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Avaliação de Estoques, Departamentalização,

Métodos de Custeio e Acumulação de Custos.

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SUMÁRIO
Contabilidade de Custos ...................................................................... 3

Avaliação de Custos. ........................................................................ 3


Métodos de Controle de Estoques .................................................... 3
PEPS, Primeiro que Entra, Primeiro que Sai ...................................... 4

UEPS. Último que Entra, Primeiro que Sai......................................... 7


Custo Médio ................................................................................. 8

Departamentalização ....................................................................... 11

Métodos de Custeamento ................................................................. 15


Custeio por Absorção .................................................................... 15

Custeio Variável ........................................................................... 19


Custeio Baseado em Atividades (ABC) ............................................ 21
Custeio RKW/Pleno ....................................................................... 25

Sistemas de Acumulação de Custos ................................................... 27


Sistema de acumulação de custos por ordem de produção ................ 27
Sistema de acumulação de custos por processo ............................... 28

Questões Comentadas ..................................................................... 29

Questões para Resolução ................................................................. 39

GABARITO ..................................................................................... 48
REFERÊNCIAS................................................................................. 49

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Contabilidade de Custos
Esta é mais uma aula do Professor Geovanni Silva onde serão abordados
assuntos referentes ao título supracitado de uma forma simples, direta e de
fácil compreensão e, é claro, com resolução de diversas questões, o que
possibilitará à você melhor entendimento sobre os assuntos aqui expostos.

Avaliação de Custos.

De acordo com o CPC 16 (R1), os Estoques devem ser mensurados pelo valor
de custo ou pelo valor realizável líquido, dos DOIS O MENOR.

Avaliação de Estoques

Custo Dos Dois o Menor Valor Realizável Líquido

Os estoques são ativos:


• Mantidos para venda no curso normal dos negócios;
• Em processo de produção para venda; ou
• Na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou
transformados no processo de produção ou na prestação de serviços.

Lembre-se que o valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de


aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer
os estoques à sua condição e localização atuais.

Métodos de Controle de Estoques

O controle de estoque envolve as atividades de planejamento, organização e


controle do fluxo de materiais na organização. Em outras palavras, a
movimentação e o armazenamento de matérias-primas, produtos (acabados ou
inacabados), ferramentas e equipamentos.

Entende-se que um bom controle de estoque é fundamental para o sucesso de


um negócio. Apesar de ser uma atividade mais operacional, é ela que permite
organizar a disponibilidade de produtos para a venda.

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É valido ressaltar que o método de
avaliação escolhido afetará o total do lucro
a ser calculado para um determinado
período contábil. Considerando que vários
fatores podem fazer variar o preço de
aquisição dos materiais entre duas ou mais
compras (inflação, custo do transporte,
etc.), surge o problema de selecionar o
método que se deve adotar para avaliar os estoques. Os métodos mais
comuns são o PEPS, UEPS e MPM.

Antes de expor o que é cada um dos métodos anteriormente citados, é válido


ressaltar que o UEPS não pode ser realizado pelas empresas brasileiras.
Porque com a conversão às Normas Internacionais de Contabilidade, muitos
procedimentos contábeis foram adaptados e modificados. Mas, o nosso próprio
sistema inflacionário explicaria com maestria a razão pela qual o método UEPS
não é eficiente. Isso porque a inflação se caracteriza pelo aumento dos preços
em determinado período. Imagine: como o UEPS prevê a venda primeiramente
dos bens que entraram por ultimo nos estoques, consequentemente, o preço
destes bens seria mais elevado com relação aos demais existentes no ativo
das entidades.

Em decorrência disso, o CMV, no caso do custo das mercadorias vendidas,


seria maior, e o estoque final menor. O resultado do período ficaria subavaliado
perante a DRE – Demonstração de Resultado do Exercício apurada. Por isso, o
RIR – Regulamento de Imposto de Renda não permite a sua adoção para fins
fiscais/contábeis nas empresas do Brasil.

PEPS, Primeiro que Entra, Primeiro que Sai

Também conhecido pela sigla em inglês FIFO (First in first out). Esse método
ajuda a gerir o estoque com base na ordem cronológica que os produtos
entram na composição do mesmo.

Sendo assim, sempre que os produtos são vendidos, deve-se dar vazão/saída
àqueles que foram adquiridos há mais tempo. Em outras palavras, como o
próprio nome sugere, as primeiras mercadorias que chegam também são as
primeiras a saírem do estoque.

Resumindo ainda mais, o PEPS orienta que para a apuração de CMV, CPV ou
CSP, as unidades que deverão ser vendidas primeiro (sair primeiro da
empresa) devem ser aquelas que entraram primeiro no estoque (foram
adquiridas primeiro que as outras).

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FGV - Técnico de Nível Médio da Assembleia Legislativa da Bahia/2014
A Cia. Azul vende somente a mercadoria blue. Ela possui um fornecedor,
sendo que no contrato está acordado que quando a compra é de pelo menos
20 mercadorias, o frete é pago pelo fornecedor. Quando a compra é inferior a
20 mercadorias, a Cia. Azul paga o frete. O valor do frete é fixo, no valor de R$
120,00, independente do número de mercadorias compradas.

Em 01 de janeiro de 2014, a Cia. Azul possuía estoque avaliado em R$ 500,00.


Este era formado por cinco unidades da mercadoria blue.

Durante o mês de janeiro de 2014, aconteceram as seguintes operações:


Em 15 de janeiro, a Cia. Azul comprou mais 12 unidades de blue, a R$ 110,00
cada.
Em 20 de janeiro, a Cia. Azul comprou mais 30 unidades de blue, a R$ 105,00
cada.
Em 25 de janeiro, a Cia. Azul vendeu 40 unidades de blue, a R$ 200,00 cada.
Em 30 de janeiro, a Cia. Azul comprou 10 unidades de blue, a R$ 150,00 cada.
Obs.: a Cia. Azul utiliza o método PEPS para avaliar seus estoques.

Com base nas informações acima, o valor do estoque final da mercadoria blue,
em 31/01/2014, era de:
a) R$ 2.235,00.
b) R$ 2.355,00.
c) R$ 2.383,00.
d) R$ 4.235,00.

RESOLUÇÃO

A questão pede expressamente o cálculo do valor do estoque final através do


método PEPS (o primeiro que entra é o primeiro que sai), também conhecido
como FIFO (first in, first out).

Seguindo o método PEPS, na hora que ocorre a primeira venda, o estoque


inicial é o primeiro a sair, depois as mercadorias da 1ª compra e assim
sucessivamente. Veja o quadro a seguir para compreensão da questão:

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PEPS
Entradas Saídas Saldo
Dados Qtd Unit Frete V. Total Qtd Unit V. Total Qtd Unit V. Total
Estoque inicial 5 R$ 100,00 R$ 500,00
Compra inferior a 20und 12 R$ 110,00 R$ 120,00 R$ 1.440,00 5 R$ 100,00 R$ 500,00
12 R$ 120,00 R$ 1.440,00
Compra superior a 20 und 30 R$ 105,00 - R$ 3.150,00 5 R$ 100,00 R$ 500,00
12 R$ 120,00 R$ 1.440,00
30 R$ 105,00 R$ 3.150,00
Venda 5 R$ 100,00 R$ 500,00 - - -
12 R$ 120,00 R$ 1.440,00 - - -
23 R$ 105,00 R$ 2.415,00 7 R$ 105,00 R$ 735,00
Compra inferior a 20 und 10 R$ 150,00 R$ 120,00 R$ 1.620,00 7 R$ 105,00 R$ 735,00
10 R$ 162,00 R$ 1.620,00
EF R$ 2.355,00

Lembre-se que o frete compõe o custo da mercadoria, assim as 12 unidades


da primeira compra entram em estoque com o saldo de $ 1.440,00. (Quando a
compra é de pelo menos 20 unid, o custo do frete é do comprador). Na
segunda compra não é adicionado o valor do frete porque é comprado 30
unidades, assim entram em estoque com o valor de $ 3.150,00.

É feita uma venda de 40 unidades usando o método PEPS, ou seja, é dado


baixa primeiramente em todo o estoque inicial (5unid X $ 100,00), em seguida
é dado baixa em toda a 1ª compra (12unid X $ 120,00).

Perceba que até aqui foi dado baixa em 17 unidades, porém ainda falta dar
baixa em 23 unidades visto que a venda foi de 40 unidades. Assim, é dado
baixa em 23 unidades ao preço de $ 105,00, fechando 40 unidades vendidas.

Após a venda, o saldo do estoque é de 7 unidades ao preço unitário de $


105,00. Na última compra realizada, o frete integra o custo da mercadoria e as
10 unidades compradas entram no estoque com o valor de $ 1.620,00.
Chegamos a nossa resposta de $ 2.355,00 ($ 735,00 + $ 1.620,00).

GABARITO: B.

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UEPS. Último que Entra, Primeiro que Sai

O método UEPS, ou LIFO (Last in, First out), possui o fluxo contrário do PEPS:
os últimos produtos que entraram no estoque é que serão vendidos primeiro.
Dessa forma, o custo da mercadoria sempre levará em consideração as
unidades que foram adquiridas recentemente. Esse valor é definido com base
no investimento feito nesses últimos itens e não no custo de reposição dos
itens.

Esse método ajuda a identificar o que realmente é mais vendido na empresa,


possibilitando um ajuste rápido na disponibilidade do estoque e nos preços
repassados aos clientes. Entretanto, pode ajudar a gerar perdas em
decorrência da data de validade, além de não ser o mais recomendável do
ponto de vista da contabilidade — Lembre-se que ele não é utilizado para
cálculo de imposto no Brasil.

Resumindo o método UEPS orienta que, para esta apuração, o preço dos bens
vendidos deve ser mensurado com base nas ultimas compras efetuadas para
fins de apuração, onde, o ultimo que entra (ultimas compras realizadas, últimos
produtos que entraram no estoque) deverá ser o primeiro a sair (as ultimas
unidades deverão ser vendidas primeiro).

FUNDATEC – Auditor Fiscal da Receita Estadual /SEFAZ-RS/ 2014


Para responder à questão, considere somente as seguintes informações
disponíveis da Comercial Arara Ltda.

· Saldo dos Estoques em 31/dez/2009 é igual a zero.


· 10/jan/2010 – compras de 1.000 unidades a R$ 20,00 por unidade.
· 15/jan/2010 – compras de 500 unidades a R$ 25,00 por unidade.
· 18/jan/2010 – compras de 300 unidades a R$ 30,00 por unidade.
· 25/jan/2010 – venda de 1.200 unidades ao preço de venda de R$ 60,00 por
unidade.

Considerando que os estoques foram avaliados pelo método Último a Entrar,


Primeiro a Sair (UEPS), qual é o valor dos estoques em 31/jan/2010?
a) R$ 12.000,00.
b) R$ 15.600,00.
c) R$ 16.500,00
d) R$ 18.000,00.

RESOLUÇÃO

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Lembre-se que pelo método UEPS, é necessário efetuar as saídas com base
nos valores que entraram por último, vejamos a ficha de controle de estoque
abaixo:

Entradas Saídas Saldo


Qtd Unit. V. Total Qtd Unit. V. Total Qtd. Unit. V. Total
10/01/2010 1000 R$ 20,00 R$ 20.000,00 1000 R$ 20,00 R$ 20.000,00
15/01/2010 500 R$ 25,00 R$ 12.500,00 500 R$ 25,00 R$ 12.500,00
1000 R$ 20,00 R$ 20.000,00
18/01/2010 300 R$ 30,00 R$ 9.000,00 300 R$ 30,00 R$ 9.000,00
500 R$ 25,00 R$ 12.500,00
1000 R$ 20,00 R$ 20.000,00
25/01/2010 300 R$ 30,00 R$ 9.000,00 - - -
500 R$ 25,00 R$ 12.500,00 - - -
400 R$ 20,00 R$ 8.000,00 600 R$ 20,00 R$ 12.000,00
EF R$ 12.000,00

Logo, o valor do Estoque final é de R$ 12.000,00. Caso você prefira a


resolução de uma forma mais rápida:

ENTRADAS
1.000 X 20,00 = R$ 20.000
500 X 25,00 = R$ 12.500
300 X 30,00= 9.000

VENDA DE 1.200 UND


300 X 30,00 (último que entrou) = 9.000
500 X 25,00 (penúltimo que entrou) = 12.500
400 X 25,00 (penúltimo que entrou) = 8.000

Restou em estoque o valor de R$ 12.000,00

GABARITO: A

Custo Médio

Este método, também chamado de método da média ponderada ou média


móvel (MPM), baseia-se na aplicação dos custos médios em lugar dos custos
efetivos. O método de avaliação do estoque ao custo médio é aceito pelo Fisco
e usado amplamente. Prevê que deve ser efetuada a média dos valores
constantes no estoque com base nas unidades que serão vendidas. Assim,
seria investigado o preço médio do período e o mesmo seria aplicado no
momento da apuração dos custos de venda.

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Seu cálculo é feito pela divisão do saldo financeiro pelo físico. Por ser bastante
simples é uma ferramenta indicada para o cálculo de custos pela contabilidade,
mas não é recomendada para a precificação de mercadorias.

O cálculo é refeito sempre que novos itens são adquiridos, para fazer isso é
preciso adicionar os custos do primeiro lote aos do segundo e dividir pela
quantidade de produtos.

O método da MPM é aceito pela Receita Federal. Uma das justificativas é o


fato de haver uma exigência no Brasil de conseguir o custeio por absorção real,
método que faz o rateio dos custos contábeis e os agrega à produção mensal.

Um dos seus benefícios é a sua simplicidade de operações e facilidade de


atendimento, além de proporcionar vantagem ao oferecer importância aos
valores mais recentes da demanda, o que pode indicar alguma tendência.

Em resumo, PEPS, UEPS e MPM são as três


formas principais para realizar a mensuração
do preço do produto, mercadoria ou serviço
com o qual se trabalha no ambiente
empresarial. Mas, apenas dois métodos são
autorizados pela nossa legislação fiscal. A
empresa deverá escolher um destes dois
métodos e adotá-lo à realidade de sua
apuração. Os métodos autorizados são o PEPS
e o Custo Médio.

FCC - Técnico Judiciário (TRF 3ª Região)/Apoio Especializado/2014


Uma empresa comercial adota o critério da Média Ponderada Móvel para
controle dos estoques e realizou as seguintes operações durante o mês de
setembro de 2013:

Preço de
Quantidade Preço de venda
Data Operação compra
(unidades) (unitário)
(unitário)
04/09/13 Compra 300 R$ 20 -
09/09/13 Venda 120 - R$ 40
17/09/13 Compra 90 R$ 26 -
24/09/13 Compra 45 R$ 29 -
30/09/13 Venda 100 - R$ 50

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Sabendo que a empresa comercial não apresentava estoque inicial, o custo
das mercadorias vendidas no mês de setembro foi, em R$,
a) 5.500,00.
b) 4.700,00.
c) 4.900,00.
d) 4.400,00.

RESOLUÇÃO

Como já sabemos o critério da Média Ponderada Móvel, é o critério pelo qual o


valor unitário do produto é modificado a cada compra. Ou seja, o valor unitário
passa a ser a média dos estoques. Veja a ficha abaixo:
Entradas Saídas Saldo
Qtd Unit. V. Total Qtd Unit. V. Total Qtd. Unit. V. Total
04/09/2013 300 R$ 20,00 R$ 6.000,00 300 R$ 20,00 R$ 6.000,00
09/09/2013 120 R$ 20,00 R$ 2.400,00 180 R$ 20,00 R$ 3.600,00
17/09/2013 90 R$ 26,00 R$ 2.340,00 270 R$ 22,00 R$ 5.940,00
24/09/2013 45 R$ 29,00 R$ 1.305,00 315 R$ 23,00 R$ 7.245,00
30/09/2013 100 R$ 23,00 R$ 2.300,00 215 R$ 23,00 R$ 4.945,00
CMV R$ 4.700,00 EF R$ 4.945,00
O CMV é de R$ 4.700,00.

GABARITO: B

VUNESP - Assistente Administrativo (FUNDUNESP)/2014


A empresa Sem Refresco Comércio de Parafusos Ltda. realizou, durante o mês
de maio de 2014, apenas as seguintes operações com mercadorias:

02.05.2014 Compras 50 unidades valor unitário $ 1,50


12.05.2014 Compras 100 unidades valor unitário $ 1,80
26.05.2014 Vendas ??? unidades valor unitário $ 2,00

Efetuado o inventário físico em 31.05.2014, verifica-se que não houve


nenhuma quebra ou perda na movimentação e que o saldo final em estoque
era de 30 unidades de mercadorias.

Caso o critério de avaliação de estoque fosse o critério denominado Custo


Médio, pode-se afirmar que a conta estoques de mercadorias apresentaria
então, em 31.05.2014, o saldo de:
a) $ 51,00.
b) $ 54,00.
c) $ 126,00.
d) $ 204,00.

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RESOLUÇÃO

Conforme o enunciado, durante o mês de maio, a empresa fez as seguintes


operações:

02.05.2014....Compras.......50 unidades..........V.u. 1,50..........Valor Total 75,00


12.05.2014...Compras......100 unidades........V.u. 1,80............Valor Total 180,00

Foi informado que o saldo do estoque final era de 30 unidades. Portanto, a


empresa vendeu um total de 120 unidades.

Para calcularmos o saldo final em estoques, primeiramente devemos calcular o


custo unitário de cada item. Partindo da informação que o método utilizado
para tanto é o método do Custo Médio, o cálculo é o seguinte

Valor total dos estoques em R$.............255,00


Quantidade de estoques......................150 unidades
Custo médio unitário.........................255/150 = 1,70

Saldo final em estoques: 30 unidades restantes * 1,70 = 51,00

GABARITO: A

Departamentalização

Para a contabilidade de custos, a Departamentalização é um dos critérios mais


eficaz para uma racional distribuição dos custos indiretos. Com isso cada
departamento pode ser dividido em mais de um centro de custos. Os
departamentos são divididos em produção e serviços. Para a apropriação dos
custos indiretos dos produtos, é necessário que todos esses custos estejam
nos departamentos de produção. É necessário que todos os custos dos
departamentos de serviços sejam rateados de tal forma que recaiam sobre os
de produção.

Em outras palavras a Departamentalização consiste numa forma mais


elaborada de atribuição de custos, através de rateio, em que:

I. Se divide a empresa em unidades administrativas (departamentos);


II. Atribuem-se todos os custos incorridos aos departamentos (diretamente ou
através de algum rateio); e
III. Dos departamentos, os custos são atribuídos aos produtos (através de
rateio).

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O Centro de custos é uma unidade mínima de acumulação de custos, embora
não seja necessariamente uma unidade administrativa. Ou seja, é a menor
fração de atividade ou área de responsabilidade para a qual é feita a
acumulação de custos.

Podem coincidir com departamentos, mas em alguns casos um departamento


pode conter vários centros de custo.

Na maioria dos casos onde não se usa o critério da departamentalização


ocorre a subavaliação ou superavaliação dos produtos. Ocasionando com isso,
que devido a superavaliação ou subavaliação dos produtos ocorra distorções
acentuadas na apuração dos custos. A não ser que existam fortes indícios de
que taxa única seja um bom estimador dos custos, é perigoso utilizá-la.

A departamentalização é a
divisão da empresa em áreas
distintas, de acordo com as
atividades desenvolvidas em
cada uma dessas áreas.

(FCC - Profissional de Nível Superior (ELETROSUL)/Ciências


Contábeis/2016
Em relação a contabilidade de custos, considere:
I. Departamento é a unidade mínima administrativa para a contabilidade de
custos, representada por pessoas e máquinas, em que se desenvolvem
atividades homogêneas.
II. Subprodutos são aqueles itens que, nascendo de forma normal durante o
processo de produção, possuem mercado de venda relativamente estável,
tanto no que diz respeito à existência de compradores como quanto ao preço.
São itens que tem comercialização tão normal quanto os produtos da empresa,
mas que representam porção ínfima do faturamento total.
III. Os custos primários são a soma de matéria-prima com mão de obra direta.

Está correto o que se afirma em:


a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) II, apenas.
d) III, apenas.

RESOLUÇÃO

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Analisemos cada afirmativa:
I. Departamento é a unidade mínima administrativa para a contabilidade
de custos, representada por pessoas e máquinas, em que se
desenvolvem atividades homogêneas.Item Correto.
Trata-se da perfeita definição de departamento.O departamento é a unidade
mínima administrativa onde se desenvolvem as mesmas atividades.
Trata-se, portanto do centro de custo da empresa.

II. Subprodutos são aqueles itens que, nascendo de forma normal durante
o processo de produção, possuem mercado de venda relativamente
estável, tanto no que diz respeito à existência de compradores como
quanto ao preço. São itens que tem comercialização tão normal quanto os
produtos da empresa, mas que representam porção ínfima do
faturamento total.Item Correto.
Os subprodutos possuem mercado de venda relativamente estável porque
possuem demanda contínua e, portanto, preço estável.Sua diferença para os
coprodutos, é que diferentemente destes, os subprodutos representam uma
parte irrelevante da receita da empresa.

III. Os custos primários são a soma de matéria-prima com mão de obra


direta. Item Correto.
Os chamados custos primários são exatamente dados pela soma entre
matéria-prima e mão de obra direta.

GABARITO: A

IDECAN - Técnico Bancário de Nível Superior (BANDES)/Ciências


Contábeis/2014
Acerca da departamentalização, considerada como critério mais eficaz para
uma racional distribuição dos custos indiretos aos produtos, analise as
afirmativas.

I. Departamento é a unidade mínima administrativa para a contabilidade e


custos, em que se desenvolvem atividades homogêneas.
II. Os departamentos são divididos em produção e serviços e, para apropriação
dos custos indiretos aos produtos, é necessário que todos estes custos estejam
nos departamentos de produção.
III. Os departamentos de serviços têm seus custos lançados sobre os produtos,
já que estes passam fisicamente por eles.
IV. Os departamentos de produção geralmente não têm custos apropriados
diretamente aos produtos, pois estes não passam por eles.

Estão corretas as afirmativas


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a) I, II, III e IV.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III, apenas.

RESOLUÇÃO

Vamos analisar cada uma das sentenças:

I. Departamento é a unidade mínima administrativa para a contabilidade e


custos, em que se desenvolvem atividades homogêneas. CORRETO
Esta é a perfeita definição de departamento. Trata-se da menor unidade de
custos possível, em que são desenvolvidas as mesmas atividades.

II. Os departamentos são divididos em produção e serviços e, para


apropriação dos custos indiretos aos produtos, é necessário que todos
estes custos estejam nos departamentos de produção. CORRETO
É o que a boa técnica de contabilidade de custos manda: transferir os custos
dos departamentos de serviços aos departamentos de produção para que, aí
sim, estes transfiram aos produtos.

III. Os departamentos de serviços têm seus custos lançados sobre os


produtos, já que estes passam fisicamente por eles. ERRADO
Isso vai de encontro ao que acabamos de ver na afirmação anterior.

É justamente porque os produtos não passam fisicamente pelos departamentos


de serviços que os custos destes são primeiramente transferidos aos
departamentos de produção.

IV. Os departamentos de produção geralmente não têm custos


apropriados diretamente aos produtos, pois estes não passam por eles.
ERRADO
É justamente nos departamentos de produção que os produtos são gerados.
Logo, é impossível afirmar que os produtos não passam por eles.

GABARITO: B

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Métodos de Custeamento

Custeio significa apropriação de custos. Métodos de Custeio ou Sistemas de


Custeio são utilizados para apropriar os custos de produção aos produtos. São
eles:

• Custeio por Absorção;


• Custeio Variável;
• Custeio Baseado em Atividades (ABC);
• Custeio RKW (Pleno).

Custeio por Absorção

No custeio por absorção, todos os custos de produção são alocados aos


bens produzidos ou serviços prestados, compreendendo os custos fixos,
variáveis, diretos e indiretos. Tem como características principais:

• Englobar custos fixos, variáveis, diretos e indiretos;


• Necessita de critérios de rateios, no caso de apropriação dos custos
indiretos (gastos gerais de produção) quando houver mais de um
produto ou serviço prestado;
• Os resultados apresentados são influenciados pelo volume da produção;
• Estabelece o custo total unitário do produto/serviço;
• Indicado para decisões realizadas a longo prazo.

Deve ser usado quando a empresa busca o uso do sistema de custos integrado
à contabilidade. É válido tanto para fins de Balanço Patrimonial e
Demonstração de Resultados como também, na maioria dos países, para
Balanço e Lucro Fiscais. Suas vantagens mais relevantes são:

• Atender à legislação fiscal, permitido pela legislação brasileira;


• Permitir a apuração do custo por centro de custos, visto que sua
aplicação exige a organização contábil. Assim, quando os custos forem
alocados aos departamentos de forma adequada torna-se possível
acompanhar o desempenho de cada área;
• Ao absorver todos os custos de produção, permite a apuração do custo
total de cada produto;
• Ser aceito pelo Imposto de Renda do Brasil, utilizado na contabilidade
financeira e auditorias externas, por atender aos princípios contábeis.
• Como desvantagem tem-se a utilização dos rateios para distribuir os
custos entre os departamentos e/ou produtos, uma vez que nem sempre
tais critérios são claros e objetivos, podendo distorcer os resultados,
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penalizando alguns produtos e beneficiando outros e mascarando
problemas, como ineficiências e desperdícios produtivos.

FGV - Técnico Tributário (SEFIN RO)/2018


A Cia. X fabrica três tipos de produtos: simples, de luxo e de superluxo. As
informações em relação ao preço unitário, quantidade fabricada por mês e
custo direto unitário são as seguintes:
Preço Custo direto Horas de mão de
Produto unitário Quantidade unitário obra por unidade
simples 30 1.000 10 0,2
luxo 50 800 20 0,5
super luxo 100 500 40 1

Os custos indiretos de produção por mês são de R$ 2.200. Estes são rateados
de acordo com o gasto com mão de obra direta.

Em 01/01/2017, não havia estoque inicial. No primeiro semestre de 2017 foram


vendidas 5.000 unidades de produtos simples, 4.000 unidades de luxo e 2.000
unidades de superluxo. Em relação ao lucro semestral de cada produto, com
base nas informações acima e considerando que a Cia. X utiliza o custeio por
absorção, assinale a afirmativa correta.

a) Do produto simples, é de R$ 19.600.


b) Do produto de luxo, é de R$ 115.600.
c) Do produto de luxo, é de R$ 116.000.
d) Do produto de superluxo, é de R$ 115.600.

RESOLUÇÃO

Para fazer o rateio dos custos indiretos, é necessário identificar quantas horas
de mão de obra direta cada produto consome. Para isto, vamos multiplicar a
quantidade de cada um pelas "Horas de mão de obra por unidade":

Hora MOD do produto simples =1.000×0,2 = 200


Hora MOD do produto luxo =800×0,5 = 400
Hora MOD do produto super luxo = 500×1 = 500

Concluímos então que o modelo simples consome 200 horas de mão de obra
direta, o modelo de luxo consome 400 horas e o modelo de super luxo, 500
horas. O total de horas consumidas é de 1.100, portanto. Agora, vamos
apropriar o custo indireto com base nesta proporção:

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CIF Simples= 200 / 1.100 × 2.200 = 400
CIF Luxo= 400 / 1.100 × 2.200 = 800
CIF Super Luxo= 500 / 1.100 × 2.200 =1.000

Somando estes custos indiretos encontrados dos três diferentes produtos com
seu custo direto total, temos o total do custo destes produtos:

CT Simples = 1.000 × 10 + 400 =10.400


CT Luxo = 800 × 20 + 800 =16.800
CT Super Luxo = 500 × 40 +1.000 =21.000

Seguindo este passo a passo para não restarem dúvidas, multiplicamos preço
e quantidade vendida e deduzimos o custo total e teremos o lucro de cada
produto:

Lucro Simples = 1.000 × 30 −10.400 =19.600


Lucro Luxo = 800 × 50 −16.800 =23.200
Lucro Super Luxo = 500 × 100 − 21.000 =29.000

Chegamos ao lucro gerado para as quantidades vendidas na tabela da


produção, mensal, pessoal. Entretanto, estamos buscando o lucro
semestral. Veja que o modelo simples teve vendas de 5.000 unidades. Como
os cálculos acima são para 1.000 unidades, multipliquemos o lucro por 5 e
teremos:
Lucro Semestral Simples = 19.600 × 5 =98.000

Para o carro de luxo, também temos uma quantidade vendida cinco vezes
maior:
Lucro Semestral Luxo = 23.200 × 5 =116.000

Por fim, a quantidade semestral de carro super luxo vendida é 2.000 unidades,
quatro vezes mais que nossa tabela base.
Então, o lucro semestral deste será:
Lucro Semestral Super Luxo = 29.000 × 4 =116.000

GABARITO: C

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VUNESP - Diretor (CM 2 Córregos)/Contábil Legislativo/2018
A empresa Flores e Cores produz e vende rolos de um tipo de papel de parede,
cujas informações referentes ao mês de novembro de 2017 são apresentadas
a seguir:
Itens Rolos de Papel de Parede
Quantidade produzida 6.000
Quantidade vendida 5.000
Custo variável (por unidade.) R$ 20,00
Despesa variável (por unidade.) R$ 4,50
Preço Líquido de Venda (por unidade.) R$ 43,00
No início do mês de novembro de 2017, não havia estoques iniciais de
produtos acabados e em elaboração e, no final desse mês, não havia estoques
de produtos em elaboração. Os custos fixos do mês de novembro de 2017
foram R$ 66.000,00 e as despesas fixas R$ 24.000,00.

Com base nessas informações, o lucro bruto total do mês de novembro de


2017 da empresa Flores e Cores, apurado de acordo com o método de custeio
por absorção, foi, em R$,
a) 92.500,00.
b) 72.000,00.
c) 60.000,00.
d) 37.500,00.

RESOLUÇÃO

Bom, antes de tudo, é necessário encontrar o valor do Custo Fixo Unitário,


dividindo seu valor total pela quantidade produzida:
CFunt = 66000 / 6000 = 11,00

Em seguida, vamos identificar o custo total do produto somando os custos fixos


e variáveis unitários:
CT unitário = 20 + 11 = 31,00

Agora, vamos fazer uma pequena DRE:


Receita de Vendas ............... 5000 x 43,00 ................................. 215.000,00
(-) Custos Totais ...................5000 x 31. ........................................(155.000)
(=) Lucro Bruto _______________________________________ 60.000,00

GABARITO: C

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Custeio Variável

No Custeio Variável somente são apropriados como custos de fabricação


os custos variáveis. Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não
haja produção, não são considerados como custo de produção e sim como
despesas, sendo encerrados diretamente contra o resultado do período. Suas
principais características são:

• Engloba custos variáveis;


• Não necessita de critérios de rateios. Os custos fixos são considerados
como despesa e não como custo do produto;
• Os resultados apresentados são influenciados pelo volume de vendas;
• Ajuda a identificar a margem de contribuição unitária e global;
• Estabelece o custo parcial unitário do produto/serviço, uma vez que
considera os custos variáveis;
• Indicado para decisões realizadas a curto prazo.

As vantagens proporcionadas pelo custeio variável são basicamente com


relação à produção de informações para as tomadas de decisão (por exemplo,
quais produtos, linhas de produtos, áreas, clientes, segmentos são mais
lucrativos, etc). Algumas outras vantagens do Custeio Variável:

• Apresentar de imediato a margem de contribuição;


• Mensurar de forma objetiva os custos dos produtos, uma vez que estes
não sofrerão processos arbitrários/subjetivos de distribuição dos custos
comuns;
• Lucro líquido não ser afetado em decorrência do aumento/diminuição de
inventários;
• Totalmente integrado ao custo padrão e o orçamento flexível, possibilita
o correto controle de custos.

O Custeio Variável tem como desvantagem o fato das informações não serem
apropriadas para decisões a longo prazo. Além disso, os resultados do custeio
variável não são aceitos para a preparação de demonstrações contábeis de
uso externo.

Lembre-se:

CUSTEIO POR ABSORÇÃO CUSTEIO VARIÁVEL


Atende aos Princípios de Contabilidade Não atende aos Princípios da
Contabilidade
Apropria todos os custos ao produto Custos Variáveis vão para o produto,
custos fixos vão para despesa.
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FUNRIO - Contador (CM Nova Iguaçu)/2016
Numa empresa, em março de 2015 foram produzidas 1.200 unidades. Nesse
mês, não existia estoque inicial. Ficaram 150 unidades acabadas que não
foram vendidas até o final do mês.

Os custos desse mês de março foram os seguintes:


Mão-de-obra variável ........................... 90.000,00
Outros custos variáveis ........................40.000,00
Custos fixos ....................................... 60.000,00
Matéria-prima ......................................50.000,00

Assim, os valores totais do Estoque final pelo Custeio por Absorção e Custeio
Variável foram, respectivamente,
a) R$22.000,00 e R$28.000,00.
b) R$22.500,00 e R$30.000,00.
c) R$25.000,00 e R$30.000,00.
d) R$30.000,00 e R$22.500,00.

RESOLUÇÃO

A primeira coisa a fazer é calcular o custo da produção do período. Para tanto,


basta somar os valores apresentados pelo enunciado:
CPP=90.000+40.000+60.000+50.000
CPP=240.000

Este seria o custo da produção pelo custeio por absorção.

No custeio variável, não computaríamos o custo fixo, então teríamos um custo


de R$ 180.000,00 (240.000 - 60.000).

Agora, reparemos que das 1.200 unidades acabadas, 150 unidades restaram
no estoque, ou seja 0,125 ou 12,5% do valor do custo da produção ficou no
estoque. Então, pelo custeio por absorção, o valor final do estoque seria:

EFA=240.000 × 0,125
EFA=30.000

No custeio variável, teríamos:

EFV=180.000 × 0,125
EFV=22.500

GABARITO: D

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Custeio Baseado em Atividades (ABC)

Diferentemente dos custeios por absorção e variável que distribuem os custos


diretamente aos produtos, o Custeio ABC rastreia as atividades relevantes do
processo produtivo, aloca os custos às atividades para então distribuí-los aos
produtos.

No Custeio ABC, os recursos de uma organização são consumidos por suas


atividades e não pelos produtos que elas fabricam. Desta forma, todas as
atividades devem receber parte dos custos. Uma atividade é uma ação que
utiliza recursos humanos, financeiros, tecnológicos, de materiais, entre outros,
para que bens sejam produzidos e serviços prestados.

Compreende todos os sacrifícios de recursos necessários para desempenhá-la.


Deve incluir salários com os respectivos encargos sociais, materiais,
depreciação, energia, uso de instalações, dentre outros. Suas principais
vantagens são:

• Atender aos Princípios Fundamentais da Contabilidade (similar ao


custeio por absorção);
• Identificar os custos de cada atividade em relação aos custos totais da
organização;
• Identificar os produtos e clientes mais lucrativos, além de
oportunidades para eliminar desperdícios e aperfeiçoar atividades;
• Proporcionar melhor visualização dos fluxos dos processos;
• Melhorar as decisões gerenciais através de informações mais
transparentes sobre os recursos consumidos pelas atividades;
• Permitir a apuração dos custos da não-qualidade.

Talvez uma das maiores desvantagens do Custeio ABC seja o custo elevado
em decorrência do alto nível de controles internos a serem implantados e
avaliados. Estes controles demandam tempo e trabalho, envolvendo
implantação, permanência e revisão constante das informações. É um custeio
que envolve muitas informações, por vezes difíceis de serem obtidas. Outras
situações que podem ser classificadas como desvantagens são:

• O fato de este custeio necessitar de reorganização, reformulação e


padronização de processos antes de sua implantação;
• Apresentar dificuldade na integração das informações entre
áreas/departamentos;
• Gerar informações confiáveis somente a longo prazo;
• Possuir um controle dificultado nas empresas que possuem grande
número de atividades.
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ESAF - Especialista em Regulação de Aviação Civil/Área 3/2016
Sobre o Custeio Baseado em Atividades ( Activity Based Costing), podemos
afirmar que:
a) é aceito pelo Fisco para apuração do lucro real.
b) sua aplicação é economicamente viável para qualquer tipo de organização.
c) considera que os produtos e serviços é que consomem os recursos.
d) gera informações para a tomada de decisões gerenciais.

RESOLUÇÃO

Vamos analisar cada uma das alternativas:

a) é aceito pelo Fisco para apuração do lucro real. ERRADO


O método ABC não é aceito pelo Fisco para apuração do lucro real.
O método aceito para apuração do lucro real é o custeio por absorção.

b) sua aplicação é economicamente viável para qualquer tipo de


organização. ERRADO
Aplicar o ABC não é economicamente viável em qualquer tipo de organização.
Em outras, tampouco pode fazer sentido aplicar tal método.
Se estamos falando de um método que olha para as atividades que consomem
recursos, a complexidade destas atividades e sua inter-relação pode fazer com
que o método não seja aplicável.

c) considera que os produtos e serviços é que consomem os recursos.


ERRADO
O método considera que os produtos e serviços consomem atividades e estas
sim é que consomem os recursos.

d) gera informações para a tomada de decisões gerenciais. CORRETO


Tal método de custeio gera informações importantes para a gerência ter maior
precisão acerca do rateio correto dos custos indiretos.

GABARITO: D

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CESPE - Analista Administrativo (TCE-ES)/Ciências Contábeis/2013
Uma empresa, que fabrica um único produto, produziu durante determinado
período, 2.000 unidades para atender a 100 pedidos.

Os custos indiretos dessa entidade, nesse período, foram provenientes de três


departamentos, conforme dados a seguir:
Custos indiretos:
Fábrica...............................................R$ 600.000
Venda .................................................R$ 200.000
Administração.....................................R$ 100.000

Para fins de tomada de decisão, o gerente da empresa identificou os centros


de custos A e B, sendo o primeiro relacionado com o número de unidades e o
segundo, com o número de pedidos. Após levantamento da distribuição dos
custos indiretos pelas atividades, foi elaborada a seguinte tabela, que relaciona
os recursos consumidos aos centros de custos.
A B
Custos indiretos de fabricação ..............70% 30%
Custos indiretos de vendas ...................45% 55%
Custos indiretos administrativos ...........20% 80%

Considerando essas informações, assinale a opção correta.


a) O custo indireto por pedido atribuído ao centro de custo A, no período, é
igual a R$ 265,00.
b) No primeiro estágio de alocação dos custos indiretos, atribui-se valor inferior
a R$ 450.000,00 ao centro de custo A.
c) No primeiro estágio de alocação dos custos indiretos, atribui-se valor total de
R$ 290.000,00 ao centro de custo B.
d) A taxa de atividade do centro de custo B, no período, é igual a R$ 3.700,00.

RESOLUÇÃO

Vamos responder com base no quadro abaixo, acompanhe:

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Analisando analisar as alternativas:

a) O custo indireto por pedido atribuído ao centro de custo A, no período,


é igual a R$ 265,00. Incorreto
O centro de custo A está relacionado com as unidades e não com os pedidos.

b) No primeiro estágio de alocação dos custos indiretos, atribui-se


valor inferior a R$ 450.000,00 ao centro de custo A. Incorreto
O 1º estágio de alocação no custeio ABC é a alocação dos custos indiretos aos
centros de custos. O 2º estágio é a alocação aos produtos. Na presente
questão, temos 2 centros de custos. No centro de custos A foi alocado R$
530.000,00, valor SUPERIOR aos 450mil citados aqui na letra b.

c) No primeiro estágio de alocação dos custos indiretos, atribui-se valor


total de R$ 290.000,00 ao centro de custo B. Incorreto
No 1º estágio, foi alocado ao centro de custo B o valor de R$ 370.000,00

d) A taxa de atividade do centro de custo B, no período, é igual a R$


3.700,00. Correto.
A taxa de atividade no centro de custo B é R$ 3.700,00 ( 370.000 / 100
pedidos)

GABARITO: D

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Custeio RKW/Pleno

O método RKW vem da expressão alemã Reichskuratorium fur


Wirtshaftlichkeit, cuja tradução é “Conselho Administrativo do Império para a
Eficiência Econômica”.

Este sistema foi desenvolvido na Alemanha no início do século XX pela


Siemens, sendo considerado o antecessor do Custeio por Absorção e um dos
primeiros métodos de precificação utilizados.

A precificação é calculada com base na alocação


de todos os custos e despesas existentes à
unidade do produto, acrescida da margem de
lucro.

As principais vantagens são:

• Considera todos os custos incorridos em uma organização sem


exceções;
• Possui informações completas e conservadoras;
• Enfatiza a recuperação de todos os custos e tende a introduzir certo
grau de estabilidade de preços;
• Pratica a formação de preços com base no pior custo;
• Justifica os preços e chega ao custo de produzir e vender (incluindo
administrar e financiar).

Quanto às desvantagens, o método das RKW pode levar a decisões


equivocadas por não distinguir custos fixos dos custos variáveis. Além disso,
existe arbitrariedade dos critérios de rateio dos gastos indiretos, apesar de
sugerir o rastreamento de maneira mais realista possível esse método ainda
apresenta algumas dificuldades de aplicação, como no momento de encontrar
o custo do produto no cotidiano e de encontrar as despesas operacionais
diárias unitárias.

Lembre-se, este
método não é aceito
pela legislação.

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FUNRIO - Analista do Seguro Social/Ciências Contábeis/2013
O método de custeio que consiste em ratear aos produtos todos os gastos da
empresa – não só os custos, mas também despesas comerciais,
administrativas e até mesmo despesas financeiras – denomina-se:

a) custeio fiscal.
b) ABC.
c) RKW.
d) TED.

RESOLUÇÃO

O único método de custeio que também rateia aos produtos as despesas é o


método RKW (Reichskuratoriun fur Wirtschaftlichtkeit). Tal nomenclatura se
deve ao fato de ter surgido da ideia de um conselho governamental alemão.

O diferencial deste método é justamente incluir no custeio as despesas


comerciais, administrativas e financeiras. Senão, vejamos a definição de Eliseu
Martins em "Contabilidade de Custos":

"O modelo original do RKW considera o custo de oportunidade, referindo-se à


remuneração do capital próprio. O referido autor destaca a utilidade do método
em considerar o rateio dos custos e despesas totais, expressando que dessa
forma é possível chegar ao valor de “produzir e vender”, bastando então
acrescentar o lucro desejado para se obter o preço de venda final."

GABARITO: C

Resumindo:

Custeio por Absorção Considera os custos fixos e variáveis


Considera só os custos variáveis, trata os
Custeio Variável
custos fixos como despesa
Possui direcionadores de Custos, cada
Custeio ABC um "paga" de acordo com o que foi
consumido na produção
Engloba os custos fixos, variáveis e
Custeio RKW
despesas (inclusive financeiras)

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Sistemas de Acumulação de Custos

O sistema de acumulação de custos corresponde ao ambiente básico no qual


operam os sistemas e as modalidades de custeio. Assim, antes de decidir
quanto ao sistema ou à modalidade de custeio a ser adotada, a empresa
deverá escolher o seu sistema de acumulação de custos, orientando-se,
estritamente, pelo sistema produtivo da empresa.

Existem dois sistemas básicos de produção - o sistema de produção por


encomenda e o sistema de produção contínua/ processo.

O sistema de produção por encomenda caracteriza-se pela fabricação


descontínua de produtos não padronizados. Já o de produção
contínua/processo caracteriza-se pela fabricação em série de produtos
padronizados.

Consistentemente com os dois sistemas produtivos existem também dois


sistemas básicos de acumulação de custos:

• Sistema de acumulação por ordem ou encomenda;


• Sistema de acumulação por processo.

Adotará o sistema de acumulação de custos por ordem ou encomenda a


empresa cujo sistema produtivo for predominantemente descontínuo,
produzindo bens ou serviços não padronizados e, geralmente, sob encomenda
específica dos seus clientes. Por outro lado, a empresa que produz, em
série, bens ou serviços padronizados deverá adotar o sistema de acumulação
de custos por processo.

Sistema de acumulação de custos por ordem de produção

Este é o sistema no qual cada elemento do custo é acumulado segundo ordens


específicas de produção referentes a um determinado produto ou lote
de produtos. As ordens de produção são emitidas para o início da execução da
atividade produtiva e nenhum trabalho poderá ser iniciado sem que seja
devidamente precedido pela emissão da correspondente ordem de produção.

Os termos "ordem de fabricação", "ordem


de serviço" ou "ordem de trabalho" são
sinônimos de "ordem de produção".

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A condição indispensável para o adequado custeamento de uma ordem de
produção é a sua contínua identificação com uma determinada produção em
particular.

O sistema de ordem de produção é o mais apropriado para o custeio de


produtos por encomenda, sendo pouco usado nas indústrias de produção em
série. Nestas indústrias, a sua utilização restringe-se, normalmente, ao controle
de construções e às atividades de manutenção.

Sistema de acumulação de custos por processo

O sistema de acumulação por processo é usado, invariavelmente, na


contabilização dos custos de uma produção em massa. Normalmente, nesse
sistema produtivo, todos os produtos são fabricados para estoque; uma
unidade de produção é idêntica a outra, os produtos são movimentados no
processo de produção continuamente, e todos os procedimentos de fábrica são
predominantemente padronizados.

As seguintes características desse sistema podem ser destacadas:


• Os custos, diretos ou indiretos, são acumulados nas contas de custos
durante um determinado período, sendo reclassificados por
departamento ou processo no fim desse período;
• Nos casos em que os produtos são processados em mais de um
departamento, os custos correspondentes são transferidos para o
departamento seguinte, de forma que o custo total vai sendo
acumulado até que o produto esteja terminado;
• A produção, em termos de quantidade (quilos, toneladas, unidades etc.),
é registrada diária ou semanalmente, sendo preparado, no fim do mês,
um demonstrativo dos resultados finais;
• O custo total de cada processo é dividido pelo total da produção,
obtendo-se um custo médio por unidade para o período.

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Questões Comentadas

Além das questões comentadas ao longo deste material, segue algumas outras
para melhor compreensão da matéria.

(1º) IBFC - Contador (CM Feira de Santana)/2018


A Empresa Comercial de Alimentos Equilibrium Ltda controla os seus estoques
pelo método PEPS (Primeiro Entrar, Primeiro Sair). No mês de março realizou
as seguintes transações:

01/03 – Compra de mercadoria para revenda, 100 unidades a R$ 1,00 cada.


05/03 – Compra de mercadoria para revenda, 200 unidades a R$ 0,90 cada.
10/03 – Venda 150 unidades de mercadorias a R$ 1,50 cada.
15/03 – Venda de 50 unidades de mercadorias a R$ 2,00 cada.
20/03 – Compra de mercadoria para revenda, 250 unidades a R$ 1,10 cada.

Sabendo-se que não haviam estoques iniciais e a alíquota de ICMS sobre


compra e venda é de 18%, assinale a alternativa que apresenta o saldo final
total de mercadorias em unidades e Reais, respectivamente.
a) 350 unidades, R$ 299,30
b) 350 unidades, R$ 365,00
c) 350 unidades, R$ 375,00
d) 250 unidades, R$ 275,00

RESOLUÇÃO

Observe que estamos diante da utilização do PEPS

No método PEPS ou FIFO (primeiro a entrar, primeiro a sair/ first in, first out) o
CMV é apurado com base no custo de aquisição das mercadorias mais antigas
em estoque (primeiras a entrar). Logo, o estoque final é correspondente ao
valor unitário das aquisições mais recentes.

1) Saldo final em estoques em unidades

01/03 Compra de 100 unidades 100


05/03 Compra de 200 unidades 200
10/03 Venda de 150 unidades (150)
15/03 Venda de 50 unidades (50)
20/03 Compra de 250 unidades 250
31/03 (=) Estoque FINAL 350

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2) Saldo final em estoques em reais:

Sabendo que existe alíquota de 18% de ICMS tanto na venda quanto na


compra:

ICMS ICMS Preço Valor TOTAL


Data Transação
compra venda líq. líquido (R$)
Compra de mercadoria para revenda, 100
01/03 0,18 – 0,82 82,00
unidades a R$ 1,00 cada.
Compra de mercadoria para revenda, 200
05/03 0,162 – 0,738 147,60
unidades a R$ 0,90 cada.
Venda 150 unidades de mercadorias a R$ 1,50
10/03 – 0,27 1,23 184,50
cada.
Venda de 50 unidades de mercadorias a R$ 2,00
15/03 – 0,36 1,64 82,00
cada.
Compra de mercadoria para revenda, 250
20/03 0,198 – 0,902 225,50
unidades a R$ 1,10 cada

Até 05/03, tínhamos 300 unidades, e em 10/03 e 15/03, vendemos 200


unidades. Como o valor do estoque final é correspondente ao valor unitário das
aquisições mais recentes. O valor que ficará no EF dessa entidade será de
exatamente 100 unidades das compras do dia 05/03 (que corresponde à
metade!) e a compra posterior à venda, do dia 20/03

Com base nisso, o valor a ser reconhecido como EF no final do período será
de:
100 unidades da compra do dia 05/03 73,80
250 unidades da compra do dia 20/03 225,50
(=) Estoque FINAL (em R$) 299,30

GABARITO: A

(2º) FGV - Assistente de Saneamento e Gestão (COMPESA)/Técnico em


Contabilidade/2018
Uma loja, que vende apenas um tipo de estojo, possui um contrato com seu
fornecedor, segundo o qual, ela não precisa pagar o frete, caso a compra seja
de uma quantidade superior a 30 unidades. Se a compra é de até 30 unidades,
o frete é fixo, no valor de R$ 100.

Em 01/06/2018, o estoque da loja era formado por dez unidades de estojo e


estava avaliado em R$ 130.

30
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No mês de junho aconteceram as seguintes operações:
Compra de 20 unidades, por R$ 14 cada.
Venda de 15 unidades, por R$ 40 cada.
Compra de 35 unidades, por R$ 22 cada.
Venda de 20 unidades, por R$ 42 cada.

Assinale a opção que indica o lucro bruto da loja, em 30/06/2018, considerando


que ela utiliza, para avaliar seus estoques, o método do custo médio
ponderado móvel.
a) R$ 665,00.
b) R$ 722,50.
c) R$ 735,00.
d) R$ 775,00.

RESOLUÇÃO

A questão solicita o valor do lucro bruto no exercício de 30/06/2018 apurado


pelo método custo média ponderada móvel.

O custo médio ponderado do estoque é o critério em que as mercadorias


estocadas serão sempre avaliadas pela média dos custos de aquisição,
atualizados a cada compra efetuada, já que toda vez que ocorrer compra por
custo unitário diferente dos que constarem do estoque, o custo médio do
estoque será modificado. Além disso, existe uma condicionante em relação
ao frete:
• Quantidade inferior ou igual a 30 = frete pago pelo comprador (custo
de estoque).
• Quantidade superior a 30 = frete pago pelo fornecedor de R$ 100,00
(gasto dele!).

Feito isso, passemos para a elaboração da tabela do CMPM:


Entrada Saída Saldo
Fatos Quant. Valor Unit. Total Quant. Valor Unit. Total Quant. Valor Unit. Total
1 10 13 130 10 13 130
2 20 19 380 30 17 510
3 15 17 255 15 17 255
4 35 22 770 50 20,5 1.025
5 20 20,5 410 30 20,5 615
Estoque FINAL 615
Calculando a receita de vendas:
Fato 3: ⟹15×40=842
Fato 5: ⟹20×42=600
842 + 600 = 1.440

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Vamos elaborar agora a DRE da loja de estojos:

Receita de vendas 1.440


(-) CMV (665)
(=) Lucro Bruto 775

GABARITO: D

(3º) CS UFG - Analista (SANEAGO)/Gestão/Contador/2018


Em um sistema de custeamento por processo, todos os custos de um período
de tempo, como um mês, são coletados sem nenhuma tentativa de atribuir
esses custos à:
a) análise de inventário.
b) mensuração do resultado.
c) produção fisicamente identificável.
d) unidades específicas de produtos.

RESOLUÇÃO

Vamos analisar as alternativas:

a) análise de inventário. ERRADO


Os dois sistemas de acumulação observam características do bem final
produzido, ou seja, se são produzidos com especificações diferentes (por
ordem) ou com especificações similares, para produções contínuas (por
processo), não se trata, portanto, de uma análise de inventário.

b) mensuração do resultado. ERRADO


Tanto o sistema de produção por ordem, como no sistema de produção por
processo, levam-se em conta se a acumulação de custos será feita de maneira
individual (por ordem), ou se será feita por departamentos (por processo). Os
custos não são atribuídos levando em consideração a mensuração do
resultado

c) produção fisicamente identificável. ERRADO


De acordo com Padoveze (2008), é no sistema de custeio por ordem, e não
no sistema por processo, que se coletam os custos de cada serviço ou
partida para a produção de um bem fisicamente identificável.

d) unidades específicas de produtos. CERTO


De acordo com Padoveze (2008), no sistema de custeamento por processo,
"todos os custos de um período de tempo, como um mês, são coletados sem
nenhuma tentativa de atribuir esses custos a unidades específicas de produtos.

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Fundamentalmente, nesse sistema, coleta-se o total de custos incorridos
durante o período e o número total de unidades de produtos trabalhados.
Dividindo-se os custos totais pelo total de unidades, tem-se o custo unitário de
cada processo."

GABARITO: D

(4º) FGV - Técnico da Defensoria Pública (DPE RO)/Técnico em


Contabilidade/2015
Na contabilidade de custos, a departamentalização contribui para totalização
dos gastos de produção por unidade fabricada. Utilizando essa estratégia para
estimar o custo de seus estoques, uma indústria:
a) aloca os custos diretos por meio de critérios menos arbitrários;
b) aloca a despesa com pessoal administrativo fazendo um rateio com base
nas horas de trabalho de cada equipe de produção;
c) estima a alocação dos custos indiretos por meio de critérios menos
subjetivos;
d) estima a alocação dos custos diretos com base no consumo de energia
elétrica dos equipamentos utilizados na produção.

RESOLUÇÃO

A regra no Custeio Departamental é que os custos diretos sejam diretamente


apropriados aos produtos (pois possuem um critério objetivo para
direcionamento) e os custos indiretos apropriados inicialmente aos
departamentos para, somente depois, serem apropriados aos produtos, por
intermédio de um critério de rateio (critério subjetivo).

Vejamos isso através de uma figura:

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Apesar disso, nada impede que os custos diretos possam ser alocados
inicialmente aos departamentos (igual ao que se faz com os custos indiretos)
para posteriormente recaírem sobre os produtos. A diferença, nesse caso, é
que os custos diretos saem dos departamentos em direção aos produtos
através de um critério objetivo de rateio, ao passo que os custos indiretos de
fabricação, como já vimos acima, saem dos departamentos com destino aos
produtos através de um critério subjetivo de mensuração (critério de rateio).

Essa é a ideia nuclear do Custeio por Departamentalização. Vamos, agora,


analisar cada alternativa.

a) aloca os custos diretos por meio de critérios menos arbitrários.


ERRADA.
Os custos diretos são alocados por meio de critério objetivos, ou seja, não
arbitrários.

b) aloca a despesa com pessoal administrativo fazendo um rateio com


base nas horas de trabalho de cada equipe de produção. ERRADA.
Despesas não são alocadas. Vão diretamente para o resultado do período.

c) estima a alocação dos custos indiretos por meio de critérios menos


subjetivos. CORRETA
Os custos indiretos são alocados por meio de critério subjetivos, contudo, no
Custeio por Departamentalização essa subjetividade é diminuída, pois
apropria-se os custos indiretos inicialmente a cada departamento para, só
depois, alocá-los aos produtos.

d) estima a alocação dos custos diretos com base no consumo de


energia elétrica dos equipamentos utilizados na produção. ERRADA.
custos diretos são alocados diretamente e não com base em critério de rateio.

GABARITO: C

(5º) CESGRANRIO - Profissional Júnior (BR)/Ciências Contábeis/2015


Uma indústria fechou uma encomenda de longo prazo de execução, com a
produção por ordem, firmando a estimativa de preço de R$ 2.800.000,00 com
uma estimativa de custos de R$ 1.820.000,00.

No primeiro ano, os custos da produção, anotados na ordem, alcançaram R$


455.000,00, e a empresa recebeu do contratante o valor de R$ 750.000,00.

Considerando somente as informações recebidas e adotando o método da


proporcionalidade do custo, a receita dessa ordem contabilizada pela empresa,
em reais, é:
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a) 50.000,00
b) 455.000,00
c) 487.500,00
d) 700.000,00

RESOLUÇÃO

No sistema de acumulação de custos por ordem, os custos são acumulados


em apenas um único produto, que possui especificações próprias. Esse tipo de
sistema de acumulação é comumente usado em estaleiros, indústria grande
porte e construção civil. Ele possui as seguintes características:
• A receita deve ser apropriada proporcionalmente ao custo, sendo a
taxa: (custo incorrido/ custo total)
• Se receber mais que a receita apropriada: adiantamento de clientes
• Se receber menos que a receita apropriada: contas a receber, clientes.

Voltando a questão, vamos achar a proporção dos custos:


Custo Proporcional=455.000 / 1.820.000
Custo Proporcional=0,25 = 25%

Essa porcentagem implica dizer que se, 25% dos custos foram
incorridos, 25% da receita será apropriada. Logo:
Receita apropriada = 2.800.00 x 25%
Receita apropriada = 700.000

No entanto, observe que a empresa recebeu R$ 750.000. O lançamento que


superar o da receita incorrida será o abaixo:
D Disponibilidade ............................750.000
C Receita .......................................700.000
C Adiantamento de clientes ..........50.000

Portanto, podemos afirmar que a receita dessa ordem contabilizada pela


empresa, em reais, é 700.000

GABARITO: D

(6º) FGV - Técnico de Nível Superior (Pref Salvador)/Administração/2017


Com relação ao método de gestão de custos denominado Custeio Variável,
assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) É um método de custeio utilizado para fins gerenciais, não sendo admitido o


seu uso para efeito contábil e fiscal.
( ) Os custos fixos são tratados como custos do período e não como custos do
produto, sendo alocados ao DRE.
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( ) A desvantagem do método é que não permite à empresa conhecer a
margem de contribuição dos seus produtos.

As afirmativas são, respectivamente,


a) F – V – F.
b) F – V – V.
c) V – F – F.
d) V – V – F.

RESOLUÇÃO

Vamos analisar os itens:

( V ) É um método de custeio utilizado para fins gerenciais, não sendo


admitido o seu uso para efeito contábil e fiscal.
VERDADEIRO: Custeio variável é o método de custeio que apropria aos
produtos ou serviços apenas os custos variáveis e considera os custos fixos
como despesas do período, são usados em fins gerenciais pois não respeitam
aos princípios contábeis, notadamente o da competência.

( V ) Os custos fixos são tratados como custos do período e não como


custos do produto, sendo alocados ao DRE.
VERDADEIRO: Os custos fixos são alocados na DRE e não nos produtos,
juntamente com as despesas fixas e variáveis. Apesar da assertiva usar a
palavra custo, ela diz que esse "custo" é do período, ou seja, sendo alocados
ao DRE. Daí a correção da afirmativa.

( F ) A desvantagem do método é que não permite à empresa conhecer a


margem de contribuição dos seus produtos.
FALSO: a utilização do custeio variável não prejudica o uso da margem de
contribuição, que é demonstrada por preço de venda menos custos e despesas
variáveis

MCU = Preço de venda - custos e despesas variáveis.

GABARITO: D

(7º) CS UFG - Contador (UFG)/2017


Uma determinada empresa, em seu processo produtivo, apresenta as
informações que seguem: produção mensal, 25.000 unidades; vendas
mensais, 20.000 unidades; custos diretos por unidade, R$ 6,00; custos
indiretos por período, R$ 80.000,00; despesas incorridas no período, R$
25.000,00; e preço de venda unitário, R$ 10,00.

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Considerando essas informações, o resultado do período, com o custo dos
produtos calculado pelo custeio por absorção, é um:
a) prejuízo de R$ 9.000,00.
b) lucro de R$ 16.000,00.
c) prejuízo de R$ 25.000,00.
d) prejuízo de R$ 55.000,00.

RESOLUÇÃO

Nesta questão, o que nos interessa apenas são os valores referentes às


unidades vendidas. Logo, se a empresa vendeu 20.000 unidades a um preço
unitário de R$ 10,00, então sua receita foi de:
RV=20.000×10=200.000

O custo direto é de R$ 6, por unidade. Então:


CD=20.000×6=120.000

Quanto ao custo indireto, precisamos fazer uma proporção. R$ 80.000 é o


custo indireto de produção de 25.000 unidades. Mas vendemos 20.000.

Então:
CI=80.000×20.000 / 25.000
CI=80.000×0,8=64.000

Por fim, temos que as despesas foram de R$ 25.000. Então, o resultado é dado
por:
R=200.000−120.000−64.000−25.000
R=−9.000

GABARITO: A

(8º) CESPE - Perito Criminal (PCie PE)/Área 8/Ciências Contábeis/2016


Em abril de 2016, uma empresa realizou os seguintes gastos para a produção
de seu principal produto:

• matéria-prima: R$ 25 por unidade;


• embalagens: R$ 5 por unidade;
• mão de obra direta: R$ 40 por unidade;
• custos indiretos fixos totais de abril de 2016: R$ 90.000;
• custos indiretos variáveis totais de abril de 2016: R$ 10.000.

Considerando a inexistência de estoques de períodos anteriores e que a


empresa produziu, em abril de 2016, 5.000 unidades totalmente acabadas do
referido produto, os valores do custo unitário de produção de abril de 2016
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calculados de acordo com o método do custeio por absorção e com o método
do custeio variável são, respectivamente:
a) R$ 88 e R$ 32.
b) R$ 90 e R$ 32.
c) R$ 90 e R$ 72.
d) R$ 20 e R$ 70.

RESOLUÇÃO

A única diferença entre os métodos é que o custeio por absorção leva em conta
os custos fixos de produção, ao passo que o custeio variável não o faz.
Comecemos pelo custeio variável.

Reparemos que o custo de uma unidade é dado inicialmente por R$ 25 de


matéria-prima, R$ 5 de embalagem e R$ 40 de mão de obra direta.
Isso já somaria um valor de R$ 70 (25 + 5 + 40). Mas reparemos que há custos
indiretos também variáveis e que não estão em termos unitários.

Para medirmos seu valor unitário, dividimos pela quantidade produzida:


CIVu=CIV / Q
CIVu=10.000 / 5.000
CIVu=2

Somando este valor aos R$ 70, temos que, pelo custeio variável, o custo de
cada unidade é de R$ 72. Já vimos que nosso gabarito é a alternativa C.

Mas confirmemos que o custo por absorção unitário é, de fato, de R$ 90. Basta
que calculemos o valor dos custos fixos unitários, dividindo o valor do custo fixo
pela quantidade produzida:
CFu=CF / Q
CFu=90.000 / 5.000
CFu=18

Vimos que os custos variáveis unitários somavam R$ 72. Somando o custo fixo
unitário, achamos o custo unitário por absorção: R$ 90 (72 + 18).

GABARITO: C

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Questões para Resolução

(1º) FGV - Técnico de Nível Médio da Assembleia Legislativa da


Bahia/2014
A Cia. Azul vende somente a mercadoria blue. Ela possui um fornecedor,
sendo que no contrato está acordado que quando a compra é de pelo menos
20 mercadorias, o frete é pago pelo fornecedor. Quando a compra é inferior a
20 mercadorias, a Cia. Azul paga o frete. O valor do frete é fixo, no valor de R$
120,00, independente do número de mercadorias compradas.

Em 01 de janeiro de 2014, a Cia. Azul possuía estoque avaliado em R$ 500,00.


Este era formado por cinco unidades da mercadoria blue.

Durante o mês de janeiro de 2014, aconteceram as seguintes operações:


Em 15 de janeiro, a Cia. Azul comprou mais 12 unidades de blue, a R$ 110,00
cada.
Em 20 de janeiro, a Cia. Azul comprou mais 30 unidades de blue, a R$ 105,00
cada.
Em 25 de janeiro, a Cia. Azul vendeu 40 unidades de blue, a R$ 200,00 cada.
Em 30 de janeiro, a Cia. Azul comprou 10 unidades de blue, a R$ 150,00 cada.
Obs.: a Cia. Azul utiliza o método PEPS para avaliar seus estoques.

Com base nas informações acima, o valor do estoque final da mercadoria blue,
em 31/01/2014, era de:
a) R$ 2.235,00.
b) R$ 2.355,00.
c) R$ 2.383,00.
d) R$ 4.235,00.

(2º) FUNDATEC – Auditor Fiscal da Receita Estadual /SEFAZ-RS/ 2014


Para responder à questão, considere somente as seguintes informações
disponíveis da Comercial Arara Ltda.

· Saldo dos Estoques em 31/dez/2009 é igual a zero.


· 10/jan/2010 – compras de 1.000 unidades a R$ 20,00 por unidade.
· 15/jan/2010 – compras de 500 unidades a R$ 25,00 por unidade.
· 18/jan/2010 – compras de 300 unidades a R$ 30,00 por unidade.
· 25/jan/2010 – venda de 1.200 unidades ao preço de venda de R$ 60,00 por
unidade.

Considerando que os estoques foram avaliados pelo método Último a Entrar,


Primeiro a Sair (UEPS), qual é o valor dos estoques em 31/jan/2010?
a) R$ 12.000,00.
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b) R$ 15.600,00.
c) R$ 16.500,00
d) R$ 18.000,00.

(3º) FCC - Técnico Judiciário (TRF 3ª Região)/Apoio Especializado/2014


Uma empresa comercial adota o critério da Média Ponderada Móvel para
controle dos estoques e realizou as seguintes operações durante o mês de
setembro de 2013:

Preço de
Quantidade Preço de venda
Data Operação compra
(unidades) (unitário)
(unitário)
04/09/13 Compra 300 R$ 20 -
09/09/13 Venda 120 - R$ 40
17/09/13 Compra 90 R$ 26 -
24/09/13 Compra 45 R$ 29 -
30/09/13 Venda 100 - R$ 50
Sabendo que a empresa comercial não apresentava estoque inicial, o custo
das mercadorias vendidas no mês de setembro foi, em R$,
a) 5.500,00.
b) 4.700,00.
c) 4.900,00.
d) 4.400,00.

(4º) VUNESP - Assistente Administrativo (FUNDUNESP)/2014


A empresa Sem Refresco Comércio de Parafusos Ltda. realizou, durante o mês
de maio de 2014, apenas as seguintes operações com mercadorias:

02.05.2014 Compras 50 unidades valor unitário $ 1,50


12.05.2014 Compras 100 unidades valor unitário $ 1,80
26.05.2014 Vendas ??? unidades valor unitário $ 2,00

Efetuado o inventário físico em 31.05.2014, verifica-se que não houve


nenhuma quebra ou perda na movimentação e que o saldo final em estoque
era de 30 unidades de mercadorias.

Caso o critério de avaliação de estoque fosse o critério denominado Custo


Médio, pode-se afirmar que a conta estoques de mercadorias apresentaria
então, em 31.05.2014, o saldo de:
a) $ 51,00.
b) $ 54,00.
c) $ 126,00.
d) $ 204,00.
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(5º) FCC - Profissional de Nível Superior (ELETROSUL)/Ciências
Contábeis/2016
Em relação a contabilidade de custos, considere:
I. Departamento é a unidade mínima administrativa para a contabilidade de
custos, representada por pessoas e máquinas, em que se desenvolvem
atividades homogêneas.
II. Subprodutos são aqueles itens que, nascendo de forma normal durante o
processo de produção, possuem mercado de venda relativamente estável,
tanto no que diz respeito à existência de compradores como quanto ao preço.
São itens que tem comercialização tão normal quanto os produtos da empresa,
mas que representam porção ínfima do faturamento total.
III. Os custos primários são a soma de matéria-prima com mão de obra direta.

Está correto o que se afirma em:


a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) II, apenas.
d) III, apenas.

(6º) IDECAN - Técnico Bancário de Nível Superior (BANDES)/Ciências


Contábeis/2014
Acerca da departamentalização, considerada como critério mais eficaz para
uma racional distribuição dos custos indiretos aos produtos, analise as
afirmativas.

I. Departamento é a unidade mínima administrativa para a contabilidade e


custos, em que se desenvolvem atividades homogêneas.
II. Os departamentos são divididos em produção e serviços e, para apropriação
dos custos indiretos aos produtos, é necessário que todos estes custos estejam
nos departamentos de produção.
III. Os departamentos de serviços têm seus custos lançados sobre os produtos,
já que estes passam fisicamente por eles.
IV. Os departamentos de produção geralmente não têm custos apropriados
diretamente aos produtos, pois estes não passam por eles.

Estão corretas as afirmativas


a) I, II, III e IV.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III, apenas.

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(7º) FGV - Técnico Tributário (SEFIN RO)/2018
A Cia. X fabrica três tipos de produtos: simples, de luxo e de superluxo. As
informações em relação ao preço unitário, quantidade fabricada por mês e
custo direto unitário são as seguintes:
Preço Custo direto Horas de mão de
Produto unitário Quantidade unitário obra por unidade
Simples 30 1.000 10 0,2
Luxo 50 800 20 0,5
super luxo 100 500 40 1

Os custos indiretos de produção por mês são de R$ 2.200. Estes são rateados
de acordo com o gasto com mão de obra direta.

Em 01/01/2017, não havia estoque inicial. No primeiro semestre de 2017 foram


vendidas 5.000 unidades de produtos simples, 4.000 unidades de luxo e 2.000
unidades de superluxo. Em relação ao lucro semestral de cada produto, com
base nas informações acima e considerando que a Cia. X utiliza o custeio por
absorção, assinale a afirmativa correta.

a) Do produto simples, é de R$ 19.600.


b) Do produto de luxo, é de R$ 115.600.
c) Do produto de luxo, é de R$ 116.000.
d) Do produto de superluxo, é de R$ 115.600.

(8º) VUNESP - Diretor (CM 2 Córregos)/Contábil Legislativo/2018


A empresa Flores e Cores produz e vende rolos de um tipo de papel de parede,
cujas informações referentes ao mês de novembro de 2017 são apresentadas
a seguir:
Itens Rolos de Papel de Parede
Quantidade produzida 6.000
Quantidade vendida 5.000
Custo variável (por unidade.) R$ 20,00
Despesa variável (por unidade.) R$ 4,50
Preço Líquido de Venda (por unidade.) R$ 43,00
No início do mês de novembro de 2017, não havia estoques iniciais de
produtos acabados e em elaboração e, no final desse mês, não havia estoques
de produtos em elaboração. Os custos fixos do mês de novembro de 2017
foram R$ 66.000,00 e as despesas fixas R$ 24.000,00.

Com base nessas informações, o lucro bruto total do mês de novembro de


2017 da empresa Flores e Cores, apurado de acordo com o método de custeio
por absorção, foi, em R$,

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a) 92.500,00.
b) 72.000,00.
c) 60.000,00.
d) 37.500,00.

(9º) FUNRIO - Contador (CM Nova Iguaçu)/2016


Numa empresa, em março de 2015 foram produzidas 1.200 unidades. Nesse
mês, não existia estoque inicial. Ficaram 150 unidades acabadas que não
foram vendidas até o final do mês.

Os custos desse mês de março foram os seguintes:


Mão-de-obra variável ........................... 90.000,00
Outros custos variáveis ........................40.000,00
Custos fixos ....................................... 60.000,00
Matéria-prima ......................................50.000,00

Assim, os valores totais do Estoque final pelo Custeio por Absorção e Custeio
Variável foram, respectivamente,
a) R$22.000,00 e R$28.000,00.
b) R$22.500,00 e R$30.000,00.
c) R$25.000,00 e R$30.000,00.
d) R$30.000,00 e R$22.500,00.

(10º) ESAF - Especialista em Regulação de Aviação Civil/Área 3/2016


Sobre o Custeio Baseado em Atividades ( Activity Based Costing), podemos
afirmar que:

a) é aceito pelo Fisco para apuração do lucro real.


b) sua aplicação é economicamente viável para qualquer tipo de organização.
c) considera que os produtos e serviços é que consomem os recursos.
d) gera informações para a tomada de decisões gerenciais.

(11º) CESPE - Analista Administrativo (TCE-ES)/Ciências Contábeis/2013


Uma empresa, que fabrica um único produto, produziu durante determinado
período, 2.000 unidades para atender a 100 pedidos.

Os custos indiretos dessa entidade, nesse período, foram provenientes de três


departamentos, conforme dados a seguir:
Custos indiretos:
Fábrica...............................................R$ 600.000
Venda .................................................R$ 200.000
Administração.....................................R$ 100.000

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Para fins de tomada de decisão, o gerente da empresa identificou os centros
de custos A e B, sendo o primeiro relacionado com o número de unidades e o
segundo, com o número de pedidos. Após levantamento da distribuição dos
custos indiretos pelas atividades, foi elaborada a seguinte tabela, que relaciona
os recursos consumidos aos centros de custos.
A B
Custos indiretos de fabricação ..............70% 30%
Custos indiretos de vendas ...................45% 55%
Custos indiretos administrativos ...........20% 80%

Considerando essas informações, assinale a opção correta.


a) O custo indireto por pedido atribuído ao centro de custo A, no período, é
igual a R$ 265,00.
b) No primeiro estágio de alocação dos custos indiretos, atribui-se valor inferior
a R$ 450.000,00 ao centro de custo A.
c) No primeiro estágio de alocação dos custos indiretos, atribui-se valor total de
R$ 290.000,00 ao centro de custo B.
d) A taxa de atividade do centro de custo B, no período, é igual a R$ 3.700,00.

(12º) FUNRIO - Analista do Seguro Social/Ciências Contábeis/2013


O método de custeio que consiste em ratear aos produtos todos os gastos da
empresa – não só os custos, mas também despesas comerciais,
administrativas e até mesmo despesas financeiras – denomina-se:
a) custeio fiscal.
b) ABC.
c) RKW.
d) TED.

(13º) IBFC - Contador (CM Feira de Santana)/2018


A Empresa Comercial de Alimentos Equilibrium Ltda controla os seus estoques
pelo método PEPS (Primeiro Entrar, Primeiro Sair). No mês de março realizou
as seguintes transações:

01/03 – Compra de mercadoria para revenda, 100 unidades a R$ 1,00 cada.


05/03 – Compra de mercadoria para revenda, 200 unidades a R$ 0,90 cada.
10/03 – Venda 150 unidades de mercadorias a R$ 1,50 cada.
15/03 – Venda de 50 unidades de mercadorias a R$ 2,00 cada.
20/03 – Compra de mercadoria para revenda, 250 unidades a R$ 1,10 cada.

Sabendo-se que não haviam estoques iniciais e a alíquota de ICMS sobre


compra e venda é de 18%, assinale a alternativa que apresenta o saldo final
total de mercadorias em unidades e Reais, respectivamente.
a) 350 unidades, R$ 299,30
b) 350 unidades, R$ 365,00
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c) 350 unidades, R$ 375,00
d) 250 unidades, R$ 275,00

(14º) FGV - Assistente de Saneamento e Gestão (COMPESA)/Técnico em


Contabilidade/2018
Uma loja, que vende apenas um tipo de estojo, possui um contrato com seu
fornecedor, segundo o qual, ela não precisa pagar o frete, caso a compra seja
de uma quantidade superior a 30 unidades. Se a compra é de até 30 unidades,
o frete é fixo, no valor de R$ 100.

Em 01/06/2018, o estoque da loja era formado por dez unidades de estojo e


estava avaliado em R$ 130.

No mês de junho aconteceram as seguintes operações:


Compra de 20 unidades, por R$ 14 cada.
Venda de 15 unidades, por R$ 40 cada.
Compra de 35 unidades, por R$ 22 cada.
Venda de 20 unidades, por R$ 42 cada.

Assinale a opção que indica o lucro bruto da loja, em 30/06/2018, considerando


que ela utiliza, para avaliar seus estoques, o método do custo médio
ponderado móvel.
a) R$ 665,00.
b) R$ 722,50.
c) R$ 735,00.
d) R$ 775,00.

(15º) CS UFG - Analista (SANEAGO)/Gestão/Contador/2018


Em um sistema de custeamento por processo, todos os custos de um período
de tempo, como um mês, são coletados sem nenhuma tentativa de atribuir
esses custos à:
a) análise de inventário.
b) mensuração do resultado.
c) produção fisicamente identificável.
d) unidades específicas de produtos.

(16º) FGV - Técnico da Defensoria Pública (DPE RO)/Técnico em


Contabilidade/2015
Na contabilidade de custos, a departamentalização contribui para totalização
dos gastos de produção por unidade fabricada. Utilizando essa estratégia para
estimar o custo de seus estoques, uma indústria:
a) aloca os custos diretos por meio de critérios menos arbitrários;
b) aloca a despesa com pessoal administrativo fazendo um rateio com base
nas horas de trabalho de cada equipe de produção;
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c) estima a alocação dos custos indiretos por meio de critérios menos
subjetivos;
d) estima a alocação dos custos diretos com base no consumo de energia
elétrica dos equipamentos utilizados na produção.

(17º) CESGRANRIO - Profissional Júnior (BR)/Ciências Contábeis/2015


Uma indústria fechou uma encomenda de longo prazo de execução, com a
produção por ordem, firmando a estimativa de preço de R$ 2.800.000,00 com
uma estimativa de custos de R$ 1.820.000,00.

No primeiro ano, os custos da produção, anotados na ordem, alcançaram R$


455.000,00, e a empresa recebeu do contratante o valor de R$ 750.000,00.

Considerando somente as informações recebidas e adotando o método da


proporcionalidade do custo, a receita dessa ordem contabilizada pela empresa,
em reais, é:
a) 50.000,00
b) 455.000,00
c) 487.500,00
d) 700.000,00

(18º) FGV - Técnico de Nível Superior (Pref Salvador)/Administração/2017


Com relação ao método de gestão de custos denominado Custeio Variável,
assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) É um método de custeio utilizado para fins gerenciais, não sendo admitido o


seu uso para efeito contábil e fiscal.
( ) Os custos fixos são tratados como custos do período e não como custos do
produto, sendo alocados ao DRE.
( ) A desvantagem do método é que não permite à empresa conhecer a
margem de contribuição dos seus produtos.

As afirmativas são, respectivamente,


a) F – V – F.
b) F – V – V.
c) V – F – F.
d) V – V – F.

(19º) CS UFG - Contador (UFG)/2017


Uma determinada empresa, em seu processo produtivo, apresenta as
informações que seguem: produção mensal, 25.000 unidades; vendas
mensais, 20.000 unidades; custos diretos por unidade, R$ 6,00; custos
indiretos por período, R$ 80.000,00; despesas incorridas no período, R$
25.000,00; e preço de venda unitário, R$ 10,00.
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Considerando essas informações, o resultado do período, com o custo dos
produtos calculado pelo custeio por absorção, é um:
a) prejuízo de R$ 9.000,00.
b) lucro de R$ 16.000,00.
c) prejuízo de R$ 25.000,00.
d) prejuízo de R$ 55.000,00.

(20º) CESPE - Perito Criminal (PCie PE)/Área 8/Ciências Contábeis/2016


Em abril de 2016, uma empresa realizou os seguintes gastos para a produção
de seu principal produto:

• matéria-prima: R$ 25 por unidade;


• embalagens: R$ 5 por unidade;
• mão de obra direta: R$ 40 por unidade;
• custos indiretos fixos totais de abril de 2016: R$ 90.000;
• custos indiretos variáveis totais de abril de 2016: R$ 10.000.

Considerando a inexistência de estoques de períodos anteriores e que a


empresa produziu, em abril de 2016, 5.000 unidades totalmente acabadas do
referido produto, os valores do custo unitário de produção de abril de 2016
calculados de acordo com o método do custeio por absorção e com o método
do custeio variável são, respectivamente:
a) R$ 88 e R$ 32.
b) R$ 90 e R$ 32.
c) R$ 90 e R$ 72.
d) R$ 20 e R$ 70.

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GABARITO

1. B 13. A
2. A 14. D
3. B 15. D
4. A 16. C
5. A 17. D
6. B 18. D
7. C 19. A
8. C 20. D
9. D
10. D
11. D
12. C

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REFERÊNCIAS

http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/sistemacustos.htm
http://rtcbrasil.com/controle-de-estoque-conheca-as-tecnicas-peps-e-ueps/
http://interno.totvs.com/mktfiles/tdiportais/helponlineprotheus/p12/portuguese/ct
ba270_meodos_de_rateio.htm
https://fretecomlucro.com/rateio-de-custos/
http://www.portaldeauditoria.com.br/tematica/contabilidade-gerencial_sistema-
acumulacao-custos.htm
Eliseu Martins, ‘Contabilidade de Custos”, 10ª Edição
GALLORO & ASSOCIADOS AUDITORES INDEPENDENTES. Introdução à
contabilidade de custos. In: CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO
ESTADO DE SÃO PAULO (org.). Curso sobre contabilidade de custos. São
Paulo: Atlas, 1992.
HORNGREN, Charles T.; Foster, George; DATAR, Srikant M. Contabilidade de
custos. Rio de Janeiro: LTC, 1997.
HANSEN, Don R.; MOWEN, Maryanne M. Gestão de custos: contabilidade e
controle. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.

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