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Olá estropícia. Espero que estejas a gostar do teu dia de anos.

Sei que isto pode


parecer pouco mas eu esforcei-me. O que conta é a intenção, não é verdade? Tudo começou à
14 anos, pelo menos que eu me lembre, numa cama de hospital, onde eu tinha acabado de
nascer. Digamos que fui muito bem recebida, mesmo que achasses que 3 era o melhor
número. Durante os anos seguintes, sofreste bastante com a minha diabrice. Devias ter ido
trabalhar para aqueles serviços de 24 horas, pois já estavas habituada a esse esforço (ou até a
mais). Acho que as coisas que eu mais me lembro foram as tuas chantagens, os teus ralhetes e
principalmente a tua astúcia para ganhar dinheiro à custa da minha inocência. Que bons
tempos, não é verdade? Isto tudo também para lembrar dos apertões quase fatais que me
davas de vez em quando, às quais se eu não aceitasse me privavas do computador, o meu
precioso objeto ao fim de semana. Ou quando jogávamos as duas Sims 2, quando tínhamos o
nosso clube do papel higiénico…Pronto, já chega. Avançando no tempo mais uns anitos, temos
os teus conselhos na minha educação, as piadas secas ou os ataques engraçados de stress.

Já nem percebo o quão rápido o tempo passa. Mesmo agora, às vezes parece que
ainda és aquela menina da escola secundária, mas na verdade já estás no terceiro ano de
medicina. Agora vai ser lamechas, prepara-te. Às vezes meto-me a pensar que devo passar
mais tempo contigo, já que és a mais próxima de mim neste momento. És a melhor
conselheira do mundo, a melhor companheira de banhos, a melhor “fala aqui da companhia
anti-conflitos parentais, em que é que posso ajudar?”,….Asseguro-te que não podia pedir
melhor neste mundo. Às vezes parece que te respondo mal, ou que estou sempre contra ti,
mas na verdade é a minha insegurança a falar mais alto. Sempre me orgulhei de ser tua “sis” e
sei que não vais trair a minha confiança e eu espero não trair a tua. Temos as duas deveres
para com a outra e, sinceramente, acho que até agora os temos cumprido da melhor forma. Às
vezes com umas falhazitas sem jeito nenhum, mas acontece.

Espero bem que aproveites os 21 anos. Mais um sinal de que ainda me vais ensinar
muitas coisas ao longo da vida. E quero que saibas que eu também estou sempre cá pra ti,
mesmo que não tenha experiência no assunto. Às vezes só um ombro amigo já ajuda.

Vive a vida. Aproveita que hoje em dia tudo passa rápido e olhamos para uns anos
atrás a pensar que foi ontem. Nunca deixes de ser a Rita que eu conheço. E, apesar de todas as
dificuldades, não te leves a baixo, mantém-te sempre firme a ti mesma e ao que te faz feliz.

Espero que tenhas gostado deste discurso lamechas. E até daqui a um ano para mais
memórias passadas. Bejinhos da tua irmã favorita, a única. Lub you vewy muche <3.

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