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Unidade II

COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO

Profa. Ana Lúcia Machado da Silva


Intertextualidade

ƒ Recorre ao conhecimento de outros


textos.
ƒ Todo texto traz em si, em níveis
variáveis, um grau de intertextualidade.

ƒ Explícita: quando há indicação da fonte.


ƒ Implícita: quando não há indicação da
fonte.
Exemplo de intertextualidade
Tipos de intertextualidade

ƒ Citação
Ocorre quando, em um texto, aparece a
reflexão ou ponto de vista de um
determinado autor ou autoridade no
assunto.
Tipos de intertextualidade

ƒ Paráfrase
Ocorre quando, no texto, ocorre a alusão
a outro texto, com o objetivo de
reafirmar a mensagem ou parte dela.
Tipos de intertextualidade

ƒ Paródia
Ocorre ao se contestar ou ridicularizar
outro texto. A ironia é uma figura de
linguagem muito utilizada para esse fim.
Tipos de intertextualidade

ƒ Epígrafe
É um recurso utilizado para fazer
referência a alguém. A dedicatória,
observada nas páginas dos livros, é um
exemplo
p de epígrafe.
pg
ƒ Tradução
É um procedimento que implica a
intertextualidade.
Pressupostos

As ideias são expressas de maneira explícita.


Exemplo:
ƒ André parou de fumar.

ƒ É possível pressupor que André fumava.


ƒ Há palavras e expressões no enunciado
que indicam um sentido, construído por
uma informação pressuposta.
Subentendidos

ƒ O subentendido não vem marcado por


expressões linguísticas.
ƒ É um processo de construção de sentido
que se organiza a partir da percepção do
receptor.
p O falante ou emissor pode
p
negar a interpretação de seu
ouvinte/receptor.
ƒ O subentendido é um recurso utilizado
em situações de comunicação nas quais
o sujeito
j não quer se comprometer com
o que disse.
Interatividade

Talvez, por essa mesma razão, diga-se que o


cinema é o lugar da ficção, onde “até diante
de um filme mais ‘realista’, o espectador
sabe que está vendo um filme, sabe que
entre o representado e sua representação
existe
i t uma mediação,
di ã um ponto t de
d vista.”
i t ”
(Fecé, 1998)
No texto acima, encontramos
intertextualidade do tipo:
a) Citação.
b) Paráfrase.
c) Paródia.
d) Epígrafe.
e) Tradução.
Sentido das palavras

ƒ Denotação é o sentido literal das


palavras, o sentido de dicionário.
ƒ Por exemplo, em um livro de biologia, no
capítulo em que se estuda o corpo
humano,, a palavra
p “cabeça”
ç indicará
uma parte do corpo e assim será definida
no dicionário.
Sentido das palavras

ƒ Conotação envolve outras


circunstâncias de sentido, que
possibilitam outras interpretações que
não a proposta pelo sentido literal.
ƒ Por exemplo,
p , no enunciado “João é o
cabeça da sala”, o sentido da palavra
“cabeça” não é o literal. No caso, indica
que João é o aluno mais “inteligente” da
sala.
Metáfora

ƒ É uma figura de linguagem que altera o


sentido das palavras por intermédio do
acréscimo de um significado que
aproxima os termos por uma relação de
semelhança.
ƒ A metáfora é uma espécie de
comparação, porém, sem o conectivo
que a estabelece:
“Amor é como fogo“ (comparação)

“Amor é fogo” (metáfora)


Linguagem da biologia

ƒ Metáforas: protegemos, responsáveis,


coluna
Metonímia

ƒ Metonímia: processo de alteração de


sentido, por meio do acréscimo de um
significado que aproxima os termos por
relação de contiguidade, inclusão,
implicação, interdependência e
coexistência
i tê i entre
t ddois
i termos.
t
ƒ Sinédoque: um tipo de metonímia que
ocorre quando se usa a parte de algo para
designar seu todo. Ex.: ao viajar, observa-
se o uso de placas que sinalizam a
proximidade
i id d de
d um restaurante,
t t com
figuras de garfo, colher e faca. As figuras
são objetos que fazem parte do que se
utiliza em um restaurante (todo).
Processo de argumentação

ƒ Argumentação é um procedimento que


tem por objetivo levar o indivíduo a
reconhecer e aderir a uma determinada
tese ou “verdade”.
ƒ Para essa finalidade,, são utilizados
argumentos (proposições ou frases
declarativas) para defesa de uma ideia
ou ponto de vista.
Condições de argumentação

1ª Definir uma tese e saber para que tipo de


problema essa tese é resposta.
2ª Ter uma linguagem em comum com o
público para quem se dirige o texto. O
uso da língua
g deve obedecer a níveis de
formalidade, de acordo com o grau de
escolaridade, formação e especialização
profissional de seu público.
Condições de argumentação

3ª Causar empatia, um contato positivo


com o seu público, para garantir uma
receptividade positiva em relação aos
seus argumentos.
4ª Agir
g de forma ética,, para
p que
q a
argumentação não se torne uma
manipulação.
Interatividade

Os trechos abaixo são de letra de música


Rap, cuja metáfora é do cotidiano. Assinale
a alternativa que não apresenta metáfora:
a) A canoa da panela tá furada/ naufraga a
família/ vira-lata chuta toco.
b) A vida é como um jogo.
c) Palavras/ servem de transporte e a boca
é o terminal.
d) Não quero vê é é na hora do sacode,
nego treme
t mais
i que pandeiro
d i no
pagode.
e) Real pesadelo virou trilha sonora.
Recursos argumentativos

Exemplificação: pontos de vista exarados


por meio de exemplos.
ƒ Marcadores sintáticos, principalmente:
mais importante que, superior a, de
maior relevância q
que,, p
por exemplo,
p ,
considerando, analisando os dados,
pelos dados, segundo.
Explicitação: o objetivo do texto é explicar,
esclarecer os pontos de vista apresentados.
ƒ Marcadores sintáticos: isto é,
é haja vista
vista,
quer dizer, na verdade, considera-se,
denomina-se, chama-se, segundo,
consoante, do ponto de vista,
no pensamento de, parece-me.
Recursos argumentativos

Enumeração: o autor do texto tem em vista


apresentar uma sequência de elementos
que provem a sua opinião. São seus
principais marcadores sintáticos: primeiro,
segundo, um, outro, por último,
sucessivamente,
i t respectivamente,
ti t antes,
t
depois, ainda, em seguida, então,
presentemente, outrora, atualmente, antes
de, depois de, no passado, hoje, ontem, ao
lado de, adiante.
Recursos argumentativos

Comparação: texto que procura, mediante


comparação, provar o que é apresentado
como opinião do autor. São seus principais
marcadores sintáticos: da mesma forma, tal
como, tanto quanto, assim como,
i
igualmente,
l t em contraste,
t t em oposição,i ã ao
contrário, por um lado, por outro lado, de
outro lado, mais que, menos que, pior que.
A comparação nem sempre é explícita. Ela
pode transformar-se em metáfora.
Conclusão de argumentação

Síntese: retomada do que já foi dito


anteriormente.
Por exemplo, ao defender a ideia de que é
necessária uma política de preservação do
meio ambiente p para garantir
g a
sobrevivência de gerações futuras e
desenvolver argumentos que demonstrem a
pertinência dessa defesa, pode-se retomar
essa ideia no final do texto argumentativo.
Conclusão de argumentação

ƒ Dedução: com base na defesa de uma


ideia, é possível deduzir uma conclusão.
São utilizadas expressões do tipo: de
acordo com, logo, deduzindo etc.
ƒ Relação
ç de causa e consequência:
q as
causas e as consequências relacionadas
à defesa de ideia são apontadas por
expressões do tipo: por causa de, graças
a, em virtude de (causa), de forma que,
de modo que, consequentemente
(
(consequência).
ê i )
Conclusão de argumentação

ƒ Interrogação: recurso utilizado quando


se deseja gerar uma dúvida que se
transforma em tema para a reflexão. Por
exemplo, é possível transformar a
afirmação da necessidade de uma
política
líti para preservação
ã dod meioi
ambiente em um questionamento como:
“Sem política de preservação do meio
ambiente, as gerações futuras
sobreviverão?”
Conclusão de argumentação

ƒ Citação direta, parafraseada ou


parodiada: recurso que traz ao texto o
ponto de vista de outro, muitas vezes
uma autoridade no assunto.
ƒ Esse recurso também é reconhecido
como um recurso de autoridade.
Estrutura do texto argumentativo

ƒ Introdução: apresenta a defesa de uma


ideia ou anuncia o assunto.
ƒ Desenvolvimento: apresenta os
argumentos apropriados para defesa de
ideia.
ƒ Conclusão: enfatiza a pertinência da
defesa de ideia e fecha todo o processo
de raciocínio desenvolvido no texto.
Interatividade

Assim, as metáforas da vida plena remetem


à explicitação de uma experiência
específica. Que experiência é essa, emitida,
formulada pelos dois autores de que nós,
leitores, podemos compartilhar?
O autor finaliza o texto com argumentação:
a) Citação direta, parafraseada ou
parodiada.
b) Interrogação.
c)) Dedução.
D d ã
d) Relação de causa e consequência.
e) Síntese.
Artigo

ƒ Veicula a opinião sobre determinado


tema, geralmente relacionado a um
universo de conhecimento a ser
apresentado. A política e a sociologia
representam universos bastante
explorados
l d pelosl artigos
ti de
d jornais.
j i
ƒ Tem caráter opinativo e linguagem
adequada ao perfil do público-alvo.
Apresenta título, utiliza recursos
argumentativos, apresenta assinatura e
f uso d
faz de temas
t variados.
i d
Artigo

ƒ Na introdução, o autor apresenta o


assunto relacionado a determinado
contexto (político, sociológico etc.), com
uma proposta de reflexão ou
problematização do tema escolhido.
ƒ No desenvolvimento, o autor apresenta
argumentos apropriados para a sua
defesa.
ƒ Na conclusão, geralmente o autor propõe
soluções para a problematização.
Editorial

ƒ Apresenta a opinião do jornal, portanto,


a linha de entendimento dos temas a
serem explorados. Geralmente é
apresentado em forma de comentário
sobre o mais importante fato noticiado.
ƒ Tem caráter opinativo, geralmente não
traz assinatura, para que possa
representar o jornal como um grupo de
sujeitos que compartilham de uma
mesma linha de pensamento.
Editorial

ƒ A introdução não deve ser longa e deve


chamar a atenção do leitor para a linha
de pensamento do jornal.
ƒ O desenvolvimento deve apresentar
argumentos
g que
q a comprovem.
p
ƒ A conclusão deve reforçá-la.
Crônica

ƒ É o relato de fatos do cotidiano,


determinados por um contexto sócio-
histórico.
ƒ Etimologia da palavra nos remete a
crónos,, que,
q , em latim,, significa
g “tempo”.
p
ƒ Basicamente, o que a difere dos gêneros
apresentados é a apresentação de fatos
diversos, identificados pelos leitores
como parte do cotidiano.
Crônica

ƒ Apresenta extensão limitada.


ƒ Narrativa relativamente leve.
ƒ A ironia é um recurso prestigiado.
ƒ Uso da linguagem coloquial, sentimental
ou emotiva.
ti
ƒ Visão mais subjetiva, pessoal e crítica.
Três formas de crônicas:
1ª Comentário.
2ª Lírica.
Lírica
3ª Narrativa.
Crônica

ƒ Comentário: foco narrativo em primeira


pessoa, linguagem direta e simples,
presença de fatos que irão gerar a
história e a reflexão.
ƒ Lírica: foco narrativo em primeira
p
pessoa, linguagem sentimental e
coloquial sem presença de fatos
geradores da reflexão, visão sentimental
da realidade interna ou externa.
ƒ Narrativa: foco em primeira ou terceira
pessoa, linguagem humorística (irônica),
predomínio do diálogo, predomínio de
uma história leve (divertida), geralmente
apresenta final inesperado.
Interatividade

A palavra artigo é polissêmica, ou seja, possui


vários sentidos. Em qual alternativa artigo tem
sentido de um tipo de texto argumentativo?
a) A artigo 19 Brasil goza de uma posição
privilegiada na sociedade civil brasileira,
pois
i funciona
f i como uma organização
i ã local.
l l
b) Art. 5º: Todos são iguais perante a lei.
c) Os artigos podem fazer combinações e
contrações com preposições.
d)) O artigo
g deve apresentar adequadamente
os objetivos, a metodologia utilizada e os
resultados encontrados.
e) O artigo que ele procura está exposto na
vitrine.
ATÉ A PRÓXIMA!

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