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CENTRO PAULA SOUZA

ETEC DE ARTES
Curso técnico em Dança

Eduardo Rodrigues Santos

TORTO

São Paulo
2018
Eduardo Rodrigues Santos

TORTO

Trabalho de conclusão de Curso apresentado ao Curso


Técnico em Dança da Etec de Artes, orientado pelos
professores Júnia Pedroso e Luiz Anastácio, como
requisito parcial para obtenção do título de Técnico
em Dança.

São Paulo
2018
Banca Examinadora

Profa Junia Cesar Pedroso (orientadora)

Prof. Luiz Fernando da Silva Anastácio (orientador)

Profa Yaskara Manzini

Douglas Iesus
AGRADECIMENTOS

Aos colegas de classe de modo geral e mais especificamente e


especialmente a Angela Adriana, Lilian Damasceno, Natália Neumann
e Raul Pereira.
Ao grupo Fragmento Urbano de modo geral e mais especificamente e
especialmente a Douglas Iesus e Anelise Mayumi e da CIA Soul Dip
Demétrio Furlan e Amanda Joazeiro pelos treinos e reflexões sobre a
cena de danças urbanas.
A equipe de Segurança e de Limpeza da ETEC DE ARTES por fazer
daquele espaço um lugar melhor.
TORTO

Eduardo Rodrigues Santos1

RESUMO

Fruto de angústias com a idéia de técnica na cena de Locking e da descoberta do


que é torção e sua presença em meu histórico com a dança, essa pesquisa consiste
em uma confluência entre torção e a dança Locking, onde o torcer e a técnica
ganham um significado metafórico relacionado ao meio padronizador onde são
necessárias estratégias de existência da diferença.
Vejo muitos Locker dançano, porein vejo a técnica só e não (as)os Lockers,
muitos(as) Locker prática bem os fundamento e pá, mais não me parece que tão
dançano ta ligado?! Estão seno técnicos. D’um lado a técnica, d’outro a
subjetividade, nessa relação com técnica em Locking acaba haveno exclusão via a
imposição de um padrão ta ligado?! Q‘nem do padrão linguístico, do padrão
econômico, do padrão racial e pá.
Visano uma espécie de carta de alforria torção é a malandragem, e como dizia o
mestre Bezerra da Silva, malandragem é sinonimo de inteligencia, que nessa fita
arreganha os portão para o meu sê. Logo c’a torção somada ao sê a gente vai tê o
torsê, o retorsê e o contorsê.
A confluência aconteceu a partí das torção que existe nos fundamento de Locking
e da potencialização dessas torção, via as idéia de presença, articulação, peso e
apoio da Técnica Klauss Vianna.

Palavras-chave: Confluência. Diáspora. Locking. Técnica. Torção.

1
Eduardo Rodrigues Santos Dialético pesquisador de Danças Urbanas desde 2000, passou tendo passado
por grupos como 4e-Style Four, Ritmos Base, Animatrix e atualmente exerce a função de preparador
corporal no Grupo Fragmento Urbano. email: edhudialetico@gmail.com.
Esse artigo é resultado do Trabalho de Conclusão de Curso Técnico de Dança da ETEC de Artes sendo parte
fundamental para obtenção de certificação. Sob a Orientação de: Luiz Anastácio.
Sumário

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 7
2. TÉCNICA.......... .......................................................................................................... 8
3. TORÇÃO .................................................................................................................. 10
4. CONFLUÊNCIA ......................................................................................................... 12
4.1. Procedimentos ........................................................................................................... 14
4.1.1. Articulações .................................................................................................. 14
4.1.2. Presença........................................................................................................ 15
4.1.3. Peso............................................................................................................... 15
4.1.4. Apoios...........................................................................................................16
5. LOCAL, FIGURINO E PINTURA .....................................................................................17
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................18
7. REFERÊNCIAS..............................................................................................................19
8. ANEXO.......................................................................................................................20
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1. INTRODUÇÃO
Quando se toma enquadro todos os dias dos mesmos policiais, quando na
entrevista de emprego para conseguir a vaga ter que provar que não é
maconheiro, quando você ganha o ar de ironia de um professor de uma certa
escola de artes te menosprezando enquanto apresenta um trabalho, quando se
percebe as pessoas com medo de você toda vez que você está no ponto de
ônibus, quando você chama o táxi e ele não para pra você com medo de ser
roubado.

Quando você escuta “minha intenção é ruim esvazia o lugar eu tô em cima eu tô


afim é um dois pra atirar, eu sou bem pior do que você tá vendo, preto aqui não
tem dó é 100% veneno...” E vem um cú de burro criado a leite com pera dizendo
que isso é música de bandido, quando você está caminhando na rua e descobre
que houve um assalto nas imediações, mas você só descobre ao ser parado pela
polícia como suspeito, quando você vai fazer um b.o. e o policial
desconfiadamente te pergunta antes de qualquer coisa se você tem passage.

Quando seu pai e sua mãe não vão assistir o que você produz por já terem
sofrido tanta violência institucional e terem receio de entrarem em determinados
espaços, quando você sabe que ganhou a batalha mas é o amigo branquinho do
jurado que passa para a próxima fase, quando o professor branco que não está
habituado a ser questionado te expulsa da sala, quando você chega na casa da
sua namorada e repara que a família não gosta de você porque você é preto,
quando você vai tirar dúvida com a(o) professora(o) de uma certa escola de artes
ela/ele nem olha na sua cara.

Quando você se torna invisível no fundo da sala de aula da escola por não se
sentir parte, quando não pode falar nois vai, por que quem fala assim é burro,
quando o professor te manda calar a boca e você manda ele ir tomar no cú,
quando vem os boy de faculdade pública querer te convencer que você conhece
menos de periferia que eles (risos irônicos).

Aí quando você está fritando na roda em um evento de Danças Urbanas, alguém


que se pretende como referência diz que você não tem técnica, aí você descobre
que nem nesse padrão você se encaixa.
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2. TÉCNICA
Quando vejo muitos Lockers dançando na maioria as vezes enxergo a técnica
apenas e não (as)os Lockers, nesse caso:

(...)a técnica reuniria um conjunto de instruções na forma de passos de dança, que


estariam congelados na sua forma mais perfeita, além de organizados
sequencialmente, do mais fácil para o mais difícil. Quem deseja dançar deve aproximar-
se cada vez mais deles, de sua forma já definida, até realizá-los muito bem. (KATZ, p.28,
2009)

Então mano! Não me faiz sentido esse discurso aí técnico até de óculos na cena
de Locking, muitos Locker prática bem os fundamento e não me parece que tão
dançano, tão sim executando os fundamento, não me sinto parte nem dos limpo
e nem dos sujo, o que eu sempre quis compartilhá com o zoto é a minha
sensação de alegria ao dançá, ta ligado?! Sensação essa que sempre foi tolhida
quando eu tava presente nessas aula do enfoque técnico aí, a importância de
falá sobre esse naipe de concebê a dança Locking está no fato de que esse jeito
foi a primeira negação durante o meu processo como Locker, essa fita me remete
a idéia de padrão, que está dentro de uma sociedade que tem seus padrões que
viri mexe eu tô fora, mas que n’uns momento preciso flertá com esses para mantê
minha subsistência tá ligado?!

Então, o Groove2 falô que:

“Às vezes a gente encara a técnica como algo inorgânico né? (...) assim como na vida
a gente tem que buscar o caminho do meio entre o que é de fato, porque a gente define
uma linguagem né?! O que é o que? Eu estou dançando Breaking, eu estou dançando
Locking, eu estou dançando Popping e tem você dentro daquilo, então eu penso que a
busca do caminho do meio seria a chave sabe?! De você entender, saber o que você
está fazendo e mesmo assim você ser livre dentro daquilo, dentro daquela proposta.”

Nessa segunda concepção de técnica a pessoalidade tem um pouco mais de


espaço, mas essa fita de caminho do meio me traiz uma image de caminho

2
Locker nos grupos Double Lock e Chemical Funk, atua como docente no projeto Locking Pratice.
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constantemente reto entre os extremo da técnica e pessoalidade, não acredito


que isso seja possível, afinal observo isso como uma espécie de balança onde
se tá, hora do lado da pessoalidade, hora du ladu da técnica ou entre as várias
possibilidade de dégradé entre um e outro ta ligado?! Mas essa idéia de caminho
é uma idéia da hora pra organizá esse raciocínio, que no meu caso tô num
momento de ruptura c’a técnica e mais propenso ao meu lado pessoal de dançá
Locking conforme o que sinto, então nessa relação entre técnica e subjetividade
tenho me ausentado em vários expediente, até porque as transa c’a
subjetividade tem sido tudo saborosa longa, nesse processo que não tem nada
de lineá, por isso é muitas veiz que quero ficá ca minha subjetividade memo,
fazê du meu jeito nesse caso não tô esquentano muito se o que tô dançano ta
“certo” ou não, apenas tenho dançado, aí pra mim o mais importante é a
sensação da minha dança, que da primeira ideia de técnica tá longe tipo pai que
não paga pensão tá das cria.

Assim valorizano meu “eu” peço as conta da técnica da dança Locking que
muitas veiz me cerca, da mesma forma que o padrão linguístico, de escrita, de
corpo, de cabelo, da moral, ou seja, de modo policialesco que c’as sua sirene e
enquadro visa mantê um padrão uniformizadô do qual é necessário muita
malandragem e insistência pra driblá durante o jogo, tipo pixador que dá fuga na
polícia a pé, enfim, nessa pegada me é preferível nesse momento seguí
cu’minha sensação de dança, presente do tempo de ter partilhado bons
momento dançano nas festa cá família ou no rolê cá função até a última música
do baile, lugar onde eu podia dançá do meu jeito, podia sê preto, podia sê eu e
já era!
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3. TORÇÃO
Vei... Sí caso minha memória não tivé me traíno mano, “indo até o talo” da suas
profundeza me vem umas memória bem distante de tentá dançá Lagartixa ao vê
meus primo e tio ensaiano co seus amigo pra dançá no baile. Ser girado pelos
adulto da família quando tava rolano Samba Rock, ao dançá as coreografia do
grupo Gera Samba, na adolescência ao aprendê meus primeiro passo de Break
Aéreo (que chatamente depois chamamos de Popping), ao dançar Axé, Sharme
e mais tarde de uma forma mais séria o Breaking, o Locking e o Samba Rock.
Da maior parte dessas dança havia uns passo que eu gostava mais por me trazê
uma sensação gostosa, sensação essa que passeou comigo como criança bem
cuidada no colo de mãe desde a infância e passeia ainda nos dia atual.

Mas só na E.T.E.C. de Artes mano, nas aula de dança moderna fui descobrí que
esses passos embora de danças bem diferentes tinha algo em comum, o fato
de serem torção, e nesse vento desencadeô ne’mim uma pá de lembrança dos
passo que eu gostava mais de treiná, comecei a brisá (Nesse caso tem a ver
com refletir, devaneio coisas assim) e lembrá , entorno das idéia de que as minha
parte tava torceno e eu não tava nem ligado! E que a sensação que era e é da
hora é por causa d’um maluco, um tal de líquido sinovial, que vai lubrificando as
articulação e deixando o corpo mover numa gostosura só truta!

Agora pensemos essa tal de torção como uma metáfora ontológica, sendo que
torcedor é aquele que torce, que tem um desejo, uma expectativa e isso assim
como outras coisas faz parte do que ele é, chegando nessa ideia de ser, este
ser por sua vez irá fundir-se com o torcer e assim nesse trabalho nós teremos
o “torser”, uma espécie de carta de alforria, torsão é a malandragem, que como
dizia o mestre Bezerra da Silva, malandragem é sinônimo de inteligência! Onde
ao mesmo tempo em que a forma da dança Locking transformada, estará sendo
comunicada uma forma peculiar de fazer/pensar dança, de existir, de se
relacionar com o mundo enquanto uma parte microscópica pertencente a
diáspora do povo preto, pois “as culturas negras nas américas constituíram-se
como lugares de encruzilhadas (...) confluências e desvios, rupturas e relações,
divergências, multiplicidade, origens e disseminações.” (MARTINS, 1997, p.25),
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que dialeticamente se transformano, aqui como um esquema de continuá a existí


e de resistí os dissabô que é colocado pela vida, torseno com esperançar por
momentos melhores, se retorseno para se organizar e não mais precisar se
contorser e contorseno por não ter se retorsido suficientemente bem a ponto
de não mais se contorser onde renasce a importância do torser. O torsê
acontecerá na simples afirmação da confluência proposta entre Locking e torção,
ou seja, na afirmação da subjetividade em relação a técnica dessa dança. O
retorsê vai acontecê por repetições dos movimentos que simbolicamente
acontece o reestruturá pra seguir adiante e no contorsê dança-se pensano em
situações difíceis. Pode sê que isso aconteça n’outra ordem, que talvez não
tenha muito a vê q’essa do texto tá ligado?!
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4. CONFLUÊNCIA

Sobre a dança Locking Negraxa diz:

“Esta é a primeiras das Street Dances, surge na metade dos anos 60 na California, EUA
originada das danças sociais praticadas nos bailes norte-americanos de Los Angeles,
Don Campbell Lock, seu fundador, passa a difundi-la nos EUA com seu grupo, a partir
de 1972 a sua grande difusão se dá por conta de consecutivas participações nos
programas de televisão norte americanos Saturday Night live e Soul Train.” (NEGRAXA,
2015, p. 56 e 57)

Este processo inicia-se a com identificação das rotações em alguns fundamentos


da dança Locking, estes são: Lock, Up Lock, Pace, Hitchike, Point, Clap, Wirst
Twirl, Single Clap. Como referência, as foto pra ilustrar cada um dos passo tão
no Anexo. A descrição deles tá logo aí:

Foto 1- Lock: Partindo da posição anatômica este fundamento é feito


simultaneamente com os dois braços; se inicia com abdução e rotação interna
do úmero, cotovelo em flexão para longe do corpo, rotação interna de rádio e
ulna e flexão de punho e dedos.

Foto 2- Up Lock: Partindo da posição anatômica este é um fundamento feito


simultaneamente com os dois braços; inicia-se com uma breve abdução e
rotação interna do úmero elevando o cotovelo em flexão para longe do corpo,
seguido de simultânea rotação externa de úmero, elevação e rotação interna de
rádio e ulna.

Foto 3- Pace: Partindo de posição anatômica, este é um fundamento feito


normalmente com um braço; inicia-se com simultânea flexão de cotovelo e
rotação externa do úmero, seguida de leve rotação externa do rádio e ulna em
direção lateral.
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Foto 4- Hitchike: Partindo da posição anatômica este é um fundamento


normalmente feito com um braço; inicia-se simultaneamente com flexão de
cotovelo leve depressão da escápula, pequena abdução e rotação externa do
úmero, rotação externa do rádio e da ulna com o polegar estendido em direção
lateral.

Foto 5- Point: Partindo da posição anatômica este é um fundamento


normalmente feito com um braço; inicia-se simultaneamente com cotovelo em
flexão e rádio e ulna em rotação externa em direção medial, seguido de elevação
do braço até a região torácica e extensão deste em direção lateral.

Foto 6- Clap: Partindo da posição anatômica este fundamento é feito com os


dois braços; inicia-se com flexão de cotovelos em direção medial
simultaneamente a rotação interna do úmero e rádio e ulna do braço esquerdo e
rotação externa do úmero e rádio e ulna do braço direito ambos os braços em
direção medial levando ao encontro das palmas das mãos, onde a partir desse
encontro acontece flexão do punho direito em direção medial e no braço
esquerdo extensão de cotovelo e flexão do punho em direção lateral.

Foto 7- Wirst Twirl: Partindo da posição anatômica este fundamento pode ser
feito com um ou dois braços; inicia-se com simultânea flexão de cotovelo e
rotação interna do rádio e da ulna e giro interno do punho em direção ao ombro
levando o úmero em abdução e o cotovelo pra longe do corpo.

Foto 8- Single Clap: Partindo da posição anatômica este é um fundamento feito


simultaneamente com dois braços; (como feito no Up Lock). Mantendo o úmero
em abdução, segue com um giro e meio na articulação do cotovelo de ambos os
braços, sendo que no início do giro, úmero e rádio e ulna rotacionam
internamente e no final deste rotacionam externamente, passando pelo local de
início e começando o meio giro onde haverá novamente uma rotação interna do
úmero, rádio e ulna, aduzindo úmero e estendendo a articulação do cotovelo e
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em seguida flexionando levemente o cotovelo para finalizar com um clap (palma)


atrás da lombar ou glúteo.

4.1. Procedimentos

Durante esse torcer a partir das rotações acima citadas nos fundamentos, mas
ainda pulsando e durante esses treinos percebi que talvez a pulsação não fosse
a melhor forma de organizar as torções e resolvi começar a treinar isso apenas
no andamento da música ou sem música mesmo. Nesse momento em conversas
com a Angela (amiga da sala que estuda Klauss Vianna) eu falava sobre
sensação em dança e havia lhe dito que como Locker eu me preocupava mais
com a sensação do que com a forma, depois desses muitos momentos de prosa
a mesma disponibilizou-se a contribuir comigo em alguns aspectos na pesquisa.

4.1.1. Articulações

“Por meio de improvisações, com uso das dobradiças do corpo, o vocabulário


corporal do aluno vai aumentado, as tensões vão se diluindo e os espaços
articulares vão se ampliando” (MILLER, 2007, p. 63)

Eu e a Angela, a gente marcou um treino, no Centro Cultural da Vergueiro tá


ligado?! E ela me sugeriu que eu desse mais atenção para as articulações já que
estava pensando nas picadilha de torção e me sugeriu a seguinte ativação:

Então.... Deitado com a musculatura bem relaxada no chão, de modo a estar


entregue para gravidade, com uma respiração leve, soltando ar relaxando
diafragma, vou mexendo as articulações dos dedos dos pés e das mãos de modo
a senti-las, sem me preocupar com as variações, mas com enfoque na sensação
propiciada pelo aquecimento gradual das articulações e consequente
“derretimento” do liquido sinovial né truta?!... Aí sigo as articulação dos punho e
do tornozelo, depois joelho e cotovelo, depois da coxofemural, pelve, as partes
da coluna lombar, torácica e cervical.

E depois disso pediu que eu improvisasse movimentando as articulações pelos


níveis (baixo, médio e alto), mas sem perder a atenção na sensação.
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Em seguida pediu para que eu dançasse Locking e depois pediu para que eu
dançasse Locking mas me relacionando com as articulações de outra forma.

Depois dessa fita aí... Comecei a experimentá esse memo processo mas não
parano nas articulação mas levano pra torção e depois tentano por torção no
Locking e Locking na torção, um Locking torto ta ligado?!

4.1.2. Presença

“Assim, iniciamos a auto-observação conduzida pelos sentidos, o despertar


sensorial que ampliará o sentido sinestésico resultando em uma presença: o
estar presente aqui e agora.” (MILLER, 2007, p. 63).

Eu e a Angela colamo na Paulista pra desenrrolá um procedimento para pensar


essa idéia de presença ta ligado?! Ela vendou meu zóio e pediu pra eu perceber
como estariam os demais sentido além da visão.

Na caminhada ela me guiava pelo braço direito, percebeno o ar na pele truta!...


A questão tátil e relação aos apoio assim como o tato nos pés em percebê os
relevo, minha percepção dos cheiro, sentino o ar passano na pele, assim foi a
auto observação conduzida pelos sentidos.

O que mais me pegô nessa fita aí foi o ar passano na péle malando! Se é loco
bichão?! depois dessa fita aí eu os points não foram mais os memo não! Tejam
eles torsidos ou não mano!

É interessante dizer que as reverberações desse procedimento estarão


presentes em vária fita durante a performance.

4.1.3. Peso

A gente começou trabalhano com os bambu n’um dos pés, ou seja pisando no
bambu com várias partes do pé para ir massageando sua sola, pisava no bambu
e soltava o peso, feito isso no pé todo para ir soltando a musculatura do pé,
depois me afastei do bambu ta ligado?! E o pé q’eu tinha feito procedimento
estava mais relaxado e dá uma sensação maió do corpo ta ligado que o que tava
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pra fazê, mó brisa! Então fiz no outro pé o memo esquema tiu, e sentí mais o
corpo com uma sensação de relaxamento!

Em seguida deitado no chão, a Angela pediu para que eu continuasse soltando


todo o peso do corpo na mesma fita do bambu. Depois ela falou que tentasse
erguer um dos braços um utilizando um mínimo de musculatura possível o
mesmo para ou outro braço e todos os membros inferiores. Senti uma certa
dificuldade a primeira vez, mas com os outros exercícios foi ficando mais
tranquilo.

4.1.4. Apoios

“A medida que vou sentindo o solo, empurrando o chão, abro espaço para
minhas projeções internas, individuais, que, à medida que se expandem, me
obrigam a uma projeção para exterior.” (VIANNA, 2005, p. 78).

Nesse ponto fizemo experimentações de apoio ativo tá ligado?! Empurrando o


chão e alternando os apoios como por exemplo estes dos pés para tíbia e fíbula
por exemplo. O loco aqui é usar os apoio ativo mas continua sentindo o peso das
outra parte do corpo.
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5. LOCAL, FIGURINO E PINTURA

Poste e “entrada do portão coberta”, os dois no estacionamento vai sê os local


que não é só onde vai acontece o esquema, é também um dos espaço onde
nasce enquanto os treinos da pesquisa acontecia mano.

O figurino será calça social velha, camisa do Soul Locker (Evento de grande
importância para a cena), tênis preto.

A pintura representa uma ruptura com as clássicas listras que compõe a


estética do figurino locker, este “V” de vandalismo que rompe tamém com a
idéia de movimento retilíneo normalmente visto em Lockers tecnicos, idem a
idéia de corpo civilizado e ereto socialmente valorizado.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante essa fita deu pra experimentá umas parada da hora com a dança de
uma forma geral, de uma maneira diferente, memo que, que eu tenha feito pra
mim de geral não tem nada, tive bastante dificuldade em relação ao processo
praxiológico que teve na pesquisa prática e teórica que envolveu esse processo.
É isso, bora segui.

MANO DA HORA!
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7. REFERÊNCIAS

KATZ, Helena. Método e técnica: faces complementares do aprendizado em


dança. in: Angel Vianna: Sistema, Método ou Técnica?/ Ana bevilaqua [et al.];
org, Suzana Saldanha. Rio de Janeiro: Funarte, 2009.
MARTINS, Leda Maria. Afrográfias da Memória. São paulo: Perspectiva; Belo
Horizonte: Mazza edições, 1997.

MILLER. Jussara. A escuta do corpo: Sistematização da Técnica Klauss


Vianna. 2ª edição. São Paulo: Summus, 2007.
NEGRAXA, Thiago. As Danças da Cultura Hip Hop e Funk Styles. 1ª edição.
São Paulo: All print Editora, 2015.
VIANNA, Klauss. A Dança. 7ª edição. São Paulo: Summus, 2005.
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8. ANEXO

1 – Lock 2 – Up Lock

3 – Pace 4 – Hitchike

5 – Point 6 – Clap

7 – Wirst Twirl 8 – Single Clap

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