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Demoura Et Al (1) - Por - Treino RM - 2004 PDF
Demoura Et Al (1) - Por - Treino RM - 2004 PDF
O teste de uma repetição máxima (1RM) tem sido aplicado so- Palabras-clave: Angulos articulares. 1RM. Técnica de ejecución.
bre várias circunstâncias e em diversos objetivos, sendo que variá-
veis potencialmente influenciadoras deste teste têm sido cons-
tantemente estudadas. Este estudo buscou avaliar a influência de 1RM en el ejercício de presión de piernas en tres diferentes ángu-
diferentes ângulos na posição inicial de execução dos exercícios los de testado en la posición inicial (80o, 90o y 100o de flexión de
pressão de pernas e posição final do exercício puxada frontal so- rodilla) y tambien en el ejercicio de puje frontal en posición final
bre os resultados de 1RM. Para tal foram mensurados no teste de (60o, 70o y 80o de flexión de codo), siendo que cada ángulo fué
1RM dos exercícios pressão de pernas e puxada frontal 20 sujei- testado en días diferentes pueden, con los dos ejercicios. Los re-
tos voluntários do sexo masculino (médias de idade 24,5 anos, sultados indican que las medias de 1RM para el ejercicio de pre-
estatura 1,75 metros e massa corporal de 72,0kg). Após consenti- sión de piernas son estadísticamente diferentes (F = 30,199; p =
mento de participação e a adaptação ao treinamento resistido com 0,000) entre si (post hoc de Tukey). Si para el ejercicio de puje
pesos, foi aplicado o teste de 1RM no exercício pressão de pernas frontal, existen hoy diferencias estas no fueron estadísticamente
em três diferentes ângulos de testagem na posição inicial (80o, 90o significativas (F = 1,330; p = 0,281). Se concluye que diferentes
e 100o de flexão do joelho) e também no exercício puxada frontal técnicas de ejecución de los ejercicios que involucran ángulos di-
posição final (60o, 70o e 80o de flexão do cotovelo), sendo que cada ferentes principalmente en las posiciones iniciales de estos deben
ângulo foi testado em dias diferentes, porém com os dois exercí- ser rigurosamente controladas pués pueden afectar el quilaje le-
cios. Os resultados indicam que as médias de 1RM para o exercí- vantado.
cio pressão de pernas são estatisticamente diferentes (F = 30,199;
p = 0,000) entre si (post hoc de Tukey). Já para o exercício puxada
INTRODUÇÃO
frontal, embora existam diferenças, estas não foram estatistica-
mente significativas (F = 1,330; p = 0,281). Conclui-se que diferen- A aptidão física com relação ao componente força vem sendo
tes técnicas de execução dos exercícios que envolvam angulações mensurada através de testes de força e resistência de força, em
diversas, principalmente nas posições iniciais destes, devem ser que figuram o de 1RM*, RM**. O teste de 1RM tem sido aplicado
rigorosamente controladas, pois podem afetar a quilagem levanta- com diversas finalidades na área do treinamento de força, classi-
da. camente, e principalmente no exercício supino ou agachamento(1-
4), mas também se tem observado sua utilização em outros exercí-
Fig. 2 – Posição inicial (a) e final (b) no exercício pressão de pernas; ângu-
Fig. 1 – Posição inicial (a) e final (b) para los de medidas foram determinados na posição inicial entre segmentos de
o exercício puxada frontal; ângulos de coxa e perna.
medidas foram determinados a partir da
posição final com ajuste na distância
entre as mãos na pegada na barra.
escores de 1RM nos ângulos analisados. O pacote estatístico SPSS
for Windows versão 10.0 foi utilizado para o tratamento dos da-
dos, sendo o nível de significância utilizado de α < 0,05.
• Pressão de pernas: 80o, 90o e 100o (ângulos mensurados en-
tre os segmentos coxa e perna; no teste de 1RM, representa a
RESULTADOS
posição inicial de testagem).
• Puxada frontal 60o, 70o e 80o (ângulos mensurados entre os Inicialmente a normalidade dos dados foi avaliada através do
segmentos antebraço e braço ajustados durante a posição final de teste de Shapiro-Wilk, em que se verificou que os valores de 1RM
testagem sem quilagem (resistência) na máquina). Justifica-se a obtidos em diferentes ângulos de análise e em diferentes exercí-
adoção dos ângulos de 60o, 70o e 80o pelo fato de que angulações cios não divergem significativamente em relação a uma curva nor-
maiores que 80o do cotovelo não eram compatíveis com o compri- mal padrão, sendo os dados, portanto, normalizados e conseqüen-
mento da barra do exercício, ou seja, indivíduos com membros temente aceitam um tratamento estatístico através de provas
superiores muito compridos (envergadura elevada) inviabilizariam a paramétricas(29).
testagem em ângulos maiores que 80o, pois ao formar o ângulo maior Na tabela 1 são apresentadas as médias, desvios padrões, coe-
de 80o ficariam com as mãos fora da barra padrão do aparelho. ficientes de variação e valores máximos e mínimos dos escores
Foram escolhidas estas posições de testagem por serem os de 1RM obtidos em diferentes ângulos de medidas. No exercício
pontos críticos de esforço, ou seja, segundo Campos(23), quanto pressão de pernas, as médias de 1RM obtidas apresentaram ampla
maior a flexão de quadril e joelho (no exercício pressão de pernas) variação (80o = 112,8kg, 90o = 138kg e 100o = 178kg). Estes dados
ou quanto mais os braços estiverem paralelos ao solo (no exercí- foram tratados estatisticamente pela Análise de Variância One Way
cio puxada frontal), maior será o braço de momento da resistência. para medidas repetidas e esta apresentou significância estatística
Portanto, durante o arco de movimentação do teste a arrancada (p < 0,01), sendo aos valores aplicados o teste post hoc de Tukey,
(início) do movimento no exercício pressão de pernas e o final do pelo qual ficou demonstrado que os valores médios de 1RM dife-
exercício puxada frontal são os pontos de maior esforço devido ao rem estatisticamente entre si nos três ângulos avaliados.
braço de momento de resistência. Quanto ao exercício puxada frontal, o mesmo procedimento es-
Utilizou-se o teste de Shapiro-Wilk para avaliar a normalidade tatístico foi realizado. Verificou-se que as médias de 1RM (tabela
dos dados. Após determinado que os dados são normalizados, uti- 1) apresentaram-se diferentes entre os três ângulos analisados (60o
lizou-se a estatística paramétrica descritiva e a ANOVA One Way = 63,6kg, 70o = 61,7kg e 80o = 58,4kg). Todavia, a variação não foi
para medidas repetidas (post hoc de Tukey), no intuito de descre- tão ampla quanto no exercício anterior, embora as diferenças en-
ver os dados e verificar possíveis diferenças significativas entre os tre os graus do ângulo do cotovelo mensurados fossem da mesma
TABELA 1
Valores descritivos e análise de variância para os três ângulos de
mensuração de 1RM nos exercícios pressão de pernas e puxada frontal
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