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Apresentação
Nesta aula, conheceremos conceitos relacionados à origem da Terra. Abordaremos propriedades físicas, a constituição
interna do planeta e sua idade aproximada dentro da escala geológica de tempo.
Analisaremos as atividades geológicas relacionadas a processos como terremotos e vulcões, identi cando os principais
tipos de rochas da crosta terrestre, bem como suas características e os minerais constituintes.
Conheceremos as atividades geológicas relacionadas à água e suas principais formas de ocorrência no planeta.
Objetivos
Examinar os principais conceitos relacionados à origem do planeta Terra, sua constituição interna e atividades
geológicas relacionadas;
Analisar como se formam as rochas e os minerais, bem como sua importância e aplicações;
Identi car fenômenos naturais como terremotos e vulcanismos e o Ciclo Biogeoquímico da Água.
A Origem da Terra
Nas pesquisas sobre a origem da Terra há uma linha de
raciocínio predominante. Há cerca de 4,6 bilhões de anos o
planeta Terra teria se desenvolvido a partir de uma bola de
fogo incandescente que, durante muito tempo, absorvia
fragmentos de rochas que fundiam-se de forma cumulativa,
fazendo com que seu volume casse cada vez maior, e
gases criavam uma atmosfera envoltória ao Planeta.
Esta idade atribuída ao planeta tem seu cálculo baseado na datação radioativa de meteoritos que já caíram na Terra, e
supondo-se que o nosso sistema solar tenha se formado praticamente de uma única vez.
Os meteoritos são fragmentos de material sólido que se deslocam pelo espaço, e em determinadas ocasiões chegam à Terra,
sendo considerados importantes como fonte e objetos de estudo para os cientistas.
Para isso, a Paleontologia – ciência que estuda o desenvolvimento da vida através das etapas do tempo geológico – contribuiu
ainda mais para que o Homem passasse a conhecer melhor o seu planeta.
A incessante pesquisa cientí ca e a procura por registros fósseis em formações sedimentares do Planeta contribuíram para
que a escala de tempo geológico pudesse ser aprimorada, estimulando novas buscas a registros das espécies extintas.
A escala apresenta divisões e subdivisões que caracterizam eventos marcantes, como o tempo de subsistência de
determinadas espécies, conforme apresentado na Figura 2:
Figura 2: Escala do tempo geológico
Minerais e rochas
Elementos químicos, com composição de nida, e originados de forma natural na crosta terrestre. Possuem características e
propriedades próprias, e, quase todos, sistema de cristalização bem de nido. Mineraloides são substâncias amorfas (sem
estrutura cristalina).
O termo minério é empregado quando os minerais apresentam viabilidade econômica para sua exploração comercial.
In uenciam nesses casos o teor, o volume da jazida, condições logísticas para exploração, cotação de mercado, entre outros
fatores.
Várias propriedades físicas e químicas e características contribuem para a identi cação dos minerais. Entre elas o tipo de
brilho, a cor, coloração do traço numa placa de porcelana, traço, a clivagem, o sistema de cristalização, o peso especí co, e a
composição química.
Para a dureza, existe uma escala de 1 a 10, criada por Friedrich Mohs. Nessa escala, o talco é o mineral de menor
potencialidade (D=1), e o diamante possui a maior dureza (D=10).
Signi ca dizer que todos os minerais têm possibilidade de riscar o talco. Mas nenhum outro mineral diferente é capaz de riscar
o diamante.
Saiba mais
Na escala de Mohs, a variação da dureza não é linear. O diamante (D=10) é 1500 vezes mais duro do que o coríndon (D=9)
Embora os vulcões originem-se em grandes profundidades, a ascensão do magma em seus estados de lava e gasoso, até
a superfície da terra, se dá através de aberturas na crosta, numa atividade que faz parte de um processo importante
denominado vulcanismo.
A composição do magma é rica em sílica. A variação no percentual de sílica caracteriza o magma. Percentual de sílica
menor do que 45% corresponde ao magma ultramá co; entre 45% e 52% correspondem ao magma denominado má co;
entre 52% e 65%, ao magma denominado intermediário; e o magma denominado félsico possui percentual de sílica maior
do que 65%.
De forma semelhante, é atribuída uma classi cação para as rochas magmáticas, em que aquelas com percentuais entre
45% e 52% de sílica são denominadas má cas; com composição entre 52% e 65%, denominam-se intermediárias; e, com
percentual maior de 65% em sílica são denominadas félsicas.
Para a lava em erupção, registraram–se temperaturas que variaram entre 700ºC e 1200ºC. Para o magma em
profundidade, não há registros seguros de sua temperatura, mas supõe-se que atinja temperaturas signi cativamente
maiores.
As rochas associadas aos processos vulcânicos são denominadas ígneas ou magmáticas. Dentre estas distinguem-se as
denominadas extrusivas, como o basalto, por exemplo, cuja solidi cação se dá externamente ao corpo vulcânico.
Já as rochas intrusivas solidi cam-se de forma lenta e sem chegar à superfície. Em geral, seus minerais são
representados por cristais mais bem de nidos. Os granitos são exemplos bem característicos de rochas ígneas intrusivas.
O tempo de resfriamento das rochas ígneas tem forte in uência na sua textura. O resfriamento rápido produz nas rochas
uma granulometria mais na, denominada textura afanítica. O resfriamento lento determina uma textura mais grosseira
(grãos maiores), denominada fanerítica.
Um resfriamento ultra rápido determina uma textura denominada vítrea, sem evidências da cristalização mineral.
No Brasil, as serras, como a Mantiqueira e a Serra do Mar, registram importante ocorrência de granitos. O granito é uma
rocha ígnea muito conhecida na construção civil pela sua ampla utilização como material de construção.
O granito é muito utilizado, tanto nas suas diferentes granulometrias da brita, como nos paralelepípedos usados em
calçamentos, bem como em acabamentos, como pisos, bancadas, tampos de pias e parapeitos de janelas.
Foto 8: Montanha constituída por granito
As rochas sedimentares foram formadas por meio de processos erosivos, isto é, decorrentes do desgaste de outras
rochas preexistentes, causados por agentes naturais como a água, o vento etc. Em seguida, o material desgastado sofreu
transporte e foi depositado cumulativamente em ambiente propício ao lento processo de sedimentação.
Neste arranjo formaram-se, ao longo de muito tempo, rochas sedimentares como, por exemplo, os calcáreos com
composição carbonática, conglomerados formados pela sedimentação de fragmentos arredondados de outras rochas.
Já os folhelhos apresentam planos de estrati cação bem de nidos e com alguma simetria. Os arenitos, siltitos e argilitos
têm granulometria predominante de areias, siltes e argilas, respectivamente, tornando estas rochas propícias como
armazenadoras de petróleo.
Foto Foto 10: Ocorrência em que o arenito aparece submetido a intenso processo erosivo
Rochas metamór cas
Tanto as rochas ígneas quantos as rochas sedimentares podem passar por processos naturais de transformação,
associados a maiores temperaturas e pressões, que resultam na descaracterização das suas condições naturais de
formação.
Como exemplo, podemos citar os gnaisses; em muitos casos, são provenientes de rochas magmáticas, como os granitos.
Veja na foto abaixo a textura orientada que caracteriza bem o processo de metamor smo.
Outro exemplo de rocha metamór ca é o mármore, rocha que pode originar-se de calcáreos preexistentes.
Intemperismo
O intemperismo das rochas pode ser de nido como o processo de
transformações pelo qual elas passam ao longo do tempo, em
decorrência da sua exposição aos agentes da atmosfera, biosfera e
hidrosfera.
Em função dos agentes e mecanismos predominantes, podem ser classi cados como intemperismo físico ou químico.
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O material desagregado pela erosão é transportado através de distâncias bastantes variadas em função da energia disponível
para o transporte, até que se deposite em algum local propício a sedimentos.
Essa é a maneira pela qual se formam as rochas sedimentares, que, em alguns casos, agregam também matéria orgânica. Por
outro lado, os processos erosionais são responsáveis por boa parte da modelagem do relevo na superfície da Terra.
Terremotos
Os terremotos são manifestações dinâmicas da natureza causadas pela súbita liberação de energia que manifesta um tremor,
geralmente associada a uma causa geológica estrutural.
A litosfera promove a criação de um acúmulo de tensões, principalmente nas proximidades, com o movimento lento das placas
tectônicas das bordas das placas. O crescimento dessas tensões estabelece uma situação semelhante à ruptura das rochas,
quando ocorre o limite da sua resistência.
Ainda no consenso da Teoria das Placas, os terremotos podem ocorrer na extremidade ou no contato entre duas placas, ou
ainda no interior de uma delas.
O efeito e as consequências dos terremotos podem ocorrer devido à
vibração causada por ondas sísmicas longitudinais e transversais que se
propagam em diversas direções. As velocidades de propagação das ondas
sísmicas dependerão do meio atravessado.
A água renova as esculturas terrestres, acentua ou modi ca o leito dos rios, e altera as linhas das costas marinhas. Mantém os
mananciais abastecidos e dá vida às orestas. Se existe vida na Terra, o fato se deve à disponibilidade da água. Entretanto, a
água pura está se tornando cada vez mais escassa. Difícil imaginar que o “planeta água” passe por uma crise hídrica.
Vejamos: Os oceanos são responsáveis por cerca de 97,5% de toda a água do planeta. Portanto, trata-se de água salgada. Dos
2,5% de água doce, a maior parte (68,9%) ca nos polos (água congelada); 29,9%, nos aquíferos; 1,2%, nos rios, lagos e demais
reservatórios.
Em realidade, a água disponibilizada para os habitantes do planeta sofre acelerado processo de poluição. Caso contrário não
haveria razão para preocupação. O ciclo biogeoquímico da água caracteriza bem isso.
Como vemos na Figura 15, a água não se esgota, e sim muda de estado ou “de posição” na natureza.
O ciclo da água não tem um ponto inicial. Um bom lugar para começar são os oceanos.
Fonte: Gleick, P. H, 1996: Recursos de água. Na Enciclopédia do Clima e Tempo, ed. Por Superlogo H. Schneider, Oxford University Press,
Nova Iorque, vol. 2, pág. 817-823
Como podemos ver, a água no planeta é abundante. Mas o que acontece
quando o homem interfere no ciclo da água? As consequências são
diferentes: Considere uma torneira aberta por 30 segundos. Basta circular
pela tubulação hidráulica, a partir de uma pia, para a água deixar de ser
considerada não potável.
Outro exemplo a ser avaliado: quando a água da chuva cai sobre a rua
asfaltada em uma metrópole e escoa pela rede pluvial, em um curto
percurso, a água já passa a ser considerada poluída.
Atividades
1. O material desagregado pelo processo de (..................) é transportado pela água, ventos ou geleiras, até que se deposite em
algum local propício, na forma de sedimentos. A palavra adequada para preenchimento da lacuna é:
a) vulcanismo
b) sedimentação
c) oxidação
d) compactação
e) erosão
a) sedimentares
b) fragmentadas
c) magmáticas
d) metamórficas
e) decompostas
3. Ao capeamento natural não consolidado, ao que se preserva sobre a superfície intemperizada é dado o nome de?
a) intemperismo físico
b) erosão
c) intemperismo químico
d) bacia sedimentar
e) alinhamento estrutural
5. Considerando o ciclo biogeoquímico da água, a foto exibida a seguir mostra que etapa?
a) Infiltração
b) Precipitação
c) Evapotranspiração
d) Descarga de um aquífero
e) Nenhuma resposta está correta
Notas
Reações químicas 1
Ao intemperismo químico atuante ao longo do tempo, poucos minerais são capazes de resistir. O quartzo (SiO2) é um destes.
Título modal 1
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Referências
BRANCO, Pércio de Moraes. Algumas gemas clássicas. In Dicionário de Mineralogia e Gemologia. São Paulo: O cina de
Textos, 2008. Disponível em: http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-
Ametista/Algumas-Gemas-Classicas-1104.html. Acesso em: 6 set. 2019.
LEINZ, Viktor; AMARAL, S.E. Geologia Geral. Cia Editora Nacional, 2003.
MENDES, Erica. A Escala de Mohs: ferramenta avalia a dureza de um mineral. Disponível em: https://feninjer.com.br/a-escala-
de-mohs-ferramenta-avalia-a-dureza-de-um-mineral. Acesso em: 10 set. 2019.
WATER Science School. O Ciclo d’água. Disponível em: https://water.usgs.gov/edu/watercycleportuguese.html Acesso em: 8
set. 2019
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