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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DA PROV
ÍNCIA DE LUANDA
INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO PRIVADO QUINEUS
CURSO: ENFEMAGRM
GRUPO Nº: 7
CLASSE: 10ª
SALA: 02
TURMA: B
PROFESSOR(A)
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Moniz Manuel Ngonga Kialunda
LUANDA, 2023/2024
PLANEAMENTO FAMILIAR E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
Muita gente tem se confundido, pensando que falar de planeamento familiar é falar de
prevenir uma gravidez, na verdade isto está envolvido mas quando falamos de planeamento
familiar estamos a falar de projecto para um futuro na construção de um lar.
O planejamento familiar consiste em um conjunto de ações criadas com o intuito de
orientar mulheres e homens quanto a métodos contraceptivos, prevenção de gravidez não
desejada e direito de escolha de ter filhos ou não no momento que o casal decedir. Para casais
que desejam ser pais, o planejamento familiar orienta sobre a importância da organização
antes da chegada dos filhos.
Métodos contraceptivos ou anticoncepcionais são todos os recursos utilizados por
homens e mulheres para evitar a gravidez. São cerca de 20 tipos, que podem ser simples,
gratuitos, temporários ou permanentes, de eficácia variada e que também podem ser usados
para prevenir doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Para saber qual o melhor método
anticoncepcional é preciso conversar com um ginecologista, que irá avaliar não só o histórico
médico da mulher, seu perfil, sua rotina e se há planos para gravidez. Esse é um primeiro
passo para o sucesso da contracepção, já que muitos são de uso prolongado e precisam seguir
um calendário. É importante lembrar também que todo método de controle de natalidade está
sujeito a falhas.
A diferença existente entre métodos contracepivos e planeamento familiar é a
seguinte, o planeamento familiar refere-se à decisão consciente de quando ter filhos e quantos,
enquanto os métodos contraceptivos são as diferentes formas de prevenção da gravidez, então
não deve-se confundir as coisas apesar das suas semelhanças.
Se você se pergunta qual o objetivo do planejamento familiar, saiba que, em termos
práticos, é garantir a mulheres e homens ações de assistência a contracepção, concepção, pré-
natal, parto, puerpério e saúde do recém-nascido, controle de doenças sexualmente
transmissíveis e de câncer – cérvico-uterino, de mama, de próstata e de pênis.
2.1 IMPORTÂNCIA DOS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
Não há a construção de um grande lar familiar sem um bom planejamento familiar entendam
os benefícios de se ter um.
─ Melhorias na saúde;
─ Garantia de aleitamento materno;
─ Melhor desenvolvimento físico e emocional;
─ Redução da morbidade e mortalidade infantil;
─ Aumento das chances de sobrevivência.
─ Melhoria na saúde;
─ Prevenção de gravidez não desejada e redução da incidência de gravidez de alto
risco;
─ Redução das taxas de mortalidade materna;
─ Aumento das oportunidades de educação e formação;
─ Possibilidade de participação na vida social, econômica e política;
─ Eliminação da exclusão e promoção do exercício da cidadania.
Esses métodos evitam a entrada do esperma no útero e alguns protegem das IST.
Também são indicados para as mulheres que não podem tomar hormônios.
2.5.1 Preservativos Masculinos E Femininos
2.5.2 Diafragma
É uma capinha de látex ou de silicone que a própria mulher coloca no fundo da vagina
antes da relação sexual, ou no máximo duas horas antes, para cobrir o colo do útero e impedir
a entrada dos espermatozoides no útero. Pode ser utilizado junto com o espermicida para
garantir uma maior segurança e prevenir a gravidez. O diafragma deve ser removido dentro de
no máximo 24 horas. Recomenda-se que seja retirado entre seis a oito horas após o último ato
sexual para evitar a gravidez.
Vantagens: não faz mal à saúde, pois não interfere no funcionamento do corpo;
quando usado corretamente é um método seguro.
Desvantagens: não protege contra todas as IST/HIV/AIDS; não deve ser utilizado
durante a menstruação; seu uso exige disciplina.
2.5.3 Espermicida
São métodos de contracepção utilizando pílulas, injeções e implantes mas tudo na base
de hormônios.
Conhecido como “pílula do dia seguinte”. Este método deve ser usado somente em
situações emergenciais, para evitar uma gravidez indesejada após relação sexual desprotegida,
e não de forma regular para substituir outro método anticoncepcional.
Também está indicado para os casos em que ocorreu falha na utilização de algum
método anticoncepcional, como: ruptura do preservativo, esquecimento de pílulas ou
injetáveis, deslocamento do DIU ou do diafragma.
A pílula apresenta compostos hormonais concentrados e é utilizada por alguns dias
após a relação sexual. Está disponível na Atenção Básica.
A sua eficácia está relacionada entre o tempo em que ocorreu a relação sexual e a sua
administração. Quando mais cedo for administrada, a sua eficácia será maior. O prazo
máximo para uso deste método é de até cinco dias (120 horas) após a relação sexual
desprotegida. Vale ressaltar, que o uso repetitivo ou frequente da anticoncepção de
emergência compromete sua eficácia.
2.8.2 Vasectomia
Esse método depende da auto-observação para identificar o período fértil através das
mudanças do muco cervical e da sensação de umidade na vagina ao longo do ciclo menstrual.
Devido a ação hormonal, o muco cervical apresenta transformações características ao
longo do ciclo menstrual, possibilitando identificar o processo ovulatório.
No início da fase pré-ovulatória não tem muco. Na fase final aparece um muco
esbranquiçado e pegajoso, que se quebra quando esticado. Na fase ovulatória o muco
inicialmente é esbranquiçado, turvo e pegajoso. Sob a ação de hormônio, ele torna-se elástico
e lubrificante, semelhante à clara de ovo (transparente, elástico, escorregadio e fluido),
podendo-se puxá-lo em fio. Dessa forma, facilita a entrada do espermatozoide no útero. Para
evitar uma possível gravidez, deve-se evitar ter relações sexuais quando a mulher sentir
mudança na secura até o quarto dia após o ápice (quando o muco elástico desaparece ou
retorna à aparência de muco pegajoso).
2.9.2 Sintotérmico
Para realização deste método, a mulher deve marcar em um calendário o primeiro dia
de cada menstruação, durante seis meses, para verificar a duração (número de dias) de cada
ciclo menstrual. Ao identificar o ciclo mais curto e o mais longo, deve-se calcular a diferença
entre eles. Se a diferença for de 10 dias ou mais, não é indicado a utilização deste método.
Para determinar o início e o fim do período fértil deve: subtrair 18 do ciclo mais curto
e subtrair 11 do ciclo mais longo. É ideal que os cálculos sejam refeitos a cada seis meses,
sempre com base nos últimos 6 a 12 ciclos, para verificar alguma alteração no padrão destes.
A partir da identificação do período fértil, a mulher e/ou casal é orientado a evitar
relações sexuais neste período para evitar a gravidez.
Um ciclo menstrual regular tem 28 dias. Para fazer o cálculo do período fértil pegue
um calendário para facilitar a determinação das datas e siga as seguintes etapas:
1- Identifique no calendário a data do primeiro dia da menstruação;
2- Conte 14 dias a partir do primeiro para encontrar o dia da ovulação, ou seja, seu dia
mais fértil do ciclo;
3- Depois de determinar o dia mais fértil, os três dias antes e os três dias depois
compreendem o seu período fértil com auge no 14º dia. Vejamos esse passo a passo na
prática no exemplo abaixo.
Suponhamos que o primeiro dia da menstruação aconteceu no dia 03 do mês. O 14º
dia do ciclo menstrual é no dia 16. Dessa forma, o período fértil vai do dia 13 até o dia 19.
Durante esse período, a chance de engravidar é maior.
Agora para aprender como calcular o período fértil em ciclos irregulares, é necessários
ter uma amostragem maior, já que a quantidade de dias dos ciclos menstruais é variável.
Para fazer o cálculo do período fértil é preciso acompanhar durante um ano o primeiro
dia de cada menstruação.
O passo a passo de como calcular o período fértil é o seguinte:
1- Durante os 12 meses, anote o primeiro dia de cada ciclo menstrual, ou seja, o dia
em que a menstruação “descer”;
2- Calcule mês a mês quantos dias tiveram cada um dos ciclos;
3- Ao final do ano, você terá as datas e a quantidade de dias que seu ciclo variou;
4- Para calcular o período fértil, pegue o ciclo mais curto e subtraia 18;
5- Depois, pegue o ciclo mais longo e subtraia 11;
6- O dois resultados vão determinar o começo e o final do seu período fértil no ciclo.
Nos ciclos irregulares, esse intervalo é uma média maior e, por isso, um pouco mais
imprecisa. Não é possível determinar também o dia certo da ovulação como em um ciclo
regular.
Vejamos um exemplo prático de como calcular o período fértil no ciclo irregular:
Durante o ano, a quantidade de dias de cada ciclo foram:
– Janeiro: 21 dias;
– Fevereiro: 23 dias;
– Março: 22 dias;
– Abril: 24 dias;
– Maio: 26 dias;
– Junho: 29 dias;
– Julho: 27 dias;
– Agosto: 22 dias;
– Setembro: 21 dias;
– Outubro: 23 dias;
– Novembro: 20 dias;
– Dezembro: 28 dias.
Ciclo mais curto: Novembro > 20 – 18 = 2.
Ciclo mais longo: Junho > 29 – 11 = 18.
Neste exemplo, o período fértil acontece entre o 2º e o 18º dia do ciclo menstrual e é o
melhor período para poder engravidar.
BARROS, Sônia Maria Oliveira de. Enfermagem Obstétrica e Ginecológica. São Paulo:
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