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Prova direito penal

1) Averiguando tal cenário, sim ocorreu a prática de crimes contra a


honra, conforme o Doutrinador Bitencourt (BITENCOURT, 2018) “A
honra é o valor imaterial, insuscetível de apreciação, valoração ou
mensuração de qualquer natureza inerente a própria dignidade e
personalidade humana.” Já para o Doutrinador Capez ( CAPEZ, 2019)
crimes contra honra “São delitos que ofendem bens imateriais da pessoa
humana, no caso, sua honra pessoal.” Portanto, esses crimes são
delitos que ofendem a honra subjetiva ou objetiva da pessoa, seja uma
ofensa da sua dignidade pessoal (caso Tufão) ou profissional (caso
Max).
A pesquisa supracitada da evidência aos artigos 139 do código penal
sobre difamação (um fato ofensivo a sua reputação) e calunia artigo 138 do
código penal (imputando-lhe falsamente fato definido como crime) quando
Carminha afirma nas cartas que Max embolsou indevidamente do dinheiro
da loja RC, mas nada confirmado que seria verdade até então, apenas por
relatos de Carminha. E conforme o artigo 140 do código penal o crime de
injúria (ofender sua honra e dignidade) contra Tufão, expondo que ele tinha
encontros amorosos com sua secretária Nina.

2) Com base nos fatos apresentados na questão anterior, O primeiro


crime cometido por Carminha ocorreu contra Max no momento que a réu
publicou as cartas mencionando que a vítima tinha embolsado
indevidamente oitenta mil reais da Loja RC, sendo que diante disso não
temos provas que o acusem diretamente desse tal crime. Desta
maneira a réu está cometendo o crime de calúnia que está previsto no
artigo 138 do código penal, não só ofendendo, como expondo a
dignidade a pessoa e profissional do sujeito passivo. Segundo o
Doutrinador Gonçalves (GONÇALVES, 2019) “A calúnia pode ser
cometida verbalmente, por escrito, por gestos ou por qualquer meio
simbólico.” Diante disso, a agente visa somente atingir a honra de Max,
querendo prejudicar a vítima diante as autoridades e população.
O segundo crime cometido por Carminha ocorreu contra Tufão
(marido da réu) e Nina sendo assim vítimas dos crimes de difamação e
injúria conforme está previsto nos artigos 139 e 140 do código penal
brasileiro, a réu publicou cartas com fotografias das vítimas
mencionando uma possível relação amorosa entre eles. Conforme
Capez (CAPEZ, 2019) a difamação é “Tal como o crime de calúnia, a
difamação protege a honra objetiva, ou seja, a reputação, boa fama do
indivíduo no meio social. “Já a injúria segundo Capez (CAPEZ, 2019) “A
injúria atingi a honra subjetiva, que é atingida por seus atributos morais
(honra e dignidade).” Portanto, Carminha insultou a honra objetiva e
subjetiva e a dignidade de Tufão e Nina, por descobrir um adultério
(deixou de ser crime em 2005), para ambos se sentirem ofendidos e
injuriados diante a sociedade.

3) A Constituição Federal, em seu artigo 5.º, X, apresenta que “São


invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou
moral decorrente de sua violação.” Segundo Gonçalves o sujeito ativo dos
crimes contra a honra (GONÇALVES, 2019) “Pode ser qualquer pessoa,
exceto aqueles que gozam de imunidade.” Por isso, pune-se criminalmente
quem, ofende deliberadamente a honra alheia.
Conforme a citação acima, o réu diante o primeiro caso é Carminha
que prática um crime de calúnia ao publicar cartas mencionando que Max
teria embolsado dinheiro indevidamente da empresa, sendo assim o
acusando sem provas e ofendendo sua dignidade e honra com essas
publicações. O crime de calúnia está previsto diante o artigo 138 do código
penal com a pena de “Pena – detenção de (seis) meses a 2 (dois) anos, e
multa.” A conduta da réu gera fatos de má-fé contra a vítima praticando um
crime contra a honra.
O segundo crime também foi cometido por Carminha, sendo praticado o
crime de difamação do artigo 139 do código penal que menciona a pena de
“Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. “ e injúria artigo
140 do código penal que relata a pena de “ Pena – detenção, de 1 (um) a 6
( seis) meses, ou multa.” Segundo Capez (CAPEZ, 2019) “Os crimes contra
a honra são considerados crimes formais. O agente age com dolo de dano,
quer ofender a honra alheia, contudo para se ter o crime, como consumado
prescinde-se da ocorrência do resultado, ou seja, o agente cause dano à
reputação do ofendido.” Conforme isso a réu praticou esses crimes no
momento em que publicou as cartas (já mencionadas acima) que tinham
fotos e relatos de uma relação amorosa de seu marido tufão e nina a
secretaria da loja. Portanto, a agente estava disposta a ofender a honra e
dignidade de ambos com fatos ofensivos à suas reputações.

Referências Bibliográficas
CAPEZ, F. Curso de Direito Penal - Parte Especial. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 2018

GONÇALVES, V. E. R. Curso de direito penal - parte especial - Arts 121 a 183. São Paulo:
Saraiva, 2019

LIMA, A. E. A.; ESTEFAM, A. Direito Penal - Parte Especial - Volume 2. 5. ed. São Paulo:
Saraiva, 2018

CAPEZ, F. Curso de direito penal 2 - parte especial. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2019

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