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Análise do seriado Penny Dreadful sob um ponto de vista feminista e queer

Gabriel Silva e Julie de Oliveira

Este trabalho realiza uma análise a partir de um viés feminista e das teorias queer sobre
o seriado de terror e fantasia fantasia Penny Dreadful, criado por John Logan e
veiculado através do canal Showtime entre os anos 2014 e 2016. Ambientada na
Londres vitoriana do século 19, a série mistura personagens da literatura clássica como
Victor Frankenstein, de Mary Shelley, Dorian Grey, de Wilde e Dr Jekyll, de Stevenson,
personagens do imaginário inglês como bruxas, lobisomens e vampiros, e personagens
ficcionais originais, dentro os quais encontra-se Vanessa Ives, protagonista. Nossa
análise será centrada nas personagens femininas Vanessa e Lilly, abordando as
diferentes concepções de monstruosidade lidas na trama - seja, por exemplo, a visão
heteronormativa do terror clássico, a qual segundo Laura Mulvey está pautada na
questão do olhar masculino (“the male gaze”), seja uma nova visão de monstruosidade
enquanto potência de desconstrução dessas normas.
Para tanto, iremos explorar conceitos como o já citado olhar masculino,
metáfora do travesti - que explica a masculinização de personagens femininas em
posições de poder-, também a ideia de agente, como derivada dos trabalhos de Mulvey
por Rhona Berenstein, a demonização do desejo feminino, e ainda discutiremos como os
choques dessas e de outras concepções atuam na obra, ora de forma construtiva, ora de
forma negativa, na construção de uma representação feminina que transgrida aquela
sustentada pela sociedade patriarcal.

Bibliografia
SCHÄFER, Dennis. Nosferatu Revisited: Monstrous Female Agency in Penny
Dreadful”. Disponível em: <http://www.genderforum.org/issues>.
MALUF, Sônia. et all. Políticas do olhar: feminismo e cinema em Laura Mulvey”. Rev.
Estud. Fem. v.13 n.2 Florianópolis maio/ago. 2005.
GAGLIARDI, Lucas. El espejo de Pandora: Identidad y Monstruosidad en Penny
Dreadful in Brumal, Universitat Autònoma de Barcelona, 2016

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