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Papo de Botequim

A vida é que nem um botequim ta ligado?! Tem que vê de que lado nóis ta do balcão e não é só
dois não, tem uma pá de lado, e cada lado da uma idéia, abraça quem “quisé” ou quem “moscá”
as veis no sapatim e as veis pá, tem que vê o melhó jeito de encostá, eu prefiro picadilha e
sorriso, o sorriso no desbaratino é útil pra carai tio, tanto pra disfarçá maldade, pra metê o loko, e
vai embora, botequim é foda! Ao memo tempo que tem sempre alguém pra corrê junto e tem
sempre alguém quereno te passá a perna, ta ligado?! E o loco que uma pessoa só pode tá nas
duas pegada, então já viu né?!

No botequim a arte den’das garrafa nóis chama mé, o mé move a vida e por causa disso ele
tamém é (como diria o Brown) “a brecha que o sistema queria”, na mema fita muitas veis, o
efeito do que ta den’das garrafa que dexa mais forte o que ta den’das pessoa, d’onde pode nascê
aquilo que não se espera, que é alma riso.

Mais aí é o seguinte né tio?! Tem uma pá de lado, se alguém falou que sua pegada de fazê ri é
mais pá que as otra, tão na picadilha de pedi fiado... Não tão nem ligado!... É o riso que ta atrais
do balcão malandro! Esse riso é otra pegada, nele tá encruzilhado a Xamego, o Aprak, o Mussum,
o Tongó, Chocolate, o Grande Otelo, a Josephine Baker aí fiado só amanhã truta?!

Com esse riso que tá no balcão, é que nem diz aquele grupo R.A.P. lá, o Pentagono, TEM TÊ
SWING, não da pra colá duro na verticalidade quereno pá, não vai arrumá nada. Por que a fita é o
seguinte, o mé é quente tá ligado?! Chacoalhado com swing e riso (sem pedra de gelo por que
senão vira bagunça) o barato fica que nem uma boa idéia com limão véi, sem sê ave Maria mais
chei de graça!

E tudo isso banhado pela fala do grande Max B.O. “Filosofia de saco de pão, servir bem para
servir sempre”.

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