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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

DIMENSIONAMENTOS

16/08/2009
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
Colbert São Paulo
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Conteúdo

Introdução ..................................................................................................................................... 7
Etapas do Projeto Elétrico ............................................................................................................. 8
Normas Relacionadas .................................................................................................................... 9
Previsão de Cargas ...................................................................................................................... 10
Generalidades ......................................................................................................................... 10
Iluminação ............................................................................................................................... 10
Pontos de Tomadas ................................................................................................................. 12
Divisão das Cargas em Circuitos .............................................................................................. 13
Posicionamento da Caixa de Disjuntores .................................................................................... 15
Representação Multifilar e Unifilar ............................................................................................. 16
Tabelas de Símbolos .................................................................................................................... 18
Dimensionamento dos Condutores ............................................................................................ 25
Os Condutores ......................................................................................................................... 25
Seção dos condutores ............................................................................................................. 26
Máxima capacidade de condução de corrente ....................................................................... 27
Temperatura ambiente ....................................................................................................... 33
Agrupamento de circuitos ................................................................................................... 34
Exemplos ............................................................................................................................. 36
Máxima queda de tensão ........................................................................................................ 38
Exemplos ............................................................................................................................. 40
Dimensionamento dos Eletrodutos ............................................................................................ 43
Aterramentos .............................................................................................................................. 44
Esquemas de Aterramentos .................................................................................................... 44
Esquema IT: ......................................................................................................................... 45

3 Esquema TT ......................................................................................................................... 46
Esquema TN......................................................................................................................... 46
Dispositivos de Proteção e Segurança ........................................................................................ 50
Disjuntores Termomagnéticos - DTM ..................................................................................... 50

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Dispositivo Diferencial Residual .............................................................................................. 53
Interruptor diferencial Residual – IDR................................................................................. 54
Disjuntor Diferencial Residual - DDR ................................................................................... 55
Dimensionamento ................................................................................................................... 55
Exemplo ............................................................................................................................... 56
Proteção Contra Sobretensões Transitórias ........................................................................... 56
Proteção Contra Quedas e Faltas de Tensão .......................................................................... 56
Exemplos ............................................................................................................................. 56
Proteção Contra Descargas Atmosféricas ............................................................................... 56
Características das Cargas ........................................................................................................... 57
Especificação da Carga ............................................................................................................ 57
Demanda ............................................................................................................................. 57
Demanda Máxima ............................................................................................................... 57
Fator de Demanda ............................................................................................................... 57
Fator de Utilização .............................................................................................................. 57
Dimensionando o Alimentador ........................................................................................... 58
Exemplo ............................................................................................................................... 58
Dimensionamento dos Quadros ................................................................................................. 60
Elaborando um Projeto Elétrico .................................................................................................. 62
Informações preliminares ....................................................................................................... 62
Quantificação do sistema ........................................................................................................ 63
Previsão de iluminação ....................................................................................................... 63
Previsão de tomadas ........................................................................................................... 63
Previsão de cargas especiais ............................................................................................... 63
Marcação dos Pontos de Luz ................................................................................................... 64
Marcação dos Pontos de Tomadas ......................................................................................... 65
Marcação do Quadro de Disjuntores ...................................................................................... 66
Divisão das Cargas em Circuitos .............................................................................................. 67
Representação dos Eletrodutos Secos .................................................................................... 68
Indicação dos Circuitos Unifilares ........................................................................................... 69
Dimensionamentos ................................................................................................................. 70
Dimensionamento dos condutores ..................................................................................... 70 4

Dimensionamento das tubulações ...................................................................................... 70


Dimensionamento dos Dispositivos de Proteção................................................................ 71

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Dimensionamento dos Quadros ......................................................................................... 72
Bibliografia .................................................................................................................................. 73

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Introdução

Em uma instalação elétrica de baixa tensão, a partir da origem, desenvolvem-se os circuitos


elétricos que podem ser identificados como circuitos de distribuição e circuitos terminais.

Os circuitos de distribuição alimentam um ou mais quadros de


distribuição e os circuitos terminais alimentam
diretamente os equipamentos e/ou tomadas de
corrente.

A origem a que nos referimos acima pode


corresponder aos terminais de saída do dispositivo
geral de comando e proteção situado na caixa de
entrada, após o medidor, ou os terminais de saída
do transformador, quando a instalação é alimentada
por um transformador exclusivo ou por uma
subestação.

Os circuitos de distribuição têm como origem o Quadro de Distribuição. Este quadro compõe
um conjunto que compreende um ou mais dispositivos de proteção e manobra, destinado à
distribuição de energia elétrica aos circuitos terminais e/ou a outros quadros de distribuição.

Em um quadro de distribuição terminal os circuitos alimentam exclusivamente circuitos


terminais.

Mais tarde aprenderemos a dimensionar os quadros, sejam eles de distribuição ou terminal.

Os circuitos terminais podem ser:

1. De iluminação – alimentam exclusivamente aparelhos de iluminação;


2. De tomadas – alimentam tomadas de uso geral e específico;
7 3. De motores – alimentam equipamentos de utilização a motor.

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Etapas do Projeto Elétrico

Fornecemos abaixo uma sequência que não necessariamente deve ser seguida linearmente.
Um projeto possui muitas idas e vindas até que se encontre o ponto adequado. Por exemplo, a
seção de um condutor poderá ser alterada conforme o tipo de cálculo desenvolvido. Mesmo a
divisão de circuitos poderá ser alterada para manter a seção dos condutores para iluminação
em 1,5 mm² e tomadas em 2,5 mm² que é mais conveniente.

1. Informações Preliminares
2. Quantificação do Sistema
a. Previsão de Cargas
i. Cargas de Iluminação
ii. Cargas de tomadas
1. Uso Geral (TUG)
2. Uso Específico (TUE)
3. Localização dos pontos de luz e tomadas
4. Localização dos quadros terminais
5. Localização dos quadros gerais e medidores
6. Divisão das cargas em circuitos terminais
7. Representação unifilar dos circuitos terminais
8. Dimensionamento dos condutores
a. Pela máxima capacidade de condução de corrente
b. Pela máxima queda de tensão
9. Dimensionamento dos dispositivos de proteção
10. Determinação do padrão de atendimento
a. Cálculo da Demanda
b. Dimensionamento do alimentador
i. Pela máxima capacidade de condução de corrente
ii. Pela máxima queda de tensão
iii. Dimensionamento do dispositivo de proteção
c. Medidor
11. Dimensionamento dos quadros
a. Diagramas unifilares
12. Elaboração de detalhes construtivos
13. Elaboração das especificações técnicas
14. Memorial descritivo e de cálculo
15. Análise e aprovação pela concessionária

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Normas Relacionadas

Toda execução em eletricidade deve seguir a Portaria 598 TEM, de 07/12/2004, que modifica
as normas relativas à segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. Altera a Norma
Regulamentadora 10, aprovada pela portaria 3214 de 8/6/1978.

A norma básica em instalações elétricas é a NBR 5410 – Instalações Elétricas em Baixa


Tensão, versão atualizada em 2004, com validade a partir de 2005.

Relação de normas que atuam em conjunto com a NBR 5410

NBR 5111 Fios de cobre nu de seção circular para fins elétricos - Especificação
NBR 5368 Fios de cobre mole estanhados para fins elétricos - Especificação
NBR 5176 Segurança de aparelhos eletrônicos e aparelhos associados para uso
domésticos ou geral ligados a um sistema elétrico - Procedimento
NBR 5413 Iluminância de interiores - Especificação
NBR 5419 Proteção contra descargas atmosféricas - Procedimento
NBR 5473 Instalação elétrica predial - Terminologia
NBR 5444 Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais
NBR 5361 Disjuntor de baixa tensão
NBR 5461 Iluminação
NBR 5597 Eletroduto rígido de aço carbono com revestimento protetor, com rosca
ANSI - Especificação
NBR 5598 Eletroduto rígido de aço-carbono com revestimento protetor, com rosca
NBR 5624 Eletroduto rígido de aço-carbono, com costura, com revestimento protetor
e rosca NBR 8133 - Especificação
NBR 6147 Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo – Especificação
NBR 6150 Eletrodutos de PVC rígido - Especificação
NBR 6252 Condutores de alumínio para cabos isolados - Padronização
NBR 6527 Interruptores para instalação elétrica fixa doméstica e análoga –
Especificação
NBR 6808 Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão - Especificação
NBR 6812 Fios e cabos elétricos - Queima vertical (fogueira) - método de ensaio
NBR 6880 Condutores de cobre para cabos isolados - Padronização
NBR 7094 Motores de indução - Especificação
NBR 9122 Dispositivos fusíveis de baixa tensão para uso doméstico - Especificação
NBR 9513 Emendas para cabos de potência isolados para tensões até 750 V
NBR 14136 Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até 20 A/250 V em
corrente alternada – Padronização
IEC 614 Specification for conduits for electrical Installations
NBR NM 60898 Disjuntores para proteção de sobrecorrentes para instalações
domésticas e
9 similares (IEC 60898:1995, MOD)
IEC 61008-2-1 Residual current operated circuit-breakers without integral overcurrent
protection for household and similar uses (RCCB's) – Part 2-1: Applicability of the
general rules to RCCB's functionally independent of line voltage.

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Previsão de Cargas

Generalidades

A determinação da potência de alimentação é essencial para a concepção econômica e segura


de uma instalação nos limites adequados de temperatura e de queda de tensão.
A previsão de carga é realizada sob os seguintes aspectos:
1. Iluminação;
2. Tomadas:
a. De uso geral – TUG;
b. De uso específico – TUE.
Quanto à carga:
a) Considerar para o equipamento de utilização sua potência nominal absorvida, dada
pelo fabricante ou calculada a partir da tensão nominal, da corrente nominal e do fator
de potência;
b) Nos casos em que for dada a potência nominal fornecida pelo equipamento (potência
de saída), e não absorvida, devem ser considerados o rendimento e o fator de
potência.
A previsão de carga de uma instalação deve ser feita obedecendo às prescrições citadas a
seguir de acordo com a NBR 5410/2004.

Iluminação

A previsão das cargas de iluminação deve ser determinada como


resultado da aplicação da NBR 5413 – Iluminância de Interiores, mas
como alternativa podemos considerar:

1. Em cada cômodo ou dependência de unidades residenciais e nas


acomodações de hotéis, motéis e similares deve ser previsto pelo
menos um ponto de luz fixo no teto:
a. Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m², deve ser
prevista uma carga mínima de 100 VA;
b. Em cômodo ou dependências com área superior a 6 m², deve ser prevista uma
carga mínima de 100 VA para os primeiros 6 m², acrescida de 60 VA para cada
aumento de 4 m² inteiros.

NOTAS:

1. Nas acomodações de hotéis, motéis e similares pode-


se substituir o ponto de luz fixo no teto por tomada de corrente, com
potência mínima de 100 VA, comandada por interruptor de parede;
2. Admite-se que o ponto de luz fixo no teto seja
substituído por ponto na parede sob escada, depósitos, despensas,
lavabos e varandas, desde que de pequenas dimensões e onde a
colocação do ponto no teto seja de difícil execução ou não 10
conveniente;
3. Sobre interruptores para uso doméstico e análogo, ver
ABNT NBR 6527;

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4. Os valores apurados correspondem à potência destinada a iluminação para efeito
de dimensionamento dos circuitos, e não necessariamente à potência nominal das
lâmpadas.

Um cálculo mais apurado sobre a iluminação de um ambiente pode ser realizado fazendo uso
da NBR 5413 e em seguida determinando-se a potência elétrica para o dimensionamento dos
condutores que alimentarão estas cargas. Por exemplo, esta norma considera para residência,
os seguintes valores de iluminâncias, em lux:

1. Sala de estar:
a. Geral 100 – 150 – 200;
b. Local (leitura, escrita, bordado, etc.) 300 – 500 – 750;
2. Cozinhas
a. Geral 100 – 150 – 200;
b. Local (fogão, pia, mesa) 200 – 300 – 500;
3. Quartos de dormir
a. Geral 100 – 150 – 200;
b. Local (espelho, penteadeira, cama) 200 – 300 – 500;
4. Hall, escadas, despensas, garagens:
a. Geral 75 – 100 – 150;
b. Local 200 – 300 – 500;
5. Banheiros
a. Geral 100 – 150 – 200;
b. Local (espelhos) 200 – 300 – 500;

A escolha de um dos três valores indicados é determinada por três fatores indicados na tabela
abaixo, seguindo os procedimentos indicados:

Característica da tarefa e do Peso


observador -1 0 +1
Idade Inferior a 40 anos 40 a 55 anos Superior a 55 anos
Velocidade e precisão Sem importância Importante Crítica
Refletância do fundo da tarefa Superior a 70% 30% a 70% Inferior a 30%

1. Analisar cada característica para determinar o seu peso (-1, 0, +1);


2. Somar os três valores encontrados, algebricamente, considerando o sinal;
3. Usar a iluminância inferior do grupo, quando o valor total for igual a -2 ou -3; a
iluminância superior, quando a soma for +2 ou +3; e a iluminância média, nos outros
casos.

A maioria das tarefas visuais apresenta pelo menos média precisão.


Das três iluminâncias, considerar o valor do meio, devendo este ser utilizado em todos os
casos;
O valor mais alto, das três iluminâncias, deve ser utilizado quando:

a) A tarefa se apresenta com refletâncias e contrastes bastante baixos;


b) Erros são de difícil correção;
11 c) O trabalho visual é crítico;
d) Alta produtividade ou precisão são de grande importância;
e) A capacidade visual do observador está abaixo da média.

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Como exemplo de precisão, pode-se mencionar a leitura simples de um jornal versus a leitura
de uma receita médica, sendo a primeira sem importância e a segunda crítica.
O valor mais baixo das três iluminâncias pode ser usado quando:

a) Refletâncias ou contrastes são relativamente altos;


b) A velocidade e/ou precisão não são importantes;
c) A tarefa é executada ocasionalmente

Para usarmos conscientemente a norma citada, precisamos entender alguns conceitos úteis
como iluminância, fluxo luminoso, intensidade luminosa, refletância, etc. e como estas afetam
a iluminação de um ambiente. Este conhecimento é adquirido no capítulo Luminotécnica.

Pontos de Tomadas

1. Número de pontos de tomadas de uso geral.


O número de pontos de tomada deve ser determinado em
função da destinação do local e dos equipamentos elétricos
que podem ser utilizados, observando-se no mínimo os
seguintes critérios:
a) Em banheiros, deve ser previsto pelo menos um
ponto de tomada, próximo ao lavatório, atendidas as
restrições de que não deve ser instalado nos volumes 0,
1 e 2;
b) Em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, cozinha-área de serviço
lavanderias e locais análogos, deve ser previsto no mínimo um ponto de
tomada para cada 3,5 m, ou fração de perímetro, sendo que acima da
bancada da pia devem ser previstas no mínimo duas tomadas de corrente, no
mesmo ponto ou em pontos distintos;
c) Em varandas, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada;
Admite-se que o ponto de tomada não seja instalado na própria varanda,
mas próximo ao seu acesso, quando a varanda, por razões construtivas, não
comporta o ponto de tomada, quando sua área for inferior a 2 m² ou ainda,
quando sua profundidade for inferior a 0,80 m.
d) Em salas e dormitórios devem ser previstos pelo menos um ponto de tomada
para cada 5 m, ou fração de perímetro, devendo esses pontos ser espaçados
tão uniformemente quanto possível;
Particularmente no caso de sala de estar, deve-se atentar para a
possibilidade de que um ponto de tomada venha a ser usado para
alimentação de mais de um
equipamento, sendo recomendável
equipá-lo, portanto, com a quantidade
de tomadas julgada adequada.
e) Em cada um dos demais cômodos e
dependências de habitação devem ser previstos
pelo menos:
1. Um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência 12
for igual ou inferior a 2,25 m². Admite-se que esse ponto seja
posicionado externamente ao cômodo ou dependência, a até
0,80 m no máximo de sua porta de acesso;

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2. Um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência
for superior a 2,25 m² e igual ou inferior a 6 m²;
3. Um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração de perímetro,
se a área do cômodo ou dependência for superior a 6 m²,
devendo esses pontos ser espaçados tão uniformemente
quanto possível.

A potência atribuível a cada um dos pontos de tomada é função dos equipamentos que ele
poderá vir a alimentar e não deve ser inferior aos seguintes valores mínimos:
1. Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e
locais análogos, no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três pontos, e 100 VA
por ponto para os excedentes, considerando-se cada um desses ambientes
separadamente. Quando o total de tomadas no conjunto desses ambientes for
superior a seis pontos, admite-se que o critério de atribuição de potências seja de
no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até dois pontos, e 100 VA por ponto para
os excedentes, sempre considerando cada um dos ambientes separadamente;
2. Nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por ponto de tomada.

A conexão do aquecedor elétrico de água ao ponto de utilização deve ser direta,


sem uso de tomada de corrente.

2. Número de pontos de tomada de uso específico e potência atribuível

a. O número de tomadas de uso específico só dependera do número de


equipamentos previstos. Serão assim considerados quando sua corrente
nominal for superior a 10 A;
b. A potência a ser considerada é a potência nominal absorvida pelo
equipamento ligado no ponto de tomada.

Divisão das Cargas em Circuitos

Segundo a NBR 5410 a instalação elétrica deve ser dividida em tantos circuitos quantos
necessários, devendo cada circuito ser concebido de forma a poder se secionado sem risco de
realimentação inadvertida. Esta divisão tem como objetivo alcançar as seguintes exigências:
1. Segurança – evitando que a falha em um circuito prive de alimentação toda uma área;
2. Conservação da energia – possibilitando que cargas de iluminação e/ou climatização
sejam acionadas na justa medida das necessidades;
3. Funcionais – viabilizando a criação de diferentes ambientes, como os necessários em
auditórios, salas de reuniões, espaços de demonstração, recintos de lazer, etc.;
4. De Produção – minimizando as paralisações resultantes de uma ocorrência;
5. De manutenção – facilitando ou possibilitando ações de inspeção e de reparo.
Considera-se também que a divisão em circuitos tenha em consideração as necessidades
futuras. Isto significa que para as ampliações previsíveis devem refletir não só na potência de
alimentação, mas também na taxa de ocupação dos condutos e dos quadros de distribuição.
Os pontos de iluminação e tomadas devem pertencer a circuitos distintos e qualquer carga que
solicite mais de 10 A deve ser dimensionada em circuito único.
13 Uma prática interessante na divisão dos circuitos é fazê-lo de acordo com as áreas da
residência quando esta apresentar muitas cargas: área social, área íntima e área de serviço.
Em geral, uma residência deverá apresentar pelo menos dois circuitos: um de tomada de uso
geral (TUG) e um circuito de iluminação. Havendo cargas exclusivas, então o número mínimo
será de três circuitos básicos.

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Considerando o tipo de carga e as áreas:
1. Circuito de iluminação:
a. Iluminação da área íntima;
b. Iluminação da área social;
c. Iluminação da área de serviço.
2. Circuito de TUG
a. Circuito que alimenta a cozinha;
b. Circuito que alimenta a área de serviço;
c. Circuito da área íntima;
d. Circuito da área social;
3. Circuito de TUE
a. Circuito do chuveiro elétrico;
b. Circuito do ar condicionado;
c. Circuito da máquina de lavar roupas;
d. Circuito do microondas.

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Posicionamento da Caixa de Disjuntores

Centro de cargas

Após determinar as cargas mínimas e concluir a respeito do acréscimo das cargas, distribuímos
estas na planta utilizando os símbolos adequados. Em seguida, realizamos o cálculo para
determinar o posicionamento do quadro terminal. Este cálculo é realizado indicando
inicialmente na planta um ponto de referência. A partir deste ponto de referência,
identificamos as cargas e suas distâncias a ele, multiplicando a potência da carga instalada em
determinada posição pela distância x (horizontal) e y (vertical). Depois somamos todas as
multiplicações em x e todas as multiplicações em y e dividimos pela soma total das cargas.
𝑛
𝑖=0 𝑆𝑖 . 𝑋𝑖
𝑥= 𝑛
𝑖=0 𝑆𝑖

𝑛
𝑖=0 𝑆𝑖 . 𝑌𝑖
𝑦= 𝑛
𝑖=0 𝑆𝑖

Os valores de x e y encontrados apenas sinalizam a melhor posição para o quadro terminal e


não sua posição absoluta (isto porque, muitas vezes, ele cairá fora de uma das paredes). Uma
vez determinado os valores x e y verifica-se qual o melhor local para ser colocado o quadro, o
mais perto possível dos valores calculados.

Uma vez realizado este procedimento, possuímos todos os elementos representados em


planta. Observando a distribuição dos pontos estuda-se a opção para dividir as cargas em
circuitos.

Com as cargas divididas em circuitos, dimensionam-se os condutores que alimentam cada um


deles.

Falta completar.

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Representação Multifilar e Unifilar

Esta etapa do projeto elétrico tem como objetivo a distribuição das cargas assim como a
localização em planta dos pontos elétricos.

A representação unifilar em planta exige o conhecimento da representação multifilar. Esta


representação significa como as cargas devem ser ligadas no circuito e é o ponto de início para
a representação unifilar.

Multifilar: representa o sistema elétrico em seus detalhes.

Denomina-se condutor de retorno aquele que interliga dois componentes do circuito como,
por exemplo, um interruptor e uma lâmpada. Exceção ocorre entre a ligação de dois
disjuntores.

Unifilar: representa um sistema elétrico simplificado.

O circuito anterior é representado por:

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Representação de um circuito unifilar utilizando interruptores paralelos.

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Melhorar as imagens e a apresentação.

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Tabelas de Símbolos

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EXEMPLO DE UTILIZAÇÃO DOS SÍMBOLOS GRÁFICOS

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Dimensionamento dos Condutores

Os condutores elétricos por possuírem resistência, ao circular corrente elétrica por eles,
sofrem aquecimento devido ao efeito Joule. No caso dos condutores que possuem isolação a
temperatura assumida pela superfície do condutor em contato com a isolação é decisiva para a
vida útil do condutor. Os materiais isolantes possuem limitações de temperatura. Quando a
temperatura ultrapassa seus limites eles sofrem danos o que diminui a vida útil do condutor.

Por outro lado, devido a impedância apresentada pelo condutor,


principalmente em forma de resistência, existirá uma queda de tensão.
Quedas de tensões não podem ser eliminadas, mas podem ser
minimizadas. Quedas de tensões implicam em funcionamento inadequado
do equipamento elétrico. Quanto maior for a queda de tensão menor será
a potência de trabalho. Esta diminuição da potência implicará no aumento
do tempo de funcionamento para certos equipamentos, para outros
implicará em fornecer menos trabalho como, por exemplo, a lâmpada
elétrica que diminuirá o brilho. No caso do chuveiro elétrico, haverá uma
necessidade em se diminuir o fluxo da água para obter o aquecimento
necessário.

Os Condutores

Ao lado temos dois tipos de condutores:

1 – Fio sólido de cobre eletrolítico;

2 – Cabo.

Os condutores utilizados nos circuitos elétricos em edificações possuem isolação da parte


metálica (3). Em função desta isolação, as normas de fios e cabos caracterizam para eles três
temperaturas:

1. Temperatura máxima para serviço contínuo;


2. Temperatura de sobrecarga;
3. Temperatura de curto-circuito.

O conhecimento destes valores é fundamental no dimensionamento dos circuitos.

A temperatura máxima de serviço contínuo é a maior temperatura que pode ser mantida em
condições de funcionamento contínuo. É a alcançada pela superfície do condutor quando a
corrente que circula é igual à capacidade de condução de corrente do fio ou cabo. Esta
temperatura é indicada por 𝜃𝑍 .
25
A capacidade de condução de corrente do condutor para determinada condição de instalação
e temperatura ambiente é indicada por 𝐼𝑍 . Estes valores são tabelados e fornecidos pela
NBR5410 como veremos mais adiante.

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A temperatura de sobrecarga é a maior temperatura que pode ser mantida na superfície do
condutor por um tempo fixado em 100 horas, durante doze meses consecutivos, com um
máximo de 500 horas ao longo da vida do condutor (geralmente estimada em 20 anos). Esta
temperatura será alcançada quando pelo condutor circular uma corrente aproximadamente
igual a 1,45𝐼𝑍 . Esta temperatura é identificada por 𝜃𝑠𝑐 .

A temperatura de curto-circuito é a maior temperatura que pode ser mantida por um tempo
máximo de 5 segundos, sendo designada por 𝜃𝑘 .

A isolação dos condutores pode ser de PVC (cloreto de polivinila), EPR (barracha etileno-
propileno) e XLPE (polietileno reticulado).

Os condutores mais utilizados em edificações são os que possuem isolação de PVC. Eles são
facilmente coloridos em cores vivas, mas possuem limitação de emprego para tensões de até
15 kV. Estes condutores devem atender ABNT NBR 7288 ou à ABNT NBR 8661

As temperaturas características das isolações são:

ISOLAÇÃO TEMPERATURA TEMPERATURA DE TEMPERATURA DE


MÁXIMA DE SERVIÇO SOBRECARGA (oC) CURTO-CIRCUITO (oC)
CONTÍNUO (oC)
PVC 70 100 160
EPR 90 130 250
XLPE 90 130 250
Manual de Instalações Elétricas – Pirelli.

Seção dos condutores

A seção dos condutores de fase, em circuitos de corrente alternada não deve ser inferior aos
seguintes valores:

1. Circuitos de iluminação 1,5 mm², cobre;


2. Circuitos de força 2,5 mm², cobre
3. Circuitos de sinalização e de controle 0,5 mm², cobre.

Além desta informação a NBR 5410 considera que a seção dos condutores deve ser
determinada de forma a que sejam atendidos, no mínimo, todos os seguintes critérios:

1. A capacidade de condução de corrente dos condutores deve ser igual ou superior à


corrente de projeto do circuito, incluindo as componentes harmônicas, afetada dos
fatores de correção aplicáveis;
2. A proteção contra sobrecargas;
3. A proteção contra curtos-circuitos;
4. A proteção contra choques elétricos por seccionamento automático da alimentação
em esquemas TN e IT, quando pertinente; 26
5. Os limites de queda de tensão;
6. As seções mínimas indicadas

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Máxima capacidade de condução de corrente

A capacidade de condução de corrente, devido aos problemas já citados, depende da maneira


de instalar, da temperatura ambiente bem como da quantidade de condutores no local. Para
adequar estes conhecimentos, a NBR 5410 fornece os dados dos condutores em tabelas.

O primeiro passo no dimensionamento é a seleção da linha elétrica. Os tipos de linhas elétricas


são fornecidos pela tabela 33. Abaixo temos esta tabela:

27

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31

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Por exemplo, o método de instalação número 7 faz a descrição do tipo de linha como sendo
para “Condutores isolados ou cabos unipolares em eletroduto de seção circular embutido em
alvenaria” fazendo referência ao método B1, que será utilizado na determinação da
capacidade de condução de corrente. 32
Com a informação obtida sobre o método, verifica-se uma das tabelas de capacidade de
condução de corrente. As tabelas de capacidade de condução de correntes estão numeradas
de 36 a 39.

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Estas tabelas trazem indicados os tipos de condutores, a isolação, a temperatura no condutor
com a máxima capacidade de condução de corrente, a temperatura de referência do
ambiente, para o ar e para o solo, e a quantidade de condutores carregados para um circuito.

Abaixo temos a Tabela 36, indicando os valores das correntes para condutores de cobre.

Considerando o método de instalação 7, que faz referência à coluna B1, a capacidade de


condução de corrente do condutor de seção nominal 1,5 mm², para um circuito instalado,
teremos:

no caso de dois condutores carregados 𝐼𝑍 = 17,5 𝐴 ,

e para três condutores carregados 𝐼𝑍 = 15,5 𝐴.

Temperatura ambiente

O valor da temperatura ambiente a utilizar é o da temperatura do meio circundante quando o


condutor considerado não estiver carregado.
33
Como os valores de capacidade de condução de corrente fornecidos pelas tabelas 36 a 39 são
referidos a uma temperatura ambiente de 30oC para todas as maneiras de instalar, exceto as
linhas enterradas, cuja capacidade são referidas a uma temperatura (no solo) de 20oC, os

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condutores a serem instalados, em ambientes cuja temperatura difira destes valores, suas
capacidades de condução de corrente devem ser determinadas com a aplicação dos fatores de
correção dados na tabela 40.

Considerando que nosso circuito anterior tenha sido projetado para um local com temperatura
ambiente igual a 40oC, o condutor de seção 1,5 mm² terá uma nova capacidade de condução
de corrente:

𝐼𝑍′ = 0,87𝑥17,5 = 15,23 𝐴, para dois condutores carregados;

𝐼𝑍′ = 0,87𝑥15,5 = 13,49 𝐴, para três condutores carregados.

Agrupamento de circuitos

De acordo com a NBR 5410, os valores de capacidade de condução de corrente fornecidos


pelas Tabelas 36 a 39 são válidos para circuito único com um número de condutores
carregados que se encontra indicado em cada uma de suas colunas (2 condutores ou 3
condutores carregados) para cada tipo de instalação. Para as linhas elétricas contendo um 34
total de condutores superior às quantidades indicadas, a capacidade de condução de corrente
dos condutores deverá ser determinada usando-se os fatores de correção fornecidos pelas
Tabelas 42 a 45.

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Abaixo reproduzimos a Tabela 42.

Tomando como exemplo o condutor de seção 1,5 mm², caso ele esteja no interior de um
eletroduto com três circuitos, em local de temperatura ambiente igual a 30oC, sua nova
capacidade passará a ser:

𝐼𝑍′ = 0,70𝑥17,5 = 12,25 𝐴, para dois condutores carregados;

𝐼𝑍′ = 0,70𝑥15,5 = 10,85 𝐴, para três condutores carregados.

Alerta a norma que os fatores de agrupamento das tabelas 42 a 45 são aplicáveis a condutores
com a mesma temperatura máxima para serviço contínuo. Para grupos contendo condutores
com diferentes temperaturas máximas para serviço contínuo, a determinação da capacidade
de condução de corrente dos condutores, para todos os circuitos do grupo, deve ser baseada
não na temperatura máxima para serviço contínuo do condutor considerado, mas na menor
temperatura máxima admissível em serviço contínuo encontrada entre os condutores do
grupo, acompanhada da aplicação do fator de agrupamento incorrido.

Também considera que, os condutores para os quais se prevê uma corrente de projeto não
superior a 30% de sua capacidade de condução de corrente, já determinada observando-se o
fator de agrupamento incorrido, podem ser desconsiderados para efeito de cálculo do fator de
correção aplicável ao restante do grupo.

É preciso estar atento que os fatores de agrupamentos foram calculados admitindo-se todos
35 os condutores vivos permanentemente carregados com 100% de sua carga. Caso o
carregamento seja inferior a 100%, os fatores de correção podem ser aumentados.

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Os fatores de agrupamentos indicados nas tabelas 42 a 45 são válidos para grupos de
condutores semelhantes, igualmente carregados. São considerados condutores “semelhantes”
aqueles cuja capacidade de condução de corrente baseia-se na mesma temperatura para
serviço contínuo e cujas seções nominais estão contidas no intervalo de três seções
normalizadas sucessivas. Quando os condutores de um grupo não preencherem essa condição,
os fatores de agrupamento aplicáveis devem ser obtidos recorrendo-se a qualquer das duas
alternativas seguintes:

1. Cálculo caso a caso, utilizando, por exemplo, a ABNT NBR 11301;


2. Caso não seja viável um cálculo mais específico, adoção do fator F da expressão:
1
𝐹= ,
𝑛

sendo n o número de circuitos ou de cabos multipolares.

Exemplos

1. Considere a seguinte situação indicada abaixo que representa um trecho da instalação


elétrica residencial, cuja temperatura ambiente a ser considerada é de 40oC:

Circuitos de tomadas:

Circuito 1: 1800 VA, 127 V


Circuito 2: 1500 VA, 127 V
Circuito 3: 2200 VA, 220 V.

Resolução
Cálculo das correntes de projeto:

2000
𝐼1 = = 15,74 𝐴
127
1500
𝐼2 = = 11,81 𝐴
127
2200
𝐼3 = = 10,00 𝐴 36
220

Em princípio, de acordo com o que estabelece a norma, as cargas de todos os circuitos


devem utilizar condutores de 2,5 mm², por se tratar de circuitos de força. Porém, como os

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circuitos estão agrupados e a temperatura ambiente é diferente de 30oC, precisamos
verificar se o condutor com esta seção suporta as corrente indicadas acima nas condições
de agrupamento.

A tabela 36 nos fornece a capacidade máxima do condutor 2,5 mm² como sendo
𝐼𝑍 = 24 𝐴, para circuito único em eletroduto embutido em alvenaria, com dois
condutores carregados e em uma temperatura ambiente de 30oC;

A tabela 40 fornece o fator de correção de temperatura, para t = 40oC, 𝑓 = 0,87;

A tabela 42 fornece o fator de correção de agrupamento para três circuitos agrupados


como 𝑓 = 0,70.

A nova corrente suportada pelo condutor de 2,5 mm² será:

𝐼𝑍′ = 24𝑥0,87𝑥0,70 = 14,62 𝐴

Com este resultado, comparando as correntes de projeto calculadas, concluímos que o


circuito 1 não poderá utilizar o condutor de 2,5 mm². Os circuitos 2 e 3 podem utilizar.

Para o circuito 1 devemos usar um condutor de seção maior. Fazendo uso do condutor de
seção 4 mm², sua capacidade de condução de corrente é 𝐼𝑍 = 32 𝐴, em ambiente de
temperatura 30oC e circuito único.

Nas novas condições: 𝐼𝑍′ = 32𝑥0,87𝑥0,70 = 19,49 𝐴.

Este condutor satisfaz às condições, pois 19,49 A < 15,74 A.

Resultado dos cálculos:

Circuito 1: condutor de 4 mm²;

Circuito 2: condutor de 2,5 mm²;

Circuito 3: condutor de 2,5 mm².

2. Em local de temperatura ambiente igual a 30oC, circuito em eletroduto embutido em


alvenaria (7).

Circuito 1: iluminação, 500 VA, 127 V;


Circuito 2: iluminação, 600 VA, 127 V;
Circuito 3: TUG, 2000 VA, 127 V.
Cálculo das correntes de projeto:
400
𝐼𝑍1 = = 3,15 𝐴;
127
600
𝐼𝑍2 = = 4,72 𝐴;
37 127
2200
𝐼𝑍3 = = 17,32 𝐴.
127

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De acordo com a tabela de máxima capacidade de condução de corrente os condutores a
serem utilizados são:

Para o circuito 1: 1,5 mm², em função do agrupamento 𝐼𝑍′ = 17,5𝑥0,70 = 12,25 𝐴;


Para o circuito 2: 1,5 mm², em função do agrupamento 𝐼𝑍′ = 17,5𝑥0,70 = 12,25 𝐴;
Para o circuito 3: 2,5 mm², em função do
agrupamento 𝐼𝑍′ = 24𝑥0,70 = 16,8 𝐴.
Em princípio parece que precisamos alterar o ATENÇÃO:
condutor do circuito 3 para uma seção maior. Neste exemplo, inicialmente o
Porém, o valor de corrente solicitado pelos circuito 3 deveria ser dimensionado
outros circuitos é pequeno e precisamos com um condutor de seção 4 mm²,
verificar se caem nas condições dos 30%. entretanto, como o circuito 1
Vamos rever o circuito 1. Verificamos que apresentava uma capacidade de
30% da corrente a ser suportada pelo condução de corrente que era
condutor de 1,5 mm², nas condições de menor que 30% da capacidade do
instalação, vale 0,30x12,25 = 3,68 A. Como a condutor, ele não foi considerado
corrente solicitada pelo circuito 1 é menor agrupado com os outros dois
que este valor, devemos descartar este circuitos contribuindo para que o
circuito do agrupamento. circuito 3 ficasse com um condutor
de seção nominal 2,5 mm², mesmo
Nosso agrupamento passa a ser com apenas 2 estando projetado com uma carga
circuitos. elevada.

Para o circuito 2: 1,5 mm², em função do


agrupamento 𝐼𝑍′ = 17,5𝑥0,80 = 14 𝐴,
satisfaz; 30% da capacidade deste condutor é 0,3x14 = 4,2 A. A corrente solicitada pelo
circuito é superior. Mantemos o condutor e não o descartamos do agrupamento.
Para o circuito 3: 2,5 mm², em função do agrupamento 𝐼𝑍′ = 24𝑥0,8 = 19,2 𝐴, satisfaz.

Finalizando:
Circuito 1: condutor de seção 1,5 mm²;
Circuito 2: condutor de seção 1,5 mm²;
Circuito 3: condutor de seção 2,5 mm².

Máxima queda de tensão

A passagem de corrente elétricas por condutores provoca queda de tensão. Esta queda de
tensão deve estar dentro de limites pré-fixados para que os equipamentos possam funcionar
de maneira adequada.

A NBR 5410 considera que em qualquer ponto de utilização da instalação elétrica, a queda de
tensão verificada não deve exceder aos seguintes valores, dados em relação ao valor da tensão 38
nominal da instalação:

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a. 7%, calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT, no
caso de transformador de propriedade da(s) unidade(s) consumidora(s);
b. 7%, calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT da
empresa distribuidora de eletricidade, quando o ponto de entrega for aí
localizado;
c. 5%, calculados a partir do ponto de entrega, nos demais casos de ponto de
entrega com fornecimento em tensão secundária de distribuição;
d. 7%, calculados a partir dos terminais de saída do gerador, no caso de grupo
gerador próprio.

Estes limites de queda de tensão são válidos quando a tensão nominal dos equipamentos de
utilização previstos for coincidente com a tensão nominal da instalação.

Em nenhum dos casos indicados acima a queda de tensão nos circuitos terminais pode ser
superior a 4%.

É considerado “Ponto de Entrega” o ponto de conexão do sistema elétrico da empresa


distribuidora de eletricidade com a instalação elétrica da(s) unidade(s) consumidora(s) e que
delimita as responsabilidades da distribuidora, definidas pela autoridade reguladora.

As tabelas usuais dão as quedas de tensão nos condutores a partir da expressão simplificada:

Δ𝑈 = 𝐼𝑧 . ℓ. 𝛽 𝑟. 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝑥𝑠𝑒𝑛𝜑 𝑉/𝐴𝑘𝑚

 é um fator que vale 3 para os circuitos trifásicos e 2 para os circuitos monofásicos.

Abaixo temos a tabela para o cálculo da queda de tensão fornecido pelo fabricante de
condutores Pirelli.

Eletroduto, calha fechada, bloco alveolado (material não magnético)


Seção Nominal Pirastic AF, Pirastic-flex AF, Sintenax AF
mm² Circuito Monofásico Circuito Trifásico
Fp = 0,8 Fp = 0,95 Fp = 0,8 Fp = 0,95
1,5 23,30 27,60 20,20 23,90
2,5 14,30 16,90 12,40 14,70
4 8,96 10,60 7,79 9,15
6 6,03 7,07 5,25 6,14
10 3,63 4,23 3,17 3,67
16 2,32 2,68 2,03 2,33
25 1,51 1,71 1,33 1,49
35 1,12 1,25 0,98 1,09
50 0,85 0,94 0,76 0,82
70 0,62 0,67 0,55 0,59
95 0,48 0,50 0,43 0,44
120 0,40 0,41 0,36 0,36
150 0,35 0,34 0,31 0,30
185 0,30 0,29 0,27 0,25
39 240 0,26 0,24 0,23 0,21
300 0,23 0,20 0,21 0,18
400 0,21 0,17 0,19 0,15
Manual de Instalações Elétricas – Ademaro Cotrim

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Esta tabela nos fornece o valor da queda de tensão unitária em V/A.km. O cálculo da queda de
tensão ao passar determinada corrente pelo condutor é determinado por:

∆𝑈 = ∆𝑢. 𝐼𝐵 . ℓ

∆𝑈 representa a queda de tensão no condutor;

∆𝑢. queda de tensão unitária, lida em tabela do fabricante;

𝐼𝐵 corrente de projeto;

ℓ comprimento do circuito em km.

Exemplos

1. Um circuito terminal possui 10 m de comprimento de condutor 2,5 mm² e corrente de


projeto igual a 20 A. Verificar a queda de tensão. Fator de potência 0,8.

∆𝑈 = 14,3𝑥20𝑥10𝑥10−3 = 2,86 𝑉/𝐴𝑘𝑚

Executando a regra de três determinamos a porcentagem da queda:

100𝑥2,86
∆𝑈% = = 2,25 %
127

Esta é uma queda maior que a permitida. Neste caso, o condutor deve ser alterado para 4
mm².

2. Considere uma instalação com os circuitos contidos em eletrodutos embutidos em


alvenaria em temperatura ambiente 40oC:

Circuito 1 – 2000 VA, 127 V, TUE, 15 m;

Circuito 2 – 800 VA, 127, Iluminação.

1 – Máxima capacidade de condução de corrente

2000
𝐼𝐵1 = = 15,75 𝐴
127
800
𝐼𝐵2 = = 6,30 𝐴
127

Corrigindo as correntes:


15,75
𝐼𝐵1 = = 22,63 𝐴
0,87𝑥0,8


6,30 40
𝐼𝐵2 = = 9,05 𝐴
0,87𝑥0,8

De acordo com a tabela teremos os condutores:

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𝑆1 = 2,5 𝑚𝑚2

𝑆2 = 1,5 𝑚𝑚2

Verificando a queda de tensão para o primeiro circuito:

∆𝑈 = 14,30𝑥15,75𝑥15𝑥10−3 = 3,34 𝑉/𝐴𝑘𝑚

Percentual de:

3,34𝑥100
∆𝑈% = = 2,63%
127

Este é um valor superior ao permitido de 2% para circuito terminal. O condutor a ser utilizado
será de seção maior: 4 mm².

3. Circuito com carga distribuída em tensão de 127 V

Determinando a seção do condutor pela máxima capacidade de condução de corrente:

500
𝐼𝐵 = = 3,94 𝐴
127

Condutor a ser utilizado: S = 1,5 mm².

Calculando as correntes em cada trecho:


500
1º trecho: 𝐼𝑏1 = = 3,94 𝐴;
127

400
2º trecho: 𝐼𝑏2 = 127
= 3,15 𝐴;

300
3º trecho: 𝐼𝑏3 = 127
= 2,36 𝐴;
41
200
4º trecho: 𝐼𝑏4 = 127
= 1,57 𝐴;

100
5º trecho: 𝐼𝑏5 = 127
= 0,79 𝐴;

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Verificando a queda de tensão em cada trecho:

1º trecho: ∆𝑈 = 27,6𝑥3,94𝑥3,50𝑥10−3 = 0,38 𝑉;

2º trecho: ∆𝑈 = 27,6𝑥3,15𝑥3,00𝑥10−3 = 0,26 𝑉;

3º trecho: ∆𝑈 = 27,6𝑥2,36𝑥4,00𝑥10−3 = 0,26 𝑉;

4º trecho: ∆𝑈 = 27,6𝑥1,57𝑥3,50𝑥10−3 = 0,15 𝑉;

5º trecho: ∆𝑈 = 27,6𝑥0,79𝑥2,50𝑥10−3 = 0,05 𝑉;

Queda de tensão até a última carga: ∆𝑈 = 1,10 𝑉.


1,10𝑥100
Queda percentual: ∆𝑈% = 127
= 0,87 %.

Valor menor que 2%.

42

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Dimensionamento dos Eletrodutos

A NBR 5410/04 considera que as dimensões internas dos eletrodutos e de suas conexões
devam permitir, após montagem das linhas, que os condutores possam ser instalados ou
retirados com facilidade. Por isto admite que a taxa de ocupação do eletroduto, dada pelo
quociente entre a soma das áreas das seções transversais dos condutores previstos, calculadas
com base no diâmetro externo, e a área útil da seção transversal do eletroduto, não deva ser
superior a:

- 53% no caso de um condutor;

- 31% no caso de dois condutores;

- 40% no caso de três ou mais condutores.

Em relação aos trechos de tubulação, caso seja contínuo, para linhas internas às edificações
elas não devem exceder a 15 m e para linhas aéreas externas às edificações, 30 m; em caso de
existirem curvas, os valores fornecidos anteriormente devem ser reduzidos em 3 m para cada
curva de 90o.

Dar continuidade.

43

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Aterramentos

Em uma instalação, existem dois tipos básicos de aterramento:

1. O aterramento funcional;
2. O aterramento de proteção.

O primeiro visa garantir a utilização correta e confiável da instalação.

O segundo é destinado à proteção contra choques elétricos provocados por contatos indiretos.

Um aterramento é constituído por:

a) Eletrodo de aterramento: condutor ou conjunto de condutores em contato direto


com o solo;

b) Condutor de proteção: também conhecido como PE, destinado a ligar massas,


elementos condutores estranhos à instalação, terminal de aterramento principal,
eletrodos de aterramento, pontos de alimentação ligados à terra ou ao ponto neutro
artificial.

c) Condutor PEN: condutor que garante ao mesmo tempo as funções de proteção e


neutro.

Esquemas de Aterramentos

A NBR 5410 classifica os sistemas de aterramentos de acordo com a seguinte simbologia,


constituída por 2 ou 3 ou, eventualmente 4 letras.

1) A primeira letra indica a situação da alimentação em relação à terra:

T – um ponto diretamente aterrado;

I – isolação de todas as partes vivas ou aterramento através da impedância.

2) A segunda letra indica a situação das massas em relação à terra:

T – massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento


eventual de um ponto de alimentação;

N – massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação aterrado, geralmente


o ponto neutro.

3) As outras letras indicam a disposição do condutor neutro e do condutor de


proteção:
44
S – funções de neutro e de proteção asseguradas por condutores distintos;

C – funções de neutro e de proteção combinadas em um único condutor (PEN).

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Os condutores neutro (N), proteção (PE) e aquele que combina as duas funções (PEN)
são representados em circuito unifilar por:

Esquema IT:

Existem dois casos:

Em A o sistema é sem aterramento da alimentação;

Em B o sistema é com aterramento da alimentação através de uma impedância. Este esquema


comporta três variantes:

45

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Em B1 temos as massas são aterradas em eletrodos separados e independentes do eletrodo de
aterramento da alimentação;

Em B2 as massas são coletivamente aterradas em eletrodos independentes do eletrodo de


aterramento da alimentação;

Em B3 as massas são coletivamente aterradas no mesmo eletrodo da alimentação.

Esquema TT

Este possui um ponto da alimentação diretamente aterrado, estando as massas da instalação


ligadas a eletrodo(s) de aterramento eletricamente distinto(s) do eletrodo de aterramento da
alimentação.

O primeiro esquema mostra as cargas aterradas através de um único condutor e o segundo


esquema apresenta cada uma das cargas aterradas separadamente.

Esquema TN

Este esquema possui um ponto da alimentação diretamente aterrado, sendo as massas ligadas
a esse ponto por intermédio de um condutor. De acordo com a disposição do condutor neutro
e proteção, este esquema apresenta três variantes.

Esquema TN-C

Quando as funções de neutro e proteção são combinadas em um único condutor, na


totalidade do esquema.

46

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Esquema TN-S

Quando as funções de neutro e proteção são realizadas por condutores distintos.

Esquema TN-C-S

Em parte da instalação as funções de neutro e proteção são combinadas em um único


condutor.

47

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Segundo Ademaro Cotrim, os esquemas de aterramentos apresentam características próprias
que conferem a cada um deles vantagens sobre os outros para determinados tipos de
instalação.

Este autor recomenda que o esquema TT seja utilizado em todas as instalações alimentadas
por rede pública de baixa tensão e a proteção contra os contatos indiretos deva ser
preferencialmente executada por dispositivos a corrente diferencial residual (dispositivos DR).

Quando a instalação possui transformador ou gerador próprio, via de regra a opção pelo
esquema TN é a mais adequada. Alerta Cotrim que este esquema não é indicado para
alimentar equipamentos com elevada vibração mecânica devido à possibilidade de
rompimento dos condutores. Também ele desaconselha o uso deste esquema em locais com
risco de incêndio ou de explosão e mesmo em locais molhados. Para estes últimos casos é mais
conveniente usar o esquema TT.

Quando se exige a continuidade no serviço, como em hospitais e em certos tipos de indústrias,


deve-se optar pelo esquema IT. Neste esquema o seccionamento só ocorre com a segunda
falta.

Aterramento em instalações elétricas alimentadas por rede pública de baixa tensão.

TR – transformador da Concessionária;
L1’, L2’ e L3’ – condutores da rede pública de baixa tensão;
L2, L3, PEN – ramal de entrada;
QE – quadro de entrada da concessionária;
QD – quadro de distribuição;
DPG – dispositivo de proteção geral;
TA1, TA2, TA3 – terminais (barra) de aterramento;
N – terminal (barra) de neutro; 48
B – terminal de aterramento principal;
C – ligações equipotenciais principais;
T1, T2, T3 – eletrodos de aterramento.

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Esquema de ligação entre medidor e caixa de disjuntores proposto pela CESP e Pirelli.

Melhorar as explicações.

Acrescentar mais informação nesta parte.

49

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Dispositivos de Proteção e Segurança

Os dispositivos de proteção atuam sobre diferentes aspectos. Existem aqueles que se destinam
unicamente à proteção tanto dos condutores de alimentação quanto dos
condutores dos circuitos terminais contra sobrecorrente
(devido a sobrecarga) e curto-circuito, os que são
utilizados unicamente para proteger as pessoas ou
o patrimônio contra faltas à terra e aqueles que
realizam todas estas funções.

Eles são conhecidos respectivamente como:

Disjuntor Termomagnético – DTM;

Interruptor Diferencial Residual – IDR;

Disjuntor Diferencial Residual – DDR.

Denominamos sobrecorrente, a intensidade de


corrente superior à máxima permitida para um
sistema ou equipamento elétrico ou para um
componente devido à sobrecarga que representa a “parcela da
potência fornecida ou absorvida que excede a potência nominal de um sistema ou
equipamento elétrico ou de um componente”.

Ainda como dispositivo de proteção temos o fusível que consiste em um condutor de seção
reduzida, intercalado em um circuito, que se rompe por fusão, ao ser ultrapassado um
determinado valor de corrente.

Disjuntores Termomagnéticos - DTM

O disjuntor termomagnético é um dispositivo eletromecânico


que além de executar a mesma função do fusível, também age
como dispositivo de manobra.

O disjuntor termomagnético funciona devido aos fenômenos


físicos térmicos e magnéticos. No fenômeno térmico ele
desliga em função do aquecimento de uma peça. O calor
gerado pela passagem de uma sobrecorrente faz com que
um elemento se mova e solte um mecanismo de trava
provocando a abertura dos contatos interrompendo a
passagem da corrente pelo circuito; o fenômeno
magnético atua com a passagem de uma corrente de 50
grande intensidade que provoca um aumento do campo magnético que atua sobre o núcleo da
bobina e esta atua sobre o elemento de travamento. A rapidez da atuação está diretamente

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associada à intensidade da corrente elétrica que circula pelo disjuntor. Associamos a ação
térmica à sobrecarga e a ação magnética ao curto-circuito.

Partes constituintes de um disjuntor:

1. Parte externa termoplástica;


2. Terminal superior;
3. Câmara de extinção de arco;
4. Bobina responsável pelo disparo instantâneo
(magnético);
5. Alavanca (0 – desligado; I – ligado);
6. Contato fixo;
7. Contato móvel;
8. Guia para o arco (sob condições de falta, o contato
móvel se afasta do contato fixo e o arco resultante é
guiado para a câmara de extinção, evitando danos no
bimetal, em caso de altas correntes (curto-circuito);
9. Bimetal (responsável pelo disparo por sobrecarga –
térmico);
10. Terminal inferior;
11. Clip para fixação no trilho DIN

Seus valores nominais de corrente são estabelecidos para determinada temperatura ambiente
que servirá de parâmetro para a calibração do disparador térmico. São estabelecidas as
seguintes temperaturas de calibração: 20oC, 30oC ou
40oC.

Quando o disjuntor for instalado em local com


temperatura diferente destas, é necessário que se faça a
devida correção.

Os disjuntores termomagnéticos apresentam as seguintes


características:

𝐼𝑁 = corrente nominal;

𝐼𝑛𝑡 = corrente convencional de não atuação (em certo


tempo convencional tc);

𝐼2 = corrente convencional de atuação (em certo tempo


convencional tc).

O tempo convencional estabelecido são os seguintes:

51 Para disjuntores com corrente nominal igual ou inferior a 63 A, tc = 1 hora;

Para disjuntores com corrente nominal superior a 63 A, tc = 2 horas.

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Os valores k1 e k2 indicam as constantes multiplicativas do disjuntor para a corrente de não
atuação e atuação respectivamente. Para disjuntores não compensados com corrente nominal
inferior a 63 A eles são k1 = 1,05 e k2 = 1,35, para
temperatura de 20oC ou 40oC.

É importante saber que os disjuntores possuem


diferentes curvas de atuação. Estas curvas são
indicadas pelas letras B, C e D. Normalmente os
disjuntores a serem utilizados em residências são
aqueles que atuam na curva B. Estas curvas são
delimitadas pelas constantes k3 e k4. A IEC 608898
estabelece para o disparo instantâneo, os valores para
as curvas:

B: de 3IN a 5IN;

C: de 5IN a 10IN;

D: de 10IN a 20IN.

Observe que todas as curvas possuem a mesma curva de disparo térmico. A curva de disparo
magnético é que difere.

São as seguintes as aplicações relacionadas às faixas:

Curva B: para proteção de circuitos que alimentam cargas com características


predominantemente resistivas, como lâmpadas incandescentes, chuveiros, torneiras e
aquecedores elétricos, além dos circuitos de tomadas de uso geral.

Curva C: para proteção de circuitos que alimentam


especificamente cargas de natureza indutiva que
apresentam picos de corrente no momento de ligação,
como microondas, ar condicionado, motores para
bombas, além de circuitos com cargas de características
semelhantes a estas.

Curva D: para proteção de circuitos que alimentam


cargas altamente indutivas que apresentam elevados
picos de corrente no momento de ligação, como grandes
motores, transformadores, além de circuitos com cargas
de características semelhantes a essas.

Ao lado temos um exemplo para a curva B do disjuntor


fabricado pela Siemens. A corrente de não atuação é de
1,13IN e a corrente de atuação é de 1,45IN para o tempo 52
de 60 minutos.

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A Siemens apresenta sua linha de disjuntores identificada por código. Entenda o significado
deles:

Dispositivo Diferencial Residual

Os dispositivos DR são basicamente utilizados para protegerem as pessoas ou o patrimônio


contra faltas à terra, isto é, evitando choques elétricos e incêndios. Os dispositivos DR são: IDR
e o DDR. O DDR também atua protegendo os condutores contra sobrecorrente.

Eles são identificados por sua sensibilidade IΔn.

A NBR 5410 considera que o uso de DR em um circuito não dispensa o condutor de proteção.
Todo circuito deve dispor de condutor de proteção em todo extensão.

Um dispositivo DR será utilizado quando for necessário limitar os riscos de incêndio suscitados
pela circulação de correntes de falta. Neste caso o circuito deve ser protegido por dispositivo
com corrente diferencial residual nominal de atuação de no máximo 500 mA.

Em caso de choques elétricos o circuito deve ser protegido por dispositivo com corrente
diferencial residual nominal de atuação de no máximo 30 mA.

É de uso obrigatório dos dispositivos DR de alta sensibilidade (≤ 30 𝑚𝐴) como proteção


adicional em:

1. Circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais contendo banheira ou


chuveiro;
2. Circuitos que alimentam tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação;
3. Circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam via a
53 alimentar equipamentos no exterior;
4. Circuitos que, em locais de habitação, sirvam a pontos de utilização situados em
cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais
dependências internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens;

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5. Circuitos que, em edificações não-residenciais, sirvam a pontos de toma situados em
cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e, no geral, em áreas
internas em uso normal ou sujeitas a lavagens.

Em geral os dispositivos DR funcionam como sensores que medem as correntes que entram e
saem de uma carga. A primeira figura abaixo mostra a corrente que vai para a carga e a que sai
da carga. São utilizados dois sensores, um monitorando o condutor fase, outro monitorando o
condutor retorno. As correntes nestes condutores possuem a mesma intensidade em qualquer
trecho dos condutores como mostra a primeira figura à esquerda. Estas correntes, embora
sejam iguais em módulo, criam campos magnéticos diferentes. A segunda figura mostra este
fato ao colocarmos o sensor de corrente abraçando os dois condutores simultaneamente: a
corrente medida é nula. Mantendo este sensor abraçando os dois condutores e provocando o
desvio da corrente que circula pelo retorno. Maior intensidade de corrente circula pela fase e
menor pelo retorno em função do desvio provocado, no caso apresentado abaixo, por um
toque de uma pessoa conduzindo parte da corrente através do corpo para a terra. O sensor
perceberá a diferença de corrente e atuará desligando o circuito evitando consequência
maiores.

Os condutores fase e neutro do circuito têm obrigatoriamente que passar pelo DR, o que não
acontece com o DTM, pelo qual só passa os condutores fase.

Deve-se ter cuidado com o condutor de proteção. Este nunca poderá passar pelo DR, por isto o
neutro não poderá ser aterrado após passar pelo DR.

Para circuitos de torneira e/ou chuveiro elétrico a GE recomenda que os mesmos sejam de
resistência blindada/isolada. Alerta o fabricante GE para que se atente sobre observações de
compatibilidade para uso de DR inscrito na embalagem destes equipamentos elétricos.

Interruptor diferencial Residual – IDR

Este tipo de DR não protege os condutores contra sobrecorrentes e por isto


devem ser associados em série com os DTM. Eles apenas evitam choques
elétricos e incêndios.

A sensibilidade do interruptor varia de 30 mA a 500 mA e deve ser


dimensionada com cuidado, pois existem perdas para a terra inerentes à 54
própria qualidade da instalação.

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Disjuntor Diferencial Residual - DDR

Os DDR’s são disjuntores com proteção diferencial,onde estão incorporados em um único


produto as funções do DR e do DTM.

Por isto estes componentes possuem proteção diferencial contra contatos


diretos e indiretos e proteção contra sobrecarga e curto-circuito.

De acordo com o fabricante GE, eles estão disponíveis nas correntes de 4 até
40 A, nas curvas B e C, nas sensibilidades de 30 mA e 500 mA e apenas na
versão bipolar (1 polo + neutro).

Os valores IN disponíveis são: 6 A – 10 A – 16 A – 20 A – 25 A – 32 A – 40 A.

Dimensionamento

O dimensionamento do disjuntor para proteção de um circuito deve existir coordenação entre


ele e o condutor. As condições para que isto ocorra são:

a) 𝐼𝐵 ≤ 𝐼𝑁 ≤ 𝐼𝑍

b) 𝐼2 = 1,45𝐼𝑍

IB = corrente de projeto;

IN = corrente nominal do disjuntor;

IZ = capacidade de condução de corrente do


condutor;

I2 = corrente que assegura efetivamente a


atuação do disjuntor.

A coordenação entre condutor e disjuntor como prescrito anteriormente pode ser visto no
desenho acima.

Deve-se levar em conta a temperatura de padronização do disjuntor, isto é, a temperatura


com que o disjuntor foi calibrado. A temperatura na qual o disparador térmico é calibrado
usualmente são: 20oC, 30oC e 40oC. Por exemplo, os disjuntores UNIC entre 10 A e 60 A são
calibrados em temperatura de 20oC e de 70 A a 100 A, são referidos a 40oC.

Este conhecimento é importante no dimensionamento do disjuntor. A temperatura a ser


55 considerada para o disjuntor deve ser somada mais 10oC à temperatura que foi considerada no
dimensionamento dos condutores:

𝑡𝑑𝑖𝑠𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜𝑟 = 𝑡𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟 + 10𝑜 𝐶

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Exemplo

Considere um circuito com corrente de projeto igual a 27 A, instalado em eletroduto embutido


em alvenaria, temperatura ambiente 30oC e circuito único no eletroduto. Utilizar disjuntor
UNIC. Segundo o fabricante, o disjuntor possui a seguinte informação: 𝐼𝑁40 = 0,9𝐼𝑁20 .

O condutor dimensionado pela máxima capacidade de condução de corrente: S = 4 mm² (IZ =


32 A).

Como o condutor foi calculado para a temperatura de 30oC, o disjuntor deverá ser
dimensionado com a temperatura de 40oC (tcondutor + 10oC).

a) Primeira condição: 27 ≤ 𝐼𝑁40 ≤ 32


Usando o de 30 A, 𝐼𝑁40 = 0,9𝑥30 = 27 𝐴. Condição satisfeita.
27 ≤ 27 ≤ 32
b) Segunda condição: O disjuntor utilizado possui I2 = 1,35IN40 = 1,35x27
= 36,45 A. Então: 𝐼2 ≤ 1,45𝑥32. Também satisfaz.
36,45 ≤ 46,40

(Melhorar e acrescentar mais exemplos).

Proteção Contra Sobretensões Transitórias

(Falta Fazer).

Proteção Contra Quedas e Faltas de Tensão

(Falta Fazer).

Exemplos

(Falta Fazer).

56
Proteção Contra Descargas Atmosféricas

(Falta Fazer).

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Características das Cargas

Para determinar o tipo de fornecimento e para o dimensionamento da entrada de serviço das


unidades consumidoras é necessário conhecer a demanda elétrica desta unidade
consumidora.

Especificação da Carga

Demanda

Representa em uma instalação elétrica, a potência média ativa, reativa ou aparente consumida
em um intervalo de tempo. A curva de demanda pode ser levantada para qualquer intervalo,
ou seja, diário, mensal ou anual.

Demanda Máxima

Representa em uma instalação elétrica a maior de todas as potências consumidas que ocorre
em um período especificado de tempo.

Fator de Demanda

Definimos como sendo:

𝐷𝑚á𝑥
𝑓𝑑 =
𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡

O conhecimento do fator de demanda é básico para o dimensionamento dos condutores de


uma instalação porque ele é realizado a partir da demanda máxima e não da potência
instalada.

A potência instalada tem sua importância. Algumas empresas de distribuição elétrica tomam
por base a potência instalada para definir o padrão de entrada.

Fator de Utilização

Este é um fator interessante para previsão de futuras instalações. Com ele é possível perceber
até quanto a carga do circuito ou sistema pode ser aumentada. Definimos por:

𝐷𝑚á𝑥
𝑓𝑢 =
𝐶
57
C é a capacidade nominal.

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Por exemplo, em um circuito utilizando condutor de 2,5 mm², ele poderá ter capacidade igual
a 24 A. Caso ele alimente um circuito, que na demanda máxima, solicite 10 A, o fator de
utilização será:

10
𝑓𝑢 = = 0,42
24

Na demanda máxima o condutor esta sendo utilizado em 42% de sua capacidade.

Dimensionando o Alimentador

O condutor que alimenta todas as cargas do circuito não deve, necessariamente, ter a
capacidade de alimentar todas as cargas, mas sim de ser capaz de alimentar as cargas na
demanda máxima.

Para o caso de residências individuais (casas e apartamentos) o fator de potência para


tomadas de uso geral e iluminação pode ser determinado pela tabela abaixo:

Potência de iluminação e Fator de demanda


tomadas de uso geral
0<P≤1 0,88
1<P≤2 0,75
2<P≤3 0,66
3<P≤4 0,59
4<P≤5 0,52
5<P≤6 0,45
6<P≤7 0,40
7<P≤8 0,35
8<P≤9 0,31
9 < P ≤ 10 0,27
10 < P 0,24

Exemplo

Uma residência que possua:


Iluminação: 800 VA;
Tomadas de Uso geral: 2500 VA;
Chuveiro elétrico de 4500 W.

Considerando um fator de potência 0,9, então P = 800x0,9 + 2500x0,9 = 2970 W.

Observando a tabela acima, ficamos com o valor = 2970x0,66 = 1960,2 W.

Somando com a carga do chuveiro: Ptotal = 6460,2 W.


58
6460 ,2
A corrente será: 𝐼 = 127𝑥0,95
= 53,54 𝐴. O condutor a ser utilizado S = 10 mm².

Considerando a extensão do alimentador como 10 m, pela queda de tensão:

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∆𝑈 = 4,23𝑥53,54𝑥10𝑥10−3 = 2,26 𝑉
2,26𝑥100
Em termos percentuais: ∆𝑈 = 127
= 1,78%. O condutor é adequado.

(Melhorar).

59

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Dimensionamento dos Quadros

A Siemens nos fornece um exemplo da montagem de Quadro de distribuição padrão IEC. Neste
exemplo ela esclarece que a montagem foi simulada para uma rede bifásica e considera que
junto ao medidor existe uma proteção realizada por meio de disjuntor IEC ou fusível. Por isto
foi possível realizar o exemplo de montagem sem utilizar um disjuntor geral no Quadro de
Distribuição, realizando a entrada pelo dispositivo DR. Nos casos onde não houver proteção
prévia coordenada é recomendável a utilização de um disjuntor geral no Quadro de
Distribuição.

1) Dispositivo DR tetrapolar de 30 mA;


2) Circuitos de saída protegidos por
disjuntores;
3A) Dispositivo de proteção contra surtos-
DPS instalados entre fase (F) e terra (PE);
3B) Dispositivo de proteção contra surtos-
DPS, instalados entre neutro (N) e terra
(PE). Nos casos onde a separação do
condutor neutro (N) e terra (PE) ocorre
dentro do Quadro de Distribuição, não é
necessário a aplicação desse módulo;
4) Barramento para condutores de
proteção – terra (PE);
5) Barramento para condutores neutro;
6) Barramento bifásico isolado para
alimentação dos circuitos;
7) Terminal para derivação;
8) Trilho de fixação rápida;
9) Isolador terminal (reserva);
10) Circuito de saída dos cabos terra;
11) Circuito de saída dos cabos neutro;
12) Cabos de entrada;
13) Cabos de interligação interna do quadro.

Terminar.

60

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Exemplos de Quadros usando DTM e IDR

(Falta Fazer).

61

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Elaborando um Projeto Elétrico

A seguir temos os passos básicos na elaboração de um projeto elétrico.

O Projeto elétrico não é apenas um trabalho mecânico de consulta a


tabelas e fórmulas. O projetista deve conhecer as normas,
preocupando-se com a segurança, a
funcionalidade e a conservação da
energia.

Informações preliminares

Planta para elaboração do projeto elétrico.

1. Planta de situação: localização dos


acessos, bem como da rede de energia
elétrica da concessionária;
2. Projeto arquitetônico: plantas, cortes,
detalhes, fachadas, etc. Obtêm-se a
partir daí todas as dimensões, inclusive 62
pé-direito, de todos os recintos e áreas
externas, bem como a sua respectiva
utilização;

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3. Projetos complementares: projeto estrutural, projeto de instalações sanitárias, de águas
pluviais, de combate a incêndio, de sonorização, etc. Neste ponto devem ser observadas
possíveis restrições e interferências de vigas, pilares, espessura de lajes, cruzamento de
tubulações, localização de prumadas e quadros. Devemos ter em mente que o projeto de
instalações elétricas deve ser elaborado em harmonia com os demais projetos de utilidade
da edificação;
4. Informações obtidas com o proprietário, arquiteto ou responsável: localização preferencial
dos pontos de utilização conforme as necessidades do proprietário; previsão de cargas ou
aparelhos especiais como ar-condicionado, aquecedores, etc. Previsão de utilização de
determinadas linhas de materiais ou sistemas de instalações. Previsão para futuros
acréscimos de cargas. Previsão para utilização de alimentação de segurança. Previsão ou
utilização já de energia alternativa como aquecedores solares.

Quantificação do sistema

Previsão de iluminação

Previsão de tomadas

Previsão de cargas especiais

A fazer.

63

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Marcação dos Pontos de Luz

64

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Marcação dos Pontos de Tomadas

65

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Marcação do Quadro de Disjuntores

Indicamos o ponto 0,0 na planta e fazemos os cálculos para a determinação do centro de


cargas. Após determinar o centro, que provavelmente cairá em um ponto fora da parede,
levamos a caixa de disjuntores para um ponto próximo a este calculado.

66

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Divisão das Cargas em Circuitos

Após a divisão ficamos com sete circuitos assim distribuídos:

Circuito 1 – Iluminação
Circuito 2 – Iluminação
Circuito 3 – Tomada de Uso Específico (chuveiro)
Circuito 4 – Tomadas de Uso Geral (quarto, sala)
Circuito 5 – Tomadas de Uso Geral (banheiro, circulação, quarto)
Circuto 6 – Tomadas de Uso Geral (cozinha)
Circutio 7 – Tomadas de Uso Geral (área de serviço)

(por fazer)

67

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Representação dos Eletrodutos Secos

(por fazer)

68

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Indicação dos Circuitos Unifilares

(por fazer)

69

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Dimensionamentos

Dimensionamento dos condutores

(por fazer)

Dimensionamento das tubulações

(por fazer)

70

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Dimensionamento dos Dispositivos de Proteção

(por fazer)

71

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Dimensionamento dos Quadros

(por fazer)

72

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Bibliografia

1. ABNT, NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão, São Paulo, 2004;
2. BRANDÃO Jr, Augusto F; DIAS, Eduardo M.; CARDOSO, José R., Eletrotécnica Básica, São
Paulo, Livraria Ciência e Tecnologia Editora;
3. CAVALIN, Geraldo & CERVELIN, Severino, Instalações Elétricas Prediais, São Paulo, Editora
Érica, 1998;
4. COTRIM, Ademaro, Manual de Instalações Elétricas, São Paulo, Editora McGraw Hill/Pirelli,
1985;
5. COTRIM, Ademaro A. M. B., Instalações Elétricas, São Paulo, Editora McGraw-Hill do Brasil,
1977;
6. GE, Catálogo de Mini disjuntores;
7. GE, Proteção Diferencial: DR, DDR, DOC – informação técnica;
8. LEITE, Duílio Moreira & Carlos Moreira, Proteção Contra Descargas Atmosféricas, São
Paulo, Editora Officina de Mydia;
9. NEGRISOLI, Manoel E. M., Instalações Elétricas: projetos prediais em baixa tensão, São
Paulo, Editora Edgard Blücher Ltda;
10. NISKIER, J. & MACINTYRE, A. J., Instalações Elétricas, Rio de Janeiro, Editora Guanabara
Dois, 1986;
11. MARTIGNONI, Alfonso, Instalações Elétricas Prediais, Rio de Janeiro, Editora Globo;
12. PIRELLI, Jornal da Eletricidade;
13. SCHNEIDER ELETRIC/PROCOBRE, Workshop Instalações elétricas de Baixa Tensão: Proteção
Contra Sobrecorrentes e Dimensionamento dos Condutores;
14. SIEMENS, Seminários Técnicos - Eletricistas e Técnicos, Módulo 3B, 2003;
15. SIEMENS, Proteção de Instalações Elétricas de Baixa Tensão: Disjuntores 5SX1;
16. VISACRO FILHO, Silvério, Aterramentos Elétricos, São Paulo, ArtLiber Editora.

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Ainda por finalizar

= Mantendo o sistema vivo =

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