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Curso 115474 Aula 05 v1 PDF
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Aula 05
Distribuição e transporte.
Sumário
1. Palavras Iniciais. .......................................................................................................... 2
2. Mapa da mina ............................................................................................................. 3
3. Distribuição de produtos ............................................................................................. 4
3.1. Custos de transporte ............................................................................................................... 4
3.2. Incoterms ................................................................................................................................. 5
3.3. Tipos de carga ......................................................................................................................... 8
4. Modais de transporte................................................................................................ 10
1202703
4.1. Vias, terminais e veículos ...................................................................................................... 10
4.2. Modais de transporte: Transporte rodoviário ...................................................................... 12
4.3. Modais de transporte: Transporte ferroviário ...................................................................... 14
4.4. Modais de transporte: Transporte aeroviário (aéreo) .......................................................... 17
4.5. Modais de transporte: Transporte aquaviário ...................................................................... 18
4.6. Modais de transporte: Transporte dutoviário ...................................................................... 21
4.7. Modais de transporte: Transporte intermodal e multimodal ............................................... 22
4.8. Escolha do modal de transporte apropriado ........................................................................ 23
4.9. Manutenção da frota ............................................................................................................ 25
5. Depósitos e distribuição ............................................................................................ 27
6. Questões comentadas ............................................................................................... 29
7. Lista de questões ...................................................................................................... 37
8. Gabarito .................................................................................................................... 42
9. Bibliografia Principal ................................................................................................. 42
1. PALAVRAS INICIAIS.
Oi!
Hoje estudaremos a distribuição e o transporte de produtos entre uma empresa vendedora e seus
clientes.
O assunto é bastante prático, por isso tente entender desta forma para ter sucesso na prova.
Abraço!
Prof. Carlos Xavier
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2. MAPA DA MINA
O estudo do conteúdo de distribuição e transporte é concentrado naquilo que mais cai: os modais.
Veja você:
Distribuição e Transporte
5% 5%
- modais
11%
Distribuição e Transporte
63% - incoterms
16%
Distribuição e Transporte
- visão ampla
Distribuição e Transporte
- atividades
Distribuição e Transporte
- tipos de carga
Apesar disso, veja também que vale a pena memorizar os INCOTERMS: por mais que o assunto
seja super curto, sua incidência é relativamente alta.
Abraço!
Prof. Carlos Xavier
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3. DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS
Distribuição é a movimentação de materiais de uma origem para um destinatário. Há autores que
dividem em distribuição interna (movimentação de materiais na organização) e externa
(movimentação de uma organização para outra).
Apesar dessa possibilidade de divisão teórica, a partir de agora estudaremos a distribuição física e
o transporte de mercadorias a partir do depósito de produto acabado em direção ao cliente final,
inclusive utilizando-se de centros de distribuição intermediários. Neste sentido, o termo
“distribuição” passa a ter uma ascepção de transporte de materiais da organização para seus
clientes externos.
Para estudar esse tema é preciso saber, antes de tudo, que a distribuição física é um sistema
integrado por diferentes modais de transporte, que tem como objetivo atender os clientes no nível
de serviço desejado, ao mesmo tempo em que mantém os custos de distribuição reduzidos.
==125a0f==
Vamos avançar com a compreensão dos custos fixos e variáveis de transporte, para depois
seguirmos nossa análise mais aprofundada da distribuição.
Agora que você já entendeu a existência de diferentes naturezas de custos, precisa entender
também que custos, seguro e riscos podem ser mais fortemente atribuídos à empresa vendedora
ou à compradora, de acordo com as regras de negociação estabelecidas (os Incoterms).
3.2. INCOTERMS
Quando a organização negocia com seus clientes a entrega de produtos, é comum que as
condições de preço, frete e seguro sejam preestabelecidas contratualmente. Normalmente, tais
condições assumem as diferentes vertentes, estabelecidas por Incoterms (International
Commercial terms) – termos internacionais de negociação padronizados. Trata-se de uma
nomenclatura oriunda do comércio exterior, mas muito utilizada nos dias de hoje pelos mais
diversos profissionais da área de logística e distribuição, sendo também importante para
concursos públicos.
Os incoterms incluem1 os vários relacionados abaixo. Recomendo especial atenção ao EXW, FOB,
CFR, CIF e FAS:
Grupo E
EXW - Ex Works2 - a mercadoria é entregue no estabelecimento do vendedor, em local designado. O
comprador recebe a mercadoria no local de produção (fábrica, plantação, mina, armazém), na data
combinada; todas as despesas e riscos cabem ao comprador, desde a retirada no local designado até o destino
final; são mínimas as obrigações e responsabilidade do vendedor.
Grupo F
FCA - Free Carrier - Franco Transportador ou Livre Transportador. A obrigação do vendedor termina ao
entregar a mercadoria, desembaraçada para a exportação, à custódia do transportador nomeado pelo
comprador, no local designado; o desembaraço aduaneiro é encargo do vendedor.
1
Retirado da lista das características essenciais dos Incoterms compilada pelo Banco do Brasil.
Disponível em: <https://www.bb.com.br/docs/pub/dicex/dwn/IncotermsRevised.pdf> Acesso em:
13/11/2018
2
Atenção: Outros nomes específicos também indicam o EXW, tais como ex-factory (ex-fábrica), ex-
mine (ex-mina), ex-plantation (ex-plantação), ex-warehouse (ex-armazém) etc., sendo o prefixo “ex”
utilizado desta forma denominação do local de entrega da mercadoria na origem do vendedor (fábrica,
mina, etc.).
FAS - Free Alongside Ship - Livre no Costado do Navio. A obrigação do vendedor é colocar a mercadoria ao
lado do costado do navio no cais do porto de embarque designado ou em embarcações de transbordo. Com o
advento do Incoterms 2000, o desembaraço da mercadoria passa a ser de responsabilidade do vendedor, ao
contrário da versão anterior quando era de responsabilidade do comprador.
FOB - Free on Board - Livre a Bordo do Navio. O vendedor, sob sua conta e risco, deve colocar a mercadoria a
bordo do navio indicado pelo comprador, no porto de embarque designado. Compete ao vendedor atender as
formalidades de exportação; esta fórmula é a mais usada nas exportações brasileiras por via marítima ou
aquaviário doméstico. A utilização da cláusula FCA será empregada, no caso de utilizar o transporte
rodoviário, ferroviário ou aéreo.
Grupo C
CFR - Cost and Freight - Custo e Frete. As despesas decorrentes da colocação da mercadoria a bordo do navio,
o frete até o porto de destino designado e as formalidades de exportação correm por conta do vendedor; os
riscos e danos da mercadoria, a partir do momento em que é colocada a bordo do navio, no porto de
embarque, são de responsabilidade do comprador, que deverá contratar e pagar o seguro e os gastos com o
desembarque. Este termo pode ser utilizado somente para transporte marítimo ou transporte fluvial
doméstico. Será utilizado o termo CPT quando o meio de transporte for rodoviário, ferroviário ou aéreo.
CIF - Cost, Insurance and Freight - Custo, Seguro e Frete. Cláusula universalmente utilizada em que todas
despesas, inclusive seguro marítimo e frete, até a chegada da mercadoria no porto de destino designado
correm por conta do vendedor; todos os riscos, desde o momento que transpõe a amurada do navio, no porto
de embarque, são de responsabilidade do comprador; o comprador recebe a mercadoria no porto de destino e
arca com todas despesas, tais como, desembarque, impostos, taxas, direitos aduaneiros. Esta modalidade
somente pode ser utilizada para transporte marítimo. Deverá ser utilizado o termo CIP para os casos de
transporte rodoviário, ferroviário ou aéreo.
CPT - Carriage Paid To - Transporte Pago Até. O vendedor paga o frete até o local do destino indicado; o
comprador assume o ônus dos riscos por perdas e danos, a partir do momento em que a transportadora
assume a custódia das mercadorias. Este termo pode ser utilizado independentemente da forma de transporte,
inclusive multimodal.
CIP - Carriage and Insurance Paid to - Transporte e Seguro Pagos até. O frete é pago pelo vendedor até o
destino convencionado; as responsabilidades são as mesmas indicadas na CPT, acrescidas do pagamento de
seguro até o destino; os riscos e danos passam para a responsabilidade do comprador no momento em que o
transportador assume a custódia das mercadorias. Este termo pode ser utilizado independentemente da forma
de transporte, inclusive multimodal.
Grupo D
DAF - Delivered At Frontier - Entregue na Fronteira. A entrega da mercadoria é feita em um ponto antes da
fronteira alfandegária com o país limítrofe desembaraçada para exportação, porém não desembaraçada para
importação; a partir desse ponto, a responsabilidade por despesas, perdas e danos é do comprador.
DES - Delivered Ex-Ship - Entregue no Navio. O vendedor coloca a mercadoria, não desembaraçada, a bordo
do navio, no porto de destino designado, à disposição do comprador; até chegar ao destino, a
responsabilidade por perdas e danos é do vendedor. Este termo somente pode ser utilizado quando tratar-se
de transporte marítimo.
DEQ - Delivered Ex-Quay - Entregue no Cais. O vendedor entrega a mercadoria não desembaraçada ao
comprador, no porto de destino designado; a responsabilidade pelas despesas de entrega das mercadorias ao
porto de destino e desembarque no cais é do vendedor. Este Incoterm prevê que é de responsabilidade do
comprador o desembaraço das mercadorias para importação e o pagamento de todas as formalidades,
impostos, taxas e outras despesas relativas à importação, ao contrário dos Incoterms 1990.
DDU - Delivered Duty Unpaid - Entregues Direitos Não-pagos. Consiste na entrega de mercadorias dentro do
país do comprador, descarregadas; os riscos e despesas até a entrega da mercadoria correm por conta do
(IPHAN/Auxiliar – Área 4) O preço FOB (free on board) inclui as despesas de carga, transporte
e seguro do insumo.
Comentário:
Ao contrário do afirmado, o preço FOB não inclui carga, transporte ou seguro. Trata-se do
preço da mercadoria entregue a bordo do navio.
GABARITO: Errado.
Outro ponto importante que precisamos conhecer para montarmos a nossa compreensão dos
mais diversos termos de adminiistração de materiais são os tipos de carga.
Neste sentido, Viana (2013, p. 364) afirma que os produtos da empresa, para efeitos de
transporte, podem ser classificados em:
a. Carga geral: a carga geral deve ser consolidada para materiais com peso individual de até 4t.
b. Carga a granel, líquida e sólida.
c. Carga semi-especial: trata-se de materiais com dimensões e peso que exigem licença especial, porém
no gabarito que permite tráfego em qualquer estrada.
d. Carga especial: trata-se de uma variável da definição anterior, com a ressalva de que seu tráfego exige
estudo de rota, para avaliar a largura das obras de arte e a capacidade das pontes e viadutos.
e. Carga perigosa: os produtos classificados como perigosos englobam mais de 3.000 itens, estando
codificados em nove classes, de acordo com norma internacional.
Agora que já fomos introduzidos no tema, vamos estudar os principais modais de transporte de
cargas ao longo das próximas páginas.
4. MODAIS DE TRANSPORTE
O transporte é o elemento essencial para a distribuição de produtos da empresa para os seus
clientes. Trata-se, como regra geral, da atividade mais cara ligada à distribuição, sendo comum que
os custos de transporte representem mais de 50% dos custos totais de distribuição. Além disso,
sem um transporte de qualidade, a mercadoria pode chegar atrasada ou danificada ao cliente, não
servindo mais para o uso. Assim, percebe-se que planejar, executar e controlar o transporte são
atividades fundamentais para que os custos da organização sejam reduzidos, ao mesmo tempo em
que o nível de serviço de atendimento ao cliente é satisfeito.
Para cada carga transportada será emitido um Conhecimento de Carga correspondente.
Atualmente, é comum a substituição dos tradicionais Conhecimentos de Carga impressos por um
Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), nos termos estabelecidos pelo Conselho Nacional
de Política Fazendária (CONFAZ) pelo Ajuste SINIEF n. 09/2007.
Antes de seguir em frente com a compreensão de cada modal de transporte específico, vamos
entender claramente o que são e quais os papeis das vias, terminais e veículos, já que eles são
parte integrante de cada modal, que estudaremos na sequência.
Antes de discutirmos os diferentes modais de transporte, é pertinente que tenhamos clareza sobre
o que são as vias, os terminais e os veículos utilizados no transporte de mercadorias, para que a
compreensão dos modais não fique prejudicada.
As vias são os caminhos utilizados para o transporte de
um material, incluindo rodovias, ferrovias, aerovias,
dutovias e hidrovias. Algumas vias são de propriedade
privada, outras são de propriedade pública. Algumas
delas requerem investimentos em infraestrutura de
leito para transporte (como o asfalto em uma rodovia;
os dutos para transporte por tubulação; ou os
caminhos de ferro em uma ferrovia), enquanto outras
requerem infraestrutura de operação e controle (como
as aerovias, que requerem torres de comando e
radares de operação), e outras são fornecidas pela própria natureza (por exemplo, via marítima
natural). É comum que as transportadoras paguem algum tipo de custo pelo uso de vias que
requerem infraestrutura que não lhes pertence, como taxas e matrículas de caminhões, tarifas de
pedágio, tarifas de uso do caminho de ferro, tarifas pela operação de transporte aéreo, etc.
Cada um desses elementos (vias, terminais e veículos) parece isolado um do outro, mas não são!
Eles são totalmente integrados na prática, em um transporte que é tido como multimodal
(estudaremos mais sobre isso a seguir). Desde já, pense num exemplo: a organização pode, por
exemplo, mandar uma carga de caminhão (veículo, sobre uma via - rodovia) da sua fábrica até um
centro de distribuição (terminal) , onde a carga é separada para ser enviada a diferentes clientes.
Uma dessas partes pode seguir em um caminhão menor (veículo, sobre uma via - rodovia) até um
aeroporto (terminal de carga), que providenciará o carregamento em um avião (veículo, via aérea)
para transporte até outra cidade. O avião (veículo), ao pousar, utilizará outro terminal de cargas
aeroportuário (terminal) para enviar os produtos para um novo terminal de distribuição (terminal),
por caminhão (veículo, via terrestre). Lá (no terminal), a carga será separada em pacotes menores
para ser entregue por veículo local (veículo, via terrestre) para os diversos clientes.
Principais Principais
Características principais – modal rodoviário
vantagens desvantagens
Note que, apesar de tudo isso, cargas pequenas, com diversas origens e destinos são inviáveis para
o transporte ferroviário, uma vez que o caminho de ferro é fixo e as cargas precisam ser
carregadas e descarregadas em terminais que estão localizados em pontos muito específicos da
infraestrutura ferroviárias. O transporte ferroviário é mais apropriado para transporte de cargas
de maior volume e peso, mas cujo prazo de entrega não seja fator preponderante, já que a
necessidade de transbordos, rotas fixas e velocidade dos trens diminuem a agilidade da entrega. O
documento que acompanha a carga é o Conhecimento Ferroviário de Transporte de Cargas (CFTC)
No Brasil, o transporte ferroviário é regulado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT).
Principais Principais
Características principais – modal ferroviário
vantagens desvantagens
Baixa flexibilidade
Vias: ferrovias, geralmente públicas ou e agilidade;
concessionadas;
Custo de frete baixo Velocidade lenta
Veículos: comboios compostos por locomotivas (a para cargas grandes (prazo não deve
diesel, vapor ou elétricas) e vagões. Normalmente e pesadas, onde o ser determinante;
da operadora da concessão ferroviária; tempo de entrega Grande
Terminais: terminais de carga ferroviária, privados, não é um fator necessidade de
públicos ou concedidos pelo poder público. determinante; transbordo;
Custos: custo fixo de instalação das ferrovias Alta confiabilidade; Necessidade de
extremamente elevado (geralmente público ou de Flexibilidade quanto muito tráfego
operadores exclusivos). Custo fixo muito elevado aos tipos de para viabilizar
para compra/arrendamento das locomotivas e mercadoria uma nova
vagões. Custos variáveis baixos para operações de transportada. ferrovia;
transporte de carga.
Necessidade de
Tipos de carga comuns: cargas volumosas, elevada
pesadas, e com baixa urgência de entrega. quantidade de
Agência reguladora: ANTT carga para saída
de um trem.
No Brasil, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) é responsável pela regulação do setor aéreo.
Além disso, a infraestrutura aeroportuária é operada, em grande parte, pela INFRAERO e por
empresas concessionárias operadoras de terminais aeroportuários.
Apresento, a seguir, um quadro-resumo com os principais elementos deste modal:
Principais Principais
Características principais – modal aeroviário
vantagens desvantagens
Se, na prova, aparecer a definição de que a navegação de cabotagem é a que ocorre entre portos
do mesmo país e a de longo curso é a que ocorre entre portos de países diferentes, aceite. Apesar
de imprecisa, essa definição é uma confusão comum no estudo da logística de distribuição.
Importante destacar ainda que, no Brasil, a agência reguladora para os transportes aquaviários é a
ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).
Apresento, a seguir, um quadro-resumo com os principais elementos deste modal:
Principais Principais
Características principais – modal aquaviário
vantagens desvantagens
Principais Principais
Características principais – modal dutoviário
vantagens desvantagens
instalação de dutos.
Tipos de carga comuns: gás, petróleo e produtos
refinados em grandes quantidades; água; minérios.
Agência reguladora: ANTT
O transporte intermodal é aquele que se utiliza de mais de um modal para completar o seu trajeto
de entrega. No caso do transporte intermodal, faz-se necessária a emissão de documentos de
carga para cada modal em separado.
Transporte multimodal, por sua vez, também utiliza mais de um modal para completar o trajeto
de entrega, mas ele possui uma diferença central em relação ao transporte intermodal: o
transporte multimodal é acompanhado por um único contrato e conhecimento de carga.
É comum, por exemplo, que as cargas para exportação saiam dos pátios das fábricas em
caminhões (ou em comboios ferroviários, embarcados em terminal próprio), que chegam até o
terminal portuário e são transpostas para um navio de carga. O navio, ao chegar ao porto de
destino, terá o container descarregado e, muitas vezes, colocado sobre um caminhão para chegar
até o seu destino. É comum que um transporte como esse seja regido por um único contrato,
desde a origem até o seu destino, uma vez que os pontos de conexão entre os modais gerariam
uma dificuldade enorme de serem gerenciados de forma isolada um do outro. O conhecimento de
carga utilizado nesse caso é chamado de CTMC (conhecimento de transporte multimodal de carga)
Comentário:
O transporte em mais de um tipo de modal, mas que possui conhecimentos de carga
separados para cada um, é o transporte intermodal. Caso fosse apenas um conhecimento de
carga para todos os modais, tomados em conjunto, estaríamos falando do transporte
multimodal.
GABARITO: A.
1. Fator tempo: cada modalidade de transporte apresenta uma velocidade comercial diferente em função de
suas próprias características, exigindo muitas vezes esperas em interconexões, transbordos em terminais,
etc.
2. Fator financeiro: cada modalidade tem o seu frete, os custos de manuseio e perdas do material. O fator
financeiro varia conforme o valor monetário da mercadoria.
3. Fator manuseio: cada modalidade exige determinadas operações de carga e descarga nos pontos de
expedição, transbordo e recepção. A embalagem da mercadoria permite facilitar o manuseio, reduzir
perdas e baratear os custos.
4. Fator rotas de viagens: cada modalidade exige maior ou menor número de viagens para transportar uma
mesma mercadoria. A empresa pode adotar o transporte intermodal sempre que os custos de transportes
possam ser racionalizados.
Com base nesses fatores, cada organização deve fazer uma análise criteriosa dos ganhos e perdas
em usar cada modal para transportar sua mercadoria.
Além disso, outra decisão importante da organização em relação à distribuição é a escolha sobre
contratar uma transportadora ou fazer o transporte com frota própria.
Mais uma vez, é preciso recorrer à racionalidade e fazer uma análise dos custos de manter uma
frota própria x ganhos financeiros e de agilidade em não precisar contratar uma transportadora e
depender de sua disponibilidade. Cada organização, em cada cenário distinto, chegará a uma
conclusão que lhe seja apropriada.
pneumático), verificação da folga dos pedais e freios, teste de luzes de freio, placa, faróis,
pisca, etc., verificação da fixação da bateria, verificação dos instrumentos do painel,
verificação de vazamentos e níveis de óleo e água, etc.
• Manutenção preventiva: são as manutenções conduzidas periodicamente com o objetivo de
evitar a ocorrência de problemas e quebra do veículo. Incluem, por exemplo, as revisões
previstas no manual do veículo.
• Manutenção corretiva: é o processo de manutenção conduzido sempre que o veículo
apresentar falha ou defeito, conforme observado no diário de bordo do motorista e seus
relatos.
5. DEPÓSITOS E DISTRIBUIÇÃO
Apesar de muitas empresas buscarem, hoje em dia, a inexistência de estoques por meio de
sistemas Just in time (JIT), os armazéns continuam a existir tanto na organização quanto fora dela,
com o objetivo de atender às demandas dos usuários no momento necessário, sem perda de nível
de serviço.
Alguns pontos específicos da prática de armazenagem são especialmente importantes e
pertinentes (MARTINS; ALT, 2009, p.409-411) quando do estudo da logística de distribuição física
de materiais, conforme estudaremos a seguir.
Na entrega descentralizada, temos as atividades de armazenagem realizando a separação de
produtos para o cliente na própria fábrica (“empresa”), carregando o veículo com o mix de
produtos específico, já triado, para entrega a cada cliente específico, não havendo nenhuma
necessidade de operações intermediárias de armazenagem.
Em alguns casos, a organização precisa de um centro de distribuição, seja para manutenção de um
estoque intermediário, seja para realização de operações de separação e cross-docking.
Cross-docking é a operação por meio da qual uma mercadoria não é estocada no centro de
distribuição intermediário, sendo preparada e carregada em novo veículo assim que for recebida.
É comum, por exemplo, que um caminhão entre no centro de distribuição e sua carga seja
redistribuída imediatamente para outros caminhões direcionados à entrega final ao cliente.
Na entrega centralizada, por sua vez, temos a existência de três subtipos distintos:
• Entrega centralizada com estoque no centro de distribuição: neste caso, o material é
separado na fábrica em um mix específico para compor os estoques do centro de
distribuição, sendo para ele transportado. Ao chegar lá, o material é estocado até que
surjam necessidades de atendimento dos pedidos de clientes. Quando isto acontece, o
material é separado por cliente (no centro de distribuição) e o transporte é realizado para
entrega.
• Entrega centralizada com cross docking simples no centro de distribuição: neste caso, a
entrega é muito parecida com a anterior, com a principal diferença de que os produtos
enviados pela fábrica para o centro de distribuição não entram no estoque do centro de
6. QUESTÕES COMENTADAS
GABARITO: D.
4. Fator rotas de viagens: cada modalidade exige maior ou menor número de viagens para transportar uma
mesma mercadoria. A empresa pode adotar o transporte intermodal sempre que os custos de transportes
possam ser racionalizados.
Como o fator mencionado pela questão é um dos fatores principais que influenciam na escolha do
modal apropriado, a mesma está correta.
GABARITO: Certo.
7. LISTA DE QUESTÕES
8. GABARITO
1. E 5. D 9. C 13. E 17. D
2. E 6. E 10. C 14. B 18. B
3. D 7. E 11. E 15. D 19. A
4. A 8. E 12. C 16. E
9. BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL
ARNOLD, J. R. Tony. Administração de Materiais: uma introdução. São Paulo: Editora Atlas, 2015.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração de Materiais: uma abordagem introdutória. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2005.
DIAS, Marco A. P. Administração de Materiais: uma abordagem logística. 6ª Ed. São Paulo: atlas,
2015.
DIAS, Marco A. P. Administração de Materiais: princípios, conceitos, gestão. 6ª Ed. São Paulo:
Atlas, 2014.
GONÇALVES, Paulo S. Administração de Materiais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
MARTINS, Petrônio G. Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais. 3ª Ed. Revista e
atualizada. São Paulo: Saraiva, 2009.
PRADO, Luiz A. F. BRANDALIZE, A. Administração de Transporte: o grande diferencial logístico.
Revista Ciências Empresariais, Ano II, n. 3 ago/dez, 2008.