Você está na página 1de 10

GUIA PARA PLANEJAMENTO E PRODUÇÃO DE CURSOS E MATERIAL DIDÁTICO

NA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Prof. Dr. Iuri Andréas Reblin


Material Instrucional
Outubro de 2013
1ª versão

Os cursos de extensão, de especialização, pensados na modalidade de Educação a Distância (EAD)


possuem toda sua concepção pedagógica e epistemológica voltada às dinâmicas inerentes a essa
modalidade de ensino-aprendizagem. Distintamente da educação presencial, a EAD está muito mais
vinculada ao uso de tecnologias que visam qualificar as interações e reduzir a distância transacional,
tal como compreendida por Michael Moore.

O que é a distância transacional?

A distância transacional é um conceito básico da EAD e se refere à medida da qualidade da interação


entre estudantes e professores durante o processo de ensino-aprendizagem. Isto é, a qualidade da
interação entre estudantes e professores não reside exclusivamente no encontro presencial ou em
atividades síncronas realizadas em datas ou horários determinados. A qualidade da interação reside
nas oportunidades de diálogo e nas trocas de experiências, bem como nas relações humanas, que
são promovidas no processo de ensino-aprendizagem.

A distância física e mesmo temporal entre professores e alunos gera um novo ‘espaço’ no
qual deve ocorrer uma forma diferente de comunicação, ou seja, uma nova ‘transação’. Por
essa perspectiva, não interessa a distância física entre professor e aluno, mas sim as relações
pedagógicas e psicológicas que são estabelecidas. Para Moore, então, é a qualidade da
interação que determina a distância existente entre o professor e o aluno. Nessa
perspectiva, mesmo na educação presencial, se o professor utiliza um método de educação
fechado e autoritário, no qual o aluno é apenas um agente passivo, existirá a distância
1
transacional em grande escala, pois a interação de ambos será medíocre.

Na EAD, de acordo com Otto Peters, a partir do conceito desenvolvido por Michael Moore, há três
variáveis pedagógicas que interferem na distância transacional e que precisam ser dosadas
adequadamente, a fim de promover o processo de ensino-aprendizagem: o diálogo, isto é, a
interação linguística entre professores e estudantes, a autonomia dos estudantes e a estrutura dos
cursos.2 Isto é, um curso pensado para a EAD precisa considerar a autonomia do aluno e precisa ser
estruturado de modo a proporcionar a interação entre professores e estudantes e o autoestudo de
seus participantes, o que interfere diretamente na produção de material didático e no uso de
ferramentas midiáticas que possibilitem a comunicação, a troca de experiências e a construção de
conhecimento. Diante disso, o processo de realização de um curso na modalidade EAD envolve deste
a concepção do curso, a elaboração e a submissão do projeto à instituição, a produção do conteúdo

1
BASSO, Cláudia de Fátima Ribeiro; RAMOS, Daniela Karine; CHAVES, Laura Cristina Peixoto. Fundamentos e
Metodologia da Educação a Distãncia. Blumenau: Edifurb; Gaspar: ASSEVALI Educacional, 2008. p. 16.
2
BASSO; RAMOS; CHAVES, 2008, p. 17.
até a realização do curso em si. A concepção do curso e a produção do conteúdo precisam estar
intrinsecamente relacionadas.

O Planejamento da Estrutura do Curso

A Faculdades EST realiza os cursos na modalidade de Educação a Distância em seu Ambiente Virtual
de Aprendizagem (AVA) construído a partir da Plataforma open source Moodle. De acordo com as
normas da instituição, a carga horária mínima para a oferta de cursos de extensão é de 20h e a oferta
máxima de 120h. A estrutura de um curso é pensada, preferencialmente, a partir de unidades
temáticas de 10h, podendo também ser de 5h (particularmente, em cursos de 20h). Assim, teremos a
seguinte configuração:

Carga horária
Total do 20h 40h 60h 80h 120h
Curso
Quantidade
de unidades 4 temas 4 temas 6 temas 8 temas 12 temas
temáticas

Com o intuito de diminuir a distância transacional e, desse modo, qualificar as interações, o


autoestudo e o processo ensino-aprendizagem, a proposta da Faculdades EST para cursos na
modalidade EAD se condensa nos seguintes requisitos:

Aspectos Gerais de uma Proposta de Curso e/ou Componente Curricular na modalidade EAD

Todo curso, de extensão ou de especialização, bem como componentes curriculares de cursos


regulares, oferecidos na modalidade EAD, devem considerar e preparar os seguintes itens:

 Plano de Ensino do Curso (PE)


Este acompanha o projeto de curso quando se tratar de um curso de extensão.
 Página de Apresentação, explicando a metodologia, como funciona o curso, a ementa, os
métodos de avaliação, apresentando os temas das unidades, etc., isto é, é necessário
traduzir numa linguagem dialogal as principais informações que se encontram no Plano de
Ensino num texto especialmente construído para os participantes. Desde o início, é
importante deixar claro o que se quer com a unidade, indicando o caminho a ser percorrido.
No EAD, é necessário clareza; expor os objetivos do curso ou componente curricular, da
proposta.
 Vídeo de até 3 minutos de apresentação ao curso.
 Dispor um fórum para dúvidas técnicas e um para dúvidas de compreensão.
 Acrescentar ao menos dois links externos (vídeos, artigos).
 Todo o curso precisa ter um layout para cada unidade. Este layout é elaborado pela equipe
técnica do Núcleo de Educação a Distância (NEAD) da Faculdades EST. O/A professor/a ou
coordenador/a do curso pode indicar imagens para a equipe técnica do NEAD. Estas imagens
terão sempre o mesmo padrão de largura x altura nos cursos.

Características de cada unidade temática

Cada unidade temática deverá ter os seguintes itens:


 Um texto base de, no máximo 10 páginas (7 a 10 páginas), elaborado a partir do princípio da
hipertextualidade.
 Vídeo de até 5 minutos com o professor-conteudista abordando o tema da unidade. Não se
trata necessariamente de uma síntese do conteúdo do texto base, mas de indicar pontos
cruciais e complementares, não discutidos no texto, ou um conceito que se queira destacar,
ao assunto abordado na unidade temática.
 Arquivo de áudio do vídeo produzido, para ser baixado.
 Arquivo de áudio do texto.
Observação: Se, em uma unidade (mais para o final), o/a professor/a-conteudista quiser
elaborar o texto base apenas em lâminas de PowerPoint, o áudio do texto precisa ser mais
que uma leitura das lâminas, precisa ser um texto explicando essas lâminas.
 Um questionário (teste de conhecimento) do assunto abordado na unidade temática, com
feedback indicando a resposta correta e o porquê de ela estar correta. São dez questões por
questionário, sendo uma questão dissertativa (de Verdadeiro e Falso, de associação, de
múltipla escolha, etc.). Essa é a principal forma de monitoramento da participação no curso
ou no componente curricular.
 Indicação de material complementar (artigos em periódicos, vídeos do Youtube, etc.)
 Uma página com um “problematizador”, isto é, uma página de apresentação do conteúdo
por meio de uma problematização. Pode ser uma notícia de Jornal, uma música, um poema,
algo que evoca o assunto a ser abordado na unidade temática.
 Opcionalmente, pode-se dispor de recursos interativos além do Fórum: Glossário, Wiki, etc.

O planejamento e a elaboração de cursos e/ou componentes curriculares

O planejamento e a elaboração de um curso ou de um componente curricular na modalidade de EAD


exigem muito mais do/a professor/a que um curso pensado para a modalidade presencial,
principalmente, porque, para um curso em EAD, é necessário elaborar todo o material didático. Isto
é, não se trata apenas de elaborar um plano de ensino, selecionar textos, sistematizar ideias e
planejar dinâmicas, mas de redigir e produzir tudo aquilo que se quer compartilhar e ensinar numa
linguagem dialogal, dinâmica e atrativa. E isso se torna um grande desafio, pois a qualidade desse
material incidirá diretamente na distância transacional e no processo ensino-aprendizagem como um
todo. Logo, um professor que não planeja e elabora adequadamente todo o curso e seu material
didático compromete, em grande parte, o processo de ensino-aprendizagem na EAD.

Mas como elaborar um conteúdo que promova um processo de ensino-aprendizagem significativo?

A primeira regra é sair do básico! É simplesmente inconcebível que um curso ou um componente


curricular pensado na modalidade de EAD utilize primariamente “textos secos” como materiais
didáticos e fonte de conhecimento. Estes podem ser considerados, ao máximo, leitura complementar
opcional. Isso significa ao se pensar um curso ou componente curricular é necessário pensar na
produção do material didático. É necessário traduzir o conteúdo que se quer compartilhar em uma
linguagem acessível, dinâmica, interativa. É por isso que muitas instituições que oferecem cursos em
EAD possuem um corpo profissional especializado, um Núcleo de Educação a Distância (NEAD) ou
Centro de Educação a Distância (CEAD). Trata-se de uma equipe constituída por autores (professores-
conteudistas), pedagogos, designers instrucionais, equipe de arte, técnicos de informática e de
produção audiovisual e tutores (professores-tutores, responsáveis diretos pelo processo ensino-
aprendizagem na EAD). Essa equipe auxiliará na formatação do material didático. Para tanto, no
entanto, é imprescindível que este material já seja pensado na dinâmica da EAD por seus autores e
suas autoras. Diante disso, seguem algumas dicas para a produção de material didático (texto escrito
e recurso audiovisual):

O texto escrito

O texto escrito de um curso ou componente curricular em EAD não pode ser pensado como artigo
científico. Como já reiterado, textos densos poderão e deverão ser sugeridos como leitura
complementar opcional. A ideia é pensar o texto tendo por princípio a intertextualidade e a
hipertextualidade.

A hipertextualidade é definida como “evento comunicacional, interativo, não linear, intertextual e


heterogêneo”.3 O princípio da hipertextualidade está calcado na epistemologia rizomática de Gilles
Deleuze e Félix Guattari, a qual compreende que a construção do conhecimento se dá por meio da
organização não linear ou não hierárquica (nem por isso não dirigida) dos conteúdos, sendo que uns
podem afetar aos outros reciprocamente.4 Exemplos de hipertexto são as páginas de internet, que
possuem links que remetem a outros sites, que, por sua vez, remetem a outros sites e assim por
diante. Nessa direção, a hipertextualidade tem a ver com a intertextualidade, isto é, a referência a
outros textos, quer seja afirmando, quer seja contestando seu conteúdo.5

Dicas práticas:

- Utilizar uma linguagem dialogal e dirigida, clara e objetiva, evitando o uso da voz passiva.

- Iniciar o texto com uma problematização.

- Redigir frases curtas. Frases longas dificultam a compreensão e provocam a dispersão da atenção.

- Utilizar vocábulos e termos de fácil compreensão.

- Investir em tabelas e gráficos, pois auxilia na compreensão do que se está comunicando.

- Dispor, sempre que possível, um mapa conceitual das ideias do texto.

- Utilizar imagens (não apenas como recurso estético, mas como forma de linguagem)

- É possível inserir lâminas de Power Point no texto.

- Ter clareza da ideia que se quer comunicar e utilizá-la como “fio condutor” no texto.

- Utilizar redundância e a recursividade na linguagem textual.

- Evitar ser demasiadamente sintético.

3
TAFNER, Elisabeth Penzlien. Referenciais Linguísticos para a Elaboração de Materiais Impressos. In: TAFNER,
Elisabeth Penzlien et al. Produção de materiais Autoinstrutivos para a Educação a Distância. Indaial: Grupo
Uniasselvi, 2010. p. 33-60. p. 54.
44
Cf. DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O que é a filosofia? São Paulo: Editora 34, 1992.
5
VAL, Maria da Graça Costa. Texto, textualidade e textualização. In: FERRARO, Maria Luiza et al. Experiência e
prática de redação. Florianópolis. Editora da UFSCm 2008. p. 63-86. p. 69.
- Utilizar exemplos para ilustrar conceitos e ideias.

- Trabalhar a habilidade de leitura e interpretação para a construção de conhecimento.

- Inserir links para outros textos e caixas de texto de explicação de termos técnicos ou conceituais.

Sobre o uso de imagens

É necessário ter cuidado na utilização de imagens, por causa da questão do uso de direitos autorais,
regulamentados pela Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Os direitos autorais se dividem em
direitos morais (referentes à autoria) e direitos patrimoniais (direitos que regulam as transações
econômicas e jurídicas das obras). Assim, é necessário atentar-se para imagens que estão em
“domínio público” (não protegidas por direitos patrimoniais).6

Existem inúmeros bancos de dados disponíveis na Internet. O banco de dados mais “confiável” nesse
sentido é o Flickr. Ao buscar uma imagem no banco de dados, deve-se atentar para a expressão
“licença livre”. Além disso, sugere-se aproveitar os Cliparts disponíveis no próprio editor de texto da
Microsoft como recurso estético para destacar trechos do conteúdo, realçar palavras-chave, etc. Da
mesma forma, a sugestão é investir em cores (nas tabelas, nos gráficos, nos títulos), a fim de romper
com o estilo do “texto seco”.

Roteiro de Vídeo

O princípio do vídeo é apresentar ou aprofundar conteúdos abordados no texto. Assim como o texto
escrito, um vídeo, por princípio, não pode ser apenas um monólogo gravado. É necessário ser
interativo, provocativo, problematizador e dinâmico. Há várias maneiras de se conceber um roteiro
de vídeo. A mais frequente atualmente é uma simples divisão por tópicos, na qual se inserem as falas
do/a âncora e os recursos a serem explorados.

Ex: (Video de apresentação ao curso)

PROFESSOR/A
Olá, seja bem-vindo ou curso sobre ... Neste curso, tem o objetivo de... você aprenderá que... Para
tanto, ele se divide nos seguintes temas:

INSERÇÃO DE TEXTO EM TELA CHEIA


Tema 1
Tema 2

NARRAÇÃO EM OFF DO/A PROFESSOR/A DURANTE A TELA CHEIA


No primeiro tema, nós conhecer....
No segundo tema, nós estudaremos...

PROFESSOR/A

66
Cf. MONTEAVARO, Viviane. Contrato de Prestação de Serviços e Direitos Autorais. In: VARGAS, Flávia Krupp
de; COLOMBO, Rosane; MONTEAVARO, Viviane. Diretrizes para professor autor. [Porto Alegre]: Natural Editora
e Produtora, [s.d.]. p. 15-31. p. 21ss. [não publicado]
Nós vamos assistir agora a uma cena do filme .... Neste filme, de direção de..., nós vamos ver como...

INSERÇÃO CENA DE FILME


Título do Filme
Direção
Produção/Distribuição
Ano
Decupagem: 01:37:33 a 01:39:15 ( hora. : min. : seg.)

PROFESSOR/A
Enfim, é isso aí! Bons Estudos!
Dicas práticas:

- Não utilizar exemplos momentâneos (semana passada, o atual presidente, ano passado, etc.).

- Utilizar recursos como músicas, entrevistas com convidados/as, enquetes, etc.

- Garantir a autorização de direito de uso de imagem e voz em casos de enquete, entrevistas, etc.

- Utilizar trechos de filme (até 3 min., indicando Ano, direção e produtora/distribuidora.).

- Realizar a decupagem dos filmes inseridos, indicando o tempo inicial e final do trecho.

- Redundância na linguagem.

- Elaborar vídeos de até 5 min.

- Utilizar vestimenta com cores sólidas (evitar o listrado por conta de interferência no vídeo).

- Evitar a característica “invernosa” no visual do/a âncora do vídeo.

Considerações Gerais sobre o planejamento de um curso em EAD

Os cursos na modalidade de EAD da Faculdades EST se baseiam num equilíbrio entre o modelo
interativo e o modelo instrutivo de EAD. Isso significa que o curso possui atividades que valorizam a
autonomia dos participantes, mas conta, ao mesmo tempo, com a participação de um professor que
acompanha o desempenho dos participantes, intervindo e promovendo o debate. Essa postura está
refletida diretamente da proposta estrutural do curso, ao dispor de fóruns para dúvidas e para a
interação entre professores e alunos e alunos entre si, e de questionários que visam verificar o
processo de apreensão de conteúdo e a construção do conhecimento.

Os questionários são pensados no sentido da verificação da habilidade de leitura e interpretação dos


temas abordados, por meio de uma problematização; ou seja, não se tratam de simples
questionários de múltipla escolha, mas sim de questionários que são construídos e elaborados de
maneira criteriosa a partir de uma metodologia de avaliação que visa o conhecimento para além do
conteúdo apresentado.

Especificamente para cursos de extensão, a proposta da Faculdades EST é, tal como indicado no
tópico “Aspectos Gerais de uma Proposta de Curso”, estruturar os cursos com um fórum para debate
geral do tema do curso (o/a professor/a pode, oportunamente, criar discussões no fórum sobre os
temas abordados) um fórum de dúvidas técnicas (respondido pela equipe técnica do NEAD) e dos já
mencionados questionários para cada unidade temática. Pontualmente, outros recursos poderão ser
opcionalmente acrescidos, condicionados ao planejamento do curso, à quantidade de material
didático, ao tema do curso em si, etc.

Em todo o caso, para cursos de extensão, dada a sua característica e a variedade do perfil do/as
participantes, o fórum como atividade obrigatória em cada unidade temática de mensuração da
participação, bem como o envio de tarefas, a elaboração de sínteses, ou mesmo a produção de um
texto colaborativo, ou de um Glossário, não são recomendados. Desse modo, essa postura didático-
pedagógica, além de promover o processo ensino-aprendizagem, tem o propósito de não onerar
demais o/a professor/a (ou tutor/a, sobretudo, em termos de correção de material, concentrando
sua atividade no fórum geral ou, quando houver, excepcionalmente, um ou outro recurso como o
Glossário e o Wiki) e de promover a sustentabilidade (a autossuficiência) do próprio curso de
extensão.

Avaliação do Centro de Custo de um curso de extensão na modalidade EAD

O mapeamento do custo de produção de um curso de extensão na modalidade EAD, na verdade,


envolve não apenas a produção do conteúdo didático-pedagógico em si, o pagamento do professor
responsável por ministrar o curso (os custos diretos), mas também todo o aparato técnico e
tecnológico, estrutural (os custos indiretos). O suporte técnico do NEAD, as horas de produção e
editoração dos vídeos, a divulgação, a secretaria, a coordenação pedagógica, há todo um entorno
despercebido que atua para que cursos possam ser oferecidos. Pensando, entretanto, nos custos
diretos de produção de conteúdo e de tutoria, baseia-se na seguinte tabela pensada a partir da
duração do curso e do valor-hora docente aplicado pela instituição:

Carga horária Total do Curso 20h 40h 60h 80h 120h

Valor total pago à produção do material didático


Pago apenas no processo de concepção do curso 20h 40h 60h 80h 120h
(venda do direito patrimonial)

Valor total pago à tutoria para cada edição do curso 10h 20h 30h 40h 60h

Assim, um curso de 20h horas custaria 20h de produção de material e 10h de tutoria na primeira vez
que fosse oferecido e custaria apenas 10h de tutoria nas edições seguintes, até, claro, que uma
avaliação pedagógica sugerisse repensar a dinâmica do curso.

Passos do Projeto: Elaboração e Tramitação Interna

O caminho percorrido por um projeto submetido à Pró-Reitoria de Ensino e Extensão (que é


responsável tanto por eventos quanto por cursos) passa por diversas etapas até alcançar a sua
realização. Essa trajetória pode ser descrita da seguinte maneira:
PROCESSO GERAL DO PROJETO A PARTIR DE SUA TRAMITAÇÃO TÉCNICA

Concepção do Projeto Secretaria de Extensão


proponente Proponente solicita o Modelo para
preenchimento

encaminha

Pró-Reitoria de Ensino e Extensão Proponente


Verifica e aprova Comunicação entre Pró-Reitoria e
Administração
Para casos de orçamentos Proponente em caso de adequações
especiais, recursos externos, etc.,
em que os valores escapam da
encaminha
tabela padrão e envolvem outras
despesas com translado, etc.
Tramitação Interna:
Secretaria de Extensão Registro do Curso no Classis
Tesouraria | Setor de RH
Criação do Centro de Custos
Administração

Setor de
Setor de
Gerenciamento
do Site, inscrições Marketing
online, etc.

Realização do Projeto

Este passo precisa


acontecer com prazo
mínimo 90 dias antes da
realização do projeto
Fechamento, Avaliação, Pagamentos
Administração, secretaria e Pró-Reitoria de Ensino e Extensão
PROCESSO GERAL DO PROJETO A PARTIR DE SUA TRAMITAÇÃO PEDAGÓGICA (CURSOS EM EAD)

Secretaria de Extensão Concepção do Projeto


Proponente solicita o Modelo para proponente
preenchimento Proponente
Comunicação entre Pró-Reitoria e
encaminha Proponente em caso de adequações

Pró-Reitoria de Ensino e Extensão


Verifica e aprova

encaminha
Coordenação Técnico-
Pedagógica EAD
Tramitação Interna: Secretaria de Extensão
Planejamento do Material Pedagógico
Registro do Curso no Classis
Tesouraria | Setor de RH
Criação do Centro de Custos
Administração
Setor de Equipe
Setor de
Setor de Multimídia Técnica
Gerenciamento
do Site, inscrições Marketing NEAD
online, etc.

Docentes e/ou
Proponentes
Realização do Projeto

Este passo precisa Precisa estar concluído 30


acontecer com prazo dias antes da realização
mínimo 90 dias antes da do projeto
realização do projeto
Fechamento, Avaliação, Pagamentos
Administração, secretaria e Pró-Reitoria de Ensino e Extensão
Considerações gerais acerca da elaboração e tramitação interna de projetos

- Projetos de cursos de extensão ou eventos devem ter sempre um/uma coordenador/a local
(docente integrante do quadro funcional da Faculdades EST), sobretudo, em casos de docentes
ministrantes de curso não pertencerem à instituição. Nestes casos, é necessário que haja alguém da
Faculdades EST que se responsabilize pelo curso, intermedeie as tramitações e acompanhe todas as
etapas, garantindo a solução de problemas logísticos em diálogo com a secretaria de extensão:
hospedagem de ministrante, translado, etc.

- É muito importante considerar que um projeto requer planejamento. Isto é, é necessário avaliar a
janela de tempo necessário para o projeto como um todo, de sua submissão à sua realização. Por
exemplo, é necessário considerar que o Setor de Marketing e o Setor de Gerenciamento do Site
necessitam um prazo mínimo de 90 dias para potencializar a divulgação do curso. Propostas com o
prazo muito estreito acabam inviabilizando o projeto, pois não se alcançará uma demanda e uma
audiência em tempo hábil.

- Nessa direção, uma proposta é pensar o projeto em uma janela mínima de seis meses de sua
submissão à sua realização.

Você também pode gostar