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São Paulo
2016
KARIME ABDELNUR CHAMMA
São Paulo
2016
2
3
AGRADECIMENTOS
4
RESUMO
5
ABSTRACT
6
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Média Anual da Incidência Solar Global do Estado de São Paulo. Fonte:
Governo do Estado de São Paulo (2013) .................................................................. 22
Figura 2 - Processamento da cana para a produção de açúcar e etanol. Fonte:
Seabra (2008) ........................................................................................................... 24
Figura 3 – Painel Solar Fotovoltaico Canadian. Fonte: Neosolar. ............................. 43
Figura 4 - Inversor Solar Fronius. Fonte: Neosolar ................................................... 43
Figura 5 - Esquema do Sistema Fotovoltaico. Elaboração: Autor. ............................ 48
7
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Mix de produção de Açúcar e Etanol ao longo das Safras. Fonte: Nastari
(2016) ........................................................................................................................ 17
Gráfico 2 – Potencial técnico de oferta da bioeletricidade sucroenergética para a
rede elétrica (TWh) Elaboração: ÚNICA (2016) ........................................................ 20
Gráfico 3 – Número de conexões de Geração Distribuída em 2015. Fonte: Aneel
(2016) ........................................................................................................................ 30
Gráfico 4 – Número de conexões acumulado até Setembro/16. Fonte: Aneel (2016)
.................................................................................................................................. 30
Gráfico 5 – Potência Total Instalada (kW) de micro e minigeração distribuída. Fonte:
Aneel (2016). ............................................................................................................. 31
Gráfico 6 - Distribuição por classe de consumo. Fonte: Aneel (2016) ....................... 31
Gráfico 7 – Faixas de Potência (kW). Fonte: Aneel (2016) ....................................... 32
Gráfico 8 – Produção de Vinhaça em 2015 ............................................................... 35
Gráfico 9 – Média mensal de Irradiação Solar diária. Fonte: Sundata. Elaboração:
Autor. ......................................................................................................................... 42
8
LISTA DE TABELAS
9
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 12
2. OBJETIVO .......................................................................................................... 13
3. JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 14
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 15
4.1. CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................................ 15
4.1.1. Setor Sucroenergético ........................................................................... 15
4.1.2. Produção de Energia a partir da Biomassa de Cana-de-açúcar ............ 18
4.2. FONTES RENOVAVEIS DE GERAÇÃO DE ENERGIA............................... 20
4.2.1. Energia Solar ......................................................................................... 20
4.2.2. Energia da Cana-de-Açúcar .................................................................. 23
4.2.2.1. Utilização eficiente do Bagaço ........................................................... 23
4.2.2.2. Utilização de Biogás de Vinhaça ........................................................ 25
4.3. GERAÇÃO DISTRIBUÍDA ............................................................................ 27
4.3.1. Geração Distribuída no Brasil ................................................................ 27
4.3.2. Micro e Minigeração Distribuída ............................................................ 28
5. ANÁLISE DE GERAÇÃO DE ENERGIA NO PERÍODO DE ENTRESSAFRA.... 32
5.1. Indústria estudada ........................................................................................ 32
5.1.1. Energia consumida na Entressafra ........................................................ 33
5.2. Cenário 1: Geração de Energia a partir do Biogás de Vinhaça .................... 34
5.2.1. Produção de Vinhaça ............................................................................ 34
5.2.2. Metodologia para cálculo de Geração a partir do Biogás ...................... 36
5.3. Cenário 2: Geração de Energia a partir de painéis fotovoltaicos ................. 41
5.3.1. Disponibilidade de Radiação ................................................................. 41
5.3.2. Painel Fotovoltaico e Inversor................................................................ 42
5.3.3. Dimensionamento do Sistema Fotovoltaico ........................................... 43
5.4. ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA .................................................. 48
5.4.1. Investimentos Iniciais............................................................................. 48
5.4.1.1. Cenário 1: Geração de Energia a partir do Biogás de Vinhaça .......... 48
5.4.1.2. Cenário 2: Geração de Energia a partir de painéis fotovoltaicos ........ 49
5.4.2. Fluxo de Caixa ....................................................................................... 50
5.4.2.1. Legislação Atual ................................................................................. 50
10
5.4.2.2. Sugestão de Desconto na TUSD Fio ................................................. 51
5.4.3. Retorno do Investimento ........................................................................ 52
5.4.3.1. Legislação Atual ................................................................................. 53
5.4.3.2. Sugestão de Desconto na TUSD Fio ................................................. 53
6. ANÁLISE DOS RESULTADOS E CONCLUSÕES ............................................. 53
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 54
11
1. INTRODUÇÃO
12
As usinas produzem enorme quantidade de vinhaça (aproximadamente 10
litros do resíduo para cada 1 litro de álcool produzido), que atualmente são lançadas
no campo em forma de adubo. No entanto, o biogás que pode ser obtido dessa fonte
é rico em metano, tornando-se um combustível em potencial para a geração de
energia. (BNDES; CGEE, 2008)
2. OBJETIVO
13
3. JUSTIFICATIVA
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4.1. CONTEXTUALIZAÇÃO
15
maior atratividade na produção brasileira, principalmente em São Paulo, onde
fazendeiros de café desejavam diversificar a sua produção.
16
Hoje, o Setor Sucroenergético representa no Brasil uma parcela significativa na
economia. Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), em 2015 o
valor bruto movimentado pela cadeia sucroenergética superou 100 bilhões de
dólares, equivalente a aproximadamente 2% do PIB brasileiro.
Açúcar Etanol
Gráfico 1 - Mix de produção de Açúcar e Etanol ao longo das Safras. Fonte: Nastari
(2016)
17
4.1.2. Produção de Energia a partir da Biomassa de Cana-de-
açúcar
18
produção de açúcar e álcool. Cinco anos depois essa fonte já era responsável por
2% do consumo de energia elétrica do país.
19
Gráfico 2 – Potencial técnico de oferta da bioeletricidade sucroenergética para a rede
elétrica (TWh) Fonte: ÚNICA (2016)
20
sistema elétrico, disponibilidade de recursos naturais e pela infraestrutura já
existente (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2013).
Figura 1 – Média Anual da Incidência Solar Global do Estado de São Paulo. Fonte:
Governo do Estado de São Paulo (2013)
22
4.2.2. Energia da Cana-de-Açúcar
Atualmente, na maioria das usinas, o vapor sai das caldeiras em alta pressão e
em seguida é expandido em turbinas de contrapressão até 2,5bar. As turbinas
acionam os principais equipamentos mecânicos da usina (picadores, desfibradores,
moendas, exaustores e bombas de água de alimentação das caldeiras), bem como
os geradores de energia elétrica. O vapor a 2,5bar, denominado de vapor de escape,
é ajustado para a condição de saturação e enviado para o processo, fornecendo
toda a energia térmica necessária na produção de açúcar e etanol (NOVA CANA;
2016).
23
Figura 2 - Processamento da cana para a produção de açúcar e etanol. Fonte:
Seabra (2008)
Como dito anteriormente, depois de sair da caldeia o vapor passa por turbinas
conectadas a geradores cuja energia produzida é consumida pela indústria ou
exportada para a rede elétrica.
25
Atualmente a vinhaça é frequentemente aplicada na forma de adubo orgânico
pelas usinas produtoras de açúcar e álcool através da fertirrigação, no entanto, o
resíduo também pode ser utilizado pra produzir biogás e gerar energia elétrica.
Por outro lado, o aumento de geração próxima à carga, gera maiores custos
para as distribuidoras devido à necessidade de aprimoramento da rede a fim de
suportar maior quantidade de energia, aumento de manutenção e complexidade no
controle de operação.
A Geração Distribuída anda de mãos dadas como “SmartGrid”, e um país que deseja
continuar à frente das economias mundiais (costumava ser 7ª. na economia mundial),
deve se manter na vanguarda tecnológica em todos os setores, inclusive e
especialmente no setor elétrico. A Geração Distribuída reforça ainda mais esse quarto
27
pilar, com sua tecnologia de ponta, indústria de semicondutores, softwares de controle,
monitoramento remoto, convertendo energia proveniente de diversas fontes
renováveis (solar, biomassa, eólica, biogás, etc), com alta eficiência, em energia
elétrica disponível, controlada, medida e de altíssima qualidade.
(EVANGELISTA;2016).
Em Abril de 2012 foi lançada a Resolução Normativa 482 que tem como
objetivo estabelecer as condições gerais para o acesso de microgeração e
minigeração distribuídas aos sistemas de distribuição de energia elétrica e o sistema
de compensação de energia elétrica. O acompanhamento da implantação da
resolução fez com que a Aneel identificasse pontos de melhoria e, em Novembro de
2015, publicou a Resolução Normativa 687/2015, que revisou a REN 482/2012 e o
Módulo 3 dos Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica – PRODIST, a fim
de ampliar o número de conexões de micro e minigeradoras.
30
Ainda segundo a Aneel (2016), atualmente existem 5.525 conexões de micro e
minigeradores, que somam 51.821 kW de potência. Dessas, 5.437 conexões, ou
39.491 kW, têm o sol como fonte de geração, como é possível verificar no Gráfico 5.
33
5.2. Cenário 1: Geração de Energia a partir do Biogás de
Vinhaça
5.2.1. Produção de Vinhaça
Produção de Vinhaça
Mês
(m³/mês)
abr/15 432692
mai/15 548991
jun/15 517155
jul/15 498403
ago/15 551151
set/15 492869
out/15 555085
nov/15 423347
dez/15 187835
Total 4.207.528
34
Gráfico 8 – Produção de Vinhaça em 2015
Prod. Vinhaça
Mês
(m³/h)
abr/15 600,96
mai/15 737,89
jun/15 718,27
jul/15 669,90
ago/15 740,79
set/15 684,54
out/15 746,08
nov/15 587,98
dez/15 252,47
Média Safra 637,65
Elaboração: Autora.
35
5.2.2. Metodologia para cálculo de Geração a partir do Biogás
A partir dos estudos de POVEDA (2014), utiliza-se a metodologia abaixo para o
cálculo de geração de energia elétrica a partir do sistema de reatores tipo IC para
obtenção do biogás a partir da vinhaça. Para alguns valores de entrada optou-se por
adotar parâmetros usados pela Indústria em estudos atuais.
Onde:
Vbiogás/Vvinhaça é o volume de biogás presente na vinhaça em
Nm³biogás/m³vinhaça;
DQO é a quantidade de demanda química de oxigênio presente na vinhaça em
kg DQO/m³vinhaça;
E é a taxa de remoção de DQO do processo em porcentagem;
F é o fator de conversão de biogás por DQO removido em porcentagem.
Onde:
Vbiogás/ano é a produção de biogás por ano em Nm³biogás/m³vinhaça;
Vvinhaça é a produção de vinhaça por ano em m³vinhaça/ano.
Onde:
Qbiogás/ano é a energia térmica produzida com biogás por ano em TJ/ano;
V%vaz é a porcentagem de volume de biogás vazado no ano em porcentagem;
PCIbiogás é o poder calorífico do biogás em KJ/Nm³.
36
Ee/ano = (Qbiogás/ano x Nmot) – Cbiod./ano (4)
Onde:
Ee/ano é a energia elétrica exportada para a rede por ano em GWh;
Nmot é o rendimento do motor em porcentagem;
Cbiod./ano é a energia consumida pelo biodigestor em kWe.
Onde:
Pot é a potência elétrica de geração instalada em MW;
Nmot é o rendimento do motor em porcentagem;
Ts é o tempo de duração da safra em horas.
37
Tabela 3 – Cálculo do potencial de geração de Energia Elétrica a partir de toda a
Vinhaça produzida na Safra.
Dados de Entrada
Resultados
Elaboração: Autora
38
Tabela 4 - Cálculo da Vinhaça necessária para geração da energia consumida na
Entressafra.
Dados de Entrada
Resultados
Elaboração: Autora
39
Tabela 5 - Cálculo da Vinhaça necessária para geração da energia consumida na
Entressafra no Horário de Ponta.
Dados de Entrada
Resultados
Elaboração: Autora
40
5.3. Cenário 2: Geração de Energia a partir de painéis
fotovoltaicos
Irradiação Solar
Mês diária média mensal
(kWh/m².dia)
Jan 4,9
Fev 5,12
Mar 5,27
Abr 5,33
Mai 4,97
Jun 4,84
Jul 5,08
Ago 5,5
Set 5,15
Out 5,34
Nov 5,31
Dez 4,82
Elaboração: Autora
41
Gráfico 9 – Média mensal de Irradiação Solar diária. Fonte: Sundata. Elaboração:
Autora.
42
PAINEL SOLAR FOTOVOLTAICO
Produtora Canadian
Máxima Potência 265 W
Voltagem de Circuito Aberto (Voc) 37,7 Volts
Corrente de Curto-Circuito (Isc) 9,23 Amps
Eficiênciad o Painel 16,47%
Preço (R$) R$ 899,00
Preço ($) R$ 268,36
INVERSOR
Produtora Fronius
Máxima Potência 15.000 W
Voltagem Máxima de Entrada 1000 Vcc
Corrente Máxima de Entrada 33 Amps
Número de entradas 3
Preço (R$) R$ 22.490,00
Preço ($) R$ 6.713,43
Onde:
PFV é a potência de pico do painel fotovoltaico em kW;
E é o consumo médio diário em kWh/dia;
TD é a taxa de desempenho do sistema em porcentagem;
HSP são as horas de sol pleno (mês crítico) em horas;
43
NºPainéis = PFV / PPainel (7)
Onde:
NºPainéis é o número de painéis;
PPainel é a potência de um painel em W.
Onde:
NºInversores é o número de inversores;
FDI é o fator de dimensionamento do inversor em porcentagem;
PInversor é a potência de um inversor em W.
Onde:
NºP/I é o número de painéis por inversor;
Onde:
NºPentrada é o número de painéis por entrada de um inversor;
Nºentradas é o número de entradas de um inversor;
Onde:
VPsérie somatória da tensão dos painéis em série em volts;
44
VPainel é a tensão de um painel em volts;
VMáxInv é a tensão máxima admitida pelo inversor em volts.
45
Tabela 7 - Cálculo de geração de Energia Elétrica a partir da Irradiação disponível.
Dados de Entrada
Resultados
Fonte: Autora
46
Tabela 8 - Cálculo de geração de Energia Elétrica a partir da Irradiação disponível para
o horário de ponta.
Dados de Entrada
Resultados
Fonte: Autora
47
Figura 5 - Esquema do Sistema Fotovoltaico. Elaboração: Autora.
Custo
Equipamento
Instalação Manutenção
Biodigestor R$ 11.000,00 /Nm³/h Biogás R$ 80,00 /Nm³/h Biogás
Motorgerador R$ 2.500,00 /kW R$ 50,00 /MWh
Elaboração: Autora.
48
Tabela 10 – Custo do Sistema de Geração de Energia Elétrica através do
Biodigestor.
Elaboração: Autora.
Custo por
Equipamento Geração Quantidade Custo Total
equipamento
Painel Total 14.245 R$ 12.806.255,00
R$ 899,00
Fotovoltaico Ponta 1.143 R$ 1.027.557,00
Total 189 R$ 4.250.610,00
Inversor R$ 22.490,00
Ponta 16 R$ 359.840,00
Elaboração: Autora.
Elaboração: Autora.
49
5.4.2. Fluxo de Caixa
Nesse item é avaliado o montante disponível para abatimento anual dos custos
do projeto, uma vez que após a instalação a minigeração, como consequência,
ocorre uma diminuição nos gastos da conta de luz
.
5.4.2.1. Legislação Atual
O Fluxo de Caixa foi calculado com base nos custos da Energia economizados
a partir da Minigeração Distribuída proveniente do Biodigestor e placas Fotovoltaicas
e utilizando a base tarifária atual aplicada pela distribuidora da Usina nos horários de
ponta e fora de ponta.
Primeiramente foram levantados os custos anuais de energia elétrica presentes
na conta de luz. Verifica-se que a conta de luz pode ser separada em Tarifa de
Energia (TE) e Tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de Distribuição (TUSD). A TE é
medida em R$/MWh e é utilizada para efetuar o faturamento mensal referente ao
consumo de energia. Já a TUSD é dividida em duas parcelas, a TUSD Encargos e a
TUSD Fio. A primeira é direcionada para o pagamento de pesquisa e
desenvolvimento em eficiência energética, consumo de combustíveis, taxa de
fiscalização de serviços, entre outros e é medida em R$/kWh. Já a segunda é
formada por custos do sistema de distribuição, operação e manutenção, entre outros
e se dá em R$/kW.
Nas Tabelas 13 e 14 é possível observar os gastos anuais com energia
elétrica, separados por TE e TUSD Encargos/Fio, que somam aproximadamente
dois milhões de reais.
TUSD (R$)
Encargos Fio Encargos+Fio
Ponta Fora de Ponta Total Ponta Fora de Ponta Total Total
R$ 25.328,25 R$ 290.403,03 R$ 315.731,28 R$ 274.363,12 R$ 170.659,17 R$ 445.022,29 R$ 760.753,57
50
Tabela 14 – Tarifa de Energia.
Elaboração: Autora.
51
Atualmente, consumidores do Mercado Livre de Energia são beneficiados pelo
desconto de 100% na parcela da TUSD Fio medida em kW ao comprar energia
provida de biogás e 80% de placas fotovoltaicas. Do mesmo modo, geradores que
produzem tal energia e estão presentes no Mercado Livre também recebem esse
desconto.
Utilizando essa premissa, a Tabela 15 foi redesenhada utilizando o desconto
de 100% na TUSD Fio quando existe geração de energia suficiente para suprir o
consumo total da Usina. Além disso, foi verificado que o consumo no horário de
ponta representa 8,51% do consumo total no ano. Dessa maneira, a fim de
incentivar o uso da minigeração distribuída, criou-se um desconto de duas vezes
essa porcentagem, resultando em 17,02% de desconto na TUSD Fio. Os resultados
são apresentados na Tabela 16.
Elaboração: Autora
Elaboração: Autora
Elaboração: Autora
53
projetos de geração a partir do biogás de vinhaça e placas fotovoltaicas ainda é
baixa devido ao elevado custo dos equipamentos.
Para que os projetos se tornassem atraentes, nesse trabalho foi apresentada a
sugestão de um desconto na TUSD Fio variando conforme a Energia gerada (item
5.4.3). Esse desconto já é utilizado para clientes do Mercado Livre geradores e
consumidores de fontes renováveis.
Considerando o desconto na TUSD Fio, alguns projetos se tornam viáveis. A
primeira opção, que visa a geração de energia elétrica a partir do biogás de vinhaça,
se torna viável em 12 anos para atender ao consumo total de energia. Já a segunda
opção, que engloba geração a partir de placas fotovoltaicas não se mostra vantajosa
para atender todo consumo da planta, no entanto, é atraente para consumos no
horário de ponta, sendo seu retorno de 16 anos.
Por tanto, é possível concluir que o projeto de Minigeração Distribuída se torna
viável com a alteração das Resoluções Normativas 482 e 687, fazendo uso da
diminuição da TUSD Fio, desconto já implantado no Sistema Elétrico Brasileiro e
necessitando apenas ser aplicado a tal modalidade ou no caso da Indústria em
estudo considerar uma taxa de atratividade de 12%. Dessa maneira é possível
incentivar ainda mais a Geração Distribuída e consequentemente estender a
diversificação de nossa Matriz Energética através de fontes renováveis que
contribuam para a Sustentabilidade de nosso país.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEEL - AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Constituição (2012),
de 17 de abril de 2012. Resolução Normativa Nº 482. p. 1-12.
54
ANEEL - AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. RESOLUÇÃO
NORMATIVA 687: Altera a Resolução Normativa nº 482, de 17 de abril de 2012, e
os Módulos 1 e 3 dos Procedimentos de Distribuição – PRODIST.. Brasília, 2015. 25
p. Disponível em: <http://www2.aneel.gov.br/cedoc/ren2015687.pdf>. Acesso em: 11
set. 2016
56
GOLDEMBERG, José et al. Bioenergia no Estado de São Paulo: Situação
atual, perspectivas e barreiras. São Paulo: Marli Santos de Jesus, 2008.
NASTARI, Plinio. Market Update on Sugar & Ethanol. In: ISO DATAGRO NEW
YORK SUGAR & ETHANOL CONFERENCE, Não use números Romanos ou letras,
57
use somente números Arábicos., 2016, Nova York. Market Update on Sugar &
Ethanol. Nova York: Datagro, 2016. p. 1 - 48.
59