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Dicas Iniciais
- Produção do som
- Saúde vocal
- Postura
- Respiração
Classificação Vocal
Exercícios Dinâmicos
- Relaxamento
- Aquecimento
- Cuidados com a voz
- Respiração
- Liberação da voz
Agilidade Vocal
Teoria Musical
Dicionário Musical
Aquecimento Da Voz
Respiração Diafragma
Sugestões didáticas
TÉCNICA VOCAL _________________ RESPIRAÇÃO _____________________ Módulo 01
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O SISTEMA RESPIRATÓRIO
A respiração, primeiro e último ato da vida humana, tem a função primordial de
oxigenação do sangue. Exteriormente é percebida como um movimento de expansão e
contração do tórax, que se reflete, idealmente, no corpo inteiro. A respiração da criança
pequena e do adulto dormindo são praticamente semelhantes, com o predomínio do uso da
musculatura inferior do tórax e dos músculos abdominais. Por alguma razão, o homem ao
crescer passa a realizar uma respiração mais alta, usando músculos claviculares, o que leva
a uma menor oxigenação sanguínea.
O movimento respiratório sofre alteração por ação de uma série de variáveis, como
postura física, movimentação do corpo, estado de saúde, emoções. Para cada uma destas
alterações, pode variar a musculatura que entra em trabalho para a realização do
movimento respiratório.
TIPOS DE RESPIRAÇÃO
3) Respiração Costal Inferior ou Mista – este tipo respiratório é o que ocorre quando se
contrai o diafragma e, ao mesmo tempo, dilatam-se as costelas. É um mecanismo
respiratório usado quando se necessita de uma fonação especializada ou canto; propicia
maior pressão aérea, maior domínio nas ações musculares movimentação de grandes
volumes aéreos.
Para o canto o músculo que fica à base dos pulmões, chamado diafragma tem função
essencial, pois é ele que controlará a entrada e a saída do ar. É um músculo ímpar que
separa o tórax do abdome. Ele é o nosso principal músculo inspiratório.
Quando nos dispomos a cantar, o processo respiratório necessita sofrer uma alteração.
Durante o canto a expiração - processo normalmente passivo - vai se tornar uma ação ativa, e
assume uma duração maior do que a inspiração. Ainda mais: de acordo com as exigências da
peça musical em questão, esta expiração deve a qualquer momento poder ser retida, suspensa,
acelerada, retardada, provocar aumento ou diminuição do volume de ar que sai. Em outras
palavras – precisa ser controlada.
Uma boa respiração, com a correta utilização do apoio diafragmático é essencial para um
bom desempenho no canto. O apoio é a sustentação e controle da coluna de ar que faz parte da
produção do som. Quando você inspira, o ar enche seus pulmões, alargando a região das
costelas e estendendo os músculos intercostais. Ao mesmo tempo, o diafragma se abaixa e
expande para os lados (sem o seu controle voluntário). O que se pode e deve fazer é controlar
os músculos intercostais e abdominais. Assim, o diafragma e todos os músculos envolvidos no
processo respiratório estão na posição adequada a proporcionar uma boa emissão vocal, pois
eles controlam a saída do ar e do som (que ocorre no momento da expiração).
Outros músculos estão envolvidos no apoio são eles: os músculos pélvicos (abdominais),
da região glútea (nádegas) e o grande reto (canal anal). Para percebê-los experimente inspirar e
soprar como se estivesse tentando apagar uma vela.
EXERCÍCIOS DE RESPIRATÓRIOS
Recomendações:
Manter sempre, uma boa postura: coluna reta, ombros caídos, nunca estufar o peito ou
levantar os ombros;
A inspiração deve ser feita pelo nariz, narinas dilatadas, garganta bem aberta. A expiração
deve ser feita pela boca, soprando.
CURIOSIDADES
A respiração pelo nariz deve ser realizada no canto quando houver intervalos maiores de silêncio entre as frases, e
pela boca entre as frases com intervalos curtos. O nariz filtra, umidifica e aquece o ar, mas só quando há tempo
suficiente respiramos por ele, no tempo curto entre as frases é melhor respirarmos pela boca.
Os exercícios abaixo são opções para o estudo respiratório, quando estiver muito ocupado
realize pelo menos um item de cada exercício.
Exercício nº 01
b) Pequena pausa;
c) Inspirar , leve e rapidamente – fungando, narina dilatadas, garganta bem aberta (com a
boca fechada) como que aspira um perfume de flor, sentindo que o movimento
inspiratório se faz na parte baixa do tronco e no abdômen;
d) Pequena pausa;
e) Inspirar, soprar como quem apaga uma vela (maxilar, bochechas e lábios relaxados);
Exercício nº 02
b) Inspirar e soprar em “ZZZ” bem sonoro, como uma abelha (repetir 3 vezes);
Exercício nº 03
Exercício nº 04
a) Deitar de costas (em superfície dura, sem travesseiro), relaxar o corpo e, com as mãos no
ventre, sentir o movimento respiratório diafragmático;
b) Soprar com força, como se fosse apagar uma vela colocada no teto;
Exercício nº 05
Exercício nº 06
Inspirar o máximo de ar, reter e cantar a vogal “A” num tom confortável, até o final da
respiração (repetir 3 vezes).
Exercício nº 07
Controle do som - Inspirar, prender o ar, emitir um som longo (baixinho) falando a cada
emissão uma vogal. Ex.: AAA..., EEE..., etc.
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SAÚDE VOCAL
No dia a dia, a grande maioria das pessoas se esquece da importância da voz. Ela pode
revelar o sexo, a idade, o estado emocional e até traços de personalidade. A partir de uma
iniciativa brasileira, que começou em 1999 e foi seguida pelo resto do mundo, 16 de abril foi
escolhido como O Dia Mundial da Voz. A disfonia (rouquidão) e a afonia (perda da voz) são
problemas comumente encontrados em crianças, adolescentes e adultos. Ao perceber sintomas
como rouquidão, ardor na garganta, pigarro e fadiga vocal um especialista deve ser procurado
(laringologista e fonoaudiólogo).
Dar uma pausa durante o dia para o descanso das cordas vocais;
O uso de soluções caseiras como pastilhas, colher de mel, sprays, chá de cravo, gengibre,
canela e gargarejos também deve ser evitado, pois funcionam como anestésico e podem
mascarar ou agravar os problemas vocais;
Não pigarrear (raspar a garganta), pois agridem as cordas vocais; ao invés disso realize
um exercício de vibração da língua numa região tonal confortável e na sequência, se
possível, beba água;
Evite (principalmente antes de fazer o uso da voz) chocolate, leite, queijos e outros
derivados; pois engrossam a saliva, atrapalhando a vibração das pregas vocais. O café
também é outro inimigo da voz: por ser quente, a bebida resseca a laringe e, se a pessoa
abusar da voz, pode até causar pequenos machucados.
Para quem trabalha em escritórios, um dos grandes inimigos da voz é o ar-condicionado,
que resfria o ambiente, mas também retira a umidade do ar. O resultado, outra vez, é que
a laringe fica ressecada, e a pessoa precisa se esforçar mais para falar;
Uma das regras para cantar tranquilo é deixar a laringe livre para se movimentar. Roupas
justas ou de gola alta dificultam esse princípio, restringindo o sobe-e-desce do órgão e
prejudicando o show;
Comer maçã, uma vez que ela contribui para o bom funcionamento vocal, porque
funciona como uma "limpadora natural" da boca e da faringe. "A maçã retira as secreções
que dificultam a vibração das pregas vocais, deixando a saliva mais rala e favorecendo a
articulação das palavras", afirma a fonoaudióloga Gisele Gasparini. Outra vantagem é que
a maçã é uma fruta bem consistente. Por causa disso, quem vai degustá-la acaba
exercitando todos os músculos responsáveis pela articulação da fala - os lábios, as
bochechas, a língua e os músculos interiores da boca. "Ou seja, a mastigação funciona
como um aquecimento, que elimina a tensão na região do aparelho fonador, preparando o
caminho para uma boa cantoria", diz Gisele.
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O APARELHO FONADOR
O som é o resultado dos movimentos de corpos vibratórios. Para produzi-lo é necessário uma
fonte sonora ─ um corpo que produz sons ao vibrar; e um excitador – aquilo que toca a fonte
sonora para que ela possa vibrar. Se pensarmos num violino e no instrumentista que o toca
podemos identificar a fonte sonora e o excitador.
Voltemos agora para a produção da voz. A voz é produzida quando o ar expiratório (vindo
dos pulmões) passa pelas pregas vocais, e o nosso comando neural, por meio de ajustes
musculares, faz pressões de diferentes graus na região abaixo das pregas vocais, fazendo-as
vibrarem. Esse mecanismo se assemelha à produção do som no violino, o ar dos pulmões
funciona como o excitador (o arco)e as pregas vocais como fonte sonora (as cordas do violino).
Veja abaixo, uma ilustração do movimento das pregas vocais quando respiramos e quando
falamos ou cantamos:
CURIOSIDADES
Primordialmente, as pregas vocais (ou cordas vocais), não foram feitas para o uso da voz. Esta foi uma função na qual
a laringe (local onde se encontram as pregas vocais) se especializou. Estes músculos foram desenvolvidos, em
primeiro lugar, para as funções de respiração e alimentação.
As pregas vocais vibram muito rapidamente. A essa característica damos o nome de frequência. As pregas vocais do
homem têm mais massa e são menos esticadas que as da mulher (como no violão, as cordas mais esticadas e finas
são mais agudas e vibram mais que as cordas mais grossas).
DICA: para saber mais, assista ao vídeo Produção de Voz Aspectos Fisiológicos no endereço
eletrônico: http://www.youtube.com/watch?v=Oe98Xmsf57o&feature=related.
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O APARELHO RESSONADOR
Uma voz que não utiliza os ressonadores faciais tende a provocar um desgaste obrigando
o cantor a um esforço desnecessário e, sem dúvida, sua voz será envelhecida prematuramente.
Impor a voz na face não significa forçá-la nos ressonadores faciais com excessos de emissão e
sim emiti-la de forma fisiológica sabendo explorá-la de maneira natural.
Os órgãos articuladores são: os lábios, os dentes, a língua, o palato duro, o véu palatar e a
mandíbula e são encarregados de transformar a voz em voz falada ou cantada. Qualquer
deficiência de articulação irá dificultar o entendimento do que se canta.
É importantíssimo saber pronunciar bem as palavras de acordo com o idioma e suas regras,
explorando os articuladores na forma correta dos vocábulos. A cavidade bucal sofre diversas
alterações de tamanho e forma pelos movimentos da língua, considerada como o principal órgão
da articulação, pois apresenta uma enorme variabilidade de movimentos pela ação dos seus
músculos.
Cavidades de Ressonância
______Elas estão situadas à frente da coluna cervical, isto é atrás da parte óssea e do
maxilar e segem à laringe. Elas são compostas pelo baixo ou oro-faringe, limitada
embaixo pelas cordas vocais, à frente pela epiglote e a base da língua, e atrás pela
parde anterior da coluna vertebral que é recoberta pelos músculos constritores. Ao
lado estão os pilares, prolongados acima pelo véu palatino. Acima e atrás das fossas
nasais, o cavum, ou rino-faringe (figura A).
Estas cavidades possuem paredes fixas (maxilar superior e palato duro) e paredes
móveis (mandíbula, língua, epiglote, lábios e véu palatino). Suas formas e dimensões
são variáveis dependendo das pessoas. Alguns destes órgãos têm um sentido
muscular (língua, lábios e mandíbula) e outros não têm (véu, palatino, laringe e
cordas vocais).
No interior desta cavidade se encontra o véu palatino que se segue ao palato. Ele
pode ter um diâmetro transversal e sagital mais ou menos desenvolvido e ser mais ou
menos longo e musculoso. Qualquer que seja sua forma, o mais importante é sua
mobilidade. Sua posição depende das atitudes articulatórias e varia, segundo a
ausência ou a presença de nasalização (figura B). Neste caso, ele se abaixa e deixa
passar um pouco de ar nas cavidades nasais. Ele muda também, segundo os
movimentos da mandíbula, dos lábios, da laringe e o alargamento, mais ou menos
pronunciado da faringe. Ao nível dos pilares, do véu palatino e da parede faríngea,
este alargamento é sentido como uma atividade muscular importante e muito
sensível (figura C ).