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VI.

OTRABALHO DO SONHO

O melhor que és capaz de saher,


. *
Não podes contar aos meninos.

, .
A dissecação de meu proprw corpo, que tenho de f
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~ demasiado fundo para se tornarem conscientes. s -f ·,
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um desvio na direção do material que f01 despertado em .
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pela menção do livro She, de R1 er Haggard. E, a esse livro rnun
e a outro do mesmo autor, Heart of the World, que se aplica
0 juízo "estranhamente", e numerosos elementos do sonho são
retirados desses dois romances fantásticos. O solo pantanoso
sobre O qual as pessoas são carregadas e o abismo que deve
ser transposto com a ajuda das tábuas vêm de She; os índios,
a garota, a cabana de madeira, de Heart ofthe World. Nos dois
livros o guia é uma mulher, ambos tratam de expedições peri-
gosas; She, de um caminho aventureiro para o desconhecido,
onde quase ninguém pisou até então. Segundo uma anotação a
respeito do sonho, as pernas cansadas foram uma sensação real
daqueles dias. Eram provavelmente acompanhadas de um âni-
mo cansado e da dúvida: "Até onde minhas pernas ainda con-
seguirão me levar?". Em She, a aventura termina deste modo:
a guia, em vez de conquistar a imortalidade para si mesma e
para os outros, encontra a morte no misterioso fogo central.
Um medo desse tipo atuava de forma inconfundível nos pensa-
mentos oníricos. ''A cahana de madeira" é certamente, também
. ' .
~ caixão, ou seja, o túmulo. Mas na representação deste mais
1ndesejável dos pensamentos pela
realização de um desejo 0

* Goethe Fausto pa t ., .
' ' r e 1, cena 4; Jª citado na p. 176.

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