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MICROECONOMIA IV

Ciro Maretti
Lon Arruda
Lucas Santiago Gandin
Marcos Cardoso
Rafael Charro
Vinicius Rodrigues
Cronograma da apresentação
Information, Market Incentives, and Student Performance¹

Contextualização Racional Econômico Insights do Modelo Relação com a


realidade

Fonte: ¹Braz Camargo, Rafael Camelo, Sergio Firpo, Vladimir Ponczek DEZ/16

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Contextualização
Avaliação padronizada no Brasil
ENEM é a porta de entrada da maior parte das universidades no país

Maior avaliação padronizada do país


127 instituições brasileiras e 34 instituições
portuguesas utilizam a avaliação¹

6,7 mm de inscrições em 2018


Equivalente a 85% do número de alunos
matriculados no ensino médio²

Custo de R$589 milhões


Equivalente a R$87,54 por candidato em 2017³

Fonte: ¹UNIVERSIA ABR/17, ²EBC NOV/17, ³BRASIL.GOV SET/15

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Impacto da divulgação do desempenho
A nota do ENEM é um dos mais importantes critérios de decisão na escolha dos pais na matricula

01
Aumento da capacidade
das escolas de
diagnosticar seu
desempenho

02 Aumento da
motivação dos alunos

03
Ganho de
credibilidade pelos
responsáveis

04
Crescimento no número de
matrículas nas escolas bem
colocadas

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Opiniões sobre a divulgação do desempenho
Há argumentos de quem apoia e critica a divulgação do desempenho das escolas

Pró divulgação Contra divulgação

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Opiniões sobre a divulgação do desempenho
De um lado, alguns veem os benefícios da divulgação do desempenho das escolas

“A intenção era que as escolas tivessem


acesso às informações sobre a atuação
dos estudantes nas provas do Enem e
pudessem reforçar o ensino em
determinados conteúdos”

-Mendonça Filho, ministro da Educação¹

“Sonegar informações não pode ser visto


como avanço. A interpretação desses
dados é aberta. Ter a informação permite
que as pessoas avaliem da melhor forma,
conforme os melhores critérios”

-Reynaldo Fernandes, ex-presidente do


Inep¹

Fonte: ¹EBC MAR/17

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Opiniões sobre a divulgação do desempenho
Quem é contra argumenta que os riscos da desinformação são maiores

“O ranking das escolas é utilizado como


propaganda e não é missão do Estado
brasileiro estabelecer esse ranking, produzia
um desserviço e uma desinformação”

-Mendonça Filho, ministro da Educação¹

"O Enem não avalia escola, avalia o


estudante e isso é só um dos muitos
indicadores para poder avaliar uma
escola"

-Maria Inês, presidente do Inep¹

Fonte: ¹G1 MAR/17

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Situação dos rankings de performance de escolas no ENEM
Escolas realizam manobras para que a escola esteja bem classificada no ranking para atrair estudantes

Distribuição de notas de
alunos de certa escola

Piores notas Melhores notas

Fonte: ¹Estadão OUT/16, ²Estadão DEZ/14 e G1 AGO/15

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Situação dos rankings de performance de escolas no ENEM
Escolas realizam manobras para que a escola esteja bem classificada no ranking para atrair estudantes

1º lugar

Piores notas Melhores notas

Fonte: ¹Estadão OUT/16, ²Estadão DEZ/14 e G1 AGO/15

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Situação dos rankings de performance de escolas no ENEM
Escolas realizam manobras para que a escola esteja bem classificada no ranking para atrair estudantes

569º lugar 1º lugar

Piores notas Melhores notas

Fonte: ¹Estadão OUT/16, ²Estadão DEZ/14 e G1 AGO/15

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Realidade das escolas do Brasil | Ranking
Rede municipal, principal fonte de ensino da área rural, oferece substancialmente menos ensino médio

Distribuição do tipo de escola por fase de Ensino 2017 Área de concentração por fase de Ensino em 2017
Privada Estadual Municipal em milhões de estudantes Rural Urbana

100%
15,3 10%

18% 30%

14%

7,9
10% 90%

70%
68%
85%

5%
Fundamental Ensino Médio Fundamental Ensino Médio

Fonte: ¹INEP 2017

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Realidade das escolas do Brasil | Ranking
Apesar das escolas públicas serem a maioria no país, somente 3 das 100 melhores são públicas

Comparação por distribuição do tipo de escola


Hipótese:
Privada Pública

Escolas privadas podem oferecer bonificações


10%
100%
aos professores que geram melhores resultados
no ENEM.

Portanto, os professores focam seus esforços


com o intuito de produzir melhores notas e,
como consequência, uma melhor colocação
97% no ranking.
90%

3%
Brasil 100 Melhores

Fonte: ¹INEP 2017 e ²G1 OUT/16

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Racional Econômico
Modelo de Holmstrom e o incentivo aos professores
O comportamento dos agentes envolvidos é bem representado pelo modelo de Holmstrom

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Modelo de Holmstrom e o incentivo aos professores
O comportamento dos agentes envolvidos é bem representado pelo modelo de Holmstrom

Utilidade marginal do Principal (Escola)


Função da produção e do salário pago ao agente

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Modelo de Holmstrom e o incentivo aos professores
O comportamento dos agentes envolvidos é bem representado pelo modelo de Holmstrom

Utilidade marginal do Principal (Escola)


Função da produção e do salário pago ao agente

Utilidade marginal dos Agentes (Professores)


Função do salário pago a ele

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Modelo de Holmstrom e o incentivo aos professores
O comportamento dos agentes envolvidos é bem representado pelo modelo de Holmstrom

Utilidade marginal do Principal (Escola)


Função da produção e do salário pago ao agente

Razão entre a utilidade


marginal do principal (G)
e do agente (U).

Utilidade marginal dos Agentes (Professores)


Função do salário pago a ele

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Modelo de Holmstrom e o incentivo aos professores
O comportamento dos agentes envolvidos é bem representado pelo modelo de Holmstrom

Utilidade marginal do Principal (Escola)


Função da produção e do salário pago ao agente

Razão entre a utilidade


marginal do principal (G)
e do agente (U).

Utilidade marginal dos Agentes (Professores)


Função do salário pago a ele
Multiplicador de Lagrange (λ)
Restrição de participação do agente.

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Modelo de Holmstrom e o incentivo aos professores
O comportamento dos agentes envolvidos é bem representado pelo modelo de Holmstrom

Utilidade marginal do Principal (Escola) Multiplicador para restrição de incentivo


Função da produção e do salário pago ao agente Sensibilidade da distribuição de probabilidade

Razão entre a utilidade


marginal do principal (G)
e do agente (U).

Utilidade marginal dos Agentes (Professores)


Função do salário pago a ele
Multiplicador de Lagrange (λ)
Restrição de participação do agente.

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Modelo de Holmstrom e o incentivo aos professores
O comportamento dos agentes envolvidos é bem representado pelo modelo de Holmstrom

Utilidade marginal do Principal (Escola) Multiplicador para restrição de incentivo


Função da produção e do salário pago ao agente Sensibilidade da distribuição de probabilidade

Razão entre a utilidade


marginal do principal (G)
e do agente (U).

Efeito marginal do esforço na


probabilidade de obter um nível
Utilidade marginal dos Agentes (Professores) de produção x
Função do salário pago a ele
Multiplicador de Lagrange (λ)
Restrição de participação do agente.

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Modelo de Holmstrom e o incentivo aos professores
O comportamento dos agentes envolvidos é bem representado pelo modelo de Holmstrom

Quantidade ótima da produção paga, s(x), pelo principal


Assumindo que os agentes querem maximizar sua utilidade esperada

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Modelo de Holmstrom e o incentivo aos professores
O comportamento dos agentes envolvidos é bem representado pelo modelo de Holmstrom

Quantidade ótima da produção paga, s(x), pelo principal


Assumindo que os agentes querem maximizar sua utilidade esperada

Papel das partes


Agente Avesso ao risco escolhe esforço
Agente principal escolhe nível de produção

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Modelo de Holmstrom e o incentivo aos professores
O comportamento dos agentes envolvidos é bem representado pelo modelo de Holmstrom

Quantidade ótima da produção paga, s(x), pelo principal


Assumindo que os agentes querem maximizar sua utilidade esperada

Papel das partes


Agente Avesso ao risco escolhe esforço Nota é uma proxy do nível de produção
Agente principal escolhe nível de produção

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Propriedades do modelo proposto
O comportamento dos agentes envolvidos é bem representado pelo modelo de Holmstrom

Quanto maior o valor de “x”, maior foi o


esforço “e”.
01
Motivar um alto nível de esforço requer que o agente seja mais bem
pago, visto que a produção é um indicativo do nível de esforço.
02
O modelo também sugere que sejam adicionadas
informações além de “x” que indiquem o nível de

03 esforço do agente.

A regra de compartilhamento de “x”


(s(x)) é extremamente sensível à forma da

04 distribuição de probabilidade f.

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Modelo multi-tarefas
Divulgação do desempenho das escolas no ENEM pode distorcer os incentivos

Objetivo da organização Objetivo do agente

Para alinhar os objetivos a organização deve criar incentivos


ao agente que molde seu comportamento

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Modelo multi-tarefas
Divulgação do desempenho das escolas no ENEM pode distorcer os incentivos

Desenvolver Estimular pensamento


raciocínio lógico críticos dos alunos

Desenvolver competências
Estimular a interpretação interpessoais

Os objetivos, no entanto, costumam ter mais de uma tarefa


para atingir alta performance

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Modelo multi-tarefas
Divulgação do desempenho das escolas no ENEM pode distorcer os incentivos

Desenvolver Estimular pensamento


raciocínio lógico críticos dos alunos

Métrica: Nota ENEM Métrica: Nenhuma

Desenvolver competências
Estimular a interpretação interpessoais

As métricas de incentivo podem levar o agente a priorizar o


esforço do agente (professor) em uma tarefa em específica

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Modelo multi-tarefas
Divulgação do desempenho das escolas no ENEM pode distorcer os incentivos

Considere aqui um modelo com apenas duas tarefas em que a produção (x) é definida por: , onde
segue uma normal com média zero e o pagamento do agente varia de acordo com e as
condições de primeira ordem para esforço são:

Então, se um maior β1 implica que o agente vai alocar menos esforço


na tarefa 2.

Se a tarefa 2 tiver mais riscos para o principal, a firma passa a oferecer menos
incentivos de pagamento para a segunda tarefa. Um exemplo disso pode ser visto
em escolas: ensinar para a prova pode ser facilmente mensurado, enquanto
desenvolver atividades de pensamento crítico não, então há mais incentivos para
obter notas altas.

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Insights do Modelo
Base de Dados e da Análise
As características dos dados coletados que utilizamos para fazer a análise empírica

Tamanho Amostral
- 69.108

Unidade Amostral
- Escolas

Particularidades
- Distribuída entre 3 anos
- De 2005 à 2007
- Escolas públicas e particulares

Fonte: ¹INEP 2005 - 2007

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Introdução ao Modelo
O modelo usado no paper usa o conceito de cutoff/designação para usar uma regressão descontinua

Regressão descontínua: Yi = 0 + 1*xi + 2*D +i Quando usar uma regressão descontínua

O parâmetro tem um ponto de cutoff para


designação (ex: se pode ou não divulgar as
Efeito do 2 notas do ENEM)

O valor do parâmetro orienta a designação


de um indivíduo que pode ou não ser
tratado

Parâmetro de designação

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Introdução ao Modelo

Yism = αY + βY . dS + ϒY . privS + δY . dS . privS + φY(T2005s – 10) + ψY(T2005s – 10) . ds + ϚY (T2005s -10) . privs + π’YXism + ρ’YXism . ds + ηm + εY, ism

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Introdução ao Modelo

Número de estudantes que


prestaram ENEM em 2005 na
escola “s”

Yism = αY + βY . dS + ϒY . privS + δY . dS . privS + φY(T2005s – 10) + ψY(T2005s – 10) . ds + ϚY (T2005s -10) . privs + π’YXism + ρ’YXism . ds + ηm + εY, ism

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Introdução ao Modelo

Número de estudantes que


prestaram ENEM em 2005 na
escola “s”

Yism = αY + βY . dS + ϒY . privS + δY . dS . privS + φY(T2005s – 10) + ψY(T2005s – 10) . ds + ϚY (T2005s -10) . privs + π’YXism + ρ’YXism . ds + ηm + εY, ism

Essa variável é igual a 1 se


T2005s assumir pelo menos um
valor igual a 10

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Introdução ao Modelo

São funções flexíveis na


variável de interesse

Yism = αY + βY . dS + ϒY . privS + δY . dS . privS + φY(T2005s – 10) + ψY(T2005s – 10) . ds + ϚY (T2005s -10) . privs + π’YXism + ρ’YXism . ds + ηm + εY, ism

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Introdução ao Modelo

São funções flexíveis na


variável de interesse

Yism = αY + βY . dS + ϒY . privS + δY . dS . privS + φY(T2005s – 10) + ψY(T2005s – 10) . ds + ϚY (T2005s -10) . privs + π’YXism + ρ’YXism . ds + ηm + εY, ism

Características da escola e
do estudante

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Introdução ao Modelo

Efeito fixo de área


metropolitana

Yism = αY + βY . dS + ϒY . privS + δY . dS . privS + φY(T2005s – 10) + ψY(T2005s – 10) . ds + ϚY (T2005s -10) . privs + π’YXism + ρ’YXism . ds + ηm + εY, ism

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Introdução ao Modelo

Efeito fixo de área


metropolitana

Yism = αY + βY . dS + ϒY . privS + δY . dS . privS + φY(T2005s – 10) + ψY(T2005s – 10) . ds + ϚY (T2005s -10) . privs + π’YXism + ρ’YXism . ds + ηm + εY, ism

Termo de erro sob a hipótese


de continuidade de φY , ψY e
ϚY, e T2005s = 10

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Introdução ao Modelo

Igual a 1 se a escola for


privada

Yism = αY + βY . dS + ϒY . privS + δY . dS . privS + φY(T2005s – 10) + ψY(T2005s – 10) . ds + ϚY (T2005s -10) . privs + π’YXism + ρ’YXism . ds + ηm + εY, ism

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Introdução ao Modelo

Igual a 1 se a escola for


privada

Yism = αY + βY . dS + ϒY . privS + δY . dS . privS + φY(T2005s – 10) + ψY(T2005s – 10) . ds + ϚY (T2005s -10) . privs + π’YXism + ρ’YXism . ds + ηm + εY, ism

É a variável de interesse para


o estudante i na escola s na
região metropolitana m

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Analise descritiva dos dados | Escola com até 9 alunos
Com a analise descritiva é possível criar hipóteses de quais variáveis mais impactam os resultados

Proporção de alunos em cada critério Média por tipo de escola


Público Privado em percentual (%)

99
95 97
88 Pública Privada

Score 25,63 42,08

53

43 43 Idade
40 22,40 18,80
32
23
18
13 # alunos
no 3º ano 18,08 13,41
2 4

Masculino Ñ Brancos Pai Mae <10 Presença


repetente superior superior salários de
compl. compl. mín laboratórios

Fonte: ¹INEP 2008

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Analise descritiva dos dados | Escola entre 10 e 19 alunos
Com a analise descritiva é possível criar hipóteses de quais variáveis mais impactam os resultados

Proporção de alunos em cada critério Média por tipo de escola


Público Privado em percentual (%)

98 99
95
87 Pública Privada

Score 25,63 42,68

55
50

40 41 39
Idade 20,60 18,09

23
18 20
# alunos
no 3º ano 19,96 14,14
2 4

Masculino Ñ Brancos Pai Mae <10 Presença


repetente superior superior salários de
compl. compl. mín laboratórios

Fonte: ¹INEP 2008

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Analise descritiva dos dados | Escola com mais de 20 alunos
Com a analise descritiva é possível criar hipóteses de quais variáveis mais impactam os resultados

Proporção de alunos em cada critério Média por tipo de escola


Público Privado em percentual (%)

99
96 97
90 Pública Privada

Score 29,90 38,64

51 51

39 40 41 Idade 19,76 18,93


33

17
14
# alunos
5 no 3º ano 42,71 25,40
3

Masculino Ñ Brancos Pai Mae <10 Presença


repetente superior superior salários de
compl. compl. mín laboratórios

Fonte: ¹INEP 2008

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Análise da regressão | Tabela 3
Dada a impossibilidade de retirar a máscara das escolas, os resultados foram retirados do paper

Série escolar correta:


Em escolas públicas, o aluno estar
na série correta influencia mais a
nota do ENEM do que em escolas
privadas.

Fonte: ¹Tabela Retirada do paper Information, Market Incentives, and Student Performance

MICROECONOMIA IV – PAPER 3 | OUT/2018 | 45


Análise da regressão | Tabela 5
Dada a impossibilidade de retirar a máscara das escolas, os resultados foram retirados do paper

Proporção entre funcionários e


alunos:
Como pode-se ver, essa variável é
muito mais significante em escolas
privadas do que em escolas
públicas, provavelmente porque
esses funcionários terão mais
incentivos financeiros para que os
alunos tenham uma nota maior no
ENEM.

Fonte: ¹Tabela Retirada do paper Information, Market Incentives, and Student Performance

MICROECONOMIA IV – PAPER 3 | OUT/2018 | 46


Relação com a realidade
Ligando os resultados e a teoria microeconômica
Relação da conclusão do paper com a teoria microeconômica

• Como propusemos em nosso modelo microeconômico, os professores, ao maximizarem suas


utilidades, buscam uma nota elevada de seus alunos no ENEM. Isso acontece pois os diretores, ao
analisarem o desempenho de seus alunos, poderão oferecer uma bonificação aos professores.

• O paper, ao realizar as analises empíricas, conclui que a divulgação do desempenho pode afetar
todos os envolvidos no ambiente escolar, visto que estes estão sujeitos à incentivos de mercado.
Pela estrutura das escolas públicas, o efeito observado é menor, devido à restrição de bonificação
aos professores.

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Referências

Sites

Estadão OUT/16 EBC NOV/17


https://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,primeira-colocada-no- http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2017-11/custo-por-
ranking-do-enem-mantem-grupo-seleto-de-alunos,10000080225 candidato-do-enem-deste-ano-sera-menor-que-do-ano-passado
Acessado em 04/010/18 Acessado em 05/010/18

Estadão DEZ/14 Brasil.Gov SET/15


https://educacao.estadao.com.br/blogs/mateus-prado/campea-do- http://www.brasil.gov.br/noticias/educacao-e-ciencia/2015/09/locais-das-
enem-e-ao-mesmo-tempo-a-escola-1-e-a-escola-569-do-brasil/ provas-do-enem-serao-divulgados-nesta-semana/enem-logo.jpg/view
Acessado em 05/010/18
Acessado em 05/010/18

G1 AGO/15
http://g1.globo.com/educacao/noticia/2015/08/metade-no-top-20-do-
Base de Dados
enem-recebe-maioria-dos-alunos-no-ano-da-prova.html
Acessado em 05/010/18
INEP 2017
http://provabrasil.inep.gov.br/ideb
UNIVERSIA ABR/17 Acessado em 05/010/18
http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2017/04/18/1151665/toda
s-universidades-brasileiras-aceitam-enem.html INEP 2008
Acessado em 05/010/18 http://portal.inep.gov.br/microdados
Acessado em 05/010/18

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OBRIGADO!
Apêndice
Apêndice
Tabela 1 Tabela 2
1a9 10 a 19 20 ou mais 1a9 10 a 19 20 ou mais
score 25.63 26.47 29.90 score 42.08 42.68 38.64
male 0.40 0.40 0.39 male 0.43 0.41 0.40
correct 0.95 0.95 0.96 correct 0.97 0.98 0.97
idade 22.40 20.60 19.76 idade 18.80 18.09 18.93
white 0.32 0.39 0.41 white 0.53 0.55 0.51
facpai 0.02 0.02 0.03
facpai 0.18 0.18 0.14
facmae 0.04 0.04 0.05
facmae 0.23 0.23 0.17
salmenos10 0.99 0.99 0.99 salmenos10 0.88 0.87 0.90
senior 18.08 19.96 42.71
senior 13.41 14.14 25.40
propcoll 0.00 0.00 0.00 propcoll 0.01 0.02 0.01
total 19.92 22.65 25.89 total 8.82 8.34 12.31
tsratio 6.95 3.86 8.95 tsratio 5.49 4.61 2.50
csratio 0.65 0.43 0.99 csratio 3.37 1.43 0.93
ssratio 3.76 2.54 5.04 ssratio 5.51 5.62 3.54
lab 0.13 0.20 0.33 lab 0.43 0.50 0.51

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Figura 4

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Realidade das escolas do Brasil | Ranking
Apesar das escolas públicas serem a maioria no país, somente 3 das 100 melhores são públicas

Comparação por distribuição do tipo de escola "Entre as melhores classificadas, um primeiro


Privada Pública fato a considerar é que as privadas selecionam
primeiro seus alunos pela renda e também
100% pelo desempenho em provas.”
10%

- Francisco Soares, ex-presidente do Inep²

97% Esta seleção é frequentemente feita ao longo dos


90% anos, convidando os estudantes mais fracos a
saírem

As escolas públicas que estão nas melhores


colocações são também aquelas que admitem
seus alunos através de difíceis vestibulares
3%
Brasil 100 Melhores

Fonte: ¹INEP 2017 e ²G1 OUT/16

MICROECONOMIA IV – PAPER 3 | OUT/2018 | 54


Realidade das escolas do Brasil | Ranking
Rede municipal, principal fonte de ensino da área rural, oferece substancialmente menos ensino médio

Proporção por aluno em escolas públicas Proporção por aluno em escolas privada
1 a 9 alunos 10 a 19 alunos >20 alunos 1 a 9 alunos 10 a 19 alunos >20 alunos

9,0 5,5 5,5 5,6

4,6
7,0

3,5
3,4
5,0

3,9 2,5
3,8

2,5
1,4
0,9
1,0
0,7
0,4

Professores Computadores Funcionários Professores Computadores Funcionários

Fonte: ¹INEP 2008

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