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De onal nontsamevcano ONE POET AND ONE oCTEY Copii 1974 by 8 ot cope 2d dlc co porugus flor Aenova §. A Ma tea Nope Able de Areved Rabo Resehados odor os dels desta raosio, aida » repre, ‘mesmo paral, Sem spies aorsnci dy Edhar Aten 88 ‘etter arena sa, RL. T. S. ELLIOT A ESSENCIA DA POESIA INTRODUCKO DE AFFONSO ROMANO DE SANT'ANNA Tradugio de MARIA LUIZA NOGUEIRA "la ie em steeaeass a INDICE © pensamento ertico de 7. 5. Eliot A fang social da poesia Musicalidade da poesia Que € poesia menor? Que &.um elisico Poesia teatro ‘As rts vores da poesia AS fronteiras da ritica 8 ot 105 9 48 PREFACIO Com uma dnica excecto", todos 08 ensaios incluidos ‘esse livro 880 posteriores eos qua inclui om Selecied Essays, A moforia deles fol ascrita nos amos 16 enos. Selected Essays era uma selociio heterogénse; este lio, coma 0 titulo indica, limita-se a enealos sobre povtas & poesia Ha outra dforonga entre Selected Essays 0 a prosente sefegiio, Dele somente um oncaia — 0 trabalho sobre Gharles Whibley — fot oscrita em forma de conforéncta; todos es outros foram escritos para publicacdo om re istas, Dos 16 ensaios que compsem 0 provonto lira, 10 destinavamse originarlamente @ auoltorios; 0 11.2, sobre Viral, era uma palestra raciafénica, Ao publicar agors ‘asses conferéncias, nio tonto! waneformé-ias neuilo que feriam sido se originariamento destinadss a visto 0 néo ‘20 auvido: nem fiz altoragdes, exceto omitir a introdugdo am ery Sian na op Tae spe 0 Poetry and Drama, o alma algumas brincadeiras que, ‘destinaaas a conquistar 0 ouvinte, pederiam ita o lior. Nem me pareceu correo, a0 rounir para publicapéo num 9 volume, artigos que haviam side wscritos em épocas itorontes © ara diversas ocasiées, elimina peseagons ‘que repetissom consideragées jé tecldas eltures, tentar ‘omit trechos inconsistentes ou reconcllar contradicées. Cada item & substancialmente igual ao que foi na data de ‘ua realizado ou de sua primeira publicagao, Tive que abrir mao do alguns artigos ou conteréncias, ‘ue teria gostado de incluir, quer pela data, quer polo assunto, por no reputé-ios de sulieionte qualidade. os. taria de ter conslderado aceitaveis duas conteréncles rea- lizades na Universidade de Edlmburgo, antes da guerra, ‘ebre Tho Development of Shakespeare's Verse: pols, 0 {que tonteva dizer entéo ainda mo parece importante. No entanto, as conferéncies me pareceram mal escrtas, no essitendo de ulteriores revisBes — tarefa a sor transferide era um futuro indeterminedo. A omissio me entisiece ‘menos, entrtanto, porque roubol destas conferéncias um de seus melhores trechos — uma andliso da primoita cena de Hamlet — para incorpord-ta em outre conteréncia, Pooiry and Drama. Assim, jé tard pihado uma conterén ia om beneticlo ds outra, acrescento agora, a Poetry and rams, outro breve trecho extraido da mesma conteréncia do Edimburgo, uma anotagéo sobre @ cena do balcko de Romey e Julieta ‘Meu reconnecimento aparece na forma do notas do 6 de pigina nos vérioe encaiee. Ele transmitem minhas ‘grates fembrangas da hospitalidade do varias cidades — Glasgow, Swansea, Minegpolie, Bangor (New Wales) & Dubin. As atvidas de gratiddo so por demais numeroses para serem especticadas; mas, como mou ensalo Gocthe 88 the Sage /o/ apresentado na ocatiéo em que me fol ‘ontreque © Hanseatic Goethe Prize, gosteria do fombrar 10 © quanto me fo! agradivel a hospitalidade da Stiftung F.V.S. (a tundagdo que outorga 0 prémio), 0 Reitor da Universidade, © Burgomestre @ 0 Senado da Cidade de vamburgo.. outusre, 1956 TS. Eliot 1, 627. = Ha ne prticio vias refering 9 anos gue conse ‘gna Sbateda meta’ co ho © quo mio eaks Melis fare ‘he baat O PENSAMENTO CRITICO DE T. S, ELLIOT Alfonso Romano de Sant’Anna ‘Qve sentido tem @ publiagae da erica de T. 6, Eliot pars 0 piblco brasil nesses idos de 1972? u melhor que sentido pode linda ter essa erica Ini. iada_em foino da Primeia Gueera Mundial, agora que Id ‘essamos pola Sequnda e ramficamas a Tercota num read rio do gvorrinhas localzadas? Hé nessa citce slgo que 003 soa intoressar depois que 0 Existenciliame encharcou a falmas © 08 tvs, dopois que a Fenemonologla tontod uma ‘acento Idglea © agora que o Estruturtiamo so propie como luna anindusea, slardoando @ morte do homem os equlvo, {608 bom iniencionados da Esttiea cldssica condenada entre © subjetvisme @ a ideologi sistamente porque a crlioa esté absowvia em ouios Intereses ov davido ao fato do quo as alengies extéo vo! tadas para a poesia de Elis, agora que se comemora 0 en Aentenirio de seu pooma Tho Waste Land, ¢ uo so deve razor & aiseussto essa oura parte do ave obra dedicada 8 critica. 0 que se vers nela nfo seté aponas a permantncla 4 alguns problemas que atavossam o pensamento ocidena! odo a fiosofia grega, mas certs coloeagsen quo ganhem fanto mais rolevo quanto mais a confiontamos com aa cor, rontes erteas estrutualisias @ pés-estrlialisias. Nesse sen ‘ido, s» veré quo eeu poneaniena ulrapassa o dba do new 18 citisam (€e que fol fundador, pera se aflmar como algo Imulto| mais onginal © coaronte. & devo ser cevldo. ap fata cue cla ndo se deka medir sinpestnente pelos decslogon de uma ou outra escola ertica quo eua figura a toma male ‘complexa, @ continua a nos Interessar A obra cilica do Etiot possbite ume série 60 eiscus- ‘808; a redefiniga0 do concelio de Histoia da Litertura, oo Unites do eredor dants da erties, o relecianamento, cate ‘roa © cionca, Fstorimo.nos aqua essee tbs tSplcos, mas ‘88 Vordadle poderiamos enficiar uma série do outros tates, Basta vor @ indice do volume Selected Prose (Penguin Books, 1983) para ter-se a idsia de mulipicidode de ssbunios tr, ‘idos bor Eile. Desde as relagéas entre ttertura © relgie, fosofia © poesia, literatura @ omelisms al uma sore ce ‘viros assuntos mols eosildgicoe, sto som contr oF eneeioe dl reinirpretagéo das obras de Vial, Shekespeare, Dante, Millon, Baudelaire 0 08 pootae mela'sicos Ingiocos Nesta Introdiss0 nos timitaromos a tessllar aqueles {tes tWnloos jf cits porque eo olea quo mms itorensum & entice © 00 estudo univeslitio, que esta taducéo viea 8 atin. ‘ir. Por al vera que © Now etitclzm em sues males vaiam: {es tem ainda algo & fomecer a ertiea unverstria, Ou fenllo: que 9 feto de Eilot ter dominado a erties inglas « famcricana com macsiria ra primeira meade deste seculo ‘oroliceso pala orginlidads com que ele divisou cerloe pro. blemas nodais do ostuso da erat (© CRIADOR ENQUANTO cRITICO No Bras, Eliot & confaeido mais por sua inluéncia sobre 8 goracdo de 1945, quo reaizou tadugee de viroe de ‘tvs poems, pels vertual eprosanacto do euss pesas, come time na Catedral, © por uma ou cule soorbneia-& propost ‘do new ertelem, movimonto que decorteu dela » co qual ele 6 ‘mosmo 6 deslaca pela sua arandeza individual. A publiapio oste volume coloca & disposigte do estudante um pansarmen- ‘o ima do oe Ezra Pound. E vincular Pound a obra do Eliot ‘fo & uma taroia gral, sento repelir uma eproximapia ‘ue ambos tleram roineidentomenta. Tome-co esta afmagso se Eliot: “Minha ottes tam om comum com a de Exe Pound © fate de que sous matios © lmitagdes e6 pedem ser complex lamente avaliades quando considerades om reiagSo. & possla our que ey escrev." Aproximo-ee, portant, © ABC <8 Lite ‘ature (Cltx, 1988) destos ensalos aque a0 fxd um corpus eritzo quo 20 complemonta, e despeit da uma ou outa ever ‘wal dessemothanea, 2 pavtr desse patleto, portant, ue 9e pode inclar a ‘compzeensto da cbra do Eliot. Divers vases nessos encalon lo orfatza que sus crfica 6 sobretido uma “erica de ofich 1, um produto corelato de seu fazer potico, que 0 analisar osmas alheios the eorvis pare alongar seu aprendizado. do poesia. Contudo, le foi bom claro: procurau sempre compo. fender © quo era's poesia do outro © 9 que ert a sua pelts, ceitande impor pacrees. que Ine parocsesem os melhores Difeanciava nidamente @ poesia do sum pocsia, com dear ‘ogres ou sem fazer conforr 0 gosta altel com o seu, pelo ingles fsto de estar na posipho do emister de cones, ‘Gomentanda esse perigo quo tntau evar, acuniuou que aay: 48 posts que confunds sua poesia com m pacsia faz com eu9 "9 qus nfo tom nenhuma relagdo corsa obra do proprio pos. 1 paregano antipaico w fique fore de sus compeléncia” 1 resto, © nio-cectaramo do cous tenlos ertlcas, quando nfo soja pereebiso por uma simples lelture, pode ser dosta. ‘ado pelo dopoimenta de Ezra Pound: “Era um cron mara. Those, porque no transfermava a obra alhoia numa Imitagso ele mesmo." ‘A> desentolver aquole opico anterior (8 lmtes do eria- dor diane da erica) pode-se propor a comproensio da obra 44a Eliot a parr doe seguintes Hers: w ry || 1. Site poesia @ 0 ftor dominante (ov sobtedetorminan te, pata adectar uma terminologla de Lovis Althusser) paras cempteensto do conjunio do sua obra, Isla no deprosra de a propria afimacéo, quando aproximando sis pooaia de fue acontua que uma informa a outra, mas avo eos ertlea @ apenas uma “criiea do oficine” Inlerseee ite nos ‘8d0 2 poesia que vai reconstir em sous poonce 2, Ele desemolveu um tivo de ative muito mais do {ado do wma praxis do que co uma toora de iitstatira, Se sau campo do atvdsde fosee a expeculaszo tence, pure we tora por ebrigagio mortar um quadio teiee coment, ® aunomo @ partir do qual recomporia, em termoe Ge mene nsusgem, a estutura dos textos esticedon No oniante | ‘ora num campo intermecério e multo camcteraio em aguas riadores: uma orien desert informadora da, eregse lume especie de génato arte eno o dideemo # 0 depos mero. Algune como Henry Jamas (arevia do. sour prets os) Sica mais no descritvo @ no dopeimonto; cuties vom Ezra Pound pattem pars 0 didatsmo. Eliot val um pooes imels adante, Aglu ald num sentido mais social do gue ini, Widual: doslanchou uma coronte do ertica.ttetane esten Poland seus propriog limites, Pra ura provisto malor do que queremos d!2e¢ lombro fe eaui daquela sua stimagio: “Cacia geragéo tom cus pro, ver su propria ellen: Por aqui observa-se'a moncegae do Indvidvo ro coletWo, @ vincviags> do iniivie Intreosads hme praxis que nfo & apenes pessoal, mes uma attics co, cizade, na mocida om que ela visa a reconstucia do pen ‘amento sev © do sous pars. Paroce esta’ nqul um dos pon, 408 do Oxito de sus ativiade erica © quo ele exporla els etainadamente om Tradition and lndivgual Tatsat{vo\a, E erta mosma vinculagto do Indvauo a coatldade doe oe anos Wo pciio de The Funetion of Crideem (1629) ‘tempos om tempos, em cada 100 enos ints ou menos, dan, 8 sival quo algum erkico aparega para rover o possado de nosea erature dspor os postas poemas em nova orden, 8. 0 lerceiro ponto a ser destecada dent do tépico — ‘eriacor como erica — serie: a obra do Eliot em um cardio istdnice. Al a poesia lo 6 apanas a sobredsterminante, mas nio se compreenderé sua possia e ia prose so nio buscarmos dent dla mesma seu sistema do coeréncia Esto ilom torna.se male clare co lembrarmos que no 4 sempre que a crea se aproxima de uma obra dspesta 3 fextatsne seus modolos interos. Via de regra 0 que ab fae 4 submetsr a obra a um ortoque te6rieo toteimente avers ‘ue termina por contitust:se com o objeto om etude, Dian. 0 cheque, 0 erica tendo © clzpr que a cbra que esta fexaminando tem uma série de detetos @ impracisiee,oxato ‘monte porque nfo suporia a operapso com o Instrumental gba the epics. H4 nisto uma mista do elementos neterogénaos, uma conisto eplstemol6gion © até uma ceria md vontade ® Indonela do ertico om sair do sua perspective e essumit lume coutra mais Iidioa e ale quo the possbiltaria ines. sat elethamento no interior da obra alheia, Isto cauivale a dizer quo & milo tee hoje, graces & Pareferniia terica que o Estrutualisma noe epartey, indicat bossive's enganos ou facing dentro do pensamenia de Elo. © iol & mavejar ease lestumantal nfo para marcar pura. mente as dlferengas, mas para extralr a sislomaticidede do ‘obra em eotudo. Quer dizer: & fécl apontar nessa obra seus Ingredients idoaisias ¢ mull diet nko consuréa por isto S22 quostio 4 cpanae exibir o Idenlsma como procaiede de, Isto pods convarter-se numa demonstacio de aguns brinciplos do teora da tieratira, msia do que mim gesto de ‘mor @ compreenszo do proprio texto Por exomplo: co a Inangio 6 dlecutr as possvels felt. as doses obra, podemas suger como deveres para casa 140 0 quo fin lidade da poscia 6 proporctonar o “prazer’, Relaclonar ito com a esitica do Plato a podtica de Horicio que ‘elacionsmento pode haver entra o cones de “povsia genuina’, eu conceit de “gosto estéca” ¢ a esté. ‘ica ialsta. Localzar af duas verldves: 0 subjetiviamo © 2 ldsotogia, 9} exereicio de titeratura comparada: conirontar Eliot ‘eases enaaios com Pau-Valéry do Vari6é WY, principlmente 11 ensaio Bethouque, Se 0 interesso do aralisando for cemonstitr onde © pot ‘quo a catia Idealisia @ claudicanie,trando exemptos dau © al, a tareia nfo serd de diel! creunsericio. © aluns pode comecar até por coloear como epigraa aguele aimacto fo poots de que ele ¢ “cléssico em literatura, monésauico em poallica € anglo-callico om ralgifo". A frase 6 do efile, fembora sua utllzagio domonstta uma contusto ene. autor 4 0070, hi muto tompo ndo recomerdivel. Largada occa ‘rage assim, podo parti-se para a alirmagso de quo o racock. io a Eliot admito a suspensio do jiza coma em Kani, por {o cle onfatiza: "A primera tunes social da poesia 6 proper: lonar 0 prazer, mas se me perguntan que prazer & esse 0) ‘espondo: tipo do prazor que a poesia dé” Quer dizer: ew ‘eclcchno 6 tautIdpico, e, fazenco uma clacio do 3° orau (tusser/Althussor/@asioul; “relvindlear © crevle como ot {ula to nos leva a sar do civeulo", No racocnio de fiat estarames rum sistema de tégica fecheda onde “A” igual 8 °B", que por sua vez € do novo igual a “A. Ou soja racer da poesia" nfo s2 pode dafinir Tirante 0 pretexto de um oxorcicio univesitiie, tahee fesse caminho no soja. melhor para a comprosnato do Eliot, Assim, ostaomos alscriminendo, clfereniznd, oponds are conhacer. Mas, fico pensenda na pracedimento. Ivars laquole que colocs a obra como contro © néo como ista¢a0 2» de ume teria em busea de htragso, Peneo nequllo quo out tacor-eritee como Jodo Giimaraes Fosa pandorou: “Pols ‘bem, um ertico que nfo Yom © daseje © também nic tem a ‘capacidade de ‘inalmente junio com 0 autor conpietar um Two pronto, que nia quoe er itérprate ou intrmadtvio, que rdo pode si-lo porque the falam as condigGus prévias, no tleveria per as mfos na critica, infsl2menta, 2 malcria nfo lage assim © por isso, somanto por isso, acontece que 60 poueas erfcos, em goal, im algo a vor com a Meratura Um fal eiicg quae no miximo vingar'2a da Morar, ou eab2 Deus que motos ele tom. Ele faz leo por passalempo, & um clown ou um homicide, 4 era Mtréria, que na verdade do. vevia fazor part da Meratire, £6 tom, pols, justiieagso quar- do ola aspira complete, aredondar, quando ela agpira 0 ‘acess & obfa, les ole faz raramente, eu lament, porque uma Crea bom erfondda, bem fea, & muito importante para um sorter. Ele o ajuda @ suporar sua soldio, Mas cla no tao isso feadantamenta, logo, la 4, na meloria dos cats, fom valor © som interes, una perda do tempo. Uma ot tiea que 6 assan como au a deselo no @ mais verdadeta- monte uma erica, tanto faz s¢ ela jugar © autor poetivamerie fu negativaments, Ela & un dilogo entre o inirpreta © © tutor, um silogo arto igus, que apenas uiiizam meios di ria indispenaivel. Ela 6a cus a destsgd, enstiva ¢ concitia”@) CONCEITO DE HISTORIA DA LITERATURA Hojo, tevez, |& no soja inusitado 0 {ato de um profes: sor ou erileo stetentat uma posigso ant.hstorcisia date do quo se cemencioncuchamar da “histéria de IRertura’ id mesmo uma éafase em atastar os elermenios cronciéa- ‘cos @ compreender o desemvolimenio da ieratura de una a Comunidade omo algo acima das relagces do aparéncie For lo, @ famcsa @ eficiente classitcagdo. doe “celles oo {orca lamiém ee dea ameacar peias noves tentatves de ‘rcunscrever © tendmena tiarino Mas, $9 ito helo JA se val trnando rotine, principal ‘mento Com a insistencia estrturalete score ottval quo Eliot tenhe adotado uma posiode lo Literate (1927, 60 Tynianov, Enire clos quuve 10 epee (fe sifeonga. Voja-co @ teria da séres g slatemas no renee © eomparemos com 0 enssia do angio americans Pera Tynianov, © que coslumaltamento a0 chama de As2ecre, como 0 romance, poesie, cama, misic, pinors coe {ram sities relacionadas onto si sobretudo com 2 solders (core eosie). Cada sere, digamos. a poose, 2a otdera nines ‘maticamente segundo tele propries, que também variam com 9 mee, 0 etude da ovolugdo Merria consitia em desta, car @ aufonomia das dhersas séros o a lois que regom a Inlereeio doe sistomes. Det, ele detinir evolugto come sums muéanea da relag8o eno os Yermos do sistema, quer dines uma Wransformapio das fungtes e elementos formals: » we "upto parece ser una substitute de aitomae Cy Destaque-se acsse trscho a diference entre uma fistéria linear forgosamente eronclégiea tipica dequele evoucion Imo doe. XIX 0 um nove conclto de Mstira mule male ree, {o da ela co Jogo it assnaiads por Lov Strasse dowonvein: a bor Jacquet Dori em sou A Esora © a Difernea, avons fomo-se um ttecho de Eliot oxtiaido do Tradition andthe Indivcot Talon: Norhum poste nem qualquer oat tivo de acta tem seu signiicado completo sozinho. Sua eign, ‘0, sun apreciagso a0 s apraciago de sue rtagdo som co Foelas artistas mors. NBo se pode avlsln leledaronn ecestao situilo por contrasto e comparagto com ce 2 pees eens poahoape hearth agstatng See soled ane ee CAITICA © CIENCIA Exit toe orton det am enor ple oii an npn ant ee ae 0 corigue io ¢ 0 nano Quo tain Ee conn, bor stomp, tno’ on pore moat caro Donn, Dae Mer ‘Aviat asian ¢ ote a "la peru leg eso va sibidede”, afesiando-se do puramento seniimental. Ele, que 4 acentuara rapetidamente que a critica dove inci sobre a poesia © nBo aebro 0 poets, no antenta fan afirmagtes bern roxas da nao-cbjatudade quando reafima os ingrecentos ‘eaisies do sou peneamento, Ello afrma quo 2 crites nao poderd jamais se conver ter om citncia, pois teria por objeto algo qua nto & cient, © conhesimento co poema pare Eliot & sempre limita, “6 assunlo que no pode sar eegolado ror nenhuma explienga, ois © senlido da pooma ¢ diferente pare cada flor”. © poo. que atiema que “em toda poesia malor hé algo quo tem de permanecer sem cesposta por mals completo que sola ‘esto conhecimento do poela”estaia nfo #6 protesando um conesllo simbolata de poesia digno 69 Mollamé, como eats "ia dando de novo alestado de octrelia colideiedade entie sa ores @ ea ergo posta. Sompre soube dos finitee ‘ce eu erica db laboratério por mais epleada quo fosso & or male que foste uma ofcina ou tentava do clenitcidads E no deina do ser curoso que exatamente ele quo via umn ‘cleo infocivel no Foste seja 0 poeta que seumulod ss pooma (The Waste Land) do dvereas notae explcatvas, dan dosha, inclusive, a biblagrti, Dante da modéstia de Ellet em no protondor uma ets «2 cialiea, om vez de censure por Ist, maia vale cons orar 0 oposto: a pratonsdo de cleniifeldade que 20 instoura Isincidariemente na ecea a pari de pressupostos tompo- ‘aramente indsfectveis, Exsto dentro des chamadas Cibn- lag Humanas um certo comalexo de inferoridade em relay 4 Oitnolae Exatzo. Hé um moursjar dium para adquiri-20 9 status da clonifiiéade. Mas, aqui se pocoria fembrar 0 e tataico Aran Kaplan: "A ignordnia ast4 dando lugar a uma pretenedo de conhecimento 2 no @ uma investigagdo mala fampia(}} Que sina de adverticla a frase de um estat f térico da ervergadura de Kaplan: "A madida, como viros, pmpre envolve ¢ ero. A malnor descr ou provisfo que Ey fo clentista pods apretortar nto debi de oer eproximads me coneepondénels perfata com a observagte, que a ores ooore, dove ser encarada como acidanal e, segundo “Tovone, deve antes provocar suspeta que saistagdo"(% TN hi nede de mal em que se aspire & obethadade, a uma hiorarquia de eriros @ até mosmo & Ciénoia. aS renhuina disciplina passa a sor ciéncin pelo moro fato de figwim propalar que esti fazendo ciénela, Acresce quo Ma lima sétle de malentendides om torno dessa palave. Agin® (doles foram desiacadcs no Diclonrio Criteo do Comics gto [Par ¢ Terra, 1971): “A pogo ds eiénca implica uma Sicorste da graves sliculdadee, Ditoronte da iéia gregs co pisteme (que treduzimos por eiénca, mas que signiica apr Simadamente “coriunto do tenices e hablidedes|, © da m>- Gao sevolatca de solani, a palavra cioncia, com 0 u80 GUO “dia fazemos hoje, sugiy apenas no Inicio do ebovlo X04") ‘A seguir, no mesmo verbele exonpliia-se como mesmo ra Fictcs nem sempre 0 avango formal acompanh © consti, io a conclisio: *Na verdade, um exame de Historia 6 lence naturals mostra come. rom a formalizagbo nem © tiger constinem a esaéreia do método clenfieo.” Neste Tendo poder-se-ia lembrat nilo aponas a teoria das séios te Foartor 6 funcio Dalla de Dirac, mas tudo aquio ave © Sensomonto de Helsemborg # Nels Borh aporaram a reepoio Ute rouabildede «© da complomeriariedede, & sonore ume tigso de clareea o humiidade ler também um J. Bronows tacando tala das relagées entre Arto © Cini em seu Salen the and Humon Valuee (Pecula Books, 1964). Pretendence faver clénca ou mesino chegar @ fzt-a num momento ozedo fio tora o produto — objeto durével, iremovivel, nsontos: Tivol ¢ elorne, Esié ai toda © discuss de que # Cléncla te rinosme.p tistoma W6gico de raciocnio talvez sefam ums fungto heologi. 0 axaunio & vasto e, cra, inesgotivel ‘nia éIsocloia ou a eigneia pansa a ideoigia? Ser entrar aitksumto, aoe aqui nfo & ¢ tempo-espaco convenints, $ 2s SEE curse odservar quo a cléncla do hole nfo 6 @ citela de amanhd, assim come a de Copdinico néo fel 8 de Plionen om @ de Einstein € a da Nawon. A eléncia pode mute net 36" pens © que esta mals perto de noe, aposar de tata 2 Noto esforgo om dear o logocentiamo, Eee a means 186 Ponsar a ndo-citocia do onlem em relagdo'® ciénen fe hele dovora lvarnos a une posieso realmartolocen, cos & si04m@ coisa tom de tcunéel ¢ exatumonte esse nares liciome evar. & lembrando MerleauPonty com ae ane 8 ebsera¢%0 do que a cléncla tem como base Ue avs cen ‘itekiade algo que néo 6 clentieo, eu dita estar onda seg mais ‘convencido da neceesicade do nfe-leliico part a Instauragio da prépria eign, © line enstlo deste volume — Fronaas ae Cilia, Sour © movostamont,reloma logos ests rablemae topuncy a dca de Ellot. AI ae dstingve a5 corones eflcas oo ean tempo, ss posaiilledes de noves, mottia uma abertune ave fecuss dogmutismos. Sev meior méulo, ropelmos, nds: coer om ‘ter soliclonado qualquer problema, mas em Wer sen ccarente w claro em seu sistema de ities, Por iste, case Balavas finals, mal escondendo uma nesga do iron, tenn pederiam sor as nossas aqui: "Mas eu n8o gostata ce dena {os com a impressio de quo quero condanar a tog oy motto tempo. Creio que estes dilmos 30 anos tim sida won porede oritante para erica Mera, tan nn Igcene ‘uanlo na América. Iso foe vi @ parecer mum retorpecia 16 briharte domsis, Quem sabe?" Flo, mareo do yore ‘onnas crADAs 5, Ror ll — Conversa cam 7.5, int oor Enero bre nm GZ. MS. ple HS con” tan gies We ee uaa Quanto’ dE,“ iy, Witt "Ei gota iho oa 2 2, letra Deve Sr Vide — nevis do Joie Cubpaies fone, SF i hi gute Lorenz. fn tapesita de Nov iva ‘Ane Fee. 3 ow Bs tol, Lie, dn Tera dos Forma 4: Abr Kaplan Eien — A Cama na reguisa in Teor on fatten on. p Soacsadon fo Che Aces nee POC ae) 9m, 5. Mem. Ob ot, pgs ica, flo Cilora Pat © Tera 197 Diconitio ite de Come 2 A FUNCAO SOCIAL DA POESIA (*) ‘Ao set provivel quo 0 tule dosto enssio susta dito coisas para dferentes pessoas, deverel ser pordoado or xpicar 9 que ndo quero deer, antes de dizer 0 que ‘queto. Ad fslarmos da tune de aigunn coles, 0 mals e0 mum & ponsarmos naqulo que 2 colgs daveria fazer, © nic sauilo que faz ou faz. A distingso & important, porque So Potendo falar dequlo que, a meu ver, a poosia Ceveria fazer, ‘As pessoas que falam cobra 0 quo @ poesia deveria fnzo expeciahmonte oa pooias, pensem quase sempro no po es ectica de poesia que gcstarlam de eecrever. Evidontomanin, possivel que a possia vonhs a ter no fl Aioronte de que teve no pasado; mas, mesmo assim, vale 28 pena decir em primoiro Iogar qual a tunes quo teve no passa, nas vérlas epoces, nae vias linguas, ¢ universal- monte, Seria tcl para mim eseravor sobre o woo que [ago 4a poesia, ou 0 de que gostara ae fazer, tentando, em se. suida, canvenct-los de que & exatamonteles0 ¢ quo todos os Gontertncis apresentde no BrkldAornagantnstive em 1813 {posteomment dscnolde prs spose ae ahha os aha 104. Pabinde ats Ride BT Adep ~ bons poctas tentaram, ou devoriam ter tenade fer mo pas edo — verdade ¢ que nio 0 conseguiram por complet, mas talvoz no por sus cuipa. Eritanto, pareco-mo provi ol que, a0 a poesia — © estousme referinda & grands poesia — no teve fungto social no passage, cement 9 tort no utara ‘Ao iter a grande ponsia, estou evtardo oulea forma do water 0 acunte. Pode pogaromse os vérios tpos. de Poesia, um depois do outro, e discutr a fing socal do cada um, eom ehogar a uma resposta sobre a fungdo da oesla, Guero fazer dlstincdo enire a tung patiulor o 3 ‘oral, para que poseamos saber do que no estamos faiando ‘A possla pode ter um signtleado sovil delberado a cons lento, Nas suss formas male priniivas esse sentido & quae sompre cla, Exslam, por exemple, poomas rricos ¢ mo Jopsigs com fnaidades migiose eviderios, como sem ov! ‘ar 0 mau-cihado, curar deangas ov proplciar demenioa, A Poesia fol usada primelramente em rtuie roligiooe, «so Ccntarmas um hino estamos, ainda Noje, usando poesia com uma determinasa tinaidade eocil. € provivel que ae antigas formes ds epopéia 0 age tenham servo pete anemia ‘monsagem hiatriea antes do se tarstormarem apenas om nietenimerto comunitaric. Anteriormente 40 uso ta e20ria, 4 fegulaidade do verso resullva certamente numa excelenis siuda para a memerizagao — sando quo @ meméria doa bar. oa, dos contadores de historias o dos mactras devia ser prov igosa. Nas sociodades maiz eveluida, come @ antiga Gre la, fungdo social dt possla ora recorhecide « evideno © Grama grego orgineu-sa a pair do ritale relglooon, «| Pormanece como uma ceriménia pibica formal associada 65 elabragées religiores tracicionas; a cle pindivien desemiot vendo.se am relapfo a um dterminado acontacimento sociat. Evicontemente, essa utilzpéo detnida da poesia forneceu 2 propria poesia uma estratira que the possi ating, em elerminados genoros, @ perteigio, 20 Na poesia mals moderna, algumas dessas formas por. ‘manocoram, como a dos hinos reigioses,& qual [a mo refer. © signifeade do tarmo dldatia para 2 poesia sofreu algumas modiioageee. Diditieo podo signtcar quo “veiula intoma. 47088" ou pode sigiiear que “femnece instrugae. mersl', ou ida alge que inclia amos. Ae Gorgias do Vil, por fexemplo, 880 belisima poesia, © contim Informagdes is- reaeartes sobre agriculture, Porém, hoje em dia parece In- possiel escrever um lio atuaizado sobre agyleulura que ‘s2je a0 mesmo tempo excelents possia: por um Iedo 0 pr prio sssunto tornouse muito ela complicade © ciate: or outo, pode ser tatado mals rapiéamente em prosa. Nem devemos, como fzerem os romaros, escrever talados de astologia © cosmologa em versos. © poems, cuja finalidade bstensva om veiclarInferragée, foi suplanado pola prow, ‘Ros paucos a poesia daatica restingluee & poesia de exo. tage moral, ov poosisdestnads & eonvencer 0 elor de data. minaco penlo de vieta do autor. Ht, portant, grande parte ‘daquilo que pode eer chemado sia, ambors a esta lnclue fo buriesce «a pared, cue finalidace prielia & ceusar fi fardade. Alguna dos poomas ds Oyen, do sécule XV so eftras no sentido om que se destin @ riteuarzar 0: bietos ao qusis 80 diigides, sondo também didicos em sua tnalidade de convereer 0 Ieior de deisrminado ponte de vita politico ov rligiose; assim fazend, ullizam também f9 mélodo slegérice de datargar a ralidade om tegéo: Ths ‘nd and The Panther quo pretend convencer o lator de que 4 justice estava do lado de Igroja dp Roma contra a laele ‘de Inglaterta, 6 um dos maid intoressamies poomas desse tip, No séeuio XIX grande parts da poesia de Shelly ora inepl- ‘ada polo angola de retormas poicas © sociale. Quanto & possia dramatic, sua funpte sccial 6 ¢e tipo imeamente pocullar. Pols, enquanto 2 meioria de possie ‘isl desina-se # sor lia om soliddo ov em vor alta pare udtorioe, » possia dramaiics pretendo etingir de forma ime, 20 lata © colativa um grande nimero do peecoas reunisae pars ‘assist a um opisclo imaginario represeniado num paleo. 1 poosin daméticn citer dos outtos géneros, mas suas lls io 5 mesnas quo regom 0 teatro, ¢ ngo pretendo envolver ‘me aqui com a fungo social espectica do teatro, ‘A tuned da poesia fsétioa abrange andlises © dados Nistricos bastanle exteneos, Parece-me JA tor mencioneco lum nimero de g2neros postions suliclente para deixar bom lato que a fungia espectiea de cade qual est igeda @ lau ma outa tunga0: @ poesia dramstion a0 teare, @ poesia ci ‘iti de Infommagto & tungie de seu tema, = poesia iddiice 4 tioeofa,roigde, poles ou moral & fungle dessos ‘G- loos. Podemos estudar @ fungio de cada um desses ot eros posticoe o ceslm mesmo coikar sem reapasta a pergunla funcamentat sobre a ung20 da poesia Isso porque todos eesae ‘assunlos podem tor teatados om prosa ‘nies co continuer, envotanto, quero esciarecer va d- ide que porte tor sugido. As pessoes, a vezes, descoriam ie toda poesie quo tenha uma determinada finalidade: poesia ‘bs qual © posta estela dolandende pontos de wsla soc ‘moras, politicos ou religiosos. S89 com msis telidade lo- vados @ dizer que no considoram aqulo poesia qiando di cordam do pento co vista om questlo; asim como outs pessoas loquentamente consicaram algo como verdadera poesia porque exprossa uma oplise com a qual estio de ‘corde. Dow dizer que o tao de 0 pesia estar usando 20 poosia pata defender ou alacar wma ‘atitide eacial nao. tom Imperincle. A ma possia pode ter um momenta. do sucesso 0 0 peels estd reflstnds uma aftude popular do momen; mas a vordsdeita poesia sobrovive nfo 90 a ume mudinga 42 opinio popular, como & taal extingin do intorosse nos «szunlos quo te protundamente egradaram a0 poeta, O posma 4e Luerécio continua sondo um grande poema, embora eas onhecimentos de Fisica © Astronomia esteiam desscredita- os; 0s de Oyen, também, apesar do ae deputae pele 3 0 sboUlo XVII nfo nos Inteossarem mais; da mesima forma, lum grands poems do possado pode proporcionarnos efor ‘mo prazer, mesmo que o assunto fesse hoe tratado om prosa Ent, se quisermos encontrar a fungio soviet tundarman. lal da poesia, devomes procurat primeiamente. suas tungdos mals dbvias, 29 que se tem, que cumprir om todo cate, A rimsita, da qua, creo, pedamoa ter cetecs, € a da der pre 4381, Se mo Tor perouniado quo tipo de prezer, sb pocarel responder: © tipo de prazer que a poesia da, © fse0 simples. mente porque qualquer outta resposta lover-noe ia mito diane, no campo da ectéica, « chagariamos 8 pergunta go. ‘al sobre @ natuoza da arte Espero que todos concordem em que todo bom poo, «9ja ele ov néo um grande poeta, tom algo a dar além do raze: pois, se fosse eomento prazer, o proprio prazer nis feria no mator grau. Além de Inongéa espectica que a poasia Bosse ter, como 6 cits noe véslos tpos de possia, hé nom. Pte a comuinicagio de slguma experiénca nova, de algun entondimento novo do familar, ou a exprorao do alguma oo. ‘qua! née temos palais, que famplia nossa conscimtzaps9 oy apura nossa vensbiidee Enkotanto, asim come ndo se rolera & qualidade Go prezar Indviual,ess8 contordncia também ni cle respeta sos be. nefclos indvidusis caussdos pela poesia. Creio quo tod0e fntondom quer © tipo de prazer que a poesia pods dar, quer © tino do ciferenga além do prazer, quo raz a nesses vidas ‘Sem produzr 65586 dois efoios, simplesments nfo hi poesia Podemos tor conhecimento disso, mas a2 mesmo tempo ne ‘lgenclarelgo que a poosla faz pata nés colatvamante, en. ‘quanto sociedads. E digo isso no 20u eeitido mais ampio, pois consider importante que cada pova tenna sua propia poesia, ndo apenas para aqusise que gosta co povoia — cesses podem sempra aprondcr outs inguas © deetar-se com sa poesia — mas porque fez realmenta eiferenga na eocio- ‘dado como um todo, Isso para as pescoas que no geatam 2 44 powtia, ou eels até mesmo os que deesonhocem ‘8 fomes do sous potas nactonals. € esea 0 toma real dase onforbnea Podmos observa que a poesia dite do qualquer cura tio por tor para © povo da mesma raga ¢ lingua do pocta im valor que no tem para os outes. € bem verdade que ld 8 mince e a pintura tim uma earactarisien teal © racial, mae, evdontemorte, az difeuidades de sprecagio dessa rot, para um ostangei, sho bem menores... Por cutro Indo, @ vordade também que o8 excites om prcea tm, em ‘un prOoria tingus, um sonido qua sa parde na trndugo: lodoa nos percebemos, porém, que estamos pordende mula ‘monos a0 tor um romanes taduzida do que ao ler um poema: (¢o tiugko de siguns tipas da trabalho clntiica @ perda ode cor vitualmente mula. Que a poesia € muito mals local Wo quo a proaa pede ser varilead na histéria des lagu uropolas, Aravée da teade Média, alé ha algumes contenas de anos, 0 latim continaava sends a lingua vesds pars Filo olla, Teologia @ Cléncia. © impulao para o uso Iterarlo sian ings dos povos comecou com a poesia. E Isso so ‘ona porfolamente natural 20 percabormos quo a poesia ‘la primeiramonte gad & expressio dos sentimenics © de ‘mages, © qua eentimentos ® essne emapiae s80 ert- ularos, ombora isso soja geral, € mals técll pensar numa lingua “eetangeita do quo sont nla, Portano, neato fro 6 mole obstinagamente nacionsl do que & poosia, Un ovo pode ter sua lingua extrpade, a sor ebrigads «usar ‘outratingua nas escola, mas @ no 8er que sp ensine Squele Povo a sentir na nove lingua no se conteguira extipar a ‘ontga,@ ola reaparecard ne possi, quo & o valeulo do een- limonto. Acabel de dizer “sentir na'nova lingua” @ ratro.me 4 algo bem malor do que apenas “expressar seus sentimen 9 mma nova lagus”. Um pensamento expresso numa tn- ‘910 eiforonto pods esr pratcaments © mosme ponsamonto, ‘mae um sentimente ou emogéo expressos. numa lingua die- 30 Fente néo slo 0 mesmo sentimento @ 4 mesma emoste. Una as razBes para aprendermos bom pola menos ume outa ih. Gun 6 @ Go adquinr uma espécie do personals supleman 4 uma das razses pra nfo assmilar uma nova tga fm lugar ce nossa propria 6 a de que nanhum de nds quor-ae ‘isnstormer numa pessoa dlterenta. Uma lingua superior ai fcimente poderé ser aniquade, a no ser staves €o exter Iminio do pove que a fala, Quando uma Ungus syplante cute 4 porque, goraimente, tem vantagens que a rocomendam ¢ Ue oiorecem no s6 a diferonga em sl, mis um rivet malar © main refinado para o ponsamento e para o semtimenta dd "We a lingua Incl mais primitive, ‘As emogéea # os pensamentes, ent, expressam-se me: ‘nor ra lingua eomum 20 por — au asia, @ lingua comum 4 tags ab clases, a estutua, o ritmo, 0 som, 0 idioma de uma tingus exptessam a personaidada do pov que & fala uando dige que a pocsla mais do que a prosa est Tgeda 8 expresso da emogio © do santimento, no quero eizar ve a possia precisa despise do todo contetio intelectual 28 significado, nem que a grande poesia tom canted hve! 0 a poesia menor. Desenvolver eota peseulae, pordmn, lasiar-me.ia muito do minha tnslidage Imbdiaia. Vou com sierar como certo que todos ancontiem a sxpreetlo mals coraciente dos seus sontimentos profundos na poesia de. sua Prépria lingua mals do que em qualquer outra arte ou na Poesia de ime outa lingua. Iee0 nfo signi, evidentemont, |e 8 verdacara poesia se linila aoe aantimentos que qua ‘Quer Um pode reconhecar @ compreence nfo devemnos Ih miter @ poesia poputar. € eufiienta que. nim povo homo fne0 0s sentimentos doe mais refines © complesos, te: ‘ham elgo em comum com og dos mals rudes ¢ simples, 0 ‘0 ro scortece ent pessoas do um mosmo nivel falando iferents lingues. Num civizagse savesvel, a poesia maior tert algo a dizer @ todos o8 cldadfee, em qualquer nivel do educagse ot Podomes dizar que 0 dover do posta, como poeta, 6 36 Inditotamonto volado para cou pove: eau dovar erate & para ‘sam eu lingua, que Ihe c2be om primero lugar preservar, 1s om seguode ampli @ metorar. Ao expresssr © qua 02 Dutros sentem, ele ext também mecicardo © sentiment, ‘oxnanto-0 mas consciente: esta fazendo com que se pessoas Ppercebam melhor © quo santom, ensinardo.Mes, poctanto, tlgo 0 respoto de 81 mesnas. Mes elo no ¢ apenas uma onsoa maig consoiente do que ae outras, 4, também, od Viloaimonte ierorie das outas peseous, @ também dos ros pootas, ¢ pode fazer com que sous letoroe compar. lunem conscietemonte novas sersagses ainda ne vivenca- Essa 6 a dilronsa entr 0 eterior moremonto oxo rico ou leueo © 6 pocta gonsino. © prime pode ter aen- s9o688 Gnieas mas ro partthévals, 2, portant, initals; 0 segundo doscobre noves varagtes da eensbliede que po- dom ser ulllzadae por cutee, F ao expreseélan le ast de snvolvende e enriquecendo & lingus que fal, flo bastante sobre es impalpévesdiferongas de sen. limentes entwe um povo © out, diferencae que $2 afiomam «co dosorvcliom om suas linguas diferentes. Mes, ae pessoas rio 86 viverciam © mundo de formes diferentes em diferentes lugares, como © vivenciam sifereniomente em tompos dll Fenles, De fata, noeaa eonabilidade esti em constante mod: Nieagde, mecida que muda © mundo so redo: © nosso mundo Ilo 6 igual ao dos chinesee ou dos hindus, mas tampeuco 6 iia! ao dos nossos antepassados a centenss do anos, Nio ¢ 0 mecmo que foi para nossoe ple, , afin, née Imesmos no somos os mosmos que éramos no ano pas- ado. Into 6 dbvia; o que no ¢ igualmente dbvlo & que os jaa razdo pola qual nao podemes parar do ascraver possi, A msioria des pessoas edueadas tom certo ofgulho doa gran es autores do sua Ingus, ombora, 2s vezes, nunca os te. nha Tide, assim come se orgulham de qualquer outro feito do seo pas: pousos autores so lorraram lamesos 6 suieonta 35 fra serem cilados em dlscusos politicos. Mas, «malaria 128 pessoas no parvebe que isso no Datla; quo & nD sot 440 comin produainde grandes autores, © especlelnents ‘tandes poste, a ingua acabard doleviorands, a culture aoa bard detriorand, sondo talvez absorvda por outta. mals forte Uma das rarde8 6, ovidontomente, que, ndo tendo te: 'sture vive, nds nos tomariamos cada vez mals alenados da iratura do eassedo; a ndo eer que a continuidade soja man, ‘ica, « toratura do nosso paseaco se alasiard do née até Perecer tio estranha quanto a itratura de um pevo aelan- el. Poie, notes lingua muda; nosso modo de vida muda ‘0b @ pross8o das virles modteagtes materats do toto. ambiente; © a no cor quo tenhamos aqusies poveos homens 40 allan uma sersibildsde excepeional a.m exeepetonal dominio das paiavras, nosoz préprin habildade, ndo. apenas de expresso, mas de sentir algo mals do que ae mais sm. les emocses, dagenerar PPoueo importa que um poota tenha ido grands pops lardade om sou tempo. 0 quo importa ¢ que elo mantenha pelo menos elguma popuiaridada em cada gerassa, Eri. lanto, ° que acabo de dizer eugore que 0 import 6 0 pad ‘rl tempo, ou que os postes more deixam de ter cualquse Uae para nis ano ser que tenhamoe tamoém pastes vos. Eu ainda forgaa meu Fonto de vista dizond> que ovomos suspellar do poote que acquire grande populrtsado om muita rapiez, pois nos fez tomer 989 ester na verdade fealizando nada do novo, mas apenas tornecendo ao. pove -aquilo 9 quo jé esth acostumedo, o que, portent, recebeu ios pootes de goragdes anltiors, Mas, & importante que © posta tsoha una popularideds justs sinda que pequene, fom sou proprio tempo. Deveria havor sempre uma peauena vanguaida de pessoas, aprosiadoras da possa, indeponcen. t22, © do alguma forma avangadas em relagdo @ sou tempo, ‘u prontas @ assimiar as novidades ais rapidaments. © do, 36 sorwolvimanto da cultura no signiica tazer todos para as primoirao thas, © quo seria apenas fazar com que todos Imarcastom passo: signa @ manutongéo de uma elite, com 1 grando @ mais passiva meloria doe Ieltorae 80 mals dee lentes dela do que uma geraglo ou pouco mats. As mo- tleacées ® desanvolvimentos do sonsibiiacs que pouicos revolam & principio acabardo nsinvendose gracuaimenta na lingue, através da infudneia desees povcos nos outs, © lnvawée do autores mais modisamento populares; © quando fatveem, atina, fmasos, nove avanga se fara neceseri, 1, obrotid, alae dos autores vivos que ce mariea man- ‘im sua wd. Um poeta come Shakespeare intuonciou a Tinguainglesa om profundidade, no 96 dovido & ova infube- ‘la nos sucess08 Imedatos, Pols os grandes posite Ym as- pactos quo se evidonciam do imediato; ¢ exorcando infudncla ‘ireta om cutfos pootas séeulos mals tarda, continuum a afe- lar a Tingua viva. Na realidado, s0 um posta inglés culser aprender @ usar as palawas no nosso tempo, doverd estuder caldadosamente aqueles que melhor a5 usaram no seu tom. 2, aqueles que, na sua época, renoveram a lingua, [Ab aqul apenas sugeri o porto final que & infutncia fa possla me parece sleanger;¢ isso pode ser explcedo me- thor aflrmando que, em dhima andlise. a linuegem, 2 son- sildado, as vidas de todos 08 membros da socledede, do todos os mombros da comunidade, de todas a5 pessoas sto rrodifeadte pelo fsto do lerem ou ndo ocala: © ainda mai, plo foto de saborem, cu no, 03 nomes de sous moloros Postea. A infubnola da possia, na porta mala oxtema, ¢, fevidentomente, muilo diss, muito indyete, @ muito difed da prover. € como acompanhar 0 vo do um pissaro cu de um avido num o8u clare: &0 vase o viv quando estava pert, 1 © scompanhou com 0 oihar enquanto se afastava cada var ‘mals, sinds podera vé-o & uma grande dlstanca, uma cst cia ra qual © oltar do outa pessoa a quem vocé tentat ‘apontilo nfo conseguiré descobile. Do mesmo medo, 30 or ee acomparhar a inluéncia da possia, desde os kitores ue ole meis atinge até os que nunca Yemaram eonheaiments la, descobrirt sun presarca om toda parte. Ov, pelo mons, A fncontraré eo a cultura nacional for viva @ sad, pois ‘puma sociedad sadia hé uma inluincia continua « rocishoos uma intorano das paris, umae sobre a6 ovttas. & 6 leon {ue enlondo por fungdo social da poesia no sou mals amps nde: que, proporcionslmento & ua qualidade € 20 ac, ‘aer, la inlencia & tinguagem © a eensibiidade de teds o ago. Ifo estou elzendo, porém, que a lingus que falemoe 6 dotarmnaa oxclsivamante por noasos pocies. A ostatute ie eultura & bem mais complexe do que isso. De ‘alo, & ‘aualmonte verdace que qualidedo de nosan pocela dover eda mancire pola qual o povo usa aua lingua! pois © posta deve wear como material sua pebpra lingua como ests vendo {alaca no momento. Se ela acta em desemvovineno, tints ‘elhor para le; se esl om decedéncia, elo que tate de abrovelti-a da mothor maneira possvel. A poesia pode, até ‘certo ponio, preservar © até mosmo resiaurar a belora de la lingua: pode © dovera também ajudar @ desamtve-la, ‘8 tomét8o sulle procisa nae mais complleadas conticoes © para 25 noves finaldadse a vida moderns ‘Mas, a poesia, come qualquer outro elemonto ieolade da nisteriosa personaidade social que chamamos noska "oul '8 dove depender do inomoras cicunsténcias que tulpos. ‘stm seu controle Faso me te ‘mals goral, Coloqvst minha érfago até agora na fungi na. ional ¢ focal da poesia; e 1990 cave ser dainido. NiO quore ‘ar 2 improssto de quo a fungio de poosia 6 divi os pores, oie no acredito que as culuras 406 vios paises do cura, Pe possam florescer isoladamente. No pascado, 2am divide, hove grandes cvllzagG0s quo cresceram leolades prod, indo arto, pensamenta @ literatura, Dislo eu no posse fe fom corteza, pols algumas deles podem no ter sido Wo lwoladas. come parece & primeira vista. Mas na histéia da Europe isso no aconteceu. Alb mesmo a Grécia antiga do- ott muito 9 Egito © algo & tronteras asliticas; 0, nas ro lagbes dos estados gregos entre si, com seus dialetos © cos- lumoe eiterontee, nba podemos encontrar uma inénela re ‘lproca 6 estmulo analogo aqueles dos palans europeus uns oe 08 autos. Porém, a hiséra da erature européia no Imostraré quo qualquer uma tenia sido incependente ae ula, antes, que howe um constants dar © raceber, © que ‘sada uma por sua vez, de tempos om tompes, fo reall ‘adi por estinulo exterior, Uma autarqia ciel simples. Imonto 80 funciona: a esperenga de perpaluar « cultura de ‘qualquer pais so basela ra gia comunicscko com o2 autre, Maa, 29 @ soparagso de eultuas dentro da vnidade da Exro- be & um perigo, também sara perigosa ums uniicagéo que Jovaria a ume urifomizaysa. A varadace & tho easencll ‘quanto 4 unicade. Por exemp, musto se tem falado, pe certos prepéates lniiados, a favor da sma lingua snversa ome © Esperanto ou © inglés basleo. No entante, eupendo fava toda cominiospia entra ae naptee forse efetuada em uma ting arial, como seria ela Impertelia Ou antes, sera ela folalmonte adaquada em alguns aspectos, @ have- tla uma total talha eo comunicagte noe outros. A poesin & uma constante tombranga de todas ap coisas que 86 podem or dias om uma lingua, © quo eo Intacuzieis. A com nieagao espirtual entre pov0s nfo pode ser ofelusda sem be Inaviduos que ee edo ao tabalho de aprender pelo mene uma lingua estangeira io bem quenio eles conhecem a sua lingua naiva, © quo s60 conseqienterrente eapszes, er maior Dv menor escala, do sentr om outa lngue tS bem quarto loo sontom na sua. E node sntoncimente do outros poves, ‘dese modo, precisa sor suplerentado polo entondimanto d2- ‘queoe indvdice quo 22 dovam a0 tabalho de aprender nos 8 propre lingua 2° Incidentaimente, © stad da. posi de ees povoe & Boulet irstnive. Eu dete que ht alsa me yore de coca Urgia cio somortesqisan aco tle a ligea & ‘awa pocom stoner. Pom, Mo out ld de edu asco algunas vor, a tna une lng a one Senheda muito bom, quo no elena um woshe do wens Als ave io comproondote de acai tom br nomen ae Drolssor de gramatia: Ilo eu tn ents tone So Slariicado do ca palav, dominay a gules & so, 4. pea fanpage Dan lta deseo gue shumarvezee vm tee de pone fu on ‘no podoia taint, conenso multe pala, Ssscnhon, as para ‘min, «trates uo au alo poser aeleas,tane ila algo ineiia «vio, que ota deo, ean do valeur ta cosa em ings — age gue cv nda pod ir om palms o que, enters, et sonata E. ao aotondor equinus iat prota, eccobit ue sia npressio nto era uma tutor oor algo que ou tvesse tmagnado ert ne noona, mas igo <8 ta reamonto Asin, $00, em poco Wo pons aoraimeni peotar om ots pi, por nin day Ses da que © ‘noe, no fundo do sua mento, so no ostonsivamerte, ests sompre tentarco defender 4 espécle de poesia quo esta 1 A 82 WP, Mar Memorat Lectue, pronandags na Unierigads {i cg’, pueda po Cag une Pes eo “ revendo, ou formulando a espécie de possia que quer eecre- ver, Especiaimenta qusndo & jovem @ atiamerto engajads fa bataina pele sepécie de poosia que pratica, ele vo a peesia do passed em relapéo a sua priprie poesle: 9 sun fartidio aos pects do pascado, dos. quris le aprendeu, tamzem, come a sua indferenga, culos odletivos sa dif. renter dos asus, podo cor exagerada, Elo no 6 grande juz nam advogado. Nesmo s2U onhecinento ¢, srovavelments, parcial pois seus estudos o ter levads a concentra em certo autores om projuzo de outs. Quando ele teorza 8 bro cragSo posta, ti probabidades de que ele eseia ge netallzando um tipo de oxporioncia; quando ole so aventura no campo da eatica, le 6, certamenta, manos compotenta que 0 flésoto; ete podera fazor methor ao simpleamente ex- or, para a informagéo do fiésofo, os dades de sua préora Inttospocpéo. Em sume, © que 0 poeta escreve sobre poesia ‘eve ‘ser estinado om relagdo & possia que ele orcreve [Nép devoremos volar-nes para o ervlo para verlleagtio dow fatos © pata o eritco desepalxonado para um julgamenta i= parcial. © ertca, cortamante, doverla ser algo do um ol- Ato 0 srudto algo do um entice, Ket, quo devotoy un ‘atencfo prinsipaimente & Wratura do passado, © 209 pro- blemas de relagbes Ntércas, dove eer colacad ne catego. tia dos erudtos: mas elo tina om alto arau 0 senso de vaor, ‘© bem goste, 9 entendimento dos cdnanes crtcos @ a hi. bilidade de eplicéies, sem os quals a contbulgao do eri to pode ser somonte Inota 14, inca, outro aspecto mais partewar, no qusl a fic lintidade do tesco » do prtico com a verscagto siterem ‘Aqui, talvez, eu deva sor prudents om falar somento da minh pessoa. Ey nunca ful capaz do reter na mamétie o2 nomen os pés © metios, ov do respelar propramonte as regres Aaccllag da axeansio, Na escola, ov gostava muite do roetar HHomero ou Vigo, & minha moda. Talvez eu tvesse algums Inslntva suspeita de que ninguém reslmente eatla come @ “4 ‘1wgo dovoria ser pronunciado, cu @ divida de quanta, mes- ha Wo grego rites nacionals os ouvldes romance poderlam “crociar om Vigo. Ou, tale, tvesse apenas instinto do prosorwagao derivado de prequigs, Mas, plausivelmente, evan- tin chegava ao flo 66 quoter eplicar as regras de escan- tite so vereo ingle, com eoue aforentog acentos ce variados ‘lores slébiens, ed quar saber por que wine tna era boa ‘ba md, e ito a eeeansto nfo ma podera dizer. O unico nado de aprender @ manipular qualqusr expécle de vere Ingide parecin eer a aasimilagfo © @ imitagdo; envolvando-se ttsta forma no trabalho de um post, seria pesivel a alguém Iwovhzit, entio, um dervaino aceitavel. Iso ndo quer dase favo ev considera 9 extude analtice d& mética, dos formes Intalas que seam tio extaordinariamerte lisrentes quan die manipuladas. por diferentes, postss, uma poréa total de Jimpo. Eu quero, somente, dizer que um estudo da anatomia ho thes ensinard como fazer uma galirha por ovs. Eu nb focomando.nenhum ouifo miedo ée comegar 0 estudo oo torso grecolaino qua vorka a dlspensar a ajuda das regres tla escanséo que fotam estzbelecidas pelos esusiosoe denote fae @ malor palo da peesia|é ine sido excita; mas 96 més Doddssomos faléies © ouvias como sau autores o faziam, hiss povetfemes, ont, enearar a regras com inference bw tomos de aprender uma lingua morta por moles ari- ‘is, e nossos moos de ersino tém que ser aplcados & unos que na sua maoria possuem un dom limitdo pars rondizado 9 linguee. Mesmo ao encarares a poesia da rosea propria lingua nos poderomas achar que a classea {io em elforentae lugares pode ser dil como estigfo ree Inina, como um mapa simplicado de um terrério compli- ‘endo: mas, somente 0 estudo, nZo ce poesia, mes da poems, fide Weimar nosso ewido, NBo 6 por rOgr3s, O8 por sit ioe imtaggo frie 6 estle, que nds eprendemos por imka- io, mas por una initagto mais profunda do que aquela ‘ileukiga pela ondise 60 estilo, Quando nés initamos Shotoy, 6 "no ol tnto por um desejo de escrover coma ele, mas por uma Invasso dos nossos seres adelescontes, do modo de ser do ‘haley, © ve fez com que o medo do escrever do Shelley Fosse ma epoca 9 Unico modo de escrever pera née. A pratiea da versticagdo inglesa tom sho sem divca Stade pets consciéncia des regras da proaéda: é um aseun 10 para o estudioso da Hiséra dotorminar a ilubnoia do La fin sobre os inovadores, como Wyatt @ Surcey. 0 grande fsramético Otto Jespersen afirmou que a estrutura da grams. ‘ica inglesa tem sido mal compresndda em nossas tonal 85 Go fazi-e coniormar-so As categorise do Latim — coma "0 280 do suposto subjuntvo. Na hstéia da versifeagi a esto de terem os postas entendido mal oe rmoe ca tn, U8 co imitar modelos estrangaroe no levaniada: nos de: vemos acciar es prticas dos grands pootes do paesaco, por. ‘8 la fo préicas sobre as quais nosso ouvido tam sido 8 deve ser teinado, EU acresilo gue um certo nimaro de Intlgocias estrngelras tom vindo enviqueser o.ambito © varledads co verso inglés. algune estiosos cléssicos man. {ém © porto de vista — quo esté acima da mioha competén © — de que a mmodida original da poesia latina era acon. "wal e nBo slibiea, © que isto oi obscarecido pola influénata de uma lingua bastante dforente: 0 grogo — © que ela re- vertou a algo quo se aproxims de sua forma primitiva, om oemae tae come o Perigtiam Veneris os prineitos Neos Cras. Se fi, realmente, assim, eu nde poseo evilar a poita de quo, para ns audiéncies cultas da encca de Virgo, arta do prazer da poesia so originava aa preaenga do dois fesquemas métrices qup funcionevam sume eenécis de conta, ‘ono: s80, mesiro que a audlincle rio tenha sido necesea. riamente capsz do analleat a experitnela, Da mosma fornt, pode ser possvel que a beleza de cela parts da poesia ingles je devida & presonca nea do mes de uma eetutrs mica Teniatvas deliberadas ce calear motos inglases em madeios latcos sf usualmente muito, fae. Ente os mis bem soce. 4 Gere ee eet Seem ee a aeeee ae ere eae a la nko pode perder seu conto com @ tnguagen sempre em mutagfo da nossa comuniescto daria, odo parcear estanho que quando ou diga estar falando sobre a misiea da poesa ot este ponco tana énfasa sobre, Converaegao, Mas eu devo lembatihes que 2 musicalldads tia poosia néo ¢ algo que exista & parte do sou signiicad De outra forma, nia paderiamos tr poosia de grando beler= musica! quo no fzesea eantico, 9 ou rurce me doparel com tal espdcie de poosia. As excepdes aparentes somente mas- Itai uma dlfrnga do agpecto: ha poomas nos quais nbs somos levados pela misioa @ presumimos © sontdo, como hhé poomas noe qiais née proslamos stongdo a0 signiiesdo f somos fevados pela mdsloa com pereebéla. Vamos tomar lum exemplo aparariemente exttomo — 2 possia do absurso (nonsense) do Edward Lear. Suz poacia do absuido nio & despida de somido: ela @ una purédia do senlda, © isto sid ¢ sentido dala, The Jumblles 6 um poome de aventuras 12 8 nostalgia pelo romance de viagem © explragtc: The ‘Yonay-Bongy ¢ The Dong with a Luminous Nose sio roomas do paixéo no coreepondia, blues na verdad. Nés adnirsmos fa misics, que ¢ de alta qualidade, ¢ apreciamos 0 sertimsn- fo do iespenssbildads em rolsgéo_ a0 sentido, Pedemos pogar também um poama de outro tipo, o Bive Closet, do Willan Moria. € um pooma encantsdor, spesar de eu néo poder explci-o e duvider do que 0 auior poderia to ex plicado. Ele tem 0 efeilo semelnante de um encantemento, tras estas aio formulae dectiades a producir resultados det ids Iais como tar uma vaca de um brojo. Mas, sue Sbvis Intengio { 9 04 acho que 0 aur foi bem sucedido nist) & 1a 60 produzir 0 efeta de um sonho, Néo & necesatro, @ fim do apreciar © poema, saber © que o sonho significa: mas ff seres humancs tém uma inabolival conga de quo 08 80° ‘hos significa algo: eles costumevam screditar — e muitos finda eféem —~qio oe sonhos desvendam os supredes do {uluro; 8 efenga ontodoxa do noseos dias € que los fovelam fe sogrodos — palo menos os mals trrvels segredes do ° oe pesado, & um lugar-comum bearer qua a slgniticegse oe m pooma pods eszapar totalmente 8 pardtass. No 6 to ‘gor-comu observar que a signlieagso de um pooma pode Ngo maior do quo 0 prepésito consclonio do seu autor, © igo bastante aiastede de suse origens. Um dos mole obs cuwios poctas medornos foi 0 asefitor francis Slephane Mal Ions, lo quam c@ traneseee algumas vezes diam tor ua ‘injuagem td pacular que pode ser entandida somente por fosirngeites. 0 faloeido Roger Fry © sou amigo Chars Mau- ron publcaram uma tadugéo pare o ngiée com notes dest= hnadaa a resolver 08 enigmas: quando eu ou falar que um sonola ate fo inspira pela isso de uma pintura no ten fofetida na superficie polkia de uma masa ou pela visio da Jue toletan ae expuma sebte win eopo de cervele, eu pesto somente dizer quo este pode sor uma embriologia correts, ‘nas no 6 © signiiesdo. So nds somos tocados gor um poo- ‘na, lp significes algo, tevez algo importante, pare nés: se ‘iis no formes tocadoa, nldo ele 6, como poesia, sor sig- nileagao, Nés podemes car protundamente emozionsdos &> xcutarmos a eitura de um poema numa tinue da quat no fentondemes uma palava; mas, se nos disserem eniée que o og 6 ua. algaavia @ no tom significado, covamee pon sar que tomes lucidos — aquele nao era um pooms, ora mo ‘omenio a imilagfo de misioa instrumental G2, coma sabe. ‘nos, gomento uma parle do eentié> pode ser exprosea pein Drsrase, Isto 4, porque a posta est ocupado com as ton Vetas 6a perceppao,além das quas es palawas falham, epesa igo 08 elgnifcadas ainda oxictom. Um pooma podo parsear cigniicar vavigs cols clferentes, para. derentestetores, © todos asses signtcados podem sar diferntes dequeles que © autor pensou querer exprossar. Por exemple, 0 autor pods ‘sine escrevondo sobre slguma exporiéncla pessoa! espect- «a, que ole encara como algo sem qualquer ligsgio exterior fnlretanto, para 0 liter, 0 poema pods tomar-se a expresséo ‘do uma stage ooral da mesma forma como do aiguma ox ° Periinca particular prépria, A Inlerpreapio do letor pote ) tiferir €a do autor, © pedo cor lgualmente vida — sta pode ‘ser mosmo melhor, Pode Naver mito mals num poema do ‘que aqulo de que 0 autor tha eonsciéncia. Ae dterontos Inlerpretagdes podem sor todas formulegdos parclas d= ume 16 colea. As ambipildades podam sr dovidae a0 fata de que ‘© pooma significa mais, © no menos, do que © dlscurso corrum pode comunicar essa forma, enquanto a poesia tata exami algo além aquilo que pode ser expresso pela prose, ola permanece da ‘masa forma uma pessoa ‘alardo outa; © faa0 & também verdadeire na cancso, pois cantar @ outo modo de converse. A Imediacso da poesia & conversngio nia & um assunio ‘bre o qual possamos impor fels eoverns. Toca revelugio. Dostica esta ata @ ser, © algumes vezes anunciam eat, uma ‘olla 20 falar comum. Esa 6a ravolugsa que Wordsworth ann ou om seus preface, e unne ra280; maa a mesma revolugto tints sido lavas efsito um abculo antes por Oldham, Walle, Denham © Dryden. & a mesma rovolugdo Irompera Novae ‘te mais de um aéculo depois do Wordsworth. Os adepios de uma rovolupie desenwalvam a nova lnguagem posticn mums fou noua dvegao; aprimoramna ou aperteigoam-na. Nesse ‘mola temp, a lingua falads cortinon modiicando-20 @ a lin quagen podties tea ultapatsada. TaWez nfo not aperceta- mos 0 ido natural dave ter soada a linguagem de Dryden ‘20e seus contomporsnoos oe maior eenablicade. Nenhuma poseia,natuaiment, & jamale o mesmo linusjar que o pot laa ae fol ou quo cscuta, mae devo oster numa tl relagso om 6 dialot de sue época que o aute ou 0 leltr possam. {iz0r “Assis 6 que ou flavin eo falnesa om verso.” Tal 6 9 ‘azio por que # melhor poesie coniemporanes pode-n0s der uma seneario de cxaltaggo © um sentido de reaizagao cie- rons de qualquor sontimenio despertaco mesma pela poesia muito cuperior de uma époea passads ‘R musicalidado da poesia, poriani, tom de gor a quo est latenie na fala cemum de sua épo0a, & Jsea signifies tambem ‘qo Wom do tar Talente na fale comum do teger do poota. Fito caborin no meu proptste aval ivestr conta a ubiglda- fio do Ingle padronizado ou da BEC. Se wéesoros a falar Iedos ci mosma ranaira, no haverla mais razio para nfo fvorovermos da mesma manele. tos, elé que chogue oxsa @poca — 0 espero que so adla por mute tempo ainda — é lovla do poets lear fala que encanta em eou meio, equ Jn com quo este mais tamilarzado. Sempre me recordarel da Iirosto eausada por Wi, B. Yeats lerdo em ver ata sun [oo8a, CUv-o fr O& prbpries poemas era sor forpado a ro- Confiocor quanto se neceasta de manera dp flay ilandess pita rssaltar ag belezae da poesia ifandosa. Cuvir Yeats, lor Willa Blake ere uma expariéreia de tipo cifranta, male fvpanions do quo sitar, naturamerte, nfo queremos io 0 poole simplosmerte reprodiza exatamente @ lingua. ‘apm da conversa que usa gus fais, seus amigos, ela pré- blo ou seu baliro om particular. Mas, 0 quo ole all encanta 6 0 malorial do qual tam de fazer ava possia. Ele tom quo, um 0 escultor, ser fil 20 marl cam ave trabelha: € do ott que 9¢ aeaatumeu a ouvir que tem de evar eve melodia f barmenia, Soria um erto, contudo, supor quo toda possin deve or molodiosa, ou quo a melodia soja mais do quo um doe Componentes da misica daa palavras. HA poosie que & para tor canada; a malor pare 62 poesia, nes topes modernos, 6 para sar falada — @ hd mutta eoleas a orem elites além do ‘murmario do invmeras aboinas ov do gomido 2 pomeas nos ‘loe imemotiais. A clasontncia, metmo easofonia, tom ou lugar, essim come, num posma razoavelment longo, em ‘to her transis entre passagens da maine eu manor inten- ville, para dar um cero timo vommreandemos mals palenfemente em una destos P2584 a ‘das quals Harset & a principal, © que podem, com toda 2 propriedade, er procuzidas em roupagens modornas. No fampo de Otway, © voreo branco dramétieo tinhs-se tomado frites @, na melhor des Npoteses, reminisceno, € quando ehegamos is pogas em verao escrias pslon postas do 26 culo Xi, das quals a melhor ¢ provavelmento The ene, 6 ci proservar qualquer ius 0 realidade, Quase todos fos maioros poelee dp séeulo passado eocraveram pogaa om voteo, Essas pacas, que pouguissimas passoas Wem mls <0 ‘que uma vez, so traladas com rospeito coma peesia subline. E cue inipe2 ¢ goraimen avrbulda ao ato do que ca autc- res, embora grandes postas, ram emadores no teato. Mas, reso que os pools tsssom possulde malores dons ne turaie para o teato, ou tivexsor-e0 esloreado pare adquirir fara teabal, euae pegas Yoram eldo Ineicazce do moon todo, a menas que cou talento © experiencia teal vassam- thes mostrado a reeatsideds ce uma oapéeio cereale vorsiieaglo, Mio se trata estencislmonta de Talla de enredo, (ude tlia do a¢80 ou de suspense, ou da realizacéo impar- folta dos personagens carsctorizedos, ou dt falta co quslquer ‘olga a que so alribua a conetagéo do teatro que faz. com que ‘ic pogae iam to som vida. Tralas, primersialmont, do Tato 00 se ritmo se tngeagen ser algo que no podemos fsociar com qualquer pessoa, exceto um reciiador da poesia. \Mesmo 2ob a paderosa manioulacto de Dryden, versa branca dramiico mosia séria dolororagto. Ha poseegone fexpléndides om All for Love, Contuco, 05 personagens de Dryden falam por vozea com maior natvraidad nas pogae heroieas qua ele escroveu em cupia rima do que 0 fazom fo que rodola parecer a forma mais natural de verso bran ‘co — embora menos nsturaimente. do quo o fazem os per sonagons do Comeill ¢ Racine om francés. As cavsas para f secenaia © declnio de qualquer forma de arte ato sompro ‘complexes, 9 podomos buscar uma série de causas que com> Iuibuiram, embora peraga exetiralguma eaves mals prot o in ineapnz de sor formulada, No gostara de suger ne numa taza Isola por que @ prose tenha vindo a subsi= tiv b- worso no teat. Mas, tenho cortezn do que. uma fiollo pela qual ¢ verso Branco Ado pode ser empregado oor no featra 8 que tanta quantidade de poesia nBo- Aramitiea, © suDlime poesia néo-dramética, fol escrta om fo brane noe timo 309 anos. Neseas mentes ficam ataias nessas obras néo-draméticas por aquio que & for- Inaimonte © mesmo tipo de verso. Se pudéssemes ver, nam tigo do imaginagéo, Miton como artacessor do Shakes fate, Shakespeare feria que Yar descoberto una forma de vo vomonicar bem diferente da que aquels que USSU © aper- foigoos. Mifon utlizey 0 verwo.Drenco de ta manta que hinguém antes haviafentado ou jamais toniaré, @ ao faz0-o ontibula maiz do que qualquer outro poota © mais do avo fnlquer outro fetor para tomar Impossivel sun vtlizagéo frta 0 toate. Embora posssmos também scresilar que c risa branco dramatio [@ tznha exaurdo seus recursos, ©, pram, roo fora ftore am renhuma eventuaidade. De '%0, Nilion quese impossibltoy & willzaglo do verso braneo para ‘walquor propésite eurante algumas geraces. Forem os pro: thuores de Wordsworth — Thompson, Young, Cowper — quem ieram os primeitos eeloreos para recuporar © verso branso tie dogradagte s que 02 iatedores do Miton do século XVI fo tinham recuzido. H4 muito © variado verso branco de exce- Tenia qualidado no século XI: 9. mais préximo ca fala co- tigina @ 0 de Browning — mas, em seus mondloges © no fom auee pega, o que 6 bastante siniicatvo aor um gonerlizagio como oxen no iplics quale vor juigemonto sobre a estatura relatva dos posts. Sim flosmente chema a etengSo para 2 profunda ciferenca entre Crvorsa damatica @ todos os cemais tpos do verso: dio- fenga a misiea, que 6 uma dlferonea na rlacio com @ fire fous falaca na época, lesa leva ao meu aogundo ponto: que 2 iaela do poeta vai dere nfo apenas de acord> com sua tonsttuigho pessoal, mas de gcordo com o periods em qua ss ‘le se enoontra. Ei alguns porlados, a tareia @ explorer as possiilidedes musicas da uma conengSa asiabelecia entre 4 relagio da linguagem do verso com & linguegem falnda; fem oultos perodos, a tareta ¢ stulizarso com ae modi c2g00= que 0 eloluaram as lingvagom catalan, que ec fundamenaimente meaieagées ro ponsamento © na ean biléado. Esse movimento ciclioo também tom uma enorme Inlutncia eobre © nosso julgamento critoo. Numa époce como a nossa, quando uma renovarso da die¢ao posios se- rmalhante 8quola predvzida por Wordawortn fol eoliciada (quer tena sido setistetoramente realizsda ou no), tendomoa ‘exagorar, bascades om nosso julgamento do passedo, a ine portine'a dos. movedores com prejuizo da. reputaedo dos ‘contniedores “Ji alo! bastante, orto, pare eselarecer que no aero. lito que a tarsta do posta sela, prnordiaimente © sempre, lever a ofeilo uma rovolugdo na linguagam. Néo sora devo. Javel, ainda que fosse possivel, vor om estado de perpétua rovolugdo — a ansia pola novidado continua na dogio ona rmética @ tao deentla quanto a adeeso obstinad & tinguagem de nossos aybs. Ha épocas para explorapto e épocas para © desenvolvimento do teriério conauisiado. © posta qua mais ‘02 pola lingua inglosa Yoh Shakespeare: ela executov, hum curta porodo, a tarela de dois poctae. > posto dizot ‘gui, om pcucae palave, que © desenvowvimento co. verso de Shakeepeare pode ear dividido, rosso modo, em cols po- Fiodos. Durenis © primeir, ela adeptava leniament sua for- rma A lnguagem cotidiana, 6 moco quo, na époea em que escrovou Anténlo e Cledpata, ele havis wlaborado un melo de comunicacio om que tudo que qualquer dos personages Ccracterizadoe no eeu tbat than que dizer, fsso elevado fou vulgar, postica ou prostice, posia ser dio com natural dads © boleza. Tondo stingio esto ponte, elo eomagou ontio ‘a etzborar, O primoto peredo — db poeta que comegou com Venus © Adénis, mes que J havia em Love's Labour's Lost comegade @ tor uma visio do que tha do fazer — val da Ey ilioiidad & simplickdedo, da rigidoz & fexbitdade. As Sitines pogas eaminam da simpliidade para « elaboregao. { slaigupeare do partodo fia est4 ecupado com @ outa func io poole — @ da experiencia de ver qui claboradr, i complicnda # musiealldade pode ser, som perder com ficients © contecto com a fala coloquial o sem que os [iomenagens doivem de ser gores humancs. € esto © poets Uis Gpnbating, do Conto de Invemo, do Périctes © do A Tom poviads, Dagusles cua exploragSo tevou a este cnlca divo- thn, hilton @ 0 maior. Podemos schar quo Milton, ao expio- far musicalidade orquosial da tinguagen, slgumas vores tissn completamente da falar um idloma social; podemes ohar que Wordsworth, ao tontar retornar ao isioma social, puss dos limites 2 tora-se padeste: mes 6 trequertemente Yoiads que aponss indo Tonge , Spenser e Wordsworth sio ambos muito Important na hstéria da iteraturainglesa dovido todas a¢ ‘omals cbras posticas que essa pessoa entende melhor pelo fato de contecdles, quo todes daveriam saber algo a res- pollo. Ndo hé multas antologies que fornogem trochos subs. tanciais do poomas longos — hi uma rio il eompilada por Chaves Wiliane, quo possuia a qualidade peculiar do re monte goslar do todos 08 pos de poems longos que nin fguim male 18. Entctano, mesmo una bos aniologia com: posta do trechos curtos pogo forrecer algum conhocimento fque vale @ pona ter dossos postas quo no so do nosso agrado. & assim, como todos necessariamonte ttm gostos Individuals por poesias a quo outras pessoas ado atribuem valor, assim também todos, stxpelio es, tém um ponto cen ‘ap olhar a obra do um ou mals postas que tm de ser rac recidos come grandes © cut uso da anlogla ¢ equola que pode eer it as: rg $8 © compliador 6 p80 80 um Romer de vast itu, mas também de gosta muito apurede.. HA muitos poetas que foram: tedos0s de um modo gel, mas quo tveram lampejos oca- ‘orale, A maleia de nds no tam tempo de tor Todas a6 ‘obras de postes tediosos de conpotincla © daslague, eape- clakmenta es do outta época, para descobrir por néa mesma= 08 Wectioe bons: raremente Isso nos valerie @ pena, mesma que Wiepusiesomos do tompe. A maia ou mance um eéevle,todoe os smanias dp poesia devoraram um rove lio de Tom Moore, sim que foi edtedo: hoje om ia quom 16 Lalla Rookh na Inia? Southoy fol posta taurado ¢ por ieeo mesma excto- ow nies: corheco uma poscea que leu Thalaba, reno fam. ‘san Tho Curso of Keharsa quendo ecanga e que telém algo ‘% mosmo afeta por eles que ou Lento por Tho Light of Asia, Iiago se muita pessoas jamais fram Gabi, contudo, Lan- ot,» autor desso Imporante pooma tongo, ofa na residade ‘im poeta muito capar, Ha mislos poemas lenges, no oniane te, ave parecem ter sd de apracive folura quando surgvam lt primera voz, mas que ninguém mais 1 — embora et lsnpeite de que heje em dla — quendo s tego de prosa sur yo « noceseidade quo era proonchide, para a maloria dos Invores, polos romances om voreae de Seat, Byran e Moo: 0 — pougulssimas pessoss 1gom um poeta muito longo, Inonmo quando acaba do aait do prea, Assim, ae antologina ‘6 volumes de sofegdes de textos postieae 40 ule: pole ‘vnuém tom temo para for tudo, © hd pooman dos quais wyanag alguna aches permanseem vives, ‘ artologia pode ter ainda outta utlidade que, segunda 1 tha do pensamenio que venho adotando, padaramos qiocor. € 0 interesse da comparagéo, do tor, mum pequena ‘pice, @ snopte do ploaresso da poesia: © 29 ha mio que Indomae aprender apenas 2e lermor toda a obra de um poo lu, existe também mult que aprender ao pasear do um poeta ints ul, Passer daqol para li, enve vma Balada de fron= Fra, um poems lca eleebetane, um poms titica do Blak” ‘01 do Sholey © um mendlogo do Browning, 6 ear capes da iiqune experénciag enecionals, assim como acsurios para totledo que a earcantragto ds steneto num si posta nto pada orecer. Assim come num Jantar bem plarojado 0 que so ‘ueeia nfo & © ndmero do pralos por si masmes, mes a tcombinegte do coisas aprauiole, anaim também hi prezoraa Ina peccia a sofem aprosiados do mesmo meco, varios pea o ras bem dilrortes, pot auloros de tamparamontoe 0 éposas dierentes, quando {idee om eorlunto, pocam inaivieualmenta realgar 0 sabor peculiar do cada ur dos outros, tendo eat um ‘algo qu fala aoe demsls, Pera apreciar esse prazer,precl samoe do uma bos antologa ¢ também ce um pouce Ue pri- toa na sua utlzngo Voliret agore 20 aesunto do qual se pode pensar qus imo desvoi: ombora ro eojan 28 08 poelae mansros qua esto represeniados nas antologas, pademes considerer poe- tas menores os que 66 lemos em artologia. Tivo do ostabe- lecer ums edmeestacéo (caveat) conta iso, a0 amar que para cada leltor do poesla dever'a haver algune poolas mo- ‘ores que the vsleriam @ pons ler @ obr8inoits. Mas, 8 par tir esse ponto, encontramos mais de um tipo de poste ms- nor. Ha, naturalmonie, pootas quo eécreversm apenas um, 04, apenas, uns pouquissimos poemas multo bons, de modo ‘que no parece haver rszEo para aiguém ir além da antao~ sin. Um desces, por exemplo, foi Arthur OSheughnessy, cu)> ooma que comeca “We are the misc makers” (Somos 05 cradores dt misice") aparece om qualquor antologia que Inclua poses ct altima motade da e4culo XIX. Ours, para alguns Ietores, embora nfo pars todos, eriam Emast Dowson, fu Join Davidson. Mas, @ namero de pootas do que podemos: dizer quo para todos 08 leitores deixaram apenas um ou dois, poomas em expecial que valom a pena aor tides & roalmont> Invito pequene: at probabilidedes sto de que, se um poets ‘eecrvu tm pooma bom, davork haver algo no rosto do S60 trabalho que merece ser lide, pelo menos por slgumas pov feat pessoas, Davxando essa do lado, vemos quo, reqior- tomemte, pensamoe ont poclas menoras como © poet ‘que apenas escceveu poesias cutas, Porém, podemos. oca- ‘Somimenle pensar om Southey © Landor, © numa hosts le aecritores dos séculos XVII @ XVII, como postas meno foo tembém, ombore tivesem doixed> poomae do tamanho Yerdedeiramonta monumental; © pense que hoje om da poveoe, palo mesoe etre os lltores mais jovons, persi- 68 ‘ln em Donne coma poeta menor, embora munca tvaese ‘ello sis ou epistles ou om Bako com pocta menor, momo que nunca tvesse asco geus Lvos profticos, Assim, \yorioe eonelcerar come poetas moneres, num determinade somo, alguns postaa cal repulagso, coma 30 apeeeents, Aloponde de poomas mutto longos: a como pootas mires, igons que escreveram apenas poemes otros Poderia parocer & primera vista mae simples reteruno. tos os eserlores monores de epicos come eacundécoe, 08 ‘ind, mais dastioamorte, como grandes potas tracaseadoa, rosascarem, certaments, no senlico em que ninguem mais 1 sous poeras fongos hole em dia: eles sfo secundérios, no soilio em que julgamos poomas langos do woordo com pa 1088 muito alos. No achamos que um poema. longo valha 1 para, a menos gue asie, om sun categoria, tho bom quanka “Tho Faery Queen, ou 9 Paraiso Perdido, ou © Prokido, ow on Juan, ou Hyperln, © oo outros posmse lenges que sho do primeira oréem, Todava, voricamos que algune dossos poomas sesundatios sie eoneideradae lolura valoes para hlqumas possoes. Nolamos também cue no podernos sin Hesmente divcir poemas longos mum pequeno nimoro. do ‘obras:pinae © num gtande numero daquelas com que no nos procisamos prescupar. Ene ambos os tipos qua acho da ‘moncionar © um tabalto manor de valor como The Light of Asia hi toda uma série de poomas longos do diferentes pos ' gadagso do importanci, do modo que nto podemos esta. blecer uma linhe detinds entre 0 quo ssja maior @ maner. ‘ue dizer de Seasons, de Thompson, © de Task, de Cowper? ‘So posmas longes que, £60 Interesse do lle ta alge em weeds dtlorertes, pode-se conlentsr em conhecer apenas lrochos; mas eu do admit consderéloe poemas mencres, ‘91 que quaiquor pari éo cada um dalos fosso io boa quen- to 0 conjunto. Quo dizer de Aurora Leo, da Sra. owning, ae Jemaio i, ou daquele forge poema de George Eliet, de qual hom me f2corde nome? Temes ficuldade em seperar os autores de poomas ongos em poeias meiores @ menoros; nio nos & male teil ocicir com rolagto autorea de poemas cutis. Um caso ‘muito interessante & Gseree Horbert Todos nis conhocemos alguns do eave pocmaa, que ape ‘recom repetidamente om antlogia; mss, quando lemos toda va colecio de poemas, surprsendeme-nos a0 vor qusntos les noe impressionam camo vendo tho bons quanto 08 pos- ‘mas que encoriramas nas antologis, Mee The Temple 6 igo mais do quo uma série do poemas religiosee por autor: 4, como 0 tule necessaramente implica, um lwo. constr. {69 de scordo com um plano; e a0 noe familarzarmos mais com os posmas de Herbert, vetileamas que hi algo ave retimos do tivo intelo, qua @ mals do que = soma die sus partes. © que a principio tom a aparéncia €o. uma ‘cestao de poomes ticoe belos, mas feolados, vem a #9 volar como uma meditagio religiosa coninca dentio de uma etatura intelectual; @ 0 fo como um togo ravela-nes 0 eeplito analicano de devocic da primeira metodo do eéoulo XVII. © que & mais, passames a entender Hereert msihor, & senlina-nos recompensados pelo osforc, 52 corhecermos ‘algo sobro ce ceeitoresteoligleos de sve époot: 20 sabemos algo soerca dos escrtores mistions ingleses do sécuio que. toro 9 e2 conhsearmos alge do corios oulres poston sous ‘contemportneos — Donne, Vaughn, Tisherna — 8 ehegamds a Dercster algo om comm entra eles 2 sua oFigam e formagto 9tles, fnalmente apreademos algo eobre Herbert ao com. ara’ a dovecdo tsiea anglicana que ela exprime com os eer timentosreigioeos mai cortlaentais © romanas de eeu Corr ‘emporaneo Richard Crashev,Porteno, eu, como tal no poss Adie que Herbert caja chamaée “un peeta menor: pols nko de uns poucos posmas favorites que me lembro. quando penso nole, mas da feds su obra ‘Agora comparcines Horbert com dois outros poetas, um lgeiramente mais velho que el» e outro da getagso ant. for, mas ambes autores muito deslacadce de poomas Ics, 10 Dow poomas de Robert Herrick, também pastor angicano, mas homem do tomporemento bestanto diferente, também adqu Fimos © seneo de uma pertoraidade uniiacor, © passamos { vonhoeor 2ua personaliage lendo todos os Sous poemas, por ter Mo todos o5 sous poernae passamos a aprociar ‘vw melbor aqueles de que mia gostamos. Was, primelr, io ium propésto corsciento de continuidede nos poemas tio Howiek; ele & male © homem puramente naturel @ ospon- lino, eseravendo sous poomas coma a fantasia os dia; o ogundo, a porsonalitade expresse nesses posmas 6 menos Invsitada — na roallsede sua propria eeponiansidads hones- le quo Ihe da ou encanto, Rolatvaments, gannamos muito ‘nals do um do seus poomas do que de um cos do Herbert: contd, ht algo mels po todo do que nas partes. Em se- ‘ulda, consideremes Thomas Campion, o autor de. cargos ‘lsabotanas. Caberia dizer que dentro do seus limites nae lato stesG0 mais completo em toda a poesia Inglesa do (qv Campion. Admitlo que para entondor seus poomas com- plotomenle hi slgumas coisas que se deve eaber: Campion ra misic, @ escreveu auas cangées cartades. Apreciamos Insibor seu poomas se tomas alguma familardade com 2 Inisica Tedoe @ com 08 instrumontos para 2 quale fel oc- Ula; aestamoe mais doles 92 spreciamos esso tipo do mo- bles; o queremes no apenas Hi-loe mas cuv-loe centados, (cantados do eoordo com @ propia conjuntura de Camplon. Form, 0 neeaasitanoe tanlo do conhecer quslequer das bolas que, no caso do George Herbert, nos ajuda a enter Holo melhor © 8 eprocltle mals; néo procisames preocupar- rice Com © que ele pensava, nem com os Tos que ia com iin origom racis, nem sua personalidade. Tudo do quo prs- ‘samos 6 a conjuntureelisabetana, (© que genhanea, quando pastamos dos poomas dele, ‘vo lomo em antologias para a lure de sua colegsoints- th 6 un repatida prazar, a apceelagto de novas belezes © de tne varagGes téeniees, mas nonhuma imprestlo de tona- ns licado. Delo ndo podemos dizer que 0 todo é mals do que @ soma dae parts. Neo alma que masmo eate toate — que, de qualguor ‘mov, cada um tee do apkicar por si mesmo, com resultados variados — Go veriicar se 0 todo & mais do que a soma de suas partes soja por si $6 cfitério saistetorio pare distinasit fonite postas malores ¢ menores. Nade & tio simples ses: fembora no sitamos, depots de ler Campion, quo © conto. ‘amos como homem, como realmente renlince depois de lot Merrick, bascados, enolate, em outs funcamntoe, po ‘que lo 6 tio dostacadamente 0 artssio mais notvel, ey con- idearia Campion ccmo um posta mals. importants do que Horick, embora mullo abaixo de Herbert, Tudo que vento alrmando é quo uma obra quo eonsiee da una rie de poa- ‘mas curts, mesmo ¢a poemas quo, considerades separada- monte, poseam parecer um tanto insignticantes, podo ser, fe poosul a uniéade do uma estulira subjacans, equiva. lente 8 um poema longo de primers categoria no estabeto- feimonto 0 diteita do autor om ser oonaderedo un pools Imalor. Esso aiato poce, natutelmente, sr estabelecico por tum pooma Tong, e quarde esse poems longo & sufiont monte bom, quendo possul om si mesmo a unidade © a varia~ ada adoqusdas, néo procleamos corhecer, cu se conhacer moe no procisamoe valvlear demasiadamnte as domaia obras {do posta, Eu proprio consderaria Samuel Jenson come Roo ta mar palo simples testemunto de Vanity of Human Wishes, Goldsmith polo tastemunt do The Desered Vilage. Parocomos, até agora, ter chegedo a ums tentative de corciuséo de gre, © que quer que um poeta menor ¢efa, am poeta maior & aquelo cula obra intra devernos ler para pl ramento aprocir quslquer do uae parts. Mac, [limita mos um tanio essa amacéo extiome co adit nesta cato- ‘geria qualquer poots quo fenka escrte mesmo um 96 pooma ongo que combine sutcion veriedace em unidada. Porém, ha certamente une pouguissimos noetas om inglte de eva ‘obra nfo se pode cizor que tudo deveria ser ldo, Shokespeare, orlamente, o Milton, Quanto Miton pade-ee dizer ave seus ‘ito poems longos, Paraien Pordde, Paratoo Reconauls- ldo, Samcon Agenisis, nao dever apenas ser Ios na Inte- 1, por eeu proprio valor indivi! — mae tambéen que pre- jumos 180s todos, assim como procisamog ler todas 25 ‘poeus de Shakespeare, a fim do pleramenta comprennder ‘qualquer wna desege obras; © a menos que Ieiamos os s0- ‘olos do Shakespeare também © os poomas menores de Mi fon, haword alge fatando a nossa apreciagio daqilo. quo Jomos. Mas, 08 poetss dos quais 6 poce fazer tal expoiancia slo muito poveos. Podese ver mio bem sem ter ldo os olmos poemas éo Browning eu Swinburne. Nao atima- fia om confansa que so dover ler tudo da Dryden ou Pope: ©, cartamente, nfo me eabe dizer que nio hala partes de The Prolude ou do The Excursion que no dovessem sor emits ra fit. Pouguesimas peecoas dosojam dedicer mult tom- po doe primeiros poomas de Shelley, The ROvolL of tam = ‘Queen Me, embora ae notas sabre este dilmo poema me ructm eortamenta ser tidas. Assin,toramos que dlzer que un Doota major 6 aquole de euja obra tamos de ler uma grand parte, mas nom sompro a ttalidede. E, além do perguntar ‘quale o¢ poctas cule obra inoa vale a pena ser ise?”, lemoe também de perguntar “qusie os poetse cuja obra In- oie vale @ pena eu ler na integra?” A primeira pergunia su- rm que ceveriamos tontar compre aprimorar nosso gosto. 1 segunda sogere que devemos sor sincoros & teepelto de rosea gosto. Asim, por um laco, & int! diigentomente ler mcsie Shakospeate ou Milton do cabo a rabo, a manos que so encontre ali algo do que so gosto imadiatamente. so- monte eeto prazor imodista que pode dar o poder de motva (0 pars let @ obra Intra ou a perspectiva do alguma ro- ompensa quando termioada a leitira. E pode ser qua hai, 1 vordade, doveria haver — como disse — alguns posts ‘quo tenham imporancia bactants para o leltor para fazé.l0 lor todas a5 euae obras, ombora poseam no tor © motmo valor para @ matoria és culras pessoas. esto tps de 7 apreciae#o no pertence apenss a um estigio do desenval verte do gaste quo so supe! ‘alguma afinicade entre © letter © um autor ‘durara a vida inf. Pods até tor que 0 leitor esta ‘especitesmente guaiicado para gostar de um posta que pol “quisimas outras pessoas sejam capazes de aprecir. Dirla,entfo, que hi um po do ertodoxia a reeplto da folatva importinelae grandeza do nosses postas, embore hija pouguiesinae repulapsee que permanecam completa monte constantos da uma goragso @ outa. Nenhuma reputagio postion Jamsis petranece exatamente na mesma sltuaedo: 4 una botea de valores em futuagdo constant, HA os grandes fomes que apenas flluam, por assim dizer, dentro de um Tinie redutido de pontos: quer Miton eatoja colado em 104 pontos, ho, © ceega para 87 1/4 amanna, nao importa, HA outa raputaptes, como a ds Donne e Tennyson, que variam fhuma margem multo mals ampla, de modo quo so tem que folgar seu valor pola média durante um longo pariedo de tompa; Mi outos, ainda, que sd0 muito estivele durante um Jongo perledo mim indica mais baixo, ¢ permanscem como bons investientos a eet progo, Eh elguns pocias quo cons tiem bone Investmonloe pora slgumas pescoas, embors no aja eetagho ds proco para eles no mercado, © as acdes pos sam ser nc-nogocievels — temo que 2 comparago com a boise do valores gp dius neste ponlo. Nas, eu diia que, em bora hala um ial objetivo do gosto ortodoxo em poosis, no rihum Teor pode ser, ou devera tentar sor, competamente foriodoxo, Existom, certamente, algure poctis que muitas ge ragbee de pessoas do Inisigenci, sensbilidade © vast leiire lapreciaram @ quo (oo 8 que gostamos de poesia) nos quel vale @ pon tentarnos descabre por que tals pessoas os epee Csrem e s2 tamiém néa nfo es podemes apreciar. Dos ppe- fas monores, hcartamentesigure arespoto dos quae, dopols fio solecionar, podemos com razoével seguranga acelar a tpiniio commento. do que #0 faz0m roprecentar basta ads. ‘quidamenla por 403 ou tt8s poems: pols, como J¢ cise, ” hingvim tem tompo do doscobrir tudo sozinho, © temos de tenia algumas colsas a base dee aimazées de outros, "A maioria dos poetas menores, contudo — dente os procarvaram um minimo de reputgio — #80 pootaa que o ler do poesia daveia conhecer um pouco, mas apenas alguns tho pastas quo qualquor for vied a corhocer bem. Alguns nos hovatam covido'a uma eongenisidade peculiar de personel ‘hou; algune dovido a0 toma, algune dovido a uma qualidade clea do humor oY emotvidade, por exemplo. Quando Intros de Possin, com “P* maidscul, somos tevados a pan- for apenas na mooi mals intenea ot frasa male magien: ‘conto, hi indmeras mansias em poesia que mio S80. mi ‘lens © que ndo e0 nbrom para @ eepuma do mares porign- fos, mas-que nm por Isso doixam do eer Jaalas peteta- Inonio edoquadas, Ache qua George Crabbe fol um posta Iii bom, mas néo 2a vil aiém em Buse do méglea: se 0 Tet aprocin eelaias resist da vida da uma aldeia em Sut- folk 120 anos alr, om vereos io bom eserlie quo conven: ‘umn 0 letor de que a mesma coisa nBo poderia ser ata em plota, 9 leor gostark da Cratbe, Crabbe é um posta ave lm Go ser ldo er doses macigas, ou ent, ceixado de lado; fovtante, 86 0 leler 9 acha monéiono, dove spenas parsar ts oles © lagar. Mag, vale @ pena saber de sun exsténcin, ‘bio ela teje do get! agrado, © tambibm por ieso revlard co inion algo acerea das pessoas que 0 oprociam. Os pontor Ivincipsis que ai6 agora tental estabelecer slo, segundo train, 28 segues: a dltarenga ene pastes maiores © m- ores nada tem & vor com o {alo de terem escrito poemas fongos ou sponse posma curtes — ombora os que $80 reek fwonte poeias malore, pouguisines em nimero, sempre tt Towim slgo a oizet qe 36 poderia ter sido expresso em um yin fongo. A silerngs importante cati om saber $0.0 Tonhecinents do todo ev pelo menos de ums parte subs Tunciat Ga obra do posta nos fax aprecé.io mais por fazer fins enlander melhor qualquer um des sous poemas. le00 Tipton uma unidade sgntiestiva em toda sua obrs. No se 6 enseaue repreduairtotelmonto om palavtas « compracnet seumulade: nfo podoria d2er exaiamonta por que acho qu. ccompreendo gosto do Cons mas por ter lide © Paraiso Perdido, ou mals do Parco Perdido por tor lio Samwon| ‘Agonists, mas estou convencico ce que 6 Iso quo accnice. Nem sempre posse dior por que, através do conhacimenta ‘ouma possoa numa série de stuagbes dierontes © pela obsor ‘wagdo do sou comportamento. em circunctinclas varias, sito ‘que entendo melhor eot comporianento ov condita numa ‘elerminada casio. Mae acrocilamos que esta pessoa & uma uniéade, ndo importa quto Inconestenta soja sue com isla, @ que a convivencla com ela, durante um cero period e tempo, a torna mals comproansivel, Finalmente, eu gine Wiquel esta dlscriminagdo objelva entre poetse msiores ‘meneres com referbnein a cada lltor em particular. No hi, talvoz, dole leitoror para ee qusie um granda posts signi ‘quo a masma coisa, smoora estjam de acord0 quanto & sua ‘randeza: muito mals sinda, ent6o, nto havers cuss pestoas para quem os padrdes da Poesia Inglasa sojam os mosmos, Bo mado que, para dos javslmente competent Ietares, um poeta, om particular, pode ear de melor importinia pers. um © de menor para outo. Ha uma tina rofexdo aor feta, conederand-to @ pocsla comtomporanea, Algumas vezee encontramas erlieos Confialements afiemande, em seu peimelro contacto cam 9 bra de um novo posta, ser ela poesia "maior ou “mena gnorardo a possibliede de que 0 que 0 critica eel eo. flando ou considorando nio aeja nom pocsia (pois alguns vezes podo-se dizer: “So isto foese possi, seria poasia “maioe" — mas no 6}, nfo echo aconselhvel fomar-eo uma eclsio tao rapicamenis. 0 maxino a que eu me aventure- fia a me comprometer no quo diz respeito & obra de qual. ‘quer poets vivo quando a encontasse pola primers vox seria slrmar se 6 ov n30 poesia genuina. Ton este pocla algo a zor quo sola um poueo diferente do que fA foi sit anterior ‘mente, © encontrou ele ro apenas uma forma aterente de % Incb-l, mae a mance diferente do dbo que expresso 0 fiwe fi da dierente no que esta dlzondo? AW quando me Chnpromete tanta eet que posso estar corando um risco 95- ciate. Posse fear impressionado pelo que elo ealé ntando czar @ subestinar 9 falo de que ela ro encontros lima nowt manera de @ fazer ov a forma de lnguagom quo ‘i rinigio da impressio ce que o autet tem algo de propro 1 ier pode rovolar-ee um simples fugue ou mansiriamo ‘vconde uma vis80 completaments convencional. Park qual- ‘Wor postoa que Id, como eu, um bom nirmro de manuscr- too, « manuserites por escritores que Ao #30 conhecides por entuma obra anterior, a margem de ero pode ear mals pe- Figosa sinde: pois ume série do poomas pode ser to melhor ‘do qe a8 outs quo estivora vendo que poseo confundr ‘not momentineo senimento de allo com a deecoborta do lin impotlarte talento, Multas pesseas ge contontam em ape- zo athar oer antologiss — a mesma quando so surproond- tos par um poem podem no pereebero fata, ou, se 6 fazom, odor no presiarstenco ao nome do autor ~ ou a esperar fl) que ae tome aparente que algum poota dopois do pro- ‘air vies vlumes (0 que Ror ei 59 ja 6 uma etirmapso) fol ‘acolo pooe ertlcoe (© no 60 que os erlcos dem ao escr ‘wr sobre uin poeta, mas euse reterdocias a este poeta quando norevenda sobre slgum auto posta, que nos impressiona rma. ‘primeira método nfo nos leva muito lange; 0 segunco ‘ilo & muito aegure, Polo mone, por uma razio née estamos fovos propensos a fear de uma cota forma na dofensva so- bio nossa prépria dees, Gostamoe do sentir que nossa prS- tiie epoca pode prowvzi grande arte — quanto mals bo foja porque pedemos tar a suepelta Tonginque de. quo elt thio possa: e vantinos quo se de slguma forma pudéssemos Jtudtar ae inharas Um grande poeta isso avmenar-oosia tim pouce’@ seguranga e darnoeia cenfanca am nés mos moe. Esle & um osejo palate, mae também porturbs 9 Isigomonta eriteo, pois poderas, preciptadamonto, conctui " que alguém & um grande posta quando nfo 0 ¢; ou pode. ‘mos bet injustemente doprociar um bom poeta por no sar lum otands posta, E com nesses contemgorinces milo nos deverismos ocupar tanto em inquitr so s80 grandes ou ndo; deveriamos apeger-nos A pergunts: “SSo genuines?” cdo! or a questio do sua grandozn para 0 Unico tibunal quo ede decidir © tempo Em nossa propria época hd, de ato, considerivel ple Dice para a poesia coniemporanaa do qua havia na gorasio Dassada. Hilo porgo, por ouira lado, do. deserwolver um Pébico Ietor que no vonha ® eenhecer nad a rospsio do Gusiaquer portes antriores 2, igsmon, Gerard Manley Hopkins, © que nto tenha a nacessara tundemantagio para 4 apreciagéo erica. Tambim hé 0 perio de ae pastoas fesperarem para ler um poola depois de estavelecida sua ulagao contomporénea; © a preccupacto, para aqueles cla és que operamos no ramo, do que, depos de oulra gorapdo Yer estabolecdo seus postas, nos, que ainda s9mos con. fomporineos, no sejamos mals tides. © porigo para o lator 4 duplo: © de que ele jamais fo algo bem reconle © de U2 ele omeis volts a Tor aquilo aba eemore permance atl H, portanto, quo se obsorar e proporgio ene nossa lettre de poesia antiga e modem. Nao eontara no gosto e em jamais lex poesie contemporines w eevtamonte nfo fecreditaria no gosto do quom naca le além dleso..Todavia mesmo nuilas pessoas que [dem possia conlemperanea no porecbem o prazer e a vantegem de descobrir algo sozlahos, ‘Quando se 18 poesia nova, poesia da elguén evjo nome ainds ‘do 6 ampiamente conhecdo, alguém que oe eriicos sinda ‘fo aprovaram, exeroo-s0, cu deveracte exereer, 0 prétrio ‘0810, No hi nad al diaco para noe quia. © problema ‘lo €, como parece @ mies leores, 0 do tonlar goslar Jo ‘ave no gosiamos, mes o de deka’ a nasea sonsbiidode tive pera reagir nauraimonte. Eu mesino echo Wo bestanta silo: pois, quando se asté lerde um posta rave com o Dropésito dolberedo de chogar a uma docsio, osse prop a sito pose inorarl © tomar ebscura noesn percoppto da flo que 80 senie. diel fazor as duas pergunias, "isto bom, quer me agrada ot) no?" @ “et gosto disso?" 30 ‘mos tempo: e freqdentemento verco quo © menor teste {6 quando alguma expresso, imagem ou verso de um nove ouine vets nesea treméria mals tarda, som ter sido soli ‘lado. Verileo também que ¢ ail para mim vor os poomas Invoe ae rovstaa do pocsia e vor ap sologSes da obra da pastes novos em anologias contemporanoas, porque, a2 tes, no estou sondo persaguido pela pergunia: “Deveria fy contibuir para que esses posmas sejam_puilicades? ‘oko. que & semahants & minha exporiéncia quando oupo. lume nove pepa musical pola primoia veq, ou suando vojo lume nove exposicdo de plntura, quo prefro Ir szinho. Poi, ‘i eelou sezinho, nfo hé nlaguém a quam soja cbrigado a fvpreasar va opiigo Imediata. Nao 6 que ou precise de tempo para mo resalver preclao de tempo pats saber © que rosimente sent! naquola momento. © esse senlimento nto {6 um,Julgamenlo de grandaza ou Imporsncia: & uma porcep- ‘elo da gonsnidede. Assi, nSo estamos realmonio proocupa tos, 90 far um poela contemparéneo, com o falo de ele set lum poste “maior” ou “manor. Maa, 20 lames um poeta @ Teagimos foravelmonta a ol, dovertamos desea ler mals tio mesmo autor; © depois do tormes tido o euficinta, do- ‘orlamos ser capazes de responder a pergunta:"é isto ape- risa um pouco mais da mesma coisa?” ~ 6, om oules pala- ‘ras, simplesmenta mos, ot algo dfecnte cue nada frescenta 9 qua jd havia oU existe ume relagdo ortve os oemas quo noo {82 porocber wm poues mais em coda um elas? Eta 6 a razso pala qual com a mosina reserva que fwanlomos para com = obra de posts faleckdos tomos de lor no aponss poomas Islados, como os encontemos ras confaogias, mas toda a cbra do poota 7” QUE E UM CLASSICO P (*) © assunto quo oscolhi & simplesments a pergunt: “Que 6 um eidssico?” No 6 uma pargunta nova. a, por exam lo, um enstio famoso de St-Seuve com esse. thule. A Importncia do fazerse a porgunta, tends Virilio especial mente om vista, 6 evidante: qualquer que asia deinican 9 fue ae chogue, nfo so pods exclu Vigllo — ov podemos lizor contientemente quo tom do eer uma detniio que ex. Drossamente o love em considereeda, Mas, antes do prom seguir, gostaria de destur alguns precotcatios @ antecipar eras nodes eréness. Néo preterde sabreparme ou si rminar qualquer dos ueos da palavra “clésico", que. ob pro ‘edentes tomaram pormisshel. A palava tom, 0. comtinuaré 4 er, varios eignicados om eontoxtes dveteos: proceupo- ‘me com um signitesdo num deteeminada contexto. AO de {ni deste modo o termo, no me grendo, eagul por dino, 8 no villesgio ca palavia em qualquer dos outros senicos fm quo tem 8140 uilizado, So, por exemplo, for epanhads 1", Disuto presitncal endo & Sainte de Vigo, mm swat publ pla Fabr & ake em da » . fom slguma ocasiso fuura, eserovendo, falando om piblico (91 conreando, usando @ palavra “cléssico” implementa fp signflear um autr-padrio em quslquerlingus — usan- ‘on meramente como Indleapfo de grandeza, ov da porma- hopola e Importincia do autor em sou campo especticg, ‘como ao falar a Tho Fith Form at St. Dominie’s como um ‘issico da fogdo da iad escolar, ov de Handley Cress como lim eldseico do campo da eaga — ringudm dove exporar que forosorte minhas desculpas, E ha um lo multoinoressan- lo chamade A Guido to the Classics, qua ensina 2 escolhor © yoncsder do péreo do Derby. Em ouras ocasioes porml- lirme-eb usar o lermo “os cléssios” para designar quer 2 Inoratue groga ou latina in oo, ou os melores autover dessa linguas,conforme indicar o cortex, E,tinalmente, scho que 8 proposiego quo farsi aqui a rospelto do quo osja um olde tien deverd eomové-lo da area da antese ent classleo © Fomintco — um conjurto de signiieades que portence plea eréria, e que, poriante, levania onéas de pabxto ‘quo poco a Asolus, nesta ocaside, para conter dentro de cola Isto me leva 20 meu escirecimento seguinie. Nos ter moe a contovéreia.elseleorominllcs, chemar qualquer bra de are do “classice” Impca ou o male ato elogio cu “mais depreciatve efenee, do scordo com 0 partido @ que © portence. implica certos mérios ou thes eapectoas: ‘quer na pereicio da forma ou no absolute 20r0 da frigidex Has, quero caf um tipo de arte, @ nfo estou preocupade ‘com 0 quo isso soja absolutamenta ©, em qualquer circuns- lineie, melhor ou pler do que outo tie. numeral certs ‘qualidadss que creio dover esperar de um elissico, Env Ianto, néo afirmo que a ltereture, para sor uma grande tite. Infura, dove necessarlamorta possulr um autor que soja ou ‘un pariado om qua todas estas qualidade ee maniestom, Se, oma perso, todas lag se encontram om Vira, seo 1 4 amar que ela sola 0 malor pooia do todos os tem- oe — tal atirmativa a reepeito de qualquer poota me parace Incongruente — e certamonte nfo 6 amar que & lieratur latina soja msior de quo qualquer ouira literature. NEO pt istmos considerar como dotoito em qualquer literatura como acentace na literatura nglsa, 0 periodo qe mals de perto salisfaz & detiniofo de clissico no sole © maior. Acho que estas Iteraturs, ent aa quais a ingles 4 uma das mais eminentes om que aa qualiades clissicas se enconttam espathadse entre vérios avtores evils. pe- rlodos, podem muito mais sor das mals reas. Cada lingua Yom seus préprios recurso @ suns prdprias Timitegdae. Ax oncigses de uma lingua — © as condlgses da historia do Povo que a lar — podem colocar fora do questo a ox. Pectatva! do um perfodo clissico ou de un autor clssice, Tal no € em si mesmo motho para lamentapo como tam. bem nfo 0 & para congratulaySo, Ds falo aconteceu que ¢ histérle de Roma foi do tl gota, © 0 carder da lingue Taina e tal ordem que num éetormingds momento um poota els sco impar pode surgit: embora devamo.nos lembrar de que fol nocessirio esse posta ospecico = uma vida inlera de fesforgo por parte dosse posts para trensformar o. met 40 que dlspunna em cléssico, €, naturalmente, Virgo nfo dia saber que era leo quo lo esiava fazer. Ele re, como neahum outro posta 0 fo} peristanents, cénscio do ‘que estava toniando fazer: 8 una coisa que elo nto podla ‘almejar ou ssber que estavafazenco era compor um clisicn — pois & spenss em retrospect, © dento de ume perspae. tiva hictérioa, que um cléssieo podo ser conhecida como tl. Se ha alguna palavra em quo nos podemos tixar 2 que sugore © méximo do que quato dizer com a expresso “um lesion", esta ¢ & palava maturidede, Distnguice! 0 cldssic> universal, como Vira, © 0 elésice que o & apenas em re- lagdo @ outs ieratura em sua prépria lingua, o4 de ecordo om a viséo da vida do um period eepectica. Un ctesico 12 pode aparecer quardo 9 cvileagso atingly a matutidad ‘qrando uma lingua e uma Iiteretra atingitam a mat 2 ol tm, neoesaramerta que stra cra de un esi tur." impornda tle cngie 6 data Ing ‘Sim como a smptide a mente do ports gus Iho cone W"invenalade Dont eatindnn tom psmpor ie Gunma sae eve to agin 6 gua Import hc, ono ob tonce adenadanet madre asin Sone inten poner cence» mtadae de una Ghitagte edo tne’ Mera cono a Tetmecanot tot cwtor tree humane qo econ Tora apna Se alsin ros serel wr, 8 - tm rt scl n0 tio & iver npr Tod Vr, se sen medion ev lees imedatarene 8 Imurdade ov chegtencn a Ksticn aes dom co Miecineno ma an Neth in Slept or tempi padeeaar ‘de rosmece, am propa C8 canoe en oo pro cane, smeareinets trastho” samen te. sukeper: oa aot tne, aie pedo poeta 0 ripe dessmenel 3 Mortum oo tao stbetangs como sm Tos eso nue dt pan pepe do pada Torso 0 epee Go Stutspeate, notre nate do sceaee te Sheena. Tanbim pofonee shat, cm om poco comerinerto male round, qe 8 poses de Cos. per Matin mettam mar maui de amo @ 6 tat ‘co a an ponte Quo Shakaper eae con ¢ tena ae, inrnsnosspaior cio Malone Troe de ano gant shakespeare. su cesencinets nn wa conocer meno tna, On, pl tee ane qo algunas enor aturcem mae oo 0 go ‘Stes © etames gor is mente qa amaorecom mc {bcos som sore i mate Tengo. Lvarta esta quo one onbr d set ma? 0 vl da maladd “Sond wr guia gun amssitc; send dove onc tbe qunco fae eoipence am a naurede So ‘cures seamonto au cam arnt sade 30 % Deriodos tterdrios. Um escriioe que indvidualmente tom ut ‘spiro mais maduro pode pertencer & um periodo. mene ‘maduro do que um outro escrito, de modo qie dono des foiagio sou wabelho seré menos maduro. A maturdade de uma: iteraura & 0 roflexo da maturdsde a aociedede, om ve 6 produida. Um autor — notacemente Shakespeare 0 Viale — pode contibuir muito para doservolvor a wus lin. 10, mas no pode lover essa lingua & maturidad, & menos ‘quo © ‘tabatho do seus prodecessores a tenha,preparade ara o sou retoquo final. Uma literatura maura, poranto, {8m por detrés de si uma historia: ume historia avo nfo, 6 implesmente una exdnica, um scumulo do manusecios © 40 cbras do todas es espicles, mas um progiasso organize. 4, embora inconscients, de uma lingua para conerotsar 028 préprias potencalidtdos onto de seus propias limos Deve-so obsowar quo uma sociadade e uma itertura, como qualquer ser humano individual, néo amaduroce no. cesseritmenta por igual, nem conconitantamenie em toot ©8 aspacios. A crianga precoce ¢ trientoments, de manot ‘ee bastante dbvias, ecrlangad para sua idado, em compa. ‘agio com criangas comune, Wa elgum perioda da Itereture Inalera que se posta indicar como send plenamenta madiro fem todos 08 seus aspecios © aprosantando.porflta harmo. 114? Crolo quo no e, cine repoie! depos, espero que ni. INto 60 pods dlzar que nenfum poota inglte ating om eu la uma maturidade maior do que Shakeepeare: nem se Pode dizer que algum poeta enka feito tanto — tomar s lingua inglose capex Ge oxprinke @ pensamento mais aut ‘1 as mals rofinadss tonalidades de santmento, No entento, Ilo s0 pode dear do sont que uma pega como Way of the or, do Congreve, revela de carta forma mais maturcads lo quo qualquer pega de Shskespeare: mas apenas #00 0 ‘aspecto de que reflelo ume socledade mals madura — slo 4, roots uma eociededa com ostimes lo malor mature, A sociedade para a qual Congreve escrovia ere, de noeto ot pono de vise, bean re ba: anos, eat male Pebuna ee osen sun a dos Tuders ~ aes pot 92 ‘to noe guns tom mae severade, eno Sr Unum bode mis dea mene pone: 2 tos ea mo apr, ventral ma os. Ma: pre sigue promesayo mao ma coh Crear our. Per leo, ita io meiance voce tsesmnar msde cosunes ens" qieo pogo am avefto 8 matinde do tnguegur steals aecntacel als Tp "he content ovina te i oe Su'peoue unde svliarou 2 proeaeomer mos fortes pee eras dies gran, © ls tte tong urn pcm om ogo sono imum meebo rum eo ret ae ‘Stun eleremors ota prom um ries af tomes pete comure @v# extn nia, the cottmmnos denomina t*posa pon’ Nam tempo tre gus Into I ava erpudo mgs em pov, wia‘peea ‘foo rstanore at, sientonate Storia ara cere pope moa nfo pos oes rout qn noun arcen, quot ponatco um Fo Smcnos's9 ave shal, ona roca tl als a Shree que a ingian. Bae soar ular esror co porede Tur com Wontalgre 0 spa Mortage come auton, apse om precio, al owen aaa otc bre prance av epee tarcoat “isle Nossa prose sis pola fara cee unos nes perso ana om ets sey psn in mo tse ten Hoc aie en Hob eum Hobbes ats i umihedeon Quer qo nom a tengo ma cer en pero ponem, ¢ posal vor quo canon Sivoo dem oe sisca & wm sessment em rote um bilo cram, Com i, ao quo ar a0 ne'te pon dng ov ore sean te dt 6 too. As clferengas ossonclals © caracteretieas germanecem: rio so tala de serem monores as cferengas, mas de soram ‘las mals sus o rolnadss, Para um paladar sensivel a di feronge entre a pross do Addison @ a da Swit 6 tio acen. fuada quanto a da ealra de dole vines para um eonnetssour © que encontmamos, om um perfoda eléssicn de pros, nie 4 uma mera convenpio comum de escrever, como e eae comum de jomalisias, mas uma conespondéncia de gostos, ‘A epoca que precede uma época cléssies pode apresenat ‘excenteidede © monelonia: monotonia devido sos recursos a linguegem nao trem ainda sido exploraces, e excenti- ‘ldade porque ainds nio hi um padto aceito uiformements = 0 6 que, na realosde, pode.se chamar do exctatrico savilo que no tem um contro. Sua iterature pode ser ao rmosmo tempo pedanie ¢ lcencless, A dpoca que se segue | uma época ifssiea também pada apressntar monotonia © oveonriedede; morotonia porque 8 recursos a lings fo. am, pelo menos por algum tompo, eegotadee, © excenitci ‘dado porquo a originalidede Yorna-se mals valovieada d> que © esto correo. Mes, 2 épeca em qua se encontra um esto Ccomum @ uma época om que & sociedsde aleancou um mo- ‘mento se ordom © esiabldade, de equilbrio harmonia: como # épocs em que so manioste © méximo de estilo ind iduasta 6 ume época de imaturidede ou do senilidade. Pode-te, naturalmente, eeporae que maturdads do lin. ‘quagem acompeno matuidads do mentalidade e de costi- ‘mes. Pocls.so esperar que a linguagem so aproxima da maa ‘urisede no momento em quo os homens tenham senso crt ‘ico do passado, confienga ro presente e nenhuma cvida onsciente do futuro. Em lileratura, isto signe que o poe. ‘2 tom consciéncis do sous prodeceecore, » que nds tno9 onscldncia dos predecossoree de sua obre, como podemos ler consciéncin dos tragos os arcestals do. uma pessoa ve 6, a0 mesino tempo, um Indlviduo com caracorsticas rOpries. Os predecastores doveriam ser por ai préprios im 6 rae realzeges davam sor tals portantes. © honredos: m five sugtrem recursos anos go desenvovidos ra ng favo no oprima os jovens autocr com © medo de que tudo ‘ave poderla eer feito jf fo filo, om ua lingua. Cartamerto, © posta em uma épeea de maturdade pode slide oblor esi Inulos na esperange de lazer algo quo eovs prodocossoree ‘emnam foto; pode aié estar revoltado conta eles, como im adolescante promatador pode-se revollar conta as orn 2s, 8 haitos © 08 coslumos de eous pals; mas, em reros- fete, pode-es também ver que ela # 0 continuador de suas Iratigfes, quo ole preserva caracterstioas essonclals do ta- ‘nla, ¢ que & dlferonga em sou comporiamento 6 uma die- conga em elrcunstincias de uma cutra épeca. E, por out lado, assim como algunas vez0s vemos homens” obscure. to pola fama de um pal ou avb, homens cujae roalzag6= (82 que #80 capazes parecem comparathamentsinsigifican- tee, também uma proxime era de possia page sar conscen- tomenta Impotente para compatir contra sum importante anto- cessora. Encontramos pestas deste tipo no fim de qualauer pcca, poetas com apenas o sentido do passado, ou, alter rtivamerte, pootas cula expectatva de futuro & spenss fun- ‘hamentaca a tontalva de tenunciar 20 pasesdo. A pore: ‘oncia do criatvidade teria em qualquer foro, por conse- qulots, conslte na exlatincia de um oqulibrio inconscionte fate @ tadipio em seu sanido mais amplo — a poreonel- dado eoetva, por assim clue, realizads na Haraura do pas ado — 0 @ ovicinalidede da’ goragao atua ‘Mio se pose chamar 2 literatura do periodo alleasetan, moora grande como ela 6, ce completamente mecura: nto co pod chamé-la do clision. Nenhum paral. préximo pode 86 felto ene a steraura grega 2 a latina, pols 0 latin tinta © gre9o antes do el; menos, ainda, podo-so fazer um paraalo ante estas e qualquer INeraura movoina, pols as Traturas medornas tm © grego @ 9 latin antes de sl. Ne Ronascenga hé um principio de aperéneia o maturiade, que or {fo tranido da antigudade. Estamos mais coneelntes de tor. ‘mes ctregado mals porto da matuidage com Miton. witon stave numa posigo mais favorével de ter um sonao ertoo do pastado — de. um passado da itratra Inglesa — do ‘que sous grandes predocossores. Ler Miton & tor uma con- fimagio do rexpsio ao génio do Spenser, © em gratidto @ Spenser por ter contbuido para tomar possivel a poesia de Mion. No enfant, o estilo de Miton ndo 6 um eotio else size: 0 estlo de uma lingua ainda om formagao, o esto do um escitor cujos masts nfo tnham so ingieeos, mas Jatcos 0, em menor grau, gregos, Cralo que isto 6 0 mesmo que ler 0 que Johnson 9 por sua vez Landor dieser quando se quetxaram de que o esto de Rlton no ert bem Inglés. Vamos dar mais qualidade «esse juleamento dizendo fam seguida que Miton fez muito para dosonvolver s lngun, Um dos sinais de aproximaro em dirogdo a um eat clée- sico 4 um desonvolvimonto em direeso @ uma malor compl xidade da fase ¢ da esirutura do. periodo. Esto desemvel- vimento 6 visivol na prépria obra do Shakespeare quanda ‘xaminamos seu esto das primciras as utimas do suas papas: podemos até dlaer quo om suas titimae pogas elo avanga tanto om dlregao a complexicade quanta possiel dentro dos limites da poesia dramética, que sio mais esteites do que 18 dos outros tipos. Mas, comploxdase em si mosma nla lum objetivo adequado: stus propésitos davem ter, om pric melt lugar, a exprossio prociea de tonalidaces mals r= ‘uiniadas de semimantos © pensamento; em segundo lugar, 4 invodugao de um msior retiramento ¢ variedade music! ‘Quando um autor pareca, devido a sou amor polas estrte- ‘as claborades, ler perce a capacidade de dizer algo com ‘simplicidade; quando seu spega A forma tome-t0 tal que eo lz coieas do mancira elaborada quo sim dias melhor ‘om simpictade e, portanto, limite seu ambite da expressio, ‘© process de complosidado cossa do. ser conploiamente ‘dio @ 0 escritor perce coniacto com a Inguagem fala, @ Eeniratanto, 8 medida que © vores se desemove, nas mos de um poeta apos 0 cur, ele tendo da monotonla para a ‘varied, da simplicidade para @ complexidace; medida que fa dees, tendo para a menotonia otra vee, enibora possa per petiar 2 esrutura formal,&qualo ganio deu vida e significado, ‘Gace um deve julgar poral propia até que ponte esta genoral- ‘ago ¢ splcdvol aos prodecessores o sucessores de Virilo: {odoe podem vor cela monatonia secundsris noe imitadoros de Mien <0 século XVI, 9 qual nunca @ mondtono. Chege ‘um tempo em quo ume nova simplicidade, mesina uma ela lira cruem, pode sor a drica allernatva, Pode-sa antecipar a concluséo para qual estou.me ‘igindo: ue estas qualidedes do um cléssico quo até agora rmoncionei — maturidade de mentalidado, maturitado de cos- fumes, matuidede de lnguagem © apectelcoumento. de. um cestio comum — ao de melhor marcira iusradas, na Ite ature ngless, pelo eéculo XVII © om possa, em grande par- ta na poesia do Pope. Se isto fosse tudo 0 que thesse 2 ‘dizer sobre © aasunto, nfo sata caramente novo, nem vale= tia a pena dizblo, Isto aera apenas propor uma escoiha entre dale Gre © que jé oo tinna chegado anterirmente: um, fque © século XVIII € 0 melhor perlodo da Koratura Inglese; So outro, quo o ideal clétien dove eer completamente des- Considerado, Minha propria opine 6 de que nés ndo toms rent period clissco, @ narhum posta clissco, em ints; © qua, quando vemes as raxdes dlsto, nfo tomes © miner mothe pera lamentilo; maa que aposar dato precisamos Tmantor © ideal cléssico dante de nés, Porque precisamoe manthto, @ porque 2 geniaidade da lingua inglese teve ou- tras coisas a fazer antes do relizar esse Ices, nfo podemos ar-ros a0 xo quer da rejltar quer de supervaloizar a idade 0 Pope, Nia conseguimos ver a Iiteratura inglesa coma um edo nam perosber corctamania um alvo no fut sem uma apreciogSo erica do grau om que a8 quulidados clfssicas contra exemplifiadee ne obra de Popo; © que significa fue, $2 ndo formas eapazee de aprosiar a obra de Pope, ‘nfo consegulremos chegar 20 pler entencimento da poosia Ingles. bastante dbvio que a concretzagso dae qualdades clisicas efetiede por Pope foi obtida por um alto prago — © com a excluslo do algumse das maiores potoncieldades de poesia Inglesa. Ora, até umn certo ponto, © secre de algumas potencialdados & fim de eoncratiar outras & con: lggo da criagSo asia, como 6 da vida om goral Na vida, ‘o homen que se recusa a sacritcar qualquer ealea a fim de ga. ‘har outa termina na mediocridede eu no fracaasa.Embora, pot outro lado, hela 0 especialisis quo a2 sactiicoy domale por ‘muito pouso, ou que nasceu um especaista demasiadamonte completo para ter 0 que saciica. Mas no séoulo XV na Inglaterra tomas raabos pare sentir que hove um excesso de ‘exclusso. Havia 0 espirio maduro, mas ora este. A acco dade a8 letras Inglesae nto erem provincanss, no sentido fem que no estavam isoladae @ nem estavam alasades em ‘elagdo 20 quo éo melhor havia ne socledads & nas lores ou ‘opelas. Gontudo, a prépla época ea, por assim dizer, una ép0ca provinelana. Quando eo pensa aum Shakespear, num votemy Taylor, mam titon, na Inglaterra — num Racine, num Moliéve, © num Pasesi na Frenga — no século XVM, tbmr Shes iter 4 do cn ira Conta, send o> frien on teat, ooo tone tara ao Het i a wa, podemoe prsti-noe suger mis dove ira vl de Vo ga nbn. ovranest, 26 om fornecacos um ero, Poem, coo Ja dsm or te vor para nes agesjarmce som 9 noo ei sr fr eco por poi a exe mma gin rn ce ows as ors no 6 Yio para ptr tle. Pros Ver o patio cleo & medi por ele cata obra er Drrceber qe, eo paso quo noua Maia, como um toda Conon two, ca obra sepuradamerta pode ea? delete Sina Taber fence um dito noes, Um ceo S's aut a uaa este star aon nas tro sonar ipa tomo ina detenes, 99 rea tombs {he © coviaqunoe sn ocenisde. Ne etna dsr Po ie do uefa, patri wees qh no podenos nildamete maar dime es lhe se on teroaon panna a roses Mert tends a piesa mre ora ce goniase poles rcbes wagae — cnn gro sparao Bike de se toa opie do su ea; «pr ei pssanos Soe mois a dor» moore easatoayio abe de treme dy senda int, En suo sm wsg30 ons tome gh mecian sues, ue vomoe = Vapi. mals 101 0 4 ila eto post, nda + Samon pwn or povcano gino ier algo mls aie encenvo te cts ins tox dase ous ember, cotamere, igi fosse a capa na sete eg {vo far gale posta petri inal ass for Petco province; » qr car maa 3 gun catne ot pensament em earn 6 em ctnga" ana dotan po cutotoem ponanena em cin seme ates ser 0Eceststco Uber, mais do qua 0 Eoawarice Este, s, que€ mas proncano, Gam ins qi signee wenn na enor de alovan»excnso do sgns aera censtoraio oo osm, ue rerun de Sea ‘ambulcaograrin as dott ce spin paar as ‘cee dene do ma a hind © gaa sere ne Iman © aie cefiné © cantar con scan ‘ero some romana. En notsa tc, ans oc hens Parecom mai go ea nunca sons sends mee, ‘a com comasinen,¢ cnteomrla com iesrte iy tent rssvor grobenss co ve om tems tere sts erica um rove tp de pronaane os tenes pe ‘era um ovzo rome. € um pow mle se soar oe o topo; um pare 0 ql a hetéra & moramente a ees sansa ar wo ans as estos, un otien pu tual 9 mae 8 sree fneras doe wives, propiededo esse de quo oF moron nic fossiom eaten A amonra one po Ge povicone 9 Qe pocomon toon toon 0s powen 9 enone tos om conte or gue tos soto oe nn ‘ance 28 podem trnarse emia, eal tne oh wean ao lovato a uma ‘rancor no tain de eon termaor pode taverns 8 eset mas pes salt rove qe Tee & tomanen instr pes 102 assuno em que dovecames mantet um dogma ou um paddo le datingse, ou a tomarmosnos Inflerantes em assuntoo ‘que podariam aor delaados preferncia pessoal ou local. Po- iomes tor tantas variedades de ‘oligo quantas descjemos, Udaade que enviemos nossos filhos para as mesmas escoias. Mas minha proocupagdo aqui é apenas com 0 corrotvo a sor folcado a0 provincallsme na eratura. Precisamos lem- brarinos do que, assim coma a Europa 6 um todo (e, con lo, em sua progressiva mutlagio e destiguragto, 0 organs: tno do qual 20 dosenvolvara qualquer maior harmonia un vereal, assim também a itrature europea € um todo, cujoe Virioe membros no podem slorescer se a mosma corrente Senguinea nto elrelar por fade @ coepe. A corronte sangut ‘nen da libeatura européia 6 0 latin ° 0 grago — no come ole sstemes ctcuatsries, mas como um, pois 6 atiavés de Roma que nosso parentesco com a Gricia tem de ser Waa. 120. Que medida comum de exceléneia tomes nds em lor fora, entre nossas virlae linguas, que néo soja a medida clieica? Gue inaigholidade métua podemos esperar pre. seria, exoeta nosea heranga comum de penssmento @ sent monte dososs duae linguse, para euja eompreanséio nerhum ovo eufopeu esta em desvantagun om relagio @ outto? Norhuma lingus modems pede aspivar a universlidade do latin, mesmo que vans ser falada por mulios mihbes mais do que os que jamais felaram lati, @ mesmo que venha a ‘ser 0 mei univers! de comunizagéo entre os povos de todas fs linguae © cultures. Nenhuma Hngua moderna pode espera: produit um eldssico #0 sentido om que chamel Virgo da lisico, Nossa eléeien, 0 clissico de toda a Europa, 6 Vi allo Em nosses vives ierturas omos muita riqueza de que os vangotay, com 8 gut latina nade tom que 6 compare; ‘nas cada Iteratuta tam sue granéezs, no no Isolamento, mas Uevido ao lugar quo eeupa mame oetrutura mor, uma este ture dlerminaca por Rome. Falel da nova seredade — gre 100 viedo, podria dizer —, da nova compresnato da hist, ts lteda pela dedieagdo do Enéiaa a Romo e a uinfutito multe aldo éa sua reslizagso om vida. Sua recompensa fol pouss mais do que uma estoita taixa de prala © um easameno po. Ico na moiadade fatigada, Sua juyonude enterada, cuoy ‘ombris movondo-se com as sombrae do outo lado do Cums, E assim, disso, 20 antov8 0 destina do Foma antiga. Aesin, Podesos pensar na literatura romana: 8 primeira wsta ume Neratura limitads om sleanes, com um pequeno punnade ae tenes nomes, contudo universal como nanhuma outa Ie, Falura pode ser; uma literatura inconsclotemente sacrtionn, do, do asordo com seu destinc, na Europa, @ opulinea vv fHecade de outras lingues, para produsi para nds 0 classi, F sullolonte quo este padrto tenha sido eatabelecido de una vee or todas; a teeta nfo procisa sar feta do novo, Mas, men, ler 0 padrio & 0 prego de nossa lierdade, a defsea da Is ‘ede contra 0 caos. Podemos lembrar-nos desta cbrigagto Dela obseracio anus! © piedade pelo grandioko tantesme |e foi 0 gula de Dante a uma visio que ele priprio jamais odeia conbecer, © que, falando suae plawas final na nova fale Ttllana, cise num adeus: Filho, © fog0 temporal ¢ © strno, vite, chegeste a0 lugar onde ou Por mim mesmo nada mais posso discern, POESIA E TEATRO (*) Wied doe Gitimos tints & ‘Ao ever minha produpéo crt oucos anos, surpreendo-ne 20 vericar com que constancla vote mina sng para teas guar ao enamine 0 trabalho doa contemporéneas do Shakespeare, quer refletind ‘oor poston de Wo, Pode a a gu at pe coas eatojam cansadas do cuvitno falar sobre esse assum Mae, embora ache que terho estado a compor variagbes s0- bre este mesmo tema durante toda a minha vida, mous pontos Ge via n-t9 noiiendo ¢ renorado coinuamont oa fexperieneia a cada nove estiglo de minha propria exper Tenia. A proporato ae ‘ul arenerdd mas resp os problemss do testo pestico, © das condlgées que ‘isa preencher arn Jostficar sua existéncia, esclarec! um pate mi par min meano no ern mine raze pot ‘querer escrever nesta forma, mas as razdes mais gerais pa esejar visio rertavraco 9p tou devido lugar. E acho que, se Thwador, Spencer Memorial pron Sas a Ulead de Hanae pubteaes, pla aber & Faber © 05 ian loa exe soca dts prions « cone, everson esclarecor malhor st cubes posse © rey des cocoa das rxton deo teto pollen Wo nis slvo om potecil pra ofrcor soe heqonndeee ts ony fue 0 teat em prea no pods eer, omer, soe oe Presspeipo do quo se poesia lb pea te mare oe ‘me, um steie ma, soln meramone orice de noe sot do goto teri o par de ecitar soot co nace tempo gue asst a uns pes, nese cto sian a foes tm do jsicarse tatsnera, 6 no cnplenens $0" bel pose modlade mua toma teal. Dale cme xe enti ta devia er ese am woes pe ea aiais pros 6 toavamene equate. © tl vo von tenbém, qv 0 ero, com aia nyo ies nae ey Atamitica com sine emostes aptads pelt atuagso one os pesoragens, dveraexlar Go ial mod neo pope eer ‘io pudeet el inners consclne do meio fe cone, nleeao usada. Quo womos poea au vers 2 nles antes nfo pasa de mac pave stngr om inh tan, do ae cere pone de vita, no oar gree pone oan Nis can om prota qe sabravv, que eo hiss © nn Suites 9 plco por gotten petro, = pane a oy Decrnagens flim & Ho renwta na mar pre ann © ers 6, am quesion do wocsbitna,snane's rive oe toisaIngvsgm re — cam eae posaer elag nan ee, con o conta ecard spovnagan yn fordom « suas see lrmiadas Ue mess fname 6 vero, ess post fol eter erecerta Noo don eee "8 caste do rosa ott, alom Ge Shekrpenn 6 do cues etsabetanos qua mst prose « ters on msc been ale senune ei Conve Boras Shah ab um paronagen do Congne ou Shaw tne pore amen eue 06 pesaragers posse eat disencanes ~aaisle stm poten howtndl gue ¢ see ae 100 estilo do prose, © do qual apenas os mis roquintados con. voreadaros — que 980 goraimorte eriadoros do mondlogos — demorsiram qualquer trago om sua fala. Quantae veros 14 ‘uvimos falar daqiele personegem do Mole, quo oxprecea- va quando the dzlam que talava om prota. No entano, era Monsiour Jourdan quem tinha rasio ® no seu mentor ou su crlador: ele ndo telava om pros — eo almplesmanta ccomerseva. Pols, protondo fazor uma clstingso tiplica: ene toes e vereo © 8 nossa finguagem colidians, ue om sua alr pate esid abaixo do nivel quer do verso alar a pross. Par lanfo, 9¢ othamos a questio deste modo, a prose nos pe ecerd, no palbo, to arial quanto 0 vereo: ou, aterranco, © verso pode sor tHe natal quarto « prosa, Mas, 20 passo que uma pessoa sential do auailéio apreciaré owir prosa excelente falada ume pega e roco- nhecerd que estd & um pouco melhor do que a conversa co rum, nBo a considerer8 come wma linguagem tolamente ck feronte daquela que ele mesmo fala, oie isso iterpoia, uma barre entre si e os personagers imaginérios no paleo DDemasiadas pessoss, gor oulto lado, vem uma pega au oles ‘sabom sor csctita em verso com conecléncle da dlferenga, lament quando tals pessoas sio avsasas so vorto, mas aso também pode ser doploravel quando sho atalcas or ele — quando isso significa que elas se preparam para soslar da posa © da lingsagem da peea como duas coisas eparadas. 0 foto principal de ext ¢ do ritmo na fala teatral, quer om prosa ou vere, deveria ger inconacienta Dal se segue que a mistura do prosa ¢ vereo na mesma peca deve sor evlada de modo geral. Cada wansigio toma © ouvite soaseente com um cheque, do meio uilizaco. &, podemos dizer, justticével quando o aulor deseja produzit ‘seo choqus, iso 6, quande slo deeoja taneportar vioteta mente o auditérlo de um plano da realdade pare out. Sus- pila quo esto Hpo do translgto ora facimente sesitéve! pare 07 lum ausitério olsabotano, a cujot cuvidos tanto @ prosa coma © verso chegavam raturalmente, que gosiavam de coméia ‘sofaticads o comédia do balko celdo na mesma peck para ‘quem parecia talvez adequade que personagens risticas « ‘ais huriféesfalassem numa Hinguagem simples, © quo os de mals exalteda categoria aiscorressam om verso, Mas, mesmo ‘nas popas de Shakespeare, algumas deo passagena em prose Procom eslar desinadas a produ um efato de contasta que, ‘qwando alcanpado, tome-se algo que jamais ears am dasuso, Em Macbeth as batdas no portso so um exemplo que acorrs 4 monte de todos; mas ha lorgo tempo que me parece que a alternincia de eens em proaa com enas em vorso em Henrique IV rovela um contaste Ionico entte o mundo de ata pottica 0 mundo da vida cotiiana. © stxtitéio, pro. vavelmenia, penssva que estava vendo una peca de crtnioa histéica costumeira onfetada com conas engages ct vida ch; contugo, 28 canas em prose, tanto da parte | quan. {0 Ga parts I, forscam um comentiro eardéaien sabre ne ambigtea desmedidas dos cheles doe Paros ne insure eo dos Perey. Hoje, contudo, por eausa da deavantagam sob a quat pa e000 twat em vers, creio que nas pepas em verso a pros evoria sor usada multo comedidamente mesmo; que dove. ‘ames elmejar ating uma forma da verso em que tds que tom do ser dito pudeseo eer dito; e quo quando encontras. 2mos alguma situagso intatavel em verso isoo dever-eaia ‘Smplosmente 20 fato de nosea forms de verso nio ser el ties, E 80, prventre, nowvessom conas que ndo consegulsse- ‘10s pir em vars, trlamos que ou desenvoler 0 nosso ¥yerE0 OU evilr a Introcugdo Ge tals conas, Pols. tomos c= ‘2costimar os stditrios eo vere a ta pont que debem Js for consolncle dole: ¢ inroduzir aalogos em prosa apenas dota @ sus stonctio de pega em i para 9 sev meio do expresso. Mas, se © nosso verso deve ter tio grande ampl ‘80 que se possa com ale dizer tuo que tem de sor ct, seque-se que ele no serd sempre poesia. 55 sord poosia ‘uando a situagdo dramatiea j8 tonha chegado a um porto o infersitade ta! que a poosia so torne & fala nsturl, por ‘qve nosse momento @ possla 6 a Unica linguagom om que as emocdes podem talento ser oxpressas na vordade necessiro que qualquer posma longo, ara escapar da monotonia, soja capex do der coisas oor ‘uolrae com articles forgadoe, assim somo cloiarse noe mals altos woos som parecer exagerago, E iato ¢ ainda male Imporiante numa paps, eepacialmonto so dz reepeito vide ‘contemporaine. A raz89 para esorever em verso mesmo 8s partes mais comezinnas do uma poga em veteo endo em rosa, contudo, @ eutiar ehamar e alangto do avaitrio para © fato de estar om outros momentos ouvindo pace, como lambém para que" rfimo do verso exorGa seu peder sobre 0% ouvnles, som que estos tonham dlise> coneci6ncia. Uma nalise rplda de uma cera de Shakespeare poce lusvar esta ‘questo. A cona inci de Hamlet — to bom construlda como feera de abertura como nenhuma outa de qualquer pega Jamets escrita — tom a vantagem do sor conhecida por todos (© aue se nota, quando so presencia esta cana no taato, 4 sia grande varagie éo estlo. Neda & eupéitue, © mio hd uma linna de poesia qvo nao soja justiicada polo seu valor dramation. Ae primetas 22 lntae ao constuidas com fs palaviss mals simples na lnguagen mais comiquoe, ‘Shakespoore tinta trabalhado durante longo tempo no teatro, @ id havia escrito uma bos quanidede co pecas, antes ava leangasse © ponte am qua pocerla escrever essae 22 linhas. [Nao 4 nade t80 simplileado nom to eeguro em eva obra priv. Prine, ale desenvolvou 0 vores lipo conversa, eo- loquial, no manslogo destinado & idontiicaczo do porsonagem = Fauleoatridge om King Jobe, e mais tarde a Bebé om Rome and Just Ea um pesso muito mais avencado lovar esse desenvolvimento, som wopegos, para © dllogo de roe~ 400 Postas breves. Nenhum poste comegau & dominer sequer o vere0 dramétco anles de poder escrover varsos qu, somo ‘esses om Hamlot, sG0 tranelicklos, Fica-se conscientginents aten’o no a poesia, mas so sent poesia. Sa a0 fivesso ouvindo Hamlet peta primoire vez, sem saber nada s0bre pega, no ctalo que ocorreria pergunter se os alores falavem em verso ou prose. © voreo estard tendo um efello eronto da prosa sobre 0 ownte, Mas, no momento quilo de que se tom conseidreis a nol brumoss, oe Dicais montando guarda nas ameiee do caselo o prenncio «a ago trigiea. No digo quo nio haje tigar para a stuagio fem quo parte do prazor da pessoa sela a satilagdo do ouvir betes tochos de poesie — desde que o autor fornege, pare casio, 0 Inevilabildade dramétia. , natualmante, quando Jf vimos a mesma poca varias vezee ¢ lamisém jt 0 lomos no ineralo ents as apreseniagdes, comegamos « ana. lisa 08 meios qué 0 sutorutlizou pata produc seus efoto, Perm, no. impacto primeiro desta cena fice-se Inconslente 40 melo utlizado para sua expresséo Dos exclamagées curtas © bruscas do Inco, adequadas 4 situedo e 20 carétor dos guardas — mas sem caracierzat imsia do que o necessirlo para a fungio que exoroem na Po¢a — 0 verso deslza para um movimento male vagaroso ‘com © aperecimento dos eoctestas Horéco Narelo, "Moratlo says is but feniaey,. (*) “Hortcio diz ser mera fantasa,.."(*) 12.6 movimento muda novamente com © eparecimento da fs: lee, © espiio do Rl, para um solone & sonar “What art thou, that usupst this tina of nigh," “Quem és tu, que da noite ueurpes tompe,..." ©) Traeso orginal do water, 110 {e notem, por falar nso, essa antecinagio do enredo lwansnitda pelo uso do vorbo weurpe); ¢ 4 majestado & su- erida numa reterincia que Yecorda de quem 6 esse espitit: “80 frown'd he once, whon, man angry parle, Ho smoteothe sledded Polacks on the Ice” ‘0 carho assim franira quando, irado, Proeiara go eho poiaces em sous cares. Ha uma abrupia mudance para staccato nas alavss de Horde 0 esprto em sua segunda aparigti; esse isto no- samonto muds com as palaras: Wo do It wrong, being 20 mojescal, ‘To otfor it the show of violence: For its, a8 the ae, Invulnrable, [And our vain blows maiclous mockery.” “justos somos, sendo tho viotontos, Perante sua augusta mlestade; Pois 6 como a, inenerdvel nosto golpes vis, motejo irdrco.” [A cena chega & sua resctugto com se palaveas do Maree 1 faded on the crowing of the cock. Some sty that ever gains that eoason comes Wherein cur Saviou’s birth Is celebrated, “The bid of dawning singeth al night long: “eqvancceuse ac cantar do gala Peis dom que 20 chegar 0 tompo, quando De Cristo # cslatrado 0 nascimento, ‘A ave material a note intra canta, 2 com a respasta de Hordcio, ” “Assim ouvd ¢ om perte mosno exo Mas velam: surge o dla em rub mano Envelto, anda pelo orvalho sobre Aquele moro bem a Leste Fendamos noses guarda; palavras de Marcelo he attoadarnt um boven Postico ne consciéncia, endian od ‘Quando owines 08 versos. “But Took, the morn, m russet mantle mantle clad, ‘Walks o'er the dew of you high castor hi’, “Mas vejam: surge 0 dia em wr fem rubro. manto Emolto, anda polo owvalho sobre Aquele moro bem a Leste. Sores ern um mame sens do paorgem, me som sentence nerhura Inononsncs See paren es bios de Holos mst te coe conden ae Isc miscutnde au goes rnin. Mrs et $25 Horse et tt dar ats sa pesado enh aa simp, : i olin, pono ett ns es tm heard and don pt ates, ‘Assim cuvi @ om parte mesmo ersio ‘sto seguidos por metado de uma i inka 0 poco mal ‘do que uma indicagio de pata: a ‘Break we our watch ep. Rendamos nosss guard Soria intoessanto contuar, través ds uma anilise 90- ‘mathante, a examinar esto problema do dupla estrutura em ‘poeslz dramatlca do primota classo — ostutura que pode ser examinada do ponto do vsta do paleo ou do ponte de iste de musicalidado. Mas creio quo a. andlice desta cena 18 6 por sl 85 sufclenta para mostarnos que 0 verso néo 4 uma simples formalizagSo, ou um ofeto decorativo, mae ‘que Intenaitea o sepecto dremsion, Indicaos, tenbem, @ Importireia do afeita inconseierte do voreo sabre nés. E em Alimo lugar, ado elo que esto ofall soja apenas sortie er aqusles membros do susitrio que "goslam do poesia” Tas fambém por equeles que vie a0 toatro pela pega. om I mosma, Por pessoas quo nao gosiam 2 poosi, quero diver, aquales que no consoguem sentar.se com um tivo de ‘oes ¢ aprecé-lo: também essns pessoas, quando VEO assis lire uma paga em verso, deveriam sor improssionadas pola poesia, E estes efo os audtirios que © autor dosle tipo de pecas dove ter om mente, ‘A esia altura devo dizer slgumas palavas scbro ossas pecas que chamamas da pesteas, embora sojam crits em rosa, Ke pages do John Miligion Synge formam um cas epecial, porgue alo basoacas ras expressb0s co uma po- pulagéo rural cuj fala & naturalmente poste, tanto om ima- fens quanto em rime, Acredto até que ele tenha Ineorpo- do tases que tonha cuvido entre a populacio campesire da anda. A linguagem de Syrge sé & adoquada para pocas passadas entre esla tipo d= populagso. Podemes tar cen- ‘lussoa male gore cas pores em prosa do Maetetinck (Wo _admiradas om mina juventuge, © hoje em dia raremento ia), Estas pagas s8o limtadas om sua tomAtica por motivs di. ferent; e dizer que nelas a catacerlzazéo 6 traca seria iminu-ias. No nego que elas tenham algumas qualdaces poetions, Mas, para ter uma prose posioa, um drematurgo fem do ter uma conscincia poetics téo grands que sou ah cence tomasa muito limtace. Synge escroveu pecas sobre peteonagens que em sta vida real flava do maria post 43 2, 68 modo que ole pod fezt-oe falar om verso e alnds ‘sim permanecerem rosis. © dramaturga, quo, eserves on rosa postice » no conta com eela vaniagem tom de. sor or demais postion. © drama postico om prose @ mae Th Imitado elas convongdes pottieas ou por nosaas comvongbos sebre qual fomética 6 ou nda podtica do quo o drama postice fm verso. “Um vordadeiro verso dramético pode sot empre, ‘sede, como Shakespesre 0 usou, pars dizer colaas, halo corriquoiras. ‘Yeats 6 um c2e0 mito diferente de Mastelinek © Synge, Um estudo do s0u desenvolvimento come dramaturge denis @ que atstincia le atings, © a vera do ute tinas pacas. Em sua primoira foo, ele otevoveu pogen 6m verto sobre temas comeneionalmente acelloe come sae, ‘ausdos para verses, em uma mética quo — emborm alndn seu estdo mals primitvo jd tha © Fimo pessoal so Yests — néo era um tipo de fala muito adequade pare ninguém além de reise rainhas micas. Suae Pegay para Dane ‘atinos do sou poiodo intermediro s8o muito belas mas nto resolvem nentium dos problemas de avi de dram om worse Ho pecae om prosa podtica com Importantes ineelédion amy verso, Foi apenas em sus allima poca, Purgetire, ase 2 ‘eselveu seu problema da fala em verso, fer com te todos ous aucesbores the devessem esta obrigagso Nou tenlar, agora, fezer algumas obseriaciee baseadss 1 minha experéncia'possosl, as qusis me levardo ¢ Taner eementrioe sobre minhas inongoes, facassos © sucesess parciaia, om minhas prépriss pecat. Fape isle erendr eee ‘valquer expleredor de ur novo teribio deve, por mole de ma eapécle do regio de suas exporacéas, ser algo dtl ata aqvoies que 0 saguem nas mesias resides v gue ita ‘alex mate atm 4 ‘A primeira colsa do importincia quo desscbri era que lum esciilor que the wabaihado durante ance, © eonseguida ‘slgum sucesso, escrevendo outtas formas ae verso, tina Aue encarar © fato de escrever ums paca em vareo com uma ‘ontaldade diferente dagusle com que extava acostumado 2m seu trabalho prévio. Ao esctaver outa tipo do verses, frelo quo so esta axcrevendo, por assim dizer, com sit pro. ria vou: a manera pola qual soa quando 90 1 para si mesmo 4 4 prova disso. Pois, é 0 proprio autor flando. © problema da comunicagto, do que 0 eilor antraé dol, ndo 0 mi Impcrtarie: #9 © pooma 6 cometo para o autor ele 36 pode e3porar que os Jellores venta, eventiaimants, a acct. (© poema pode esperar um potca; a aprovagio de lgune frlicos simpatzanies @ judiclosoe & suteerte como comeg>: © § mio caminho para futuros lloras eneontarem 0 poote, ties, ro tent 0 problema da comunicagto vo apresonta Imadiato, O autor esté deliberadamente escrevendo. versos pata ovtias vozes, nfo para sva propria, © nfo sabe ce quem to esses vorss. Esté procurando eserever versos que tox ham om efit imedialo om um eudiiio descorhecide caspreparado, para sorom intorprelados para este auditério por lores dasconecisos, ensaiador por im dlvtor decane ‘ido. E mio se pode esporar que 0 auuitéie cesconnacica mostra quelque Indulgérela part com @ posts, © gosta no pods escrever sua peca apenas para sous admiredores, para ‘aqueles que coahseem sae obras nio.dreméte preparados para rocobar lavoravelmenta quelqu - ‘aKa por lo, Prec eserovar tendo om vista um avetond ‘com qualquer suoe8s0 anioror que ae tena woo anies do ‘que nfo sabe nada sobr9, @ no se importa sbsolstamenta com qualquer sucesso antorior que ele tonne tdo antes co teniar 0 teatto. For isso, 0 autor dascobre ie muito do ‘que gosta de lazer © que sxbe come lazer no tern War © que cade verso deve eer julgado por uma nove lo: a da Importineia deamsten ‘Quando eserov|Assassintto na Catedral, tinha ume van- tagom para um principante, « de uma ocasio qve padi vm {oma gorsiments considerado adequado para verso. Pegas fom vert, tom sido goralmonto aesim, devem tor gua tems. fica derivada do algima mitsiogia, ou entio de algum ro moto perlodo Natérco, guicentemenia cistarte ao. present, para que os personagons nio selam reconhecveis cama sarae humanos, © tard, porato, © direko de falar ein verso Vestmentas pitorescas da um periodo lornam 9 verso mut mais acaltvel. Alm clo. mais, minha paga eerla aprecsninda ‘ara um tipo do auditéio bastante especial — um auditor «do pessoas sérias, quo vio a festivals e experam sncontar Dpoosia — ombora talvex nesta ocasiso alguna deles no e>- fivossem exatemente propavados para o que recaberam. E or fin, ora uma pegs roligioea, © sapera.co quo as pessoas que vo dellbracamento a uma pega religicea em um tee- ‘val religion seam paciontomonto chatesdaa o sstitagam a 24 sentimento do que tlzeram alga digna do més, Por tente, © camino tornou-ee fécit pare mim Foi sé quando comocei a pensar cobra que tipo de pepa ‘queria escraver em seguida que peroeti que no Asexesnato ina Catedral no tnha retohido nonhum doe problemas 92 fais; © que, Go mex ponio de vista, « paga era um boos 2m saida, Por uma razio primordial: 9 problema a In ‘quagom que sla pec tnhs-me apresentado eta do tipo 62. Bedlel. Felizmonte, no two do eserever na lnquagem 0 culo Xi), pols est linguagem, meamo se eu roubesse franco: normando ou angio-sax80, feria eco ineompreensivel. Porm, © vocsbulrio © eal mio podariam sor exatamante op 6 uma comversio mederna — como em aigumes pegas moder rae fancosas que usam o atado © 06 povzonagans do drama ‘rego — porqve cu tnha do vansportar meu avdierio part lum acontecimenio hisérco; @ tanto © vocabulério quanto 0 fctlo nde pocoriam sar arcalcon; primsiro porque o8 areal ‘mos apenas Iam sugorir © periode errago, ¢ segunde por- ‘que ou dossjava foz0¢ © auisic compreender # relevdncia 6 a patents Tae we Bo one ate ae Goes Tecan to cue ttan See tors te eam ta ect cae Sn Rie means cane oo micas ats are tts ie ce Nea Seah te a 2 Sess Sane sane os i a Seer eas nea acre Soba tee ge tae Se ae ee scree aenpe Ee mass gen wine I To Sur cua o ca a wate aS i Sore sae thes e's canta an Seer Sonne ta et Fear cad menses role Ses cc mar. were tty no Sait a a tare a we aoe i ars scan a {anto os fal hitéices como 0 que inveniel — era um tanto Fimteoa. Um homem volta para seu lar, prevendo que val ser Aassassinado, © 0 8. Nio queria aumertar v nimero Ge poten, gens, néo queria escrever uma erdniea da paltiea do eécuis ll, nom queria Joga inazerspuloaments com os parcon Gago, serie, como o flzera Tanryeon (ao inadusr a Bela Rese, ‘mun, © ao sugorir qua Beckot tnhs tJo ume contaredads famoresa no iniio da juvertude). Quetia concenttar-mo. ne morte @ no marti, & Inttodueio de um coro do. mulheres fvaindas e por vores heise, refctindo om sian emosden 8 inportincin ds a¢80, ajudou-me maravihosamonte. A ee, ‘Sunde Fazlo ora esta: um poeta, quo pola primeita vee eecreve Pea o ptleo, sente-se muito mala a vontads oom ¢ verse co, 4a to quo com 0 dislogo dramaticn. to, tha certera, era 90 quo ou enbori fazer, o tvez as Haguezas dhamstcus fh ‘assem algo enoebertas polos lamentos das muthoros. Aut lizngio do coro foralocau © poder © escendeu oF doteios da Innis tenlea teaval. Por esia razéo, raivi que da préxima YEE procurara o coro mais intinamente na sega, Também quetia descobric se pacar aprender a dispon- ‘81 complatamorto @ utlzagso da prose. As cuts paseagens fm prosa om Astassinato na Ca:adra (Murder inthe Cathode) rio Pedoriam ter sido cserites em verso. Por certo, vom tibo de distogo em verso quo eetava usando ne pepe, & aud, toro teria desconforel impresedo do estar ouvndo verso Um seemso pronunciado em verso & uma oxpeiéncia muito Fouco comun mesmo para os mais ragularee tqentavorce de iota: ninguém reagia a isto como a um serméo. E nas {las dos cavaleros, quo sio pevtetsmente conscentes do gattromse diigindo a um audltéri de pessoas que vivem a 200 anos apés 8 morte dees, uso de prose de plstatorma tom 8 inlongi, 6 claro, de causar um efeito especial: aacudit > ‘ucitorio para fora do sua complactne'a. Mae, isto é una ‘tnécio do toque: quer dizer, um atte tolesvel apenas om uns F996 © no podendo ser usado em nenhuma outa, Dove, 10 ssp gmt et aetna jesconsiderar tts coisas a punt cn a cot tt ca toma fl que ie quo» Gncos pertonagene acids ee oe tra mere ten en ss le te rami va ocr so We, dove, am mi op sa ei so tans tm ae eh ett ween sr rts mane ee ‘se vestem como 6s, moram em casas scan sntoe oa ‘noseos, ¢ usam telefonas, avtomoveis ernie creas oe mareeene tees a ei Co Sai a See Siocribae ste nne oe on wi eo etter poo yara 0 mundo em que 0 auditério vive © para o qual ele races i ee aos So ati noon Se arts an ete reat nee cg as sc dS a ‘erin 1!" Ent nfo seremos trans: womees on re srt 2 ta pa miata ica eS me See, on Poranto, eu esava dolerminada a tomar um tema da vida ‘medeera om minha proxina pegs, com parsonagans do nossa répria época vivendo em nosso priprio mundo. A Reuniaa 0 Familia (The Family Rounlon) fo! o rosuledy dato, Nelo, minha primeira preocupacto era o problema da versteagto, encontrar um ritmo préximo da tala contompordnea, onde we sslabae ténicas pudessem surgr no gar em que nos aa po. amos naturaimente, ao fal aquola determinada fave, na. usla doterminada situaglo. © que fz, eno, 60 qua substan. laments cotinuo a empregar: um verso de tamarho vargvat» com namero de elabas varlivel, com uma coaura ¢ és sla, bes tnicas. A cosura e as slabes tonicas podem aparecer fm posses coronas, praticamente am qualquer lugar no erro; 9 sabes t6nioas podom vie bem juntas ou soparadas Por sfabas breves; sengo que a Unica ragre # que deve havor luna silba ténies! do um lado da casura © ues dp ovr Em rettospecio, logo me aporsedi de que dedicate toda, 4 atongio @ vorsiteaco, em dottimento do entada v dos por, sonagona. Tinhe, relmeni, feito algum progresso 30 nde pode sr ape me eaperanga, mas clot Ua sporaga nto deuaaronda, Ms, qur lg que cameo Shree pan oo scone om pros pase Seas 8 ae Sr pom oe bo quads a poe extemantte io Sate no condgdee do momono posers © st oe 39 pores em vre ejam rcetectan palo paca mala mune {So como Tents pe! Go enema, © prvi dae © rice tn eer part © oot toa sa pret 0 : co apuras dopa o eer pra stun coro tipo do ree {Sto come tarde cis ton do vere, Des ots fasts oi tt on gost te, Voto poe tas dd quo ereona o8 oe omei'e ds taas que et Tote ei wie goer do tecerar sm fafa cla cate 2 wma vga, © ost pio tocos,enboa apenas em eaqorm ¥00, ve itar osama pase, a angie «poe ferto meena me intasee, ple orace lca pam noes Spottt essere, am Go quiet avo aie ele porooovn oo ang igindetda aa error lara Porcpga ean oro, oordo ur cea oem prea ptr aaah por eso contigs «Gfose ‘ev oe slomeroe do mind viel © mio no mundo > Som, parecer culm dat emosbes eanadet» ls fens aio measaos a toon vide eorecere qando Sng pra a alo ont part ie pra equ o> fm roe &incamonte adequdo nt xgrssio uma 125 {iva de exteneio indtinia do contimentos que podemos apenas perceber, por assim dizer, palo canto dos othos e que ‘unea pode ser completamente Yealizada, Sao sontimentos os guts temos apenas consclécia numa espécle de afasa- ‘mento tomporaio de acto. Hé grandes dramaturgos om peosa — como tbeon 0 Tehecov — que, em determinadas ccasives, Meeram eoisas que de outro modo no julgarla @ prosa capez, ‘nas que me parscom, a deapoto do sou Axia, teem so pro. Julcades na expresso por trem sido esentas em prosa, Esse ‘leance peculiar da sensiblidada pode ser expreeto pola poo- a cramaticn em sous momentos da maior intnsidade. Em tld momentos, ocamos a trontcra dessos sentmenios quo s6 Imisios pode exprimir. Jamals podemos emular & mésice, por ‘ue hogar & condigdo de misica sara aniquiar a poesia, especialmente @ poesia dramdiica, Contide, tenho diane dow ‘les uma especie do miragem oa perteigso co tat om vero, fe seria @ esinturagio da apo humana @ das palewras do) {al modo @ apresentar ao mosmo tempo os dole aspectos 6a ‘ordem dramatica @ musical. Pereca-me quo Shakespeare con- 2auiu Isto polo monos om certas conne — até mesmo bastante 260, pois existe & cona do balcdo de Rome e duleta — 9 fq estva tentanco conseguir am sues Glimas papas. Ir a6 429 ultimes corsequéncias nesta clreeao, sem perder 0 con- {ato com 0 mundo eottiano camum, eam 9 aust o teatro tom e estar om harmonls, pstocaxme 0 alo sdequedo

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