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Termos Económicos

A
Abertura de Posição
Operação inicial de investimento que expõe o investidor às consequências da
variação do preço de um ativo financeiro. O investidor assume uma posição
longa (compradora), caso se coloque numa posição em que beneficie da
subida do preço do ativo, ou uma posição curta (vendedora), caso se coloque
numa posição em que beneficie da descida daquele preço.
1. Milho forrageiro: culturas de milho (Zea mays L.) cultivado para silagem.
Inclui-se todas as formas de milho forrageiro que não sejam colhidas
para grão (espiga inteira, parte ou totalidade da planta). Inclui-se o milho
forrageiro consumido directamente pelos animais (sem silagem) e a
espiga inteira (grão + ráquia + folhelho) colhida para alimentação ou
silagem.
2. Outras culturas arvenses destinadas a forragem, colhidas em verde,
diferentes das indicadas. Inclui-se as várias espécies de trevo anuais ou
perenes como: trevo encarnado (Trifolium incarnatum), trevo violeta (T.
pratense L.), trevo branco (T. repens L.), trevo-de-alexandria (T.
alexandrinum), trevo da Pérsia (Trifolium resupinatum) e diferentes tipos
de luzerna. Inclui-se neste ponto as misturas de culturas
predominantemente leguminosas (normalmente > 80 %) para forragem e
gramíneas, colhidas em verde ou enquanto feno. Inclui culturas anuais
como os cereais, variedades anuais de azevém e de sorgo, certas
gramíneas anuais como a poa-anual (Poa annua L.), plantas de outras
famílias como as crucíferas, diferentes das já indicadas (colza, etc.), se
forem colhidas em verde. Exclui-se o milho forrageiro.

Ação
Valor mobiliário representativo de uma participação social numa sociedade
anónima e que confere ao seu proprietário, entre outros, o direito de voto nas
assembleias gerais e o direito ao recebimento do dividendo (se existir) e à
quota-parte do capital próprio em caso de liquidação da sociedade.

Acidente de trabalho
Acidente que se verifique no local e no tempo de trabalho, no trajeto de ida ou
regresso ao local de trabalho ou noutros locais diretamente relacionados com o
contrato de trabalho e do qual resulte lesão corporal, perturbação funcional ou
doença que provoque redução na capacidade de trabalho ou de ganho ou a
morte.
Acionista
Titular de ações de uma sociedade anónima ou de uma sociedade por ações.

Adesão coletiva
Relação contratual entre um ou vários associados e um fundo de pensões
aberto, concretizada através da subscrição de unidades de participação do
fundo de pensões.

Adesão individual
Relação contratual entre um contribuinte e um fundo de pensões aberto,
concretizada através da subscrição de unidades de participação do fundo de
pensões.

Agência
Sucursal, no país, de uma instituição de crédito ou sociedade financeira com
sede em Portugal ou sucursal suplementar de instituição de crédito ou
instituição financeira com sede no estrangeiro.

Agência de câmbio
Sociedade financeira que tem por objeto principal a realização de operações de
compra e venda de notas e moedas estrangeiras ou cheques de viagem.
Podem ainda comprar ouro e prata, bem como moedas para fins de
numismática.

Agregado familiar
Conjunto de pessoas constituído pelo casal e seus ascendentes e
descendentes do primeiro grau, incluindo enteados e adotados, desde que com
eles vivam em regime de comunhão de mesa e habitação. Também é
considerado agregado familiar o conjunto constituído por uma pessoa solteira,
viúva, divorciada ou separada judicialmente de pessoas e bens, seus
ascendentes e descendentes do primeiro grau, incluindo enteados e
adaptados, desde que igualmente com ela vivam em regime de comunhão de
mesa e habitação.

Alavancagem
É o processo através do qual um investidor amplia os ganhos e as perdas
potenciais, aumentando o risco. Neste processo o investidor aplica mais do que
os seus recursos próprios, através da obtenção de capital emprestado, com a
intenção de obter uma maior taxa de rentabilidade superior ao custo desse
empréstimo. Outra forma de alavancagem é a tomada de posições longas ou
curtas através de instrumentos derivados, obtendo o mesmo efeito na medida
em que à partida apenas é exigido o desembolso de uma parte – isto é, de uma
margem – do montante total do valor do investimento a que o investidor fica
exposto.
Aluguer de longa duração
Vulgarmente designado por ALD, o contrato de aluguer de longa duração
permite ao cliente o gozo temporário de um bem móvel (por exemplo, um
automóvel), mediante o pagamento de uma renda mensal à instituição de
crédito, proprietária do bem. Habitualmente, no momento da contratação, o
cliente e a instituição de crédito celebram também um contrato-promessa de
compra e venda, através do qual se obrigam, respetivamente, a comprar e a
vender o bem objeto do ALD, no final do prazo do contrato.

Amortização antecipada
Ver reembolso antecipado parcial ou reembolso antecipado total.

Aplicação financeira
Compra de um ativo financeiro com o objetivo de rentabilizar um determinado
montante em dinheiro. Ou seja, para obter, no final do período de investimento,
não só o capital investido, mas também uma componente de retorno adicional,
a título de juros, dividendos ou mais-valias.

Apólice de seguro
Documento que contém as condições do contrato de seguro acordadas pelas
partes e que incluem as condições gerais, especiais e particulares.

Apólice uniforme
Conjunto de cláusulas contratuais aprovadas pelo Instituto de Seguros de
Portugal para determinados seguros obrigatórios, que devem ser respeitadas
pelos seguradores na cobertura dos riscos em causa.

Associado
Entidade cujos planos de pensões ou de benefícios de saúde são financiados
por um fundo de pensões.

Associado de um fundo de pensões


Pessoa coletiva que financia um ou mais planos de pensões através de fundos
constituídos para o efeito. O associado de um fundo de pensões é, por norma,
a empresa que constitui o fundo com o objetivo de financiar as pensões que
pretende vir a atribuir aos seus colaboradores após a reforma.

Ativo subjacente
Ativo que serve de base ao desempenho (valorização ou desvalorização) de
um instrumento financeiro como sejam os contratos de futuros, opções ou
warrants. São exemplos de ativos subjacentes os índices bolsistas, as ações,
divisas, taxas de juro e mercadorias (commodities).

Ativos intangíveis
Os ativos intangíveis não existem fisicamente e são, em geral, difíceis de
avaliar. São exemplos de ativos intangíveis, os programas de software, as
marcas, a carteira de clientes, as patentes, os direitos de hipotecas, os direitos
de comercialização ou as quotas de importação.

Ativos tangíveis
Os ativos tangíveis existem fisicamente. Do ponto de vista contabilístico, são
bens detidos por uma empresa para uso na produção ou fornecimento de bens
ou serviços, para arrendamento a terceiros, ou para fins administrativos e que
se espera sejam usados durante mais do que um período.

Atuário
Técnico especializado na aplicação de cálculos estatísticos e matemáticos a
operações financeiras no domínio dos seguros e fundos de pensões.

Atuário responsável
Actuário certificado pelo Instituto de Seguros de Portugal que assume a
responsabilidade pela certificação de determinados elementos de natureza
financeira e prudencial no âmbito da atividade seguradora e fundos de
pensões.

Autenticação
Método utilizado para a identificação do titular de um cartão bancário. Existem
diferentes formas de autenticação: o código secreto (PIN) e a assinatura. Na
rede Multibanco a utilização de PIN é obrigatória para todos os cartões
bancários. Pode também ser solicitado um documento de identificação para
verificação da assinatura ou para verificação de que o nome constante no
cartão é o mesmo do documento de identificação. Há alguns tipos de terminais
em que não se solicita a autenticação do titular. Em Portugal, esta situação
pode verificar-se em alguns postos públicos de telefones e em portagens das
autoestradas ou pontes.

Autorização de débito em conta (ADC)


Consentimento expresso prestado pelo devedor a uma instituição de crédito
para que permita ao seu credor ou a um representante do credor a realização
de débitos diretos, de montante fixo, variável ou até um determinado valor ou
data, previamente definidos na conta de depósito à ordem por si titulada nessa
instituição.

Aval
Operação através da qual uma pessoa ou entidade garante o bom pagamento
de um crédito no caso do devedor não o fazer.

Aval bancário
Operação através da qual um banco garante o bom pagamento de uma letra ou
livrança no caso de o sacado ou subscritor não o fazer.

Avaliação atuarial
Estudo efetuado por um especialista na aplicação de metodologias atuariais,
que pretende determinar as responsabilidades associadas a seguros ou planos
de pensões.

Avalista
Pessoa ou entidade que presta um aval.

Aviso de pagamento de prémio


Comunicação escrita, enviada pelo segurador ao tomador do seguro, para
informar sobre o valor do prémio do seguro, a data limite e a forma do
pagamento.

B
Banco
Instituição de crédito cuja atividade consiste na realização de operações
financeiras e na prestação de serviços financeiros, dos quais, os mais comuns
são a concessão de crédito e a receção de depósitos.

Banco Central Europeu (BCE)


O Banco Central Europeu é uma instituição da União Europeia, de acordo com
o disposto no artigo 13.º do Tratado da União Europeia. O Banco Central
Europeu e os bancos centrais nacionais, nos quais se inclui do Banco de
Portugal, formam o Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC), segundo o
disposto no artigo 282.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia.
O Banco Central Europeu e os bancos centrais nacionais dos Estados-
Membros, cuja moeda seja o Euro, constituem o Eurosistema e conduzem a
política monetária da União Europeia

Base de cálculo de juros


Método usado para determinar a fração do ano correspondente ao período
entre duas datas, para efeitos de cálculo dos juros corridos durante essas duas
datas.

Beneficiário
No contexto da emissão de cheques é a pessoa, singular ou coletiva, à ordem
da qual é emitido o cheque. No contexto de uma transferência, é a pessoa,
singular ou coletiva, indicada pelo ordenante da transferência como recetor dos
fundos a transferir. No contexto de um seguro, é a pessoa, singular ou coletiva,
com direito às prestações previstas no contrato de seguro. No contexto de um
plano de pensões ou de um plano de benefícios de saúde, é a pessoa singular
com direito às prestações previstas no referido plano de pensões ou de
benefícios de saúde.

Benefício da excussão prévia


As pensões ou capitais estabelecidos no plano de pensões ou as despesas de
saúde previstas no plano de benefícios de saúde a que têm direito os
beneficiários.

Bonificação ou bónus
Diminuição do prémio na renovação do contrato de seguro, nas situações
fixadas na apólice (por exemplo, não terem ocorrido sinistros).

Bundling
O mesmo que vendas associadas facultativas.

C
Caixa automático
Equipamento automático que permite aos titulares de cartões bancários com
banda magnética e/ou chip aceder a serviços disponibilizados a esses cartões,
designadamente, levantar dinheiro de contas, consultar saldos e movimentos
de conta, efetuar transferências de fundos e depositar dinheiro. Os caixas
automáticos podem funcionar em sistema real-time (tempo real), com ligação
ao sistema automático da entidade emitente do cartão, ou em sistema on-line,
com acesso a uma base de dados autorizada que contém informação relativa à
conta de depósitos à ordem associado ao cartão de débito.

Caixa Económica
Instituição de crédito associada ou pertencente a uma associação mutualista
beneficente, de caráter social. As caixas económicas captam essencialmente
poupanças de particulares sob a forma de depósitos, que aplicam na
concessão de crédito e na aquisição de títulos.

Caixa multibanco
Caixa automático pertencente à rede Multibanco.

Capital
Montante investido numa aplicação financeira ou obtido por empréstimo no
âmbito de um crédito contratado.

Capital social
Montante, correspondente ao património inicial da sociedade, constituído pelos
bens que os sócios entregam à sociedade para desenvolver a sua atividade.
Posteriormente, pode ser aumentado ou reduzido. O capital social é
representado por frações, que se designam por ações no caso das sociedades
anónimas e por quotas, no caso de sociedades por quotas.

Capitalização de juros
Processo de reinvestimento dos juros obtidos de uma aplicação financeira. Os
juros são obtidos de forma periódica. A periodicidade do vencimento do juro é o
número de vezes em que o juro é processado (calculado) num ano: anual,
semestral, trimestral ou mensalmente.

Carência de capital
Período durante o qual as prestações de um empréstimo apenas são
compostas por juros, mantendo-se o capital em dívida inalterado.

Carência de capital e juros


Período durante o qual não há pagamento de prestações, sendo o valor dos
juros acumulado ao capital em dívida. No final do período de carência de
capital e juros, o montante em dívida corresponde ao capital em dívida no início
do período de carência acrescido dos juros corridos e não pagos durante este
período.

Cartão bancário
É um instrumento de pagamento, sob a forma de um cartão de plástico de 5,4 x
8,6 cm, disponibilizado pela entidade emissora ao titular para que possa efetuar
pagamentos e/ou levantamentos em numerário e outras operações sobre a
conta a que está associado.

Cartão de crédito
Cartão bancário através do qual é concedida uma linha de crédito, com um
montante máximo (plafond) atribuído pela instituição de crédito, permitindo ao
seu titular efetuar compras e/ou levantamentos a crédito (cash-advance) até
esse limite. O crédito utilizado pode ser pago na sua totalidade no final de um
período definido (v.g. modalidade de pagamento usualmente designada por
“fim do mês” ou “100%”) ou pode ser pago parcialmente ao longo do tempo, de
acordo com um esquema de pagamento previamente acordado. Neste último
caso, sobre o saldo que fica em dívida no cartão são cobrados juros. Ao titular
do cartão pode também ser cobrada uma comissão anual (v.g. anuidade).

Cartão de débito
Cartão bancário que permite ao seu titular levantar dinheiro em caixas
automáticos (ATM) ou pagar diretamente compras com fundos da conta de
depósito à ordem associada ao cartão.
Cartão dual
Cartão bancário que pode acumular as funções de: cartão de crédito, de débito
e pré-pago; cartão de crédito e pré-pago; ou, cartão de débito e pré-pago.

Cartão pré-pago
Cartão bancário em que o seu titular apenas o pode utilizar se previamente
efetuar um carregamento com um determinado montante. O cartão pré-pago
permite, na maioria dos casos, efetuar os mesmos pagamentos ou
levantamentos de numerário que um cartão de débito, desde que tenha saldo
disponível.

Cash advance
Levantamento de dinheiro a crédito. É a possibilidade conferida ao titular de um
cartão de crédito de levantar dinheiro a crédito. O valor deste levantamento a
crédito é lançado na respetiva conta-cartão. A utilização do cash-advance está
sujeita ao pagamento das taxas de juro e comissões que devem constar das
condições gerais de utilização acordadas com o respetivo emissor do cartão.

Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal


Base de dados, gerida pelo Banco de Portugal, com informação prestada pelas
entidades participantes (instituições que concedem crédito) sobre os créditos
concedidos. Faculta um conjunto de serviços que permitem uma melhor
avaliação do risco de crédito na economia portuguesa. A Central CRC contém
informação sobre as responsabilidades de crédito efectivas (como os
montantes utilizados de cartões de crédito) assumidas por qualquer pessoa
singular ou coletiva perante as entidades participantes, bem como as
responsabilidades de crédito potenciais que representem compromissos
irrevogáveis (como os montantes não utilizados de cartões de crédito).

Certificado de seguro
Documento que confirma que um contrato de seguro é válido. Pode ser
entregue pelo segurador ou por um mediador de seguros. A Carta Verde, por
exemplo, é um certificado específico do seguro automóvel.

Cheque
Instrumento de pagamento que permite ao seu emitente movimentar fundos
depositados em contas de depósito à ordem por si tituladas.

Cheque ao portador
Cheque onde não figura o nome do beneficiário. É pago à pessoa singular ou
coletiva que o apresentar a pagamento numa instituição de crédito.

Cheque bancário
Cheque emitido por uma instituição de crédito sobre uma conta dessa
instituição. É obrigatoriamente nominativo e existe sempre garantia do seu
pagamento.

Cheque cruzado
Cheque atravessado por duas linhas paralelas e oblíquas. Se entre as linhas
paralelas nada estiver escrito, o cruzamento diz-se “cruzamento geral”: o
cheque deve ser depositado, numa instituição de crédito qualquer, mas pode
ser pago ao balcão se o beneficiário for cliente da instituição de crédito sacada.
Se entre as linhas paralelas estiver escrito o nome de uma instituição de
crédito, o cruzamento diz-se “cruzamento especial”: o cheque só pode ser
depositado na instituição de crédito indicada entre as linhas, embora possa ser
pago ao balcão se a instituição indicada for o sacado e o beneficiário for cliente
da mesma.

Cheque não à ordem


Cheque em que foi indicada a expressão “não à ordem” antes ou depois do
nome da entidade beneficiária do cheque. Este cheque é pago ao beneficiário
nele indicado e não pode ser endossado.

Cheque nominativo
Cheque onde é indicado o nome do beneficiário.

Cheque normalizado
Impresso de cheque que obedece a um conjunto de normas que têm em vista a
sua uniformização em termos de apresentação, formato e texto obrigatório, de
forma a facilitar o seu correto preenchimento.

Cheque visado
Cheque que certifica a existência de fundos suficientes para o pagamento do
montante inscrito no cheque no momento em que é sujeito a visto, sendo a
importância pelo qual é emitido o cheque cativada por um período não inferior
ao prazo legal de apresentação a pagamento.

Chip
Dispositivo eletrónico nos cartões bancários com funções de segurança ou que
nalguns casos armazena dados sobre o titular do cartão e a entidade emitente.

Citação
Ato judicial através do qual se dá conhecimento ao devedor de que foi pedida a
sua declaração de insolvência. Com a citação, o devedor é chamado ao
processo para, querendo, se defender, deduzindo oposição. A oposição do
devedor à declaração de insolvência pode sustentar-se na inexistência do fato
em que se baseia o pedido formulado ou na inexistência da situação de
insolvência.
Cobertura ou garantia
Conjunto de situações cuja verificação determina a prestação do segurador ao
abrigo do contrato.

Comissão
Um montante fixo ou uma percentagem do valor de uma transação financeira
cobrada pela instituição de crédito, intermediário financeiro ou seguradora de
forma a remunerar os serviços prestados.

Conciliação
Modalidade extrajudicial de resolução de litígios, através da qual um terceiro
imparcial em relação ao conflito conduz a negociação entre as partes,
estimulando uma ou várias soluções para o conflito e propondo plataformas de
entendimento comum que possibilitem o acordo entre as partes.

Conta cartão
Conta existente nos livros da entidade emissora do cartão (de crédito) onde se
registam os movimentos associados à sua utilização – compras e
levantamentos a crédito, bem como amortizações de dívida.

Conta coletiva
Expressão utilizada para designar as contas de depósito que têm mais do que
um titular.

Conta conjunta
Expressão utilizada para designar a conta coletiva que só pode ser
movimentada mediante a intervenção de todos os seus titulares.

Conta de depósito bancário


Produto financeiro comercializado pelas instituições de crédito habilitadas a
receber depósitos do público, que consiste na entrega de fundos a essas
instituições por um determinado prazo ou por um período de tempo
indeterminado. Os fundos entregues podem ser movimentados de acordo com
as condições previamente contratadas com a instituição. Dependendo do que
for contratado com as instituições de crédito, estas podem cobrar comissões e
outros encargos relacionados com a manutenção das contas e a
movimentação dos fundos, bem como remunerar os fundos depositados nas
contas pagando juros aos seus titulares.

Conta singular
Expressão utilizada para designar as contas de depósito que têm um único
titular.

Conta solidária
Expressão utilizada para designar a conta coletiva que pode ser movimentada
por qualquer dos seus titulares isoladamente.

Conta-ordenado
As contas-ordenado constituem um tipo particular de contas de depósito à
ordem, em que o cliente se compromete a receber ("domiciliar") o seu
ordenado nessa conta e, como contrapartida dessa "garantia" que presta, a
instituição de crédito concede-lhe a opção de acesso a uma facilidade de
descoberto autorizado, em condições separadamente contratadas com a
instituição de crédito. O prazo dos saques é habitualmente similar ao da
regularidade com que é recebido e depositado o ordenado, geralmente um
mês.

Contracts for Differences (CFD)


É um instrumento financeiro que resulta de um acordo estabelecido entre o
intermediário financeiro e o investidor que permite trocar a diferença de valor
entre o momento de abertura e o de fecho do contrato sobre um determinado
ativo subjacente. Se o contrato for, por exemplo, estabelecido no momento em
que uma ação (ativo subjacente) vale 2 euros e se esta tiver subido 0,2 euros
no fecho do contrato, então o investidor obterá um ganho de vinte cêntimos
multiplicado pelo número de ações adquiridas e subtraído das comissões e
encargos decorrentes da transação. Caso o preço da ação caia o investidor
suporta uma perda de valor equivalente a essa queda.

Contrafação de notas
Reprodução ilícita de notas por métodos gráficos, fotocópia ou outros, com
intenção de imitar notas verdadeiras.

Contrato de adesão
Contrato em que uma das partes estabelece as cláusulas que a outra, em
geral, se limita globalmente a aceitar ou recusar. Os contratos entre a entidade
emitente e o titular de um cartão bancário são, normalmente, deste tipo.

Contrato de seguro
Contrato através do qual o segurador assume a cobertura de determinados
riscos, comprometendo-se a satisfazer as indemnizações ou a pagar o capital
seguro em caso de ocorrência do sinistro, nos termos acordados. Em
contrapartida, o tomador do seguro obriga-se a pagar o prémio correspondente.

Contrato de sociedade
Acordo celebrado entre as pessoas que vão ser sócias da sociedade, também
conhecido por pacto social.

Contrato-quadro
Contrato celebrado entre o cliente e a instituição de crédito, aquando da
abertura de uma conta de depósito à ordem, que contém as regras aplicáveis a
essa conta, quanto às condições de movimentação, aos custos associados ou
ao modo de denúncia do contrato. O contrato-quadro contém ainda as
condições aplicáveis aos instrumentos de pagamento associados a essa conta,
como os cartões bancários, as transferências ou os débitos diretos.

Contribuinte de um fundo
Pessoa ou entidade que contribui para um fundo em nome e a favor de um
participante.

Convenção de cheque
Contrato entre uma instituição de crédito e o seu cliente, mediante o qual o
primeiro atribui ao segundo o direito de dispor, através de cheque, de fundos
depositados numa conta à ordem.

Corretor de seguros
Mediador independente que, para aconselhar de forma imparcial, analisa
diversos seguros existentes no mercado e seleciona os que melhor se adaptam
às necessidades do cliente.

Co-segurador
Segurador que participa num co-seguro.

Co-seguro
Operação pela qual diversos seguradores cobrem, de forma conjunta, um risco
através de um contrato de seguro único, com as mesmas garantias e idêntico
período de duração e com um prémio global.

Crédito “gratuito”
Crédito inicial de que o titular de um cartão de crédito beneficia e cujo prazo
começa no momento em que efetua uma compra com o cartão e termina na
data de pagamento do primeiro extrato subsequente à compra e em que a
mesma já vem incluída. Tal como o nome indica, não vence juros.

Crédito “renovado” ou revolving


Contrato em que é estabelecido um limite máximo de crédito que pode ser
utilizado ao longo do tempo e reutilizado à medida que o saldo em dívida vai
sendo amortizado. É o caso típico dos cartões de crédito ou das facilidades de
descoberto.

Crédito à habitação
Contrato de crédito para aquisição, construção e realização de obras em
habitação própria permanente, secundária ou para arrendamento, bem como
para aquisição de terrenos para construção de habitação própria.

Crédito ao consumo
Contrato de crédito celebrado com uma pessoa singular, atuando fora do
âmbito da sua atividade comercial ou profissional, para financiar a aquisição de
bens de consumo, designadamente computadores, viagens, automóveis,
educação, saúde.

Crédito conexo
Contrato de crédito garantido por hipoteca que incide, total ou parcialmente,
sobre um imóvel que simultaneamente garante um contrato de crédito à
habitação celebrado com a mesma instituição de crédito.

Crédito hipotecário
Crédito para a aquisição de um imóvel, em que é constituída uma hipoteca
sobre esse imóvel como garantia a favor do credor.

Crédito vencido
Crédito em situação de incumprimento de pagamento, ou seja, crédito cujos
prazos de amortização não foram respeitados pelo devedor.

Credor
Pessoa singular ou coletiva a quem é devida determinada prestação. Em
termos bancários, o credor é a instituição de crédito que emprestou o capital ao
mutuário ou devedor. O credor é também designado por mutuante.

Cupão
Rendimento periodicamente gerado por uma obrigação que pode ser fixo ou
variável.

D
Dação em cumprimento
Consiste numa forma de extinção das obrigações. Através da dação em
cumprimento, o devedor pode entregar, para cumprir a sua obrigação, uma
coisa diferente daquela que constitui o objeto dessa obrigação, considerando-
se que, com tal entrega, a sua obrigação se extingue. Por exemplo, se o
devedor se obrigar a pagar ao credor uma certa quantia em dinheiro, pode
libertar-se da sua dívida entregando a esse credor um bem móvel ou imóvel.
Para que possa existir uma dação em cumprimento e a extinção da dívida ou
obrigação é sempre necessário o acordo do credor.
Dação em função do pagamento
Consiste na possibilidade de o devedor entregar ao seu credor uma coisa
diferente da devida, para que o credor obtenha, por exemplo através da sua
venda, o pagamento da dívida. Neste caso, a obrigação do devedor só se
extingue quando for paga a totalidade da dívida. Para que possa existir uma
dação em função do pagamento é sempre necessário o acordo do credor.

Dano
Prejuízo sofrido por alguém. O dano pode ser causado por perda, destruição ou
avaria de bens ou por lesão que afete a saúde física ou mental de uma pessoa.

Dano corporal
Dano relativo à vida, à saúde ou à integridade física de uma pessoa.

Dano material
Prejuízo causado a coisas, bens materiais, créditos e quaisquer outros direitos
patrimoniais.

Data-valor
Data de liquidação de uma transação. No caso de depósitos e de
transferências, esta é a data a partir da qual os valores podem ser
movimentados pelo beneficiário e se inicia a eventual contagem de juros dos
saldos credores ou devedores das contas de depósito à ordem.

Débito direto
Débito em conta bancária, com base numa autorização de débito em conta e
numa instrução de cobrança transmitida pelo credor ou pelo seu representante,
processada através do Sistema de Débitos Diretos (SDD).

Declaração amigável de acidente de automóvel (DAAA)


Impresso a preencher em caso de acidente automóvel. Destina-se a recolher
certas informações indispensáveis à regularização do sinistro pelos
seguradores e a fazer a participação do acidente. Este impresso, sempre que
possível, deve ser preenchido imediatamente no próprio local do acidente e
assinado por ambas as partes. É um elemento indispensável à aplicação do
sistema de indemnização direta ao segurado (IDS).

Depositário
Instituição de crédito ou empresa de investimento na qual se encontram
depositados os títulos e os outros documentos representativos dos valores
mobiliários (ações, obrigações, unidades de participação em fundos de
investimento, etc.) detidos pelo fundo de pensões.

Depósito à ordem (DO)


Operação bancária em que os bancos captam fundos, assumindo a qualidade
de devedores perante os depositantes. Os fundos depositados são exigíveis a
todo o tempo e poderão ou não ser remunerados com base numa determinada
taxa de juro.

Depósito a prazo (DP)


Operação bancária em que os bancos captam fundos, assumindo a qualidade
de devedores perante os depositantes. Estes depósitos são exigíveis no fim do
prazo por que foram constituídos, podendo, todavia, as instituições de crédito
conceder aos seus depositantes, nas condições acordadas, a sua mobilização
antecipada.

Derivados
Instrumentos financeiros cujo valor depende da evolução do valor de um outro
ativo financeiro. Por norma, assumem a forma de contratos que estabelecem
fluxos de dinheiro entre duas partes numa data futura.

Devedor
Pessoa singular ou coletiva que tem uma dívida perante outrem. Em termos
bancários, é a pessoa que obteve um crédito ou um empréstimo de um banco.
Pode também ser designado por mutuário ou entidade que autoriza que lhe
sejam efetuadas cobranças através do Sistema de Débitos Diretos (SDD).

Dias-úteis
Dias em que as instituições de crédito estão abertas ao público, em horário
normal de funcionamento, atualmente, entre as 8 horas e 30 minutos e as 15
horas. Os fins de semana e os feriados não são dias-úteis bancários.

Diferimento de capital
Adiamento da amortização de parte do capital para o final do prazo do
empréstimo, reembolsando esse montante apenas com a última prestação.

Direito de livre revogação


Possibilidade do cliente, durante um prazo fixado por lei, pôr termo a um
contrato já celebrado, sem ter de apresentar qualquer motivo ou justificação
para o efeito. Se o cliente fizer uso deste direito, não lhe pode ser exigida
qualquer indemnização nem cobrada qualquer penalização. O direito de livre
de resolução é excecional e só pode ser exercido nas situações em que a lei o
permita, como sucede no caso dos contratos de crédito aos consumidores e
nos contratos relativos a serviços financeiros celebrados através de meios de
comunicação à distância.

Distrate
Extinção de um contrato por acordo entre as partes. No âmbito de um contrato
de crédito à habitação, distrate refere-se ao documento que formaliza a
extinção da hipoteca, por força da extinção da dívida perante a instituição de
crédito.

Dividendo
Montante em dinheiro distribuído pelas sociedades anónimas aos titulares de
ações, a título de participação nos seus lucros. A distribuição de dividendos
depende da existência de lucros distribuíveis e de deliberação da assembleia
geral da sociedade.

Documento de confirmação da transação


Em transações com cartão, trata-se de um talão de venda que deve ser
assinado pelo cliente, no qual se encontram impressos o nome e o número do
cartão do cliente. Ver Mecanismo Impressor.

E
Emitente do cartão
Instituição financeira que emite cartões, tais como cartões de crédito, de débito
ou pré-pagos.

Empresa de seguros
Entidade legalmente autorizada a exercer a atividade seguradora e que é parte
no contrato de seguro.

Empréstimo
Contrato pelo qual se regula o acordo estabelecido entre o mutuante
(instituição de crédito) e o mutuário (cliente) relativo a um financiamento, e
onde se especificam todas as suas condições, designadamente o montante, o
prazo e a taxa de juro.

Empréstimo padrão no crédito à habitação


Empréstimo comercializado numa base regular, que configura, face a opções
de financiamento alternativas, a modalidade mais simples, reembolsado, desde
o início, em prestações constantes de capital e juros, com taxa de juro variável
indexada à Euribor, à qual acresce o spread base atribuído ao cliente.

Encargos de fracionamento
Valor que acresce ao prémio caso o tomador do seguro opte por pagá-lo em
prestações.

Endosso do cheque
Forma pela qual o beneficiário do cheque pode transmitir todos os direitos
resultantes do cheque a outra entidade. Pode consistir na simples assinatura
do beneficiário no verso do cheque (endosso em branco) ou na indicação do
novo beneficiário também no verso do cheque.

Entidade gestora
Instituição a quem compete a gestão de um sistema, como a Interbolsa, de um
mercado, como a NYSE Euronext Lisbon, ou de um património, tais como as
sociedades gestoras de fundos de investimento mobiliário, de fundos de
pensões ou de patrimónios.

Entradas em espécie
Quem constitui uma sociedade está obrigado a contribuir para o exercício da
atividade económica dessa sociedade, através do que se designa por entrada.
Essa contribuição pode ser feita de diversas formas: através da entrega de
dinheiro, de bens ou, em certos casos, através da prestação de serviços à
sociedade. Quando a entrada do sócio consiste na entrega de bens de que é
proprietário, por exemplo, um armazém ou uma máquina agrícola, diz-se que a
sua entrada é em espécie, por oposição às entradas em dinheiro.

Estabelecimento individual de responsabilidade limitada


(EIRL)
Figura jurídica que permite a uma pessoa singular exercer uma atividade
comercial, sem a necessidade de constituir, para o efeito, uma sociedade
comercial. O interessado afetará parte do seu património ao EIRL, sendo que
este valor representa o capital inicial do estabelecimento. O capital mínimo do
EIRL não pode ser inferior a 5 000 euros.

Estatutos da sociedade
Corresponde ao regulamento interno da sociedade, que se encontra anexos ao
contrato de sociedade.

Estorno de prémio
Devolução, ao tomador do seguro, de uma parte do prémio já pago,
nomeadamente no caso do contrato de seguro cessar antes do seu termo.

Euribor
Acrónimo da expressão inglesa “Euro Interbank Offered Rate”. A taxa Euribor é
uma média das taxas de juro praticadas pelas principais instituições de crédito
da Área do Euro para empréstimos no mercado interbancário. É, por isso,
conhecida como “taxa interbancária”.

Euro
Designação da moeda oficial da Área do Euro, adotada pelo Conselho
Europeu, na reunião de Madrid de 15 e 16 de Dezembro de 1995.
Exoneração do passivo restante
Pedido que pode ser apresentado no processo de insolvência, quando o
devedor é uma pessoa singular. Se o juiz aceitar este pedido, o devedor deixa
de ser responsável pelas dívidas que não forem totalmente pagas no processo
de insolvência ou nos cinco anos posteriores ao encerramento desse processo.
Este pedido pode ser formulado no requerimento de apresentação à
insolvência ou no prazo de dez dias após a citação.

Extrato de conta
Relatório de movimentações de dinheiro, a crédito e a débito, numa conta
bancária ou num fundo de investimento.

F
Facilidade de descoberto
Contrato de crédito associado a uma conta de depósito à ordem, que permite a
movimentação da mesma para além do seu saldo, até um limite de crédito
previamente estabelecido.

Factoring
Atividade desenvolvida por uma instituição financeira especializada na compra
de créditos. Consiste na aquisição de créditos a curto prazo, resultantes da
venda de produtos ou da prestação de serviços.

Fiador
Aquele que presta fiança. Pessoa responsável pelo pagamento da dívida, caso
o devedor dessa quantia não proceda ao pagamento.

Fiança
Consiste numa garantia prestada pelo fiador relativamente ao cumprimento de
uma obrigação que recai sobre o devedor. Quando é prestada uma fiança, o
fiador responde pelo pagamento dessa dívida com o todo o seu património,
pois é uma garantia pessoal. Em regra, a fiança tem como limite o valor da
dívida que garante. Normalmente, só se torna exigível depois da instituição de
crédito, na qualidade de credor, ter tentado por todas as formas possíveis,
obter o pagamento junto do devedor. Contudo, esta condição não se aplica
caso o fiador tenha renunciado ao “benefício de excussão prévia”. O benefício
da excussão prévia significa que o fiador se pode escusar a proceder ao
pagamento até o credor ter comprovado que tentou obter esse pagamento
através de todos os bens que o devedor possui. Recusando a esse benefício
através de, por exemplo, uma cláusula no contrato que o fiador também assina,
o património do fiador pode ser integralmente utilizado para o cumprimento
dessa obrigação.
Ficha de assinaturas
Documento disponibilizado pela instituição de crédito, aquando da abertura de
uma conta de depósito à ordem, do qual constam as assinaturas de todos os
titulares da conta, assim como o regime de movimentação da mesma. A ficha
de assinaturas deve conter as assinaturas completas, em conformidade com os
documentos de identificação apresentados junto da instituição de crédito, e
eventuais rubricas utilizadas pelos titulares. Os titulares da conta de depósito à
ordem devem usar as assinaturas ou rubricas constantes da ficha de
assinaturas sempre que, por exemplo, celebram um contrato junto da
instituição ou preencham cheques. A instituição de crédito pode recusar o
pagamento de um cheque, se a assinatura ou rubrica daquele que o emitiu, o
sacador, for diferente da que consta da ficha de assinaturas.

Ficha de informação normalizada


Documento informativo que as instituições de crédito estão obrigadas a
disponibilizar aos clientes previamente à celebração de um contrato de
depósito, de crédito aos consumidores, de crédito à habitação ou de crédito
conexo. A ficha de informação normalizada, também conhecida por FIN, reúne,
de uma forma sintética, e de acordo com um modelo padronizado, as principais
condições aplicáveis ao contrato a celebrar, designadamente o prazo do
contrato, a taxa de juro aplicável, eventuais custos associados à contratação do
produto bancário, as condições de mobilização ou de reembolso antecipado.

Fiduciário
Entidade escolhida pelo tribunal, que tem como função afetar os montantes
recebidos, durante o período da cessão, aos pagamentos das custas do
processo de insolvência ainda em dívida, ao reembolso de remunerações e
despesas do administrador da insolvência e do próprio fiduciário, e, por fim, à
distribuição do remanescente pelos credores da insolvência.

Fracionamento do prémio
Opção conferida pelo segurador ao tomador do seguro de dividir o pagamento
do prémio em prestações.

Franquia
Parte do valor dos danos que fica a cargo do tomador do seguro ou segurado.

Fundo de Garantia de Depósitos (FGD)


O fundo de garantia de depósitos tem como missão garantir o reembolso do
valor global dos saldos em dinheiro de cada depositante, de acordo com
determinadas condições, nomeadamente quando aquele valor não ultrapasse
100 000 euros, por instituição de crédito e por depositante, e desde que os
depósitos da respetiva instituição de crédito se tornem indisponíveis. O fundo
pode também intervir a título preventivo, colaborando, com carácter transitório,
em ações destinadas a restabelecer as condições de solvabilidade e de
liquidez de instituições de crédito participantes, no âmbito de planos de
recuperação e saneamento conduzidos pelo Banco de Portugal. A sua ação,
em coordenação com a autoridade de supervisão, contribui para o reforço da
confiança e da estabilidade do sistema bancário, em especial enquanto
instrumento de proteção dos pequenos depositantes.

Fundo de pensões
Património autónomo que financia um ou mais planos de pensões ou de
benefícios de saúde.

Fundo de pensões aberto


Fundo de pensões em que a adesão depende unicamente de aceitação pela
entidade gestora, não sendo necessário qualquer vínculo entre os diferentes
aderentes. A adesão pode ser individual ou coletiva.

Fundo de pensões fechado


Fundo de pensões que diz respeito a apenas um associado ou, envolvendo
vários associados, se existir um vínculo empresarial, associativo, profissional
ou social entre eles e for necessário o seu acordo para a entrada de novos
associados.

Fundos de investimento harmonizados


Fundos cuja política de investimento, o nível de risco assumido e os
procedimentos para a divulgação de informação respeitam os requisitos e
limites definidos nas diretivas comunitárias dos organismos de investimento
coletivo. Aos fundos harmonizados é atribuído um passaporte europeu,
designado de passaporte europeu do prospeto, podendo, por isso, ser
comercializados em toda a União Europeia.

G
Garantia bancária autónoma
Garantia pessoal prestada através da celebração de um contrato entre uma
instituição de crédito, designada garante, e uma pessoa singular ou coletiva,
designada mandante, a favor de um terceiro, designado beneficiário. O garante
assegura que, em caso de incumprimento da obrigação por parte do mandante,
paga ao beneficiário o valor acordado no contrato. A garantia bancária
autónoma pode ser simples ou prestada à primeira solicitação.

Garantia de capital investido


Garantia conferida por uma aplicação financeira de reembolso do capital
investido no termo do prazo da aplicação ou no momento do reembolso
antecipado, se tal for aplicável.

Garantia real
Garantia que confere ao credor o direito de se fazer pagar pelo valor ou
rendimento de certos bens pertencentes ao devedor ou a terceiros. São
exemplo de garantias reais: a hipoteca, o penhor, o direito de retenção ou a
consignação de rendimentos.

H
Habitação própria permanente
Habitação principal do mutuário de um crédito à habitação, onde este e o seu
agregado familiar irão manter, estabilizado, o seu centro de vida familiar.

Hipoteca
Garantia real que confere ao credor o direito de ser pago com bens que sejam
propriedade do devedor ou de terceiro, como sejam imóveis ou coisas
equiparadas, designadamente automóveis, navios e aviões, tendo preferência
sobre os demais credores que não gozem da garantia de privilégio especial ou
não gozem da prioridade do registo. As hipotecas podem ser legais, judiciais ou
voluntárias, sendo estas últimas as mais comuns.

Homebanking
Serviço disponibilizado pela generalidade das instituições de crédito através do
qual um cliente registado pode efetuar diversos tipos de operações bancárias
através do telefone ou da internet.

I
Indexação
Utilização de um indicador de referência, designado de indexante, o qual pode
ser atualizado durante o prazo de vigência da operação. No crédito à habitação
com taxa de juro variável, a taxa de juro é revista periodicamente em função do
respetivo indexante.

Indexante
Taxa de juro utilizada como referência nos empréstimos e depósitos a taxa
variável. O juro aplicável é calculado a partir da taxa de juro nominal que
corresponde à soma do valor do indexante com um spread. A Euribor é o
indexante utilizado. Nos contratos de crédito, o valor do indexante é revisto
com uma periodicidade igual à do prazo a que o mesmo se refere.

Inibição do uso de cheque


Impedimento ou proibição de utilizar cheques por ordem do tribunal ou por
motivo de entrada para a listagem de utilizadores de cheque que oferecem
risco (LUR) em resultado da utilização indevida daquele instrumento de
pagamento.

Instituição de crédito
Instituição financeira que concede crédito a empresas, particulares e outros
agentes económicos. São exemplos de instituições de crédito: os bancos, as
sociedades de leasing, de factoring, sociedades financeiras de corretagem,
sociedades financeiras de aquisição a crédito.

Instituição financeira de crédito


Instituições de crédito que podem realizar todas as operações permitidas aos
bancos, com exceção da receção de depósitos.

Instrumento de pagamento
Instrumento que permite ao seu titular/utilizador, pagar ou transferir fundos da
sua conta bancária, tais como cheques, ordens de transferência ou cartões
bancários.

Intermediário financeiro
Entidade autorizada a atuar no mercado de capitais, prestando um conjunto
alargado de serviços aos investidores.

Internalização sistemática
Negociação, por intermediário financeiro, de instrumentos financeiros por conta
própria em execução de ordens de clientes fora de mercado regulamentado e
de sistema de negociação multilateral, de modo organizado, frequente e
sistemático.

J
Juro
Representa o preço do dinheiro, correspondendo à remuneração ou ao lucro
produzido pelo capital emprestado durante determinado período de tempo.
Quem deposita o seu dinheiro numa instituição de crédito, espera receber uma
remuneração, pois está a disponibilizar recursos que são seus para serem
utilizados por outras pessoas ou empresas. Por seu lado, quem necessita de
mais fundos do que aqueles de que dispõe está disposto a suportar um custo
para ter acesso a esses fundos. A essa remuneração e a esse custo chama-se
juro, o qual pode ser recebido ou pago de acordo com diversas periodicidades
conforme combinado entre as partes. Por exemplo, mensalmente,
semestralmente ou anualmente.

Juro composto
Regime de juros em que o juro vencido em cada período é adicionado ao
capital inicial, processo que se designa de capitalização de juros. A
incorporação do juro no capital inicial faz aumentar o montante do capital sobre
o qual são calculados juros no período subsequente, resultando num montante
crescente de capital e juros.

Juro corrido
Juro correspondente a um determinado período de tempo, que ainda não foi
recebido (depósito) ou pago (empréstimo).

Juro de mora
É a sobretaxa cobrada pelo não pagamento atempado (mora) de capital em
dívida ou de juros vencidos.

Juro simples
Regime de juros em que os juros são calculados sobre o capital inicial, sem
capitalização de juros.

L
Leasing / Locação financeira
Contrato de financiamento pelo qual uma das partes, designada de locador,
cede a outra, designado locatário, o gozo temporário de um bem em
contrapartida do pagamento de renda ou de aluguer. No final do contrato, o
locatário poderá adquirir o bem objeto de locação, mediante o pagamento do
valor residual.

Limite de capital do seguro


Valor máximo que será pago pela seguradora ao titular do seguro, no caso do
seguro ser acionado.

Limite de utilização
Valor máximo de crédito que, em qualquer momento, pode estar em dívida
relativamente ao emissor de um cartão de crédito.

Limite disponível
Diferença entre o limite de utilização definido para um determinado cartão de
crédito e o valor das transações, juros, comissões e encargos já lançados na
conta-cartão.

Linha de crédito bonificada


Linha de crédito com condições de financiamento especiais, tais como taxas de
juro mais baixas do que as habitualmente praticadas pelas instituições de
crédito para financiamentos de características similares. As linhas de crédito
bonificado têm o apoio do Estado ou de sociedades por ele participadas e
destinam-se a um público específico ou a um determinado tipo de crédito. As
condições do financiamento são previamente estabelecidas e implicam,
normalmente, a definição do montante máximo de crédito concedido, o prazo
de reembolso do empréstimo e a taxa de juro.

Livrança
Título à ordem, que também serve de garantia, através do qual alguém se
compromete a pagar determinada quantia em certa data. É uma garantia
associada, normalmente, à celebração de um crédito aos consumidores,
podendo a instituição de crédito acioná-la em caso de incumprimento das
obrigações assumidas pelo cliente.

Livre resolução do contrato


Ver direito de livre resolução.

Loan to value
Rácio financeiro que relaciona o montante de um empréstimo com o valor da
garantia prestada.

Locador
Parte do contrato de locação financeira ou de leasing que se obriga a
proporcionar o gozo da coisa ao locatário. O locador poderá ser uma sociedade
de locação financeira ou de leasing.

Locatário
Parte do contrato de locação financeira ou de leasing que obtém o gozo
temporário da coisa locada, mediante o pagamento de renda ou aluguer.

M
Massa insolvente
Conjunto de bens e direitos destinados a pagar aos credores da insolvência,
depois de terem sido pagas as dívidas da massa insolvente, como, por
exemplo, as custas do processo e a remuneração do administrador de
insolvência. A massa insolvente abrange o património do devedor à data da
sua declaração de insolvência, assim como os bens e direitos que ele adquira
durante o processo.

Mediação de seguros
Atividade que consiste em apresentar ou propor um contrato de seguro ou
praticar outro ato que prepare a sua celebração; celebrar o contrato (quando o
mediador tenha poderes para o efeito); apoiar a gestão e execução do contrato,
em especial em caso de sinistro.

Mediador de seguros
Qualquer pessoa ou entidade que exerça, mediante remuneração, a atividade
de mediação de seguros e se encontre inscrito como mediador no Instituto de
Seguros de Portugal. Pode fazê-lo por conta de um ou vários seguradores ou
de forma independente.

Mora
Não pagamento atempado de capital em dívida ou de juros vencidos.

Mutuante
Parte que empresta o capital e recebe o juro.

Mutuário
Parte que recebe a quantia emprestada e paga os juros.

Mútuo
Contrato de empréstimo em que o mutuante (instituição de crédito) financia
num determinado montante o mutuário (cliente), ficando este obrigado ao
pagamento do capital em dívida, dos juros e de outros encargos. Também
conhecido por empréstimo.

O
Obrigação
Título de dívida representativo de uma fração de um empréstimo pelo qual a
entidade emissora se obriga ao pagamento de juros e ao reembolso do capital
dentro do prazo preestabelecido.

Obrigações subordinadas
Títulos de dívida que diferem das restantes obrigações clássicas, a taxa fixa ou
variável, sobretudo por, em caso de falência da entidade que as emite, só
serem reembolsadas depois dos demais credores. O nível de risco associado
é, por isso, superior à maioria dos restantes tipos de obrigações.

Operação de capitalização
Contrato através do qual um segurador do ramo Vida se compromete a pagar
um determinado capital no final do contrato.
Ordenante
Pessoa singular ou coletiva que detém uma conta bancária e que autoriza ou
emite uma ordem de pagamento dessa conta.

Participação de sinistro
Comunicação, pelo tomador do seguro, segurado ou beneficiário ao segurador,
sobre a ocorrência de um sinistro, no âmbito do contrato de seguro. A
participação deve conter todas as informações importantes para a análise e
avaliação do sinistro, nomeadamente, indicar as causas, a data e o local do
acontecimento e os prejuízos sofridos.

Participante
Num plano de pensões ou num plano de benefícios de saúde, é a pessoa cuja
situação pessoal ou profissional determina a definição dos direitos previstos no
plano, independentemente de contribuir ou não para o fundo. No caso de um
fundo de investimento, é a pessoa que subscreveu unidades de participação.

Passaporte europeu do prospeto


Passaporte atribuído aos fundos de investimento harmonizados, que lhes
permite serem comercializados em toda a União Europeia.

Penhora
Ato judicial de apreensão de bens do executado. Esses bens ficam ao dispor
do tribunal de forma a garantir o pagamento da dívida. O processo de
execução é desencadeado pelo credor quando o devedor não cumpre as
obrigações no prazo acordado, através da entrega do requerimento executivo
no tribunal competente. Caso o devedor persista no incumprimento, a sentença
pode determinar a venda dos bens penhorados para, com o produto da venda,
o montante em dívida ser pago ao credor.

Período da cessão
Período correspondente aos cinco anos posteriores ao encerramento do
processo de insolvência. Durante este período, todos os rendimentos que o
devedor recebe são entregues ao fiduciário, com exceção apenas de algumas
quantias, nomeadamente as necessárias à sua subsistência e à da sua família.

Período de carência em contrato de seguro


Período entre o início do contrato de seguro e uma determinada data, no qual
certas coberturas não se encontram ainda a produzir efeitos.

Perito
Especialista com qualificação para avaliar os danos ocorridos na sequência de
um sinistro.

Pessoa segura
Pessoa cuja vida, saúde ou integridade física se segura.

Plafond
Limite de utilização de um cartão de crédito, ou seja é o valor máximo que, em
qualquer momento, pode estar em dívida.

Plano de benefícios de saúde


Programa que define as condições para pagamento ou reembolso de despesas
de saúde dos beneficiários, após a pré-reforma, reforma antecipada, reforma
por velhice, reforma por invalidez ou sobrevivência.

Plano de pensões
Programa que define as condições para receber uma pensão por: pré-reforma;
reforma antecipada; reforma por velhice; reforma por invalidez; sobrevivência.
O plano de pensões define as pensões a que os beneficiários podem ter direito;
as condições para receber uma pensão; a forma como é calculado o seu valor.

Prazo do empréstimo
Período que decorre entre a constituição e a extinção da dívida resultante de
um empréstimo.

Preçário
Conjunto de informações, permanentemente atualizadas, sobre as condições
gerais, com efeitos patrimoniais, dos produtos e serviços bancários
disponibilizados ao público pelas instituições de crédito e sociedades
financeiras. O preçário é composto pelo folheto de comissões e despesas e
pelo folheto de taxas de juro. O preçário contém ainda informação adicional
relativamente à forma de apresentação de reclamações junto do Banco de
Portugal, ao funcionamento do fundo de garantia de depósitos, bem como a
datas-valor e de disponibilização aplicáveis a depósitos, transferências e
operações de desconto.

Prémio
Valor total, incluindo taxas e impostos, que o tomador do seguro deve pagar ao
segurador pelo seguro.

Prémio bruto
Valor do prémio comercial acrescido dos custos de emissão do contrato. Estes
podem incluir o custo da apólice, de atas adicionais, de certificados de seguro e
de fracionamento do prémio.
Prémio comercial
Custo das coberturas do contrato, acrescido de outros custos, nomeadamente
de aquisição e de administração do contrato, bem como de gestão e de
cobrança.

Prémio indexado
Valor a pagar pelo seguro que varia automaticamente em função de um preço
base ou de um índice representativo da evolução do valor de certos bens ou
serviços (por exemplo, o Índice de Preços no Consumidor). 318>

Prémio variável
Valor a pagar pelo seguro, que varia automaticamente em função de certos
aspetos concretos previstos no contrato.

Prestação
Montante a pagar com uma determinada periodicidade para cumprir as
obrigações financeiras assumidas pelo mutuário num empréstimo.

Prestações constantes
Modalidade de reembolso de um empréstimo em que as prestações,
compostas por capital e juros, se mantêm fixas durante todo o prazo do
empréstimo, se não ocorrem alterações nas taxas de juro durante esse prazo.
No caso de empréstimos a taxa variável, as prestações só são constantes
durante o prazo a que se refere o indexante.

Prestações mistas
Modalidade de reembolso de um empréstimo com um período em que as
prestações são progressivas, seguido de um período em que as prestações
são constantes.

Prestações progressivas
Modalidade de reembolso de um empréstimo em que as prestações são
crescentes ao longo do empréstimo, de acordo com um plano pré-definido.

Prestador de serviços de pagamento


Entidade que se encontra autorizada a prestar serviços de pagamento, tais
como transferências, pagamentos com cartão ou débitos diretos. São exemplo
de instituições que podem prestar este tipo de serviços, as instituições de
crédito e as instituições de pagamento.

Proposta de seguro
Documento através do qual o tomador do seguro expressa a vontade de
celebrar o contrato de seguro e dá a conhecer ao segurador o risco que
pretende segurar.

Proposta razoável
Conceito utilizado na regularização de sinistros no âmbito do seguro de
responsabilidade civil automóvel, nos termos do qual o segurador que assumiu
a responsabilidade pela reparação do dano deve apresentar ao terceiro lesado
uma proposta de indemnização que seja equilibrada face aos danos sofridos,
sob pena de pagamento de juros no dobro da taxa legal prevista na lei e ainda
de se sujeitar a uma sanção pecuniária.

Provisões técnicas
Montante que a empresa de seguros deve contabilizar e financiar
adequadamente e ser suficiente para fazer face às responsabilidades
resultantes dos contratos de seguro.

R
Reembolso
Entrega do capital recebido a título de empréstimo ao mutuário.

Reembolso antecipado parcial


Amortização de parte do capital em dívida antes do fim do prazo do
empréstimo, por parte do mutuário.

Reembolso antecipado total


Amortização da totalidade do empréstimo pelo mutuário antes do prazo
acordado com a instituição de crédito.

Regime do crédito aos consumidores


Regime jurídico aplicável aos contratos de crédito celebrados com
consumidores, isto é, com pessoas singulares que, nesses contratos, atuam
com objetivos alheios à sua atividade comercial ou profissional. O regime de
crédito aos consumidores encontra-se atualmente definido no Decreto-Lei n.º
133/2009, 2 de Junho, que estabelece, designadamente, deveres a observar
pelas instituições de crédito em matéria de informação pré-contratual, de
assistência ao cliente e de avaliação da sua solvabilidade. Este regime regula
ainda outros aspetos, como o direito de livre revogação do contrato pelo cliente
e o direito ao reembolso antecipado. O Decreto-Lei n.º 133/2009 estabelece
também um regime de taxas máximas no crédito aos consumidores.

Regime geral no crédito à habitação


Regime jurídico que regula a concessão de crédito para aquisição, construção
e realização de obras de conservação ordinária, extraordinária e de
beneficiação de habitação própria permanente, secundária ou para
arrendamento e aquisição de terreno para construção de habitação própria
permanente. A concessão de crédito à habitação no regime geral de crédito, de
crédito bonificado e crédito jovem bonificado, encontra-se regulada pelo
Decreto-Lei n.º 349/98. Os Decretos-Lei n.º 51/2007, n.º 88/2008 e n.º
171/2008 vieram introduzir normas específicas no âmbito do crédito à
habitação, nomeadamente no que se refere ao reembolso antecipado e à
renegociação do crédito. O Decreto-Lei n.º 192/2009 estende aos créditos
conexos, vulgarmente conhecidos por créditos multiusos ou multiopções, os
regimes estabelecidos nos Decretos-Lei n.º 51/2007 e n.º 171/2008.

Regularização de sinistro
Conjunto de ações realizadas pelo segurador com o objetivo de: confirmar que
ocorreu um sinistro; analisar as suas causas, circunstâncias e consequências;
decidir se vai reparar os danos ou compensar os prejuízos resultantes do
sinistro; decidir qual o valor da indemnização ou prestação. Para iniciar este
processo é necessária uma participação de sinistro por parte do lesado
(tomador do seguro, segurado ou terceiro) ou do beneficiário.

Renda
Prestação periódica que o cliente paga ao locador nos contratos de locação
financeira ou de leasing.

Rendibilidade
Acréscimo patrimonial (ou decréscimo, se negativa) que deriva de uma
aplicação financeira. Geralmente mede-se em percentagem do capital aplicado
e para o período de um ano.

Renting
Também designado por aluguer operacional de viaturas ou AOV. Corresponde
a uma modalidade de aluguer de veículos, durante um período limitado e com
uma quilometragem combinada no início do contrato. Mediante o pagamento
de uma renda mensal, o cliente tem direito à utilização do veículo e à prestação
de alguns serviços previamente estabelecidos, como, por exemplo, serviços de
manutenção e de reparação do veículo, de substituição de pneus ou de
pagamento de seguros.

Responsabilidades de crédito efetivas

Responsabilidades de crédito potenciais


Montantes comunicados à central de responsabilidades de crédito, em nome
de pessoas singulares ou coletivas, e que correspondem a compromissos
irrevogáveis assumidos pelas entidades participantes na CRC. Constituem
exemplos de responsabilidades de crédito potenciais os montantes não
utilizados de cartões de crédito e das linhas de crédito contratadas, as
garantias prestadas pelas entidades participantes ou quaisquer outras
facilidades de crédito suscetíveis de serem convertidas em dívidas efetivas.

Resseguro
Mecanismo de transferência de riscos de um segurador para outro segurador
ou ressegurador.

Revogação de cheque
Direito que assiste ao sacador de dar ordem à instituição de crédito para que
não pague cheques já emitidos. A ordem de revogação só produz efeito findo o
prazo legal de apresentação do cheque, exceto nos casos em que ocorra uma
justa causa para impedir o seu pagamento, como por exemplo, furto, roubo ou
extravio.

Revolving
Tipo de contrato em que é estabelecido um limite máximo de crédito que pode
ser utilizado ao longo do tempo e reutilizado à medida que o saldo em dívida
vai sendo amortizado. É o caso típico dos cartões de crédito ou das facilidades
de descoberto.

Risco de capital
Risco de perda de parte ou da totalidade do capital investido numa aplicação
financeira. O risco de capital só existe se a aplicação financeira não garantir o
capital aplicado.

Risco de crédito
Risco de falência ou insolvência da entidade junto da qual foram aplicados os
fundos.

Risco de liquidez
Risco do aforrador ou investidor não poder dispor do capital investido antes do
vencimento da aplicação financeira ou de incorrer em custos elevados para o
fazer. Este risco pode resultar de restrições do próprio produto financeiro ou da
liquidez no mercado onde ele seja negociado.

Risco de mercado
Risco de mercado é o risco de perda de valor de uma aplicação financeira,
devido a alterações nos preços (ou taxas de juro) de mercado. Este risco está
associado a instrumentos financeiros negociados em mercado, como por
exemplo ações ou obrigações.

Risco de remuneração
Incerteza quanto à evolução da remuneração de um ativo financeiro. Este risco
está associado a ativos financeiros em que a remuneração não está totalmente
definida à partida.

S
Sacado
Instituição de crédito que procede ao pagamento de um cheque, emitido pelo
sacador, ao seu beneficiário.

Sacador
Pessoa singular ou coletiva que emite um cheque a favor de um beneficiário.

Saldo contabilístico
Valor correspondente à diferença entre os movimentos a crédito e a débito
efetuados numa conta de depósito à ordem.

Saldo disponível
Valor na conta de depósito à ordem que o seu titular pode utilizar, sem ficar
sujeito ao pagamento de juros ou quaisquer outros encargos, por essa
utilização.

Salvado
O bem salvo do sinistro, nas situações de perda total.

Salvamento
Ação do tomador do seguro ou do segurado, que deve empregar os meios ao
seu alcance para prevenir ou limitar os danos, em caso de sinistro. 327>

Segurado
Pessoa ou entidade no interesse da qual é feito o contrato de seguro ou
pessoa cuja vida, saúde ou integridade física se segura (pessoa segura).

Segurador/Seguradora
Entidade legalmente autorizada a exercer a atividade seguradora e que é parte
no contrato de seguro.

Seguro automóvel
Contrato através do qual o segurador cobre os riscos a que estão expostos os
veículos terrestres a motor (automóveis, motociclos, etc.), incluindo a
responsabilidade civil decorrente da respetiva circulação, bem como coberturas
facultativas, tais como danos próprios, assistência em viagem e proteção
jurídica.

Seguro complementar
Contrato através do qual o segurador cobre riscos acessórios ao risco principal.

Seguro de acidentes de trabalho


Contrato através do qual o empregador transfere para o segurador a reparação
de danos ao trabalhador ou seus familiares (em caso de morte) que resultem
de um acidente de trabalho. Abrange prestações em espécie (por exemplo, de
natureza médica, farmacêutica e hospitalar) e prestações em dinheiro (por
exemplo, indemnizações, pensões e subsídios) pagos ao acidentado ou seus
familiares. Este seguro é obrigatório.

Seguro de acidentes pessoais


Contrato através do qual o segurador garante a reparação dos danos corporais
que resultem de um acidente que não seja qualificado como acidente de
trabalho.

Seguro de assistência
Contrato através do qual o segurador se compromete a prestar auxílio ao
segurado no caso de este se encontrar em dificuldades devido a uma situação
prevista no contrato.

Seguro de danos
Contrato através do qual o segurador cobre riscos respeitantes a coisas, bens
imateriais, créditos e outros direitos patrimoniais.

Seguro de danos próprios (automóvel)


Coberturas facultativas que podem acrescer ao seguro obrigatório de
responsabilidade civil automóvel, nomeadamente no que diz respeito a danos
sofridos pelos veículos seguros. As coberturas mais comuns são as relativas a
choque, colisão e capotamento, a incêndio, raio ou explosão e a furto ou roubo.

Seguro de grupo
Contrato através do qual o segurador cobre riscos de um conjunto de pessoas
ligadas ao tomador do seguro por um vínculo que não seja o de segurar.

Seguro de grupo contributivo


Seguro de grupo em que os segurados suportam, no todo ou em parte, o
pagamento do prémio.

Seguro de grupo não contributivo


Seguro de grupo em que o tomador do seguro suporta integralmente o
pagamento do prémio.

Seguro de incêndio e elementos da natureza


Contrato através do qual o segurador garante a reparação dos danos materiais
causados no bem indicado no contrato devido a incêndio ou outros
acontecimentos, tais como explosão, raio, fenómenos sísmicos, inundações,
tempestades, etc.

Seguro de perdas de exploração


Contrato através do qual o segurador garante uma indemnização de modo a
que, apesar dos danos materiais sofridos e das responsabilidades decorrentes,
os resultados financeiros da exploração da empresa segura não sejam
afetados por um incêndio, uma quebra de máquinas ou outros acontecimentos.

Seguro de pessoas
Contrato através do qual o segurador se compromete a cobrir riscos relativos à
vida, à saúde e à integridade física de uma pessoa ou de um grupo de pessoas
nele identificadas.

Seguro de proteção jurídica


Contrato através do qual o segurador cobre os custos de serviços jurídicos,
nomeadamente de defesa e representação do segurado, assim como as
despesas ligadas a processo judicial ou administrativo.

Seguro de renda
Contrato através do qual o segurador se compromete a pagar prestações
temporárias, ou para toda a vida, ao beneficiário do contrato. A renda pode ser
paga: após a morte da pessoa segura, se o beneficiário lhe sobreviver (seguro
de renda de sobrevivência); a partir de uma data futura (seguro de renda
diferida).

Seguro de responsabilidade civil


Contrato através do qual o segurador cobre o risco de o segurado ter que vir a
indemnizar terceiros por danos que resultem de lesões corporais ou materiais
pelos quais seja responsável.

Seguro de responsabilidade civil automóvel


Contrato de seguro de responsabilidade civil através do qual o segurador cobre
os danos corporais ou materiais causados a terceiros por veículos terrestres a
motor e seus reboques. Este seguro é obrigatório.

Seguro de roubo
Contrato através do qual o segurador garante a indemnização de prejuízos que
resultem de um roubo ou de uma tentativa de roubo.

Seguro de vida
Contrato através do qual o segurador se compromete a pagar o capital seguro
em caso de morte da pessoa segura (seguro em caso de morte) ou
sobrevivência da pessoa segura (seguro em caso de vida).

Seguro de vida misto


Contrato através do qual o segurador se compromete a pagar o capital seguro
ao beneficiário: no momento da morte do segurado, se ocorrer antes do final do
contrato; no final do contrato, se o segurado se encontrar vivo nessa data.

Seguro de vida temporário


Contrato através do qual o segurador se compromete a pagar o capital seguro
ao beneficiário no momento da morte do segurado, se esta ocorrer durante o
período indicado no contrato.

Seguro individual
Seguro que pode cobrir uma única pessoa, um agregado familiar ou um
conjunto de pessoas que vivam em economia comum. Pode também cobrir
conjuntamente duas ou mais pessoas (por exemplo, seguros de vida dos
sócios de uma empresa).

Seguros de multirriscos habitação


Contrato através do qual o segurador cobre os principais riscos relativos a um
imóvel (habitação) e normalmente aos bens móveis existentes no seu interior
(recheio).

Sinistro
Evento ou série de eventos que resultam de uma mesma causa e que acionam
a cobertura do risco prevista no contrato.

Sistemas de negociação multilaterais


Sistemas de negociação que funcionam em espaços que permitem o confronto
de ordens de compra e venda de instrumentos financeiros, de forma e com
regras claras e não discricionárias.

Sobreprémio
Acréscimo ao valor do prémio do seguro devido à cobertura de um risco
agravado ou a uma cobertura adicional.

Sobreseguro
Situação em que o bem é segurado por um valor superior ao seu valor real.

Sociedades de factoring
Instituições de crédito que têm por objeto a aquisição de créditos a curto prazo,
resultantes da venda de produtos ou da prestação de serviços.

Sociedades de locação financeira


Instituições de crédito que têm por objeto principal o exercício da atividade de
locação financeira ou leasing.

Sociedades financeiras de corretagem


Sociedades financeiras que atuam em bolsa, comprando e vendendo títulos
para os seus clientes, tendo também a possibilidade de gerir carteiras próprias
de investimentos financeiros.

Solvabilidade
Capacidade do devedor para cumprir as suas dívidas. Antes da concessão de
um crédito ou da sua renegociação, a instituição de crédito deve avaliar a
solvabilidade do cliente, a fim de verificar se o mesmo dispõe de capacidade
para suportar o pagamento do empréstimo. A análise da solvabilidade do
cliente tem na sua base diversos elementos de informação, nomeadamente os
rendimento do cliente e do seu agregado familiar e as dívidas já assumidas,
bem como outras despesas consideradas relevantes. Estas informações são
obtidas e comprovadas através dos elementos facultados pelo próprio cliente
ou através da consulta de bases de dados de responsabilidades de crédito, tal
como a central de responsabilidades de crédito do Banco de Portugal.

Spread
Diferença entre os preços de oferta de venda e de compra de um determinado
ativo ou instrumento. Termo também utilizado para referir a componente da
taxa de juro, definida pelo banco, contrato a contrato, quando concede um
financiamento a taxa variável. O spread, acresce ao indexante, e varia,
nomeadamente, em função dos próprios custos de financiamento do banco no
mercado interbancário, do risco de crédito do cliente e do loan-to-value do
empréstimo.

Stock split
Incremento do número de ações de uma determinada sociedade, mediante o
desdobramento das ações existentes em outras de menor valor nominal.

Subrogação
Ação exercida por um segurador com o fim de obter do responsável pelo dano
o reembolso de uma indemnização paga ao beneficiário do contrato.

Subscritor
Pessoa que contrata uma operação de capitalização com uma empresa de
seguros, sendo responsável pelo pagamento da respetiva prestação.

Subseguro
Situação em que o bem é segurado por um valor inferior ao seu valor real.

Swap de taxa de juro


Contrato celebrado entre duas partes que se obrigam a pagamentos recíprocos
por referência a uma taxa de juro futura durante um determinado período de
tempo. Destina-se a transformar uma exposição a uma taxa de juro fixa na
exposição a uma taxa de juro variável, ou vice-versa.

T
Tabela de desvalorização (automóvel)
Tabela utilizada nos contratos de seguro automóvel que incluam cobertura de
danos próprios, que serve para actualizar o valor seguro para efeitos do
montante das indemnizações em caso de perda total, sendo o prémio do
seguro ajustado à desvalorização do veículo.

Talão Confirmativo da Transacção


Documento comprovativo da transação efetuada com um cartão de débito ou
de crédito. Este talão tem, normalmente, o nome do titular e o número do
cartão, pala além da identificação do comerciante, no caso da operação
consistir no pagamento de um bem ou serviço. Por razões de segurança, o
número do cartão pode ser total ou parcialmente omitido. Consoante o terminal
de pagamento utilizado, a emissão do talão pode ou não exigir a introdução
prévia do código secreto (código pessoal ou PIN) e/ou a assinatura do titular do
cartão no espaço reservado para o efeito. No caso de transação ser
processada em terminal de pagamento eletrónico, todos os dados da operação
são registados electronicamente, pelo que o talão serve essencialmente para o
titular conferir os movimentos efetuados com o extrato que a entidade emitente
do cartão lhe enviar.

Taxa anual de encargos efectiva global (TAEG)


Medida do custo total do crédito para o consumidor, expresso em percentagem
anual do montante do crédito concedido. Distingue-se da TAE (Taxa Anual
Efetiva) por incluir os impostos associados a um empréstimo e por se referir
apenas ao crédito aos consumidores.

Taxa anual efectiva (TAE)


Medida do custo total associado a um determinado empréstimo, incluindo os
juros e outros encargos que lhes estejam associados, nomeadamente
comissões e seguros exigidos.
Taxa anual efectiva revista (TAER)
Corresponde à TAE (Taxa Anual Efetiva) do empréstimo com os eventuais
custos associados à aquisição de outros produtos e serviços financeiros que o
cliente tenha optado por contratar em conjunto com o empréstimo.

Taxa Anual Efetiva Líquida


Taxa de remuneração relativa ao período de um ano deduzida da retenção do
imposto (IRS) e que pressupõe que os juros recebidos ao longo do ano são
reinvestidos à mesma taxa (capitalização de juros).

Taxa anual nominal bruta (TANB)


Taxa de remuneração anual de uma aplicação financeira. É uma taxa nominal
porque não considera a evolução da inflação. É uma taxa de juro simples, uma
vez que não considera a capitalização de juros que possam ser pagos ao longo
do período do depósito. É uma taxa bruta, uma vez que não desconta ainda o
imposto (IRS) que incidirá sobre os juros.

Taxa Anual Nominal Líquida (TANL)


Corresponde à TANB deduzida dos montantes retidos a título de IRS. Isto é,
considera apenas aquilo que o cliente irá efetivamente receber após o imposto
sobre o rendimento.

Taxa de esforço
Proporção do rendimento de um agregado familiar afeto ao pagamento de
todos os compromissos financeiros, tais como créditos à habitação ou crédito
aos consumidores. Pretende medir a capacidade do agregado familiar para
cumprir os compromissos financeiros assumidos.

Taxa de juro
Custo do dinheiro que se pediu emprestado ou rendimento de uma aplicação
financeira efetuada, expresso em percentagem do capital.

Taxa de juro fixa


Taxa de juro que se mantém inalterada durante o prazo previsto no contrato e
que pode coincidir com a vida do empréstimo.

Taxa de juro nominal


A taxa de juro nominal é a taxa que deve ser obrigatoriamente indicada em
todos os contratos de crédito ou nas aplicações e corresponde ao período de
um ano.

Taxa de juro real


Taxa de juro expressa em termos reais, isto é, a taxa de juro nominal corrigida
da inflação.

Taxa de juro variável


Taxa de juro que vai variando ao longo da vida do contrato, de acordo com as
alterações verificadas no valor do indexante.

Taxa indexada
Taxa de juro revista automaticamente em função da evolução de uma taxa de
referência de mercado, designada de indexante a que está associada,
geralmente a Euribor. É o tipo de taxa normalmente utilizada em contratos de
crédito à habitação.

Taxas máximas no crédito aos consumidores


Taxas definidas trimestralmente pelo Banco de Portugal que correspondem ao
valor máximo que, no momento da celebração do contrato, pode assumir a
Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (TAEG) desse contrato. As taxas
máximas variam de acordo com categoria de crédito aos consumidores em
causa, isto é, os limites dessas taxas são diferentes para o crédito pessoal, o
crédito automóvel ou os cartões de crédito. As instituições de crédito estão
obrigadas a respeitar estas taxas máximas. Se o não fizerem, o contrato de
crédito é considerado usurário e a TAEG é automaticamente reduzida para a
taxa máxima aplicável.

Terceiro lesado
Vítima de um sinistro, que não é parte no contrato de seguro e que tem o
direito a ser indemnizada nos termos do mesmo.

Terminal de Pagamento Automático (TPA)


Terminal existente num estabelecimento comercial (ponto de venda) que
permite a utilização de cartões bancários para efetuar pagamentos. Também
conhecido por POS.

Teste de idoneidade
Questionário efetuado por um intermediário financeiro para obter informação do
cliente relativamente à sua situação financeira e aos seus objetivos de
investimento.

Titular emitente
Pessoa singular e coletiva, ou um seu representante, que emite o cheque
(sacador).

Título de crédito
Documento representativo de um crédito que alguém tem sobre outra pessoa.
A letra, a livrança e o cheque são exemplos de títulos de créditos, que se
distinguem entre si: a letra contém uma ordem de pagamento, dada por uma
pessoa a favor de outrem ou de si própria; a livrança corresponde a uma
promessa de pagamento, através da qual alguém se compromete a pagar a
outra pessoa uma quantia em determinada data; e, por fim, o cheque contém
uma ordem de pagamento dirigida a uma instituição de crédito. Em regra, os
títulos de crédito podem ser transmitidos a outras pessoas.

Tomador do seguro
Pessoa que celebra o contrato de seguro com a empresa de seguros, sendo
responsável pelo pagamento do prémio.

Tranche
Empréstimo bancário cuja quantia que pode ser levantada em diversas
parcelas (tranches) à medida das necessidades do cliente.

Transferência a crédito
Operação bancária efetuada por iniciativa do ordenante, realizada através de
uma instituição de crédito e destinada a colocar fundos à disposição de um
beneficiário.

Transferência bancária
Operação realizada através de uma instituição de crédito que consiste em
movimentar fundos entre contas de depósito bancário.

Transferência de crédito
É a possibilidade de transferir o crédito para outra instituição de crédito à
escolha do cliente, tendo para o efeito de o comunicar à instituição de crédito
originária, com 10 dias úteis de antecedência, e proceder ao pagamento de
uma comissão, no valor máximo de 0,5 %, caso se trate de um crédito a taxa
variável, ou de 2 %, caso seja de taxa fixa.

Transferência doméstica
Operação efetuada por iniciativa do ordenante para crédito de conta
domiciliada em instituição de crédito diferente, mas igualmente estabelecida em
território nacional.

Transferência interbancária
Operação efetuada por iniciativa do ordenante para crédito de conta
domiciliada em instituição de crédito diferente.

Transferência intrabancária
Operação efetuada por iniciativa do ordenante para crédito de conta
domiciliada na mesma instituição de crédito.

Transferência transfronteiras
Operação efetuada por iniciativa do ordenante para crédito de conta
domiciliada em instituição de crédito estabelecida noutro país.

U
Ultrapassagem de crédito
Descoberto aceite pela instituição de crédito, que permite que,
excecionalmente, um cliente disponha de fundos que excedem o saldo da sua
conta de depósito à ordem ou o limite máximo de uma facilidade de descoberto
acordada. Na ultrapassagem de crédito não existe um acordo prévio entre a
instituição de crédito e o cliente para a utilização de fundos.

Unidades de participação de investimento harmonizados


Representa uma parcela do património de um fundo de investimento, sem valor
nominal. O valor de uma UP corresponde à divisão do valor global do
património do fundo pelo número de UP’s em circulação e é divulgado pela
entidade gestora do fundo (podendo ser consultado junto desta, das entidades
que comercializam as UP’s e no sítio da Internet da CMVM).

Unit linked
Os contratos de seguro ligados a fundos de investimento. São contratos de
seguro de vida cujo saldo da apólice se expressa através de unidades de
conta, representativas de fundos autónomos constituídos por ativos do
segurador ou por unidades de participação de um ou vários fundos de
investimento e cuja rendibilidade está dependente da evolução do valor desses
ativos.

V
Valor do salvado
Valor do bem seguro, após um sinistro com perda total.

Valor nominal
Corresponde ao valor facial de determinado instrumento financeiro. No caso
das ações identifica o montante de capital social que cada ação representa. No
caso das obrigações identifica o capital em dívida e serve de base, por
exemplo, para determinar o montante dos juros a pagar.
Valor venal
Valor de substituição do bem seguro, imediatamente antes da ocorrência do
sinistro.

Valores mobiliários
Documentos representativos de situações jurídicas homogéneas,
padronizados, fungíveis entre si e suscetíveis de transmissão em mercado.

Vencimento de um contrato de seguro


Termo ou fim do contrato de seguro. Em certas modalidades de seguros de
vida é o momento em que é pago o capital seguro.

Vencimento do prémio
Data até à qual o prémio de seguro deve ser pago ao segurador.

Venda executiva
Fase da ação executiva. Traduz-se na venda dos bens penhorados no âmbito
daquela ação, com o intuito de se obter dinheiro para satisfazer os créditos do
exequente, isto é, o credor que intentou a ação executiva, mas também os dos
demais credores.

Vendas associadas facultativas (bundling)


Comercialização conjunta de produtos e serviços financeiros, associando um
determinado produto base – como o crédito à habitação – a outros produtos
financeiros, nomeadamente outros créditos, depósitos ou seguros, como
contrapartida da melhoria nas condições financeiras do produto base (por
exemplo redução do spread). A aquisição conjunta destes outros produtos ou
serviços financeiros é sempre facultativa, podendo o cliente adquirir todos os
produtos separadamente.

Vigência de um contrato de seguros


Período durante o qual o contrato de seguro produz os seus efeitos.

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