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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA – EIV

RESIDENCIAL FLOR DO IPÊ II

Eng° Civil Esp. Amb. Ricardo Salviano Ribeiro

Abadia de Goiás - 2018


FLOR DO IPÊ II Estudo de Impacto de
Vizinhança (EIV)

INDICE
1.1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR ..................................................................... 4
1.2. RESPONSÁVEL TÉCNICO ........................................................................................... 4
1.3. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO................................................ 4
2. INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 4
2.1. DA EXIGÊNCIA E ENQUADRAMENTO DO EIV ........................................................... 4
2.2. Apresentação dos proprietários ..................................................................................... 6
2.3. Localização ................................................................................................................... 6
Foto 01: Localização do empreendimento ............................................................................... 6
3. METODOLOGIA ............................................................................................................... 7
4. ÁREA DE ESTUDO .......................................................................................................... 7
4.1. DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA ASSOCIADAS AO
EMPREENDIMENTO .............................................................................................................. 8
4.2. ÁREA DIRETAMENTE AFETADA – ADA ...................................................................... 8
Figura 01: Croqui da área a ser loteada. ................................................................................. 9
Foto 02: área a ser loteada. .................................................................................................... 9
4.3. DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA – AID ........................................ 10
Foto 03: Delimitação da área de Estudo................................................................................ 10
4.4. DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA – AII ...................................... 10
4.5. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ...................................................................................... 10
4.5.1. ASPECTOS HIDROGRÁFICOS E HIDROLÓGICOS DA BACIA DO RIO
DOURADOS ......................................................................................................................... 10
4.5.2. RISCOS AMBIENTAIS INERENTES A BACIA DO RIO DOURADOS ...................... 11
4.5.3. CARACTERÍSTICAS DA BACIA DO RIO DOURADOS ........................................... 11
Figura 02 – Bacia hidrográfica do Rio dos dourados ............................................................. 11
4.5.4. CLIMA ...................................................................................................................... 12
4.5.5. FLORA ..................................................................................................................... 12
4.5.6. VEGETAÇÃO NA ÁREA EM ESTUDO .................................................................... 12
Figura 03 – Vista da área a ser loteado ................................................................................. 13
Foto 04 – vista do empreendimento, ao fundo mata do córrego capão comprido. ................. 13
Foto 05 – vista do córrego capão comprido ........................................................................... 14
5. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ...................................................................................... 14
5.1. HISTÓRICO DE OCUPAÇÃO DO SOLO DE ABADIA DE GOIÁS .............................. 14
5.2. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ATUAL NA ÁREA ...................................................... 14
Foto 06 – composição do solo – cascalho, solo vizinho, a vista aberta ................................. 15
5.3. EMPREENDIMENTO .................................................................................................. 15
6. POTENCIAIS IMPACTOS - DEFINIÇÃO DOS IMPACTOS NEGATIVOS E POSITIVOS15
6.1. POLUIÇÃO VISUAL, PAISAGEM URBANA E PATRIMÔNIO NATURAL E CULTURAL
16
Foto 07 – Vista aérea do centro de Abadia de Goiás ............................................................ 16
6.2. GERAÇÃO DE RUÍDOS E VIBRAÇÕES ..................................................................... 16
Tabela 01: Níveis de critérios de avaliação para ambientes externos, em dB. ...................... 17
6.3. ADENSAMENTO POPULACIONAL ............................................................................ 17
6.4. ASPECTOS POPULACIONAIS ................................................................................... 18
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6.5. EQUIPAMENTOS URBANOS ..................................................................................... 18


6.6. SANEAMENTO BÁSICO ............................................................................................. 19
6.7. ABASTECIMENTO DE ÁGUA ..................................................................................... 19
6.8. ESGOTAMENTO SANITÁRIO - REDE COLETORA ................................................... 19
6.9. COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................................................ 19
6.10. DRENAGEM URBANA ............................................................................................. 19
6.11. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA .......................................................... 20
6.12. EMPREENDIMENTO ............................................................................................... 20
Foto 08 – Posto policial com ponto de transporte coletivo próximo ao empreendimento ....... 20
Foto 09 – Colégio municipal Vital Luiz da Costa.................................................................... 21
Foto 10 – posto de saúde municipal ...................................................................................... 21
6.12.1. GERAÇÃO DE TRÁFEGO .................................................................................... 22
6.12.2. ACESSIBILIDADE ................................................................................................ 22
6.12.3. DEMANDA POR TRANSPORTE PÚBLICO .......................................................... 22
6.12.4. PAISAGEM URBANA ........................................................................................... 22
6.12.5. VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA .............................................................................. 22
6.12.6. PROTEÇÃO DOS COMPONENTES DO MEIO FÍSICO-NATURAL ...................... 23
6.12.7. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 23
7. ANOTAÇÕES DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA ...................................................... 23

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1. APRESENTAÇÃO

1.1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

Proprietário: Flor do Ipê empreendimentos imobiliários CNPJ: 10.777.405/0001-94


Endereço: Av. Castelo Branco N°587, Quadra R26 Lote 04 Sala 04, Setor Oeste, Goiânia,
Goiás – GO – CEP: 74.140-150 - E-mail: rachelpagliaroprojetos@gmail.com

1.2. RESPONSÁVEL TÉCNICO

Nome: RS7 Projetos e Construções CNPJ: 32.547.253/0001-76


Endereço: Av. comercial QD 02 LT 02, centro Abadia de Goiás - CEP: 75345-000
Responsável técnico: Eng. Civil Ricardo Salviano CREA/GO: 101482016D-GO
E-mail: engenheiroricardosalviano@gmail.com

1.3. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO

Nome do empreendimento: Residencial Flor do Ipê II Matricula Imóvel: 5.206


Propriedade: Faz. “Pica Pau Carijó” Município: Abadia de Goiás
Corpo hídrico: Córrego Capão Comprido – Rio Dourados Área Total: 75.853772 ha

2. INTRODUÇÃO
2.1. DA EXIGÊNCIA E ENQUADRAMENTO DO EIV

O desenvolvimento da política urbana no Brasil, prevista no art. 182 da Constituição


Federal, foi aprimorado com a promulgação do Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001), que
definiu, dentre outros instrumentos, o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), mais
especificamente no capitulo segundo, primeira seção, art. 4°, item VI – estudo de impacto
ambiental (EIA) e estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV).
O estudo tem o escopo avaliar os impactos positivos e negativos do empreendimento
ou atividade em relação à qualidade de vida da população residente na área e suas pro-
ximidades, garantindo assim o convívio social entre os moradores dos centros urbanos.
O presente EIV tem o objetivo de adequar o empreendimento a todas as exigências da
legislação, observando os impactos que poderão advir do funcionamento do
empreendimento, e as medidas mitigatórias e/ou compensatórias a serem implantadas, as
quais desde já o empreendedor compromete-se a realizar a fim de reduzir ou anular os
aspectos negativos detectados.
O EIV, assim como o Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA), são espécies de
Avaliação de Impactos que utilizam como base os princípios da precaução e da prevenção,
os quais auxiliam a Administração Pública na tomada de decisão sobre a instalação de
certos empreendimentos no território brasileiro.
Tais princípios, largamente utilizados no Direito Ambiental, passam assim a fazer parte
do Direito Urbanístico, corroborando ainda mais para a ideia da existência de uma verdadeira
interface entre as duas disciplinas jurídicas, que foram construídas e que ganharam
autonomia num passado recente, se comparadas às matérias mais tradicionais do Direito.

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Deve-se ainda ser levado em consideração que, no caso das cidades, os espaços
urbanos são os locais em que a proteção do meio ambiente se efetiva, havendo, assim,
constante diálogo entre as normas ambientais e urbanísticas para as almejadas cidades
sustentáveis.
Embora clara a importância do EIV para o planejamento territorial dos municípios, para
a garantia do bem-estar dos habitantes e para o atendimento à função social da propriedade,
fato que nem todos os municípios brasileiros possuem leis que especificam as atividades
sujeitas ao EIV, possibilitando, desta forma, uma maior incidência de impactos negativos na
vizinhança, sem contrapartidas ou mitigações, ante a omissão legislativa.
A metodologia do relatório baseia-se numa pesquisa exploratória e qualitativa, além do
método cientifico hipotético-dedutivo utilizando-se o método analítico e o procedimento bi-
bliográfico, a partir de levantamentos in-loco, leituras e análises de doutrinas, leis e
jurisprudências sobre o tema. A primeira fase se deu com a busca e organização dos
documentos, passando-se por uma pré análise de seu conteúdo. A seguir, procedeu-se
sobre a realidade de instalação do empreendimento, evidenciando seus aspectos positivos e
negativos.
Segundo Marconi e Lakatos (2003), no método científico hipotético-dedutivo
desenvolvido por Karl Popper, parte-se de um problema, ao qual se oferece uma solução
provisória, a teoria-tentativa, passando-se depois a criticar a solução, com vista à eliminação
do erro, de modo que esse processo se renovaria a si mesmo, dando surgimento a novos
problemas.
A priori foram abordados os princípios da precaução e da prevenção, através da
exploração dos prováveis impactos negativos, nos quais se baseiam o EIA e EIV,
demonstrando-se a estreita relação entre o Direito Ambiental e o Direito Urbanístico na busca
pela construção de cidades sustentáveis. Fato abordado na esfera do direito de propriedade,
do atendimento à sua função socioambiental e das limitações administrativas.
Doravante do desenvolvimento do relatório temos a conceituação do EIV, apontando
sua regulamentação municipal das atividades sujeitas à apresentação do EIV discutindo a
necessidade de apresentação do estudo no caso de omissão legislativa, abordando a
competência municipal com base no interesse local e os princípios da legalidade e da
reserva legal.
Nesse contexto o empreendimento FLOR DO IPÊ II, vem pelo presente relatório
apresentar o Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV, em atendimento ao estatuto da Cidade
Lei n° 10.527/2001, e ao Plano diretor do Município de Abadia de Goiás Lei complementar n°
003/2008.
O EIV tem como finalidade instruir e assegurar, ao Poder Público e ao ambiente
urbano, o equilíbrio necessário a cada empreendimento, adequando-o ao meio em que fará
parte.
A repercussão ou interferência provocadas sobre a infraestrutura e a paisagem
urbanas, impactos no sistema viário, no ambiente, na vida social da vizinhança, na
valorização ou desvalorização econômica do entorno, além da poluição sonora e visual, são
os principais aspectos a serem abordados nesse estudo, no qual, como já evidenciado,
contemplará os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à
qualidade de vida da população residente na área e nas proximidades, bem como a
especificação das providências necessárias para evitar ou superar seus efeitos prejudiciais,
incluindo a análise, entre outras, das seguintes questões:
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I - Adensamento populacional;
II - Equipamentos urbanos e comunitários;
III - Uso e ocupação do solo;
IV - Valorização imobiliária;
V - Geração de tráfego, tráfego pesado, acessibilidade, estacionamento, carga e descarga,
embarque e desembarque, alterações das condições de circulação e demanda por transporte
público;
VI - Ventilação e iluminação natural e artificial;
VII - Poluição visual, paisagem urbana e patrimônio natural e cultural;
VIII - Geração de ruídos e vibrações;
IX – Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, bem como daquelas
intensificadoras dos impactos positivos; e
X – Proteção dos componentes do meio físico-naturais específicos da área em questão.

2.2. Apresentação dos proprietários

A Empresa FLOR DO IPÊ EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA, proprietário da


fazenda PICA PAU CARIJO, têm como objetivo empreender um loteamento que ofereça aos
futuros moradores e como um todo a população municipal, um empreendimento que visa a
harmonia entre os meios urbanos e a arquitetura municipal, atuando como promotor do
desenvolvimento local. Adiante iremos destacar os pontos fortes do empreendimento e seus
impactos no cenário local.

2.3. Localização

O empreendimento será implantado no município de Abadia de Goiás – no


seguimento da rodovia GO-040, Abadia de Goiás sentido a cidade de Aragoiânia - GO, a
direita. A área total do terreno é de 75.853772 ha.
Observado o contexto do local, o qual será explanado no relatório, o empreendimento
será um promotor do desenvolvimento da malha urbana municipal local, uma vez que o
mesmo promoverá o desenvolvimento local, gerando empregos e renda.

Foto 01: Localização do empreendimento


Fonte: Google
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3. METODOLOGIA

Para a elaboração do presente EIV utilizaram-se dados coletados e disponibilizados


pelos contratantes; consultas bibliográficas, tais como livros e artigos técnicos; documentos
temáticos.
Além disso, foram feitas visitas ao terreno, a respectiva localidade destinados a
implantação do empreendimento proposto, bem como aos órgãos públicos do município,
como Prefeitura e Secretarias diversas.

4. ÁREA DE ESTUDO

A delimitação de “áreas de influência” durante o processo de Avaliação de Impacto


Ambiental de novos empreendimentos é tema ainda pouco discutido no âmbito técnico
científico. Em geral, no início da elaboração dos Estudos de Impacto Ambiental
correspondentes, costuma-se definir as chamadas “áreas de estudo”, as quais, muitas vezes,
acabam não contemplando a abrangência territorial dos impactos previstos, bem como a
totalidade das áreas passíveis de afetação em face de determinados aspectos específicos
relacionados ao empreendimento. Em decorrência, surgem dúvidas e contestações em
relação ao alcance dos impactos previstos, o que tende a repercutir em relação à efetividade
do processo. Considerando o contexto local, o presente trabalho compreende os resultados
de levantamento e análise dos critérios adotados na elaboração dos estudos. Consideram-se
tanto as práticas empregadas pela equipe técnica, vinculada a empresa de consultoria
ambiental encarregada de sua execução quanto os parâmetros utilizados pelos órgãos
públicos ambientais envolvidos na análise. Discutem-se consequências advindas da
delimitação das áreas nos procedimentos e custos relativos ao desenvolvimento dos
estudos.
Analisam-se dados obtidos em Termos de Referência disponíveis. Estudos de Impacto
Ambiental concluídos e, ainda, consulta a profissionais atuantes no contexto. Os resultados
obtidos apontam as questões que devem ser equacionadas no sentido de aprimorar os
critérios atuais e reduzir a margem de incertezas que cercam a delimitação das “áreas de
influência”, bem como recomendações gerais para a adequada inclusão do tema no
processo de avaliação de Impacto Ambiental.
A área de influência direta do estudo em questão teve raio de 2000 metros da linha de
eixo central do empreendimento, dando ênfase na linha tangente a rodovia GO 040. Sendo
assim podemos salientar as demais áreas, como áreas urbanas (residências, vias, posto
policial, etc.), áreas em expansão urbana (fazendas, chácaras, loteamentos em implantação,
riachos) e áreas rurais (fazendas, chácaras, sítios), que se encontram dentro de área de
estudo.
Em termos da legislação aplicável, de acordo com o artigo 2º da Resolução CONAMA
349 - considera-se a Área Diretamente Afetada – ADA – é a área necessária para a
implantação do empreendimento, incluindo suas estruturas de apoio, vias de acesso
privativas que precisarão ser construídas, ampliadas ou reformadas, bem como todas as
demais operações unitárias associadas exclusivamente à infraestrutura do projeto, ou seja,
de uso privativo do empreendimento. A Área de Influência Direta – AID – é a área geográfica
diretamente afetada pelos impactos decorrentes do empreendimento/projeto e corresponde
ao espaço territorial contíguo e ampliado da ADA, e como esta, deverá sofrer impactos, tanto
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positivos quanto negativos. Tais impactos devem ser mitigados, compensados ou


potencializados (se positivos) pelo empreendedor. Os impactos e efeitos são induzidos pela
existência do empreendimento e não como consequência de uma atividade específica do
mesmo. Por fim, a Área de Influência Indireta – AII – abrange um território que é afetado pelo
empreendimento, mas no qual os impactos e efeitos decorrentes do empreendimento são
considerados menos significativos do que nos territórios das outras duas áreas de influência
(ADA e a AID). Nessa área tem-se como objetivo analítico propiciar uma avaliação da
inserção regional do empreendimento. É considerado um grande contexto de inserção da
área de estudo propriamente dita. Essas configurações territoriais, na verdade, são sínteses
de rebatimentos de impactos que podem ocorrer nos meios físico, biótico, socioeconômico,
cultural e institucional. Mais que isso, há situações em que uma dada área de influência, por
exemplo a AID, se diferencia para cada meio na ambiência local e/ou regional, desenhando
contornos próprios, tendo-se dessa forma mais que três áreas que se superpõem.

4.1. DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA ASSOCIADAS AO


EMPREENDIMENTO

No caso da fazenda PICA PAU CARIJO, a definição e a delimitação das áreas de


influência são peculiares, pois se trata de estudo para implantação de loteamento aberto.
Nesse contexto deve observar a interligação do novo loteamento com a malha
rodoviária existente no local, sem um rigor geográfico, pois mais importante que um limite
rígido é reconhecer onde podem ocorrer mudanças benéficas ou adversas na região e fazer
proposições acertadas que otimizem a inserção do empreendimento em todas as dimensões
de sustentabilidade.
Antes de qualquer discussão, deve-se esclarecer uma questão latente ao longo de
todo estudo que, especialmente nesse item, é introduzida de forma mais incisiva. Trata-se do
objeto de análise, não se podendo confundir a avaliação socioambiental da implantação do
empreendimento, com a importância crescente do meio urbano local.
Assim, para fim de identificação e avaliação, distingue-se o fenômeno denominado
efeito daquele que se entende como um impacto. Trata-se de uma nomenclatura própria
utilizada com fins didáticos, numa tentativa de se isolar os efeitos entendidos como reforços
em processos instaurados na região num dado grau de consolidação, associado à Cadeia
econômica, sem desencadear uma nova rota de evolução.

4.2. ÁREA DIRETAMENTE AFETADA – ADA

A Área Diretamente Afetada – ADA – corresponde à área onde será instalado o


empreendimento e também sua área de ampliação, além de seu entorno próximo, como as
vias de acesso, a vizinhança com um dado uso e ocupação do solo e o córrego capão
comprido o qual receberá de forma direta os impactos do empreendimento.
Como poderá ser observado no decorrer do trabalho, a área em questão é formada
em sua maioria de pastagem para gado, por outro lado a área se encontra dentro de um
contexto de expansão urbana, com a GO 040 margeando o acesso da fazenda.

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Figura 01: Croqui da área a ser loteada.


Fonte: Arquivos internos

Foto 02: área a ser loteada.


Fonte: RS7

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4.3. DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA – AID

A Área de Influência Direta - AID deve captar os impactos previsíveis nos meios
socioeconômico e biofísico, ainda que se valorizem as questões de natureza econômica e
social. Assim, do ponto de vista socioeconômico tem-se uma delimitação de área que
acomoda os impactos identificados, constituída pela área do centro urbano municipal.

Foto 03: Delimitação da área de Estudo.


Fonte: RS7

4.4. DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA – AII

A área de influência indireta compreende a faixa em que os efeitos são sentidos de


modo diluído ou indireto. Geralmente estes impactos estão relacionados com os conflitos
potenciais resultantes da instalação da atividade no espaço rural ou urbano, ou com a
perturbação de usos consolidados da área.
Considerando-se que o município vem recebendo uma crescente expansão das áreas
destinadas a loteamentos, os quais contribuem para a diversificação da economia local.

4.5. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL


4.5.1. ASPECTOS HIDROGRÁFICOS E HIDROLÓGICOS DA BACIA DO RIO
DOURADOS

A Região faz parte da bacia Hidrográfica do Rio Dourados, a mais extensa e volumosa
do território municipal, sendo o mais importante da bacia municipal. Ela compreende uma
área de 1.750 km² espalhados em 128 km, desagua no curso médio do Rio meia ponte, o
qual atravessa a cidade de Goiânia, o rio meia ponte possui um curso total aproximado de
400 km e drena uma superfície de 12.000 km². Por sua vez, é afluente o rio Paranaíba, um
dos formadores do rio Paraná. O comprimento total dos rios Paranaíba/Paraná é de cerca de
4.200km.
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As aguas oriundas do córrego aguinha que banha parte da divisa do empreendimento


desaguam no até então ribeirão dourados, após percorrer cerca de 2600 metros, o qual por
sua vez executa uma rede de drenagem, num percurso de mais de 4000 km, onde finalmente
chega ao rio da prata e encontra o oceano atlântico.

4.5.2. RISCOS AMBIENTAIS INERENTES A BACIA DO RIO DOURADOS

Principais riscos ambientais segundo levantamento da Secretaria de Estado do


Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente. Zoneamento ecológico-econômico – ZEE:
a) Relevo com encostas íngremes, favorecendo o processo erosivo de algumas áreas da
região. Tendência natural de expansão urbana para áreas de solos férteis.
b) Riscos futuros de conflito pelo uso de água em determinados pontos da bacia. A qualidade
da água apresenta níveis elevados de comprometimento, principalmente junto aos centros
rurais e nas áreas de atividade agrícola.
c) Alterações físico-ambientais provocadas por ocupações urbanas, intenso processo
erosivo, com assoreamento e obstrução da rede hidrográfica.
d) Há extensas áreas com topografia acidentada, onde a cobertura vegetal se encontra em
parte degradada. A região conta com pouquíssimas áreas reflorestadas.

4.5.3. CARACTERÍSTICAS DA BACIA DO RIO DOURADOS

As características físicas da bacia hidrográfica do rio dourados a jusante da


confluência, junto as estações fluviométricas implantadas, são apresentadas a seguir:
A cobertura vegetal dessas pequenas bacias hidrográficas, originalmente constituída
por campos cerrados e matas ciliares, vem sendo substituídas por pastagens, culturas
cíclicas e áreas urbanas.

Figura 02 – Bacia hidrográfica do Rio dos dourados


Fonte: Arquivos internos

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4.5.4. CLIMA

Em Abadia de Goiás predomina o clima tropical com estação seca (Aw, segundo
a classificação climática de Köppen-Geiger). Estando numa região de alta altitude, o ar é
relativamente seco na maior parte do ano, chegando a níveis críticos entre os meses de julho
e setembro e ao extremo em agosto. As temperaturas mais baixas são registradas no
inverno e as mais altas na primavera. A temperatura é amena durante todo o ano, com média
compensada de 23,2 °C, sendo a média mínima de 18 °C e a máxima de 30 °C (normal
climatológica de 1961-1990). Há duas estações bem definidas: uma chuvosa, de outubro a
abril, e outra seca, de maio a setembro. O índice pluviométrico anual é de aproximadamente
1 570 milímetros (mm).

4.5.5. FLORA

Abadia de Goiás está localizada em pleno cerrado, um dos biomas mais devastados
do Brasil. A cidade que pertence a região metropolitana faz parte de uma das regiões de
Goiás onde a vegetação original é pouco preservada. Para agravar, a cidade tem sofrido com
o aumento na poluição do ar, diretamente relacionado à queima dos combustíveis
fósseis nos automóveis.
Com sua grande frota de veículos, a qualidade do ar de Goiânia foi considerada ruim
durante uma pesquisa realizada em 2007. Enquanto o padrão do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama) é de 160 mg/m³ de emissões por ano, o da capital goiana é de
240 mg/m³, próximo a cidades como São Paulo, com 279 mg/m³. Entretanto, Abadia de
Goiás mantém uma grande quantidade de áreas verdes, além de estar do lado da metrópole
mais arborizada do pais, que tem em seu território, e tem 94 m² de área verde por habitante,
um valor muito próximo da campeã mundial, Edmonton, no Canadá, que possui 100 m², e
superando em 43 m²/hab. Curitiba, até cerca de 2010 frequentemente apontada como a
cidade brasileira com mais áreas verdes. Goiânia possui um índice de área verde por
habitante quase oito vezes maior do que os 12 m²/hab. recomendados pela Organização das
Nações Unidas.

4.5.6. VEGETAÇÃO NA ÁREA EM ESTUDO

É importante relatar que, para o presente loteamento não será necessário


licenciamento para supressão arbórea, visto que como pode ser verificado na foto a seguir, a
área encontra se desprovida de arvores, nesse quesito o EIV será elaborado visando uma
caracterização geral (descritiva), sem preocupar-se com a mensuração de mata existente. É
correto afirmar que o método descritivo é suficiente, uma vez que o EIV busca apresentar os
impactos resultantes da instalação do empreendimento na região e no entorno, não tendo
como objetivo a apresentação de soluções para os problemas oriundos ao meio ambiente
regional, o qual deve ser base de estudo para PCA – Plano de controle ambiental, cabe
salientar também que o empreendimento visa a preservação ambiental, respeitando as
distancias previstas de nascentes e córregos.

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Figura 03 – Vista da área a ser loteado


Fonte: Arquivos internos

Foto 04 – vista do empreendimento, ao fundo mata do córrego capão comprido.


Fonte: RS7

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Foto 05 – vista do córrego capão comprido


Fonte: RS7

Como pode ser verificado nas fotos acima, a área se encontra sem vegetação
arbórea, visto que as arvores da foto estão fora da área a ser loteada.
Na porção do terreno com presença de áreas próximas ao córrego Capão Comprido,
será mantido a área verde conforme manda a secretaria de meio ambiente do município.

5. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO


5.1. HISTÓRICO DE OCUPAÇÃO DO SOLO DE ABADIA DE GOIÁS

Em 1840, algumas famílias ganharam grandes terras do governo para a criação de


gado e para o plantio de lavouras. À medida que novas pessoas chegavam à região, os
coronéis dividiam suas terras em lotes. A autoridade da região era passada de pai para filho
este administrava todos os bens deixados pelo pai.
Em 1956, a primeira casa do povoado foi construída, por Paulino Rosa e mais tarde
seu filho Badico construiu o primeiro comércio e o primeiro loteamento. A princípio o nome do
povoado seria Abadia dos Dourados em virtude do Ribeirão Dourados que se encontra
próximo da região, mas a sugestão de Abadia de Goiás prevaleceu.
Em julho de 1962, iniciaram a construção de uma igreja para Nossa Senhora da
Abadia e esta foi inaugurada em 15 de agosto de 1963 com a chegada da imagem da santa.
Em janeiro de 1964, Badico construiu um clube na cidade e em dezembro de 1966 foi
fundada a Irmandade do Apostolado do Sagrado Coração de Jesus pelo padre de uma das
igrejas de Goiânia. Em 27 de dezembro de 1995, o município foi desmembrado de
Aragoiânia, Trindade, Guapó e Goiânia conseguindo ser emancipado.

5.2. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ATUAL NA ÁREA

O estatuto da cidade reconhece a cidade como produção coletiva, e estabelece


instrumentos jurídicos e participativos que propiciam ao poder público tomar providencias
para que as propriedades cumpram sua função social.
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A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 182, remeteu aos Planos Diretores a
incumbência de definir as propriedades que não cumprem sua função social.
Diante do exposto, o uso e ocupação do solo urbano devem considerar a função social
do solo urbano, além da conectividade com o sistema viário, observando a continuidade e
integração com a malha viária.
Como assim descrito o empreendimento se encontra localizado em uma área de
expansão urbana, ficando desta forma de acordo com o zoneamento municipal e compatível
com a região, a instalação de um loteamento no local.

Foto 06 – composição do solo – cascalho, solo vizinho, a vista aberta


Fonte: RS7

5.3. EMPREENDIMENTO

O empreendimento em analise consiste em um Loteamento que será composto por


lotes residenciais, os quais seguiram as normas de parcelamento de solo vigentes,
respeitando os percentuais de áreas verdes, institucionais e áreas viárias.

6. POTENCIAIS IMPACTOS - DEFINIÇÃO DOS IMPACTOS NEGATIVOS E


POSITIVOS

Todo empreendimento causa um transtorno a população, sendo esses denominados


impactos negativos. No entanto esse não é o único impacto causado, pois temos aqueles no
qual denominamos impactos positivos, para melhor pontuar esses impactos, destacamos
alguns deles;
Negativos - podemos pontuar como principais impactos gerados com a instalação do
empreendimento, o aumento do fluxo de veículos nas vias, a geração de ruído devido ao
trafego de veículos, o aumento de poluentes tanto sólidos quanto voláteis, o aumento da
área impermeável.

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Positivos - em contrapartida, temos como pontos positivos a geração de empregos e


renda a população, arrecadação tributária, causando o desenvolvimento a região, surgimento
do comércio local e fortalecimento econômico local.
A seguir detalharemos alguns dos principais impactos relativos a implantação do
empreendimento.

6.1. POLUIÇÃO VISUAL, PAISAGEM URBANA E PATRIMÔNIO NATURAL E


CULTURAL

A paisagem artificial é a paisagem transformada pelo homem, enquanto


grosseiramente podemos dizer que a paisagem natural é aquela ainda não mudada pelo
esforço humano.
Paisagem urbana pode ser compreendida como sendo a relação de interações entre
homem e o meio em que se vive. Essas interações apresentam-se também de maneira
subjetiva, ou seja, na forma de percepção visual da paisagem com atribuições de
significados dados pelo homem.
Todo empreendimento gera um impacto visual, no entanto o futuro empreendimento
visa buscar diferenciais que promovam a integração entre a rodovia e desenvolver um
contexto onde promova a futura rede urbana, formulando vias, lotes e áreas sociais, de forma
a agirem como elemento arquitetônico amortizador, suavizando assim o impacto negativo
que se cria na implantação de um novo empreendimento, criando amarras para os novos
empreendimentos e gerando para isso o ordenamento dos principais equipamentos urbanos.

Foto 07 – Vista aérea do centro de Abadia de Goiás


Fonte: RS7

6.2. GERAÇÃO DE RUÍDOS E VIBRAÇÕES

O ruído se caracteriza como um som desagradável e indesejável, ou como um


estímulo que não contém informações úteis à tarefa em execução, ou seja, é uma alteração

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mecânica que se propaga em torno de movimento ondulatório através de um meio elástico


(OPAS,1983).
As principais características do som são a intensidade (quantidade de energia
vibratória que se propaga nas áreas próximas da fonte emissora e se expressa em termos de
energia (watt/m²) ou termos de pressão (Newton/m², N/m² ou Pascal)) e a frequência
(representada pelo número de vibrações completas em um segundo, sendo sua unidade
expressa em Hertz (Hz)). O ruído é medido em decibéis (dB), onde o aumento no seu nível
de som de três decibéis representa um aumento da intensidade de ruído para o dobro.
Porém a intensidade de um ruído não constitui o único fator que determina a sua
periculosidade, pois a duração da exposição é também muito importante. Para a avaliação
dos níveis de ruído, deve-se levar em conta os procedimentos listados na NBR 10.151 -
Avaliação do ruído em áreas habitadas visando o conforto da comunidade.
Está norma determina que os limites de horário para o período diurno e noturno da
tabela 01 podem ser definidos pelas autoridades de acordo com os hábitos da população.
Desta forma o município de Abadia de Goiás, determinou que os níveis admissíveis são
classificados de acordo com o zoneamento local.

Tabela 01: Níveis de critérios de avaliação para ambientes externos, em dB.

Fonte: RS7

A fazenda Pica Pau Carijó se encontra em uma área de expansão urbana afastada do
centro urbano municipal, onde os níveis de pressão sonora deverão ficar em 60dB no
período diurno e 55dB no período noturno. Os ruídos a serem controlados no
empreendimento são aqueles oriundos do som de maquinários, ferramentas, maquinas e de
veículos em acesso. Desta forma como medida preventiva de mitigação desses impactos,
será utilizado no período de instalação do empreendimento, equipamentos com baixo
geração de ruído visando a redução do ruído gerado. No caso de maquinas e veículos, a
empresa proibirá a utilização de maquinários fora dos horários permitidos, reduzindo desta
forma a perturbação do sossego público.

6.3. ADENSAMENTO POPULACIONAL

Densidade demográfica é a medida expressa pela relação entre a população e a


superfície do território. Supõem-se que altas densidades garantem a maximização de
investimentos públicos, incluindo infraestrutura, serviços e transporte. Além disso, a
utilização de altas densidades possibilita um maior retorno dos investimentos públicos,
através das taxas e impostos urbanos.
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Entretanto a alta densidade demográfica pode interferir na sobrecarga e na saturação


da infraestrutura instalada, assim como dos serviços urbanos e de equipamentos
comunitários.
A área de estudo possui em suas proximidades, a rodovia GO 040, que interliga a
área as cidade de Aragoiânia (esquerda) e Aparecida de Goiânia (direita), além de estar
próximo ao segundo maior centro urbano municipal, loteamento Goiânia sul, que se encontra
provida de alguns de instrumentos urbanos, tais como escolas, posto de saúde, comercio,
terminais de ônibus, farmácia entre outros que tornam o empreendimento mais atrativo aos
olhos da população, além de se encontrar em uma área de fluxo rodoviário, o que facilita a
instalação de novos instrumentos urbanos.
O fato da criação do empreendimento se dá pela grande procura por residências na
região, o que resultou no desmembramento de áreas rurais, no qual foram loteadas,
tendenciando ainda mais o crescimento da região, visto que Abadia de Goiás é prevista
como uma das cidades com maior crescimento populacional nos próximos anos da região da
grande Goiânia. Por esses motivos, podemos evidenciar, que o empreendimento não trará
nenhum tipo de impacto negativo considerável no crescimento da região, pois pelo contrário,
visto que o empreendimento está localizado em uma área de fácil acesso com fluxo
constante de veículos circundando as vias confrontantes, pode-se afirmar que o
empreendimento trará uma nova gama de investimentos para a área empreendida.

6.4. ASPECTOS POPULACIONAIS

A população de Abadia de Goiás apresentou um aumento de 38,16% desde o último


censo demográfico realizado em 2010. De acordo com as estimativas do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) para o ano de 2019, a população da cidade será composta
por mais de 15 mil habitantes, sendo a 116ª cidade no ranking populacional goiano (2017),
por sua vez pesquisas realizadas por órgãos governamentais, preveem que a população
municipal deverá chegar em 20 anos a 100 mil habitantes.

6.5. EQUIPAMENTOS URBANOS

Equipamentos comunitários são os de uso coletivo que atendem à demanda de


necessidades básicas da população tais como: saúde, educação e lazer.
A demanda por equipamentos comunitários responde basicamente a dois requisitos: a
padrões de distâncias aceitáveis conforme a natureza do equipamento e a densidade de
ocupação da área, determinando a necessidade de uma maior ou menor capacidade de
atendimento por parte do equipamento.
Os equipamentos urbanos são aqueles que disponibilizados são essenciais ao
desenvolvimento de uma comunidade e cidade, tais como: Água, Esgoto, Energia Elétrica,
Telefonia, Gás canalizado, Coleta de Lixo, industrias e etc.
Desta forma podemos destacar que os equipamentos comunitários, sendo eles a
educação, a saúde, o lazer, dentre outros, se encontra a mais do que 5000 metros de
distância do empreendimento, contudo podemos salientar que, a área em questão se
encontra dentro de um contexto de urbanização acelerado, e que o empreendimento está as
margens de uma rodovia de fluxo acedente que liga duas cidades, o qual por sua vez acelera
ainda mais o desenvolvimento local e a criação de equipamentos urbanos.
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6.6. SANEAMENTO BÁSICO

O saneamento básico no município dispõe dos serviços de limpeza urbana e manejo


de resíduos sólidos, infraestrutura de drenagem pluvial e abastecimento de água. No futuro
empreendimento, a direção será dada pela concessionária local, a qual ira dirimir sobre os
métodos do saneamento básico que o loteamento deve obedecer.

6.7. ABASTECIMENTO DE ÁGUA

O município possuía em 2017 cerca de 3.500 domicílios ligados a rede geral de


abastecimento de água, representando 70,00% do total de domicílios existentes na região do
entorno do empreendimento. Nesse contexto ficará a critério da concessionaria local a forma
que deve ser instalada a rede de abastecimento de agua, a partir daí os projetistas iram de
forma responsável desenvolver a rede de transmissão, obedecendo os critérios da boa
vizinhança pressupostos nesse relatório.

6.8. ESGOTAMENTO SANITÁRIO - REDE COLETORA

Atualmente a rede coletora de esgotos passa apenas na região central da cidade,


sendo que todo o tratamento é realizado na ETE municipal, que se encontra a cerca de
12000 metros do centro do empreendimento, contudo novas estações de tratamento deverão
ser projetadas para atender os moradores da região do Goiânia Sul e demais bairros
vindouros, para que seja realizado o tratamento dos efluentes locais. Nesse contexto, assim
como na rede de agua potável, ficará a critério da concessionaria local a forma que deverá
ser instalada a rede coletora, a partir daí os projetistas ira de forma responsável desenvolver
a rede de coletora, obedecendo os critérios da boa vizinhança pressupostos nesse relatório.

6.9. COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

A coleta de resíduos sólidos no município é realizada pela prefeitura municipal. A


coleta de resíduos orgânicos abrange 100% do território do município, é realizada de porta a
porta, sendo três vezes (3x) por semana no centro e duas vezes (2x) por semana no
restante. O município conta centro de seleção de materiais recicláveis, o restante dos
materiais tem como seu destino final o aterro sanitário municipal.

6.10. DRENAGEM URBANA

Drenagem urbana é o conjunto de medidas que têm como finalidade a minimização


dos riscos que a sociedade está sujeita e a diminuição dos prejuízos causados pelas
inundações, possibilitando o desenvolvimento urbano da forma mais harmônica possível,
articulado com as outras atividades urbanas. (MACHADO, 2004).
Segundo Tucci (2001), um dos principais, se não o principal problema de recursos
hídricos no país é o impacto resultante do desenvolvimento urbano, tanto a nível interno dos
municípios como a nível externo, exportando poluição e inundações para jusante.
Para minimizar esse impacto e promover o desenvolvimento sem comprometer a
qualidade do escoamento e consequentemente a qualidade ambiental da região.
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6.11. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

Em Abadia de Goiás, foi relatado um aumento no número de unidades consumidoras


de energia elétrica de mais de 50%, o que evidencia o crescimento do município acarretando
assim investimentos pesados por parte da concessionária ENEL, nesse contexto a equipe de
projetistas deverá seguir os critérios impostos pelas normas vigentes para a projeção do
futuro empreendimento.

6.12. EMPREENDIMENTO

O entorno do empreendimento, apresenta ocupações residenciais esparsas e áreas


sem ocupação, que remetem ao modo de vida rural e urbano. Próximo ao local do futuro
empreendimento, podemos encontrar um posto da policia rodoviária estadual, que faz a
fiscalização e salva guarda da rodovia, o posto conta com ponto de ônibus ao lado,
promovendo segurança para os usuários do local.

Foto 08 – Posto policial com ponto de transporte coletivo próximo ao empreendimento


Fonte: RS7

O colégio Municipal mais próximo ao empreendimento é o colégio Municipal Vital Luiz


da Costa, localizado no setor Quinta dos sonhos, na alameda das samambaias, ficando a
aproximadamente 5,0 Km de distância do empreendimento.

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Foto 09 – Colégio municipal Vital Luiz da Costa


Fonte: RS7

A Unidade de Saúde mais próxima é o posto municipal, localizado na avenida


Guarujá, ficando a aproximadamente 5,0 km de distância do empreendimento.

Foto 10 – posto de saúde municipal


Fonte: RS7

A princípio, o empreendimento em questão não acarretará em uma demanda


significativa para os equipamentos comunitários do entorno imediatamente a sua
implantação.

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Na fase de operação, o aspecto que mais poderá receber um aumento na demanda é


quanto à educação, em função da necessidade de escolas e creches, dos moradores na
operação do loteamento, com as futuras ocupações.
No entanto, como o empreendimento conta com áreas destinadas a equipamentos
urbanos, onde serão construídas futuramente novas escolas, hospitais e creches, o aumento
da demanda após a ocupação será absorvido pela rede de equipamentos urbanos
existentes.
Em relação aos serviços de saúde, pode-se dizer que na operação do loteamento
haverá um pequeno aumento na demanda nos estabelecimentos de saúde em geral, porém
não haverá impacto significativo a nível municipal.

6.12.1. GERAÇÃO DE TRÁFEGO

A Rodovia GO-040, que margeia o acesso ao empreendimento, é a principal e única


via que dá acesso ao empreendimento, nesse contexto podemos salientar que o transito
local não será afetado, uma vez que o transito local é ascendente e o fluxo que será
acrescentado a via é de pequena monta.

6.12.2. ACESSIBILIDADE

Visando a possibilidade de acesso igualitário a todas as pessoas o empreendimento


cumprirá as regras de acessibilidade previstas nas normas técnicas de acessibilidade da
ABNT, na legislação específica e no Decreto Federal n° 5.296, de 2 de dezembro de 2004.

6.12.3. DEMANDA POR TRANSPORTE PÚBLICO

Como já dito o empreendimento encontra se localizado em uma área de


desenvolvimento urbano pleno, agindo como promotor de interligação entre os dois maiores
centros urbanos municipais, nesse contexto podemos salientar que o local será de fácil
implantação do sistema de transporte público.

6.12.4. PAISAGEM URBANA

O empreendimento será implantado em uma área de expansão urbana. A paisagem


próxima ao empreendimento é caracterizada por ocupações rurais com ocupações
residenciais esparsas, sistema viário estadual e áreas desocupadas.

6.12.5. VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA

A política urbana no Brasil objetiva, entre outras questões, combater o uso do solo
inadequado ou excessivo em relação à infraestrutura urbana existente, assim como a
instalação de novos empreendimentos ou atividades de impacto sem a previsão desta
infraestrutura. Pode-se afirmar que as diretrizes estabelecidas pelo Estatuto da Cidade
direcionam para a recuperação social da valorização do solo, considerando que os
incrementos de valor de uma propriedade urbana que derivam de ações do poder público
não devem ser apropriados pelos proprietários individualmente.
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A região de entorno ao empreendimento possui uma infraestrutura


residencial/comercial em desenvolvimento do ponto de vista econômico e sustentável, desta
forma a implantação do empreendimento só vem somar na valorização dos imóveis desta
região, uma vez que se terá no local, geração de empregos e renda.
Após avaliação dos potenciais impactos decorrentes da implantação e operação do
empreendimento do tipo loteamento de uso residencial, com as variáveis socioeconômicas
direta ou indiretamente afetadas foram descritos os impactos positivos e negativos de maior
magnitude, identificados e analisados pelo presente EIV. Podendo ser caracterizado como
positivo o impacto socioeconômico do empreendimento, uma vez que o mesmo trará
investimento ao comercio local, gerando empregos e renda ao município.

6.12.6. PROTEÇÃO DOS COMPONENTES DO MEIO FÍSICO-NATURAL

O futuro empreendimento a ser instalado na Fazendo Pica Pau Carijó buscará junto a
prefeitura municipal a melhor forma de implantação do empreendimento, comprometendo-se,
a realizar todos os itens exigidos pela prefeitura, de forma a adequar todos os itens
elencados pelo poder municipal, que se faça necessários para o melhor desenvolvimento do
contexto municipal.

6.12.7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Chega se a conclusão de que a atividade requerida pelo futuro empreendimento está


de acordo com as diretrizes do uso do solo proposto para a localidade, atendendo ao Plano
diretor municipal.
Em geral, pode-se dizer que a implantação do empreendimento Residencial
ocasionará poucas interferências, gerando impactos de caráter negativo e positivo, sobre a
área de influência direta para o município.
Os impactos positivos na área de influência direta - AID decorrem da implantação de
demais loteamentos, os quais promoveram a ampliação da infraestrutura para instalações
residenciais futuras.

7. ANOTAÇÕES DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

As Anotações de Responsabilidade Técnica (ART) encontram-se apensas ao “Encarte


de Anexos”.

Abadia de Goiás, 21 de novembro de 2018

__________________________________________
Eng° Ricardo Salviano
CREA: 1014820146

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