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o seu em 10 passos
Aprender como fazer FMEA pode ajudar a diminuir
significativamente o risco de ocorrerem falhas nos
processos de uma organização.
É, portanto, uma ferramenta de qualidade e de
melhoria contínua, que agrega valor ao produto
ou serviço que a empresa produz e, no final, gera
clientes mais satisfeitos.
Sem contar, é claro, a redução de custos que a
Introdução diminuição das falhas ocasiona.
O que permite oferecer melhores benefícios
aos colaboradores, investir no crescimento da
companhia ou até mesmo definir um preço de
venda menor. Todos esses fatores colaboram para
aumentar a competitividade da empresa. Que é – ou
pelo menos deveria ser – o objetivo principal
de todos os players do mercado. Seja qual
for segmento de atuação, o cenário é de
concorrência crescente.
Não apenas contra as demais companhias locais,
mas também com organizações internacionais,
graças à globalização.
E também com a tecnologia, que tem provocado
a disrupção em diversas áreas, jogando muitas
companhias tradicionais para as cordas.
Uma das principais lições que os empreendedores
precisam entender nesse cenário é que o êxito no
passado não garante a perpetuação do sucesso nos
negócios. Ficou tudo mais volátil e, por isso, investir
em ferramentas como o FMEA passou a ser uma
necessidade. Quer aprender como fazer o FMEA e
reduzir as falhas na sua empresa? Siga a leitura!
FMEA é um método utilizado para facilitar o estudo
das causas e efeitos de falhas nos processos de uma
organização, que tem como objetivo minimizar a
ocorrência de falhas.
O que é o método FMEA?
A sigla quer dizer Failure Mode and Effect Analysis,
que pode ser traduzido como Análise dos Modos de
Falha e seus Efeitos.
A ferramenta pode ser integrada em sistemas e
metodologias de melhoria contínua, como o Lean Six De lá para cá, profissionais de diversas áreas aprendem
Sigma e o Kaizen. como fazer FMEA para aplicar em suas empresas,
em segmentos diversos da indústria, em startups
Com ele, a empresa tem bons insumos para
de tecnologia e até mesmo na prestação de serviços
promover ações de qualidade e correção de
hospitalares, área na qual as falhas podem custar vidas.
falhas e desperdícios.
Há determinadas situações em que o uso desse sistema
A execução das práticas do FMEA é feita por
de análise de falhas é obrigatório.
colaboradores de diversos departamentos, o que
ajuda a disseminar a cultura da excelência e da gestão Um exemplo é o mercado de fornecedores de
enxuta em toda a empresa. autopeças para a indústria automobilística alemã.
O método começou a ser utilizado na década de 1950 Além de servir para aperfeiçoar os processos internos,
por engenheiros do Exército dos Estados Unidos portanto, o FMEA é também uma ferramenta que
que estudavam maneiras de estudar os problemas comprova a preocupação de uma empresa com a
surgidos nos sistemas militares. qualidade, aumentando a confiabilidade e favorecendo
boas relações com seus parceiros de negócio.
A partir dos anos 1970, as técnicas do FMEA
começaram a se disseminar para a indústria em
geral, com um relatório da Nasa (a agência espacial
americana) sugerindo a utilização do método na
exploração de petróleo.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre o FMEA,
o que acha de aprender como fazer a aplicação desse
Como fazer um método na realidade de uma empresa?
Em primeiro lugar, tenha em mente que as análises
FMEA em 10 passos são feitas de maneira fracionadas, ou seja, olha-se
primeiro para uma parte do processo ou do produto
para depois melhorar o todo.
O FMEA também pode ser aplicado em projetos
de novos produtos ou processos, para as etapas
seguintes ocorram com menos (ou nenhuma) falhas,
resultando em um output de melhor qualidade, que irá
satisfazer os stakeholders.
Atualmente, além da indústria, o FMEA é aplicado
também em processos administrativos.
Mas é mais comum em setores como a engenharia de
segurança, saúde, indústria de alimentos e outros.
Quem experimentar o método para estudar e prevenir
as falhas nos processos da sua empresa?
Confira, a seguir, um passo a passo que vai guiá-lo na
implementação da ferramenta.
Como fazer um FMEA
em 10 passos
01
Reveja o processo
No primeiro passo, pegue o fluxograma do processo
e, a partir dele, identifique cada componente que o
processo contém.
Na sequência, liste cada componente que foi
identificado no passo anterior em uma tabela.
Fazendo isso, você poderá ter uma boa noção do
tamanho do escopo da análise.
Se a tabela estiver muito grande, o recomendável
é que o sistema de Análise dos Modos de Falha e
seus Efeitos seja dividido em pedaços menores, mais
fáceis de gerenciar.
Gastar um tempo com essa organização inicial é
importante para que o FMEA seja mais eficiente no
estudo e identificação das falhas.
Quando há muito a ser analisado, ganha-se a visão
do todo, mas perde-se aquilo que falamos antes: as
análises fracionadas, que é o que se busca aqui.
Como fazer um FMEA
em 10 passos
02
Faça um brainstorming
No segundo passo, é hora de revisar a documentação
e demais informações existentes para obter pistas
sobre as possíveis maneiras e em quais processos ou
procedimentos as falhas podem surgir no decorrer do
projeto. Não economize esforço nesta etapa.
A lista deve ser bastante detalhada.
Se tiver itens demais, a dica é combinar os itens
relacionados e dividir os insights gerados em grupos,
promovendo um brainstorming.
É provável que sejam encontradas falhas em potencial
para cada componente do projeto.
03
04
Liste os Efeitos
Potenciais
05
Crie classificações de ser estabelecidas e monitoradas métricas
ocorrência para ser possível chegar a esse indicador
Além da gravidade, outra variável importante e classificar os efeitos por facilidade
de ser monitorada é a ocorrência (O), que se na detecção. Só que tem uma grande
trata da probabilidade de determinado efeito diferença. Quanto mais alta a gravidade e a
ocorrer e resultar em uma falha. ocorrência, pior.
Então, da mesma forma que são controladas Já na terceira variável, o grau de detecção
métricas para se chegar a um indicador deve ser alto.
de gravidade, é preciso calcular o grau de Portanto, o indicador deve ser invertido:
ocorrência para que seja possível classificar quanto menor o D, mais fácil identificar a
as falhas segundo a probabilidade falha. No passo seguinte, você entenderá
de ocorrerem. o motivo. Vale ressaltar que nem sempre
Pode acontecer de certo efeito ter uma a falha é facilmente detectável por uma
gravidade baixa, ou seja, não causar característica natural sua.
isoladamente um impacto negativo grande, Uma variável D baixa pode indicar que
mas ter uma ocorrência alta, o que significa houve esforços bem-sucedidos para criar
que, no longo prazo, é bastante nocivo processos eficientes de detecção de falhas.
para o projeto.
07 08
Calcule o NPR Desenvolva um plano de ação
Agora que você já tem os indicadores de gravidade (G), Nas etapas anteriores, você construiu
ocorrência (O) e detecção (D), pode calcular o Nível de uma excelente base de dados com
Priorização de Risco (NPR). informações sobre os modos de
O NPR é o indicador que ajuda a classificar e priorizar as falhas e seus efeitos no negócio
falhas detectadas. da empresa.
Os critérios de priorização podem variar de acordo com as A partir do ranking de NPRs e do
particularidades do projeto e da organização, portanto o detalhamento sobre a gravidade,
cálculo não é necessariamente o mesmo em todos os casos ocorrência e possibilidade de
– uma das variáveis pode ter maior peso, por exemplo. detecção, é hora de definir
as prioridades.
Ou então podem ser apenas multiplicados os três
indicadores sobre os quais falamos nos passos 4, 5 e 6. Concentre-se nos itens com os
piores indicadores, que devem ser
A partir daí, as falhas podem ser divididas entre NPR baixo,
atacados com maior urgência, e faça
moderado e alto.
um plano de ação para evitar que
É por isso que mencionamos antes que, no indicador de as falhas aconteçam novamente ou
detecção de falhas, o número alto também precisa ter um reduzir drasticamente sua ocorrência.
significado negativo: pois ele é usado no cálculo do NPR,
Não perca o costume de documentar
multiplicado com as duas outras variáveis.
tudo muito bem: o plano de ação deve
informar o que deve ser feito e quem
será o responsável.
Como fazer um
FMEA em 10 passos
Como fazer um
FMEA em 10 passos 10 Calcule o NPR resultante dessas ações
Pensa que acabou?
O último passo é retornar às falhas que motivaram
as ações de melhoria que foram implementadas no
passo anterior.
09
A tarefa aqui é reavaliar os modos de falha, fazendo
Realize as ações planejadas novamente os cálculos de NPR para determinar o
O passo seguinte é colocar em prática impacto que as ações tiveram.
o sistema de melhoria contínua. Ou seja, o trabalho de Análise dos Modos de Falha e
Para implementar as melhorias seus Efeitos não tem início, meio e fim.
identificadas, basta seguir o plano de É constante, pois as falhas em potencial e
ação que foi feito no passo anterior. indicadores de efeito, ocorrência e detecção devem
Nele, estão descritas as ações, os estar sempre sendo monitorados.
responsáveis por elas e os prazos Assim como ações de melhoria nunca deve parar de
esperados para a sua realização. serem propostas e incentivadas.
Depois de colocar essas ações em É essa a mentalidade que ajuda a construir uma
prática, o status e os resultados empresa que alcança seus objetivos e satisfaz as
devem estar registrados no expectativas dos clientes com excelência.
formulário do FMEA.
FMEA em Projetos
Six Sigma
Para saber de fato como fazer a FMEA, além da leitura deste artigo,
recomendamos consultar exemplos de planilhas utilizadas para
registrar as informações sobre os modos de falhas.
Confira, abaixo, alguns links de sites onde você consegue fazer o
download de modelos e aprender como fazer FMEA.
Acesse o site
para baixar!
Conclusão