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Dedicatória

Aos nossos colegas, pelas oportunidades e confiança


que depositam em nós. Ao nosso docente
"superpoderoso" e amigos que, de alguma forma,
serviram de exemplo para a realização do nosso
trabalho e ajudaram-nos com sugestões e
observações.

Agradecimento

É bem difícil escrever agradecimentos pela simples


razão de que inúmeras pessoas ajudaram com que
este trabalho fosse realizado, seja pelas críticas, seja
pelas sugestões. Claro que inicio pelos nossos pais,
por todo o carinho, dedicação e esforço que tem
demonstrado para me orientar e educar durante esse
longo percurso acadêmico.
Índice Pág.

1. INTRODUÇÃO---------------------------------------------------------------------------------4

2. CONTEXTUALIZAÇÃO----------------------------------------------------------------------4

3. ESTRUTURA DO TRABALHO-------------------------------------------------------------4

4. METODOLOGIA-------------------------------------------------------------------------------4

5. QUALIDADE DA ÁGUA PARA O CONSUMO HUMANO---------------------------5

5.1. Propriedades da Água------------------------------------------------------------------------5

5.2. Características da água-----------------------------------------------------------------------9


5.2.1. Características físicas da água----------------------------------------------------------9
5.2.2. Características químicas da água-----------------------------------------------------11
5.2.3. Características biológicas da água----------------------------------------------------15

5.3. Microbiologia da água----------------------------------------------------------------------17


5.3.1. Enfermidades de transmissão hídrica (causas)--------------------------------------17
5.3.2. Bactérias indicadoras de contaminação----------------------------------------------19

5.4. Parâmetros da qualidade da água----------------------------------------------------------20


5.4.1. Índices dos parâmetros da qualidade de água – OMS-----------------------------23
5.4.2. Índices dos parâmetros da qualidade de água – SNS------------------------------24

5.5. Fenómeno de eutrofização das águas-----------------------------------------------------28

5.6. Contaminantes da água. Fontes e implicações a saúde humana-----------------------31

5.7. Procedimentos para testagem da qualidade da água------------------------------------32

6. CONCLUSÃO---------------------------------------------------------------------------------34

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS------------------------------------------------------35
Índice de Figuras

Figura 01: Transporte de Calor.......................................................................................................7


Figura 02: Coliformes termotolerantes ou fecais.........................................................................16

Índice de Tabelas

Tabela 01: Oxigênio dissolvido na água com a variação de temperatura......................................8


Tabela 02: Doenças relacionadas com a água..............................................................................19
Tabela 03: Índices dos parâmetros da qualidade de água – OMS................................................23
Tabela 04: Parâmetros microbiológicos.......................................................................................24

Tabela 05: Parâmetros físicos e organolétpticos..........................................................................25

Tabela 06: Parâmetros químicos..................................................................................................26


Tabela 07: Parâmetros microbiológicos.......................................................................................26

Tabela 08: Parâmetros físicos e organolépticos...........................................................................27

Tabela 09: Parâmetros químicos..................................................................................................28

Tabela 10: Contaminantes da água. Fontes e implicações a saúde humana.................................32


1. Introdução

No presente trabalho abordar-se-á acerca da qualidade de água para o consumo humano,


tendo como enfoque alguns parâmetros de potabilização da água para o melhoramento
da qualidade, sem perder de vista as suas propriedades iniciais. Além disso, também
abordar-se-á a respeito das doenças causadas por ingestão de água contaminada e os
seus efeitos, tendo em conta que a água é uma das substâncias mais importantes do
Planeta Terra, pois, dela depende a maioria dos processos físicos, químicos e biológicos
nos ecossistemas. Para o homem a água sempre foi determinante no ritmo de sua
evolução.

2. Contextualização

A água é formada pelos elementos hidrogênio e oxigênio, na proporção genérica de dois


para um (H2O), as moléculas da água estão presentes em todos os planetas do sistema
solar, porém, somente na Terra encontram-se nos três estados (gasoso, sólido e líquido),
sendo sua compisição fluída responsável pelo desenvolvimento da vida.

3. Estrutura do trabalho
O trabalho está estruturado em 3 partes. A primeira parte é a parte pré-textual que inclui
a capa, folha de rosto, dedicatória, agradecimento, índice de figuras, índice de tabelas e
por fim o objectivo do trabalho. A segunda parte é a parte textual e é composta de
introdução, desenvolvimento e conclusão do trabalho. A terceira e a última parte é a
parte pós- textual e é composta de referência bibliográfica.

4. Metodologia
O trabalho baseia-se em pesquisa bibliográfica, análise da literatura já publicada em
forma de livros, e informações disponibilizada na Internet. Obtenção de ideias e
sugestões junto de pessoas com conhecimentos na área, com o objectivo de esclarecer
alguns conceitos, de forma a ter uma visão mais ampla do tema que baseia a minha
pesquisa.
5. Qualidade da Água para o Consumo Humano
5.1. Propriedades da Água
Segundo Lira (2014), destacam-se as seguintes proriedades da água:

 Massa específica;
 Viscosidade;
 Tensão superficial;
 Calor específico;
 Dissolução de gases; e
 Dissolução de substâncias.

Massa específica

A massa específica, ou densidade absoluta, indica a relação entre a massa e o


volume de uma determinada substância. Ao contrário de todos os outros líquidos, que
apresentam a densidade máxima na temperatura de congelamento, no caso da água ela
ocorre a 4ºC, quando atinge o valor unitário. Isto significa que a água, nesta
temperatura, por ser mais densa.

Em alguns países de clima frio, esta característica é conhecida como anomalia térmica
da água, tem uma importância vital para a ecologia aquática em períodos de inverno.
Sendo a água a 4ºC mais densa que a 0ºC (ponto de congelamento), os rios e lagos no
inverno congelam-se apenas na superfície, ficando a temperatura do fundo sempre
acima da temperatura do ponto de congelamento.

Para se entender a anomalia térmica da água, é necessário considerar variações na


estrutura molecular da mesma de acordo com a temperatura. A água, na forma de gelo,
apresenta uma estrutura tetraédrica ou cristalina, caracterizada pela existência de muitos
espaços vazios. À medida que a temperatura aumenta, a água vai abandonando a
estrutura cristalina e assumindo, gradativamente, a estrutura conhecida como compacta,
na qual as moléculas estão acondicionadas sem espaços vazios.

Isto significa que, com o aumento de temperatura, a água vai se tornando cada vez mais
densa.
Viscosidade

A viscosidade de um líquido caracteriza a sua resistência ao escoamento. Esta


grandeza é inversamente proporcional à temperatura, o que significa que uma água
quente é menos viscosa que uma água fria. Tal fato traz, naturalmente, consequências
para a vida aquática: os pequenos organismos, que não possuem movimentação própria,
tendem a ir mais rapidamente para o fundo do corpo d’água em períodos mais quentes
do ano, quando a viscosidade é menor. O mesmo ocorre com partículas em suspensão,
que sesedimentam, mais intensamente, no caso de ambientes aquáticos tropicais. Para
muitos organismos, o fato de atingirem o fundo significa a sua morte, em razão da
pouca disponibilidade de oxigênio e luz.

Tenão superficial

Na interface que separa o meio líquido e o meio atmosférico, ou seja, na camada


superficial micrométrica de um corpo d’água, há uma forte coesão entre as moléculas,
fenômeno este denominado tensão superficial. Às vezes, esta coesão é tão forte que
pode ser observada a olho nu em um recipiente de água ao se tocar levemente sua
superfície com o dedo. Esta fina camada de aparência gelatinosa serve de substrato para
a vida de pequenos organismos, que podem habitar tanto a parte superior, quanto a
inferior da película. A coesão molecular na superfície é afetada por alguns fatores
físicos e químicos, como, por exemplo, a temperatura e a presença de substâncias
orgânicas dissolvidas. Quanto maior a temperatura, menor é a tensão superficial.
Quando há o lançamento de esgotos industriais em rios e lagos, ocorre um aumento na
concentração de substâncias orgânicas dissolvidas, o que também leva a uma
diminuição da tensão superficial.

Calor específico

Define-se calor específico como a quantidade de energia requerida, por unidade


de massa, para elevar a temperatura de um determinado material. A energia necessária
para elevar em 1ºC (de 14,5 a 15,5ºC) a temperatura de um grama de água foi definida
como sendo uma caloria (1 cal), ficando, pois, estabelecido o calor específico da água
pura como sendo igual a 1,0 cal/gº C. Ao contrário do calor específico, a condutividade
térmica da água é extremamente baixa. Se um corpo d’água permanecesse imóvel, sem
turbulência, a difusão do calor seria tão lenta que o seu fundo só seria aquecido após
vários séculos.

Figura 01: Transporte de Calor


Fonte: Manual de Controle da qualidade da água para técnico que trabalham em ETAS
(colegioweb.com.br)

Dissolução de gases

A água apresenta a capacidade de dissolução de gases, alguns dos quais bastante


importantes para a ecologia do ambiente hídrico. O gás de maior relevância para o mei
aquático é, sem dúvida alguma, o oxigênio, já que dele dependem todos os organismos
aeróbios que habitam o corpo d’água. Sabe-se que a biota (conjunto de seres vivos)
aquática pode ser formada por organismos aeróbios e ou anaeróbios. Enquanto os pri-
meiros utilizam o oxigênio dissolvido para sua respiração, os últimos respiram
utilizando o oxigênio contido em moléculas de diversos compostos, como nitratos (NO -3

), sulfatos (SO -24 ) e outros.

Para o ser humano, o predomínio de uma condição aeróbia no corpo d’água é


fundamental, já que a maioria dos usos da água exige condições de qualidade só
encontradas em ambientes aeróbios. No entanto, sob o ponto de vista ecológico, os
ambientes anaeróbios, como pântanos, por exemplo, também apresentam relevância,
muito embora não se prestem para utilização humana.

A concentração dos gases na água depende da chamada pressão parcial do gás e da


temperatura. Sabe-se que na atmosfera terrestre, os principais gases estão distribuídos,
aproximadamente, na seguinte proporção:

 Nitrogênio (N 2): 78%;


 Oxigênio (O 2 ): 21%; e
 Gás carbônico (CO 2 ): 0,03%.
Observação: o aumento da concentração de oxigênio em solução no meio líquido
ocorre, fundamentalmente, por meio de dois fenômenos: aeração atmosférica e atividade
fotossintética das plantas aquáticas. Enquanto que em rios a fonte principal de oxigênio
é a atmosfera, mediante a existência de turbulência em suas águas, no caso de lagos há a
dominância da fotossíntese, em decorrência do maior crescimento de microalgas e
plantas aquáticas. A diminuição da concentração de oxigênio em solução no meio
líquido é consequência dos seguintes processos: perdas para a atmosfera (desorpção
atmosférica), respiração dos organismos, mineralização da matéria orgânica e oxidação
de íons.

Tabela 01: Oxigênio dissolvido na água com a variação de temperatura


Fonte: Charbonneau, J. P. et al. Enciclopédia de Ecologia. São Paulo: EDU EDUSP. 1979. p-120.

Dissolução de substâncias

Além de gases, a água também tem a capacidade de dissolver outras substâncias


químicas, as quais apresentam relevância na determinação de sua qualidade. A
solubilidade destas substâncias está vinculada ao pH do meio, havendo geralmente um
acréscimo da solubilidade com a redução do pH. Também o aumento da temperatura
favorece a solubilidade das diversas substâncias químicas.

A influência do pH e da temperatura pode ser observada na distribuição de substâncias


dissolvidas em rios e lagos. Principalmente nestes últimos, ocorre um gradiente
acentuado de pH, com a obtenção de valores elevados na superfície, como decorrência
da atividade fotossintética e teores mais baixos no fundo, em função do predomínio de
processos respiratórios.
5.2. Características da água
Pra Lira (2014),

“Para caracterizar uma água são determinados diversos parâmetros, que são
indicadores da qualidade da água e se constituem não conformes quando
alcançam valores superiores aos estabelecidos para determinado uso. As
características físicas, químicas e biológicas da água estão associadas a uma
série de processos que ocorrem no corpo hídrico e em sua bacia de
drenagem.”

Ao se abordar a questão da qualidade da água, é fundamental ter em conta que o meio


líquido apresente duas características marcantes, que condicionam, de maneira absoluta,
a conformação desta qualidade: capacidade de dissolução e capacidade de transporte.

5.2.1. Características físicas da água


As características físicas da água são:

 Temperatura  Turbidez
 Sabor e odor  Sólidos
 Cor  Condutividade elétrica

Temperatura

A temperatura expressa a energia cinética das moléculas de um corpo, sendo seu


gradiente o fenômeno responsável pela transferência de calor em um meio. A alteração
da temperatura da água pode ser causada por fontes naturais (principalmente energia
solar) ou antropogênicas (despejos industriais e águas de resfriamento de máquinas). A
temperatura exerce influência marcante na velocidade das reações químicas, nas
atividades metabólicas dos organismos e na solubilidade de substâncias.

Sabor e odor

A conceituação de sabor envolve uma interação de gosto (salgado, doce, azedo e


amargo) com o odor. No entanto, genericamente usa-se a expressão conjunta: sabor e
odor. Sua origem está associada tanto à presença de substâncias químicas ou gases
dissolvidos, quanto à atuação de alguns micro-organismos, notadamente algas.
Despejos industriais que contêm fenol, mesmo em pequenas concentrações, apresentam
odores bem característicos. Vale destacar que substâncias altamente deletérias aos
organismos aquáticos, como metais pesados e alguns compostos organossintéticos não
conferem nenhum sabor ou odor à água. Para consumo humano e usos mais nobres, o
padrão de potabilidade exige que a água seja completamente inodora.

Cor

A cor da água é produzida pela reflexão da luz em partículas minúsculas de


dimensões inferior a 1 µm – denominadas coloides – finamente dispersas, de origem
orgânica (ácidos húmicos e fúlvicos) ou mineral (resíduos industriais, compostos de
ferro e manganês). Corpos d’água de cores naturalmente escuras são encontrados em
regiões ricas em vegetação, em decorrência da maior produção de ácidos húmicos.

Turbidez

A turbidez pode ser definida como uma medida do grau de interferência à


passagem da luz através do líquido. A alteração à penetração da luz na água decorre na
suspensão, sendo expressa por meio de unidades de turbidez (também denominadas
unidades de Jackson ou nefelométricas). A turbidez dos corpos d’água é particularmente
alta em regiões com solos erosivos, onde a precipitação pluviométrica pode carrear
partículas de argila, silte, areia, fragmentos de rocha e óxidos metálicos do solo.

Grande parte das águas de rios brasileiros é naturalmente turva em decorrência das
características geológicas das bacias de drenagem, ocorrência de altos índices
pluviométricos e uso de práticas agrícolas, muitas vezes inadequadas. Ao contrário da
cor, que é causada por substâncias dissolvidas, a turbidez é provocada por partículas em
suspensão, sendo, portanto, reduzida por sedimentação.

Sólidos

A presença de sólidos na água é comentada neste tópico relativo aos parâmetros


físicos, muito embora os sólidos possam, também, estar associados a características
químicas ou biológicas. Os sólidos presentes na água podem estar distribuídos da
seguinte forma: em suspensão (sedimentáveis e não sedimentáveis) e dissolvidos
(voláteis e fixos). Sólidos em suspensão podem ser definidos como as partículas
passíveis de retenção por processos de filtração. Sólidos dissolvidos são constituídos
por partículas de diâmetro inferior a 10-3 µm e que permanecem em solução mesmo
após a filtração. A entrada de sólidos na água pode ocorrer de forma natural (processos
erosivos, organismos e detritos orgânicos) ou antropogênica (lançamento de lixo e
esgotos).

Condutividade elétrica

A condutividade elétrica da água indica a sua capacidade de transmitir a corrente


elétrica em função da presença de substâncias dissolvidas, que se dissociam em ânions e
cátions. Quanto maior a concentração iônica da solução, maior é a oportunidade para
ação eletrolítica e, portanto, maior a capacidade em conduzir corrente elétrica.

Muito embora não se possa esperar uma relação direta entre condutividade e
concentração de sólidos totais dissolvidos, já que as águas naturais não são soluções
simples, tal correlação é possível para águas de determinadas regiões onde exista a
predominância bem definida de um determinado íon em solução. A condutividade
elétrica da água deve ser expressa em unidades de resistência (mho ou S) por unidade de
comprimento (geralmente cm ou m).

5.2.2. Características químicas da água


As características químicas da água são:

 pH  Cloretos
 Alcalinidade  Série nitrogenada
 Acidez  Fósforo
 Dureza  Micropoluentes
pH

O potencial hidrogêniônico (pH) representa a intensidade das condições ácidas


ou alcalinas do meio líquido, por meio da medição da presença de íons hidrogênio (H+).
É calculado em escala antilogarítmica, abrangendo a faixa de 0 a 14 (inferior a 7:
condições ácidas; superior a 7: condições alcalinas). O valor do pH influi na distribuição
das formas livre e ionizada de diversos compostos químicos, além de contribuir para um
maior ou menor grau de solubilidade das substâncias e de definir o potencial de
toxicidade de vários elementos. As alterações de pH podem ter origem natural
(dissolução de rochas, fotossíntese) ou antropogênica (despejos domésticos e
industriais). Em águas de abastecimento, baixos valores de pH podem contribuir para
sua corrosividade e agressividade, enquanto que valores elevados aumentam a
possibilidade de incrustações. Para a adequada manutenção da vida aquática, o pH deve
situar-se, geralmente, na faixa de 6 a 9.

Alcalinidade

A alcalinidade indica a quantidade de íons na água que reagem para neutralizar


os íons hidrogênio. Constitui-se, portanto, em uma medição da capacidade da água de
neutralizar os ácidos, servindo, assim, para expressar a capacidade de tamponamento da
água, isto é, sua condição de resistir a mudanças do pH. Ambientes aquáticos com altos
valores de alcalinidade podem, assim, manter aproximadamente os mesmos teores de
pH, mesmo com o recebimento de contribuições fortemente ácidas ou alcalinas.

Os principais constituintes da alcalinidade são os bicarbonatos (HCO-3), carbonatos (

CO32+) e hidróxidos (OH -3). Outros ânions, como cloretos, nitratos e sulfatos, não
contribuem para a alcalinidade. A distribuição entre as três formas de alcalinidade na
água (bicarbonatos, carbonatos e hidróxidos) é função do seu pH: pH > 9,4 (hidróxidos
e carbonatos); pH entre 8,3 e 9,4 (carbonatos e bicarbonatos); pH entre 4,4 e 8,3 (apenas
bicarbonatos).

Acidez

A acidez, em contraposição à alcalinidade, mede a capacidade da água em


resistir às mudanças de pH causadas pelas bases. Ela decorre, fundamentalmente, da
presençade gás carbônico livre na água. A origem da acidez tanto pode ser natural ( CO 2
absorvido da atmosfera, ou resultante da decomposição de matéria orgânica, presença
de H 2 S– gás sulfídrico) como antropogênica (despejos industriais, passagem da água
por minas abandonadas). De maneira semelhante à alcalinidade, a distribuição das
formas de acidez também é função do pH da água: pH > 8.2 – CO 2livre ausente; pH
entre 4,5 e 8,2 – acidez carbônica; pH < 4,5 – acidez por ácidos minerais fortes,
geralmente resultantes de despejos industriais. Águas com acidez mineral são
desagradáveis ao paladar, sendo desaconselhadas para abastecimento doméstico.

Dureza

A dureza indica a concentração de cátions multivalentes em solução na água. Os


cátions mais frequentemente associados à dureza são os de cálcio e magnésio ( CA +2 ,
Mg +2) e, em menor escala, ferro (Fe +2), manganês (Mn +2 ), estrôncio (Sr +2) e alumínio (
Al+3 ). A dureza pode ser classificada como dureza carbonato ou dureza não carbonato,
dependendo do ânion com o qual ela está associada. A dureza carbonato corresponde à
alcalinidade, estando, portanto em condições de indicar a capacidade de tamponamento
de uma amostra de água. A origem da dureza das águas pode ser natural (por exemplo,
dissolução de rochas calcárias, ricas em cálcio e magnésio) ou antropogênica (lança-
mento de efluentes industriais).

Cloretos

Os cloretos, geralmente, provêm da dissolução de minerais ou da intrusão de


águas do mar, e ainda podem advir dos esgotos domésticos ou industriais. Em altas
concentrações, conferem sabor salgado à água ou propriedades laxativas.

Série nitrogenada

No meio aquático, o elemento químico nitrogênio pode ser encontrado sob diversas
formas:

a) Nitrogênio molecular (N 2): nesta forma, o nitrogênio está, continuamente, su-


jeito a perdas para a atmosfera. Algumas espécies de algas fixar o nitrogênio
atmosférico, o que permite o seu crescimento mesmo quando as outras formas
de nitrogênio não estão disponíveis na massa líquida;
b) Nitrogênio orgânico: constituído por nitrogênio na forma dissolvida (compostos
nitrogenados orgânicos) ou particulada (biomassa de organismos);

Fósforo

O fósforo é, em razão da sua baixa disponibilidade em regiões de clima tropical, o


nutriente mais importante para o crescimento de plantas aquáticas. Quando este
crescimento ocorre em excesso, prejudicando os usos da água, caracteriza-se o
fenômeno conhecido como eutrofização. No ambiente aquático, o fósforo pode ser
encontrado sob várias formas:

a) Orgânico: solúvel (matéria orgânica dissolvida) ou particulado (biomassa de


micro-organismos);
b) Inorgânico: solúvel (sais de fósforo) ou particulado (compostos minerais, como
apatita).

Micropoluentes

Existem determinados elementos e compostos químicos que, mesmo em baixas


concentrações, conferem à água características de toxicidade, tornando-a, assim,
imprópria para grande parte dos usos. Tais substâncias são denominadas
micropoluentes. O maior destaque, neste caso, é dado aos metais pesados (por exemplo,
arsênio, cádmio, cromo, cobre, chumbo, mercúrio, níquel, prata, zinco), frequentemente
encontrados em

águas residuárias industriais. Além de serem tóxicos, estes metais ainda acumulam-se
no ambiente aquático, aumentando sua concentração na biomassa de organismos à
medida que se evolui na cadeia alimentar (fenômeno de biomagnificação).

5.2.3. Características biológicas da água


Micro-organismos de importância sanitária

O papel dos micro-organismos no ambiente aquático está fundamentalmente


vinculado à transformação da matéria dentro do ciclo dos diversos elementos. Tais
processos são realizados com o objetivo de fornecimento de energia para a
sobrevivência dos micro-organismos. Um dos processos mais significativos é a
decomposição da matéria orgânica, realizada principalmente por bactérias. Este
processo é vital para o ambiente aquático, na medida em que a matéria orgânica que ali
chega é decomposta em substâncias mais simples pela ação das bactérias. Como
produtos finais obtêm-se compostos minerais inorgânicos, como por exemplo, nitratos,
fosfatos e sulfatos que, por sua vez, são reassimilados por outros organismos aquáticos.
O processo de decomposição, também designado como estabilização ou mineralização,
é um exemplo do papel dos micro-or-ganismos. Por outro lado, existem algumas poucas
espécies que são capazes de transmitir enfermidades, gerando, portanto, preocupações
de ordem sanitária.

Segundo Silva (2017), as caracterísitcas mais conhecidas sào as que se destacam a


seguir:

• Coliformes Totais;

• Coliformes Termotolerantes ou fecais;

• Bactérias heterotróficas.

Bactérias coliformes são um conjunto de micro-organismos relativamente inofensivos


que vivem em grande número no intestino dos seres humanos e animais de aquecimento
e de sangue frio. Eles auxiliam na digestão dos alimentos.

Coliformes totais

As bactérias do grupo coliforme estão presentes no intestino humano e de animais de


sangue quente e são eliminadas nas fezes em números elevados (106/g – 108/g).
Entretanto, a partir da definição acima, o grupo dos coliformes inclui bactérias não
exclusivamente de origem fecal, podendo ocorrer naturalmente no solo, na água e em
plantas. Além disso, principalmente em climas tropicais, os coliformes apresentam
capacidade de se multiplicar na água (OMS, 1995).

Segundo Florençano (2011), foram as primeiras a serem adoptadas como ‘indicadoras’


de poluição humana. Porém, vieram se constatar que a sua presença não representaria,
obrigadoriamente, que a contaminação fosse de origem humana ou animal (Escherichia
coli), pois estes organismos tambem se desenvolvem em vegetações e no solo.
O grupo de coliformes totais ´é formado por enterobactérias capazes de fermentar a
lactose, com produção de gás a (44,5oC±0,2oC em horas). Essa capacidade de fermentar
a lactose, com formação de gás em meios de cultura, é a base para os métodos
tradicionais de detecção de coliformes totais. Esses microrganismos são comuns em
ambientes de fabricação de alimentos, podendo se tornar parte da microbiota resistente.

Coliformes termotolerantes ou fecais

Coliformes termotolerantes ou fecais são bactérias encontradas normalmente no


intestino de homens e animais.

Quando encontramos esse tipo de bactéria em amostras de água, por exemplo, é um


grande indicativo de que essa água foi contaminada por fezes e esgoto. Sendo assim, os
coliformes termotolerantes são usados frequentemente para avaliar a qualidade da água
e indicar a contaminação por fezes. Essa avaliação é importante, pois permite a
prevenção de doenças que são transmitidas pelas fezes, como algumas verminoses.
Segundo Florençano (2011), os coliformes fecais se desenvolvem, tambem, em
temperaturas mais altas.
Os coliformes termotolerantes não são encontrados apenas na água. Essas bactérias
podem estar em diversos locais e nem nos damos conta do perigo que elas podem
causar.

Figura 02: Coliformes termotolerantes ou fecais


Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/coliformes-fecais.htm

5.3. Microbiologia da água


A água constitui um dos elementos fundamentais para a existência do homem.

Milhares de seres vivos são encontrados na água, desde a escala macroscópica (peixes,
moluscos, algas, etc) à microscópica (vírus, bactérias, algas, etc). Contudo, os seres
vivos de maior interesse no tratamento de água podem ser citados como bactérias,
fungos, protozoários, vírus (RICHTER, 2009).

Segundo Richter (2009), normalmente os micro-organismos são de considerável


importância no controle da qualidade da água e a maioria é benéfica, especialmente na
autodepuração de um corpo d´água. Entretanto, algumas espécies são responsáveis por
doenças como febre tifóide, sabor e odor na água, corrosão de estrutura de concreto ou
de metais. Os parâmetros microbiológicos exigidos pela Portaria nº 2914/2011 do
Ministério da Saúde, são de coliformes totais, coliformes termotolerantes ou facias ou
Escherichia coli, cuja definições já foram apresentadas no ponto sobre as características
biológicas da água.

Micro-organismos patogênicos presentes na água

São destacados a seguir os micro-organismos patogênicos presentes na água:

 Bactérias;
 Fungos;
 Protozoários;
 Vírus.

5.3.1. Enfermidades de transmissão hídrica (causas)


Há 2.000 a.C. o homem já procurava medidas preventivas que evitassem doenças
contraídas pela água. Existem menções efetuadas na antiga Grécia por Hipócrates
(Baker, 1949 apud Leal, 2001) considerado o pai da medicina, no alvorecer do império
macedônio, entre os séculos 111 e IV a.C., nas quais se reporta a importância da correta
definição dos mananciais de abastecimento como forma de preservar a saúde da
população.

As doenças de veiculação hídrica, causadas por bactérias, vírus, protozoários, helmintos


e outros micro-organismos patogênicos são os problemas de saúde públicas mais
comuns dos países em desenvolvimento.

Essas doenças transmitem-se principalmente por meio de excretas de origem humana ou


animal, por sua introdução nas fontes de água, tornando-a imprópria para o consumo
humano. A transmissão dessas doenças pode ocorrer de forma direta ou indireta: na
ingestão direta da água, no preparo dos alimentos, na higiene pessoal, na agricultura, na
indústria e lazer.

As bactérias constituem-se nos mais numerosos seres distribuídos na natureza, sendo os


micro-organismos mais amplamente difundidos na água. Algumas bactérias apresentam
formas resistentes, esporuladas, que podem permanecer inativas em condições
inadequadas, podendo reativar-se com o retorno de condições propícias. Em geral, são
úteis para o homem na degradação da matéria orgânica morta, no tratamento de águas
residuárias etc.

No entanto, são mais conhecidas devido ao caráter patogênico de várias espécies que
ocasionam doenças no homem, nos animais e nos vegetais. São os principais agentes
das doenças de veiculação hídrica.

Grupo de Doenças Principais Formas de transmição Formas de prevenção


doenças
Bacterianas: Proteger os mananciais
Cólera (fonte de abastecimento).
Disenteria bacilar Ingestão do Tratar as águas de
Febre paratifoide agente patogênico abastecimento evitando
Febre tifoide por meio de o uso de fontes
Leptospirose alimentos contaminadas.
Transmitidas contaminados, Fornecer água em
pela via oro-fecal Não bacterianas: água quantidade e qualidade.
(bacterianas e não Amebíase contaminada Promover ações de
bacterianas) Ascaridíase por fezes e educação em saúde
Hepatite infecciosa contaminação de (higiene pessoal,
Poliomielite indivíduo para doméstica e dos
Giardíase indivíduo alimentos).
Diarreias por vírus Promover melhorias da
habitação e instalações
sanitárias

Água em quantidade
Fornecer água em
insuficiente e hábitos
Infecções de pele quantidade
Associadas ao higiênicos inadequados
Tracoma suficiente. Promover ações
fornecimento de favorecem a
Tifo de
água insuficiente disseminação
Escabiose educação em saúde
desses agravos

Grupo de Doenças Principais Formas de transmição Formas de prevenção


doenças
Proteção de mananciais.
Combate ao hospedeiro
Associadas a intermediário.
hospedeiros Esquistossomose Penetração do agente Disposição adequada de
intermediários, cujo patogênico na pele esgotos.
habitat é a água Evitar o contato das
pessoas com águas
contaminadas.
Penetração do
Agente Infeccioso Combate aos vetores.
Malária no organismo Eliminar condições
Transmitidas por
Febre amarela pela picada de que possam favorecer
vetores relacionadas
Dengue insetos, cujo ciclo criadouros.
com a água
Filariose evolutivo está Utilizar medidas de
relacionado com proteção individual.
a água

Tabela 02: Doenças relacionadas com a água


Fonte: Guias da OPAS/1987

5.3.2. Bactérias indicadoras de contaminação

De acordo com OMS (1995), as bactérias indicadoras de contaminação são assim


mencionadas:

A presença de microrganismo indicador é sinal potencial da presença de microrganismo


que causa doenças gastrointestinais e tem sido utilizado com sucesso ao longo do
tempo. As bactérias indicadoras de contaminação fecal mais utilizadas atualmente são:
coliformes termotolerantes, E. coli e enterococo ou estreptococo fecal.

Escherichia coli: bactéria pertencente à família Enterobacteriaceae, caracterizada pela


presença das enzimas B-galactosidase e B-glicuronidase. Cresce em meio complexo a
44-45ºC, fermenta a lactose e manitol com produção de ácido e gás e produz indol a
partir do aminoácido triptofano.

É abundante em fezes humanas e de animais, tendo somente, sido encontrada em


esgotos, efluentes, águas naturais e solos que tenham recebido contaminação fecal
recente (Resolução CONAMA 274/00).
Enterococos: bactérias do grupo dos estreptococos fecais, pertencente ao gênero
Enterococcus (previamente considerado estreptococos do grupo D) o qual se caracteriza
pela alta tolerância às condições adversas de crescimento, tais como: capacidade de
crescer na presença de 6,5% de cloreto de sódio, a pH 9,6 e nas temperaturas de 10º e
45ºC.

A maioria das espécies de Enterococcus são de origem fecal humana, embora possam
ser isoladas de fezes de animais (Resolução CONAMA 274/00).

5.4. Parâmetros da qualidade da água


Actualmente, a água encontrada na natureza é em geral inapropriada para o consumo
humano, devido presença de uma série de contaminadores que podem ser prejudiciais à
saúde. (Richter, 2009)

Sendo que, na maior parte das vezes, estes contaminadores são resultantes de
actividades do próprio homem (que contamina a água com esgoto, lixos, pesticidas
agrícolas, fertilizantes e outros). Desta forma, o homem criou maneiras de retirar a água
dos cursos de água, tratá-la e posteriormente distribuí-la para consumo (PEREIRA,
2012).

Para tanto, é necessário que atenda ao padrão de potabilidade, que são as quantidades
limites que, com relação aos diversos elementos, podem ser toleradas na água de
abastecimento, quantidades definidas geralmente por decretos, regulamentos ou
especificações (RIGOBELO et al., 2009).

Os paramentos para definir a qualidade das águas de domínio pública, serão aferidas em
função da sua categoria, tendo em consideração o objectivo último do seu uso, quer este
seja, comum ou privativo.

São estabelecidas as seguintes categorias de qualidade das águas:

1. Água para fins de consumo humano;


2. Água para fins agro-pecuários;
3. Água para fins de piscicultura
4. Água para fins recreativos (natação, esqui aquático e mergulho)

Os parâmetros essenciais que devem caracterizar a qualidade da água, em função da sua


categoria, para averiguar a conformidade das águas com os padrões de qualidade e para
permitir a determinação de esquemas de tratamento adequados, as águas serão
classificadas qualitativamente observando se os parâmetros fixados abaixo:

1. Água para fins de consumo humano: Aplicar-se-ão como parâmetros de


qualidade da água para consumo humano, os parâmetros fixados na
regulamentação específica sobre a matéria;
2. Água para fins agro-pecuários, para além dos parâmetros abaixo, dever-se-ão
observar os intervalos recomendados e classificação da água para fins de rega.
40
3. Pecuária: Bactérias < ml ; Baixas concentrações de substâncias tóxicas
100
4. Irrigação:
Total de sólidos dissolvidos ¿ 500 mg/l;

Total de bactérias¿ou = 100000/100 ml ;

Salinidade: média através de condutividade eléctrica da água (CE


água, Ms/Cm);
Níveis de absorção de sódio (SAR) da água de rega

5. Água para fins de piscicultura


 PH: 6.5-8.5;
 DBO <ou=1-2 mg/l
 Oxigénio dissolvido 6-7 mg/l (15OC); 4-5 ml/l (20º C)
6. Água para fins recreativos (Natação, esqui aquático e mergulho):
 Nulo de cloro, cheiro, gosto e turvação;
 Bactérias totais ¿ 100/100 ml ;
 Coliformes ¿ 100/100 ml .
7. Água para fins de processamento de alimentos, bebidas alcoólicas e nas
alcoólicas
 Água para fins de consumo humano;
 Anião floreto (F-<1 ppm).

Para divulgação dos dados colectados nos monitoramentos, informando os valores de


concentração dos poluentes nos corpos de água, adopta-se o IQA que retrata, através de
um índice único global, a qualidade das águas em um determinado ponto de
monitoramento. Os índices podem ser entendidos como “notas”, que retratam condições
que variam de “muito ruim” a “excelente”, ou que permitem inferências sobre alguns
aspectos específicos sobre o curso de água, tal como biodiversidade e toxicidade.

Os índices não são um instrumento de avaliação de atendimento à legislação ambiental,


mas sim de comunicação para o público das condições ambientais dos corpos de água.
Vários itens de qualidade são convertidos em uma nota ou avaliação única. A
capacidade de síntese proporcionada por um índice é de grande valia para a
comunicação com o público.

O IQA é um modelo matemático simples. Sua estrutura foi estabelecida através de


pesquisas de opinião junto a vários especialistas da área, quando cada um seleccionou
os parâmetros que julgava relevantes para avaliar a qualidade das águas e estipulou,
para cada um deles, um peso relativo. Assim o IQA reúne nove parâmetros,
considerados mais representativos para a caracterização da qualidade das águas:

 Coliformes fecais (termotolerantes);


 PH;
 Demanda bioquímica de oxigénio;
 Nitrato;
 Fosfato total;
 Temperatura da água;
 Turbidez;
 Sólidos totais e oxigénio dissolvido.
5.4.1. Índices dos parâmetros da qualidade de água – OMS
PARAMETRO UNIDADE OMS
MICROBIOLOGICOS
Coli fecales o E. col UCF / 100 mL 0
Coliformes totales UCF / 100 mL 0
Bact. heterotróficas UCF / mL -
Químicos De Importancia Para La Salud
Inorgânicos
Antimónio mg/ L 0,005
Arsénio mg/ L 0,01
Bário mg/ L 0,7
Boro mg/ L 0,3
Cádmio mg/ L 0,003
Cianuro mg/ L 0,07
Cobre mg/ L 2
Cromo mg/ L 0,05
Fluoruro mg/ L 1,5
Manganesco mg/ L 0,5
Mercúrio mg/ L 0,001
Molibdeno mg/ L 0,07
Níquel mg/ L 0,02
Nitrato mg/ L 50
Nitrito mg/ L 3
Plomo mg/ L 0,01
Selénio mg/ L 0,01
Orgânicos
Tetracloruro de carbono μg/ L 2
Diclorometano μg/ L 20
1,1 dicloroetano μg/ L NDS
1,2 dicloroetano μg/ L 30
1,1,1 tricloroetano μg/ L 2
Cloruro de vinilo μg/ L 5
1,1 dicloroeteno μg/ L 30
1,2 dicloroeteno μg/ L 50
Tricloroeteno μg/ L 70
Tetracloroeteno μg/ L 40
Benceno μg/ L 10
Tolueno μg/ L 700
Xilenos μg/ L 500
Etilbenceno μg/ L 300
Estireno μg/ L 20
Benzopireno μg/ L 0,7
Monoclorobenceno μg/ L 300
1,2 diclorobenceno μg/ L 1
1,3 Diclorobenceno μg/ L NDS
1,4 Diclorobenceno μg/ L 300
Triclorobencenos μg/ L 20
Adipato de di (2etilhexilo μg/ L 80
Ftalato de di(2etilhexilo) μg/ L 8
Acrilamida μg/ L 0,5
Epiclorhidrina μg/ L 0,4
Hexaclorobutadieno μg/ L 0,6
EDTA μg/ L 200
Ac. Nitrilotriacético μg/ L 200
Óxido de tributilestaño μg/ L 2
Tabela 03: Índices dos parâmetros da qualidade de água – OMS

5.4.2. Índices dos parâmetros da qualidade de água – SNS


Parâmetros da qualidade de água são indicadores de qualidade de águas e constituem
impurezas quando alcançarem valores superiores aos estabelecidos para determinado
uso, os seguintes parâmetros:

 Físicos
 Químico
 Biológico

Os padrões de qualidade de água usados nos países individualmente são influenciadas


pelas autoridades nacionais e factores económicos. Mas as politicas e conveniências
ameaçam por um perigo a saúde pública (OMS,1984). No caso de Moçambique, o
LNHAA (Laboratório Nacional de Higiene de Águas e Alimentos) a FIPAG e MISAU,
são as instituições de tutela na elaboração das normas próprias para qualidade de água.

Parâmetro de qualidade de água destinada ao consumo humano e seus riscos para


a saúde pública.

Parâmetros microbiológicos

Parâmetro Limite máximo Unidades Risco para a saúde pública


admissível
Coliformes totais Ausente MNP/100 ml Doenças gastrointestinais
No de colónias/ 100ml
Coliformes fecais Ausente MNP/100 ml Doenças gastrointestinais
N de colónias/ 100ml
o

Vibrio cholerae Ausente 1000 ml Doenças gastrointestinais


Tabela 04: Parâmetros microbiológicos

Fonte: MISAU (2004)

Parâmetros físicos e organolétpticos

Parâmetro Limite máximo admissível Unidades Risco para a saúde pública


Cor 15 TCU Aparência
Cheiro Inodor Sabor
Condutividade 50-2000 μhm/cm -
Ph 6,5-8,5 Sabor, corrosão, irritação da
pele
Sabor Insípido -
Sólidos 100 mg /l Sabor, corrosão
Turvação 5 NTU Aparência, dificulta a
desinfecção
Tabela 05: Parâmetros físicos e organolétpticos

Fonte: MISAU (2004

Parâmetros químicos

Limite
Parâmetro máximo Unidades Risco para a saúde pública
admissível
Amoníaco 1,5 mg/l Sabor e cheiro desagradável
Afecta o sistema locomotor e
Alumínio 0,2 mg/l causa anemia
Arsénico 0,01 mg/l Cancro da pele
Antimónio 0,005 mg/l Cancro no sangue
Bário 0,7 mg/l Vasoconstrição e doenças
cardiovasculares
Boro 0,3 mg/l Gastroenterites e eritremas
Cademio 0,003 mg/l Vasoconstrição urinária
Cálcio 50 mg/l Aumenta a dureza da água
Chumbo 0,01 mg/l Intoxicação aguda
Cianeto 0,07 mg/l Bócio e paralisia
Cloretos 250 mg/l Sabor desagradável corrosão
Cloro residual total 0,2-0,5 mg/l Sabor e cheiro desagradável
Cobre 1,0 mg/l Irritação intestinal
mg/l Gastroenterites, hemorragia e
Crómio 0,05
convulsões
Dureza total 500 mg/l Depósitos, corrosão e espumas
mg/l Aumenta proliferação dos
Fósforo 0,1
microorganismos
Ferro total 0,3 mg/l Necrose hemorrágica
Fluoreto 1.5 mg/l Afecta o tecido esquelético
mg/l Aumenta proliferação dos
Matéria orgânica 2.5
microorganismos
Magnésio 50 mg/l Sabor desagradável
mg/l Anemia, afecta o sistema
Manganês 0,1
nervoso
Mercúrio 0,001 mg/l Distúrbios renais
Molibdénio 0,07 mg/l Distúrbios urinários
Nitrito 0,3 mg/l Reduz oxigénio no sangue
Nitrato 50 mg/l Reduz oxigénio no sangue
Níquel 0,02 mg/l Eczemas e intoxicações
Sódio 200 mg/l Sabor desagradável
Sulfato 250 mg/l Sabor e corrosão
Selénio 0,01 mg/l Doenças cardiovasculares
Sólidos totais dissolvidos 1000 mg/l Sabor desagradável
Zinco 3 mg/l Aparência e sabor desagradável
mg/l Intoxicação e distúrbios de
Pesticidas totais 0,0005
várias ordens
Hidrocarbonetos aromáticos 0,0001 mg/l Sabor desagradável e
policiclicos Intoxicação e distúrbios de varia
ordem
Tabela 06: Parâmetros químicos
Fonte: MISAU (2004)

Para a água destinada ao consumo humano fornecida por fontes de abastecimento


público sem tratamento

Parâmetros microbiológicos

Parâmetro Limite máximo Unidades


admissível
Coliformes totais - MNP/100 ml
o
N de colónias/ 100ml
Coliformes fecais 0-10 MNP/100 ml
No de colónias/ 100ml
Vibrio cholerae Ausente 1000 ml

Tabela 07: Parâmetros microbiológicos

Fonte: MISAU (2004)

Parâmetros físicos e organolépticos

Parâmetro Limite máximo admissível Unidades


Cor 15 TCU
Cheiro Inodor
Condutividade 50-2000 μhm/cm
Ph 6,5-8,5
Sabor Insípido
Sólidos 100 mg /l
Turvação 5 NTU
Tabela 08: Parâmetros físicos e organolépticos (Fonte: MISAU (2004))

Fonte: MISAU (2004)

Parâmetros químicos

Parâmetro Limite máximo admissível Unidades


Amoníaco 1,5 mg/l
Arsénico 0,01 mg/l
Antimónio 0,005 mg/l
Bário 0,7 mg/l
Boro 0,3 mg/l
Cademio 0,003 mg/l
Cálcio 50 mg/l
Chumbo 0,01 mg/l
Cianeto 0,07 mg/l
Cloretos 250 mg/l
Cobre 1,0 mg/l
Crómio 0,05 mg/l
Dureza total 500 mg/l
Fósforo 0,1 mg/l
Ferro total 0,3 mg/l
Fluoreto 1.5 mg/l
Matéria orgânica 2.5 mg/l
Magnésio 50 mg/l
Manganês 0,1 mg/l
Mercúrio 0,001 mg/l
Molibdénio 0,07 mg/l
Nitrito 0,3 mg/l
Nitrato 50 mg/l
Níquel 0,02 mg/l
Sódio 200 mg/l
Sulfato 250 mg/l
Selénio 0,01 mg/l
Sólidos totais 1000 mg/l
Zinco 3 mg/l
Pesticidas totais 0,0005 mg/l
Tabela 09: Parâmetros químicos

Fonte: MISAU (2004)

5.5. Fenómeno de eutrofização das águas


Eutrofização

Segundo Dezotti (2008, p. 48),

“eutrofização é o proccesso que ocorre quando um corpo receptor está com


excesso de certos nutrientes básicos. Esse termo se aplica ao processo de
enriquecimento excessivo e continuado de um corpo receptor por
macronutrientes, causando um desenvolvimento massivo e indesejável de
plantas aquáticas que altera seu equilíbrio biológico.”

Para Dezotti (2008 apud Oenema e Roest, 1998), a eutrofização é um processo lento
que ocorre na natureza, relacionado ao envelhecimento dos corpos receptores, que pode
ser acelerado com o lançamento de macronutrientes, advindos das actividades humanas.
Assim, a eutrofização leva a maiores problemas em corpos receptores estagnados
(lagos, reservatórios, albufeiras, etc.) podendo também ocorrer em ambiente marinho
(estuário) e até mesmo em cursos d’água, particularmente naqueles de baixo fluxo.
(Ibid.)

O florescimento aquático excessivo causa a deteorização do corpo receptor, odor


pronunciado decorrente da decomposição anaeróbica, altera a cor e a turbidez da água,
reduz o teor de oxigênio dissolvido, causa assoreamento de canais e de vias de
navegáaveis, podendo, até mesmo, levar a uma maior perda de água por
evapotranspiração.

Considerando a evolução trófica dos corpos receptores, esses podem ser classificados
como:

a) Oligotróficos – águas limpas não-fertilizadas;


b) Mesotróficos – águas moderadamente fertilizadas;
c) Eutróficos – águas em pleno processo de eutrofização, isto é, excessivamente
fertilizadas;
d) Hipertróficos – águas em estágio avançado de eutrofização.

Além dos inconvenientes do crescimento de algas, ocorre ainda, no meio eutrófico, o


desenvolvimento de macrófitas que ocupam grandes extensões do copro receptor e são
dde dificil remoção.

Eutrofização natural – ocorre ao longo de grandes períodos de tempo, como parte do


processo de sucessão ecológica que se verifica durante a evolução dos ecossistemas.

Eutrofização Cultural – resulta de actividades humanas (origem antrópica) e verifica-


se junto a zonas urbanas ou agrícolas. Os nutrientes que atingem o lago são
principalmente nitratos e fosfatos com origem na agricultura e na pecuária, na erosão do
solo e nos efluentes das estações de tratamento.

Fenómeno de eutrofização

Pra Dezotti (2008), o processo de eutrofização ocorre quando uma determinada massa
de água pobre em nutrientes (oligotrófica) os adquire, há toda uma série de alterações
que ocorrerão:
 O aumento da concentração de nutrientes favorece o crescimento e a
multiplicação do fitoplâncton, o que provoca o aumento da turbidez da água;
 Devido a tal, a luz solar não chega às plantas que se encontram submersas, não
ocorrendo a fotossíntese;
 O desaparecimento da vegetação aquática submersa acarreta a perda de
alimento, habitats e oxigénio dissolvido;
 Embora os lagos eutróficos possuam elevada quantidade de fitoplâncton, que
produz oxigénio através da fotossíntese, a sua distribuição superficial provoca
nesse sector uma saturação em oxigénio, que se escapa para a atmosfera, pelo
que não restabelece o oxigénio dissolvido ao nível das águas profundas;
 O fitoplâncton tem taxas de crescimento e reprodução muito elevadas, formando
tapetes verdes à superfície dos cursos de água, principalmente nos sectores com
correntes fracas. Quando estes organismos morrem, depositam-se no fundo,
formando espessos depósitos;
 O aumento de detritos leva a um aumento de decompositores  (essencialmente
bactérias), cujo crescimento exponencial provoca uma diminuição do oxigénio
dissolvido  (consumido na respiração);
 O esgotamento do oxigénio leva à morte por asfixia de peixes e crustáceos, mas
não de bactérias, que recorrem à fermentação e respiração anaeróbia;
 As bactérias proliferam e aproveitam o oxigénio, cada vez que este está
disponível, mantendo a água com permanente carência em oxigénio;
 Pode ainda ocorrer oxidação da matéria orgânica e de outros compostos,
contribuindo também para a diminuição do oxigénio dissolvido e agravamento
da eutrofização; (Ibidi.)

Combate a eutrofização

1. A eutrofização pode ser combatida essencialmente em dois níveis:

 Evitar a entrada nos cursos de água de elevadas quantidades de nutrientes e


sedimentos (longo prazo).
 Identificar as principais fontes de eutrofização, com destaque para as do dia-a-
dia;
 Proibir o uso de detergentes fosfatados, pois o fosfato é um dos principais
nutrientes responsáveis pelo desenvolvimento do fitoplâncton;
 Modernizar os processos de tratamento das águas residuais, que permitam
recolher a maioria dos nutrientes, evitando a eutrofização a jusante do ponto de
descarga;
 Controlar as águas de escorrência das explorações agrícolas e pecuárias, pois
apresentam elevadas concentrações de nutrientes;
 Controlar os sedimentos das áreas de construção e extracção mineira que
contribuem para o aumento da turbidez dos cursos de água;
 Controlar a erosão das ribeiras, com reposição da vegetação ribeirinha, e
controlo da erosão nos vales, para reduzir o transporte de sedimentos em
suspensão.

2. Implementar medidas de recuperação de lagos e cursos de água eutrofizados.

 Arejamento artificial – introdução de oxigénio, através de uma rede de tubos


plásticos numa massa de água que se pretende tratar. Tal permite obter uma
decomposição mais rápida dos detritos acumulados, melhorando a qualidade da
água e fomentando o regresso das plantas aquáticas e das algas. Contudo é um
sistema dispendioso e de difícil funcionamento.
 Remoção das plantas arrancadas devido ao rolamento dos sedimentos ao longo
do leito do rio, e que ficaram à superfície. É necessário retirá-las, com o auxílio
de redes, para não obstruírem a passagem da luz solar. No que respeita ao
plâncton não é possível recorrer a tal método, uma vez que rapidamente obstrui
as redes e os filtros, impedindo a passagem de água;
 Dragagens dos sedimentos – remoção dos depósitos que cobrem as plantas
aquáticas. Poderá aumentar a eutrofização, uma vez que, ao mexer-se nos
sedimentos, aumenta-se a turbação da água.

5.6. Contaminantes da água. Fontes e implicações a saúde humana

MCL 0,004 mg/ L


Altamente tóxico, podendo causar calafrios, febre e
tosse dolorosa. Pode causar inflamação nos pulmões,
Riscos e efeitos falta de ar, e levar uma doença sem cura chamada
Berílio beríliose ou granulomatose pulmonar crónica.
Na água é liberada da combustão de carvão e outras
indústrias que usam berílio. Nas águas superficiais
Fontes de contaminação incluem deposição atmosférica de berílio e erosão de
rochas e solos contendo berílio
Inalação de fumaça ou poeira com resíduos de berílio,
porém, esta intoxicação pode acontecer devido ao
contacto com a pele.
MCL 0,015 mg/ L
Intoxicação aguda, tremores, fraqueza muscular, lesão
renal e cardiopatia, pode causar anemia, disfunção
Riscos e efeitos renal, pertubações nos sistemas digestórios (cólicas
abdominais) e genital.
Chumbo Produção de baterias, soldagem e utilização de tintas
que contém chumbo. Poeira contaminada nas areas das
comunidades próximas a fabricas ou ao redor de
Fontes de contaminação minerações. dependendo se a água utilizada na irrigação
ou o solo onde foram plantados estão ou não com níveis
elevados de chumbo..
MCL 0,002 mg/ L
É altamente toxico, por isso deve ser manuseado com
Tálio Riscos e efeitos cuidado. A toxicidade o levou ao usoem veneno de rato.
Os efeitos do envenenamento por tálio são a perda dos
cabelos e danos nos nervos periféricos.
Fontes de contaminação Quando o elemento entra em contacto com a a pele.
MCL 250 mg/ L
Desidratação e diarreia, Sabor e corrosão no
Riscos e efeitos encanamento.
Sulfato Alguns solos e rochas contem minerais sulfatados. A
Fontes de contaminação medida que as águas subterrâneas se movem através
delas, parte do sulfato é dissolvida na água.
MCL 3,0 mg/ L
Falta de apetite (hiporexia), Letargia, diarreia,
crescimento e maturação sexual prejudicados
(hipogonadismo e hipospermia), danos a cabelo, pele e
Riscos e efeitos
unhas, desenvolvimento cognitivo prejudicado com
Zinco danos nos nervos, susceptibilidade a infecções, anemia
ferropriva.
Suplementos de zinco por via oral ou intravenosa e uma
mudança na dieta para incluir alimentos ricos em zinco
Fontes de contaminação como: Abóbora e suas sementes, amendoim e
amêndoas, ervilhas, gengibre.

Tabela 10: Contaminantes da água. Fontes e implicações a saúde humana


Fonte: Desconhecida

5.7. Procedimentos para testagem da qualidade da água

Os procedimentos a seguir para a testagem de água envolvem análises laboratoriais em


amostras colectadas de um vasto sistema de instalações de água potável.

 Colecta e preparação da amostra


As amostras são preparadas, tal como indicado para o tipo de teste. Por exemplo, os
testes para bactérias necessitam de um recipiente de colecta estéril para evitar leituras
não muito fiáveis.
Testes químicos específicos podem exigir um composto de fixação no recipiente de
colecta para evitar perdas. As análises químicas são frequentemente indicadas em casos
de águas fora dos padrões ou suspeitas de contaminação.
O tempo também é importante em alguns procedimentos. A amostragem de corrosão,
por exemplo, é melhor efectuada após um período de não utilização, para maiores
concentrações de poluentes.
A testagem de água para contaminação por sulfeto de hidrogénio, por outro lado, é
melhor feita no local já que o gás e altamente volátil.
 Testagem de Rotina
São realizados testes de rotina de contaminantes comuns anualmente. Embora possa ser
tentador testar para todos os possíveis contaminantes, tais testes extensivos não são
necessários.
São analisadas as amostras de água quanto ao PH, nitritos, sólidos dissolvidos e
bactérias coliformes. A testagem anual é feita para poços particulares.
 O teste de PH
É um procedimento simples, utilizando-se um comparador dividido em 8 partes da
amostras de comparação de cor. Uma tira de teste é colocada na amostra e a cor
resultante é comparada com as amostras.
Outros procedimentos laboratoriais requerem o uso de reagentes para determinar as
concentrações de produtos químicos.
 Os ensaios de nitrogénio e amoníaco são exemplos de procedimento que
requerem a utilização de reagentes.
 Contaminação suspeita

O teste de sólidos totais dissolvidos é recomendado em ambientes aquáticos


possivelmente poluídos por actividades humanas, como a mineração e exploração de
petróleo. Uma amostra estéril é filtrada e seca em laboratório. O montante remanescente
de sólidos filtráveis determina a concentração.

6. Conclusão
Conclui-se que para que para se estabeleça a qualidade da água é necessário que se
conheçam as propriedades da água para que ao se fazer estudos das mesmas se
cumpram com os parâmetros estabelecidos por algumas organizações. De certa forma,
as propriedadexs iniciais da água serão modificadas devido a adição de alguns
elementos quimicos que funionam como purificadores.
7. Referências Bibliográficas
PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar. Metodologia do Trabalho
Científico: Método e Técnicas de Pesquisa e Trabalho Acadêmicos. 2ª Edição; Novo
Hamburgo - Rio Grande do Sul – Brasil: 2013

Guias para la Calidad del Agua Potable. Vol. 1 – Recomendaciones – OMS, Ginebra –
1995, Segunda edició

SILVA, N. et al. Manual de Métodos de Análise Microbiológica de Alimentos e Água.


5ª edição. São Paulo. Editora Bluncher, 2017.

DEZOTTI, Márcia. Processos e Técnicas para oo Controle Ambiental de Efluentes


Líquidos. Volume 5. Rio de Janeiro. 2008

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos da


Água. [S.l]: ONU, 1992

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria Nacional de Programas Especiais de Saúde.


Divi- são Nacional de Saúde Bucal. Levantamento Epidemiológico em Saúde Bucal:
Brasil, zona urbana, 1986. Brasília, 1988.

COLVARA, J. G.; LIMA, A.S.; SILVA, W.P. Avaliação da contaminação de água


subterrânea em poços artesianos no sul do Rio Grande do Sul. Brazilian Journal of
FoodTechnology, ed. especial, n.2, p. 11-14, jan. 2009.

CRUZ, P. et al. Estudo comparativo da qualidade físico-química da água no período


chuvoso e seco na confluência dos rios Poti e Parnaíba em Teresina/PI. In: Congresso
de pesquisa e inovação da rede norte nordeste de educação tecnológica, 2., 2007, João
Pessoa. Anais... João Pessoa: CONNEPI, 2007.

FRANCO, R.M.B. Protozoários de veiculação hídrica: relevância em saúde pública.


Revista Pan-americana de Infectologia, São Paulo, v. 9, n.1, p.36-43, 2007.

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