Você está na página 1de 1

Brasil Seikyo - Edição 1892 - 19/05/2007 - pág.

A12 - Outros

Brasil Seikyo - Outros

Aborto: um tema que volta a ser discutido no


Brasil
Tema discutido de longa data, a aborto aceitável”. E conclui: “Insisto que é
legalização do aborto veio à tona com a mais importante criar condições sociais e
visita do papa Bento XVI ao Brasil há morais nas quais nem ocorra estupro nem
poucos dias. incesto do que abortar”.

Segundo estimativa da Organização Carlos Mitsugui, vice-coordenador do


Mundial de Saúde, no Brasil, 31% (três em Núcleo de Estudos de Bioética da BSGI, diz
cada 10) das mulheres grávidas sofrem que "a discussão em torno do aborto é
aborto. Em 2004, cerca de 250 mil importante e envolve aspectos religiosos,
internações na rede SUS foram motivadas científicos, sociais e culturais da mais alta
por curetagens pós-aborto e estima-se em relevância." Afirma que o Núcleo de
1 milhão por ano os abortos clandestinos. Bioética da BSGI estuda o assunto e
planeja publicar considerações a respeito.
No país, o aborto é permitido somente
quando a gravidez é resultado de estupro
ou em caso de risco de vida à mãe e é
considerado crime com até três anos de
prisão. Um projeto de lei tramita no
Congresso Nacional e tenta alterar a Lei e,
com certeza, provocará discussões entre
governo, religiosos, cientistas, políticos e
especialistas.

No livro Valores Humanos num Mundo em


Mutação, Daisaku Ikeda, líder da SGI,
afirma: “Como defensor do respeito pela
vida, sou inteiramente contrário ao aborto
na maioria dos casos, porquanto considero
errado terminar artificialmente uma vida já
iniciada e, assim, condená-la à escuridão
antes de chegar sequer a ver a luz. Além
do mais, o aborto é física e mentalmente
uma crueldade com a mãe e, se realizado
com freqüência, pode torná-la estéril.
Quando pode ser provado que a
continuação da gravidez ou o parto a
termo são perigosos para a mãe, julgo o

Yara Falcone dos Santos (1315-3) / pág. 1.

Você também pode gostar