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Análise estrutural

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Análise estrutural é a determinação dos efeitos de cargas sobre estruturas físicas e seus componentes.
As estruturas submetidas a este tipo de análise incluem todas aquelas que devem resistir a cargas, tais
como edifícios, pontes, veículos, máquinas, móveis, roupas, camadas do solo, próteses e tecidos
biológicos. A análise estrutural incorpora os campos da mecânica aplicada, ciência dos materiais e
matemática aplicada, a fim de calcular a deformação da estrutura, bem como as forças internas, tensão,
reações de apoio, acelerações e estabilidade. Os resultados da análise são usados para verificar a aptidão
de uma estrutura para seu uso, frequentemente sem ser necessário realizar testes físicos. A análise
estrutural é, portanto, uma parte fundamental do projeto de engenharia de estruturas.

Índice
Estruturas e cargas
Classificação de estruturas
Cargas
Métodos analíticos
Limitações
Ligações externas

Estruturas e cargas
Uma estrutura é um corpo ou sistema de partes conectadas utilizada para suportar uma carga. Exemplos
relacionados à engenharia civil incluem edifícios, pontes e torres, e em outros ramos da engenharia
navios, aeronaves, tanques, vasos de pressão, sistemas mecânicos e estruturas de apoio para a
transmissão de energia elétrica. A fim de projetar uma estrutura, deve-se atender uma função especificada
para uso público, devendo o engenheiro levar em conta a sua segurança, estética e facilidade de
manutenção, tendo em consideração restrições econômicas e ambientais.

Classificação de estruturas
É importante para um engenheiro estrutural reconhecer os diferentes tipos de elementos compondo uma
estrutura e de ser capaz de classificar estruturas quanto à sua forma e função. Alguns dos elementos
estruturais são: tirante, barra, cantoneira, lajes (placas), viga e coluna. A combinação de elementos
estruturais e os materiais a partir dos quais eles são compostos é referida como um sistema estrutural.
Cada sistema é constituído por um ou mais tipos básicos de estruturas, tais como treliças, arcos, armações
e as estruturas de superfície.

Cargas
Estando os requisitos dimensionais para uma estrutura definidos, torna-se necessário determinar as cargas
que a estrutura deve suportar. A fim de projetar uma estrutura é portanto necessário primeiramente
especificar as cargas que atuam sobre ela. A carga de projeto para uma estrutura é frequentemente
especificada em normas de construção. Existem dois tipos de normas: normas de construção geral e
normas de projeto, e o engenheiro deve satisfazer todos os requisitos das normas para que resulte uma
estrutura confiável.

Há dois tipos de cargas que ocorrem no projeto de engenharia estrutural. O primeiro tipo de carga é
chamado de carga permanente ou carga morta, que consiste dos pesos dos vários membros estruturais e
dos pesos de todos os objetos que estão permanentemente ligados à estrutura. Por exemplo, colunas,
vigas, lajes, telhados, paredes, janelas, instalações sanitárias, equipamentos elétricos e outros dispositivos
diversos. O segundo tipo de carga são as cargas vivas, que variam em magnitude e localização. Há
diversos tipos de cargas vivas, como as cargas de utilização, as cargas de construção, de impacto, de
vento, de neve, sísmicas e outras cargas naturais.

Métodos analíticos
Para desenvolver uma análise precisa, um engenheiro de estruturas precisa determinar o carregamento
estrutural, a geometria da mesma, condições dos apoios e propriedades dos materiais. Os resultados de
uma análise como esta incluem reações e nos apoios, tensões e deslocamentos da estrutura. Esta
informação é posteriormente comparada com critérios que indicam as condições de falha. Uma análise
estrutural mais avançada pode examinar a resposta dinâmica, estabilidade e comportamento não-linear.

Existem três abordagens principais para tal análise: a abordagem da mecânica dos materiais (também
conhecida como resistência dos materiais), a abordagem da teoria da elasticidade (que representa um
caso especial de um campo mais amplo da mecânica dos meios contínuos), e a abordagem por elementos
finitos. Entre as abordagens citadas, as duas primeiras utilizam uma formulação analítica onde se aplica
principalmente modelos elásticos lineares simples, levando a soluções em forma fechada e para casos
mais simples podem ser resolvidas manualmente. A abordagem por elementos finitos é atualmente um
método numérico para resolver equações diferenciais obtidas por teorias da mecânica, como a teoria da
elasticidade e a resistência dos materiais. Entretanto, o método dos elementos finitos depende do poder
de processamento dos computadores e é aplicado principalmente em estruturas de maior complexidade.

Independentemente da abordagem utilizada, as formulações são baseada em três relações fundamentais:


equilíbrio, equações constitutivas e compatibilidade dos deslocamentos. A solução é considerada
aproximada quando qualquer uma dessas relações são apenas aproximadamente satisfeitas ou uma
simplificação do caso real.

Limitações
Cada método apresenta suas próprias limitações. O método de mecânica dos materiais é limitado a
elementos estruturais de geometria simples sobre condições de carregamento também simplificadas.
Apesar de tal limitação, os elementos estruturais e carregamentos permitidos são suficientes para resolver
vários problemas importantes de engenharia. A teoria da elasticidade, a princípio, permite que a solução
de elementos estruturais de geometria genérica sobre condições de carregamentos genéricas. Porém, na
prática as soluções analíticas disponíveis são limitadas a casos relativamente simples. A solução de
problemas de elasticidade necessitam da solução de um sistema de equações diferenciais parciais, que é
matematicamente mais exigente do que a solução de problemas em mecânica de materiais, que requerem
no máximo a solução de uma equação diferencial ordinária. O método de elementos finitos apresenta
grande eficiência para aplicações computacionais. Quando utilizado para problemas de análise estrutural,
este método necessita de equações a serem resolvidas que são originadas de outras teorias de analise
estrutural (como as duas discutidas anteriormente). Tal método possibilita a resolução de tais equações
mesmo em condições onde a geometria e carregamento aplicado sejam mais complexos, com o limite
que numa aplicação computacional este apresenta erros numéricos. Para se utilizar tal método de maneira
eficaz e ter segurança dos resultados obtidos, é necessário ter uma compreensão aprofundada de suas
limitações.

Ligações externas
Impact - Dynamic Finite Element Program Suite, for dynamic events like crashes, written in
Java, GNU license (http://impact.sourceforge.net)
A Historical Outline of Matrix Structural Analysis: A Play in Three Acts (https://web.archive.o
rg/web/20070629213233/http://www.colorado.edu/engineering/CAS/Felippa.d/FelippaHom
e.d/Publications.d/Report.CU-CAS-00-13.pdf)
Probabilistic assessment of structures using Monte Carlo simulation (https://en.wikiversity.or
g/wiki/Probabilistic_Assessment_of_Structures) by Jan Hlavacek (http://www.pro-eng.com)
FEM Applications in Structural Analysis. AVI-gallery at CompMechLab site, St.Petersburg
State Polytechnical University, Russia (https://web.archive.org/web/20090127050052/http://
eng.fea.ru/ANSYS_LSDYNA_AviGallery.html)
Frame3DD open source 3D structural analysis program (http://frame3dd.sourceforge.net/)
Ocframe open source 2D structural analysis in GNU Octave (http://ocframe.sourceforge.ne
t/)
www.VCmaster.com (http://www.VCmaster.com/) – Technical word processing for structural
calculations

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