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Introdução

Modelos de Redes Neurais


O modelo MLP
Comentários finais

Introdução a Modelos de Redes Neurais

João Henrique Ferreira Flores

IME-UFRGS - Departamento de Estatı́stica

13 de setembro de 2016

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Introdução
Modelos de Redes Neurais
O modelo MLP
Comentários finais

Redes Neurais Artificiais

Inicialmente tratadas como Redes Neurais Artificiais


(RNA), ao contrário das Redes Neurais Naturais (RNN);
Uma RNA é um modelo matemático(ou estatı́stico) que,
em sua essência, tenta reproduzir o modelo de
funcionamento do cérebro (uma RNN);
Todos os cérebros, independentes de sua natureza, são
formados por neurônios;
Os quais comunicam-se entre si por sinapses;

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Uma RNA segue esta seqüência: neurônios - sinapses;


A RNA está ligada a algoritmos para tarefas cognitivas,
como aprendizagem, otimização e modelagem, assim
como as RNN [Müller et al., 1995, De, 1997];
[Haykin, 2001], contudo, vai mais além, definindo como
uma forma de obter junto aos computadores a forma de
raciocinar utilizada pelo cérebro humano;
Em resumo, diversos autores, citam algumas principais
caracterı́sticas em comum: sistema de informações
complexo, não-linear e de funcionamento paralelo;

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Breve histórico

O primeiro modelo de RNA data de 1943, por Warren


McCulloch e Walter Pitts;
Neurônio simples e binário, também chamado de neurônio
de decisão ou escolha;
O modelo de neurônio, chamado de McCulloch-Pitts utiliza
um limite para mudança de estado, um threshold;
O estado do neurônio (0 ou 1) é definido por uma
combinação linear de seus saı́das;

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Neurônio de McCulloch-Pitts

X
hi (t) = wij nj (t), (1)
j

onde ni = 0, 1, wij representa os pesos sinápticos (ou


força sináptica) entre os neurônios j e i;
hi (t) modela o que na época foi chamado de polarização
potencial total pós-sináptica no neurônio i, ou a entrada
(input)

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Neurônio de McCulloch-Pitts

Com esse modelo, a rede neural é completamente


determinada pela relação entre hi (t) e ni (t + 1);
No caso mais simples, o neurônio muda de estado se o
valor de entrada excede o parâmetro ϑi . Neste modelo, a
evolução da rede segue a regra apresentada na relação:

ni (t + 1) = θ(hi (t) − ϑi ), (2)


onde θ(x) é a função de degrau unitário, de tal forma que
θ(x < 1) = 0 e θ(x ≥ 1) = 1.

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Neurônio de McCulloch-Pitts

Para McCulloch e Pitts esta rede neural poderia resolver


qualquer tipo de computação, similar a um computador
atual;
Entretanto, para se utilizar este modelo, era necessário
estabelecer os pesos da matriz wij para cada uma das
tarefas que a rede iria modelar;
Para resolver este problema, Eduardo Caianiello implantou
um algoritmo capaz de determinar os pesos sinápticos;
O algoritmo, chamado de equação mnemônica, seria o
princı́pio da regra de aprendizagem de Hebb
[Müller et al., 1995].

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Atualizando...

Em 1949, com a publicação do livro de Hebb, é


apresentada, pela primeira vez, uma regra explı́cita de
aprendizagem para a modificação sináptica;
Trata-se de um princı́pio semelhante aos métodos atuais:
aprendizagem ocorre por ativação sináptica;
Nas décadas seguintes, outros resultados importantes
foram apresentados;
Destaca-se Rosenblatt, em 1958, que descreveu seu
trabalho sobre o perceptron, base dos modelos mais
comuns de RNA;
A pesquisa diminui muito na década de 70 e a área de
RNA ficou muito restrita;

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Atualizando...

Finalmente, em 1982, um artigo de Hopfield, é


considerado o renascimento da área;
A rede desenvolvida é chamada de Redes de Hopfield e,
apesar de certas crı́ticas, torna-se finalmente aplicável a
situações práticas;
Crı́ticas, contudo, foram feitas, por não se tratar de
processos paralelos (a obtenção dos pesos sinápticos se
dá de forma sequencial);
Trata-se de uma rede recorrente, conforme figura a seguir;

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Arquiteturas de Redes
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Aprendizagem
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Tarefas de aprendizagem
Comentários finais

Comentários Iniciais

As RNAs, recentemente, passaram a ser tratadas apenas


como Redes Neurais;
Existem diversos modelos, mas poucas arquiteturas de
redes;
O termo modelo normalmente se dá quanto a combinação
de tarefa de aprendizagem, algoritmo de aprendizagem e
arquitetura da rede;
Tarefas de aprendizagem: associação de padrões,
reconhecimento de padrões, controle, aproximação de
funções∗ , formação de feixe e filtragem.

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Comentários Iniciais

Algoritmos de aprendizagem, também chamados de


métodos de aprendizagem, é a forma pela qual a rede será
habilitada a cumprir com a sua tarefa previamente definida
Existem vários métodos, porém os mais utilizados são:
aprendizado baseado em memória, correção de erro, de
Hebb, aprendizagem competitiva e a aprendizagem de
Boltzmann.
A correção de erro é um dos métodos mais comuns;
A aprendizagem competitiva baseia-se numa competição
entre os neurônios, chamada de o vencedor leva tudo;
A aprendizagem de Boltzmann é outro método bem
conhecido, mas pouco utilizado.

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Comentários Iniciais

A arquitetura da rede é a forma pela qual os neurônios se


conectam, assim como o fluxo de informações;
São três as arquiteturas gerais (podendo haver
subclassificações não abordadas aqui):
1 Rede alimentada adiante com camada única (feed forward);
2 Rede alimentada adiante com múltiplas camadas (feed
forward);
3 Redes recorrentes;

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Redes alimentadas adiante com camada única

É considerado o mais simples modelo de rede;


Redes com esta arquitetura têm a camada de entrada e a
camada de saı́da, não possuindo nenhuma camada
oculta;
É alimentada adiante pois o fluxo de informação é
unidirecional, sendo projetado apenas da camada de
entrada para a camada de saı́da;

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Redes alimentadas adiante com camada única

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Redes alimentadas adiante de múltiplas camadas

Este é o modelo mais conhecido de rede neural;


Nesse modelo, a rede conta com uma ou mais camadas
ocultas de neurônios;
São chamados de neurônios ocultos porque eles não são
visı́veis como os neurônios da camada de entrada e nem
como os neurônios da camada de saı́da;
Modelos baseados em redes de múltiplas camadas
seguem a nomenclatura X − Y − Z ;
A figura a seguir, por exemplo, trata-se de uma rede 5-4-2;

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Redes alimentadas adiante de múltiplas camadas

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Redes recorrentes

Esta arquitetura de rede se diferencia das anteriores por


possuir, pelo menos, um laço de realimentação;
Este laço pode ser de realimentação ou
auto-realimentação;
Realimentação é quando a saı́da da rede alimenta a
entrada de mais de um neurônio;
Auto-realimentação é quando a saı́da de um neurônio é
realimentada para sua própria entrada;

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Redes recorrentes

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Redes Recorrentes

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Métodos de aprendizagem

Além de se tratar, por si só, uma grande área de


conhecimento, os métodos de aprendizagem é o que
permite a elaboração de um modelo aplicado;
Aprendizagem é o processo de ajuste dos pesos
sinápticos;
Este processo está diretamente ligado tanto ao uso que
será dado ao modelo quanto ao método de aprendizagem
que será utilizado
Este ajuste é feito utilizando-se um treinamento;
Desta forma, a aprendizagem é o objetivo ao se treinar
uma RNA;

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Treinamento e aprendizagem

Uma das áreas de Redes Neurais que, provavelmente,


possui maior interação com a Estatı́stica é a área de
treinamento e aprendizagem;
Existem diversos artigos que, mesmo com um modelo
”fixo”, demonstram resultados bem distintos alterando-se
”apenas”a forma de treinamento;
Quanto a aprendizagem, esta pode ser realizada de duas
maneiras distintas: com ou sem supervisão;

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Aprendizagem sem supervisão

Normalmente ligada a associação de padrões;


O termo sem supervisão se refere ao fato de que não é
apresentado à rede um padrão a ser seguido;
Métodos de grupamentos (clusters) seriam os mais
semelhantes;
Algoritmos buscam minimizar distâncias/grupos/etc.

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Aprendizagem com supervisão

Ligada a parte de estimação de funções ou modelagem de


uma forma mais ampla;
Neste caso existe um valor alvo a ser buscado;
E, portanto, uma medida de erro associado a este valor;
Algoritmos buscam minimizar o erro;

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Treinamento

Talvez um dos principais problemas no uso de Redes


Neurais;
É considerado o principal responsável por ”bons”e
”maus”modelos;
Existe uma grande variedade de técnicas de treinamento
para, quase, qualquer caso especı́fico;
Tem se tornado o principal tópico na parte de
aprendizagem;

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Treinamento

Para traçar um paralelo, mesmo que não ideal, podemos


comparar treinamento a parte de amostragem;
Devido a natureza aleatória de muitos dos modelos,
existem certas regras sobre o método de treinamento a
ser utilizado;
Para divulgação de resultados de certos modelos, é
exigida a validação cruzada de n etapas, ou n-fold cross
validation;
n se refere a quantidade de grupos que devem ser
formados a partir dos dados disponı́veis;

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Treinamento

Por se tratarem de modelos não paramétricos, do ponto de


vista estatı́stico;
O treinamento deve ser adequado, de forma a se evitar
modelos super-treinados (overtraining);
Apesar de certos conceitos teóricos, como a dimensão de
Vapnik-Chervonenkis (V-C), a aplicabilidade depende de
muitos fatores;
O que resulta em métodos, muitas vezes, empı́ricos;
Na seção especı́fica do modelo MLP isso será mais
discutido;

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Tarefas de aprendizagem

Associação de padrões;
Reconhecimento de padrões;
Controle;
Aproximação de funções;
Formação de feixe;
Filtragem;

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Associação de padrões

Pode ser de dois tipos distintos: auto-associação e


heteroassociação;
Na auto-associação a rede decide onde alocar os
elementos;
Na heteroassociação os exemplos apresentados a rede já
possuem suas classes definidas;
Em ambos os casos, tem-se como objetivo a associação
de classe a um dado incompleto ou corrompido;

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Reconhecimento de padrões

No reconhecimento de padrões os dados apresentados à


rede para reconhecimento são sempre completos;
Neste caso o treinamento deve ser realizado de maneira
supervisionada;
O treinamento, no entento, é feito sobre uma amostra da
população de dados;
Neste caso, o objetivo é reconhecer um padrão utilizando
um dado completo;

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Aproximação de funções

A aproximação de funções é outro dos principais usos;


Neste caso, um vetor contendo as entradas de uma função
desconhecida e um vetor contendo os resultados desta
mesma função que são apresentados;
A aprendizagem, nesse caso, é costumeiramente
supervisionada;
A rede, após ter sido treinada adequadamente é então
capaz de reproduzir a função;
Este processo é ideal para ajuste por correção de erro;

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Demais tarefas
Tarefas de controle estão ligadas a sistemas ou processos
que devem ser mantidos em condições estáveis;
Pode ser feito tanto com uma aprendizagem
supervisionada quanto sem supervisão;
tarefa de filtragem, por sua vez, está associada a extração
de informação a partir de dados com ruı́do ou poluı́dos
Algumas de suas aplicações são, por exemplo,
data-mining, suavização e até previsão;
Aqui também a aprendizagem pode ser feita tanto se
maneira supervisionada quanto não supervisionada;
A formação de feixe é um caso especial da filtragem;
Neste caso o tipo de filtro utilizado é espacial
[Haykin, 2001];
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Os modelos de Redes Neurais

As diferentes combinações entre estes fatores tornam a


quantidade de modelos de Redes Neurais muito vasta;
Alguns autores optam por tratar de grandes modelos e
variações dos mesmos;
Outros, no entanto, tratam cada modelo com suas
respectivas caracterı́sticas, mesmo que muitos modelos
possuam poucas diferenças;
De qualquer forma, um modelo que se destaca é o modelo
do percéptron de múltiplas camadas, MLP (multi-layer
perceptron);

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Multi-layer perceptron)

O modelo MLP é, muito provavelmente, o mais utilizado


modelos de Redes Neurais;
Isso se deve a certas caracterı́sticas gerais;
E também a facilidade de, com pequenas alterações, o
modelo ganhar um nova roupagem;
Muitos modelos são decorrentes de variações do modelo
MLP e, apesar de alguns autores os tratarem como
diferentes modelos, aqui serão tratados como
semelhantes;

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As caracterı́sticas

O modelo MLP trata-se de uma rede alimentada adiante;


Tem ao menos uma camada oculta;
Caracteriza-se pela utilização do algoritmo back
propagation ou alguma variação;
Trata-se de uma evolução natural do perceptron de
Rosenblatt;
Trabalha com aprendizagem supervisionada;
Erro como principal forma de ajuste sináptico;

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As vantagens

Modelo largamente utilizado para um diversidade de


funções: séries temporais, regressão, reconhecimento de
padrões,...
Possui funções prontas na maior parte, senão todos, os
pacotes estatı́sticos/matemáticos;
Alto poder preditivo/ajuste ou baixo erro de
interpolação/extrapolação;

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As desvantagens

Modelo caixa-preta: foco nas previsões, predições. Não


interpretável;
Exige conjuntos de dados relativamente extensos;
Alta demanda computacional, mesmo em modelos mais
simples;
Modelo aleatório: necessita de repetidas modelagens;
Grande quantidade de fatores ajustados pelo usuário;

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A arquitetura

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O fluxo de sinais

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A Operacionalização

O modelo MLP constitui-se de duas camadas definidas


pelo problema em questão (entrada e saı́da);
E a camada (ou camadas) oculta definida pelo
pesquisador;
A camada de entrada define-se pela quantidade, e tipo, de
informação que temos disponı́vel, semelhante as variáveis
regressoras;
A camada de saı́da corresponde ao tipo de resposta que
pretendemos obter, semelhante a variável resposta;
À camada oculta cabe o papel de conectar estas duas
camadas de forma a minimizar o erro;

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A Operacionalização

Talvez a forma mais simples de se entender um modelo


MLP seja comparar ao modelo linear;
Ou seja, a interação de a camada de entrada (X ) e a
camada oculta (B) vai resultar na camada de saı́da (Y ).
O bias funciona no modelo como um equivalente a
constante do modelo linear;

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As partes

O modelo é constituı́dos de camadas de neurônios


conectados por sinapses;
Uma camada é uma coleção de, ao menos, um neurônio;
Cada neurônio recebe e/ou emite, ao menos, uma
sinapse;
Cada neurônio é constituı́do de um somatório das
sinapses que recebe e um peso sináptico das sinapses
que envia;

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As partes

A camada de entrada, por exemplo, possui neurônios que


apenas enviam sinapses;
A camada de saı́da apenas recebe sinapses;
Estas sinapses de entrada são combinadas de maneira
aditiva (somatório) e submetidas a uma função de
transição quando enviadas;
A função de transição também pode ser definida pelo
usuário;

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As variações

Estas caracterı́sticas podem sofrer pequenas variações;


Normalmente, em aplicações, escolhe-se a função de
transição (ou ativação) de acordo;
A quantidade de neurônios na camada oculta, assim como
a quantidade de camadas ocultas, aumenta com a
complexidade do problema;

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O ajuste do modelo

Decidida arquitetura geral da rede e sua conexões e


funções, devemos ajsutar os parâmetros;
O modelo assume pesos iniciais aleatórios e então os
ajusta de acordo com os padrões de treinamento
apresentados;
A fase de treinamento é onde os parâmetros do modelo
são ajustados, similar a estimação de parâmetros em
modelos estatı́sticos;

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Contudo, devido a inicialização aleatória dos pesos, o


modelo acaba tendo de ser ajustado diversas vezes;
Uma metodologia utilizada é a validação cruzada de
n-grupos, ou a n-fold cross validation;
Esta metodologia busca facilitar a apresentação do
modelo;

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Validação cruzada

Inicialmente decide-se em quantos grupos os dados serão


separados. Vamos supor 10, ou ten-fold cross validation;
Neste caso, o conjunto é separado em 10 partes iguais,
enumeradas sequencialmente;
O modelo então é ajustado utilizando-se 9 destas partes e
testado na parte que ficou de fora;
Repete-se até que todas as partes tenham sido utilizadas
para teste;
Costumeiramente apresenta-se a média dos EQM das
repetições; mas outras alternativas podem ser utilizadas;

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Os problemas mais comuns

Vários problemas costumam surgir na modelagem pelo


MLP;
Desde a decisão de qual função de transição utilizar;
A quantidade e tamanho da camada oculta;
Inclusive o tamanho das camadas de entrada e saı́da;

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Os problemas mais comuns

Para boa parte dos casos, ainda hoje, os métodos e


metodologias utilizados são muito empı́ricos;
Grande parte dos modelos ainda é obtido por tentativa e
erro ou por buscas automáticas visando a minimização do
erro de previsão/predição;
Inclusive no treinamento do modelo;
O MATLAB, por exemplo, utiliza uma critério chamado de
parada antecipada, o early stoping;
Usando este método, submete-se a conjunto de treino e o
conjunto de previsão. O ajuste se encerra quando o erro
de previsão é maior que o erro de ajuste, por exemplo;

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Comentários finais

O objetivo desta palestra era apresentar um breve


histórico;
Assim como algumas caracterı́sticas de Redes Neurais;
E, também, divulgar o curso que deverá ser oferecido em
2017/1 sobre este tópico;
Redes Neurais oferecem um vasto campo de utilização,
indo desde a obtenção de modelos;
A técnicas voltadas a IA, data-mining, entre outros;

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Comentários finais

Há, também, um vasto campo de opções para pesquisa;


Novas metodologias e técnicas são desenvolvidas
atualmente;
Muitas destas técnicas são fortemente embasadas em
conceitos estatı́sticos;
Como aprendizado de máquina, técnicas de treinamento
de redes, inclusive a própria elaboração de novos
modelos.

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Referências

De, Wilde, P. (1997).


Neural networks models.
Springer-Verlag, New York, 2nd edition.
Haykin, S. (2001).
Redes neurais.
Bookman, Porto Alegre, 2 edition.
Müller, B., Reinhardt, J., and Strickland, M. T. (1995).
Neural networks.
Springer-Verlag, New York, 2nd edition.

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