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A tecnologia BIM na documentação e gestão da manutenção de edifícios


históricos

Conference Paper · January 2011

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Eduardo Luís Isatto Caroline Kehl


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V TIC - Salvador, Bahia, Brasil, 4 e 5 de agosto de 2011

A TECNOLOGIA BIM NA DOCUMENTAÇÃO E GESTÃO DA


MANUTENÇÃO DE EDIFÍCIOS HISTÓRICOS

Caroline Kehl
Faculdade de Arquitetura, Universidade FEEVALE
carolinek@feevale.br
Luís Artur Siviero
Escola de Engenharia, UFRGS
luissiviero@gmail.com
Eduardo Luis Isatto
NORIE, UFRGS
isatto@ufrgs.br

Resumo
A crescente preocupação com a preservação da história resulta na necessidade de documentar prédios históricos
e de planejar sua reintegração ao uso. Esta dualidade documentação/projeto é tradicionalmente atendida através
de desenhos convencionais ou em formato CAD. O fato de que, no caso dos prédios históricos, o processo de
projeto e a construção já foram concluídos indica que tal contexto não seria adequado para a adoção do Building
Information Modeling (BIM). Neste sentido, o presente estudo investiga a viabilidade da utilização do BIM na
documentação de prédios históricos. Para isto, estudou-se os prédios históricos de uma universidade visando
investigar dificuldades inerentes à modelagem de um prédio de características históricas. O estudo consistiu na
realização de diversas entrevistas, pesquisa documental e a modelagem de um de seus prédios históricos. Dentre
as conclusões, é apontado que o BIM traz implicações positivas para a gestão da operação e manutenção, aspecto
geralmente relegado a segundo plano na documentação convencional. O estudo salienta a necessidade de um
processo gradual de adoção desta tecnologia, que faz emergir a relevância da capacidade em permitir a
interoperabilidade não apenas entre programas BIM, mas também entre eles e os programas CAD em uso.
Observou-se também que o elevado nível de detalhamento demandado e a natural falta de bibliotecas de
componentes antigos figuram como importantes barreiras do processo de utilização do BIM neste contexto. Por
fim, sugere a adoção, como estratégia de implantação, o desenvolvimento de modelos iniciais com menor nível
de detalhamento e seu posterior enriquecimento na medida das necessidades da instituição.
Palavras-chave: Gestão da Manutenção e Operação. Documentação de Edifícios Históricos. BIM.

Abstract
The growing concern for the history preservation implies in the documentation of historic buildings and in
planning their future use. This documentation / design duality is traditionally served by conventional or CAD
drawings. As in the case of historic buildings the design and construction were already completed, it may suggest
that this context would not be appropriate to adopt the Building Information Modeling (BIM). Therefore, this
study aims to investigates the feasibility of using BIM in the documentation of historic buildings. For this, a case
study was conducted in order to investigate the possibilities on using BIM technology to document and manage
facilities of historical buildings of a University. The research included interviews, documental data and the
modeling of one of the historical buildings of the University. The study pointed out that BIM has positive
implications for the management of the operation and maintenance, something usually relegated to the
background in conventional documentation. It was also indicates the need of a gradual implementation of BIM
as the interoperability must be considered not only between BIM and the existent programs and CAD but also
among themselves. The study also points out that the level of detail and lack of libraries of ancient/historical
building components are some of the barriers of the process of using BIM in this context. Finally, it is suggested
that an initial lower detail model as a starting point and its subsequent enrichment could be a feasible strategy to
be adopted in these case.
Keywords: Facilities Management. Documentation of Historical Buildings. BIM.
V TIC - Salvador, Bahia, Brasil, 4 e 5 de agosto de 2011

1 INTRODUÇÃO
Há uma crescente pressão por parte dos contratantes para que as equipes de projetistas sejam
capazes de coparticipar de todo o processo de projeto, com prazos menores e com maior
qualidade. A crescente complexidade dos projetos é mais um elemento a demandar novos
procedimentos de gerenciamento de informações que suportem os processos ligados ao
projeto, construção e uso das edificações.
A gestão de documentos é apontada como um componente essencial na função do
gerenciamento de empreendimentos, pois neles incluem-se desenhos, especificações,
cronogramas, relatórios de controle de qualidade e outros (ABOURIZK; HAJJAR, 2000). Na
sua maioria, os sistemas de informação da indústria da construção civil são baseados em
papel, frequentemente desestruturados, difíceis de usar, com informações fáceis de perder ou
danificar (BRANDON et al., 1998; TOLMAN, 1999). Repetidamente os profissionais de
projetos ou execução de empreendimentos têm problemas para ter a certeza de estar utilizando
a versão correta do documento. Segundo Bédard et al. (1998), a falta de coordenação das
informações do projeto gera incompatibilidades como a inconsistência de informações, o
desencontro de interfaces e áreas com funções mal definidas. Outra dificuldade encontrada no
processo de projetos é a distribuição dos documentos certos de forma não burocrática. A cada
alteração em algum projeto, normalmente precisa-se transmiti-la a todos os envolvidos. Uma
das principais consequências dos fluxos de informações não estruturados nos projetos é que
os profissionais envolvidos dificilmente possuem tempo suficiente para analisar o processo e
melhorar suas atividades.
Na etapa de operação das edificações, as documentações em que as características dos
edifícios estão contidas são extremamente importantes para muitas aplicações, tais como
restauros, reformas, reabilitação de edifícios e registro de patrimônio cultural (ARAYICI,
2008). No entanto, esta documentação de informações atualmente enfrenta um verdadeiro
desafio (HUBER, 2002). A informação existe, mas este fato não é conhecido, ou ela não está
em um nível aceitável de qualidade, ou não é facilmente acessível, levando à duplicação
desnecessária de esforços ou de eventual perda (FRYER et al, 2007). A possibilidade de
contar com catálogos dos bens móveis e imóveis e seus respectivos metadados, onde é
possível verificar a possível existência de determinadas informações e coordenar ações entre
as organizações responsáveis é uma questão-chave (ARAYICI, 2008). Uma das maiores
limitações que ocorrem no momento é a integração de informações. Não é somente
importante ter os dados, mas também é essencial a sua disponibilidade em formato digital. No
entanto, a maior parte das informações existentes continua a ser em formato papel. Além
disso, estes formatos digitais devem ser compatíveis entre si e os dados devem ter significado
semântico e ser interligados para a interoperabilidade.
A atual tentativa de modelagem em 3D tem-se concentrado principalmente em representações
gráficas com suporte limitado de aspectos de semântica, topologia e interoperabilidade
(NEBIKER et al, 2005;. FALQUET; METRAL, 2005; THIEMANN; SESTER, 2005). O fato
dos desenhos tradicionais em tecnologia do tipo Computer Aided Design (CAD) serem
constituídos por representações abstratas, entidades isoladas tais como linhas, arcos, círculos e
polígonos dificulta este processo, já que apesar de serem significativos, contêm poucas
informações úteis para quantificar e classificar elementos construtivos para a construção.
Mesmo modelos 3D usados para propósitos de visualização são pouco mais do que desenhos
tridimensionais (FLORIO, 2007).
Nos últimos anos, vem-se expandido o uso da tecnologia Building Information Modeling
(BIM). O BIM é simultaneamente uma tecnologia e um processo de modelagem da
edificação, onde a mesma é representada não apenas pela geometria dos seus elementos
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construtivos em três dimensões, mas também por diversos outros atributos, transmitindo,
portanto, informações muito mais ricas que modelos CAD tradicionais. Além disso, como os
elementos do modelo são paramétricos, as alterações efetuadas neles repercutem
instantaneamente em todo o projeto, o que, segundo Florio (2007), estimula a
experimentação, diminui conflitos entre elementos construtivos, facilita revisões e aumenta a
produtividade. O uso da tecnologia BIM tem sido visto como uma oportunidade de melhorar
consideravelmente a gestão da edificação ao longo de todo o seu ciclo de vida, não se
restringindo somente ao processo de projeto e construção. Uma das aplicações sugeridas para
o BIM é no apoio à gestão de facilities, ou seja, a gestão da manutenção e uso da edificação.
O gerenciamento da manutenção pode ser definido como sendo o conjunto de ações
empreendidas a fim de gerenciar as atividades de manutenção, cujas principais tarefas
incluem (KORKA et al., 1997): inspeção; abastecimento; reposição dos materiais de
consumo; eliminação de problemas; remoção e reposição; reparo; ajustagem e calibragem;
testes funcionais; reforma; e condicionamento. Claper e Salgado (2008) relacionam os
seguintes itens como componentes de uma abordagem sistemática para o planejamento do
programa de gerenciamento da manutenção de um edifício: compilar uma detalhada base de
dados do edifício; determinar as condições do edifício através de uma completa inspeção;
analisar o uso e desempenho dos espaços e áreas; aplicar técnicas do custo do ciclo de vida
para aperfeiçoar todas as implicações de recursos; formular um programa de investimento
listando as exigências de recursos para as várias atividades e estabelecer como o fundo
financeiro necessário será levantado; e preparar um plano de ação integrado.
Nesse sentido, a tecnologia BIM pode ser vista como o meio para se obter a necessária base
de dados que, por sua vez, seja passível das análises cabíveis ao longo da etapa de operação.
Por isso, o objetivo principal deste trabalho é a apresentação de vantagens e restrições do uso
da tecnologia BIM para a documentação e gestão da operação e manutenção de prédios
históricos, comparativamente a outros métodos e tecnologias comumente utilizados para este
fim.

2 BUILDING INFORMATION MODELING (BIM)


Segundo Krygiel e Nies (2008), o uso da tecnologia BIM tem reflexos importantes na forma
de compartilhamento e organização da informação durante o processo de projeto. Ao
contrário da tecnologia CAD, onde cada documento é elaborado separadamente, o que
ocasiona uma enorme quantidade de esforço e retrabalhos, a tecnologia BIM se apoia em um
banco de dados integrado que armazena informações sobre todo o edifício e um conjunto
completo de documentos de projetos. Assim, para evitar o atraso no compartilhamento da
informação, Krygiel e Nies (2008) acreditam ser necessária uma evolução na forma como
concebemos projetos, eliminando desinformações e redundâncias. Para fazer frente a isto, a
tecnologia BIM se apoia em dois pilares principais: a parametrização da informação e os
padrões interoperáveis.

2.1 Parametrização da Informação


Parametrização é o processo de decisão e definição dos parâmetros necessários para uma
especificação completa ou relevante de um modelo ou objeto geométrico. Assim, um projeto
de uma edificação deixa de conter apenas linhas que representam objetos para ser um modelo
em que as características e propriedades de todos os objetos contidos nele são conhecidas,
além da geometria (EASTMAN et al., 2008).
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Amorin et al. (2001) atentam para o fato de que, na Indústria da Construção Civil (ICC),
encontra-se a área mais problemática para a ontologia, ou seja, a definição conceitual de cada
parte da edificação, já que essa definição depende do ponto de vista e a ICC concentra uma
imensa variedade de atores. Feito isso, também é primordial definir as interfaces entre
sistemas e subsistemas da edificação, estabelecendo uma relação construtiva entre elas.
Devido a esses entraves e a limitações práticas, existem lacunas de pesquisa nessa área.

2.2 Interoperabilidade
O conceito de interoperabilidade pode ser entendido como a capacidade de diferentes
programas computacionais de diversos fornecedores acessarem a mesma informação, por
meio de uma plataforma comum que permita sua integração (EASTMAN et al., 2008).
Segundo Krygiel e Nies (2008), a tecnologia BIM possibilita essa integração de informação,
mudando a forma como profissionais enxergam e interagem com o projeto. Com BIM, a
comunicação das informações dos diferentes profissionais e disciplinas envolvidos no
processo ocorre de forma coordenada, por meio de um modelo comum.
Krygiel e Nies (2008) notam que, com a evolução das técnicas construtivas, as exigências de
qualidade impostas aos empreendimentos tendem a crescer cada vez mais, gerando uma
inevitável concentração de profissionais envolvidos na concepção e execução de uma
edificação. Em um cenário como esse, a integração desses esforços faz-se cada vez mais
necessária.
A necessidade de idiomas padrão de intercâmbio de dados tem sido amplamente reconhecida
em toda comunidade de TIC e um esforço internacional em grande escala assumiu este
desafio. Na tecnologia BIM, a interoperabilidade é possibilitada pela adoção de um padrão
aberto e universal, desenvolvido sob a coordenação da IAI (International Alliance for
Interoperability), recentemente renomeada para buildingSMART. A buildingSMART (BLIS,
2002) é uma coalisão global de profissionais da indústria, fornecedores de software e
investigadores (mais de 600 empresas ao redor do mundo) a trabalhar para apoiar a
interoperabilidade (FROESE, 2003). O padrão desenvolvido é composto por três subpadrões:
o Industry Foundation Classes (IFC), responsável pela definição do modelo de dados, ou seja,
quais são os objetos que compõe a edificação e quais seus atributos; o International
Framework for Dictionaries (IFD), responsável pela universalização das bibliotecas dos
componentes constituintes da edificação; e o Information Delivery Manual (IDM),
responsável por identificar quais informações do modelo são relevantes para cada um dos
atores envolvidos no processo de desenvolvimento, construção e uso (BELL; BJØRKHAUG,
2006).

2.3 BIM na etapa de gestão da manutenção e operação


Para se compreender melhor o valor que a tecnologia BIM agrega ao produto, deve-se
primeiro compreender que cada fase da edificação possui exigências próprias. Apesar de ser
mais comumente relacionado à etapa de projeto, essa tecnologia mostra-se capaz de
solucionar algumas das dificuldades enfrentadas hoje nas etapas compreendidas em todo ciclo
de vida de uma edificação. Muitos dos problemas enfrentados hoje pelos gestores poderiam
ser mitigados e alguns ainda eliminados com a implementação da tecnologia BIM. Na fase de
gestão da operação e manutenção, Eastman et al. (2008) enfatizam duas vantagens do BIM:
(1) melhor operação – por produzir uma gama de informações bastante rica para todos os
sistemas da edificação, pode ser usado como guia para verificá-los e consultá-los; (2) gestão
de facilities – por poder conter todas as atualizações feitas durante a construção, é uma ótima
base para modificações, revisões e qualquer forma de gerenciamento que seja necessária na
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fase de operação da edificação. A grande vantagem dessa tecnologia é a capacidade de


armazenamento de dados ao longo da vida útil da edificação.
Complementarmente, tecnologias digitais avançadas de mapeamento, como escaneamento 3D
a laser, podem ser eficazes para o planejamento, a consulta e a comunicação de pontos de
vista dos usuários durante o projeto, a construção e a operação do ambiente construído. Estas
tecnologias podem ser utilizadas para conduzir os ganhos de produtividade através da
promoção do livre fluxo de informações entre departamentos, divisões, escritórios e locais, e
entre seus fornecedores e parceiros, quando os dados capturados através dessas tecnologias
são processados e modelados em BIM (ARAYICI, 2008). Como mostra a pesquisa de Arayici
(2008), percebe-se que os habituais problemas de incoerência de informação e a duplicidade
de esforços em termos de pessoal e de recursos econômicos podem ser evitados (HAIST;
COORS, 2005). O necessário, segundo Haist e Coors (2005), é um modelo mais sofisticado
além de visualização em 3D, por causa da necessidade de ser multifuncional, interoperável e
inteligente. A investigação sobre o escaneamento está em curso na Universidade de Carnegie
Mellon (Estados Unidos) e a experiência é destinada a expandir-se para vários edifícios,
incluindo edifícios históricos que intensificam o uso de detalhes arquitetônicos (TANG et al.,
2011). Arayici (2008) sugere que existem muitas oportunidades de avanço, inclusive no que
diz respeito à documentação de prédios existentes e à fase de operação das edificações.

3 GESTÃO DA OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO


A utilização de novas tecnologias gera um significativo aumento na complexidade do espaço
construído. Para serem aproveitadas devidamente, essas mudanças devem ser gerenciadas de
uma forma estratégica a fim de acompanhar a rápida evolução no contexto em que negócios
são desenvolvidos. São, portanto, necessárias equipes de suporte que, além de fiscalizar e
avaliar a estrutura física de espaço, também compreendam a intrincada interdependência dos
elementos nele presentes (FERREIRA, 2005).
A definição do tipo de gerenciamento acima citado é hoje conhecida na bibliografia
internacional como Facilities Management, definido na sua forma mais ampla pela IFMA
(2011): provisionamento de serviços e insumos necessários para garantir a funcionalidade do
ambiente construído através da integração de pessoas, lugares, processos e tecnologias.
Antonioli (2003) coloca que todo o esforço empreendido com a gestão de facilities visa a
obter a elevação do edifício à condição de alto desempenho (High Performance Building).
A importância dada a cada atividade será diferente dependendo do local. Geralmente, os
imóveis residenciais produzem poucos custos de operação e manutenção durante o tempo útil,
enquanto os imóveis comerciais quase sempre produzem elevados custos operacionais. Weise
et al. (2009) acreditam que na fase do planejamento é possível promover alterações nos custos
futuros de exploração por meio de mudanças no projeto. Após o projeto executado, alterações
somente são possíveis em pequenas proporções ou com grandes gastos adicionais, pois
implicam na perda de parte dos valores iniciais do investimento e na necessidade de novos
investimentos. Assim, a gestão de facilities deve estar envolvida já na fase de planejamento
do projeto. Pode-se dizer que atualmente a informação representa o insumo mais importante
para as atividades desenvolvidas no ambiente construído, tanto para a gestão de facilities,
quanto para a própria organização, e passa pelas etapas de coleta, armazenamento e
manipulação (ANTONIOLI, 2003).
Segundo Schmitt (1998), empresas trabalham desvalorizando a etapa de documentação do
projeto e depositando todos os esforços na etapa de execução no canteiro de obras, fazendo
com que não seja seguido um modelo organizado. Essa tendência, porém, vem diminuindo à
medida que empresas compreendem os custos que a falta de um sistema de informação
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racional representa. A TIC deve ser vista como parte dos sistemas de informação sendo
empregada para dar amparo não só às atividades gerenciais, mas também às da organização. É
esta utilização que, se bem empregada, tem o potencial de criar novas maneiras de
desempenhar as atividades, agregando valor aos processos produtivos (BARRETT, 1995 apud
ANTONIOLI, 2003). Um sistema de informação, para resolver os problemas citados, tem o
desafio de criar uma relação entre dados vindos de diferentes partes, criando um sistema que
garanta a acessibilidade do projeto, da forma mais eficiente possível. As potencialidades de
um sistema assim, segundo Halfawy e Froese (2005), vão além do acima descrito. Espera-se
de sistemas de informação integrados fundamentalmente o apoio na modelagem e a gestão das
informações, permitindo o seu intercâmbio entre os participantes do projeto, com consistência
e integridade dos dados. Este banco de dados garante a comunicação durante o ciclo de vida
do projeto, a interoperabilidade das ferramentas de suporte e permite o acesso instantâneo a
informações atualizadas.

4 ESTUDO DE CASO
O presente trabalho adotou o estudo de caso como estratégia de pesquisa. Para tanto, foi
investigado o processo de documentação de prédios históricos e da gestão de manutenção dos
prédios da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a qual possui diversos
prédios históricos, alguns com mais de 100 anos de idade, na sua maioria integrados às
atividades-fim da Universidade. Para isso, a partir de revisão bibliográfica inicial, foram
realizadas entrevistas com os profissionais responsáveis pelos setores da Universidade que
conduzem tais processos. Posteriormente foi realizada a modelagem de um dos prédios da
Instituição através da tecnologia BIM, como forma de analisar as dificuldades encontradas no
processo de modelagem e na produção de um protótipo que permitisse discutir junto aos
setores envolvidos as possibilidades de uso desse modelo. Os resultados finais do trabalho
foram posteriormente apresentados aos aos responsáveis pelos setores de envolvidos através
de relatórios e da participação de um dos mesmos em uma banca de avaliação de um Trabalho
de Diplomação em Engenharia que incluiu parte da pesquisa descrita neste trabalho.

4.1 A gestão da manutenção dos prédios históricos


A manutenção dos prédios históricos da Universidade é gerida pelos seguintes setores: a
Superintendência de Infraestrutura (SUINFRA), a Prefeitura Campus Centro, o Departamento
de Projetos e Obras Centro e a Secretaria do Patrimônio Histórico (SPH).
O objetivo da SUINFRA é zelar pela infraestrutura da Universidade, construindo e
conservando seu patrimônio. Suas principais atribuições quanto ao espaço físico da
Universidade são as seguintes (UNIVERSIDADE, 2007):
• assessorar, planejar, projetar e administrar obras e serviços de manutenção;
• planejar o uso do espaço físico e o desenvolvimento da infraestrutura;
• projetar, executar e administrar obras;
• manter o controle e o registro de documentos;
• zelar pelos bens patrimoniais e instalações gerais;
• receber, classificar, armazenar, distribuir e controlar os estoques de materiais
adquiridos pela SUINFRA;
• manter as redes, centrais e equipamentos de telefonia e informática;
• supervisionar, controlar e fiscalizar reformas e adaptações em todos os componentes
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da infraestrutura;
• manter acessos, logradouros, parques e jardins e
• desenvolver atividades de projeto e manutenção das redes de energia elétrica.

A Prefeitura Universitária é responsável pelas atividades de manutenção hidráulica e elétrica;


pintura; carpintaria; vidraçaria e persianas; pequenas obras e recuperações de alvenaria;
manutenção (fiscalização) de elevadores e das caldeiras dos restaurantes universitários (RU);
serviços de conservação e limpeza (UNIVERSIDADE, 2007).
O Departamento de Projetos e Obras é responsável pelas atividades de identificação das
necessidades e obtenção de dados das Unidades da Universidade; definição de locais e
topografia; estudos preliminares; estimativas de custo; anteprojetos arquitetônicos; memoriais
descritivos; projetos estruturais, elétricos, telefônico e hidrossanitários; orçamentos
estimativos; encaminhamentos para aprovação; fiscalização de obras (UNIVERSIDADE,
2007).
A SPH foi fundada em 1999, com o objetivo de viabilizar a recuperação dos Edifícios
Históricos da UFRGS. Subdivide-se em quatro frentes: a Secretaria Executiva; Departamento
de Educação Patrimonial; Departamento de Projetos; Departamento de Obras. Para embasar
suas ações, a SPH obedece à normatização seguidas internacionalmente por instituições e
organizações não-governamentais, como a UNESCO, composta basicamente pelas Cartas
Patrimoniais e pela legislação vigente (UNIVERSIDADE, 2007). As Cartas Patrimoniais são
documentos oficiais, produto de encontros com preocupação de preservar o desenvolvimento
social, econômico e cultural das nações. São elas a Carta de Veneza (1933); as
Recomendações de Paris (1964 e 2003); a Convenção de Paris (1972); as Recomendações de
Nairóbi (1976); a Declaração do México (1985); e a Carta de Brasília (1995). Outras ações
regulamentadoras da SPH estão contidas na própria legislação local do edifício. Os
documentos aplicados ao caso da UFRGS são o Decreto 3.179 de 1999; a Lei 10.098 de 2000;
e a Lei 11.525 de 2000.
Pode-se dizer que o sistema de manutenção na Universidade possui falhas. Primeiramente
todos os incentivos captados já possuem uma aplicação específica, não sendo possível usar
qualquer recurso na manutenção preventiva dos edifícios. Outro problema enfrentado pela
Universidade, referente a edifícios históricos, é a falta de mão de obra própria. Toda execução
dos serviços é responsabilidade de empreiteiros, o que impossibilita a Universidade de treinar
esses profissionais a terem um maior conhecimento sobre as necessidades dos seus prédios.

4.2 O processo de documentação do patrimônio histórico


Existem hoje doze edifícios históricos pertencentes à Universidade que datam do começo do
século XX. Quatro dos edifícios históricos da UFRGS foram revitalizados em um passado
recente, enquanto o restante ainda está em fase de projeto ou de arrecadação de fundos. Esses
serviços são gerenciados pela Superintendência de Infraestrutura (SUINFRA) em conjunto
com a Secretaria do Patrimônio Histórico (SPH). Hoje, esses projetos de revitalização são
concebidos e executados por meio da tecnologia CAD, sendo usados nesse órgão para o
desenvolvimento gráfico.
Entre os programas computacionais utilizados na SPH para documentação dos prédios
históricos, existe um de desenhos 2D e um de modelagem 3D. Não há vinculação entre eles,
sendo impossível utilizar essas informações de forma integrada. Como a grande maioria dos
profissionais que trabalha com arquivos em CAD, a organização, tanto na SPH quanto na
SUINFRA, é feita por pastas de arquivos, ou seja, arquivos de uma mesma versão são
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reunidos em uma mesma pasta no computador. Todavia, como visto anteriormente nesse
trabalho, projetos possuem entre 150 e 180 arquivos cada, o que torna a organização de
arquivos computacionais muito complexa.

4.3 O processo de modelagem de prédios históricos com a utilização de BIM


Dentre os edifícios históricos existentes, o Castelinho foi escolhido devido a seu tamanho
(menor que os demais), ao tempo limitado para a produção do modelo em BIM e à sua
proximidade com a Escola de Engenharia. O prédio denominado Castelinho (Figura 1) foi
criado em 1906. Intervenções foram executadas ao longo da década de 90, entre elas a divisão
do pé-direito em dois pavimentos, a inserção de uma laje de concreto, a troca ou restauro de
esquadrias e a instalação de ar-condicionado. Essas modificações não foram feitas em
conformidade com as cartas de restauração, e essa provavelmente é a causa de o edifício não
ter sido tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em
1998. Atualmente, é classificado como patrimônio cultural do Estado do Rio Grande do Sul.

Figura 1 – Castelinho, foto e elevação


Fonte: UFRGS, 2010a

O conjunto de documentos do Castelinho possui apenas arquivos CAD 2D, e foi quase que
exclusivamente criado após as reformas. Sendo assim, já contém as modificações feitas nos
anos 90. Além dos desenhos, existe uma vasta documentação fotográfica dos períodos
anteriores, durante e posterior à reforma. O projeto inteiro consiste em cento e trinta e três
pranchas, sendo que, dessas, muitas possuem informações repetidas, em uma organização
pouco racional, podendo facilmente confundir os profissionais.
Para essa pesquisa, foi montado um modelo compatível à tecnologia BIM, por meio do
programa computacional Revit®, da Autodesk®. O nível de detalhamento de desenhos
existentes, como mostra a Figura 1, é alto. Durante a concepção do modelo para essa pesquisa
(Figura 2), esperava-se caracterizar objetos em níveis que se aproximassem ao máximo
possível da realidade. Porém, dadas as dificuldades de adaptação e aprendizagem dos
softwares, optou-se pela sua simplificação. Componentes como o teto da torre e detalhes da
fachada não foram modelados fidedignamente. Outro problema de representação foi encarado
nas esquadrias, as quais foram implantadas a partir de uma família de produtos já modelados
disponibilizada via internet. Apesar de visualmente fieis à realidade, têm características de
material diferentes das esquadrias reais.
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Figura 2 – Castelinho, planta e cortes gerados a partir do modelo em BIM


Fonte: Modelo gerado no estudo de caso

O modelo apresentado se aproxima bastante da realidade representativamente, porém, por ter


características diferentes do edifício real, não pode ser usado como uma fonte precisa de
informações. Passou-se a admitir um nível detalhamento mínimo necessário para as partes
envolvidas na gestão e manutenção dos edifícios, uma vez que o detalhamento depende do
tempo disponível a essa atividade e do acesso a ferramentas auxiliares, como por exemplo o
escaneamento a laser de objetos. É importante observar que existe a possibilidade de se
enriquecer o detalhamento em um momento posterior, na medida em que tais informações se
tornem necessárias.
As informações relativas aos cômodos do Castelinho foram inseridas no modelo através de
das listas de propriedades em dois grupos, o primeiro composto pelo nome e pela área das
salas e o segundo pela data da última vistoria de manutenção, o seu responsável e a sua
aprovação. Além disso, quando os itens de vistoria não estiverem sendo usados, podem ser
desligados separadamente das informações básicas. Foram associadas aos objetos
informações que, se anotadas em papel ou em alguma planilha eletrônica desassociada do
modelo, correriam um risco maior de serem perdidas.
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5 RESULTADOS
A comparação entre a tecnologia atualmente utilizada nas atividades de documentação e
gestão da manutenção e operação a partir do resultado obtido com o estudo de caso
empregando BIM indica alguns aspectos a considerar para a aplicação desta nova tecnologia,
os quais são discutidos a seguir.

5.1 Documentação
Em termos de familiarização dos profissionais com o uso da tecnologia BIM, salienta-se que,
no estudo de caso analisado, a pessoa envolvida no processo de documentação (criação do
modelo) foi um dos autores (graduado em Arquitetura) que não passou por qualquer curso ou
instrução formal sobre os programas computacionais utilizados. Valeu-se somente de sua
experiência em programas CAD 3D, o que permite avaliar o grau de dificuldade envolvido no
processo de assimilação da tecnologia. Concluiu-se que o processo de aprendizagem do
software por tentativa e erro não é indicado, visto que o raciocínio para confeccionar o
modelo é outro em relação ao que consistem os modelos simplesmente representativos do
CAD. A modelagem deve ser construtivamente correta e, para que o modelador entenda o
software, não basta que ele saiba representar os objetos. Uma série de dificuldades foi
encontrada no uso desses programas, o que recomenda que seja realizado um treinamento
formal para que haja um melhor aproveitamento das potencialidades disponíveis.
No que diz respeito a nível de detalhamento e à forma de modelagem de detalhes, recomenda-
se a solução proposta por Eastman et al. (2008), que consiste na utilização de desenhos em
CAD como suporte, para a melhor compreensão de pontos específicos. À medida que a fase
de aprendizagem da tecnologia e adaptação passa, o usuário tende naturalmente ao uso
exclusivo do modelo em BIM. Problemas como esse, segundo Krygiel et al. (2008), são
comuns entre usuários em fase de adaptação à tecnologia, os quais ainda não possuem uma
biblioteca própria de componentes. Os softwares em BIM permitem a criação desses objetos,
porém o processo de desenvolvimento é trabalhoso, variando conforme o nível de
detalhamento desejado. No entanto, deve ser salientado que o nível de detalhamento do
modelo afeta também a geração de levantamentos e quantitativos, e por isto a decisão com
relação a o que representar de forma detalhada deve sempre considerar a efetiva necessidade
de tais informações. A adição de informações ao projeto pode ser feita a qualquer momento,
inclusive após a conclusão da modelagem, abrindo a possibilidade de agregar informações
referentes a alterações ou dados obtidos ao longo da vida útil da edificação.
Utilizando a tecnologia BIM, torna-se possível armazenar todas as informações do projeto, a
partir do qual podem ser gerados tantos desenhos quanto a necessidade do usuário, uma vez
que cortes, detalhamentos ou plantas de qualquer área podem ser criados instantaneamente
dentro do modelo. Além disso, uma das vantagens mais celebradas de se trabalhar com a
tecnologia BIM é a possível interoperabilidade entre as disciplinas envolvidas. Isso é,
profissionais de diferentes áreas trabalhando em um mesmo projeto podem utilizar o mesmo
arquivo eletrônico, evitando assim incompatibilidades ou obsolescência das informações
trocadas.

5.2 Gestão da manutenção e operação dos prédios históricos da UFRGS


Quanto às modificações que venham a ser necessárias ao longo da vida útil da edificação,
usando a tecnologia BIM, as alterações são feitas uma única vez, na vista de interface que
melhor convir ao usuário, sendo elas então automaticamente atualizadas em todos os
documentos existentes no arquivo. Comparativamente, utilizando o método atual, o CAD, as
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modificações devem ser feitas manualmente em cada documento preexistente, número que
varia entre 150 a 180 desenhos. Manter esse número de arquivos atualizado significa
desperdício de tempo e mão de obra, desmotivando as pessoas responsáveis a mantê-los em
dia.
Outra vantagem sobre o método atual de gestão dos prédios históricos da UFRGS é a que
essas informações são vinculadas diretamente no modelo, evitando assim utilização de papel
para o seu armazenamento, minimizando a possibilidade de perda do material coletado e
racionalizando o processo.
Por fim, uma vez criado o modelo, a tecnologia BIM permite que informações
complementares venham a ser adicionadas, como por exemplo relativas a vistorias periódicas
ou manutenções executadas, tanto em objetos quanto em espaços, desta forma enriquecendo o
modelo original.

6 CONCLUSÕES
Este trabalho teve como objetivo principal a apresentação de vantagens e restrições ao uso da
tecnologia BIM para documentação e gestão da manutenção de prédios históricos,
comparativamente aos sistemas de CAD convencionais. Para tanto, foi estudado o processo de
documentação de prédios históricos em uma universidade brasileira, bem como os
procedimentos existentes adotados pela instituição quanto à gestão da manutenção dos seus
prédios. Foram coletados dados através de entrevistas com profissionais envolvidos no
processo, da análise de documentos, e da modelagem de um dos prédios históricos da
instituição.
Ao final desse trabalho conclui-se que dentre as vantagens detectadas na utilização da
tecnologia BIM destacam-se a racionalização do processo de criação de quantitativos e
orçamentos, minimizando a quantidade de retrabalho; a união de informações em um único
arquivo; e a adição de informações para manutenções periódicas. O estudo também indica que
a implantação de tecnologia BIM nesse contexto tem como uma das principais barreiras a
necessidade o nível de detalhamento demandado em virtude da necessidade de representação
de componentes da edificação que guardam características históricas,e para os quais inexistem
bibliotecas. O estudo sugere como estratégia que os modelos sejam inicialmente elaborados
com um baixo grau de detalhamento, sendo posteriormente refinados pelo acréscimo de
detalhes na medida que os mesmos tornem-se necessários.

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