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Matemática
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul
(IFRS)
22 pag.
RESUMO
ABSTRACT
1
Pós Graduada em Gestão Empresarial, Bacharel em Ciências Contábeis pela Faculdade Capixaba
de Nova Venécia. Professora da UNIVEN e do INESV.
2
Mestre em Matemática, Pós Graduada em Gestão Empresarial, Licenciada em Matemática pela
UFES - Universidade Federal do Espírito Santo. Professora da UNIVEN e do INESV.
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Pós Graduada em Gestão Empresarial, Bacharel em Ciências Contábeis pela Faculdade Capixaba
de Nova Venécia. Professora da UNIVEN e do INESV.
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo Bunge (1976 apud Beuren 2003, p. 27), as ciências podem ser
classificadas como formais e factuais. As ciências formais são integradas somente
pela Matemática e a lógica. As outras ciências são consideradas factuais, podendo
ser naturais ou sociais.
Para Beuren (2003), p. 29), a ciência factual utiliza o método experimental para
verificar postulados e hipóteses, tratando de objetos concretos, enquanto na ciência
formal os argumentos e teoremas dispensam testes para experimentação e tratam
entes ideais, podendo ser abstratos.
A Contabilidade classifica-se como uma ciência factual social porque busca entender
as relações entre o homem, como agente ativo, e o seu meio de vida. Estuda-se o
comportamento dos itens que compõem o patrimônio - objeto da Contabilidade.
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A invenção das bases dos sistemas de numeração pelas civilizações teve diferentes
adoções. A base dez foi e continua sendo a mais comum no curso da história, sendo
hoje usada quase que universalmente, porém, outros sistemas de numeração foram
usados como, por exemplo, a base cinco, vinte, duodecimal (doze) e a sessenta.
Assim, permuta de bens pode ser considerada como o primeiro tipo de intercâmbio
comercial direto de produtos, sendo esses de necessidade imediata e sem a
intervenção de algum instrumento de comparação de medidas. Enquanto os grupos
se comunicavam apenas entre si, a permuta de bens era amigável. Quando se
intensificaram as práticas de trocas de produtos entre grupos distintos, surgiu a
necessidade de criar um valor que deveria servir de padrão de comparação para a
comercialização dos produtos. Mesmo assim, o uso de padrões diferentes de valores
adotados por grupos também diferentes resultava em grandes conflitos.
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Enfim, a Matemática é uma ciência presente em nosso cotidiano que contribui com a
humanidade para compreender, organizar e desenvolver melhor o mundo e suas
relações sociais e econômicas.
2.3 A CONTABILIDADE
teve seu florescer, como disciplina adulta e completa, nas cidades italianas
de Veneza, Gênova, Florença, Pisa e outras. Estas cidades e outras da
Europa fervilhavam de atividade mercantil, econômica e cultural, mormente
a partir do Século XIII até o início do século XVII. Representaram o que de
mais avançado poderia existir, na época, em termos de empreendimentos
comerciais e industriais incipientes.
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Para atender a ânsia nas empresas por informações ágeis num mercado
competitivo, desenvolve-se a Contabilidade Gerencial, mais abrangente que a
Contabilidade de Custos, mas fundamentada nas concepções e cálculos dessa para
decisões gerenciais.
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Portanto, os custos variáveis, são aqueles que variam conforme o volume produzido.
Ou seja, “o custo variável muda no total em proporção às mudanças no nível relativo
de atividade ou volume total” (HORNGREN; DATAR; FOSTER, 2004, p. 28).
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1. Os custos totais podem ser divididos em uma parte fixa e em outra parte
que é variável com relação ao nível de atividade.
2. O comportamento das receitas e dos custos totais é linear dentro de
uma determinada faixa de atividade.
3. O preço de venda unitário, os custos variáveis unitários e os custos
fixos são conhecidos.
4. A análise abrange tanto um único produto quanto supõe que um dado
mix de receita de produtos permanecerá constante mesmo quando a
quantidade total de unidades vendidas se alterar.
5. Todas as receitas e custos podem ser adicionados e comparados sem
levar em consideração o valor do dinheiro no tempo.
Para que haja respostas às questões relacionadas ao que acontecerá com o lucro
da empresa com a análise do Custo/Volume/Lucro, Wernke (2004, p. 41) enumera
alguns itens: “1. Aumento ou diminuição do custo (variável) (ou fixo); 2. Diminuição
ou aumento do volume de vendas; e 3. Redução ou majoração dos preços de
venda”.
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A n á lis e
C u s to /V o lu m e /L u c ro
M a rg e m d e P o n to d e M arg em d e
c o n trib u iç ã o e q u ilíb rio se g u ra n ç a
Para isso, o contador pode apresentar informações financeiras além dos registros
contábeis obrigatórios legalmente. Ao analisar e combinar dados financeiros por
meio de relatórios internos possibilitará subsídios de utilidade gerencial para o
administrador.
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a palavra função, na sua forma latina equivalente, parece ter sido introduzida
por Leibniz em 1694, inicialmente para expressar qualquer quantidade
associada a uma curva, [...]. Por volta de 1718, Johann Bernoulli havia
chegado a considerar uma função como uma expressão qualquer formada de
uma variável e algumas constantes; pouco tempo depois Euler considerou
uma função como uma equação ou fórmula qualquer envolvendo variáveis e
constantes.
Formalmente, uma função Matemática é uma regra, lei ou critério que estabelece
uma correspondência entre duas (ou mais) variáveis que devem estar definidas em
conjuntos pré-estabelecidos de números. Neste trabalho, consideram-se funções
reais de variáveis reais4.
3 METODOLOGIA
Para desenvolver este artigo, primeiramente foi realizada uma pesquisa bibliográfica
para fundamentar o tema em ápice. “A pesquisa bibliográfica tem por finalidade,
conhecer as diferentes formas de contribuições científicas que se realizam sobre
determinado assunto ou fenômeno” (FERRÃO, 2003, p. 62).
4
O conjunto dos números reais é formado pela união entre os números racionais e irracionais.
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A fundamentação teórica foi o arcabouço para o estudo de caso com uma aplicação
prática da análise de custo/volume/lucro e das funções matemáticas em uma
empresa que fabrica salgados. Essa análise foi realizada na visão contábil e na
visão matemática, apresentando dados e resultados. Posteriormente os dados foram
transformados em uma demonstração de resultado que forneceu um parecer
econômico conciso sobre a produção da empresa.
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Coxinha Quibe
Custo do material direto por unidade R$ 0,31 R$ 0,16
Custo da mão de obra por unidade R$ 0,09 R$ 0,05
Custo fixo por mês R$ 75,00 R$ 60,00
Volume de vendas mensal (em unidades) 2.000 1.200
Preço de venda unitário R$ 0,50 R$ 0,50
Quadro 2 – Custos, volume de vendas e preço de venda da coxinha e do quibe.
A partir deste resultado faz-se necessário calcular qual a quantidade necessária para
que o lucro seja igual a zero, e qual a quantidade de volume a ser vendido para
alcançar a maximização dos lucros. Além de proporcionar uma margem de
segurança no sentido de assegurar o quanto à empresa pode decrescer em seus
preços praticados no mercado. A margem de contribuição, o ponto de equilíbrio e a
margem de segurança são apresentadas no quadro 5.
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Coxinha Quibe
C(x) = 0,40 . x +75 C(x) = 0,21 . x + 60
R(x) = 0,50 . x R(x) = 0,50 . x
L(x) = 0,10 . x – 75 L(x) = 0,29 . x – 60
Ponto de Equilíbrio
R(x) = C(x) ou L(x) = 0
0,50x = 0,40 + 75 0,50x = 0,21 + 60
0,10x = 75 0,29x = 60
x = 75 / 0,10 = 750 unid. x = 60 / 0,29 = 207 unid.
Quadro 6 – Fórmulas das funções custo, lucro e receita e ponto de equilíbrio
Supondo que o nível mensal de vendas é 2.000 unidades para coxinha e 1.200
unidades para o quibe, pode-se encontrar o lucro mensal que cada produto fornece:
− Coxinha:
L(2.000) = 0,10 . 2.000 – 75 = R$ 125,00
− Quibe:
L(1.200) = 0,29 . 1.200 – 60 = R$ 288,00
Para uma análise mais crítica do ponto de equilíbrio é interessante que se atribuam
dois valores especiais para a variável: zero e o ponto de equilíbrio em unidades.
5
Os gráficos das funções custo total e receita são realizados num mesmo sistema.
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y
Receita
CT
3755
75
0 x
750
24
Lucro
0 750
x
-75
y
Receita
CT
103,50
60
0 x
207
Lucro
0 207 x
-60
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5 CONCLUSÃO
Sendo assim, o objetivo proposto neste artigo foi alcançado com a aplicação da
análise custo/volume/lucro em um caso prático, com a utilização das funções
polinomiais do primeiro grau. Aceitou-se a hipótese e foi evidenciada a possibilidade
de permeabilidade das disciplinas.
6 REFERÊNCIAS
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IFRAH, Georges. Os números: história de uma grande invenção. 8. ed. São Paulo:
Globo, 1996.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
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Paulo: Atlas, 1997.
TRAZZI, Patrícia Silveira da Silva. Os PCNs e os enfoques interdisciplinar,
transdisciplinar e transversal do conhecimento. Pró-discente: Caderno de Prod.
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2001.
WERNKE, Rodney. Gestão de custos: uma abordagem prática. 2. ed. São Paulo:
Atlas, 2004.
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