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2ª FASE DO EXAME DA OAB - DIREITO PENAL

Aula 04: Outros princípios de Processo Penal

Alexandre Zamboni

COMPLEXO DE ENSINO RENATO SARAIVA.


- Princípio da igualdade processual ou da paridade de armas (par
conditio): significa dizer que as partes, como regra, devem ter as mesmas
oportunidades de atuação processual e devem ser tratadas de forma
igualitária, na medida das suas igualdades.

Cuidado:

No processo PENAL, o MP e a Defensoria Pública possuem algum benefício


de prazo?

MP: NÃO. Em matéria penal, o Ministério Público não goza da prerrogativa da


contagem dos prazos recursais em dobro (STJ, Info 533).

Defensoria Pública: SIM. Também em matéria penal, são contados em dobro


todos os prazos da Defensoria Pública (STJ. AgRg no AgRg no HC 146.823,
julgado em 03/09/2013).
- Princípio da imparcialidade do juiz: corresponde ao
devido distanciamento do julgador em relação aos fatos
que deve apreciar. Sob esta perspectiva, o julgador não
apenas pode, mas deve ser imparcial. Se houver uma
aproximação indevida entre o julgador e os fatos postos
à sua apreciação ou com as partes envolvidas, haverá,
fatalmente, a ocorrência de uma das hipóteses de
suspeição (art. 254, CPP) ou impedimento (art. 252,
CPP).
- Princípio da não autoincriminação (nemo tenetur
se detegere): ninguém é obrigado a produzir ou a
ajudar que se produza prova contra si mesmo.
- Princípio da vedação às provas ilícitas: prova ilícita
é aquela que viola a norma (princípios e regras)
constitucional e a norma infraconstitucional. A sua
utilização é proibida constitucionalmente (art. 5°, LVI,
CF). Além disso, são inadmissíveis as provas derivadas
das ilícitas (art. 157, CPP), pois o CPP adota a teoria
dos frutos da árvore envenenada (artigo 157 do CPP). A
jurisprudência do STF, todavia, admite a utilização
das provas ilícitas em benefício do réu.

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