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Índice

Introdução................................................................................................................................2
Objectivos Gerais.....................................................................................................................3
Histórico...................................................................................................................................4
Definição..................................................................................................................................5
Evolução..................................................................................................................................5
Utilização dos dos CLPs.........................................................................................................6
Transdutores.............................................................................................................................6
Actuadores..........................................................................................................................7
Controladores.....................................................................................................................7
Comparação do CLP com outros sistemas de controle.............................................................8
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO.....................................................................................9
Inicialização.............................................................................................................................9
CAPACIDADE ” DE UM C.L.P............................................................................................10
C.L.P.s de Grande Porte:........................................................................................................10
Tipos de CLP..........................................................................................................................11
CLPs compactos.....................................................................................................................11
CLPs modulares.....................................................................................................................11
Conclusão...............................................................................................................................12
Bibliografia............................................................................................................................13

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Introdução

Os sistemas de controlo estão presentes em praticamente todas as actividades


industriais, comerciais e de serviços, sendo a base da automação de processos
industriais.

Um Controlador Lógico Programável é definido pelo IEC (International


Electrotechnical Commission) como: "Sistema eletrônico operando digitalmente,
projetado para uso em um ambiente industrial, que usa uma memória programável para
a armazenagem interna de instruções orientadas para o usuário para implementar
funções específicas, tais como lógica, seqüencial, temporização, contagem e aritmética,
para controlar, através de entradas e saídas digitais ou analógicas, vários tipos de
máquinas ou processos.

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Objectivos Gerais

Compreender o princípio básico de funcionamento de um CLP, identificando sua


estrutura interna.

Reconhecer, através do histórico e evolução dos Controladores Lógicos Programáveis


(CLP), suas aplicações e vantagens.

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Histórico

O Controlador Lógico Programável ( C.L.P. ) nasceu praticamente dentro da indústria


automobilística americana, especificamente na Hydronic Division da General Motors ,
em 1968, devido a grande dificuldade de mudar a lógica de controla de painéis de
comando a cada mudança na linha de montagem. Tais mudanças implicavam em altos
gastos de tempo e dinheiro.

Sob a liderança do engenheiro Richard Morley, foi preparada uma especificação que
reflectia as necessidades de muitos usuários de circuitos à reles, não só da indústria
automobilística, como de toda a indústria manufactureira. Nascia assim, um
equipamento bastante versátil e de fácil utilização, que vem se aprimorando
constantemente, diversificando cada vez mais os sectores industriais e suas aplicações, o
que justifica hoje ( junho /1998) um mercado mundial estimado em 4 bilhões de dólares
anuais.

Desde o seu aparecimento, até hoje, muita coisa evoluiu nos controladores lógicos,
como a variedade de tipos de entradas e saídas, o aumento da velocidade de
processamento, a inclusão de blocos lógicos complexos para tratamento das entradas e
saídas e principalmente o modo de programação e a interface com o usuário.

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Definição

Podemos considerar o CLP um computador projectado para trabalhar no ambiente


industrial. Os transdutores e os actuadores são conectados a robustos cartões de
interface. Comparados com um computador de escritório, os primeiros CLPs tinham um
conjunto de instruções reduzido, normalmente apenas condições lógicas e não possuíam
entradas analógicas, podendo manipular somente aplicações de controle digital
(discreto).
Controlador Lógico Programável (CLP) é um aparelho electrónico digital, que utiliza
uma memória programável para armazenar internamente instruções e para implementar
funções específicas, tais como lógica, sequenciamento, temporização, contagem e
aritmética, controlando, por meio de módulos de entradas e saídas, vários tipos de
máquinas ou processos.

Evolução

Podemos didaticamente dividir os CLPs historicamente de acordo com o sistema de


programação por ele utilizado:

Primeira Geração: Os CLPs de primeira geração se caracterizam pela programação


intimamente ligada ao hardware do equipamento. A linguagem utilizada era o Assembly
que variava de acordo com o processador utilizado no projecto do CLP, ou seja, para
poder programar era necessário conhecer a electrónica do projecto do CLP. Assim a
tarefa de programação era desenvolvida por uma equipe técnica altamente qualificada,
gravando - se o programa em memória EPROM, sendo realizada normalmente no
laboratório junto com a construção do CLP.

Segunda Geração: Aparecem as primeiras “Linguagens de Programação” não tão


dependentes do hardware do equipamento, possíveis pela inclusão de um “Programa
Monitor “ no CLP, o qual converte (no jargão técnico, Compila), as instruções do
programa, verifica o estado das entradas, compara com as instruções do programa do
usuário e altera os estados das saídas. Os Terminais de Programação (ou Maletas, como
eram conhecidas) eram na verdade Programadores de Memória EPROM. As memórias

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depois de programadas eram colocadas no CLP para que o programa do usuário
fosse executado.

Terceira Geração: Os CLPs passam a ter uma Entrada de Programação, onde um


Teclado ou Programador Portátil é conectado, podendo alterar, apagar, gravar o
programa do usuário, além de realizar testes ( Debug ) no equipamento e no programa.
A estrutura física também sofre alterações sendo a tendência para os Sistemas
Modulares com Bastidores ou Racks.

Quarta Geração: Com a popularização e a diminuição dos preços dos micros -


computadores (normalmente clones do IBM PC), os CLPs passaram a incluir uma
entrada para a comunicação serial. Com o auxílio dos microcomputadores a tarefa de
programação passou a ser realizada nestes. As vantagens eram a utilização de várias
representações das linguagens, possibilidade de simulações e testes, treinamento e ajuda
por parte do software de programação, possibilidade de armazenamento de vários
programas no micro, etc.

Quinta Geração: Actualmente existe uma preocupação em padronizar protocolos de


comunicação para os CLPs, de modo a proporcionar que o equipamento de um
fabricante “converse” com o equipamento outro fabricante, não só CLPs , como
Controladores de Processos, Sistemas Supervisoras, Redes Internas de Comunicação e
etc., proporcionando uma integração afim de facilitar a automação, gerenciamento e
desenvolvimento de plantas industriais mais flexíveis e normalizadas, fruto da chamada
Globalização. Existe uma Fundação Mundial para o estabelecimento de normas e
protocolos de comunicação.

Utilização dos dos CLPs


Toda planta industrial necessita de algum tipo de controlador para garantir uma
operação segura e economicamente viável. Desde o nível mais simples, em que pode ser
utilizado para controlar o motor elétrico de um ventilador para regular a temperatura de
uma sala, até um grau de complexidade elevado, controlando a planta de um reator
nuclear para produção de energia elétrica. Embora existam tamanhos e complexidades
diferentes, todos os sistemas de controle podem ser divididos em três partes com
funções bem definidas: os transdutores (sensores), os controladores e os atuadores.

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Transdutores

Transdutor é um dispositivo que converte uma condição física do elemento sensor em


um sinal elétrico para ser utilizado pelo CLP através da conexão às entradas do CLP.
Um exemplo típico é um botão de pressão momentânea, em que um sinal elétrico é
enviado do botão de pressão ao CLP, indicando sua condição actual (pressionado ou
liberado).

Actuadores

Sua função é converter o sinal elétrico oriundo do CLP em uma condição física,
normalmente ligando ou desligando algum elemento. Os atuadores são conectados às
saídas do CLP. Um exemplo típico é fazer o controle do acionamento de um motor
através do CLP. Neste caso a saída do CLP vai ligar ou desligar a bobina do contator
que o comanda.
Controladores

De acordo com os estados das suas entradas, o controlador utiliza um programa de


controle para calcular os estados das suas saídas. Os sinais elétricos das saídas são
convertidos no processo através dos actuadores. Muitos actuadores geram movimentos,
tais como válvulas, motores, bombas; outros utilizam energia elétrica ou pneumática. O
operador pode interagir com o controlador por meio dos parâmetros de controle. Alguns
controladores podem mostrar o estado do processo em uma tela ou em um display.

Vantagens do uso de Controladores Lógicos Programáveis

 Ocupam menor espaço;


 Requerem menor potência elétrica;
 Podem ser reutilizados;
 São programáveis, permitindo alterar os parâmetros de controlo;
 Apresentam maior confiabilidade;
 Manutenção mais fácil e rápida;
 Oferecem maior flexibilidade;
 Apresentam interface de comunicação com outros CLPs e computadores de
controlo;

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 Permitem maior rapidez na elaboração do projeto do sistema.

Comparação do CLP com outros sistemas de controle

Apesar de abordarmos o controle de processos com CLPs, outros sistemas com relés,
sistemas digitais lógicos e computadores podem ser utilizados em aplicações de controle
monitoração e intertravamento de processos industriais.

Uma das grandes vantagens de utilizarmos o CLP deve-se ao fato de possuir


características de programação que o tornam mais eficiente que outros equipamentos
industriais, tais como:

 Facilidade e flexibilidade para alterar os programas. O CLP pode ser


reprogramado e operar com uma lógica distinta.
 O programa pode ser armazenado em memória para replicação em outro sistema
ou ser guardado como sistema reserva(backup).
 No caso de defeito, sinalizadores visuais no CLP informam ao operador a parte
do sistema que está defeituosa.

Os CLPs apresentam as seguintes desvantagens em relação aos relés:

 Custo mais elevado;


 Uso de algum tipo de programação ou álgebra booleana no projeto, técnicas que
são desconhecidas por uma boa parte dos eletricistas;
 Sensibilidade à interferência e ruídos elétricos, comuns em instalações
industriais;
 Necessidade de maior qualificação da equipe de manutenção. Diversos
fabricantes lançaram módulos lógicos de estado sólido que usam linguagem de
programação baseada na lógica de contatos de relés (diagramas do tipo Ladder),
o que dá condições ao projectista de desenvolver sistemas de forma semelhante
àqueles que usavam relés eletromecânicos.

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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Inicialização

No momento em que é ligado o CLP executa uma série de operações pré - programadas,
gravadas em seu Programa Monitor:

 Verifica o funcionamento electrónico da C.P.U., memórias e circuitos auxiliares;


 Verifica a configuração interna e compara com os circuitos instalados;
 Verifica o estado das chaves principais (RUN / STOP, PROG, etc.);
 Desactiva todas as saídas;
 Verifica a existência de um programa de usuário;
 Emite um aviso de erro caso algum dos itens acima falhe.

Verificar estado das entradas

O CLP lê os estados de cada uma das entradas, verificando se alguma foi accionada. O
processo de leitura recebe o nome de Ciclo de Varredura (Scan) e normalmente é de
alguns micros - segundos (scan time).

Transferir para a memória

Após o Ciclo de Varredura, o CLP armazena os resultados obtidos em uma região de


memória chamada de Memória Imagem das Entradas e Saídas. Ela recebe este nome por
ser um espelho do estado das entradas e saídas. Esta memória será consultada pelo CLP
no decorrer do processamento do programa do usuário.

Comparar com o programa do usuário

O CLP ao executar o programa do usuário, após consultar a Memória Imagem das


Entradas, actualiza o estado da Memória Imagem das Saídas, de acordo com as
instruções definidas pelo usuário em seu programa.

Actualizar o estado das saídas

O CLP escreve o valor contido na Memória das Saídas, actualizando as interfaces ou


módulos de saída. Inicia - se então, um novo ciclo de varredura.

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CAPACIDADE ” DE UM C.L.P.

Podemos ressaltar que, com a popularização dos micro - controladores e a redução dos
custos de desenvolvimento e produção houve uma avalanche no mercado de tipos e
modelos de C.L.P.s, os quais podemos dividir em:

Nano e Micro - C.L.P.s:

São C.L.P.s de pouca capacidade de E/S (máximo 16 Entradas e 16 Saídas),


normalmente só digitais, composto de um só módulo (ou placa), baixo custo e reduzida
capacidade de memória (máximo 512 passos).

C.L.P. s de Médio Porte:

São C.L.P.s com uma capacidade de Entrada e Saída de até 256 pontos, digitais e
analógicas, podendo ser formado por um módulo básico, que pode ser expandido.
Costumam permitir até 2048 passos de memória, que poder interna ou externa (Módulos
em Cassetes de Estado - Sólido, Soquetes de Memória, etc.), ou podem ser totalmente
modulares.

C.L.P.s de Grande Porte:


Os C.L.P.s de grande porte se caracterizam por uma construção modular, constituída
por uma Fonte de alimentação, C.P.U. principal, CPUs auxiliares, CPUs Dedicadas,
Módulos de E/S digitais e Analógicos, Módulos de E/S especializados, Módulos de
Redes Locais ou Remotas, etc., que são agrupados de acordo com a necessidade e
complexidade da automação. Permitem a utilização de até 4096 pontos de E/S. São
montados em um Bastidor (ou Rack ) que permite um Cabeamento Estruturado .

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Tipos de CLP

De acordo com a disposição dos elementos constituintes dos controladores lógicos


programáveis, podemos classificá-los em compactos ou modulares.

CLPs compactos
Possuem incorporados em uma única unidade: a fonte de alimentação, a CPU e os
módulos de E/S, ficando o usuário com acesso somente aos conectores do sistema E/S.
Esse tipo de estrutura normalmente é empregado para CLPs de pequeno porte.
Actualmente suportam uma grande variedade de módulos especiais (normalmente
vendidos como opcionais), tais como:

 Entradas e saídas analógicas;


 Contadores rápidos;
 Módulos de comunicação;
 Interfaces Homem/Máquina (IHM);
 Expansões de I/O.

CLPs modulares

Esses CLPs são compostos por uma estrutura modular, em que cada módulo executa
uma determinada função. Podemos ter processador e memória em um único módulo
com fonte separada ou então as três partes juntas em um único gabinete. O sistema de
entrada/saída é decomposto em módulos de acordo com suas características. Eles são
colocados em posições predefinidas(racks), formando uma configuração de médio e
grande porte. Desta forma temos os seguintes elementos colocados para formar o CLP:

 Rack;
 Fonte de alimentação;
 CPU;
 Módulos de E/S

Os CLPs modulares vão desde os denominados MicroCLPs que suportam uma pequena
quantidade de E/S até os CLPs de grande porte que tratam até milhares de pontos de
E/S.

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Conclusão

Nesse trabalho, identifico se a origem e evolução dos CLP, reconhecendo suas


principais aplicações e vantagens no controle de processos. Compreendendo se também
o princípio básico de funcionamento de um CLP, identificando os componentes de sua
estrutura interna.

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Bibliografia

 http://www2.pelotas.ifsul.edu.br/gladimir/Apostila%20de%20PLC_Gladimir.pdf
 http://eadensinandoeletrica.com.br/wp-content/uploads/2018/01/Ensinando-El
%C3%A9trica-Controladores-Logico-Programaveis-sistema_discretospdf.pdf.pdf
 http://webx.ubi.pt/~felippe/texts3/autom_ind_cap2.pdf

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