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BIOPIRATARIA NA AMAZÔNIA
RESUMO
ASBTRACT
The Amazon has a greater biodiversity of the planet, being the frequent target
of the people who are searching for the so-called “green gold”. In this sense, the
protection of the environment, the natural genetic heritage and the millenary
knowledge of traditional peoples is fundamental for the sustainable
development of the region, which concentrates the largest tropical forest in the
world, which is responsible for much of its ecological balance. Developing a
region in a sustainable way is necessary, protecting as natural wealth reverting
itself to the benefit of the people who live here is of fundamental importance.
Thus, the aim of this study is to analyze the ineffectiveness of Brazilian
environmental policy in the face of the growing practices of biopiracy from the
perspective of preventive and repressive actions, discuss the need for changes
1
Graduando do Curso Superior de Direito pelo Centro Universitário Luterano de Manaus –
CEULM/ULBRA. E-mail: rusivel_@hotmail.com
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Mestre em Direito pela Faculdade de Direito do Sul de Minas, FDSM, Brasil.
in current legislation, without meaning to typify this practice as a crime. harmful
to Brazil and the traditional peoples that inhabit the Brazilian Amazon. Thus,
there is a lack of typification of this criminal conduct, which facilitates the illicit
with serious damage to the country and the traditional Amazonian peoples. The
methodology used in this study is the deductive method, with bibliographical
research, of qualitative quality, with subsidies in doctrine, legislation and
jurisprudence.
1 INTRODUÇÃO
9367-6397
O problema da biopirataria, enquanto prática de uso ilegal do patrimônio
genético de um país, aumentou sua frequência no Brasil, atrativo desde os
primórdios de sua descoberta em razão de sua vasta diversidade biológica.
Dois motivos tem motivado essa atividade de exploração desautorizada no
país: a escassez de recursos naturais no planeta para suportar o consumo em
massa, e a fragilidade da legislação brasileira que protege seu patrimônio
genético.
O objetivo do presente trabalho é, pois, consiste em analisar a ineficácia
da política ambiental brasileira em face das crescentes práticas de biopirataria
sob a ótica das ações preventivas e repressivas, discutir a necessidade de
mudanças na legislação vigente, no sentido de tipificar, como crime, essa
prática prejudicial ao Brasil e aos povos tradicionais que habitam a Amazônia
brasileira.
A definição precisa do que vem a ser biopirataria ainda não existe, mas é
explicada por diversos autores. No dizer de Santilly (2006, p.85), o termo é
entendido da seguinte forma: [...] é a atividade que envolve o acesso aos
recursos genéticos de um determinado país ou aos conhecimentos tradicionais
associados a tais recursos genéticos (ou a ambos) em desacordo com os
princípios estabelecidos na Convenção sobre Diversidade Biológica, a saber: -
a soberania dos Estados sobre os seus recursos genéticos, e – o
consentimento prévio e informado dos países de origem dos recursos
genéticos para as atividades de acesso, bem como a repartição justa e
equitativa dos benefícios derivados de sua utilização.
A expressão “biopirata” está relacionada com a clássica figura do pirata.
Esse cruzava os mares para promover pilhagens e saques em outros navios e
também em cidades. Entretanto, hoje, o “lendário pirata” já não usa mais tapa-
olho, espada e nem perna de pau. O pirata moderno, ou “biopirata”, efetua a
biopirataria e pode estar camuflado das mais variadas formas, sendo por isso,
muito mais difícil de ser identificado (PACANARO, 2010).
Para Becker (2006), os “biopiratas” são elementos que adentram na
Amazônia para coletar elementos da biodiversidade com o único propósito de
se apropriar dos recursos naturais para fabricação de novos produtos. Isso é
feito utilizando os conhecimentos tradicionais locais que reduzem
consideravelmente o tempo de pesquisa e geram para os “biopiratas” uma
economia de até 400%.
Araújo (2006 apud DE BARROS, 2007, p.48) acredita que o Brasil é um
dos países mais afetados pelo tráfico de animais e pela biopirataria,
descrevendo, da seguinte forma o perfil do “biopirata” nesta região:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS