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No caso da máquina a vapor, o fluido de trabalho é o vapor de água sob alta pressão e a alta
temperatura. O funcionamento da turbina a vapor baseia-se no principio de expansão do vapor,
gerando diminuição na temperatura e energia interna; essa energia interna perdida pela massa
de gás reaparece na forma de energia mecânica, pela força exercida contra um êmbolo. Há
diversas classificações possíveis para as turbinas a vapor, mas a mais comum é dividi-las entre:
Eolípila
De contra-pressão - Assim chamado é o método mais arcaico que se pode usar numa máquina
térmica. É o mesmo projeto de Heron de Alexandria usado no segundo século antes de Cristo, o
sistema Contra-Pressão é similar a uma máquina a vapor conhecida pelo nome de eolípila.
O fato do vapor não passar por um condensador ao sair da turbina, ocasiona a perda de
potencia da turbina. Ele deixa a turbina ainda com certa pressão e temperatura e pode ser
aproveitado em outras etapas de uma planta de processo químico, seja em aquecedores,
destiladores, estufas, ou simplesmente é lançado na atmosfera. Este tipo é muito usado para
acionamento ou cogeração de energia, em usinas petroquímicas, navios, plataformas de
petróleo, etc...embora seja o sistema mais primitivo de captação de energia.
Índice [esconder]
1 História
2 Componentes
2.1 Carcaça
2.2 Mancais
2.3 Rotor
2.4 Palhetas
2.5 Labirintos
3 Ver também
4 Ligações externas
Embora a função seja simples, o projeto mecânico da carcaça é bastante complexo e crítico para
o bom funcionamento da turbina a vapor. A principal razão disto, é a alta temperatura que a
turbina funciona, e as pequenas folgas entre as partes fixas e as partes rotativas.
Quando o vapor entra na turbina, a alta temperatura, ocorre uma grande dilatação do material,
que pode facilmente exceder 15 mm dependendo do tamanho da turbina. Quando ocorre esta
dilatação, há o risco de as folgas entre as partes fixas e móveis serem reduzidas a ponto de
haver roçamento, e consequentemente, desgaste ou mesmo ruptura das palhetas.
de guia: são os que suportam o peso do eixo e o carregamento radial. Permitem que ele tenha
movimento giratório livre de atrito.
de escora: suportam a carga axial decorrente do "choque" do vapor com as palhetas. É montado
no sentido horizontal.
Os mancais de turbinas a vapor não usam rolamentos. Eles são do tipo hidrodinâmico, em que o
eixo flutua sobre um filme de óleo em alta pressão que é causada pelo próprio movimento do
eixo, relativo à parede do mancal.
O mancal também tem um sistema de selagem de óleo e de vapor. Este sistema de selagem
impede que vapores de óleo, ou de água, passem da turbina para o ambiente. Normalmente o
sistema é constituído de uma série de labirintos que provocam uma perda de carga no fluxo de
vapor, reduzindo o vazamento.
Rotor
O eixo deve ser cuidadosamente balanceado e livre de imperfeições superficiais, que podem
funcionar com concentradoras de tensões, o que reduz a resistência à fadiga do eixo.
Em uma das extremidades do eixo é feito o acoplamento, seja a um gerador elétrico, ou a uma
máquina de fluxo, como um ventilador, um compressor ou uma bomba. Mas, devido a
necessidade de se obter uma rotação diferente no acoplamento, muitas vezes o eixo é ligado a
uma caixa redutora de velocidade, onde a rotação da turbina é aumentada ou reduzida, para
ser transmitida ao acoplamento.
As palhetas são perfis aerodinâmicos, projetados para que se obtenha em uma das faces uma
pressão positiva, e na outra face uma pressão negativa. Da diferença de pressão entre as duas
faces é obtida uma força resultante, que é transmitida ao eixo gerando o torque do eixo.
Os labirintos são peças aplicadas em turbinas a vapor com a finalidade de vedar a carcaça sem
atritar. São fabricados na grande maioria em alumínio e são bi-partidos radialmente para
facilitar a manutenção da máquina. Internamente, eles são aplicados para garantir o
rendimento da turbina. Nos casos em que há mais de um rotor, o vapor não pode se dissipar
dentro da carcaça para não perder energia e baixar o rendimento da máquina. Os labirintos
também são utilizados na vedação da carcaça em relação ao ambiente externo, evitando
também a dissipação do vapor para a atmosfera.
Nas turbinas de grande porte, há a injeção de vapor nos labirintos, por meio de uma tomada
vinda da própria máquina, para equalizar as pressões e garantir a vedação da carcaça.
O diagrama a seguir mostra os componentes principais de um motor a vapor de pistão. Este tipo
de motor seria característico numa locomotiva a vapor.
O motor mostrado é um motor a vapor de dupla atuação porque a válvula permite vapor sob
alta pressão entrar alternadamente em ambos os lados do cilindro. A animação a seguir mostra
a máquina em ação:
Você pode ver que a válvula corrediça é responsável por permitir que o vapor em alta pressão
entre em qualquer lado do cilindro. A haste de comando da válvula é geralmente conectada a
uma ligação com a cruzeta, de modo que seu movimento faça a válvula funcionar deslizando.
Na locomotiva a vapor, este arranjo também permite ao maquinista fazer o trem dar ré.
Você pode ver neste diagrama que o vapor, depois de usado, é simplesmente expelido, saindo
para a atmosfera. Esse fato explica duas coisas sobre locomotivas a vapor:
por que se deve carregar água na estação - a água é constantemente perdida com a descarga de
vapor.
o som "tchu-tchu" que vem da locomotiva - quando a válvula abre o cilindro para liberar a
descarga de vapor, este escapa em pressão muito alta, fazendo o som "tchu" quando sai.
Quando o trem dá partida, o pistão se move muito lentamente, mas quando o trem começa a
andar o pistão ganha velocidade. O efeito disto é o "tchu... tchu... tchu... tchu-tchu-tchu-tchu"
que ouvimos quando o trem começa a se mover.
Numa locomotiva a vapor, a cruzeta normalmente se liga a uma haste motriz, e daí às hastes de
acoplamento que acionam as rodas da locomotiva.