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Centro Universitário Celso Lisboa

Evelyn Mendes
Felipe Lemos
Heula Maia
Ingrid Carolina
Klayton Fonseca
Rose Gabriele
Thales Reis

Hipertireoidismo

Rio de Janeiro - RJ
2019
INTRODUÇÃO

Fisiologia

No sistema endócrino encontram-se glândulas e órgãos responsáveis pelo controle e distribuição


dos hormônios. Nesse sistema a glândula que iremos nos atentar é a tireoide, que se desenvolve
no endoderma associada a parte faríngea do tubo digestivo, tem formato de borboleta, essa
glandula é bastante irrigada pelo fluxo sanguíneo. O lobo direito é maior que o esquerdo e masi
vascularizado. Sua principal função é a regulação do metabolismo corporal. Quando há uma
anormalidade da distribuição desses hormônios produzidos pela tireoide, podemos identificar o
hipotireoidismo e hipertireoidismo.

Distúrbios na normalidade do funcionamento desta glândula está diretamente ligado a glândula


hipófise, esta é responsável pelo funcionamento adequado não só da tireoide, mas também dos
ovários, testículos e adrenais. No caso da tireoide, ela produz o Hormônio Estimulador da
Tireoide (THS), o mesmo possui uma relação depende com a tireoide, pois o THS incentiva a
produção dos hormônios Triiodotironina (T3) e Tiroxina (T4) da tireoide e a produção dos
mesmos inibe a produção de THS.

Com base nessa relação, então foi indispensável à inclusão de exames para dosagem do
hormônio estimulador da tireoide, nos exames de rotina realizado em pessoas acima dos 40 anos,
essa inclusão foi feita a partir de pesquisas que mostraram uma porcentagem considerável de
indivíduos que obtiveram anormalidade nessa glândula.

Assim, com essa pesquisa foi possível estabelecer parâmetros para acionar um alerta para a
tireoide, e com isso foi identificado que quando o nível de THS está elevado e o nível dos
hormônios produzidos pela tireoide está abaixo, a comunicação entre as duas glândulas não esta
ocorrendo adequadamente levando ao Hipotireoidismo, e por outro lado a falta de interação pode
causar o processo inverso, o estimulador com níveis abaixo do normal e a glândula tireoide em
pleno funcionamento, ocasiona outra patologia, o Hipertireoidismo.

Podemos usar um pequeno exemplo do próprio sistema endócrino, o pâncreas, uma vez que, a
baixa produção de insulina (hormônio que controla a passagem de glicose para dentro da célula),
provoca a falta de glicose e irá diminuir produção de energia da célula, e essa deficiência de
energia faz com que o tempo de vida das células de regeneração seja prejudicado e com isso leva
a dificuldade de cicatrização de indivíduos diabéticos. Observando superficialmente não
imaginaríamos que essa interligação seria tão simples.

REGULAÇÃO

Segundo os índices estabelecidos o hormônio TSH chegará através da corrente sanguínea a


glândula tireoidiana que produzirá os hormônios T3 e T4 que ativam receptores nucleares que
estão, localizados no próprio DNA, então, ocorre a ligação hormônio-receptor, estimulando a
transcrição do DNA em RNA e logo em seguida a tradução do RNA em proteínas, nos tecidos
específicos.

Esses hormônios são responsáveis pelo aumento do metabolismo celular, assim, estimulam o
consumo de oxigênio total da célula; em seu interior ocorre o aumento do tamanho e quantidade
das mitocôndrias elevando a produção de Adenosina Trifosfato (ATP), regulando a calorigenese
e a temperatura corporal promovem o crescimento e a diferenciação e a manutenção dos tecidos
são muito importantes para o crescimento e a maturação do sistema nervoso central
particularmente na vida intra-uterina

Em relação aos carboidratos, agem diminuindo a ação de insulina e acelerando sua degradação.
No metabolismo dos lipídios promovem a deterioração do colesterol em ácidos biliares; Isso
realizando análise em doses fisiológicas. Outra forma de análise, quando em excesso aumentam
o catabolismo (assimilação ou processamento) das proteínas e gorduras, aumentando o consumo
de oxigênio (O2) e a calorigenese, diminuindo o rendimento energético, produzem também uma
desmineralização óssea (perda dos componentes que ajudam na formação e densidade dos
ossos).

Como citado acima existe a análise desses hormônios, que em excesso diagnosticamos o
Hipertireoidismo, e em deficiência, Hipotireoidismo. Igualmente outras doenças que afetam o ser
humano essas duas também acometem outros sistemas dentro do nosso corpo.

No sistema cardiovascular podemos identificar pela taquicardia, palpitações, aumento da


velocidade circulatória e o pulso rápido, porém a pressão arterial não sofre alteração. O
hipertireoidismo tem grande impacto sobre a morfologia e função desse sistema, atuam elevando
o metabolismo basal do organismo, isso causa um maior consumo de oxigênio pelo miocárdio, o
que é garantido por vasodilatação e aumento do debito cardíaco, e redução da resistência
vascular periférica.

No gastro intestinal verificamos estas alterações: hiperfagia, diarreia e o aumento da absorção da


glicose. Os músculos sofrem fibrilações, chamadas popularmente de espasmos, tremores e a
fraqueza muscular. A fadiga muscular, nesse caso, se deve à perda de elementos energéticos do
músculo pela sua alta demanda metabólica.

Na parte tecidual teremos um alto consumo de oxigênio e a oxidação elevada. Tanto no


hipertireoidismo quanto no hipotireoidismo o sistema imunológico está com mais suscetibilidade
a infecções.

CLASSIFICAÇÃO E CAUSAS

Podemos classificar o hipertireoidismo em primário e secundário, primário para o


hipertireoidismo decorrente de uma anormalidade intrínseca da tireóide, como na Doença de
Graves. O secundário é utilizado para causas externas à glândula, como um tumor hipofisário.

Cerca de 1,5% da população mundial, algo em torno de 2,5 milhões de brasileiros, maioria do
sexo feminino, aproximadamente 2% e 0,2% para o sexo masculino. A doença de graves ( bócio
difuso tóxico) é a causa mais comum (60 a 80%) e típica em pacientes entre 20 e 40 anos,
seguindo por bócio multinodular (10 a 30%) que é mais comum em idosos.

A frequência de hipertireoidismo subclínico tem maior incidência em pessoas de raça branca,


mas a regularidade em pardos e negros demonstraram semelhança.

As proporções de pacientes relatando o tabagismo foram maiores entre aqueles com


hipertireoidismo manifesto e subclínico. A raça negra esteve mais associada ao hipertireoidismo
manifesto. A frequência de tratamento desta disfunção foi maior em idosos do que em indivíduos
mais jovens.

Fatores sociodemográficos influenciaram fortemente o diagnóstico e tratamento dos distúrbios da


tireoide.

A doença de graves é um distúrbio autoimune, o sistema imunológico da pessoa produz


anticorpo que atacam os tecidos do próprio organismo. Nessa doença os anticorpos estimulam a
tireóide a produzir e secretar mais T3 e T4 no sangue.

O bócio multinodular, tende a se tornar mais comum com o envelhecimento, o paciente apresenta
nódulos que com o passar dos anos, ocorre seu crescimento gradual até formal esses multi
nódulos, sofre modificações estruturais até ter a forma piramidal.

DIAGNÓSTICO

Para chegar a um diagnóstico, basta uma simples amostra de sengue, que irá medir os níveis de
T4 e TSH. Se o primeiro estiver elevado e o segundo baixo, provavelmente indicará o
hipertireoidismo, porém é preciso identificar o fator que está provocando essa condição.

Exames de imagens, como a cintilografia, que obtêm o aspecto da tireóide após a administração
de iodo radioativo. No entanto, com o avanços científicos, não se faz tão necessário esses
exames, o principal objetivo agora é encontrar o anticorpo TRAb, através da amostra de sangue.
Nessa ocasião, com a presença desse anticorpo, sinaliza uma origem autoimune, ou seja, são as
próprias células de defesa do organismo que estão agredindo a tireoide.

TRATAMENTO

A partir do conhecimento do hipertireoidismo, são indicados essas formas de tratamento, que


são:

Betabloqueadores que serve para controlar as manifestações do sistema simpático.

Drogas Antitireoidianas: Controlam a patologia durante seu uso e podem reduzir à posterior
remissão da doença.
Iodo Radioativo: Resulta na destruição lento das células tireoidianas, mais indicado no
tratamento inicial do distúrbio e em casos de recaídas com uso de fármacos. Mulheres em idade
fértil devem ser asseguradas a não engravidar por 6 a 12 meses. Seu uso em crianças é mais
delicado.

Tratamento Cirúrgico: Sendo o mais radical, indicado apenas em casos quando os nódulos estão
muito volumosos, gravidez ou ainda pela preferência do paciente.

OUTRAS FORMAS DE TRATAMENTO

Embora os estudos que avaliam o desempenho da tireoide no contexto da atividade física ainda
sejam controversos, os pesquisadores são unânimes em concordar que, durante os exercícios, o
nível de produção do hormônio estimulante da tireoide (TSH) é alterado, possivelmente pela

necessidade de o corpo aumentar seu metabolismo.

Os exercícios aeróbicos ajudam no controle hormonal e, portanto, também da tireoide. A melhor


escolha é alternar exercícios de impacto, como caminhada e corrida, com exercícios de pouco ou
nenhum impacto, como bicicleta e hidroginástica, e praticar musculação, essencial para aumentar

a massa muscular. Lembrando da importancia de ter a liberação do endocrinologista, procurar o


profissonal de educação física para então realizar a avaliação adequada baseada no seu quadro
clínico.
Referências:

1. https://medicoresponde.com.br/tag/frequencia-cardiaca
2. https://www.google.com/amp/s/www.infoescola.com/sistemaendocrino/tireoide/amp/
3. https://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/hipertireoidismo-e-hipotireoidismo-
entrevista/
4. https://www.endocrino.org.br/entendendo-tireoide-hipotireoidismo/
5. http://m.cienciasmorfologicas.webnode.pt/fisiologia%20sistêmica/niveis%20de
%20organização%20do%20corpo%20humano/
6. https://www.biomedicinapadrao.com.br/2011/11/glandula-tireoide-localiza-se.html?
m=1
7. http://www.scielo.com.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0066-
782X2006001600033
8. http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5607/hipertireoidismo.htm
9. https://auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-endocrino/
10. https://mdsaude.com/endocrinologia/tsh-t4-livre
11. https://wwwbiomedicinapadrao.com.br/2011/11/glandula-tireoide-localiza-se.html?
m=1
12. https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/54943
13. https://www.scielo.br/pdf/abem/v57n3/v57n3a06.pdf&ved=2ahUKEwiv_LOot47iAhUJv
FkKHd3EBocQFjAAegQIBxAC&usg=AOvVaw1M8MghN8WzT9CSL-D8e4jw
14. Art. Função Tireoidiana - Principais Testes Laboratoriais e Aplicações Diagnósticas (Prof.
Homero Jackson de Jesus Lopes)
15. https://www.sbemsp.org.br/imprensa/releases/200-genero-raca-e-fatores-
socioeconomicos-influenciam-diagnostico-e-tratamento-de-disturbios-da-tireoide
16. https://www.endocrino.org.br/entendendo-tireoide-hipertireoidismo/
17. https://www.altoastral.com.br/exercicios-para-a-tireoide/

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