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All content following this page was uploaded by Fernanda Belizario Silva on 08 May 2016.
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6 Engª. Fernanda Belizário Silva, EPUSP
7 Profª. Drª. Mércia Maria Semensato Bottura de Barros, EPUSP
8 Tecgª. Me. Renata Monte, EPUSP
9 Av. Prof. Almeida Prado, Trav. 2, n. 83 – Edifício da Engenharia Civil
10 Cidade Universitária, São Paulo, SP. CEP: 05508-900.
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15 RESUMO
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17 O módulo de deformação define a capacidade de se deformar de uma argamassa,
18 parte importante de sua caracterização. Embora tenha sido publicada recentemente
19 a ABNT NBR 15630 (2008), para determinação do módulo, ainda se observa um
20 cenário de divergência entre métodos de ensaio, formatos de corpo-de-prova, entre
21 outros parâmetros. Este trabalho busca contribuir para a minimização destas
22 divergências. Avaliaram-se os métodos de ensaio estático à compressão e dinâmico
23 pelo ultrassom, com os corpos-de-prova cilíndrico (ø5cmx10cm) e prismático
24 (4X4X16cm³), analisando-se os resultados em relação à representatividade e
25 variabilidade. Utilizaram-se argamassas comuns e com aditivos incorporadores de ar
26 e poliméricos. Observou-se que o método determinado pela norma brasileira
27 (ultrassom) é o melhor ensaio, exceto quando se tem adição de polímeros ou para
28 avaliar deformações na zona não-elástica da argamassa, casos em que o método
29 estático à compressão é mais apropriado. Além disso, o cilindro teve resultados
30 menos variáveis do que o prisma.
31
32 Palavras-chave: módulo, elasticidade, deformação, argamassa, ensaio
33 INTRODUÇÃO
49 E =σ (A)
ε
50
51 A norma brasileira para determinação desta propriedade, ABNT NBR 156303,
52 referente ao método dinâmico pelo ultrassom com corpo-de-prova prismático, foi
53 publicada em setembro de 2008. O cenário que se observava até então, e que
54 justificou a realização da pesquisa, é de muitas divergências, englobando diferentes
55 métodos de ensaio e formatos de corpo-de-prova. A conseqüência direta disto é a
56 existência de uma série de dados de difícil comparação, pois é muito raro encontrar
57 valores que tenham sido obtidos por uma mesma metodologia.
58 Apesar da publicação da norma, a discussão a respeito da determinação do
59 módulo de deformação ainda se faz necessária, pois fatores como a
60 representatividade dos ensaios e a confiabilidade dos resultados precisam ser
61 esclarecidos, principalmente frente às possíveis variações na composição das
62 argamassas.
63 Discutir estes fatores é o objetivo do presente trabalho. Para isto, são
64 analisados dois principais métodos de ensaio para determinação do módulo
65 adotados no Brasil – estático à compressão e dinâmico pelo ultrassom – bem como
66 dois formatos de corpo-de-prova mais comuns – cilindro e prisma.
67 Como o foco do trabalho é analisar o potencial de aplicação dos ensaios para
68 diferentes composições de argamassas, definiu-se como objeto da pesquisa uma
69 argamassa de referência de elevada resistência mecânica. Esta argamassa, ainda
70 que não seja recomendada para emprego como juntas de alvenaria ou como
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73 PROGRAMA EXPERIMENTAL
86
87 7
Figura 1 - Curva granulométrica da areia, segundo NBR NM 248 .
88
89 Para testar a consistência dos ensaios, utilizaram-se argamassas de
90 características diferentes, conforme Tabela 2. A proporção de mistura, para todas as
91 argamassas, foi 1:3 (cimento:areia) em massa de areia seca.
92
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113 formas e encaminhados à câmara úmida por mais 3 dias, quando, então, foram
114 colocados na câmara seca, até completarem 28 dias de idade.
2,5
Densidade (g/cm³)
2
1,5
1
0,5
0
T1
T2
b
EF
P1
P2
P3
P3
R
AR
AR
Cilindro Prisma
129
130 Figura 2 - Densidade no estado endurecido.
131
132 Os prismas da argamassa P3a não puderam ser submetidos à caracterização
133 no estado endurecido, devido à excessiva quantidade de defeitos. Analisando os
134 dados de densidade, percebe-se que o cilindro é sempre mais denso que o prisma,
135 indicando um melhor grau de compactação, devido ao procedimento de moldagem.
136 Como esperado, as argamassas com incorporador de ar apresentaram densidades
137 mais baixas. As modificadas com polímero, por sua vez, tiveram uma redução de
138 densidade mais acentuada, pois, além da incorporação de ar causada pelos
139 polímeros, houve uma grande incidência de defeitos (principalmente no prisma),
140 causada pela consistência seca destas argamassas, o que dificultou muito a
141 moldagem.
Tensão de ruptura (MPa)
40 10
30 8
6
20
4
10 2
0 0
T1
T2
b
P1
P2
EF
P1
P2
EF
T1
T2
P3
P3
P3
P3
R
R
AR
AR
AR
AR
35
30
25
E (GPa)
20
15
10
5
0
REF AR T1 AR T2 P1 P2 P3a P3b
174 módulo (para a argamassa P3b, o módulo pelo prisma é inclusive menor do que pelo
175 cilindro). Estes resultados deverão ser objeto de novas investigações em projetos
176 futuros.
Coeficiente de variação (%)
25
20
15
10
5
0
REF AR T1 AR T2 P1 P2 P3a P3b
232 AGRADECIMENTOS
240 REFERÊNCIAS
283 The elasticity modulus is the property that defines the mortar’s capacity to deform,
284 what is an important part of its characterization. Although the NBR 15630 (the
285 Brazilian standard for the modulus’ determination) has been published recently, there
286 is still a divergence scenario about test methods, specimen shapes and other
287 parameters. This work aims to contribute to minimize such disagreements. The
288 following methods were evaluated: the static compressive and the dynamic ultrasonic
289 modulus, with the cylindrical and prismatic specimens. Both the liability and variability
290 of the results were analyzed. It was observed that the ultrasonic method indicated by
291 the Brazilian standard is the best one, but for mortars that contain polymers or to
292 analyze deformation in a higher stress level. For these situations, the compressive
293 modulus is more appropriate. Furthermore, the cylinder had a better performance
294 than the prism, which is the shape indicated by the Brazilian standard.
295
296 Keywords: modulus, elasticity, deformation, mortar, test method