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Fonte:http://g1.globo.

com/sao-paulo/noticia/2014/11/auditoria-aponta-falhas-contabeis-em-empresas-de-
onibus-em-sao-paulo.html

14/11/2014 18h17 - Atualizado em 14/11/2014 19h07


Auditoria aponta falhas contábeis em empresas de ônibus em São Paulo
Ernst & Young apontou ausência de documentos e erros nos balancetes. Consultoria apresentou proposta de
modelo contábil para concessionárias.

O primeiro relatório divulgado pela consultoria Ernst & Young sobre o sistema de transporte público de São Paulo
aponta falhas em procedimentos contábeis das empresas. O documento, apresentado na quinta-feira (13) pela
consultoria, não é o resultado final da auditoria, mas já identifica diversas "fragilidades" e faz propostas para aumentar o
poder de fiscalização da Prefeitura sobre os contratos com 23 empresas e cooperativas.
Entre os diversos problemas apontados, há situações como a de grupos que têm "saldos pendentes há longa data" com
fornecedores "sem a respectiva análise de liquidação". A Ernst & Young alerta que práticas como essa podem causar
distorções nas contas das empresas.
 Haddad quer auditoria internacional para examinar custos dos ônibus
 Prefeitura prorroga prazo de auditoria em contratos de ônibus em SP
 CPI dos Transportes pede mudança em planilhas de custo em São Paulo
 Aumento do IPTU manterá subsídios ao transporte, diz Haddad
 'Não podemos aceitar', diz Haddad sobre atual lucro de donos de ônibus

A auditoria foi anunciada em julho pelo prefeito Fernando Haddad (PT), após os protestos contra o aumento das
passagens, para examinar as planilhas de custos e de remuneração das empresas de ônibus.
A meta da Prefeitura com a auditoria é encontrar formas de realizar uma nova licitação mais equilibrada do sistema. Em
junho de 2013, Haddad revogou reajuste e manteve a tarifa de ônibus em R$ 3. Sem reajuste desde então, a cidade de
São Paulo paga R$ 1,6 bilhão para que as empresas possam manter o atual valor da passagem.
O relatório com recomendações não representa o documento final da auditoria, que ainda tem outras quatro fases
pendentes (Análise da Gestão Financeira do Serviço de Transporte, Fiscalização e Monitoramento do Sistema,
Verificação do Cumprimento dos Requisitos Mínimos e Obrigações, e Finalização das Atividades).
Nesta etapa do trabalho, a auditoria revisou balancetes e demonstrativos contábeis de 2012 apresentados por cada
uma das empresas concessionárias e permissionárias que atuam no sistema de ônibus em São Paulo.

Exemplos de 'falhas'
Entre as falhas, a consultoria localizou ainda diferença nas declarações de impostos pagos e na arrecadação do FGTS.
Houve ainda empresas que declararam ter saldo devedor em contas, quando na verdade tinham dinheiro em caixa.
A consultoria diz que as empresas não apresentaram o "conjunto completo de peças contábeis, de notas explicativas e
de documentos e/ou composições contábeis que suportem os saldos apresentados nas demonstrações financeiras". 
Ainda segundo a empresa, as empresas “não foram capazes de apresentar” justificativas para as divergências e
inconsistências entre saldos bancários e posições financeiras.
Diante do diagnóstico, a Ernst & Young apresentou a proposta de um modelo padrão de plano contábil com
informações padronizadas que facilitará o acompanhamento e fiscalização das empresas pela administração municipal.
"A utilização deste plano de contas contábil padrão permitirá apurar os resultados das atividades das operadoras e,
sobretudo, contribuirá para a avaliação da análise do equilíbrio econômico-financeiro do sistema de transporte”, aponta
o relatório da Ernst & Young.

Contratação e prazos da auditoria


A Prefeitura contratou a consultoria por R$ 3,9 milhões. O contrato original assinado em dezembro de 2013 foi
prorrogado até outubro desde ano. Segundo a SPTrans, o motivo foi a complexidade e volume do trabalho que está
sendo executado e porque as operadoras ainda estão coletando as informações e documentações que servem de base
para a verificação.
A gestão Haddad aguarda a conclusão da auditoria para realizar a nova licitação dos ônibus da cidade. Atualmente, o
sistema de transportes é operado por um contrato emergencial.
Haddad mira no lucro das empresas. Em julho de 2013, o prefeito lembrou que a taxa de retorno sobre investimento é
14% e, lucro, 7%, no contrato atual. “Na época em que o contrato foi assinado, era uma época em que a taxa de juros
estava na casa de 20% a 25%. Essa realidade mudou. Não podemos aceitar uma taxa de retorno igual àquela do início do
contrato. Não podemos ter a mesma remuneração do passado quando as taxas de juros eram muito maiores”, declarou
Haddad.

Leitura Complementar
Governo deve auditar 2 milhões de benefícios da Previdência, diz Marinho
https://exame.abril.com.br/economia/governo-deve-auditar-2-milhoes-de-beneficios-da-previdencia-diz-
marinho/

Auditor da Toshiba reprovará governança da empresa, dizem fontes


https://exame.abril.com.br/negocios/auditor-da-toshiba-reprovara-governanca-da-empresa-dizem-fontes/

Auditoria encontra contabilização errada no Deutsche Bank


https://exame.abril.com.br/negocios/auditoria-encontra-contabilizacao-errada-no-deutsche-bank/

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