas também na taxa de ocupação dos condutos e dos quadros de distribuição.
Os pontos de iluminação e tomadas devem pertencer a circuitos distintos e qualquer carga que
solicite mais de 10 A deve ser dimensionada em circuito único.
13 Uma prática interessante na divisão dos circuitos é fazê-lo de acordo com as áreas da
residência quando esta apresentar muitas cargas: área social, área íntima e área de serviço.
Em geral, uma residência deverá apresentar pelo menos dois circuitos: um de tomada de uso
geral (TUG) e um circuito de iluminação. Havendo cargas exclusivas, então o número mínimo
será de três circuitos básicos.
14
Centro de cargas
Após determinar as cargas mínimas e concluir a respeito do acréscimo das cargas, distribuímos
estas na planta utilizando os símbolos adequados. Em seguida, realizamos o cálculo para
determinar o posicionamento do quadro terminal. Este cálculo é realizado indicando
inicialmente na planta um ponto de referência. A partir deste ponto de referência,
identificamos as cargas e suas distâncias a ele, multiplicando a potência da carga instalada em
determinada posição pela distância x (horizontal) e y (vertical). Depois somamos todas as
multiplicações em x e todas as multiplicações em y e dividimos pela soma total das cargas.
𝑛
𝑖=0 𝑆𝑖 . 𝑋𝑖
𝑥= 𝑛
𝑖=0 𝑆𝑖
𝑛
𝑖=0 𝑆𝑖 . 𝑌𝑖
𝑦= 𝑛
𝑖=0 𝑆𝑖
Falta completar.
15
Esta etapa do projeto elétrico tem como objetivo a distribuição das cargas assim como a
localização em planta dos pontos elétricos.
Denomina-se condutor de retorno aquele que interliga dois componentes do circuito como,
por exemplo, um interruptor e uma lâmpada. Exceção ocorre entre a ligação de dois
disjuntores.
16
Representação de um circuito unifilar utilizando interruptores paralelos.
17
18
24
Os condutores elétricos por possuírem resistência, ao circular corrente elétrica por eles,
sofrem aquecimento devido ao efeito Joule. No caso dos condutores que possuem isolação a
temperatura assumida pela superfície do condutor em contato com a isolação é decisiva para a
vida útil do condutor. Os materiais isolantes possuem limitações de temperatura. Quando a
temperatura ultrapassa seus limites eles sofrem danos o que diminui a vida útil do condutor.
Os Condutores
2 – Cabo.
A temperatura máxima de serviço contínuo é a maior temperatura que pode ser mantida em
condições de funcionamento contínuo. É a alcançada pela superfície do condutor quando a
corrente que circula é igual à capacidade de condução de corrente do fio ou cabo. Esta
temperatura é indicada por 𝜃𝑍 .
25
A capacidade de condução de corrente do condutor para determinada condição de instalação
e temperatura ambiente é indicada por 𝐼𝑍 . Estes valores são tabelados e fornecidos pela
NBR5410 como veremos mais adiante.
A temperatura de curto-circuito é a maior temperatura que pode ser mantida por um tempo
máximo de 5 segundos, sendo designada por 𝜃𝑘 .
A isolação dos condutores pode ser de PVC (cloreto de polivinila), EPR (barracha etileno-
propileno) e XLPE (polietileno reticulado).
Os condutores mais utilizados em edificações são os que possuem isolação de PVC. Eles são
facilmente coloridos em cores vivas, mas possuem limitação de emprego para tensões de até
15 kV. Estes condutores devem atender ABNT NBR 7288 ou à ABNT NBR 8661
A seção dos condutores de fase, em circuitos de corrente alternada não deve ser inferior aos
seguintes valores:
Além desta informação a NBR 5410 considera que a seção dos condutores deve ser
determinada de forma a que sejam atendidos, no mínimo, todos os seguintes critérios:
27
Abaixo temos a Tabela 36, indicando os valores das correntes para condutores de cobre.
Temperatura ambiente
Considerando que nosso circuito anterior tenha sido projetado para um local com temperatura
ambiente igual a 40oC, o condutor de seção 1,5 mm² terá uma nova capacidade de condução
de corrente:
Agrupamento de circuitos
Tomando como exemplo o condutor de seção 1,5 mm², caso ele esteja no interior de um
eletroduto com três circuitos, em local de temperatura ambiente igual a 30oC, sua nova
capacidade passará a ser:
Alerta a norma que os fatores de agrupamento das tabelas 42 a 45 são aplicáveis a condutores
com a mesma temperatura máxima para serviço contínuo. Para grupos contendo condutores
com diferentes temperaturas máximas para serviço contínuo, a determinação da capacidade
de condução de corrente dos condutores, para todos os circuitos do grupo, deve ser baseada
não na temperatura máxima para serviço contínuo do condutor considerado, mas na menor
temperatura máxima admissível em serviço contínuo encontrada entre os condutores do
grupo, acompanhada da aplicação do fator de agrupamento incorrido.
Também considera que, os condutores para os quais se prevê uma corrente de projeto não
superior a 30% de sua capacidade de condução de corrente, já determinada observando-se o
fator de agrupamento incorrido, podem ser desconsiderados para efeito de cálculo do fator de
correção aplicável ao restante do grupo.
É preciso estar atento que os fatores de agrupamentos foram calculados admitindo-se todos
35 os condutores vivos permanentemente carregados com 100% de sua carga. Caso o
carregamento seja inferior a 100%, os fatores de correção podem ser aumentados.
Exemplos
Circuitos de tomadas:
Resolução
Cálculo das correntes de projeto:
2000
𝐼1 = = 15,74 𝐴
127
1500
𝐼2 = = 11,81 𝐴
127
2200
𝐼3 = = 10,00 𝐴 36
220
A tabela 36 nos fornece a capacidade máxima do condutor 2,5 mm² como sendo
𝐼𝑍 = 24 𝐴, para circuito único em eletroduto embutido em alvenaria, com dois
condutores carregados e em uma temperatura ambiente de 30oC;
Para o circuito 1 devemos usar um condutor de seção maior. Fazendo uso do condutor de
seção 4 mm², sua capacidade de condução de corrente é 𝐼𝑍 = 32 𝐴, em ambiente de
temperatura 30oC e circuito único.
Finalizando:
Circuito 1: condutor de seção 1,5 mm²;
Circuito 2: condutor de seção 1,5 mm²;
Circuito 3: condutor de seção 2,5 mm².
A passagem de corrente elétricas por condutores provoca queda de tensão. Esta queda de
tensão deve estar dentro de limites pré-fixados para que os equipamentos possam funcionar
de maneira adequada.
A NBR 5410 considera que em qualquer ponto de utilização da instalação elétrica, a queda de
tensão verificada não deve exceder aos seguintes valores, dados em relação ao valor da tensão 38
nominal da instalação:
Estes limites de queda de tensão são válidos quando a tensão nominal dos equipamentos de
utilização previstos for coincidente com a tensão nominal da instalação.
Em nenhum dos casos indicados acima a queda de tensão nos circuitos terminais pode ser
superior a 4%.
As tabelas usuais dão as quedas de tensão nos condutores a partir da expressão simplificada:
Abaixo temos a tabela para o cálculo da queda de tensão fornecido pelo fabricante de
condutores Pirelli.
∆𝑈 = ∆𝑢. 𝐼𝐵 . ℓ
𝐼𝐵 corrente de projeto;
Exemplos
100𝑥2,86
∆𝑈% = = 2,25 %
127
Esta é uma queda maior que a permitida. Neste caso, o condutor deve ser alterado para 4
mm².
2000
𝐼𝐵1 = = 15,75 𝐴
127
800
𝐼𝐵2 = = 6,30 𝐴
127
Corrigindo as correntes:
′
15,75
𝐼𝐵1 = = 22,63 𝐴
0,87𝑥0,8
′
6,30 40
𝐼𝐵2 = = 9,05 𝐴
0,87𝑥0,8
𝑆2 = 1,5 𝑚𝑚2
Percentual de:
3,34𝑥100
∆𝑈% = = 2,63%
127
Este é um valor superior ao permitido de 2% para circuito terminal. O condutor a ser utilizado
será de seção maior: 4 mm².
500
𝐼𝐵 = = 3,94 𝐴
127
400
2º trecho: 𝐼𝑏2 = 127
= 3,15 𝐴;
300
3º trecho: 𝐼𝑏3 = 127
= 2,36 𝐴;
41
200
4º trecho: 𝐼𝑏4 = 127
= 1,57 𝐴;
100
5º trecho: 𝐼𝑏5 = 127
= 0,79 𝐴;
42
A NBR 5410/04 considera que as dimensões internas dos eletrodutos e de suas conexões
devam permitir, após montagem das linhas, que os condutores possam ser instalados ou
retirados com facilidade. Por isto admite que a taxa de ocupação do eletroduto, dada pelo
quociente entre a soma das áreas das seções transversais dos condutores previstos, calculadas
com base no diâmetro externo, e a área útil da seção transversal do eletroduto, não deva ser
superior a:
Em relação aos trechos de tubulação, caso seja contínuo, para linhas internas às edificações
elas não devem exceder a 15 m e para linhas aéreas externas às edificações, 30 m; em caso de
existirem curvas, os valores fornecidos anteriormente devem ser reduzidos em 3 m para cada
curva de 90o.
Dar continuidade.
43
1. O aterramento funcional;
2. O aterramento de proteção.
O segundo é destinado à proteção contra choques elétricos provocados por contatos indiretos.
Esquemas de Aterramentos
Esquema IT:
45
Esquema TT
Esquema TN
Este esquema possui um ponto da alimentação diretamente aterrado, sendo as massas ligadas
a esse ponto por intermédio de um condutor. De acordo com a disposição do condutor neutro
e proteção, este esquema apresenta três variantes.
Esquema TN-C
46
Esquema TN-C-S
47
Este autor recomenda que o esquema TT seja utilizado em todas as instalações alimentadas
por rede pública de baixa tensão e a proteção contra os contatos indiretos deva ser
preferencialmente executada por dispositivos a corrente diferencial residual (dispositivos DR).
Quando a instalação possui transformador ou gerador próprio, via de regra a opção pelo
esquema TN é a mais adequada. Alerta Cotrim que este esquema não é indicado para
alimentar equipamentos com elevada vibração mecânica devido à possibilidade de
rompimento dos condutores. Também ele desaconselha o uso deste esquema em locais com
risco de incêndio ou de explosão e mesmo em locais molhados. Para estes últimos casos é mais
conveniente usar o esquema TT.
TR – transformador da Concessionária;
L1’, L2’ e L3’ – condutores da rede pública de baixa tensão;
L2, L3, PEN – ramal de entrada;
QE – quadro de entrada da concessionária;
QD – quadro de distribuição;
DPG – dispositivo de proteção geral;
TA1, TA2, TA3 – terminais (barra) de aterramento;
N – terminal (barra) de neutro; 48
B – terminal de aterramento principal;
C – ligações equipotenciais principais;
T1, T2, T3 – eletrodos de aterramento.
Melhorar as explicações.
49
Os dispositivos de proteção atuam sobre diferentes aspectos. Existem aqueles que se destinam
unicamente à proteção tanto dos condutores de alimentação quanto dos
condutores dos circuitos terminais contra sobrecorrente
(devido a sobrecarga) e curto-circuito, os que são
utilizados unicamente para proteger as pessoas ou
o patrimônio contra faltas à terra e aqueles que
realizam todas estas funções.
Ainda como dispositivo de proteção temos o fusível que consiste em um condutor de seção
reduzida, intercalado em um circuito, que se rompe por fusão, ao ser ultrapassado um
determinado valor de corrente.
Seus valores nominais de corrente são estabelecidos para determinada temperatura ambiente
que servirá de parâmetro para a calibração do disparador térmico. São estabelecidas as
seguintes temperaturas de calibração: 20oC, 30oC ou
40oC.
𝐼𝑁 = corrente nominal;
B: de 3IN a 5IN;
C: de 5IN a 10IN;
D: de 10IN a 20IN.
Observe que todas as curvas possuem a mesma curva de disparo térmico. A curva de disparo
magnético é que difere.
A NBR 5410 considera que o uso de DR em um circuito não dispensa o condutor de proteção.
Todo circuito deve dispor de condutor de proteção em todo extensão.
Um dispositivo DR será utilizado quando for necessário limitar os riscos de incêndio suscitados
pela circulação de correntes de falta. Neste caso o circuito deve ser protegido por dispositivo
com corrente diferencial residual nominal de atuação de no máximo 500 mA.
Em caso de choques elétricos o circuito deve ser protegido por dispositivo com corrente
diferencial residual nominal de atuação de no máximo 30 mA.
Em geral os dispositivos DR funcionam como sensores que medem as correntes que entram e
saem de uma carga. A primeira figura abaixo mostra a corrente que vai para a carga e a que sai
da carga. São utilizados dois sensores, um monitorando o condutor fase, outro monitorando o
condutor retorno. As correntes nestes condutores possuem a mesma intensidade em qualquer
trecho dos condutores como mostra a primeira figura à esquerda. Estas correntes, embora
sejam iguais em módulo, criam campos magnéticos diferentes. A segunda figura mostra este
fato ao colocarmos o sensor de corrente abraçando os dois condutores simultaneamente: a
corrente medida é nula. Mantendo este sensor abraçando os dois condutores e provocando o
desvio da corrente que circula pelo retorno. Maior intensidade de corrente circula pela fase e
menor pelo retorno em função do desvio provocado, no caso apresentado abaixo, por um
toque de uma pessoa conduzindo parte da corrente através do corpo para a terra. O sensor
perceberá a diferença de corrente e atuará desligando o circuito evitando consequência
maiores.
Os condutores fase e neutro do circuito têm obrigatoriamente que passar pelo DR, o que não
acontece com o DTM, pelo qual só passa os condutores fase.
Deve-se ter cuidado com o condutor de proteção. Este nunca poderá passar pelo DR, por isto o
neutro não poderá ser aterrado após passar pelo DR.
Para circuitos de torneira e/ou chuveiro elétrico a GE recomenda que os mesmos sejam de
resistência blindada/isolada. Alerta o fabricante GE para que se atente sobre observações de
compatibilidade para uso de DR inscrito na embalagem destes equipamentos elétricos.
De acordo com o fabricante GE, eles estão disponíveis nas correntes de 4 até
40 A, nas curvas B e C, nas sensibilidades de 30 mA e 500 mA e apenas na
versão bipolar (1 polo + neutro).
Dimensionamento
a) 𝐼𝐵 ≤ 𝐼𝑁 ≤ 𝐼𝑍
b) 𝐼2 = 1,45𝐼𝑍
IB = corrente de projeto;
A coordenação entre condutor e disjuntor como prescrito anteriormente pode ser visto no
desenho acima.
Como o condutor foi calculado para a temperatura de 30oC, o disjuntor deverá ser
dimensionado com a temperatura de 40oC (tcondutor + 10oC).
(Falta Fazer).
(Falta Fazer).
Exemplos
(Falta Fazer).
56
Proteção Contra Descargas Atmosféricas
(Falta Fazer).
Especificação da Carga
Demanda
Representa em uma instalação elétrica, a potência média ativa, reativa ou aparente consumida
em um intervalo de tempo. A curva de demanda pode ser levantada para qualquer intervalo,
ou seja, diário, mensal ou anual.
Demanda Máxima
Representa em uma instalação elétrica a maior de todas as potências consumidas que ocorre
em um período especificado de tempo.
Fator de Demanda
𝐷𝑚á𝑥
𝑓𝑑 =
𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡
A potência instalada tem sua importância. Algumas empresas de distribuição elétrica tomam
por base a potência instalada para definir o padrão de entrada.
Fator de Utilização
Este é um fator interessante para previsão de futuras instalações. Com ele é possível perceber
até quanto a carga do circuito ou sistema pode ser aumentada. Definimos por:
𝐷𝑚á𝑥
𝑓𝑢 =
𝐶
57
C é a capacidade nominal.
10
𝑓𝑢 = = 0,42
24
Dimensionando o Alimentador
O condutor que alimenta todas as cargas do circuito não deve, necessariamente, ter a
capacidade de alimentar todas as cargas, mas sim de ser capaz de alimentar as cargas na
demanda máxima.
Exemplo
(Melhorar).
59
A Siemens nos fornece um exemplo da montagem de Quadro de distribuição padrão IEC. Neste
exemplo ela esclarece que a montagem foi simulada para uma rede bifásica e considera que
junto ao medidor existe uma proteção realizada por meio de disjuntor IEC ou fusível. Por isto
foi possível realizar o exemplo de montagem sem utilizar um disjuntor geral no Quadro de
Distribuição, realizando a entrada pelo dispositivo DR. Nos casos onde não houver proteção
prévia coordenada é recomendável a utilização de um disjuntor geral no Quadro de
Distribuição.
Terminar.
60
(Falta Fazer).
61
Informações preliminares
Quantificação do sistema
Previsão de iluminação
Previsão de tomadas
A fazer.
63
64
65
66
Circuito 1 – Iluminação
Circuito 2 – Iluminação
Circuito 3 – Tomada de Uso Específico (chuveiro)
Circuito 4 – Tomadas de Uso Geral (quarto, sala)
Circuito 5 – Tomadas de Uso Geral (banheiro, circulação, quarto)
Circuto 6 – Tomadas de Uso Geral (cozinha)
Circutio 7 – Tomadas de Uso Geral (área de serviço)
(por fazer)
67
(por fazer)
68
(por fazer)
69
(por fazer)
(por fazer)
70
(por fazer)
71
(por fazer)
72
1. ABNT, NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão, São Paulo, 2004;
2. BRANDÃO Jr, Augusto F; DIAS, Eduardo M.; CARDOSO, José R., Eletrotécnica Básica, São
Paulo, Livraria Ciência e Tecnologia Editora;
3. CAVALIN, Geraldo & CERVELIN, Severino, Instalações Elétricas Prediais, São Paulo, Editora
Érica, 1998;
4. COTRIM, Ademaro, Manual de Instalações Elétricas, São Paulo, Editora McGraw Hill/Pirelli,
1985;
5. COTRIM, Ademaro A. M. B., Instalações Elétricas, São Paulo, Editora McGraw-Hill do Brasil,
1977;
6. GE, Catálogo de Mini disjuntores;
7. GE, Proteção Diferencial: DR, DDR, DOC – informação técnica;
8. LEITE, Duílio Moreira & Carlos Moreira, Proteção Contra Descargas Atmosféricas, São
Paulo, Editora Officina de Mydia;
9. NEGRISOLI, Manoel E. M., Instalações Elétricas: projetos prediais em baixa tensão, São
Paulo, Editora Edgard Blücher Ltda;
10. NISKIER, J. & MACINTYRE, A. J., Instalações Elétricas, Rio de Janeiro, Editora Guanabara
Dois, 1986;
11. MARTIGNONI, Alfonso, Instalações Elétricas Prediais, Rio de Janeiro, Editora Globo;
12. PIRELLI, Jornal da Eletricidade;
13. SCHNEIDER ELETRIC/PROCOBRE, Workshop Instalações elétricas de Baixa Tensão: Proteção
Contra Sobrecorrentes e Dimensionamento dos Condutores;
14. SIEMENS, Seminários Técnicos - Eletricistas e Técnicos, Módulo 3B, 2003;
15. SIEMENS, Proteção de Instalações Elétricas de Baixa Tensão: Disjuntores 5SX1;
16. VISACRO FILHO, Silvério, Aterramentos Elétricos, São Paulo, ArtLiber Editora.
73
75