Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
1.1 Função
A variável y , chama-se função de variável x, se cada valor de x, que pertence ao conjunto
E ⊂ R1 , corresponde a um valor definido da variável y . A variável x é chamada variável
independente ou argumento. A dependência entre x e y , chama-se funcional (f (x) = y ),
onde a letra f indica que é necessário aplicar certas operações em x para obter o valor
correspondente de y ou de f (x).
Definição 1.1.2. (Contradomínio) Aos valores que a função toma, chamam-se contradomío
e denota-se por CDf .
Definição 1.1.3. Diremos que a função f (x) é crescente (estritamente crescente) se:
∀x1 , x2 ∈ E ⊂ R1 , x1 ≤ x2 ⇒ f (x1 ) ≤ f (x2 ) (x1 < x2 ⇒ f (x1 ) < f (x2 )).
1
Análise Matemática I
√
c) y = 2 + x − x2
p
Resolução. As funções do tipo n f (x), tem domínio x ∈ R1 sempre que o índice n for
√
ímpar e f (x) ≥ 0, sempre que o índice n for par, assim como a expressão 2 + x − x2
tem índice par (n = 2) terá sentido se 2 + x − x2 ≥ 0 ou seja o domínio será dado por:
Df = x ∈ [−1, 2] .
a) E é simétrico;
b) f (−x) = f (x), ∀x ∈ E.
a) E é simétrico;
b) f (−x) = −f (x), ∀x ∈ E.
Definição 1.1.8. (Função periódica) Diz-se que a função f (x) é T-periódica (T ∈ R), se:
a) x + T ∈ E, ∀x ∈ E ⊂ R;
b) f (x + T ) = f (x).
e) O produto de uma função par por uma função ímpar é uma função ímpar;
f) O quociente de uma função par (ímpar) por uma função ímpar (par) é uma função
ímpar.
2
Análise Matemática I
sin x
b) f (x) =
cos x
sin(−x) − sin x sin x
Resolução. f (−x) = = =− = −f (x), logo a função é ímpar.
cos(−x) cos x cos x
Observação 1.1.8.1. Usando as propriedades definidas em (1.1.2), temos divisão
de uma função ímpar por uma função par que é uma função ímpar.
sin x − a2 x3
c) f (x) =
x cos x
− sin x − a2 x3
sin(−x) − a2 (−x)3 − sin x + a2 x3
Resolução. f (−x) = = = = f (x),
(−x) cos(−x) −x cos x −x cos x
logo a função é par.
d) f (x) = 2x2 − x + 1
Resolução. f (−x) = 2(−x)2 − (−x) + 1 = 2x2 + x + 1 6= f (x) assim a função não é par
e 2x2 + x + 1 6= −(2x2 − x + 1) = −f (x), logo a função não ímpar, deste modo a função
não é par nem ímpar.
Definição 1.2.2. Diremos que a função f (x) é limitada inferiormente (minorada) no con-
junto E ⊂ R1 se ∃m ∈ R : f (x) ≥ m, ∀x ∈ E.
Definição 1.2.3. (Função limitada) Diremos que a função f (x) é limitada no conjunto
E ⊂ R1 se ela fôr majorada e minorada, i.e. se ∃m, M ∈ R : m ≤ f (x) ≤ M, ∀x ∈ E.
a) Segundo Cauchy1 , diremos que o número b é limite da função f (x) quando x tende
para a se:
∀ε > 0 ∃δ = δ(ε) : ∀x ∈ E, 0 < |x − a| < δ =⇒ |f (x) − b| < ε
b) Segundo Heine2 , diremos que o número b é limite da função f (x) quando x tende
para a se para qualquer sucessão xn convergente para a, xn ∈ E, xn 6= a, a sucessão
f (xn ) tende para b.
3
Análise Matemática I
Teorema 1.2.1. As definições de limite duma função segundo Heine e Cauchy são equi-
valentes.
Teorema 1.2.2. (Unicidade do limite) Se a função f (x) tem limite, quando x → x0 então
esse limite é único.
f (x f (x b
3) lim = lim = , g(x) 6= 0;
x→x0 g(x) x→x0 g(x) c
Definição 1.2.7. (Limite á direita) Diremos que o número b é limite ‘a direita do ponto a
da função f (x) se:
∀ > 0, ∃δ(ε) > 0 : ∀x 6= a, a < x < a + δ =⇒ |f (x) − b| < ε ou seja diz-se que b é limite à direita
do ponto a da função f (x), denotação usada é: b = lim f (x) = f (x+ 0 ).
x→x+
0
Nota 1.2.1. Se uma função tem limite quando x → x0 , então os limites laterais coincidem.
2 se x ≤ 0
x ,
Exemplo 1.2.2. Calcule os limites laterais da função f (x) = .
2x + 1, se x > 0
Resolução. lim f (x) = lim x2 = 0 e lim f (x) = lim 2x + 1 = 1.
x→0− x→0− x→0+ x→0+
4
Análise Matemática I
1
2x + 1 x 2+ x 2x 2
c) lim 2 = lim 2 1 = lim 2
= lim = 0.
x→∞ x − 1 x→∞ x 1 − x→∞ x x→∞ x
x2
Definição 1.2.9. (Função infinitamente grande) Diz-se que a função f (x) é infinita-
mente grande quando x → x0 se lim f (x) = ∞.
x→x0
Teorema 1.2.5. (Produto de uma função infinitamente pequena por uma função
limitada) O produto de um infinitesímo por uma função limitada é um infinitésimo.
sin x
Exemplo 1.2.5. Calcule lim .
x→∞ x
1
Resolução. A função f (x) = sin x é limitada e a função g(x) = é um infinitésimo, assim
x
sin x
usando o teorema (1.2.5) teremos: lim = 0.
x→∞ x
Teorema 1.2.6.
sin ψ(x)
lim = 1. (1.1)
x→x0 ψ(x)
sin x x
Para o caso particular, quando ψ(x) ≡ x e x0 = 0, temos lim = 1 ou lim = 1.
x→0 x x→0 sin x
arctan 2x
b) lim
x→0 sin 3x
arctan 2x 2 arctan 2x 3x 2
Resolução. lim = lim · = ;
x→0 sin 3x x→0 3 sin 3x 2x 3
c) lim x cot x
x→0
cos x
Resolução. lim x cot x = lim x = cos x = 1.
x→0 x→0 sin x
5
Análise Matemática I
Teorema 1.2.7.
1
lim [1 + ψ(x)] ψ(x) = e. (1.2)
x→a
1
Para o caso particular, quando ψ(x) ≡ x e x0 = 0, temos lim (1 + x) x = e.
x→0
1 x
lim 1 + =e
x→∞ x
Teorema 1.2.8.
[1 + ψ(x)]µ − 1
lim = 1. (1.3)
x→x0 µψ(x)
(1 + x)µ − 1
Para o caso particular, quando ψ(x) ≡ x e x0 = 0, temos lim = 1.
x→0 µx
Teorema 1.2.9.
loga [1 + ψ(x)] 1
lim = . (1.4)
x→x0 ψ(x) ln a
loga (1 + x) 1
lim = ;
x→0 x ln a
2) Para a = e, teremos:
ln (1 + x)
lim = 1.
x→0 x
Teorema 1.2.10.
ax − 1
lim = ln a, a > 0. (1.5)
x→0 x
ex − 1
Para o caso particular a = e, temos lim = ln e = 1.
x→0 x
Exemplo 1.2.7. Calcule:
eax − ebx
a) lim .
x→0 x
Resolução.
ebx ex(a−b) − 1 ebx ex(a−b) − 1 (a − b)
eax − ebx
lim =⇔ lim = lim =a−b
x→0 x x→0 x x→0 x(a − b)
x
x
c) lim .
x→∞ x + 1
x x−x−1
x
x lim −1 x lim x
Resolução. lim = ex→∞ x + 1 = ex→∞ x+1 = e−1
x→∞ x + 1
6
Análise Matemática I
Definição 1.2.12. (Continuidade num conjunto) Diz-se que a função f (x) é contínua
num conjunto se ela é contínua em cada ponto desse conjunto.
(
3 − x2 , se x ≤ 1
Exemplo 1.2.8. Investigue a continuidade da função f (x) = .
1 + x2 , se x > 1
Resolução. Um função é contínua se:
Continuidade Lateral
Definição 1.2.13. (Continuidade à esquerda dum ponto) Seja f (x) definida no inter-
valo ]a, x0 ]. Diz-se que f (x) é contínua à esquerda do ponto x0 se lim f (x) = f (x0 ).
x→x−
0
Definição 1.2.14. (Continuidade à direita dum ponto) Seja f (x) definida no intervalo
[x0 , a[, diz-se que f (x) é contínua à esquerda do ponto x0 se lim f (x) = f (x0 ).
x→x+
0
sin x
, se x 6= 0
Exemplo 1.2.9. Investigue a continuidade da função f (x) = |x| .
1 , se x = 0
Resolução. Um função é contínua se:
sin x sin x
assim, lim f (x) = − lim = −1, lim f (x) = lim = 1 e f (x0 ) = f (0) = 1,
x→x−0
x→0− x x→x+
0
x→0+ x
portanto lim f (x) = f (0) = 1, logo a função é contínua à direita.
x→0+
7
Análise Matemática I
Teorema 1.2.12. (Segundo teorema de Weierstrass) Se a função f(x) é contínua num inter-
valo fechado, então ela atinge os seus valores máximo e mínimo nesse intervalo fechado.
Teorema 1.2.13. (Propriedades aritméticas com funções contínuas) Sejam f (x) e g(x)
duas funções contínuas no ponto x0 , então:
f (x)
7) q(x) = é contínua no ponto x0 , g(x) 6= 0.
g(x)
Definição 1.2.19. (Segunda espécie) Quando um ou ambos limites laterais numa vi-
zinhança do ponto x0 não existem ou são iguais a infinito, diremos que x0 é ponto de
descontinuidade de segunda espécie.
8
Análise Matemática I
a) f (x) = |x| .
1 , se x = 0
sin x
, se x > 0
x
sin x sin x
Resolução. = 1 , se x = 0 , assim lim− f (x) = − lim− = −1
|x|
sin x x→x0 x→0 x
−
, se x < 0
x
sin x
e lim f (x) = lim = 1 e f (x0 ) = f (0) = 1, portanto os limites laterais são
x→x0+ x→0 + x
diferentes logo a função no ponto x = 0, é descontínua do tipo salto.
sin x
b) f (x) = .
x
Resolução. Em primeiro lugar, achamos o domínio, ou seja, Df = x ∈ R \ {0}. Em
seguida, calculamos os limites laterais da função no ponto x = 0, assim:
sin x sin x
lim = lim = 1, mas a função não existe no ponto x = 0, assim a x = 0 é
x→0 − x x→0 + x
ponto de descontinuidade do tipo evitável. .
9
Cálculo Diferencial para Funções de uma Variável
2
2.1 Noção de derivada e diferencial de uma função
Definição 2.1.1 (Acréscimo da função e acréscimo do argumento). Seja a função f (x)
definida numa certa vizinhança do ponto x0 , i.é, f (x) : x ∈ U (x0 ).
A expressão ∆x = x−x0 , chama-se acréscimo do argumento de x enquanto a expressão
∆y = ∆f = f (x0 + ∆x) − f (x0 ), chama-se acréscimo da função f (x) no ponto x0 .
∆y f (x + ∆x) − f (x)
Definição 2.1.2 (Derivada da função). A expressão lim ou lim ,
∆x→0 ∆x ∆x→0 ∆x
dy df (x)
chama-se caso exista derivada da função f (x). A denotação usada é f 0 (x), y 0 , , ,···
dx dx
Exemplo 2.1.1. Usando a definição, determine as derivadas das seguintes funções;
a) f (x) = x
f (x + ∆x) − f (x) x + ∆x − x ∆x
Resolução. f 0 (x) = lim = lim = lim =1
∆x→0 ∆x ∆x→0 ∆x ∆x→0 ∆x
√
b) f (x) = x
Resolução. √ √ √ √
0 x + ∆x − x ( x + ∆x)2 − ( x)2 x + ∆x − x
f (x) = lim = lim √ √ = lim √ √ ⇔
∆x→0 ∆x ∆x→0 ( x + ∆x + x)∆x ∆x→0 ( x + ∆x + x)∆x
1
f 0 (x) = √
2 x
c) f (x) = ax
Resolução.
ax+∆x − ax ax (a∆x − 1) a∆x − 1
f 0 (x) = lim = lim = ax lim = ax ln a
∆x→0 ∆x ∆x→0 ∆x ∆x→0 ∆x
d) f (x) = sin x
Resolução.
sin(x + ∆x) − sin x sin x cos ∆x + cos x sin ∆x − sin x sin ∆x
f 0 (x) = lim = lim = cos x lim ⇔
∆x→0 ∆x ∆x→0 ∆x ∆x→0 ∆x
0
f (x) = cos x
e) f (x) = ln x
ln x+∆x ln 1 + ∆x
ln(x + ∆x) − ln x 1
Resolução. f 0 (x) = lim = lim x
= lim 1
x
⇔
∆x→0 ∆x ∆x→0 ∆x x ∆x→0 x ∆x
1
f 0 (x) =
x
10
Análise Matemática I
Definição 2.1.6 (Função diferencial). Diz-se que a função f (x), x ∈ U (x0 ) é diferenciável
no ponto x0 , se ∆y = A∆x + α(∆x), onde A é constante e α(∆x) = o(∆x), ∆x → 0.
11
Análise Matemática I
Suponha que y seja uma função de x, ou seja y = f (x). Se x variar de um valor x0 até
um valor x, representaremos esta variação de x, ∆x = x − x0 , e a variação y que é dada
por ∆y = f (x) − f (x0 ).
∆y
O quociente das diferenças, dado por ∆x , chama-se taxa de variação média de y em
relaçã a x, no intervalo [x0 , x]. O limite desta taxa, quando ∆x → 0 é chamado de taxa
de variação instantânea de y , em relação a x, em x = x0 , assim temos:
Exemplo 2.2.1. Suponha que a posição de uma particula em movimento sobre uma recta
seja dada por r(t) = t2 − 6t, onde r(t) é medida em metros e t em segundos. Determine:
Para determinar a taxa à qual um gráfico sobe ou desce num determinado ponto, pode-
mos calcular o coeficiente angular da tangente no ponto. Em termos simples, a tangente
ao gráfico duma função f num ponto P (x, y) é a recta que melhor aproxima o gráfico
naquele ponto.
Assim, o problema da determinação da inclinação de um gráfico num ponto reduz-se
ao de achar o coeficiente angular da tangente naquele ponto. Um método para obter-
mos aproximações de tangentes consiste em fazer uso da recta secante pelo ponto de
tangência e por um segundo ponto do gráfico conforme se mostra na figura abaixo:
12
Análise Matemática I
13
Análise Matemática I
1) y = αf (x), y 0 = αf 0 (x);
1 u0 (x)
a) Se f (x) = arcsin x então f 0 (x) = √ e se f (x) = arcsin u(x), f 0 (x) = p ;
1 − x2 1 − u2 (x)
1 u0 (x)
b) Se f (x) = arccos x então f 0 (x) = − √ e se f (x) = arccos u(x), f 0 (x) = − p ;
1 − x2 1 − u2 (x)
1 u0 (x)
c) Se f (x) = arctan x então f 0 (x) = e se f (x) = arctan u(x), f 0 (x) =
1 + x2 1 + u2 (x)
14
Análise Matemática I
0
f 0 (x) = {sin [sin (sin x)]}
0
= cos [sin (sin x)] · [sin (sin x)]
0
= cos [sin (sin x)] · cos (sin x) · (sin x)
0
f 0 (x) = cos [sin (sin x)] · cos (sin x) · cos x
y = f (x) y 0 = f 0 (x)
y = f (x) y 0 = f 0 (x)
c∈R 0
sin u u0 cos u
x 1
cos x − sin x
xn , n∈R nxn−1
cos u −u0 sin u
u u0 1
tan x cos2 x
= sec2 x
ku ku0 0
tan u u
cos2 u
= u0 sec2 u
u+v u0 + v 0
cot x − sin12 x
uv u0 v + v 0 u 0
cot u − sinu2 u = − cos e c2 uu0
u u0 v−v 0 u
v2
; √ 1
v arcsin x 1−x2
k k
−u 0
u arcsin u √u
1−u2
un , n ∈ R nun−1 u0 1
√ 1
arccos x − √1−x 2
x √
2 x 0
u
√ 1
u0
arccos u − √1−u2
k
u = uk √
k
k uk−1 1
arctan x 1+x2
au y 0 = a ln a · u0
u
u0
arctan u 1+u2
eu eu u0 ; 1
arccot x − 1+x 2
uv uv ln uv 0 + v · uv−1 u0 u0
u0
arcot u 1+u2
loga u u ln a 0
arcsec u = √u
u0 k u2 −1
ln u u 0
arccosec u − u√uu2 −1
sin x cosx;
15
Análise Matemática I
ln y = ln f (x)
0 0
ln y = ln f (x)
y0 0
= ln f (x)
y
0
y 0 = y ln f (x) ou seja,
0
y 0 = f (x) ln f (x)
v(x)
• Seja y = u(x) , u(x) > 0, logaritmizando e derivando em ambos os membros da
v(x)
igualdade y = u(x) , teremos:
y = [u(x)]v(x)
v(x)
ln y = ln u(x)
ln y = v(x) ln u(x)
0 0
ln y = v(x) ln u(x)
y0 u0 (x)
0
= v (x) ln u(x) + v(x)
y u(x)
u0 (x)
0 0
y = y v (x) ln u(x) + v(x) , ou seja
u(x)
u0 (x)
y 0 = f (x) v 0 (x) ln u(x) + v(x)
u(x)
y0 1 2 3
= + +
y (x + 1) (x + 2) (x + 3)
1 2 3
y0 = y + +
(x + 1) (x + 2) (x + 3)
1 2 3
y0 2
= (x + 1)(x + 2) (x + 3) 3
+ +
(x + 1) (x + 2) (x + 3)
y 0 = (x + 2)2 (x + 3)3 + 2(x + 1)(x + 2)(x + 3)3 + 3(x + 1)(x + 2)2 (x + 3)2
y 0 = (x + 2)(x + 3)2 1 + 2(x + 1)(x + 3) + 3(x + 1)(x + 3)
b) f (x) = 2xx
16
Análise Matemática I
Resolução:
= ln 2xx
ln y
0 0
ln y = x ln 2x
y0 0
= x0 ln 2x + x ln 2x
y
y0
= y ln(2x) + 2
y0 = 2xx ln(2x) + 2
17
Análise Matemática I
(n) n
(n)
X
b) y2 = f (x) · g(x) = Cnk f (n−k) (x)g (k) (x), também conhecida como fórmula de
k=1
Leibniz1 .
18
Análise Matemática I
é dada por:
dy
dy y0
y0 = = dt = t0 (2.8)
dx dx xt
dt
Assim, a derivada da segunda ordem é dada por:
d dy
d2 y (y 0 )0
00 d dy dx dx
yxx = 2 = = = x0 (2.9)
dx dx dx dy xt
dx
Deste modo, a segunda derivada pode ser escrita na forma
0 0
y (t) y 00 (t)x0 (t) − y 0 (t)x00 (t)
d2 y (yx0 )0 x0 (t) [x0 (t)]2 y 00 (t)x0 (t) − y 0 (t)x00 (t)
= = = = (2.10)
dx2 x0t x0 (t) x0 (t) [x0 (t)]3
dy = f 0 (x)dx
ou seja
d2 y = f 00 (x)dx2
Deste modo, o diferencial de ordem n é dado por
h i h i
d(n) y = d d(n−1) f (x)dx(n−1) = f (n) (x)dx(n−1) dx = df ((n) (x)dxn ⇒ dn y = df (n) (x)dxn
19
Análise Matemática I
20
Análise Matemática I
Teorema 2.15.1. Se a função f (x) é diferenciável no ponto x0 e f 0(x0) > 0 (f 0(x0) < 0),
então f(x) é crescente (decrescente) no ponto x0.
Definição 2.15.2. Diremos que a função f (x) é estritamente crescente (crescente) no in-
tervalo [a; b] ⊂ E, se para quaisquer x1 , x2 ∈ [a; b] tais que x1 < x2 , implica que f (x1) <
f (x2)(f (x1) ≤ f (x2)).
Teorema 2.15.2. Suponhamos que f (x) é contínua em [a; b] e diferenciável em (a; b).
Então, as seguintes afirmações são equivalentes:
Teorema 2.15.3. (de Rolle5 ) Suponhamos que a função f (x) satisfaz as seguintes condi-
ções:
21
Análise Matemática I
3) f (a) = f (b).
Teorema 2.15.5. (de Cauchy7 ) Suponhamos que as funções f (x) e g(x) satisfazem as
seguintes condições:
1) As funções f (x) e g(x) estão definidas e são diferenciáveis numa certa vizinhança
do ponto x0 com excepção, talvez, do próprio ponto x0 ;
6
Joseph Louis de Lagrange (1736–1813) — matemático francês
7
Augustin Louis Cauchy (1789–1857) — matemático francês
8
Guillaume Francois A. de L’Hospital (1661–1704) — matemático francês
22
Análise Matemática I
f 0 (x)
4) Existe lim .
x→x0 g 0 (x)
Então,
f (x) f 0 (x)
lim = lim 0
x→x0 g(x) x→x0 g (x)
4x3 − 2x2 + x
a) lim
x→0 3x2 + 2x
Resolução:
0
4x3 − 2x2 + x
3
4x − 2x2 + x 12x2 − 4x + 1
0 1
lim 2
= ⇔ lim 2
= lim =
x→0 3x + 2x 0 x→0 3x + 2x x→0 6x + 2 2
x2 + x − 1
b) lim
x→∞ 2x2 + 5
Resolução:
0
x2 + x − 1 h ∞ i
2
x +x−1 2x h ∞ i
lim = ⇔ lim = lim = ⇔
x→∞ 2x2 + 5 ∞ x→∞ 2x2 + 5 x→∞ 4x ∞
0
2x 2 1
lim = lim =
x→∞ 4x x→∞ 4 2
t 1
c) lim −
t−→1+ t − 1 ln t
Resolução:
t 1 t ln t − t + 1 0 ln t
lim − = [∞ − ∞] ⇔ lim = ⇔ lim 1 ⇔
t−→1 + t − 1 ln t t−→1+ t−1 0 t−→1+ ln t + 1 − t
1
t 1
lim 1 t 1 = lim = .
t−→1+ t + 1 2
t + t2
t−→1+
sin 5x − sin 3x
d) lim
x→0 sin x
Resolução:
sin 5x − sin 3x 0
sin 5x − sin 3x 0 5 cos 5x − 3 cos 3x
lim = ⇔ lim = lim =2
x→0 sin x 0 x→0 sin x x→0 cos x
Diremos que uma recta é uma assímptota de uma curva se ao mover um ponto ao longo
da parte extrema da curva aproxima-se a esta recta. Em outras palavras, a assímptota e
a curva ficam arbitrariamente próximos a medida que se afastam da origem do sistema
de coordenadas.
lim f (x) = b
x→∞
23
Análise Matemática I
x2 + x
Exemplo 2.16.1. Seja f (x) = , ache as assímptotas.
x
Resolução:
x2 + 1 x2 + 1
• Df : x ∈ R\{0}, lim = +∞ e lim = −∞, assim x = 0 é assímptota verti-
x→0+ x x→0− x
cal;
x2 + 1
• lim = ∞, portanto a curva não tem assímptotas horizontais;
x→∞ x
• y = kx + b, é assímptota oblíqua,
2 entãoachemos os coeficientes k e b, assim:
x2 + 1 x +1
k = lim = 1 e b = lim − x = 0, assim y = x
x→∞ x2 x→∞ x
Teorema 2.16.1. Toda função contínua em um intervalo fechado [a, b], possui máximo e
mínimo absolutos.
Definição 2.16.5. Uma função f (x) , definida num intervalo [a, b] , tem máximo local
em x0 ∈ [a, b] se existir ε > 0 tal que f (x) ≤ f (x0 ) para todo x ∈ (x0 − ε, x0 + ε). Do mesmo
modo, dizemos que essa função tem mínimo local em x0 ∈ [a, b] se existir ε > 0 tal que
f (x) ≥ f (x0 ) para todo x ∈ (x0 − ε, x0 + ε).
24
Análise Matemática I
Definição 2.16.7. Se uma função f (x) tiver um máximo ou mínimo local em x0 , então x0
é um ponto crítico de f (x).
Teorema 2.16.2. (de Fermat9 ) Se a função f (x) atinge no ponto x0 um máximo ou mínimo
local, então f 0 (x0 ) = 0 ou f 0 (x0 ) não existe.
Teorema 2.16.3. Suponhamos que no ponto x0 a função f (x) atinge um máximo (mínimo)
local e que nesse ponto f (x) tem derivada de segunda ordem.
Então f 00 (x0 ) < 0 (f 00 (x0 ) > 0).
Observação 2.16.7.1. Seja f (x) uma função contínua definida num intervalo [a, b]. Os
valores máximos e mínimos absolutos de f (x) podem ser determinados seguindo-se as
seguintes etapas:
3) O maior valor encontrado nas etapas 1 e 2 é o máximo absoluto de f (x) . Por outro
lado, o menor valor encontrado nas duas etapas anteriores é o mínimo absoluto de
f (x).
(a) Se f 0 (x) for estritamente crescente em (a, b), então f (x) terá concavidade virada para
cima em (a, b).
(b) Se f 0 (x) for estritamente decrescente em (a, b), então f (x) terá concavidade virada
para baixo em (a, b).
Corolário 2.16.4.1. (Critério de concavidade) Seja f (x) uma função derivável até se-
gunda ordem em (a, b). São verdadeiras as seguintes afirmações
(a) Se f 00 (x) > 0, para todo x ∈ (a, b), então f (x) terá concavidade virada para cima
(a, b).
9
P. Fermat (1601–1665) — matemático francês
25
Análise Matemática I
(b) Se f 00 (x) < 0, para todo x ∈ (a, b), então f (x) terá concavidade virada para baixo em
(a, b).
5
f 00 (x) = (6x2 − 20x + 14) = 12x − 20. Portanto, f 00 (x) = 0 ⇒ x =
3
x ] − ∞; 53 [ 5
3 ] 53 ; +∞[
f 00 (x) - 0 +
− 32
T S
f (x) 27
3) Achar as assímptotas;
8) Achar os intervalos onde o gráfico tem concavidade virada para cima e para baixo;
Exemplo 2.16.3. Faça o estudo geral da função definida em (2.16.2). (Domínio, zeros,
ordenada na origem, monotonia, concavidade, esboço do gráfico,...)
1) Df = R;
x ] − ∞; 1[ 1 ]1; 73 [ 7
3 ] 73 ; ∞[
f 0 (x) + 0 - 0 +
f (x) % 0 & − 64
27 %
26
Análise Matemática I
5
f 00 (x) = (6x2 − 20x + 14) = 12x − 20. Portanto, f 00 (x) = 0 ⇒ x =
3
x ] − ∞; 53 [ 5
3 ] 35 ; +∞[
f 00 (x) - 0 +
T 32 S
f (x) − 27
6) Esboço do gráfico
27
Cálculo Integral
3
3.1 Integral Indefenido
Definição 3.1.1. (Primitiva de uma função) A função F (x), chama-se primitiva de f (x)
em (a, b), se qualquer x ∈ (a, b), cumpre-se a igualidade:
x2
c) A primitiva de f (x) = x, é F (x) = ;
2
Definição 3.1.2. Seja F (x) primitiva de f (x) em (a, b) e C uma constante, entãoF (x) + C ,
é também primitiva de f (x) pois [F (x) + C]0 = F 0 (x) + C 0 = f (x).
Teorema 3.1.1. (Sobre a unicidade da primitiva) Se F1 (x) e F2 (x) são quaisquer duas
primitivas de f (x) em (a, b) então F1 (x) − F2 (x) = C , C ∈ R.
Demonstração:
Seja Q(x) = F1 (x) − F2 (x), onde F1 (x) e F2 (x) são duas funções contínuas e diferenciáveis
em (a, b) e Q0 (x) = [F1 (x) − F2 (x)]0 = F10 (x) − F20 (x) = f (x) − f (x) = 0, então:
Q(x) = F1 (x) − F2 (x) = C , C ∈ R
Exemplo 3.1.2. F1 (x) = − cos x e F2 (x) = − cos x + 10, são primitivas de f (x) = sin x e
F1 (x) − F2 (x) = − cos + cos x − 10 = −10
28
Análise Matemática I
Exemplo 3.1.3.
Z Z Z Z Z
4 3 4 3
x + 2x − 5x + 4 dx = x dx + 2x dx − 5xdx + 4dx
Z Z Z Z
= x4 dx + 2 x3 dx − 5 xdx + 4 dx
x5 x4 5 2
= + − x + 4x + C
5 2 2
xn+1
Z Z
n dx
x dx = +C = ln |x| + C
n+1 x
ax
Z Z
x
a dx = +C ex dx = ex + C
ln a
Z Z
sin xdx = − cos +C cos dx = sin x + C
Z Z
tan xdx = − ln | cos x| + C ctgdx = ln | sin x| + C
Z Z
dx dx
= tan x + C = −ctgx + C
cos2 x sin2 x
Z Z
dx dx x
√ = arcsin x + C √ = arcsin + C
1 − x2 a2−x 2 a
Z Z
dx dx 1 x
= arctan x + C = arctan + C
1 + x2 a2 + x2 a a
Z Z
dx p dx 1 1 + x
√ = ln |x + x2 + a2 | + C = ln +C
a2 + x2 1 − x2 2 1 − x
Exemplo 3.1.4.
Z Z Z Z Z
2 4 2 2 4 2
3x + cos x + + 2
dx = 3x dx + cos xdx + dx + dx
x 1+x x 1 + x2
= x3 + sin x + 4 ln |x| + 2 arctan x + C
29
Análise Matemática I
Método de substituição
30
Análise Matemática I
Teorema 3.1.3. (Método de integração por partes) Sejam u = u(x) e v = v(x), duas
funções que possuem derivadas contínuas então d(uv) = udv + vdu, integrando esta igua-
lidade, obtemos: Z Z
udv = uv − vdu (3.4)
Eis alguns tipos de integrais para os quais é cómodo determinar pelo método de
integração por partes.
Z Z Z
a) Integrais do tipo P (x)ekx dx, P (x) sin kxdx, P (x) cos kxdx, onde P (x) é um
polinómio, k é um número real. Para este tipo de integrais é conveniente considerar
u = P (x) e denotar por dv os restantes factores.
Z Z Z Z
b) Integrais do tipo P (x) arcsin xdx, P (x) arccos xdx, P (x) ln xdx, P (x) arctan xdx,
Z
P (x)arctgxdx, onde P (x) é um polinómio, k é um número real. Para este tipo de
integrais é conveniente considerar P (x)dx = dv e denotar por u os restantes facto-
res.
Z Z
c) Integrais do tipo eax sin bxdx, eax cos bxdx, onde a e b são números reais. Para
este tipo de integrais é conveniente considerar u = eax .
31
Integral Definido
4
4.1 Integral definido segundo Riemann
Seja [a, b] um intervalo limitado e fechado em R. Chama-se partição de [a, b] ao conjunto
P = {x0 , x1 , . . . , xn }, onde a = x0 < x1 < . . . < xn = b. Os elementos x0 , x1 , . . . , xn dizem-se
vértices da partição. Os intervalos [xk−1 , xk ], chamam-se intervalos da partição e a maior
das amplitudes destes intervalos diz-se diâmentro da partição e representa-se por
def
diam(P ) = maxk=1,2,... |∆xk |, onde ∆xk = xk − xk−1
Seja f (x) umma função definida no segmento [a, b] ⊂ R e τ é uma partição qualquer
deste segmento. A expressão:
n
X b−a
Sn = σ(xk , ξk , f ) = f (ξk )∆xk , xk−1 ≤ ξk ≤ xk , onde xk = x0 + kh e h = (4.1)
n
k=1
Chama-se soma integral de Riemann para a função f (x). Ao limite da soma, caso exista,
chama-se Integral definido de f (x) no segmento [a, b] ⊂ R1 e a denotação usada é:
Zb
f (x)dx = lim σ
d→0
a
Observação 4.1.0.1. Se f (x) é contínua em [a, b], também será integrável em [a, b], i.,é,
o limite da soma (σ ) existe, independentemente do método usado na divisão do segmento
de integração [a, b] e da escolha dos pontos ξk .
Z2
a) dx
−1
Resolução:
b−a 3
Dividindo o comprimento do segmento [-1; 2] em n partes iguais temos h = =
n n
e podemos escolher ξk = xk então teremos:
32
Análise Matemática I
Z4
b) xdx
0
Resolução:
Zb
f (x)dx = F (x) ba = F (b) − F (a) (4.2)
Zb
Teorema 4.1.3 (Propriedades do Integral definido). O integral definido f (x)dx, goza
a
das seguintes propriedades:
Za
1) f (x)dx = 0;
a
Zb Za
2) f (x)dx = − f (x)dx;
a b
Zb Zb Zb
3) [αf (x) + βg(x)]dx = α f (x)dx + β g(x)dx, α, β ∈ R1 ;
a a a
Zb Zc Zb
4) f (x)dx = f (x)dx + f (x)dx, a < c < b.
a a c
Z4 (
4x3 , se 3 < x < 4
Exemplo 4.1.2. Calcule f (x)dx, onde f (x) =
2x − 1, se 1 < x < 3
1
Resolução:
Z4 Z3 Z4
4x3 dx = x2 − x 31 + x4 43 = 6 + 175 = 181
f (x)dx = (2x − 1)dx +
1 1 3
1
2) φ(t) ∈ C[α,β] , φ(α) = a, φ(β) = b, a ≤ φ(t) ≤ b, então:
Zb Zβ
f (x)dx = f [φ(t)]φ0 (t)dt
a α
33
Análise Matemática I
Ze2
dx
Exemplo 4.1.3. Calcule
x(ln x)3
e
Resolução:
(i) Integração mediante o sinal do diferencial
1 ,
Teorema 4.1.5 (Método de integração por partes). Suponhamos que u(x), v(x) ⊂ C[a,b]
então:
Zb Zb
b
udv = uv a − vdu
a a
0 0
π π
= x sin x 0 + x cos x 02
2
π
= −1
2
Zln 2
b) xe−x dx
0
Resolução: Aplicando o método de integração por partes teremos:
Zln 2 Zln 2
−x −x ln 2
xe dx = −xe 0 + e−x dx
0 0
− ln 2
e−x ln
2
= − ln 2e − 0
1 1 1
= − ln 2 − + 1 = (ln e − ln 2)
2 2 2
34
Análise Matemática I
Os integrais das funções acima citadas são chamados de Integrais Impróprios. Estes
integrais são de grande utilidade em diversos ramos da Matemática como por exemplo,
na solução de Equações Diferenciais Ordinarias via transformada de Laplace e no estudo
de probabilidades, em Estatística.
Observação 4.2.1.1. Se este limite é finito diremos que o integral converge caso contrário,
diremos que o integral diverge.
+∞
Z ZA
dx dx π
= lim arctan x A
= lim 0 =
1 + x2 A→+∞ 1+x 2 A→+∞ 2
0 0
+∞
Z Z0 +∞
Z Z0 ZA
xdx xdx xdx dx dx
= + = lim + lim =0
(x + 1)2
2 (x + 1)2
2 (x + 1)2 B→−∞
2 1 + x2 A→+∞ 1 + x2
−∞ −∞ 0 B 0
Zb +∞
Z
Teorema 4.2.1. Se o integral f (x)dx, converge, então converge o f (x)dx, (A > a) e
a A
vice-versa. Além disso tem lugar a igualidade:
+∞
Z ZA +∞
Z
f (x)dx = f (x)dx + f (x)dx
a a A
+∞
Z
Teorema 4.2.2. Suponhamos que |f (x)| ≤ g(x), ∀x ≥ A, (A ≥ a). Então, se g(x)dx
a
+∞
Z +∞
Z +∞
Z
converge implica que o f (x)dx converge. Se f (x)dx diverge implica que g(x)dx
a a a
também diverge.
35
Análise Matemática I
Teorema 4.2.3. Se f (x) e g(x) são funções equivalentes, quando x → +∞, então os
integrais:
+∞
Z +∞
Z
f (x)dx e g(x)dx, convergem ou divergem simultaneamente.
a a
1
Teorema 4.2.4. Suponhamos que f (x) = o , x → +∞, então:
xλ
+∞
Z +∞
Z
Para λ > 1, f (x)dx, converge, caso contrário (λ ≤ 1) o integral f (x)dx diverge.
a a
+∞
Z
Então f (x)dx, converge.
a
+∞
Z
dx
Exemplo 4.2.2. Avalie o integral √
3
x 1 + x2
1
1 1
Resolução: Fazendo algumas transformações no integrando teremos √
3
≡ √
3
=
x 1+x 2 x5
1
5
x3
+∞
Z +∞
Z
dx dx 5
√
3
= 5 , λ= 3 > 1, então o integral converge.
x 1 + x2 x 3
1 1
+∞
Z
Definição 4.2.2. Diremos que o integral f (x)dx, converge de modo absoluto se con-
a
+∞
Z +∞
Z
verge o integral |f (x)| dx. Se o integral f (x)dx converge, mas não converge de modo
a a
absoluto, diremos que converge de modo condicional.
Definição 4.2.3. Seja f (x) uma função não limitada na vizinhança do ponto b e integrável
em cada segmento finito [a, b − ]( > 0) então:
Zb Zb−
f (x)dx = lim f (x)dx, chama-se Integral Impróprio do segundo tipo ou integral de uma
→0
a a
função descontínua.
Do mesmo modo, definem-se os seguintes integrais:
Zb Zb
a) f (x)dx = lim f (x)dx, onde f (x) é uma função não limitada na vizinhança do
→0
a a+
ponto a e integrável no segmento [a + , b];
36
Análise Matemática I
Zb Zc Zb
b) f (x)dx = f (x)dx + f (x)dx, (a < c < b), onde f (x) é uma função não limitada na
a a c
vizinhança do ponto c e integrável no segmento [a, c − ] e [c + , b].
Z1
dx
b) √
1 − x2
−1
Resolução: A função f (x), tem um singularidade nos pontos x = −1 e x = 1. Porém
a função é par e:
Z1 Z1 Z1−
dx dx dx π
arcsin x 1−
√ = 2 √ = 2 lim √ =2 0 = 2 lim 2 = π
1 − x2 1−x 2 →0 1 − x2 →0 2
−1 0 0
1
Teorema 4.2.6. Suponhamos que f (x) = o , x → b, b e λ são constantes então,
(x − b)λ
Zb Zb
se λ < 1, f (x)dx converge. Caso contrário (λ ≥ 1) o integral f (x)dx diverge.
a a
Z1
dx
Exemplo 4.2.4. Avalie a convergência do Integral √
1 − x4
0
Resolução:1 − x4 = (1 − x)(1 + x)(1 + x2 ) então 1 − x4 ≡ (1 − x), quando x → 1. Então:
Z1 Z1 Z1
dx dx 1 dx 1
√ = p = 1 , como λ = 2 < 1 o integral converge.
1 − x4 4(1 − x) 2 (1 − x) 2
0 0 0
37