Apostila do Participante
ÍNDICE
Introdução 06
Motor 07
Motor de Combustão 07
Motor de Combustão Interna 07
Motor de Combustão Externa 07
Motores Automotivos 07
Ciclo Otto 08
Ciclo Diesel 08
Ciclo Wankel 09
Motor do Ciclo Otto 09
Quanto ao combustível 09
Quanto à montagem no veículo 10
Quanto à disposição dos cilindros 10
Quanto ao regime de trabalho 11
Motor do Ciclo Otto - Conceitos Básicos 12
Cilindrada 12
Taxa (ou relação) de compressão 12
Torque 13
Potência 13
Curvas de Torque e Potência 14
Estequiometria da Combustão 14
Motor do Ciclo Otto – Principais Componentes 15
Componentes fixos 15
Cabeçote 15
Coletor de admissão 16
Coletor de escape 16
Catalisador 16
Bloco 16
Cárter 17
Filtros 17
Juntas e Vedadores 18
Componentes móveis 19
Componentes móveis encontrados no Cabeçote 19
Válvulas 19
Comando de válvulas 19
Balancins 21
1º SEMESTRE / 2015
Motor de Combustão
Motor de combustão é um sistema que transforma a energia liberada de uma reação química
exotérmica (que libera energia em forma de calor) em energia mecânica.
Essa reação química exotérmica, conhecida como combustão, ou
simplesmente queima, ocorre entre uma substância combustível e um
comburente (oxigênio), quando estimulada por uma energia de ativação
(exemplo: centelha para o motor do Ciclo Otto).
Motores Automotivos
Os motores automotivos são em sua grande maioria Motores de Combustão Interna, onde uma
mistura ar/combustível é queimada no interior de câmaras, conhecidas como câmaras de combustão.
O calor gerado na combustão dessa mistura aumenta a pressão dos gases no interior da câmara e
provoca o deslocamento da parte móvel dessa câmara, que é o pistão. Depois de provocar o
movimento do pistão, os gases queimados são expelidos da câmara de combustão e é admitida uma
nova carga da mistura ar/combustível para iniciar um novo ciclo.
Os motores baseados no Ciclo Otto são chamados alternativos, devido ao movimento dos seus pistões.
Ciclo Diesel
O motor de combustão interna do Ciclo Diesel ou motor de ignição por compressão foi inventado pelo
engenheiro alemão Rudolf Diesel em 1893. Nele a combustão ocorre espontaneamente pelo aumento
da temperatura e da pressão no interior da câmara de combustão.
As principais diferenças dos motores do Ciclo Diesel em relação aos do Ciclo Otto são:
• a taxa de compressão é mais alta, o que explica maior robustez desse motor;
• admite apenas ar para evitar pré-ignição;
• combustão espontânea, devido à temperatura e à pressão elevadas na câmara de combustão.
Diferente dos motores com pistões, o motor Wankel possui um número reduzido de peças. Porém, sua
aplicação em larga escala encontra grandes dificuldades, como a vedação interna entre as câmaras
de combustão, a baixa durabilidade e o alto consumo de combustível.
1- Janela de admissão
2- Janela de escape
3- Carcaça (estator)
4- Rotor
5- Árvore do motor
6- Pinhão (fixo)
7- Galeria de arrefecimento
8- Câmara de combustão
T- Trajeto percorrido pelo vértice do rotor
Esse motor é fabricado em ligas metálicas capazes de suportar altas temperaturas e também
possuem sistemas auxiliares, como o sistema de arrefecimento, que transmite o calor indesejado,
gerado pelo atrito entre as peças e pela combustão, para o ambiente.
A seguir, serão apresentadas algumas das principais características dos motores do Ciclo Otto. Serão
abordadas as variações e as diferentes configurações possíveis.
Quanto ao combustível:
• Transversal
As configurações acima são as mais comuns nos veículos automotores. Ainda há a variação do motor
com cilindros em V, com defasagens angulares entre os cilindros, que resulta na disposição
conhecida como motor com cilindros em W, encontrada em veículos esportivos de alto desempenho.
• Motores 4 Tempos
Tc = (V + v) / v
Onde:
Tc: taxa de compressão
V + v: volume total da câmara de combustão quando o pistão está em ponto morto inferior (PMI)
v: volume da câmara de combustão quando o pistão está em ponto morto superior (PMS)
v PMS v
PMI
T=Fxd
Potência (P)
Potência ‘P’ é trabalho ‘W’ realizado por unidade de tempo ‘t’.
O trabalho ‘W’ realizado por uma força ‘F’ independe do tempo ‘t’.
W=Fxd
Sendo:
W: Trabalho
F: Força
d: Distância percorrida pelo ponto de aplicação da força (d)
P=W/t
1 cv (cavalo vapor)
As unidades de medida de potência, segundo a ABNT, são equivale a erguer 75 kg
o cavalo vapor (cv) e o Watt (W). a uma altura de 1 metro
em 1 segundo
Por definição: 1 cv é a potência para realizar, contínua e
uniformemente, um trabalho decorrente da aplicação da
força necessária para elevar um peso de 75 Kg a um
metro de altura em um segundo.
Estequiometria da Combustão
Combustível é qualquer elemento cuja combinação química com outro elemento resulta em uma
reação exotérmica, conhecida como queima ou combustão. Na natureza, essa reação química ocorre
do combustível com o oxigênio do ar e, nestes casos, para ocorrer queima é preciso que se atinja a
temperatura de ignição.
Cada combustível tem uma quantidade de energia interna, conhecida como Poder Calorífico, que
pode ser fornecida quando o combustível é queimado. Um combustível é constituído, sobretudo, dos
elementos químicos hidrogênio e carbono, tendo o hidrogênio o poder calorífico de 28.700 Kcal/kg,
enquanto o do carbono é de 8.140 Kcal/kg. Por isso, quanto mais rico em hidrogênio for o combustível,
maior será o seu poder calorífico.
Para que a queima do combustível ocorra e a expansão dos gases produza a pressão e o trabalho
desejados, é necessário que a massa de combustível seja combinada a uma determinada quantidade
de ar. Essa combinação ar/combustível é conhecida como estequiometria.
Como em um bolo, cuja receita exige que determinados ingredientes sejam misturados em
quantidades específicas para garantir um assado perfeito, um motor também necessita que a
mistura ar/combustível tenha quantidades específicas para a combustão completa. Ar e combustível,
combinados nos motores Flex, contam com as misturas aproximadas de 9 partes de ar para 1 parte de
Etanol ou 14,5 partes de ar para 1 parte de Gasolina.
Componentes fixos
A estrutura, ou o corpo, do motor é composta por três partes: Cabeçote, Bloco e Cárter. Dentro de
cada um deles ocorrem processos distintos e fundamentais para o motor funcionar.
Cabeçote
É a parte superior do motor, onde estão alojadas as
válvulas de admissão e de escape, as velas de ignição
e, normalmente, onde estão montados o comando de
válvulas e os coletores de admissão e escape. As
válvulas e as velas atuam na parte superior da câmara
de combustão.
Hoje em dia, os parafusos de fixação do cabeçote costumam ser elásticos, com o torque final em
ângulo. Desta forma, recomenda-se o uso de novos parafusos para se fixar o cabeçote ao bloco. Seus
parafusos são apertados conforme orientação do Manual de Serviço.
Alguns componentes dos atuais motores, principalmente os que sofrem atrito e com as variações de
temperatura, já são produzidos através do processo de sinterização, conhecido como metalurgia do
pó. A partir de um composto de metais e ligas, prensadas em condições de temperatura e pressão
específicas, os componentes sinterizados adquirem as propriedades necessárias para atender
diferentes finalidades, que podem ser: dureza superior, porosidade, resistência à compressão, entre
outras.
Coletor de escape
Tem a função de facilitar a remoção dos gases resultantes da combustão
do interior dos cilindros. Os gases queimados fluem para dentro do coletor
de escape em direção ao catalisador e ao escapamento.
Catalisador
Catalisador ou conversor catalítico é um dispositivo que converte três
componentes resultantes da combustão, que são nocivos ao homem e ao
meio ambiente, em compostos inofensivos. O monóxido de carbono (CO) é
convertido em dióxido de carbono (CO2); os hidrocarbonetos (HC), em
dióxido de carbono (CO2) e água (H2O); e os óxidos de nitrogênio (NO), em
nitrogênio (N2) e oxigênio (O2).
Bloco
É fabricado em ferro ou alumínio fundido, deve suportar as elevadas temperaturas geradas pela
combustão em seu interior e permitir a rápida dissipação do calor. No quesito calor, o alumínio possui
melhores propriedades dissipadoras, além de ser mais leve.
O bloco é a principal estrutura do motor, onde são encontrados os cilindros, as cavidades das câmaras
de combustão, e onde são fixados o cabeçote, o cárter, os suportes de apoio da árvore de manivelas
(virabrequim) e a maior parte dos componentes do motor.
Os cilindros podem ser usinados no próprio bloco ou constituídos por camisas de aço instaladas sob
pressão (interferência) nos orifícios do mesmo. O diâmetro dos cilindros determina a cilindrada do
motor.
São componentes que também podem estar fixados no bloco do motor: comando de válvulas, bomba
d’água, bomba de combustível, bomba de óleo lubrificante, entre outros periféricos.
O bloco do motor pode ter suas camisas retificadas e/ou substituídas, conforme seu projeto e
especificações do fabricante. Vale lembrar que, no caso de reparação de um motor, devem ser
inspecionados e controlados:
• Conicidade do cilindro;
• Ovalização do cilindro;
• Brunimento do cilindro;
Cárter
Fixado na parte inferior do bloco, o cárter é o reservatório de óleo lubrificante do motor.
O cárter pode ser fabricado em aço estampado ou alumínio.
Ao desligar o motor, o óleo que circulou pelas galerias do bloco e do cabeçote do motor escorre
por gravidade até o cárter, onde é acumulado para a próxima vez em quem o motor for ligado.
Esse reservatório também ajuda a resfriar o óleo.
Filtros
Os filtros são descartáveis, porém, fundamentais para o correto
funcionamento do motor. O papel dos filtros é reter resíduos e
contaminantes que possam causar algum prejuízo ou comprometer
a vida útil dos componentes.
A junta do cabeçote, por exemplo, tem a função de vedar os fluidos de lubrificação, de arrefecimento,
os gases resultantes da combustão e de suportar as oscilações de temperatura, preservando sua
espessura (distância entre o cabeçote e o bloco). Podem ser metálicas ou convencionais.
Juntas metálicas – projetadas para suportar altas temperaturas, evitando a dilatação pelo
aquecimento dos materiais. (ex.: coletor de escape)
Juntas de borracha - utilizadas para vedação de fluídos de dutos de ar em geral. (ex.: água ou óleo;
coletor de admissão)
Juntas de papel - geralmente utilizadas para vedação de fluidos mais finos. (ex.: óleo de transmissão
automática)
Junta de cortiça - geralmente contém borracha em sua composição. Deve-se tomar muito cuidado na
montagem, pois este material tem grande capacidade de esmagamento.
X’Rings - possuem quatro extremidades, usadas de maneira semelhante aos o’rings; apresentam
algumas vantagens e a mais significativa é o menor coeficiente de atrito.
V’Rings - fazem a selagem de face. (ex.: raspadores e centrifugadores em sistemas de altas rotações
e baixas pressões)
Retentores - podem ser usado em eixos de movimentos axial com severas restrições, principalmente
quanto à pressão máxima de trabalho. (ex.: eixos rotativos)
Gaxetas - fazem vedação em sistemas de movimentos axiais e/ou rotativos, sendo que estas se
utilizam da própria pressão do sistema para fazer a vedação. (ex.: óleo de transmissão automática)
Todo motor de 4 Tempos possui no mínimo duas válvulas por cilindro (uma de
admissão e outra de escape), porém, há motores com três, quatro ou cinco
válvulas por cilindro.
Comando de válvulas
É responsável pela abertura das válvulas de admissão e de escape, através dos excêntricos ou
ressaltos, conhecidos como cames, que pressionam as válvulas em seu movimento rotativo.
Came
Exemplo: Quando a válvula de admissão está aberta e o pistão está em curso de admissão, a massa de
ar ou mistura ar-combustível no coletor de admissão é puxada para o interior do cilindro pela
diferença de pressão criada. No momento em que o pistão alcança o fim do seu curso de admissão, a
massa admitida ainda está se movendo a uma velocidade consideravelmente alta. Se a válvula de
admissão fechar nesse momento, certa quantidade deixará de entrar no cilindro. Se a válvula de
admissão permanecer aberta por um período um pouco maior, a inércia da massa continuará
forçando-a para dentro do cilindro, mesmo com o pistão já em curso de compressão. Assim, quanto
mais rápido estiver girando o motor, mais rapidamente se movimentará a massa e será mais
interessante manter a válvula de admissão aberta por mais tempo.
Dependendo do motor, o comando de válvulas pode ser instalado no cabeçote ou na lateral do bloco
do motor. O comando de válvulas no cabeçote pode ser simples, denominado SOHC (Single Over Head
Camshaft), quando uma única árvore comanda a abertura e o fechamento das válvulas de admissão e
de escape.
Alguns motores possuem dois comandos localizados no cabeçote, um para acionar as válvulas de
admissão e outro para as válvulas de escape. A esta configuração chama-se DOHC (Dual Over Head
Camshaft). Motores em V podem ter até quatro comandos, dois para cada bancada de cilindros.
Na maior parte dos motores 2 tempos não há árvore de comando de válvulas, uma vez que a entrada e
a saída de gases no cilindro são feitas através de janelas e não de válvulas.
Servem de alavanca para acionar as válvulas, quando a árvore do comando não está posicionada
acima das válvulas; são os elementos de transmissão dos movimentos provocados pelos cames do
comando de válvulas. Quando o ressalto do came movimenta o balancim, uma de suas extremidades
provoca a abertura da válvula, permitindo a passagem dos gases entre a válvula e a sua sede. Com a
rotação do came, ao final do contato com o ressalto, válvula e balancim retornam à posição inicial,
forçados pela mola de retorno, em que a válvula permanece fechada.
Tuchos
Os tuchos mecânicos necessitam de uma folga para compensar a dilatação dos materiais.
Normalmente, essa folga é maior para as válvulas de escape. A regulagem dos tuchos ou das válvulas
deve ser verificada periodicamente e corrigida quando necessário. Tuchos com folga acima do limite
provocam ruídos de batidas e desgaste acentuado no mesmo. Por outro lado, um tucho mecânico sem
folga fará com que as válvulas não se assentem corretamente quando o motor estiver aquecido,
gerando perda de compressão, de potência e aquecimento no motor.
Os tuchos hidráulicos desenvolvem menor rendimento térmico no motor. Por outro lado, não há
necessidade da verificação de sua folga, como ocorre nos tuchos mecânicos. Quando o sistema de
injeção eletrônica de combustível possui um sensor de detonação, é de fundamental importância a
utilização de tuchos hidráulicos, pois a frequência das batidas de válvulas é muito próxima aos da
detonação do motor, o que poderia "confundir" o sistema e provocar atrasos na ignição.
Quanto ao seu esquema de montagem, pode ser de três tipos: apoio hidráulico, acionamento direto ou
acionamento por vareta.
Com relação aos tuchos hidráulicos, não há necessidade de montá-los carregados com óleo. Os
tuchos são carregados rapidamente assim que o óleo lubrificante entra em circulação. O que tem que
ser verificado é a total limpeza, não só dos tuchos, mas também do seu alojamento. Tuchos removidos
do motor e que não serão substituídos devem permanecer em banho de óleo limpo para evitar
entrada de impurezas, e não para mantê-los carregados.
A árvore de manivelas, fabricada em aço e forjada, é robusta o suficiente para suportar os esforços e
também é pesada, para armazenar uma parte da energia gerada na combustão (força da inércia), em
conjunto com o volante.
A árvore de manivelas é formada por munhões (colos fixos) e os moentes (colos móveis), onde são
fixadas as bielas. Um dos munhões serve de apoio ao deslocamento axial (longitudinal) da árvore de
manivelas .
Munhão
Bronzinas
São os mancais de deslizamento, também denominadas capas de mancais ou casquilhos, utilizados
para reduzir o atrito, servir de apoio e guia da árvore de manivelas e das bielas. As bronzinas são
bipartidas e possuem um canal longitudinal para lubrificação.
A parte superior da cabeça do pistão é denominada coroa e é ela quem recebe a força da combustão,
que impulsiona o pistão para baixo, gerando energia de movimento. Na parte lateral da cabeça do
pistão encontramos as canaletas onde são alojados os anéis de segmento.
Anéis de segmento
São peças muito importantes para o correto funcionamento do motor; são fabricados em liga de aço
com elevado teor de carbono, o que proporciona dureza e certa fragilidade a esses componentes.
Os anéis de segmento são geralmente divididos em três tipos, com finalidades diferentes. O primeiro
tipo de anel, que fica na primeira canaleta da cabeça do pistão, tem a função de conter a pressão
gerada pela compressão e pela combustão, é chamado de anel de fogo. O segundo anel tem duas
funções: de ajudar a reter a compressão, assim como o primeiro anel, e de criar uma película de óleo
quando raspa as paredes internas do cilindro. O terceiro anel tem a função de raspar o excesso de
óleo e criar uma fina película de lubrificação para reduzir o atrito dos outros anéis, evitando o
desgaste entre anéis e cilindro.
A instalação dos anéis nos pistões leva em conta a geometria e as características específicas de cada
anel. Na instalação, também é necessário que se verifique a posição ou o lado de montagem.
Pino
O pino se aloja em orifícios circulares reforçados que o pistão possui na parte média do seu corpo e se
destina à união do pistão à biela.
As uniões do pino com o pistão e do pino com a biela podem ser fixas e/ou flutuantes. A situação mais
comum é a união do pino com o pistão fixa, por interferência, e do pino com a biela flutuante..
Pistão
Anéis de segmento
Pino
Volante do motor
• Sistema de arrefecimento
• Sistema de lubrificação
• Sistema de alimentação
Sistema de arrefecimento
Controla a temperatura do motor do veículo para assegurar o correto funcionamento. Na temperatura
ideal, o motor tem melhor desempenho e se torna mais econômico, menos poluente e mais durável.
O sistema funciona com a circulação do fluido de arrefecimento, uma mistura de água e aditivo
(coolant). Sua função é efetuar a troca de calor, atuando da seguinte forma: o fluido recebe calor
quando passa pelo motor e libera calor ao passar no radiador.
Falhas neste sistema podem acarretar o superaquecimento e graves problemas decorrentes. O mais
provável é a queima da junta do cabeçote, que provoca a queda na pressão de compressão e a
possível mistura do líquido de arrefecimento com o óleo lubrificante (deixando o óleo com aparência
leitosa).
Alguns testes bem simples podem ser feitos no sistema de arrefecimento e ajudam muito no
levantamento das causas dos inconvenientes percebidos pelos clientes, são eles: testes de
vazamentos, teste da tampa do vaso de expansão e teste da válvula termostática.
Válvula
termostática Vaso de expansão
Tampa do vaso
de expansão
Radiador
Bomba d’água
Eletro-ventilador
• Radiador
• Eletro-ventilador
• Sensor de temperatura
• Mangueiras
• Vaso de expansão
O sistema de lubrificação típico de um motor é composto por diversos componentes que fazem
circular óleo no sistema, controlam a pressão do mesmo e fazem a sua filtragem para evitar que
impurezas prejudiquem o funcionamento adequado do conjunto.
▪ Bomba de óleo;
▪ Filtro de óleo;
Válvula anti-retorno -
garantia de lubrificação no
momento da partida do Válvula de
motor. segurança (by-
pass) - garantia de
Elemento filtrante
Papel com eficiência de Válvula de
lubrificação alívio
mesmo
filtragem acima de 80% - em condições de
segurança para o motor uso extremo
Neste sistema a bomba de óleo mantém algumas cubas cheias de óleo, que estão posicionadas
próximas às passagens das bielas, que por sua vez estão munidas com colheres que recolhem parte
do óleo durante seu movimento de vai e vem. O óleo, ao penetrar as biela, lubrifica seu respectivo
moente. Este é um sistema que requer canais de lubrificação maiores, devido à baixa pressão de
funcionamento (0,1 a 0,4bar).
Este bem sucedido sistema de lubrificação utiliza a pressão de uma bomba (de 1 a 3bar) para alcançar
as diversas galerias de passagem do óleo do motor. Munhões e moentes da árvore de manivelas
possuem furos de lubrificação por onde o óleo atinge as superfícies de contato. Galerias também
conduzem o óleo até as peças do cabeçote (comando de válvulas, balancins, tuchos…). As bielas
possuem canaletas internas que se estendem da cabeça até o pé da biela chegando ao pino do pistão,
para então despejar jatos de óleo que refrigeram o pistão. Neste sistema também é muito frequente o
uso jateadores de óleo, que despejam jatos de óleo em direção aos pistões ou cilindros.
Esta é uma variação do sistema de lubrificação sobre pressão. Neste, mancais e árvore de manivelas
são lubrificados por pressão, enquanto que as bielas são lubrificadas por projeção de um jato de óleo.
Um canal de óleo sob pressão despeja jatos de óleo sobre a biela, que, munida de uma colher,
consegue canalizar esses jatos internamente, promovendo a lubrificação do conjunto pino-pistão
bem como boa parte desse óleo atinge a cabeça da biela, promovendo sua refrigeração. A pressão de
trabalho nesse sistema varia de 1 a 3bar.
Pouco eficiente e obsoleto. Este sistema de lubrificação utiliza o óleo lubrificante proporcionalmente
misturado ao combustível. Foi largamente utilizado em motores dois tempos. A proporção de óleo não
pode ser exagerada, o que prejudicaria o desempenho da combustão, além de contaminar câmara de
combustão e a janela de escape. Atualmente este sistema figura em pequenos motores dois tempos
de karts e pequenos veículos radio-controlados.
Este é o mais bem sucedido e eficiente sistema de lubrificação. Possui uma bomba de óleo que
trabalha pressurizando o óleo proveniente de um reservatório externo para as galerias do motor.
Destinado para carros de alto desempenho e de competição, sua maior vantagem é poder trabalhar
com o óleo em menor temperatura, além de possibilitar a montagem de um cárter menor,
consequentemente possibilitando colocar o motor na parte mais baixa da carroceria.
Tudo começou com o carburador, que por muitos anos foi encarregado da tarefa de equacionar essa
mistura.
Em meados da década de 1980, surgiram no Brasil regras mais severas quanto à emissão de
poluentes e, com isso, as fábricas passaram a adotar a injeção eletrônica, mais eficiente e menos
poluente.
A injeção eletrônica foi inventada em 1912 por Robert Bosch e colocada em linha de produção nos
Estados Unidos em 1957 pela Chevrolet mais precisamente no Corvette. Apesar de oferecer mais
performance e economia de combustível, foi deixada de lado pelos fabricantes por economia e
credibilidade.
O sistema de injeção eletrônica monoponto, que possuía um único injetor de combustível para todos
os cilindros, instalado no coletor de admissão, representou o início da integração dos sistemas de
ignição, de injeção e de auto-diagnóstico, que permitiu a existência de memória, de controle e de
correção da mistura ar/combustível baseada na análise de dados dos sensores, interpretados
eletronicamente.
No sistema de injeção eletrônica multiponto, o combustível pode ser injetado de diferentes modos:
Injeção simultânea;
Injeção semi-sequencial ou em grupo;
Injeção sequencial;
Injeção sequencial fasada.
A injeção sequencial reconhece o cilindro em fase de combustão. Este método é o mais preciso de
todos. Não ocorrem perdas por condensação do combustível, pois o cilindro admite a mistura a cada
injeção.
Nesses sistemas, se houver defeito em algum sensor ou atuador, o motorista é alertado através de
sinais de alerta no painel de instrumentos. As ocorrências de defeitos ficam armazenadas na
memória do veículo para posterior verificação com equipamentos de diagnóstico. Esses sistemas
possuem ainda estratégias de atualização de parâmetros, permitindo a correção automática dos
principais parâmetros (tempo de injeção, avanço da ignição, marcha-lenta, etc).
Na injeção direta, o combustível injetado vaporiza no interior da câmara de combustão, que reduz a
temperatura e diminui a probabilidade de detonação. Os injetores, desenvolvidos para suportar
maiores níveis de calor e de pressão do interior da câmara de combustão, contam com mais orifícios
de saída para o melhor controle da injeção.
Esse sistema também é do tipo sem retorno, que ameniza alterações da temperatura no interior do
tanque de combustível, resultando na diminuição das emissões por evaporação.
A bomba envia combustível do tanque, através do tubo de alimentação, para a bomba de alta pressão.
O combustível que passa pela bomba de alta pressão segue para o tubo de distribuição. O combustível
é injetado sob elevada pressão nas câmaras de combustão através dos injetores. O pulso dos injetores
de combustível é controlado pelo Módulo de Controle da Bomba de Combustível.
A seguir, estão relacionados os principais componentes do motor Ecotec 2.5 Injeção Direta Flex:
Mede o teor de Etanol-Gasolina do combustível para ajustar o tempo da ignição e a quantidade a ser
injetada. O sensor tem um conector de 3 pinos (terra, positivo e sinal ao ECM), usa um processador
dentro do sensor para medir o percentual de Etanol e varia o sinal de saída. O ECM fornece uma
tensão de 5 V. O intervalo normal da frequência do sinal é entre 50 e 150 Hz, com 50 Hz
representando 0% de etanol e 150 Hz representando 100% de etanol.
A alta pressão de combustível é necessária para a injeção direta. A bomba está montada na parte
traseira do cabeçote e é acionada por cames (4 ressaltos) no comando de válvulas de admissão.
Esta bomba também regula a pressão de combustível através de um solenoide acoplado. O ECM
comanda a variação da pressão de 2 a 15 MPa (20 a 150 bar / 290 a 2176 psi), variando de acordo com
o regime de funcionamento do motor.
O sinal de saída do ECM envia uma tensão de 12 Volts ao circuito de controle da bomba através de sinal
PWM (modulação por largura de pulso), que regula a pressão do combustível, fechando e abrindo a
válvula de controle em momentos específicos durante os cursos da bomba.
Quando o solenoide de controle não estiver ligado, a bomba opera com vazão máxima. Em caso de
falha de controle da bomba, o sistema de alta pressão é protegido por uma válvula de alívio.
Fixado no cabeçote, distribui o combustível sob alta pressão, uniformemente, para os injetores. Nesse
tubo são acoplados os injetores de combustível e o sensor de pressão de combustível.
O sistema de injeção direta de combustível é um sistema alta pressão. Os injetores são fixados no
cabeçote do motor com entrada direta na câmara de combustão e a pressão do combustível deve ser
maior que a pressão de compressão do motor.
Os injetores de combustível são controlados pelo ECM, que fornece uma alimentação de alta tensão
(até 65 Volts no início da injeção) para cada injetor. Um capacitor acumula e descarrega essa
voltagem, permitindo a abertura inicial do injetor, que é mantido aberto com 12 V.
Esses injetores têm ponta fina, estendida, de forma a permitir um resfriamento eficiente na câmara
de combustão. Seus orifícios geram um padrão de pulverização em forma cônica.
O ECM monitora a tensão nos circuitos do sensor. Quando a pressão de combustível está elevada, o
sinal de tensão é elevado. Quando a pressão de combustível é baixa, o sinal de tensão é baixo.
A assistência eletrônica tem a finalidade de aquecer a cera expansiva através de uma resistência
para adiantar a abertura da válvula, fazendo com que o início da abertura ocorra a aproximadamente
90°C, enquanto, mecanicamente, a válvula inicia sua abertura a aproximadamente 105°C.
Bomba de vácuo
A finalidade da bomba de vácuo é gerar a diferença de pressão (vácuo)
para assegurar o desempenho do sistema de freio nas várias condições de
operação, mesmo quando o vácuo no coletor de admissão estiver baixo.
Turbocompressor
Em motores sobrealimentados, o ar é comprimido antes de entrar no motor. A capacidade
volumétrica do motor é a mesma, mas, com a elevação da pressão dos gases admitidos, admite-se
maior massa de ar na câmara de combustão e, dessa forma, mais combustível pode ser injetado.
Com isso a potência do motor aumenta em relação ao motor naturalmente aspirado.
Constituído por um conjunto de dois rotores solidários, montados nas extremidades do mesmo eixo,
o turbocompressor é acionado pela energia cinética dos gases de escape que impulsionam o rotor
quente (ou turbina), fazendo com que o rotor frio (compressor radial), na outra extremidade,
impulsione o ar para os cilindros.
Ar admitido
pressurizado
Ar admitido
Gases de escape
para o catalisador
Gases de escape
A estrutura de transmissão de dados dos atuais veículos Chevrolet utiliza o MDI (Multiple Diagnostic
Interfase) em conjunto com o software GDS2, instalado no computador, como ferramenta de
diagnóstico e programação.
A partir dos dados do veículo obtidos através desta ferramenta é possível comparar os parâmetros de
funcionamento do veículo e com as referências no Manual de Serviços do veículo (SI), seguindo as
rotinas de diagnóstico.
Exemplo abaixo: ferramentas especiais utilizadas para reparar o motor Ecotec 2.5 Flex da S10.
EN-50791 EN-47971
Ferramenta para Adaptador para medir a
posicionar injetor pressão de óleo
EN-48034 EN-50656
Ferramenta para Ferramenta para
instalar a polia da travar a corrente do
árvore de manivelas motor
EN-51380 EN-50790
Ferramenta para Ferramenta para verificar
instalar o vedador da o posicionamento do
árvore de manivelas comando para instalação
da bomba de alta
EN-50793 EN-50792
Ferramenta para travar Ferramenta para travar
o atuador do motor a árvore de manivelas
J-41769 EN-50820
Ferramenta para Ferramenta para instalar
desconectar a linha o vedador da árvore de
de combustível. manivelas
UNIVERSIDADE CHEVROLET