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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DA PROV
ÍNCIA DE LUANDA
INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO PRIVADO QUINEUS

TRABALHO DE FORMAÇÃO DE ATITUDE INTEGRADORA

PLANEAMENTO FAMILIAR E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

CURSO: ENFEMAGRM
GRUPO Nº: 7
CLASSE: 10ª
SALA: 02
TURMA: B

PROFESSOR(A)
_____________________________
Moniz Manuel Ngonga Kialunda
LUANDA, 2023/2024
PLANEAMENTO FAMILIAR E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

LISTA NOMINAL DOS INTEGRANTES DO GRUPO Nº 7

Nº NOMES COMPLETOS NOTAS NOTA


INDIVIDUAIS COLETIVA
01 Miguel Garcia
02 Ndonga Mendes
03 Rosa Sebastião
04 Serafim Laukuti
05 Simba Vemba
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................................... 1
1.1 OBJECTIVOS...................................................................................................................................................................2
1.1.1 Objectivo Geral........................................................................................................................................................2
1.1.2 Objectivos Específicos.............................................................................................................................................2
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................................................................................3
2.1 IMPORTÂNCIA DOS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS.............................................................................................4
2.2 IMPORTÂNCIA DO PLANEAMENTO FAMILIAR.....................................................................................................4
2.3 BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO FAMILIAR........................................................................................................5
2.3.1 Para A Criança:........................................................................................................................................................5
2.3.2 Para A Mulher:.........................................................................................................................................................5
3.3.3 Para A Família:.........................................................................................................................................................6
2.4 OS TIPOS DE MÉTODOS COMTRACEPTIVOS..........................................................................................................6
2.5 MÉTODOS DE BARREIRA............................................................................................................................................6
2.5.1 Preservativos Masculinos E Femininos....................................................................................................................7
2.5.2 Diafragma.................................................................................................................................................................7
2.5.3 Espermicida..............................................................................................................................................................8
2.6 MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS....................................................................................................8
2.6.1 Pílulas (Anticoncepcionais)......................................................................................................................................8
2.6.2 Anticoncepcional Hormonal Injetável.....................................................................................................................9
2.6.3 Implantes Subcutâneos.............................................................................................................................................9
2.6.4 Anticoncepção De Emergência................................................................................................................................9
2.7 MÉTODO INTRAUTERINO.........................................................................................................................................10
2.7.1 Diu (Dispositivo Intrauterino)................................................................................................................................10
2.8 MÉTODOS CIRÚRGICOS............................................................................................................................................10
2.8.1 Ligadura Das Trompas...........................................................................................................................................11
2.8.2 Vasectomia.............................................................................................................................................................11
2.9 MÉTODOS NATURAIS (COMPORTAMENTAIS).....................................................................................................11
2.9.1 Muco Cervical – Billings.......................................................................................................................................12
2.9.2 Sintotérmico...........................................................................................................................................................12
2.9.3 Tabela Ou Calendário Ou Ritmo – Ogino-Knaus..................................................................................................13
2.9.3.1 Cálculo Do Período Fértil: Ciclo Regular...................................................................................................13
2.9.3.2 Cálculo Do Período Fértil: Ciclo Irregular...................................................................................................14
2.9.4 Curva Térmica Basal Ou De Temperatura.............................................................................................................15
2.9.5 COITO INTERROMPIDO................................................................................................................................................16
3 CONCLUSÃO......................................................................................................................................................................... 17
REFERÊNCIAS..........................................................................................................................................................................18
1 INTRODUÇÃO

Neste presente trabalho abordaremos um tema muito relevante na nossa comunidade,


um assunto de extrema importância para os jovens e as famílias ou casais que querem criar
uma família.
Falaremos do planeamento familiar e dos métodos contraceptivos, existem formas
naturais de prevenir uma gravidez, existem metódos contraceptivos simples e não prejudiciais
para prevenir uma gestação.
Quando falamos de planeamento familiar não nos referimos simplesmemte na
prevenção de uma gravidez, neste trabalho vão poder perceber claramente todos esses
conhecimentos verídico sobre um planeamento familiar e métodos contraceptivos.
1.1 OBJECTIVOS

1.1.1 Objectivo Geral

 Descrever e explicar oque é e como é feito um planeamento familiar e descrever e


explicar oque são e como são feitos os métodos contraceptivos

1.1.2 Objectivos Específicos

 Abordar acerca do planeamento familiar


 Explicar os métodos contraceptivos
 Falar das vantagens e desvantagens dos métodos contraceptivos
 Dotar os ouvintes de conhecimentos sobre planeamento familiar e métodos
contraceptivos
 Ilustrar a importância de um planeamento familiar
 Ilustrar a impotância dos métodos anticoncepcionais
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Muita gente tem se confundido, pensando que falar de planeamento familiar é falar de
prevenir uma gravidez, na verdade isto está envolvido mas quando falamos de planeamento
familiar estamos a falar de projecto para um futuro na construção de um lar.
O planejamento familiar consiste em um conjunto de ações criadas com o intuito de
orientar mulheres e homens quanto a métodos contraceptivos, prevenção de gravidez não
desejada e direito de escolha de ter filhos ou não no momento que o casal decedir. Para casais
que desejam ser pais, o planejamento familiar orienta sobre a importância da organização
antes da chegada dos filhos.
Métodos contraceptivos ou anticoncepcionais são todos os recursos utilizados por
homens e mulheres para evitar a gravidez. São cerca de 20 tipos, que podem ser simples,
gratuitos, temporários ou permanentes, de eficácia variada e que também podem ser usados
para prevenir doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Para saber qual o melhor método
anticoncepcional é preciso conversar com um ginecologista, que irá avaliar não só o histórico
médico da mulher, seu perfil, sua rotina e se há planos para gravidez. Esse é um primeiro
passo para o sucesso da contracepção, já que muitos são de uso prolongado e precisam seguir
um calendário. É importante lembrar também que todo método de controle de natalidade está
sujeito a falhas.
A diferença existente entre métodos contracepivos e planeamento familiar é a
seguinte, o planeamento familiar refere-se à decisão consciente de quando ter filhos e quantos,
enquanto os métodos contraceptivos são as diferentes formas de prevenção da gravidez, então
não deve-se confundir as coisas apesar das suas semelhanças.
Se você se pergunta qual o objetivo do planejamento familiar, saiba que, em termos
práticos, é garantir a mulheres e homens ações de assistência a contracepção, concepção, pré-
natal, parto, puerpério e saúde do recém-nascido, controle de doenças sexualmente
transmissíveis e de câncer – cérvico-uterino, de mama, de próstata e de pênis.
2.1 IMPORTÂNCIA DOS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

Os métodos contraceptivos desempenham um papel fundamental no planejamento


familiar e na saúde reprodutiva. Eles permitem que as pessoas tenham mais controle sobre sua
fertilidade, possibilitando a decisão de ter filhos no momento mais adequado para elas. Além
disso, os métodos contraceptivos contribuem para a prevenção de gravidezes não planejadas,
reduzindo o risco de abortos inseguros e complicações de saúde materna.
Ao utilizar métodos contraceptivos, as pessoas podem também proteger-se contra
infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), promovendo a saúde sexual e reprodutiva. Dessa
forma, a importância dos métodos contraceptivos está relacionada não apenas ao aspecto
reprodutivo, mas também à promoção da saúde e bem-estar das pessoas.

2.2 IMPORTÂNCIA DO PLANEAMENTO FAMILIAR

O planejamento familiar é de extrema importância, pois permite que as famílias


possam tomar decisões conscientes sobre o número de filhos que desejam ter e o espaçamento
entre as gestações. Além disso, o planejamento familiar contribui para a saúde reprodutiva da
mulher, possibilitando o acesso a métodos contraceptivos seguros e eficazes, prevenindo
gravidezes indesejadas e contribuindo para a redução da mortalidade materna e infantil.
Também está relacionado com a qualidade de vida, o planejamento financeiro da família e a
sustentabilidade ambiental. Em resumo, o planejamento familiar é essencial para o bem-estar
das famílias e o desenvolvimento sustentável.
O primeiro passo para definir o planejamento familiar é o diálogo. Durante a conversa,
é importante identificar os pontos em comum do casal para que se decida se é de interesse de
ambos ter filhos, quando pretendem e se estão preparados para ser pais, além de definir o uso
ou não de métodos contraceptivos.
Depois da conversa com o parceiro ou parceira, para executar o planejamento familiar
é necessário buscar suporte médico de confiança. É com a equipe médica que você vai
transformar os resultados do diálogo em ações práticas.
A equipe médica mostrará todas as informações sobre as opções desejadas, bem como
indicará à mulher e ao homem os tratamentos possíveis e necessários para atingir os objetivos
definidos durante a primeira conversa sobre planejamento familiar. Para cada cenário, alguns
aspectos devem ser considerados:
-Em caso de definição por métodos contraceptivos, o profissional de saúde vai orientar
aquele que trará menores impactos à saúde da mulher e do homem, considerando alergias e
efeitos colaterais.
-Se o objetivo é a gravidez, é recomendado que a mulher faça exames e verifique se há
algum problema que impeça ou cause riscos para a gestação. Por meio do planejamento
familiar, é possível tratá-lo.
-Para aqueles que desejam procedimentos de esterilização, é preciso verificar se existe
indicação para isso. O atendimento deve ser completo para esclarecer os riscos e efeitos
colaterais da cirurgia.

2.3 BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO FAMILIAR

Não há a construção de um grande lar familiar sem um bom planejamento familiar entendam
os benefícios de se ter um.

2.3.1 Para A Criança:

─ Melhorias na saúde;
─ Garantia de aleitamento materno;
─ Melhor desenvolvimento físico e emocional;
─ Redução da morbidade e mortalidade infantil;
─ Aumento das chances de sobrevivência.

2.3.2 Para A Mulher:

─ Melhoria na saúde;
─ Prevenção de gravidez não desejada e redução da incidência de gravidez de alto
risco;
─ Redução das taxas de mortalidade materna;
─ Aumento das oportunidades de educação e formação;
─ Possibilidade de participação na vida social, econômica e política;
─ Eliminação da exclusão e promoção do exercício da cidadania.

3.3.3 Para A Família:

─ Melhoria do papel e situação da mulher e bem-estar da família;


─ Promoção da paternidade responsável;
─ Prevenção da fuga à paternidade;
─ Reforço do respeito mútuo.

2.4 OS TIPOS DE MÉTODOS COMTRACEPTIVOS

Os métodos contraceptivos desempenham um papel fundamental no planejamento


familiar e na saúde reprodutiva. Eles permitem que as pessoas tenham mais controle sobre sua
fertilidade, possibilitando a decisão de ter filhos no momento mais adequado para elas. Além
disso, os métodos contraceptivos contribuem para a prevenção de gravidezes não planejadas,
reduzindo o risco de abortos inseguros e complicações de saúde materna.

Ao utilizar métodos contraceptivos, as pessoas podem também proteger-se contra


infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), promovendo a saúde sexual e reprodutiva. Dessa
forma, a importância dos métodos contraceptivos está relacionada não apenas ao aspecto
reprodutivo, mas também à promoção da saúde e bem-estar das pessoas.

2.5 MÉTODOS DE BARREIRA

Esses métodos evitam a entrada do esperma no útero e alguns protegem das IST.
Também são indicados para as mulheres que não podem tomar hormônios.
2.5.1 Preservativos Masculinos E Femininos

Os preservativos, também conhecidos como camisinhas, são descartáveis e evitam


uma possível gravidez, bem como protege das IST. A camisinha masculina consiste em uma
capinha de látex fina, resistente, que “veste” o pênis durante a relação sexual.
Quando ocorre a ejaculação, retém o esperma, impedindo que entre em contato com a
vagina. A camisinha feminina parece um saco plástico, composto de dois anéis flexíveis em
cada extremidade. É macia, transparente e bem resistente. Deve ser colocada na vagina antes
da relação sexual.
ATENÇÃO: Nunca use duas camisinhas ao mesmo tempo, seja feminina ou
masculina, aumenta o risco de rompimento. Use somente uma.
LEMBRE-SE: Cada camisinha deve ser utilizada somente uma vez. Nunca a reutilize.
Vantagens: não faz mal à saúde; oferece grande segurança quando usado corretamente.
Desvantagens: muitas pessoas se queixam de que o método interfere na relação sexual,
mas a camisinha pode ser usada como um meio de aproximar e estimular a intimidade entre
os parceiros.

2.5.2 Diafragma

É uma capinha de látex ou de silicone que a própria mulher coloca no fundo da vagina
antes da relação sexual, ou no máximo duas horas antes, para cobrir o colo do útero e impedir
a entrada dos espermatozoides no útero. Pode ser utilizado junto com o espermicida para
garantir uma maior segurança e prevenir a gravidez. O diafragma deve ser removido dentro de
no máximo 24 horas. Recomenda-se que seja retirado entre seis a oito horas após o último ato
sexual para evitar a gravidez.
Vantagens: não faz mal à saúde, pois não interfere no funcionamento do corpo;
quando usado corretamente é um método seguro.
Desvantagens: não protege contra todas as IST/HIV/AIDS; não deve ser utilizado
durante a menstruação; seu uso exige disciplina.
2.5.3 Espermicida

É um produto a base de substâncias químicas para ser introduzido na vagina antes da


relação sexual. Ele impede que os espermatozoides penetrem no útero, evitando a
gravidez.Pode ser usado sozinho, porém é mais seguro quando associado com outros métodos
contraceptivos (camisinha, diafragma), já que sua eficácia é baixa: a taxa de gravidez é de 6
para cada 100 mulheres, no primeiro ano de uso.
Vantagens: simples de usar.
Desvantagens: não protege contra as IST/HIV/AIDS; a sua eficácia é de apenas uma
hora após a aplicação; uma nova dose deve ser reaplicada a cada relação sexual; pode
ocasionar irritação ou alergia na vagina ou no pênis, bem como fissuras e microfissuras na
mucosa vaginal ou retal, quando usado com muita frequência.

2.6 MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS

São métodos de contracepção utilizando pílulas, injeções e implantes mas tudo na base
de hormônios.

2.6.1 Pílulas (Anticoncepcionais)

Os anticoncepcionais hormonais orais, também conhecidos como pílulas


anticoncepcionais, são comprimidos que contém hormônios esteroides isolados ou em
associação com outros hormônios. Sua finalidade básica é impedir a concepção.
Vantagens: quando usado corretamente é um método seguro para evitar a gravidez.
Desvantagens: não protege contra as IST/HIV/AIDS; algumas mulheres não podem
usar este método (grávidas ou com suspeita de gravidez, com algumas doenças cardíacas e
vasculares, doença hepática ativa etc.); se houver esquecimento, a mulher pode engravidar.
2.6.2 Anticoncepcional Hormonal Injetável

Agem inibindo a ovulação e tornando o muco cervical espesso, o que impede a


passagem dos espermatozoides.
Vantagens: são muito eficazes para evitar a gravidez.
Desvantagem: não protege contra as IST/HIV/AIDS; pode causar cefaleia, ganho de
peso, algumas mulheres não podem usar este método (com múltiplos fatores de risco para
doença cardiovascular, hipertensão arterial, antecedente de acidente vascular cerebral e
outros).

2.6.3 Implantes Subcutâneos

É um sistema de silicone (consiste de um bastonete de 4 cm de comprimento e 2 mm


de diâmetro) com um hormônio no seu interior, que é liberado na corrente sanguínea. Atua
inibindo a ovulação e alterando o muco cervical, o que impede a passagem dos
espermatozoides.
Vantagens: método de longa duração (dura três anos) e são muito eficazes para evitar a
gravidez.
Desvantagem: não protege contra as IST/HIV/AIDS; pode causar cefaleia, ganho de
peso, acne, dor nas mamas, sangramento menstrual, dor abdominal, inflamação ou infecção
no local dos implantes, entre outros.

2.6.4 Anticoncepção De Emergência

Conhecido como “pílula do dia seguinte”. Este método deve ser usado somente em
situações emergenciais, para evitar uma gravidez indesejada após relação sexual desprotegida,
e não de forma regular para substituir outro método anticoncepcional.
Também está indicado para os casos em que ocorreu falha na utilização de algum
método anticoncepcional, como: ruptura do preservativo, esquecimento de pílulas ou
injetáveis, deslocamento do DIU ou do diafragma.
A pílula apresenta compostos hormonais concentrados e é utilizada por alguns dias
após a relação sexual. Está disponível na Atenção Básica.
A sua eficácia está relacionada entre o tempo em que ocorreu a relação sexual e a sua
administração. Quando mais cedo for administrada, a sua eficácia será maior. O prazo
máximo para uso deste método é de até cinco dias (120 horas) após a relação sexual
desprotegida. Vale ressaltar, que o uso repetitivo ou frequente da anticoncepção de
emergência compromete sua eficácia.

2.7 MÉTODO INTRAUTERINO

É um método de contracepção utilizando procedimentos invasivos, ou seja são


métodos que são utilizados dento do útero para prevenir uma getação.

2.7.1 Diu (Dispositivo Intrauterino)

É um objeto plástico flexível em forma de T, que pode ser adicionado cobre ou


hormônios.
É inserido dentro do útero pela vagina e evita a gravidez. Pode ser retirado quando a
mulher desejar ou caso venha provocar algum problema. A mulher deve periodicamente
verificar se o DIU está no lugar, principalmente depois da menstruação, pois ocasionalmente
ele pode se deslocar ou ser expelido.
Vantagens: é um método de alta eficácia; pode ser usado por longos períodos, até a
menopausa; a fertilidade retorna logo após a sua remoção.
Desvantagens: não protege contra as IST/HIV/AIDS; pode desencadear a doença
inflamatória pélvica em algumas mulheres.

2.8 MÉTODOS CIRÚRGICOS

São métodos contraceptivos definitivos que promovem a esterilização. Podem ser


realizados tanto na mulher, por meio da ligadura das trompas, como no homem, através da
vasectomia.
Como estes métodos são de caráter definitivos, deve-se levar em consideração a
possibilidade de arrependimento da mulher ou do homem. Por este motivo, deve-se realizar o
acolhimento e aconselhamento da pessoa que decida por este método. Ademais, a legislação
brasileira estabelece que o casal deve expressar o consentimento para realizar a esterilização.

2.8.1 Ligadura Das Trompas

A ligadura das trompas (laqueadura ou ligadura tubária) consiste em uma obstrução


mecânica desta para impedir que os espermatozoides migrem ao encontro do óvulo,
impedindo a fertilização.
Vantagens: é um método muito eficaz e permanente.
Desvantagens: não protege contra as IST/HIV/AIDS; é um procedimento definitivo e
nem todos tem acesso a cirurgia de reversão, além disso, nem todos poderem realizá-la, e nem
sempre alcança sucesso.

2.8.2 Vasectomia

A vasectomia é um procedimento cirúrgico simples, seguro e rápido. Consiste na


ligadura dos canais deferentes, que leva a interrupção do fluxo de espermatozoides em direção
à próstata e vesículas seminais para constituição do líquido seminal.
Este procedimento não altera a vida sexual do homem. Apesar do esperma ejaculado
não conter mais espermatozoide, a quantidade e o aspecto do esperma não se alteram.
Vantagens: é um método muito eficaz, permanente, mais simples e de baixo custo.
Desvantagens: não protege contra as IST/HIV/AIDS; é definitivo, nem todos tem
acesso a cirurgia de reversão, e nem todos podem realizá-la.

2.9 MÉTODOS NATURAIS (COMPORTAMENTAIS)

São métodos que exigem disciplina e planejamento, pois depende do reconhecimento


do período fértil da mulher para obter ou evitar a gravidez. Também são conhecidos como
métodos de abstinência periódica ou métodos naturais.
A maior ou menor eficácia desses métodos depende da identificação dos sinais da
ovulação (aproximadamente 14 dias antes do início da menstruação), do período fértil da
mulher, de disciplina, e da adesão ao uso do método, que depende da colaboração de ambos
os parceiros.
Contudo, é muito difícil determinar quando ocorre a ovulação, por ser um fenômeno
variável de pessoa para pessoa, e até na mesma pessoa, em diferentes períodos.
Vantagens: estes métodos podem ser eficazes quando usado de forma correta e
consistente; são mais simples e de baixo custo.
Desvantagens: não protegem contra as IST/HIV/AIDS; são pouco eficazes no uso
rotineiro ou habitual, apresentando uma taxa de gravidez de 20 em 100 mulheres no primeiro
ano de uso; não estão indicados para mulheres cuja gravidez constitui risco de vida.

2.9.1 Muco Cervical – Billings

Esse método depende da auto-observação para identificar o período fértil através das
mudanças do muco cervical e da sensação de umidade na vagina ao longo do ciclo menstrual.
Devido a ação hormonal, o muco cervical apresenta transformações características ao
longo do ciclo menstrual, possibilitando identificar o processo ovulatório.
No início da fase pré-ovulatória não tem muco. Na fase final aparece um muco
esbranquiçado e pegajoso, que se quebra quando esticado. Na fase ovulatória o muco
inicialmente é esbranquiçado, turvo e pegajoso. Sob a ação de hormônio, ele torna-se elástico
e lubrificante, semelhante à clara de ovo (transparente, elástico, escorregadio e fluido),
podendo-se puxá-lo em fio. Dessa forma, facilita a entrada do espermatozoide no útero. Para
evitar uma possível gravidez, deve-se evitar ter relações sexuais quando a mulher sentir
mudança na secura até o quarto dia após o ápice (quando o muco elástico desaparece ou
retorna à aparência de muco pegajoso).

2.9.2 Sintotérmico

Este método combina múltiplos indicadores da ovulação, a fim de determinar o


período fértil com maior precisão e confiabilidade. Combina os métodos da tabela, do muco
cervical, da temperatura basal e a observação de sinais e sintomas que indicam o período fértil
da mulher.
Para utilizar esse método, a mulher deve estar familiarizada com as técnicas de cada
um dos métodos comportamentais já descritos anteriormente. Método dos Dias Fixos ou
Método do Colar Este método é uma simplificação do método da tabela. Ajuda a identificar
com mais facilidade o período fértil do ciclo menstrual.
Para tanto, também se faz necessário analisar o padrão menstrual da mulher nos
últimos seis meses. As mulheres com ciclos mais curtos ou mais longos que 26 e 32 dias,
respectivamente, não podem utilizar esse método.
O uso deste método se faz com o auxílio de um colar de contas coloridas
(confeccionado artesanalmente) que ajuda a identificar os dias férteis e inférteis de cada ciclo.
Para as mulheres com ciclos de 26 a 32 dias de duração, foi possível identificar os dias 8º ao
19º do ciclo menstrual como férteis. Para evitar uma possível gravidez, o casal deve evitar ter
relações sexuais neste período.

2.9.3 Tabela Ou Calendário Ou Ritmo – Ogino-Knaus

Para realização deste método, a mulher deve marcar em um calendário o primeiro dia
de cada menstruação, durante seis meses, para verificar a duração (número de dias) de cada
ciclo menstrual. Ao identificar o ciclo mais curto e o mais longo, deve-se calcular a diferença
entre eles. Se a diferença for de 10 dias ou mais, não é indicado a utilização deste método.
Para determinar o início e o fim do período fértil deve: subtrair 18 do ciclo mais curto
e subtrair 11 do ciclo mais longo. É ideal que os cálculos sejam refeitos a cada seis meses,
sempre com base nos últimos 6 a 12 ciclos, para verificar alguma alteração no padrão destes.
A partir da identificação do período fértil, a mulher e/ou casal é orientado a evitar
relações sexuais neste período para evitar a gravidez.

2.9.3.1 Cálculo Do Período Fértil: Ciclo Regular

Um ciclo menstrual regular tem 28 dias. Para fazer o cálculo do período fértil pegue
um calendário para facilitar a determinação das datas e siga as seguintes etapas:
1- Identifique no calendário a data do primeiro dia da menstruação;
2- Conte 14 dias a partir do primeiro para encontrar o dia da ovulação, ou seja, seu dia
mais fértil do ciclo;
3- Depois de determinar o dia mais fértil, os três dias antes e os três dias depois
compreendem o seu período fértil com auge no 14º dia. Vejamos esse passo a passo na
prática no exemplo abaixo.
Suponhamos que o primeiro dia da menstruação aconteceu no dia 03 do mês. O 14º
dia do ciclo menstrual é no dia 16. Dessa forma, o período fértil vai do dia 13 até o dia 19.
Durante esse período, a chance de engravidar é maior.

2.9.3.2 Cálculo Do Período Fértil: Ciclo Irregular

Agora para aprender como calcular o período fértil em ciclos irregulares, é necessários
ter uma amostragem maior, já que a quantidade de dias dos ciclos menstruais é variável.
Para fazer o cálculo do período fértil é preciso acompanhar durante um ano o primeiro
dia de cada menstruação.
O passo a passo de como calcular o período fértil é o seguinte:
1- Durante os 12 meses, anote o primeiro dia de cada ciclo menstrual, ou seja, o dia
em que a menstruação “descer”;
2- Calcule mês a mês quantos dias tiveram cada um dos ciclos;
3- Ao final do ano, você terá as datas e a quantidade de dias que seu ciclo variou;
4- Para calcular o período fértil, pegue o ciclo mais curto e subtraia 18;
5- Depois, pegue o ciclo mais longo e subtraia 11;
6- O dois resultados vão determinar o começo e o final do seu período fértil no ciclo.
Nos ciclos irregulares, esse intervalo é uma média maior e, por isso, um pouco mais
imprecisa. Não é possível determinar também o dia certo da ovulação como em um ciclo
regular.
Vejamos um exemplo prático de como calcular o período fértil no ciclo irregular:
Durante o ano, a quantidade de dias de cada ciclo foram:
– Janeiro: 21 dias;
– Fevereiro: 23 dias;
– Março: 22 dias;
– Abril: 24 dias;
– Maio: 26 dias;
– Junho: 29 dias;
– Julho: 27 dias;
– Agosto: 22 dias;
– Setembro: 21 dias;
– Outubro: 23 dias;
– Novembro: 20 dias;
– Dezembro: 28 dias.
Ciclo mais curto: Novembro > 20 – 18 = 2.
Ciclo mais longo: Junho > 29 – 11 = 18.
Neste exemplo, o período fértil acontece entre o 2º e o 18º dia do ciclo menstrual e é o
melhor período para poder engravidar.

2.9.4 Curva Térmica Basal Ou De Temperatura

Este método se baseia nas alterações da temperatura basal (temperatura do corpo em


repouso) que ocorrem na mulher ao longo do ciclo menstrual.
A temperatura basal corporal, antes da ovulação, permanece num determinado nível
baixo; após a ovulação, se eleva ligeiramente e permanece nesse novo nível até a próxima
menstruação.
Ao mensurar diariamente a temperatura basal, é possível determinar a fase infértil
pósovulatória.
A mulher deve estar atenta pois alguns fatores podem alterar a temperatura basal, tais
como: mudança no horário de verificação da temperatura; ingestão de bebidas alcoólicas;
perturbações do sono; perturbações emocionais; doenças, entre outros.

2.9.5 Coito Interrompido

Neste método o homem retira o pênis da vagina um pouco antes da ejaculação e o


sêmen é depositado longe dos genitais femininos. A possibilidade de falha é muito grande,
pois o líquido que sai pouco antes da ejaculação já pode conter espermatozoides.
Por isso, não é recomendado como único método anticoncepcional. Apenas em
situações em que não há outro método contraceptivo disponível e não é possível evitar a
relação sexual.
A eficácia dos métodos contraceptivos depende, em boa parte, do uso adequado pela
mulher ou pelo homem. Dentro da modalidade hormonal, as opções injetáveis, o adesivo e o
anel vaginal fazem parte de um grupo de elevada taxa de sucesso, já que a renovação pode
acontecer a cada 3 meses, por exemplo, no caso do anticoncepcional injetável, com menor
risco de esquecer de tomar um dia.
Os métodos de barreira estão mais suscetíveis à correta utilização. A camisinha, por
exemplo, atinge índices entre 79% e 98% de efetividade, mas o uso incorreto pode causar
gestações inesperadas. Entre os métodos contraceptivos com menor taxa de sucesso estão
aqueles considerados alternativos, onde é mais difícil avaliar datas e opções seguras. Para
coito interrompido, por exemplo, a taxa é de 28 gestações a cada 100 mulheres.
3 CONCLUSÃO

O Planeamento Familiar é uma responsabilidade multidisciplinar de extrema


importância, sendo essencial um bom aconselhamento. As pessoas são únicas e as situações
em que vivem variam, assim como as necessidades de ajuda que apresentam. Um
aconselhamento eficaz é aquele que se adapta ao perfil individual, respeitando a liberdade
pessoal sem violar o princípio ético da autonomia.
Com base nos estudos científicos analisados nesta revisão, fica evidente a importância
da implementação de práticas educativas inovadoras, recorrendo ao uso de atividades lúdicas
para estimular a adesão dos jovens e adolescentes ao planeamento familiar. Embora essas
atividades possam representar desafios para os profissionais de saúde, é crucial incentivá-las.
REFERÊNCIAS

BARBOSA, Ione et al. Efeitos do implante subdérmico de acetato de nomegestrol sobre o


metabolismo de carboidratos, lipoproteínas séricas e função hepática. Rev. Bras. Ginecol.
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<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
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BARROS, Sônia Maria Oliveira de. Enfermagem Obstétrica e Ginecológica. São Paulo:
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