Você está na página 1de 271
OS renee SM es a etc en a) Te a eee eee er WAU eam ea eA ee oe Be ee eee ee Ren oe eee ee ad Oe ete eee Ce Eee eee eee eta ce ete ee ee eee al Oieeet nee ee eR ee busca do mental altera-se na distancia que separa autores como J. Fodor e D. Dennett de autores como D. Davidson e J. McDowell ees eens Nes gE ier ee ae ences Cee ac RE een eRe deo es mais préximos da ciéncia cognitiva chegando a outros que m: een eer eat Cece cece Ries ye On aa) da Faculdade de Letras da Universidade do Porto ¢ Investigadora do etek ie ag c are enema ge) Lene eee eu ase uae Perea ee reno cc ma On Bre eke Giese ME Re Mae ec Roe Ra} Cee re eee er eee Ce een aT ec wt eae eM celel) (2007), além de numerosos artigos. eee eee ‘SNANDIW VIS0S Cece SUE cer uc icc eect SOFIA MIGUENS Sera que a minha mente esta dentro da minha cabeca? Da ciéncia cognitiva a filosofia Sera que a minha mente esta dentro da minha cabeca? SERA QUE. A MINHA SIENTE ESTA DENTKO DA MINKA CABECA? Da CIENCIA COGNITIVA A FILOSOFIA ~ ENSAIOS ‘Auton: Sofia Miguens Capa Campo das Letras om iusieagao de Marvels Teles e Manvel Grania> © CAMPO DAS LETRAS ~ Eatoees, S.A. 2008 Eifeio Mena Galea Rua iho Dinis, 247-68 E 1 4950-324 Post Telef: 22.60 80 870 Fax: 22 60 80 S80 E-mail: campo letas@mall‘elepac pt Site srw camporetts pe Impressio: Papelmunde~ Famalicio 1 edi: Dezemeo de 2008, Deposit Fel n® 289244/00 ISBN ~ 975.989.625.337 Coleego: Campo da Flesofa ~ 31 Csigo do veo 144.031, Sofia Miguens Serd que a minha mente est dentro da minha cabega? Da ciéncia cognitiva a filosofia Ensaios Para 0 Charles Prefacio Os escritos que aqui se retinem tomaram forma dentro dos Projectos de Investigacio sobre racionalidade levados a cabo no Mind, Language and Action Group do Instituto de Filosofia da FLUP entre 2003 e 2007. 0 subs tulodo liveo, Da cléncia cognitiva 3 filosofia’é 0 subsitulo do Projecto RBD2 Rationality, Belief’ Desire I from cognitive science to philasophy). Os dois projects, RBDI e RBD2, deram origem a varias publicagdes, 4 altima das quals Perspectives on Rastonality’, em cujt introducio 0 seu niicleo te6rico €explieado. Muitos dos tabalhios e publicagdes ligados aos projectos RBD1 © RBD2 acabuaram por ter uma forte componente de filosofia da acco ¢ de cestdos da racionalidade pritiex’, Neste lvro trati-se de outra coisa: trata- -se da minha propria pasticipacio nos projectos', feita a pattir da flosofia dla mente € nio tanto da filosofia da acco, e da inflexdo em dlreceio 3 hisciria da flosofia contemporinea a que essa participagio me condluziu. A {nflexto em dlrecei0 2 historia da filosofia contemporinea mo foi inespe- sds: ela tem a ver com a agenda de investigagao do Gabinete de Filosofia * Rationality, Bele, Desie F~ mosisation to ation from the eieupotnt of the tary of id (RED!) (2003-2005) © Rational, Bai, Desire If fr cognate science fo _propoy RBD2) (20052007). De acto © Prcpcts RBD2 CPOCL/FIL55555/2008), de que us nvesigadors Responsive, polongou-se até Junio de 2008. Para ms intormacie Sobe as Brojctose sobre as ongens do prépio MLAG no seo do Gabinete de Fos Modena ¢ Contemporines, of. pgines do MLAG em bup/eb? leap pelos _e/mlay/O grape rene tabalhos ea Seeas que vao desde a ligic 2 sofa da acc. lostia moral, fossa da economia, passndo pela Hlosofia da mente e ds ingsage, ', MIGUENS & C. F. E. MALRO (coords) 2006, Penpoctives o Rationality, Pot, Foealdade de irs Universidade da Porte, sa ia des Projectos KBD e ABD? dew oigem & um out projecto de investiga ‘0, como thulo Conversations on Practice! Rationality, om torso de enivevit 3246 Pes portvtiesese extrangeion sale quests de ractonalidade pei. O projcto vers ulninar num fv, que se enconta em preparaeio, coordenado por Carlos Mauro, Soa iguens e Sona Cada Te, & mins panicipicbo enepsnio: memo ds equipa € me apenas Investgadora Ressonaivel sofa sigue Moderna © Contemporinea do Instituto de Filosofia da FLUP. © Gabinete oj pensado desce 0 infcio como visando as intersecodes e as divergéncias| das duas grandes tadicbes da filosofa contemporiines, a filosofa anatitica ea fenomenologis. 4 filosofia analitica © a Fenomenologia sto tadigdes de certa forma desavindas mas que tém muito de comum pelo menos nas suas ‘origens, com Frege e Husserl. Levar em conta as relagoes entre as duas e de alguina forma jogi-las uma contra a outea, de forma a explictar pressupos- tos inexplicitos ra pritica da investigacio Bloséfica, tornouese urna tarefa perimanente para mim, que espero continuar 8 levar a cabo nos proximos anos. £ pelo meas nesse sentido que se dirige 0 Projecto Convergence = 2st century pos-anastic and post phenomenological philosophy of thought, ‘mind! and language’, que © MLAG tem neste momento em curso no Instituto de Filosofia da FLUP. © presente livro instala-se jf na transicao entre 0 pro jectos RED ¢ este novo projecto do MLAG. A Intraducto que precede os artigos aqui reunidos, inttulada ‘Da cléncia cognitiva a flosofa (ot por que E que Frege e Huser! sao imporiantes para a filosofia dla mentey explic as motivagdes da transicao; o ultimo dos artigas reunidos (Gonsciéncta e inalistinguibilidade aparéneta-realidaci) constitu um primeito exercicio de exploracio do Projecto Convergences E especialmerte importante para comprcender 08 attigos como conjunto Ter em mente o facto de quer 2 fenomenologia quer a flesofia analitiea tetem tido origem, historicamente, em projectos de critica a0 naturalism, i j * Do abstract do Projecto Conzergences “la this project we aim at exploring pos eats fora 2) eeanry’ poscanavtic and pos-phenorienskogiea philosopy of though ‘mind ancl language. The project invoives tong component af history of 20" cetry Philosophy, in both wadiions. a working out of genealogies, and a ertigue of the can ‘atures of antic ad continental philosophy as being. respectively, ant-melaphysical ani scientist andl ascents. We wil look at Work of suns on both sides ho Ive been proposing theoretically challenging easing ofthe history of 20° century phi Iesopthy, numelythow ofthe 8. Dreben school oyd & Shieh 2001), anal. Beno, (GBeaoist 2005) Work on the hintory of philosophy around B. Drshen is emblematic of rising of histori consciousness widin the analyte raion, whichis gentry seen by lis adversities as anstocal. Yet the fact 6B. Dreben ae ao claimed thatthe anyic tradition ended with Wangenstein and Quine, and pat of our intention inthis project to assess that calm. The projet all Foeus on specie sues which make comparisons possible, such Gi) die nature (and mts) of itenonaliy, saring vith the way as appreached in dhe ues of Frege nl Huse, (the sanus of perception vs. guage in respect to the anass of meaning, (iD paychology/ntlonophy eations an the re sons for ejecting pschologism, sed the W) rea ant-reais debate, Mong the oj, we sil pay special tention to philsophirs such mL, Witgensein, J McDowell ani H Putnam who abeady exempiy in their weltings some of the vonwergonces we are Toaking oe son que miner motes cer da minha cae? ra, essa critica 20 naturalismo esté em forte contraste com as. propos: tas naturalisias de W. Y. O. Quine que tanto impacto tiveram, na segunda etude do século XX, na flosofia da mente e na flosofia analiica em geral Quine € o autor que esti por tris de praticamente todas discusses presen- tes neste livzo ¢ a sua heranga para a filosofia do século XI € parte do que tests em causa. Crefo que uma perspectiva historica sobre filosofia analitica essencial para compreendermos como pode uma tio not6ria inflexao (de uma critica a0 naturalismo a aceitagao generalizada deste, nomeadamente ra filosofia da mente) acontecer, Espero que os textos aqui reunidos possam Cconstitie uma contribuicio nesse sentido e que possam interessar pessoas cujo trabalho se sitaa em qualquer uma das duas tradigdes. Este livro nasceu de um sentimento de afastamento meu relativamente & filosofia analitica, devido a cestes rumos desta, quer cientistas quer omtodo- os, que me faziam persar que se pode continua a trabalhar em filosofia ao ‘mesmo tempo que se perde totalmente de vista as mizdes por que alguém ‘comer por se inceresste pela disciplina, Mas esse sentimento desapareceu, Penso que a filosofia analica ganha uma nova luz luz da sua historia, luz siuficiente para a critica a certas partes de si propria. Ha ainda uma outra luz ‘que eu gostaria que ela ginhasse, agora aos olhos dagueles que eriticam 3 Filosofia analitca em boco, Traiz-se do seguinte: 0 insignificante ou tivial de que por vezes se acus a filosofia analitica ndo € insignificante ou trivial {out court, mas sim a constatacio de que, se no mais insignificante ou tt vial dizer ou pensar 0 que guer que seia questies filosdficas se colocam, & porque estas si0 de facto questdes reais ~ Go reais quanto questbes alguma vez podem ser. Os aspectos prices dos nossos Frojectos so importantes para nds — vuina das razaes de exstir do MLAG precisamente provocar interaccdes discusses, hem como uma hist6rla e um hibito dessas interaccoes © discussbes ~ essa € uma das raz5es por que decid manter 0 tom oral nos textos gue se seguem, uma ver ue eles foram quase todos inicialmente conferéncias e comunieacdes ligadas a0 Projecto RBD2, no Porto e em mui- {os outros lugares, te wabalho niio podria ter acontecido sem as condigdes para a invese ‘igagdo que o Instiuto de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto me proporciona desde hi varios anos e pelas quais me sinto muito arta, Devo também agradecer a0 Departamento de Filosofia da FLUP a licenga sabaitica que me foi concedida no primeira semestre de 2007-2008 € ‘que me permitix uma estadia em Paris durante @ qual, entre outras coisas, pude organizar este lito, Nao posso deixar também de agradecer 10s meus

Você também pode gostar