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09/06/2010

Estampagem

“Brain Storm” em grupo.

O que é Estampagem ?

Quais os principais processos de estampagem ?

Materiais de chapas para estampagem ?

Características dos materiais ?

Materiais
Como materiais mais utilizados para o embutimento podemos citar: aços baixo
carbono,
aços inoxidáveis, cobre e suas ligas, alumínio e suas ligas, zinco e titânio.
Aços para estampagem geralmente são de baixo carbono (0,1C, 0,5Mn, 0,035P, 0,04S)
com elevada ductildade (alongamento) e devem apresentar embutimento igual a 12mm
para espessura de 2mm.
Geralmente utiliza-se aço efervescente devido ao menor custo e porque o desprendimento
dos gases reduz teor de carbono. No entanto também podem ser aplicados aços acalmados
com adição de desoxidantes como o alumínio, para aplicações que exigem melhor
qualidade.

Segundo a ABNT para aços ao carbono as matérias primas da estampagem são classificadas
como segue:
- Chapa fina: 0,3 a 6mm de espessura e largura maior ou igual a 300mm;
- Chapa grossa: espessura maior que 5mm e largura maior ou igual a 300mm;
- Tiras: laminados com espessura entre 0,3 e 5mm e largura menor que 300mm.

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Chapas para Indústria Automobilística

Características desejadas:
- Boa resistência;
- Boa estampabilidade;
- Acabamento superficial ótimo;
- Boa resistência à corrosão (galvanização);

Fig. 3.4 Elementos básicos de uma ferramenta de corte por cisalhamento. 1 - punção, 2 -
matriz, 3 - base da ferramenta, 4 - chapa,, f – folga punção-matriz.

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Dobramento Livre Dobramento em Matriz

S
W

r1

Calandragem Dobramento de tubos


Fig. 4.1 Diferentes formas de dobramento.

1 – Punção

2 – Guia do Punção

3 – Prendedor de
Chapas

4 – Matriz

5 - Extrator

6 – Base da Matriz
Fig. 5.2 Modelo esquemático de um ferramental de estampagem

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Fig. 5.4 Demonstração esquemática de diversos parâmetros do processo de estampagem.

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ALTERAÇÃO DA ALTERAÇÃO DAS


CRIAÇÃO DA FORMA
FORMA PROPRIEDADES
GRUPO
GRUPO 1 GRUPO 2 GRUPO 3 GRUPO 5 GRUPO 6
4
MOLDAGEM CONFORMAÇÃO UNIÃO DEPOSIÇÃO
SEPARAÇÃO ALTERAÇÃO DA
Exemplos: Exemplos: Exemplos: Exemplos:
Exemplos: PROPRIEDADES
fundição, injeção embutimento, soldagem e pintura,
usinagem e corte Exemplos: têmpera
de pós forjamento pressunião eletrodeposição
3.1 – Corte
(DIN 8588)
3.1.1 – Corte por
Cisalhamento
3.1.1.1 – Corte
com Prensa de
Simples Efeito
3.1.1.1.1 – Corte
Fechado
Fig. .3.3 Classificação do processo de corte por cisalhamento segundo a DIN 8580.

Estampagem
Pré-requisitos dos Alunos
O aluno já cursou todas disciplinas básicas da Eng. Mecânica/Metalugia/Materiais.

Na disciplina de Introdução a Conformação Mecânica já foram ministrados os seguintes temas:


-Conceitos Básicos (Tensão, Deformação, Vel. de deformação, Condições de
Escoamento, Atrito e calor, Teoria Elementar Plasticidade)
- Laminação
Programa de Aula
Corte
-Príncipios básicos do processo
-Folga entre lâminas
-Forças
-“Fine-Blanking”
Dobramento
-Princ. Básicos
-Dimensionamento de Chapas
-Raio e ângulo de Dobramento
-Retorno elástico
-T.R. no dobramento (Introd. a Tensões Residuais)

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Programa de Aula:
Caracterizacao da Estampabilidade
-CLC
-Testes Tecnológicos
Corte
-Príncipios básicos do processo
-Folga entre lâminas
-Forças
-“Fine-Blanking”
Dobramento
-Princ. Básicos
-Dimensionamento de Chapas
-Raio e ângulo de Dobramento
-Retorno elástico
-T.R. no dobramento (Introd. a Tensões Residuais)

Corte e Dobra
Pré-requisitos dos Alunos
O aluno já cursou todas disciplinas básicas da Eng. Mecânica/Metalugia/Materiais.

Na disciplina de Introdução a Conformação Mecânica já foram ministrados os seguintes temas:


-Conceitos Básicos (Tensão, Deformação, Vel. de deformação, Condições de
Escoamento, Atrito e calor, Teoria Elementar Plasticidade)
- Laminação
Programa de Aula
Corte
-Príncipios básicos do processo
-Folga entre lâminas
-Forças
-“Fine-Blanking”
Dobramento
-Princ. Básicos
-Dimensionamento de Chapas
-Raio e ângulo de Dobramento
-Retorno elástico
-T.R. no dobramento (Introd. a Tensões Residuais)

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Estampagem de Chapas

Materiais: Chapas laminadas a frio ou a quente:

Aços inox., aços C. (ABNT 1008/1010/1020);


- Al, Cu e ligas leves (Mg., Ti);
- Prop.: Ductilidade, prop. Mec. Compatíveis c/uso;
- Baixo nível de inclusões (P,S,Al2O3);
- Homogonêidade Microestrutural (T.G. e de Fases);
- Capac.de produzir bom acabamento.

Processos:
- Repuxo
- Dobra e Corte
- Estiramento
- Hidroconformação
- Outros, combinados

Bibliografia Consultada

-Lange K. , Handbook of Metal Forming, Mac Graw-Hill, 1985

-Estampagem dos Acos, ABM 1974.

-Groover M.P., Fundamentals of Modern Manufacturing, John Wiley &


Sons, 2002. (Exercícios propostos)

-Metal forming Handbook / Schuler, Springer, 1998.


-(Tabelas apresentadas)

-Wang Z., Gong B., Residual Stress Formation in the Shaping of Materials,
In: Totten G., Howes M., Inoue T., Handbook of Residual Stress and
Deformation of Steel,
ASM, 2002.

- Schaeffer, Lírio, Conformacao Mecanica, Imprensa Livre, Porto Alegre,


1999.

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ALTERAÇÃO DA ALTERAÇÃO DAS


CRIAÇÃO DA FORMA
FORMA PROPRIEDADES
GRUPO
GRUPO 1 GRUPO 2 GRUPO 3 GRUPO 5 GRUPO 6
4
MOLDAGEM CONFORMAÇÃO UNIÃO DEPOSIÇÃO
SEPARAÇÃO ALTERAÇÃO DA
Exemplos: Exemplos: Exemplos: Exemplos:
Exemplos: PROPRIEDADES
fundição, injeção embutimento, soldagem e pintura,
usinagem e corte Exemplos: têmpera
de pós forjamento pressunião eletrodeposição
3.1 – Corte
(DIN 8588)
3.1.1 – Corte por
Cisalhamento
3.1.1.1 – Corte
com Prensa de
Simples Efeito
3.1.1.1.1 – Corte
Fechado
Fig. .3.3 Classificação do processo de corte por cisalhamento segundo a DIN 8580.

Corte e Dobra

Corte
Processos de separação por cizalhamento
Cunhas de corte que se movem uma contra a outra produzindo o
corte.
As cunhas de corte são também chamadas de facas ou punções e
matriz.

Deformação Penetração Fratura

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Matriz ou Estampo de corte

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Folga entre lâminas

Folga adequada produz superfície mais lisa e


com melhor acabamento.
Folga adequada
Folga insuficiente produz superfície rugosa e
maior energia despendida.

Folga excessiva produz distorção maior da


aresta de corte e também maior energia é
despendida. Folga insuficiente

Folgas muito grandes e lâminas de corte


arredondadas facilitam a formação de rebarbas
e protuberâncias.

Folga excessiva

Folga

Aços mais duros

Aço doce e latão

Al e ligas leves

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A força de corte

Desprezando o atrito esta força é igual ao produto do


comprimento de corte pela espessura da chapa e a resistência
do material ao cisalhamento.

Fsmáx= ks*ls*s

ks=0,8*Rm
ks, resistência ao cizalhamento
ls, perímetro (comprimento)
s, espessura da chapa

Fine blanking (Corte Fino)

Mordente
Folgas reduzidas

Matrizes rígidas

Produção de superfícies de
corte sem defeitos, boas
tolerâncias dimensionais e de
ótima planicidade.

Este processo é utilizado


quando existe alta demanda de
qualidade.

Corte Convencional Fine Blanking

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Grupo de operações

Preparação do recorte – consiste no


corte de discos ou perfis previamente
definidos que servirão de partida para
as operações subseqüentes;

Fabricação de furos;

Fabricação de entalhes;

Rebarbação – operação secundária que


consiste em eliminar as rebarbas;

Alisamento – quando há necessidade


da remoção de uma fina camada Came divisor
metálica.

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Exemplos de Componentes Produzidos por Fine-Blanking

Sistema de freio e de direção

Dobra
Dobramento em V, dobramento em U e dobramento em L

Processos outros : Rebordamento, enrolamento, dobramento de tubos,


corrugamento

Punção
Punção Retentor

Matriz
Matriz

Fatores Importantes a considerar:


1. Dimensionamento
2. Raio Mínimo de Dobramento
3. Retorno Elástico
4. Força de Dobramento

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Dobramento Livre Dobramento em Matriz

S
W

r1

Calandragem Dobramento de tubos


Fig. 4.1 Diferentes formas de dobramento.

Dimensionamento Comprimento Inicial


Baixa relação Raio/Espessura
alongamento da parte curva.

Linha neutra
Posição da linha neutra em relação
ao centro da linha da dobra.

Chapas grossas = 0,3 da espessura


Chapas finas = 0,4 da espessura 60
BA = 2π ( 4,75 + 0,33 * 3,2) = 6,08mm
360

A
BA = 2π ( R + K ba t )
360 Comp. Total = 38 + 6,08 + 25 = 69,08 mm

BA = margem para a curvatura, [mm]


A = ângulo de dobra, [°]
R = raio de curvatura, [mm]
t = espessura, mm
Kba = fator para o alongamento
R< 2t ⇒ Kba= 0,33
R≥ 2t ⇒ Kba= 0,5

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Raio de Dobramento e Ângulo de Dobramento

Resultados experimentais (Ensaios de dobramento)

O raio R não pode ser inferior a um certo valor, pois podem ocorrer falhas na
superfície.

Matrizes de dobra devem ser projetadas evitando pequenos ângulos.

O raio de dobramento depende da espessura da chapa e é selecionado para ser


o maior possível.

Atenção com a direção de laminação. (Idealmente eixo de dobramento


transversal a direção de laminação).

De outra forma maiores raios devem ser selecionados.

Para ângulos α > 120°, o próximo vlr. Mais alto deve ser utilizado.

Fonte: Hanbook of Forming, Normas DIN

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Retorno Elástico

Punção

O retorno elástico (ou efeito mola) é a variação dimensional sofrida pela peça
conformada depois que a pressão da ferramenta é liberada.

Retorno da parte elástica da deformação total sofrida (elástica + plástica)

Quanto menor o raio da ferramenta maior a zona plástica e menor o retorno elástico. Mas
raios muito pequenos devem ser evitados para evitar danos a ferramenta e a peça.

Ocorre em todos os processos de conformação, mas no dobramento é mais facilmente


detectado e estudado.

O fator de retorno elástico depende das características do material (maior


quanto maior for o limite de escoamento e maior o módulo de elasticidade) e da
relação entre o raio de curvatura e a espessura da chapa (r/s):

Com α1: ângulo na matriz [°],


α2 : ângulo desejado na peça (após retorno elástico) [°],
s: espessura da chapa metálica [mm],
ri1 : raio interno da matriz [mm],
ri2 : raio interno da chapa [mm].
O fator de retorno elástico kR para vários materiais é dado na tabela
a seguir

Rm, limite de resistência [N/mm2]


E, módulo de elasticidade [N/mm2]
S, espessura da chapa [mm]

Tabela

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Fonte: Hanbook of Forming, Normas DIN

Força
A força Fb [N] depende da largura da matriz , w [mm], ( determina o momento de dobramento)

A dimensão l[mm] da matriz é selecionada de acordo com a espessura da chapa metálica s[mm]:

Trabalho para os cáculos de Potência


0,3 < x < 0,6 devido a variacao de Fb

ou

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Tensões Residuais devido ao Dobramento

O dobramento produz tensões residuais na peça de trabalho.

T.R. são tensões internas que existem em equílibrio na peça sem


que nenhum carregamento externo (forças, momentos, sujeições)
estejam aplicados a peça.

O exemplo mais típico e simples é o do dobramento

Conformação as altas temperaturas para reduzir o limite de


escoamento (desvantagem quanto a resistência)
Tratamentos térmicos
Forçar o punção no fundo da matriz para redistribuir o estado de
T.R.

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