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ETEC DE ARTES
Curso técnico em Dança
TORTO
São Paulo
2018
Eduardo Rodrigues Santos
TORTO
São Paulo
2018
Banca Examinadora
Douglas Iesus
AGRADECIMENTOS
RESUMO
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Eduardo Rodrigues Santos Dialético pesquisador de Danças Urbanas desde 2000, passou tendo passado
por grupos como 4e-Style Four, Ritmos Base, Animatrix e atualmente exerce a função de preparador
corporal no Grupo Fragmento Urbano. email: edhudialetico@gmail.com.
Esse artigo é resultado do Trabalho de Conclusão de Curso Técnico de Dança da ETEC de Artes sendo parte
fundamental para obtenção de certificação. Sob a Orientação de: Luiz Anastácio.
Sumário
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 7
2. TÉCNICA.......... .......................................................................................................... 8
3. TORÇÃO .................................................................................................................. 10
4. CONFLUÊNCIA ......................................................................................................... 12
4.1. Procedimentos ........................................................................................................... 14
4.1.1. Articulações .................................................................................................. 14
4.1.2. Presença........................................................................................................ 15
4.1.3. Peso............................................................................................................... 15
4.1.4. Apoios...........................................................................................................16
5. LOCAL, FIGURINO E PINTURA .....................................................................................17
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................18
7. REFERÊNCIAS..............................................................................................................19
8. ANEXO.......................................................................................................................20
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1. INTRODUÇÃO
Quando se toma enquadro todos os dias dos mesmos policiais, quando na
entrevista de emprego para conseguir a vaga ter que provar que não é
maconheiro, quando você ganha o ar de ironia de um professor de uma certa
escola de artes te menosprezando enquanto apresenta um trabalho, quando se
percebe as pessoas com medo de você toda vez que você está no ponto de
ônibus, quando você chama o táxi e ele não para pra você com medo de ser
roubado.
Quando seu pai e sua mãe não vão assistir o que você produz por já terem
sofrido tanta violência institucional e terem receio de entrarem em determinados
espaços, quando você sabe que ganhou a batalha mas é o amigo branquinho do
jurado que passa para a próxima fase, quando o professor branco que não está
habituado a ser questionado te expulsa da sala, quando você chega na casa da
sua namorada e repara que a família não gosta de você porque você é preto,
quando você vai tirar dúvida com a(o) professora(o) de uma certa escola de artes
ela/ele nem olha na sua cara.
Quando você se torna invisível no fundo da sala de aula da escola por não se
sentir parte, quando não pode falar nois vai, por que quem fala assim é burro,
quando o professor te manda calar a boca e você manda ele ir tomar no cú,
quando vem os boy de faculdade pública querer te convencer que você conhece
menos de periferia que eles (risos irônicos).
2. TÉCNICA
Quando vejo muitos Lockers dançando na maioria as vezes enxergo a técnica
apenas e não (as)os Lockers, nesse caso:
Então mano! Não me faiz sentido esse discurso aí técnico até de óculos na cena
de Locking, muitos Locker prática bem os fundamento e não me parece que tão
dançano, tão sim executando os fundamento, não me sinto parte nem dos limpo
e nem dos sujo, o que eu sempre quis compartilhá com o zoto é a minha
sensação de alegria ao dançá, ta ligado?! Sensação essa que sempre foi tolhida
quando eu tava presente nessas aula do enfoque técnico aí, a importância de
falá sobre esse naipe de concebê a dança Locking está no fato de que esse jeito
foi a primeira negação durante o meu processo como Locker, essa fita me remete
a idéia de padrão, que está dentro de uma sociedade que tem seus padrões que
viri mexe eu tô fora, mas que n’uns momento preciso flertá com esses para mantê
minha subsistência tá ligado?!
“Às vezes a gente encara a técnica como algo inorgânico né? (...) assim como na vida
a gente tem que buscar o caminho do meio entre o que é de fato, porque a gente define
uma linguagem né?! O que é o que? Eu estou dançando Breaking, eu estou dançando
Locking, eu estou dançando Popping e tem você dentro daquilo, então eu penso que a
busca do caminho do meio seria a chave sabe?! De você entender, saber o que você
está fazendo e mesmo assim você ser livre dentro daquilo, dentro daquela proposta.”
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Locker nos grupos Double Lock e Chemical Funk, atua como docente no projeto Locking Pratice.
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Assim valorizano meu “eu” peço as conta da técnica da dança Locking que
muitas veiz me cerca, da mesma forma que o padrão linguístico, de escrita, de
corpo, de cabelo, da moral, ou seja, de modo policialesco que c’as sua sirene e
enquadro visa mantê um padrão uniformizadô do qual é necessário muita
malandragem e insistência pra driblá durante o jogo, tipo pixador que dá fuga na
polícia a pé, enfim, nessa pegada me é preferível nesse momento seguí
cu’minha sensação de dança, presente do tempo de ter partilhado bons
momento dançano nas festa cá família ou no rolê cá função até a última música
do baile, lugar onde eu podia dançá do meu jeito, podia sê preto, podia sê eu e
já era!
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3. TORÇÃO
Vei... Sí caso minha memória não tivé me traíno mano, “indo até o talo” da suas
profundeza me vem umas memória bem distante de tentá dançá Lagartixa ao vê
meus primo e tio ensaiano co seus amigo pra dançá no baile. Ser girado pelos
adulto da família quando tava rolano Samba Rock, ao dançá as coreografia do
grupo Gera Samba, na adolescência ao aprendê meus primeiro passo de Break
Aéreo (que chatamente depois chamamos de Popping), ao dançar Axé, Sharme
e mais tarde de uma forma mais séria o Breaking, o Locking e o Samba Rock.
Da maior parte dessas dança havia uns passo que eu gostava mais por me trazê
uma sensação gostosa, sensação essa que passeou comigo como criança bem
cuidada no colo de mãe desde a infância e passeia ainda nos dia atual.
Mas só na E.T.E.C. de Artes mano, nas aula de dança moderna fui descobrí que
esses passos embora de danças bem diferentes tinha algo em comum, o fato
de serem torção, e nesse vento desencadeô ne’mim uma pá de lembrança dos
passo que eu gostava mais de treiná, comecei a brisá (Nesse caso tem a ver
com refletir, devaneio coisas assim) e lembrá , entorno das idéia de que as minha
parte tava torceno e eu não tava nem ligado! E que a sensação que era e é da
hora é por causa d’um maluco, um tal de líquido sinovial, que vai lubrificando as
articulação e deixando o corpo mover numa gostosura só truta!
Agora pensemos essa tal de torção como uma metáfora ontológica, sendo que
torcedor é aquele que torce, que tem um desejo, uma expectativa e isso assim
como outras coisas faz parte do que ele é, chegando nessa ideia de ser, este
ser por sua vez irá fundir-se com o torcer e assim nesse trabalho nós teremos
o “torser”, uma espécie de carta de alforria, torsão é a malandragem, que como
dizia o mestre Bezerra da Silva, malandragem é sinônimo de inteligência! Onde
ao mesmo tempo em que a forma da dança Locking transformada, estará sendo
comunicada uma forma peculiar de fazer/pensar dança, de existir, de se
relacionar com o mundo enquanto uma parte microscópica pertencente a
diáspora do povo preto, pois “as culturas negras nas américas constituíram-se
como lugares de encruzilhadas (...) confluências e desvios, rupturas e relações,
divergências, multiplicidade, origens e disseminações.” (MARTINS, 1997, p.25),
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4. CONFLUÊNCIA
“Esta é a primeiras das Street Dances, surge na metade dos anos 60 na California, EUA
originada das danças sociais praticadas nos bailes norte-americanos de Los Angeles,
Don Campbell Lock, seu fundador, passa a difundi-la nos EUA com seu grupo, a partir
de 1972 a sua grande difusão se dá por conta de consecutivas participações nos
programas de televisão norte americanos Saturday Night live e Soul Train.” (NEGRAXA,
2015, p. 56 e 57)
Foto 7- Wirst Twirl: Partindo da posição anatômica este fundamento pode ser
feito com um ou dois braços; inicia-se com simultânea flexão de cotovelo e
rotação interna do rádio e da ulna e giro interno do punho em direção ao ombro
levando o úmero em abdução e o cotovelo pra longe do corpo.
4.1. Procedimentos
Durante esse torcer a partir das rotações acima citadas nos fundamentos, mas
ainda pulsando e durante esses treinos percebi que talvez a pulsação não fosse
a melhor forma de organizar as torções e resolvi começar a treinar isso apenas
no andamento da música ou sem música mesmo. Nesse momento em conversas
com a Angela (amiga da sala que estuda Klauss Vianna) eu falava sobre
sensação em dança e havia lhe dito que como Locker eu me preocupava mais
com a sensação do que com a forma, depois desses muitos momentos de prosa
a mesma disponibilizou-se a contribuir comigo em alguns aspectos na pesquisa.
4.1.1. Articulações
Em seguida pediu para que eu dançasse Locking e depois pediu para que eu
dançasse Locking mas me relacionando com as articulações de outra forma.
Depois dessa fita aí... Comecei a experimentá esse memo processo mas não
parano nas articulação mas levano pra torção e depois tentano por torção no
Locking e Locking na torção, um Locking torto ta ligado?!
4.1.2. Presença
O que mais me pegô nessa fita aí foi o ar passano na péle malando! Se é loco
bichão?! depois dessa fita aí eu os points não foram mais os memo não! Tejam
eles torsidos ou não mano!
4.1.3. Peso
A gente começou trabalhano com os bambu n’um dos pés, ou seja pisando no
bambu com várias partes do pé para ir massageando sua sola, pisava no bambu
e soltava o peso, feito isso no pé todo para ir soltando a musculatura do pé,
depois me afastei do bambu ta ligado?! E o pé q’eu tinha feito procedimento
estava mais relaxado e dá uma sensação maió do corpo ta ligado que o que tava
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pra fazê, mó brisa! Então fiz no outro pé o memo esquema tiu, e sentí mais o
corpo com uma sensação de relaxamento!
4.1.4. Apoios
“A medida que vou sentindo o solo, empurrando o chão, abro espaço para
minhas projeções internas, individuais, que, à medida que se expandem, me
obrigam a uma projeção para exterior.” (VIANNA, 2005, p. 78).
O figurino será calça social velha, camisa do Soul Locker (Evento de grande
importância para a cena), tênis preto.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante essa fita deu pra experimentá umas parada da hora com a dança de
uma forma geral, de uma maneira diferente, memo que, que eu tenha feito pra
mim de geral não tem nada, tive bastante dificuldade em relação ao processo
praxiológico que teve na pesquisa prática e teórica que envolveu esse processo.
É isso, bora segui.
MANO DA HORA!
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7. REFERÊNCIAS
8. ANEXO
1 – Lock 2 – Up Lock
3 – Pace 4 – Hitchike
5 – Point 6 – Clap