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Faculdade Presidente Antônio Carlos

Odontologia

SAÚDE COLETIVA I

Letícia Pires Amaral

Letícia Leal Estevam

Irys Thalessa Tavares Godinho

Raianny Pinheiro Ribeiro

Luiz Alberto Filho

Rhianny Ferreira Lima

16/04/2020
Endemia
Pode ser conceituada como a ocorrência de um agravo dentro de um número
esperado de casos para aquela região, naquele período de tempo, baseado na sua
ocorrência em anos anteriores não epidêmicos. Desta forma, a incidência de uma
doença endêmica é relativamente constante, podendo ocorrer variações sazonais no
comportamento esperado para o agravo em questão.
A Febre Amarela, por exemplo, é considerada uma doença endêmica da região norte
do Brasil.
Desde 1942 não são registrados casos de febre amarela urbana no Brasil, enquanto a
forma silvestre é endêmica nas regiões Norte e Centro-Oeste e no estado do
Maranhão. Nessas áreas, são notificados casos todos os anos e ocorrem surtos a
intervalos de 5 a 7 anos. Há risco potencial de transmissão urbana da doença, a partir
de pessoas ocasionalmente infectadas, pois a maior parte do território brasileiro
encontra-se infestada pelo vetor Aedes aegypti. Tal situação torna mandatória a
vacinação sistemática de pessoas que residem em áreas endêmicas e que para elas se
dirigem.

Epidemia
Representa a ocorrência de um agravo acima da média (ou mediana) histórica de sua
ocorrência. O agravo causador de uma epidemia tem geralmente aparecimento
súbito e se propaga por determinado período de tempo em determinada área
geográfica, acometendo frequentemente elevado número de pessoas. Quando uma
epidemia atinge vários países de diferentes continentes, passa a ser denominada
pandemia. No Brasil, o incremento de casos de dengue no período chuvoso do ano é
comum, mas em alguns locais ocorre aumento excessivo de casos, resultando em uma
situação epidêmica.  
Exemplo: epidemia de dengue.

Estados com o maior número de cidades com epidemia


 São Paulo
530
 Goiás
170
 Paraná
157
 Minas Gerais
128
 Rio Grande do Norte
57
Raio X da dengue no Brasil em 2015
Pandemia
A pandemia, em uma escala de gravidade, é o pior dos cenários. Ela acontece quando
uma epidemia se estende a níveis mundiais, ou seja, se espalha por diversas regiões
do planeta. Em 2009, a gripe A (ou gripe suína) passou de uma epidemia para uma
pandemia quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) começou a registrar casos
nos seis continentes do mundo. E em 11 de março de 2020 o COVID19 também
passou de epidemia para uma pandemia.
A propagação do coronavírus iniciou-se na China.
De acordo com o virologista Paulo Eduardo Brandão, expert em coronavírus e
professor da Universidade de São Paulo (USP), há duas hipóteses mais
documentadas: na primeira, o vírus foi entrando em contato aos poucos com a
espécie humana e criando estratégias para fazer o salto. Na segunda, ele teria
vindo mais “pronto” de um morcego e feito a transmissão interespécie de
modo mais acelerado.
Teorias à parte, o que se sabe é que o novo coronavírus já sofreu diversas
mutações e tem uma configuração própria para infectar seres humanos. “A
evolução do vírus não para”, ressalta o professor da USP.
Atualmente, o vírus está se disseminando mais rapidamente
fora do país onde surgiram os primeiros casos.

O mapa acima, que será atualizado duas vezes por dia, traz
informações sobre o número de infectados e mortos separados
por país.

Surto
O quadro de disseminação de uma doença é considerado um surto quando o número
de pessoas infectadas sobe repentinamente em uma determinada região. Ou seja, o
termo surto é usado para indicar o crescimento na quantidade de casos da doença em
locais mais específicos, geralmente bairros ou cidades.
Um grande exemplo de surto de doença foi o surto de febre amarela de Minas
Gerais em 2017; o boletim divulgado pelo estado em 2018 chegou a confirmar 61
mortes entre os 164 casos confirmados.
Após o início do surto, em 13 de janeiro, o governo de Minas Gerais decretou situação
de emergência em saúde pública por 180 dias nas áreas do estado onde há surto da
doença. O decreto contemplou 152 cidades no entorno de Coronel
Fabriciano, Governador Valadares, na Região Leste, Manhumirim, na Zona da
Mata, e Teófilo Otoni, no Vale do Jequitinhonha e Mucuri. No mesmo dia, o
governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, anunciou o repasse de 26 milhões
de reais para ações de enfrentamento à febre amarela no estado. Em março,
Ministério da Saúde libera 19 milhões de reais para vacinação contra febre amarela
em municípios dos quatro estados do Sudeste e Bahia.
A febre amarela atinge humanos e macacos. A doença é causada por um vírus
da família Flaviviridae. Existem dois tipos de febre amarela: a urbana e a silvestre.
A urbana desde 1942 não ocorre no Brasil, enquanto a silvestre é encontrada através
do vírus amarílico nos macacos que vivem nas matas, quando o mosquito
dos gêneros Haemagogus ou Sabethes — que só vive na floresta — pica o macaco e
depois pica o homem que está na mata. Esse homem vem para a cidade e é picado
pelo Aedes aegypti, que se infecta e passa a transmitir às pessoas. É este o ciclo
que deve estar ocorrendo em Minas Gerais, as pessoas entraram na mata sem se
vacinar.
O surto de febre amarela em 2016-2017 no Brasil iniciou-se
em dezembro de 2016 no estado de Minas Gerais e confirmaram-se mortes de
pessoas ligadas ao vírus em municípios de nove estados, principalmente dos quatro
estados da Região Sudeste. Em 6 de setembro, o Ministério da Saúde anunciou o
fim do surto de febre amarela no país após não registrar novos casos desde junho.

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