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“SOLUÇÕES PRÁTICAS PARA ENSINO E PESQUISA”

NCD Indústria e Comércio de Equipamentos Didáticos Ltda.


CNPJ: 07.548.695/0001-90 – IE: 255.045.239

ROTEIRO DE AULA PRÁTICA


 Experimento de Perda de Carga em
Acessórios Hidráulicos

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos

Florianópolis – SC Março de 2014

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Rua Álvaro Leite, 51 – CEP 88113-310 - Real Parque – São José – Santa Catarina
Roteiro de Aulas Práticas

EXPERIMENTO DE PERDA CARGA (QUEDA DE PRESSÃO) POR


ESCOAMENTOS EM ACESSÓRIOS (ACIDENTES) HIDRAÚLICOS

1. OBJETIVO

Este experimento tem como objetivo medir a perda de carga (queda de pressão) em
acessórios hidráulicos, que compõe um Circuito Hidráulico, a fim de obter o comprimento
equivalente a um tubo reto, para cada acessório, comparando os resultados experimentais
obtidos com aqueles apresentados na literatura.
O Módulo didático ainda tem como opção complementar a determinação do fator de
atrito de escoamento (Fanning) em dois tubos retos do mesmo material do Circuito.

2. INTRODUÇÃO TEÓRICA

No meio industrial os sistemas de canalização são constituídos por tubos retilíneos de


vários diâmetros e de vários acessórios como conexões, válvulas, registros, medidores de
vazão, restrições e expansões, além de muitos outros acidentes. Alguns assessórios estão
mostrados na Figura 1.

Figura 1 - Conexões de Tubulação e Válvulas

A presença destes acessórios pode servir para ligar seções de tubos, modificar a
direção da linha de tubos, modificarem o diâmetro de uma linha, interromper uma linha ou
ainda reunir duas correntes para formar uma terceira, entretanto a perda de carga
provocada por esses “obstáculos” causa variação na velocidade do fluido em escoamento.

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O cálculo da perda de carga em tubulações é fundamental para o estudo de uma


instalação hidráulica, seja ela de bombeamento, seja ela por gravidade.
Devemos ter em mente, que a perda de carga, ou seja, a dissipação de energia por
unidade de peso acarreta uma diminuição da pressão estática do escoamento, sendo que
esta diminuição pode ser observada pela representação da Linha de Energia (LE) do
escoamento, que é o lugar geométrico que representa a carga total de cada seção do
escoamento. Devemos salientar que o estudo do escoamento de um fluido real, é até hoje
um tanto que empírico, já que nem sempre o cálculo teórico corresponde aos resultados
observados na prática, fato este observado principalmente para números de Reynolds
elevados.
As variações de pressão em um sistema de escoamento resultam de variações em
elevações ou de velocidade de escoamento (devido a variações em área) e devido à fricção.
O efeito da fricção age no sentido de diminuir a pressão, isto é, o de causar uma “perda” de
pressão comparada com a do caso ideal de escoamento livre de fricção. A “perda” é dividida
em perdas principais (devido à fricção no escoamento completamente desenvolvido em
porções do sistema com área constante) e perdas secundárias (devido ao escoamento
através de válvulas, tês, joelhos e a efeitos de fricção em outras porções do sistema de área
variável). A perda de carga principal representa a energia convertida de energia mecânica
para energia térmica por efeitos de fricção; a perda de carga para escoamento
completamente desenvolvido em dutos de área constante depende apenas dos detalhes do
escoamento através do duto.
O escoamento através de um encanamento pode requerer a passagem através de
uma variedade de conexões, curvas ou variações abruptas de área. Perdas de carga
adicionais ocorrem principalmente como resultado da separação do escoamento. (Energia é
eventualmente dissipada pela mistura violenta nas zonas separadas). Estas perdas serão
secundárias se o sistema de encanamento em questão inclui comprimentos longos de área
de cano constante.
Para que a perda de carga seja devidamente caracterizada deve-se conhecer
detalhadamente algumas características:
 Tubulação: Comprimento da linha, joelhos, expansores, válvulas, restrições, tês,
tipos de tubos, diâmetro do tubo;
 Fluido: Viscosidade, densidade, que são função do fluido, da temperatura e pressão
do sistema;
 Escoamento: Velocidade.

O somatório das perdas provocadas por todos os acessórios presentes num sistema
de escoamento de fluidos pode ser simplificado pelo cálculo de um comprimento equivalente
de um tubo reto que produziria a mesma queda de pressão que todos os acessórios juntos.

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Sempre que a velocidade de um fluido varia, tanto em direção como em valor


absoluto, devido à presença de acidentes, mudanças na direção do fluxo ou diâmetro dos
tubos, produz-se um atrito, devido à configuração geométrica, adicional ao atrito com a
superfície devido ao fluxo através do tubo reto. A perda de carga através das conexões,
expansões e reduções, pode ser expressa em, unidades de comprimento.
O conceito de perda de carga (ΣF) surge nos sistemas reais, em que as perdas
energéticas são significativas. Assim, a análise do balanço de energia mecânica do sistema
é fundamental para a compreensão do conceito de perda de carga. De um modo geral,
simplificado, o balanço energético entre dois pontos quaisquer de um sistema genérico pode
ser escrito, a partir da equação de Bernoulli:

dividindo-se esta equação por ρ; igualando a equação a zero e inserindo o termo de perda
de energia total (ΣF) por atrito (pelicular)ao longo da tubulação (Fs) mais a perda de
energia por atrito nos acessórios hidráulicos (Ff), mais a energia que uma Bomba hidráulica
teria que fazer para repor todas as energias envolvidas (W eixo Bomba) temos:

(1)

Em que v é a velocidade do fluido, g é a aceleração da gravidade, z a diferença de


altura, P a diferença de pressão observada, ρ a massa específica do fluido, ΣF as perdas
totais por atrito e W o trabalho realizado pela bomba, caso esteja presente no sistema, para
impelir o fluido a alguma distância. Nos sistemas gerais com escoamento, temos:

(2)

Ou seja, as perdas de energia causadas pelo atrito são devidas a duas parcelas
principais: Fs, o atrito pelicular, e Ff, o atrito de forma. O atrito pelicular ocorre sempre que
existe movimento relativo entre um fluido e a superfície sobre a qual escoa. A pressão de
escoamento é convertida em momento que, por sua vez, é transferido tangencialmente à
superfície da tubulação; assim, a tubulação sofre com uma tensão tangencial, denominada
comumente como arraste. Desta forma, partículas mais próximas à superfície logo ficam
impedidas de se movimentarem pela perda de energia, ao passo que as partículas centrais
à tubulação têm mais liberdade e podem escoar mais livremente. A formação da camada
limite confirma a presença do atrito pelicular Fs.
O atrito de forma Ff é ocasionado principalmente pela presença de acessórios e de
curvas, que provocam distorções no escoamento devido à forma geométrica. Nestes casos,
a configuração da camada limite é prejudicada pela instabilidade causada no fluido por
acelerações e desacelerações inesperadas, condicionadas pelas formas geométricas

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diversas. A rugosidade do tubo também é importante como fator de contribuição do F f. Em


sistemas de pequena extensão, a parcela de perda de energia em acessórios é
relativamente grande.
Da relação entre as forças inerciais e as forças viscosas surgiu o conceito de
coeficiente de atrito fluidodinâmicos ou também conhecido como “fator de atrito”
expresso por Fanning (ff), vide figura 2.a, ou expresso por Moody (fm), vide figura 2.b,
para rugosidades em vários níveis.
Perdas extras acontecem por produção de calor no sistema, o que é mais importante
em escoamentos plenamente turbulentos. Em escoamentos mais lentos, a energia térmica
que porventura for produzida normalmente é reabsorvida pelo próprio fluido, portanto não
se traduz em efeito de sensível de mudança de temperatura.
No balanço de energia e pressão é mais conveniente trabalhar com dimensões de
comprimento (metro) para a análise de ΣF, sendo isso alcançado dividindo-se a equação (1)
por g, que fornece:

(3)

Nos sistemas de escoamento, a perda de carga está associada à perda de energia na


forma de pressão dinâmica. Assim, rearranjando a equação de Fanning para explicitar ΔP e
convertendo a expressão para perda em unidade de comprimento, tem-se:

(4)

A equação (4) explicita a queda de pressão (reescrita como hL) ou as perdas


distribuídas ao longo da tubulação, em que: L é o comprimento da tubulação em análise; D
o diâmetro interno; v a velocidade de um fluido de massa específica ρ e ff o fator de
Fanning. Rearranjando-se a equação 4 temos:

(4.1)

Onde: hL – perda de carga, em unidade de comprimento relativo ao fluido escoante; fƒ – fator de


atrito de Fanning (utilizar gráfico da Figura 2.a); Leq – comprimento equivalente do acessório a
um comprimento de tubo reto; Di – diâmetro interno; V – velocidade do fluido; g – aceleração
da gravidade.

A equação 4 também pode ser expressa conforme fator de atrito de Darcy-


Weissbach, resultando a equação 4.2:

e (4.2)

Obs.: Neste caso utilizar o fator de atrito de Moody (fm) (utilizar gráfico da Figura 2.a);

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A aplicação das perdas de carga localizadas é particularmente adequado aos cálculos


quando a rede está sendo avaliada como um todo, uma vez que ela permite o tratamento
como se o sistema consistisse em um comprimento equivalente de tubo reto.
Para se projetar uma tubulação, diversos materiais podem ser utilizados e nem todos
podem ser considerados lisos. Aos materiais considerados rugosos deve-se calcular a
rugosidade relativa referente ao tipo de material utilizado.
Para acessórios mais comuns, como válvulas de gaveta e globo, relações (L eq/D) –
comprimento equivalente em diâmetro de tubo – podem ser facilmente encontradas na
literatura e por isso a perda de carga nestes acessórios pode ser escrita equivalentemente à
perda em tubo liso de determinado comprimento.
Quanto a expansões e contrações, os comprimentos são obtidos com mais facilidade
através de uma constante K, característica destes acidentes cuja análise não é tão imediata.
As perdas localizadas nestes equipamentos podem ser escritas como:

(5)

onde K é chamada resistência ou equivalente de cargas cinéticas, que é função de


geometria; Reynolds e rugosidade relativa. Para que a perda seja relacionada ao Leq, como
na equação (3), necessita-se escrever uma relação recíproca entre Leq e K.

Assim, temos: (6)

Onde se utiliza as equações (4.1) ou (4.2), reciprocamente, para igualar Leq.

Desta forma, as perdas totais podem ser resumidas na seguinte expressão:

(7)

Assim, conhecendo-se as características geométricas do sistema, é possível


determinar as perdas associadas ao escoamento e aos acessórios através do artifício do
comprimento equivalente. Seu conhecimento é decisivo quando há necessidade de projeto
de tubulações e na escolha dos melhores acessórios e válvulas para o transporte de
determinado fluido.
Relativo ao escoamento em dutos circulares retos; a perda de carga está relacionada
com o nível de rugosidade, na parede do duto, e a rugosidade relativa do mesmo.

Como visto, anteriormente, a equação de Fanning: P Lv 2 (8)


 2Cf  m
g D g

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permite relacionar a perda de carga com cada um dos parâmetros condicionantes do tipo de
escoamento. Nesta experiência, será feita a determinação do fator de atrito de Fanning
(f), em vários tubos de diâmetros e materiais diferentes, já que todas as outras grandezas
podem ser medidas.

Para escoamentos lentos pode-se aplicar, com boa aproximação, a lei de Hagen-
Poiseuille:

(9)

o fator de Fanning variará com Re segundo: f , para o regime laminar.

A literatura fornece correlações do Fator de atrito em função de Reynolds para o


escoamento turbulento.
Os resultados obtidos, com os devidos tratamentos matemáticos, permitirão fazer a
verificação experimental dessas leis e correlações e confeccionar Diagramas experimentais
para comparação com a literatura. Vide Figuras 2.a e 2.b.

Figura 2.a - Gráfico do Fator de Atrito (fFanning) em função do Re e da Rugosidade


interna do tubo - (Fanning). Ref. (4)

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Observação: O gráfico da figura 2.a também pode ser expressado na forma do gráfico de
Moody, onde o fator de atrito (f) Moody equivale a 4.(f)Fanning.

Figura 2.b - Gráfico do Fator de Atrito (fMoody) em função do Re e da Rugosidade


interna do Tubo - (Gráfico de Moody). Ref. (5)

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O projeto de uma instalação hidráulica compreende o dimensionamento das


tubulações de recalque e de sucção, com o consequente cálculo da potência do conjunto
elevatório. O projeto, sob o ponto de vista técnico e econômico, está condicionado,
primordialmente, ao dimensionamento hidráulico da tubulação de recalque. Segundo o
diâmetro encontrado para a adutora, os custos de implantação e de operação do sistema
poderão variar, obtendo-se assim projetos mais ou menos econômicos.
O dimensionamento hidráulico de um conduto sob pressão consiste em determinar a
velocidade média de circulação da água (vm), a vazão (Q), o diâmetro do tubo (D) e

também a perda de carga no sistema (hf ). Para tanto dispõe-se apenas de duas equações,
que são a da continuidade e a da perda de carga ao longo do conduto, ou seja:

(10)

(11)

sendo a vazão geralmente dada como parâmetro conhecido do projeto, restam assim três
variáveis (vm, D, hf ), para somente duas equações.
Observa-se então que o dimensionamento de um conduto de recalque é um
problema hidraulicamente indeterminado, já que existem mais incógnitas do que equações
disponíveis, podendo haver inúmeras soluções para o diâmetro (e para a velocidade) que
atendem à vazão demandada. Essa indeterminação pode ser superada admitindo-se uma
restrição hidráulica ao problema, que pode ser uma perda de carga máxima admissível no
conduto uma velocidade recomendada de escoamento ou então admitindo-se um diâmetro
já normalizado, dentre os comercialmente disponíveis. No entanto, a metodologia mais
adequada para resolver esse problema constitui-se na introdução do critério econômico de
se buscar a alternativa de projeto que minimize o custo total do sistema, composto pelo
custo de implantação e o de operação.
Os custos de implantação e de operação são antagônicos, ou seja, quando um
aumenta o outro diminui e vice-versa.
Ao se escolher um diâmetro menor para a adutora, haverá uma diminuição no seu
custo de implantação, mas, em contrapartida, o custo de operação (energético) será maior.
De modo contrário, ao se optar por um diâmetro maior haverá uma diminuição no custo de
operação, por conta da diminuição das perdas de carga, e um aumento no custo de
implantação da tubulação de recalque. Há uma apreciada diminuição da perda de carga
quando se aumenta o diâmetro da tubulação de recalque, barateando assim, a energia
gasta no decorrer da utilização da instalação. De maneira oposta, quando ocorre um
aumento do diâmetro utilizado, aumentar-se-á o custo total de investimento da tubulação,

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pois quanto maior o diâmetro de um tubo, constituído por um mesmo material e de uma
mesma classe, maior será o custo da implantação.
Assim sendo, faz-se necessário determinar um diâmetro ótimo para a tubulação de
recalque, de tal forma que se obtenha, para uma vazão determinada, o menor custo do
sistema, composto este pela soma do custo de implantação e o custo de operação, cujo
peso maior deste último corresponde ao gasto de energia elétrica. O custo de implantação
compreende o custo dos tubos, das peças de conexão, do conjunto motor-bomba, e as
despesas com escavação e montagem.
Existem na literatura vários métodos desenvolvidos para se calcular o diâmetro
economicamente ideal para condutos. Uma das primeiras fórmulas da hidráulica para o
dimensionamento econômico de tubulações de recalque, e que ainda é atualmente usada, é
a de Bresse: (Jaques Antoine Charles Bresse, engenheiro francês, 1822-1883 (PORTO,
1998)

(12)

onde Q é a vazão, dada em m3/s, D é o diâmetro em metros e k é um coeficiente que


depende de inúmeros fatores, (vide literatura). Pode-se determinar o coeficiente k a partir
de uma velocidade, que seria a mais recomendada em termos de economia e segurança do
sistema. Os valores dessa velocidade média e do respectivo valor de k, segundo ÁVILA
(1978) são mostrados na Tabela 1.

Tabela 1

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3. EQUIPAMENTO E MATERIAIS

O equipamento utilizado está apresentado na Figura 3.a (de frente) e Figura 3.b
(de verso):

VB1
VBS
MV

VG

MTU

Painel

VRV

BC
VB RA

Figura 3.a (frente) – Experimento para Ensaios de Perda carga (queda de pressão)
por Escoamentos em Acessórios (Acidentes) Hidráulicos

É um circuito hidráulico fechado, composto de:


 um Reservatório de água (RA) com a Válvula de bloqueio (VB);

 uma Bomba centrífuga (BC), de 1/2 CV;

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 uma Válvula de Regulagem de Vazão (VRV);


 um Medidor de Vazão (tipo Rotâmetro) (MV);
 uma Válvula de Bloqueio para selagem hidráulico do circuito (VBS);
 dois (02) Ramos principais, Ramo 1 e Ramo 2:

 Ramo 1: Escoamento acionado pela abertura da Válvula de bloqueio (VB1). É


formado pelos seguintes acessórios hidráulicos monitorados (conexões e válvulas
características dos processos hidráulicos de engenharia) conectados aos seus
respectivos Manômetros de Tubo “U” (MTU), conforme especificado na Tabela 2:

Tabela 2

Manômetro / Acessório Hidráulico Fluido Manométrico

Válvula gaveta de 1”

Redução brusca de DN 32 mm > 25 mm

Redução brusca de DN 25 mm > 20 mm

Curva longa de DN 20 mm

Joelho ou Cotovelo de DN 20 mm

Expansão brusca DN 20 mm > 25 mm


Clorofórmio colorido

Joelho ou Cotovelo de DN 25 mm com corante vermelho

Curva longa DN 25 mm

Expansão brusca de DN 25 mm > 32 mm

Joelho ou Cotovelo de DN 32 mm

Redução brusca de DN 32 mm > 20 mm

Expansão brusca DN 20 mm > 32 mm

Tê de DN 20 mm

Obs.:

 Diâmetro nominal (DN) = 20 mm (equivalente 1/2” de PVC roscável) ►Di= 16,5 mm;
 Diâmetro nominal (DN) =25 mm (equivalente 3/4” de PVC roscável) ►Di= 21,5 mm;
 Diâmetro nominal (DN) = 32mm (equivalente 1” de PVC roscável) ►Di= 27,5 mm.

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 Ramo 2: Acionado pelo fechamento da Válvula de bloqueio (VB1) e abertura das


Válvulas de bloqueio (VB2) ou (VB3), conforme mostra a Figura 3.b

VB2

VB3

Figura 3.b (verso) – Experimento para Ensaios de Perda carga (queda de pressão)
por Escoamentos em Acessórios (Acidentes) Hidráulicos

As Válvulas de bloqueio (VB2) e (VB3) abrem o escoamento para dois Tubos retos
de materiais iguais ao do circuito do Ramo 1 e conectados aos seus respectivos
Manômetros de Tubo U” (MTU), conforme especificados na Tabela 3.

Tabela 3

Manômetro / Acessório Hidráulico Fluido Manométrico

1 Tubo reto de PVC de DN 20 mm (Di= 16,5 mm)


Clorofórmio colorido
com corante vermelho
2 Tubo reto de PVC de DN 32 mm (Di= 27,5 mm)

Obs.: A distância entre os pontos de tomada de pressão (L), em cada tubo reto, é de 1,0
metro.

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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

PREPARAÇÃO E SELAGEM HIDRÁULICA DO CIRCUITO:


Realizado pelo Responsável Técnico do Laboratório

a) Encher o Reservatório (RA) com água até o nível máximo (50 mm do topo da caixa),
com as seguintes Válvulas abertas: a de Bloqueio (VB); a de Regulagem de Vazão
(VRV) e a de Bloqueio (VBS).

b) Fechar, durante esta selagem hidráulica, todas as Válvulas de bloqueio instaladas no


topo de cada Manômetro (MU);

c) Antes de ligar a Bomba centrífuga (BC):

 Fechar completamente a Válvula de Regulagem de Vazão (VRV);

 Verificar se a Válvula gaveta (comporta) (VG) está completamente aberta.

ATENÇÃO: Esta válvula (VG) nunca deve ficar completamente fechada. Pode ficar,
no máximo, fechada pela metade, sob pena de rompimento na junção da mangueira
do respectivo manômetro, ocasionando vazamento de água e fluido manométrico.

 Abrir as Válvulas de bloqueio VB1 (do Ramo 1) e as VB2 e VB3 (do Ramo 2).

d) Com a Válvula VBS ainda aberta; ligar a Bomba centrífuga (BC) e abrir a Válvula
VRV lentamente (manter vazão baixa, no máximo, em torno de 10 l/min) até que o
circuito esteja “selado” hidraulicamente (sem bolhas de ar nas tubulações).

e) Em seguida fechar a Válvula (VBS) e fechar novamente as Válvulas (VRV), VB2 e


VB3 e abrir todas as Válvulas de topo dos Manômetros (MU) e verificar se todos os
Manômetros estão com os fluidos manométricos equilibrados e que não tenha bolhas de
ar nas mangueiras que ligam os mesmo aos seus respectivos acessórios.

Se tiver bolhas, realizar procedimento, conforme treinamento, para eliminar estas


bolhas.

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4.1. PRIMEIRA PARTE DA PRÁTICA: Operação com o Circuito do Ramo 1

O objetivo é observar e medir a perda de carga nos vários acessórios do circuito, em


duas vazões (baixa e alta) com a finalidade de determinar/calcular o Comprimento
equivalente de cada acessório.

4.1.1 - Com a Válvula (VRV) inicialmente fechada, ligar Bomba (BC) e abrir lentamente
esta Válvula (VRV)*, regulando para uma vazão baixa de água. Sugestão: 15
litros/min.

(*) ATENÇÃO: abrir ou fechar sempre lentamente esta válvula para evitar rompimentos de
fluidos manométricos. Desta maneira, pode-se variar a vazão da mínima até a máxima
permitida no circuito.

4.1.2 - Deixar o sistema estabilizar e registrar as quedas de pressão (lido como h) nos
vários manômetros relativos aos diversos acessórios deste ramo. A finalidade é o
cálculo dos comprimentos equivalente destes acidentes em valores de Reynolds
baixo.

4.1.3. - Aumentar lentamente a vazão para a máxima possível no sistema. Cuidado: a


vazão máxima permitida no circuito será função do Acessório hidráulico que
apresentar maior perda de carga (vide qual será pelo respectivo Manômetro).
Atenção: Fique atento para o maior h de segurança que você pode chegar no
manômetro para evitar indesejáveis vazamentos.

4.1.4. - Deixar o sistema estabilizar e registrar novamente as quedas de pressão (lido como

h) nos vários manômetros relativos aos diversos acessórios deste ramo. Obs.: A

finalidade é o cálculo dos comprimentos equivalente destes acidentes em valores de Reynolds


alto.

4.1.5. - Com a vazão regulada, conforme o item 4.1.4, fechar (lentamente) a Válvula
gaveta (VG), até a metade, Obs.: Se necessário, diminua a vazão para evitar eventual
vazamento do fluido manométrico do respectivo manômetro.
Deixar estabilizar e registrar a queda de pressão no respectivo manômetro desta
válvula. A finalidade é calcular, também, o comprimento equivalente desta válvula
gaveta, em configuração fechada pela metade.

4.1.6 - Em seguida, abrir lentamente e totalmente esta Válvula (VG) e baixar, lentamente,
a vazão até zero através da Válvula (VRV), desligando-a.

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4.2. SEGUNDA PARTE DA PRÁTICA: Operação com o Circuito no Ramo 2

O objetivo é determinar o Fator de atrito (Fanning) real num Tubo reto de Dn = 32


mm e, também, no de Dn=20, ambos com 100 cm de comprimento entre as tomadas de
pressão, para utilizar o Fator de atrito nos cálculos dos Comprimentos equivalentes da
primeira parte (Ramo 1). Obs.: Considerar o Fator de atrito (Fanning) de um tubo de
Dn=25 como sendo a interpolação dos dois mencionados anteriormente.

4.2.1 – Para tanto, fechar a Válvula de bloqueio (VB1) e abrir a Válvula de bloqueio
(VB2) do tubo de DN=32 mm.

4.2.2 – Ligar a Bomba (BC) e abrir lentamente esta Válvula (VRV) e realizar medidas de
vazão de 5 em 5 litros/min, registrando o h no respectivo manômetro. Obs.:
realizar estas medidas com o aumento da vazão e, também, no período de
diminuição da vazão até zero, afim de verificar eventuais histereses nas leituras do
manômetro.

4.2.3 – Em seguida, fechar a VB2 e abrir a VB3 e realizar o mesmo procedimento para o
tubo de DN=20 mm.

Nota: Sempre, ao finalizar o experimento, fechar todas as válvulas (registros) de bloqueio


instalados no topo de cada Manômetro de Tubo U, com os níveis dos fluidos
manométricos nivelados.

5- CÁLCULOS E ANÁLISES DOS RESULTADOS

5.1 – Ramo principal: para cada vazão (baixa e alta) calcule o Comprimento equivalente
para cada acessório, comparando os valores entre eles e comparando-os com os
fornecidos em literatura. Analise e comente.

5.2. Ramo secundário: para os dados de Fator de atrito:

 Faça a curva Cf versus Re para cada DN (20 e 32) e extrapole para o Dn=25 mm.
Observe a respectiva relação entre eles e utilize os valores nos cálculos dos
acessórios do ramo principal.
 Compare estas curvas obtidas com as curvas apresentadas a literatura para tubos
hidraulicamente lisos e levemente rugosos. Analise e comente.

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5.3. Analise e comente sobre as perdas de carga específicas de cada Contração (Redução)
versus a perda de carga de suas respectivas Expansões (Ampliações).

5.4. Compare o Comprimento equivalente do Cotovelo (Joelho) 90 o (20 mm) com o Tê (20
mm) operando a 90o. Analise e comente.

EXERCÍCIO PROPOSTO:

1) No ramo principal, somar todos os comprimentos equivalentes de cada acessório e


calcule o acréscimo que o circuito principal teria em termos de mais tubos retos.

2) No ramo principal, calcule a potência hidráulica total que este circuito requereu da
bomba centrífuga quando se utilizou a vazão alta. (considere os acessórios; tubos
retos e a verticalidade).

6 - BIBLIOGRAFIA

1 - PERRY, R.H. & CHILTON, C.H. - Manual de Engenharia Química.


2 - McCABE, W.L. & SMITH, J. C. - Operaciones Básicas de Ingenieria Química.
3 - FOUST, A.S. et all. - Princípios das Operações Unitárias.
4 - BENNETT, C.O. & MYERS, J.E. - Fenômenos dos Transportes.
5- TELLES, Pedro Carlos Silva. Tubulações Industriais. 4ª ed. Rio de Janeiro. Livros Técnicos
e Científicos, 1976. 471p
6- VALVULAS industriais brasileiras. 5. ed. - São Paulo: Associação Brasileira

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