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Direito Civil

Requisitos para Validade dos Atos Jurídicos:


Manifestação de vontade livre, sem vícios (expressa, tácita, presumida)/ Agente capaz (maior
de 18 anos)/ Objeto lícito, possível, determinado ou determinável/ Forma (livre, especial,
múltipla ou contratual)/ Reserva mental

Fraude Contra Credores:


a garantia do credor reside no patrimônio do devedor / É anulável / Possui 3 requisitos para
tipificação a) a anterioridade do crédito (A obrigação do interessado é verificar a situação
com quem quer celebrar o NJ) b) consilium fraudis (é o intuito do devedor em furtar-se ao
cumprimento de suas obrigações) c) eventus damni (quando o ato for a causa do dano,
determinando a insolvência) / A insolvência deve ser notória / Presupõe-se fraude em
determinadas situações a) amizade intima entre o insolvente e o terceiro adquirente b) seu
parentesco próximo c) elevado numero de ações de cobrança d) empréstimos excessivos
junto a instituições bancárias etc / A intenção de prejudicar não é requisito, está na
previsibilidade do prejuízo.

Ação Pauliana:
tinha a finalidade de anular ato fraudulento/ Tem por fim recomposição do patrimônio/ Só os
credores quirografários podem exercer a ação/ Efeitos a) faz-se aproveitar a invalidação
apenas aos que a promoveram b) restitui-se o objeto do ato invalidado ao patrimonio do
devedor, aproveitando apenas aos credores anteriores ao ato c) restitui-se o objeto do ato
invalidado ao patrimônio do devedor, aproveitando indistintamente essa invalidação a todos.

Simulação:
Fingir, mascarar, camuflar ou esconder a realidade/ É a pratica de ato ou negocio que esconde
a real intenção/ a intenção é encoberta mediante disfarce, parecendo externamente negocio
que não é espelhado pela vontade dos praticantes/ As partes objetivam-se tão-só produzir
aparência/ Declaração enganosa de vontade/ Tem como característica principal a divergência
intencional entre a vontade e a declaração, oposição entre o pretendido e o declarado/ Partes
criam ilusão de existência/ Há conluio/ É necessário mais de uma pessoa para criar a
aparência/ É a consciência por parte dos declarantes de que a emissão de vontade não
corresponde a sua vontade real/ O conluio antecede a declaração, mas pode a ela ser
contemporâneo/ não se confunde o intuito de enganar com o intuito de prejudicar/ O que
constitui a simulação é o intuito de enganar ou iludir/ Caracteriza-se pelo conhecimento da
outra parte/ Existe dolo de ambas as partes contra terceiros/ Requisitos a) há ato bilateral b)
há prévio ajuste entre o doador, pseudovendedor, donatária c) não há correspondência do NJ
com a real intenção das partes que nunca pretenderam realizar compra e venda d) negocio
formalizado com a intenção de enganar terceiros (cônjuge e herdeiros do doador)/ Absoluta:
quando o NJ é inteiramente simulado, quando as partes não desejam praticar ato algum, não
existe negocio encoberto pois NADA existe/ Relativa: as partes pretendem realizar um NJ,
mas de forma diferente daquela que se apresenta/ Maliciosa: existe intenção de prejudicar
por meio do processo simulatório/ Inocente: a declaração não traz prejuízos a quem quer que
seja, sendo tolerada.

Prescrição:
É a extinção de uma ação judicial possível em virtude da inércia de seu titular por um certo
lapso de tempo/ Começa do dia em que nasce a ação ajuizável/ É sucetível de ser
interrompida / Só corre contra determinadas pessoas/ Pode ser suspensa ou interrompida por
causas preclusivas previstas em lei/ Depois de consumada, pode ser renunciada pelo
prescribente.

Decadência:
Os prazos fluem inexoravelmente contra quem quer que seja, não se suspendendo, nem
admitindo interrupção/ Tem por efeito extinguir o direito/ Só é impedida pelo exercício do
direito a ela sujeito/ Não prevalece contra ela as isenções criadas pela lei a favor de certas
pessoas/ É resultante de prazo extintivo imposto pela lei não pode ser renunciada pelas partes
nem antes nem depois de consumadas/ Decorrente de prazo legal prefixado pelo legislador
pode ser conhecida pelo juiz, de seu oficio, independentemente de alegação das partes.

Nulidade do NJ: (ABSOLUTA)


É a sanção imposta pela norma jurídica, que determina a privação dos efeitos jurídicos do NJ
praticado em desobediência ao que prescreve/ não produz qualquer efeito por ofender,
gravemente, princípios de ordem publica/ quando o ato negocial possui vicio essencial, não
podendo ter, qualquer eficácia jurídica/ Anula-se o NJ a) quando lhe faltar qualquer elemento
essencial, ou seja, foi praticado por pessoa absolutamente incapaz. b) se tiver objeto ilícito,
impossível ou indeterminável, quando o motivo determinante, comum a ambas as partes for
ilícito. c) se não revestir a forma prescrita em lei ou preterir alguma solenidade imprescritível
para sua validade. d) quando apesar de ter elementos essenciais for praticado com o objetivo
de fraudar a lei imperativa. e) quando a lei taxativamente o declarar nulo ou lhe negar efeito./
Produz efeitos ex tunc (nunca obteve efeitos desde a criação)/ Não prescreve, salvo quando a
lei expressa, e se o fizer é de 10 anos quando não estipular prazo menor/ Repousa sempre em
causas de ordem publica/ Não permitem ratificação

Anulabilidade: (RELATIVA)
Refere-se a negócios que se acham inquinado de vicio capaz de lhes determinar a ineficácia,
mas que poderá se eliminado, restabelecendo-se a normalidade/ Podem ser anulados a) se
praticados por pessoa relativamente incapaz, sem a devida assistência de seus legítimos
representantes. b) se viciado por erro, dolo, coação, lesão e estado de perigo, ou fraude contra
credores. c) se assim a lei o declarar, tendo em vista a situação particular em que se encontra
determinada pessoa/ Produz efeitos ex nunc (respeita as conseqüências geradas
anteriormente)/ causas residem no interesse privado/ tem em vista a pratica do NJ em
desrespeito a normas que protegem certas pessoas/ É um ato imperfeito, mas seu vicio não pe
tão grave para que haja interesse publico em sua declaração/ Dependerá sempre de sentença/
podem convalescer(ratificar) a) pelo discurso do tempo b) decorrido do lapso prescricional
ou decadencial, torna-se perfeitamente válido/ Ratificar é dar validade a ato ou NJ que
poderia ser desfeito por decisão judicial, pode ser expressa (quando há declaração do
interessado que estampe a substância do ato, com a intenção de torna-lo isento de causa de
anulação) ou tácita.

Prova dos NJ:


É o meio de que o interessado se vale para demonstrar legalmente a existência de um negócio
jurídico/ A matéria encontra-se na zona fronteiriça entre o direito material e o direito
processual/ De nada adianta possuir um Direito sem ter meios para prova-lo/ O que se prova
não é o Direito, e sim o fato relacionado com um Direito/ Deve ser admissível (aquela que o
ordenamento não proíbe) pertinente (deve dizer respeito á situação enfocada, relacionar-se
com a questão discutida) e concludente (porque não pode ser dirigida á conclusão de outros
fatos que não aqueles em discussão)/ Incumbe a quem afirma e não a quem nega.

Meios de Prova:
Confissão: há quando a parte admite a verdade de um fato, contrario ao seu interesse e
favorável ao adversário./ pode ser judicial ou extrajudicial/ é um pronunciamento contra o
próprio manifestante da vontade/ é o reconhecimento que alguém faz da verdade de um fato/
somente será valida nos limites da representação conferida ao representante/ é a rainha das
provas/ não vale como confissão,a admissão em juízo, de fatos relativos a direitos
indisponíveis/ quem confessa não pode ser terceira pessoa, estranha á lide, pois ela atuaria
como testemunha/ requer agente capaz de obrigar-se/ Pode ser judicial, (quando ocorrida no
curso do processo e em seu bojo) extrajudicial, (configura-se no reconhecimento do fato
litigioso fora do processo) expressa (quando emana da deliberação precípua do confidente
por forma verbal ou escrita) ou presumida (não expressa e apenas admitida presunção pois
decorrente do silêncio, ou ficta, porque criada por ficção jurídica)/ É irrevogável, mas pode
ser anulada se decorreu de erro ou de coação.
Atos Processados em Juízo: são aqueles atos praticados o bojo de um processo ou objeto de
processo judicial/ É a atribuição dos princípios do processo estipular os requisitos da coisa
julgada, estabelecendo, inclusive, quando a decisão não pode mais ser atacada pelos meios
recursais/ Poderá ocorrer de a sentença ser injusta.
Documentos Públicos ou Particulares: documento é gênero, instrumento espécie/ documento
denota a idéia de que qualquer papel é útil para provar ato jurídico/ instrumento é veiculo
criador de um ato ou NJ, é criado com a precípua de fazer prova/ documento faz prova, mas
não é criado especificamente para tal/ em geral são escritos, que, não tendo surgido como
prova pré-constituída, apresentam elementos de prova/ público são os documentos emanados
de autoridade publica/ documento é toda e qualquer representação material destinada a
reproduzir duradouramente um pensamento/ para valer com relação a terceiros, é necessário
que o instrumento particular seja objeto de inscrição no Registro Público.
Testemunha: é a prova que resulta do depoimento oral de pessoas que viram, ouviram ou
souberam dos fatos relacionados com a causa/ só será admitida nos contratos cujo valor não
supere o décuplo do maior salário mínimo vigente no País ao tempo em que foram
celebrados/ fatos podem ser provados por testemunhas quando perceptíveis aos sentidos/ os
impedidos de testemunhar: cônjuge, ascendente, descendente em qualquer grau ou colateral,
até terceiro grau, por cosanguiniedade ou afinidade/ o juiz pode ouvir como sendo apenas
“meras declarações”/ não é obrigada a depor de fatos a) que lhe acarretem grave dano, bem
como ao seu cônjuge e aos seus parentes consangüíneos ou afins, em linha reta, ou na
colateral em segundo grau. B) a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.
Presunção: é a conclusão que se extrai de fato conhecido para provar-se a existência de outro
desconhecido/ Legais: tem por condão eliminar dificuldade no deslinde de questão de prova.
absolutas (não admite prova em contrario) e relativas (admite prova em contrario, daí por
que também se denomina condicional/ faz reverter o ônus da prova)/ Comuns: são de
decorrência do que habitualmente acontece na realidade que nos rodeia./ Simples: só pode
ser aceita pelo juiz quando não contrariada pelo restante da prova produzida no processo./ O
indicio é o Ponto de partida de onde, por inferência, chega-se a estabelecer uma presunção/
PRESUNÇÕES RELATIVAS – REGRA PRESUNÇÕES ABSOLUTAS – EXCEÇÃO.
Perícia: exame é a apreciação de alguma coisa para o esclarecimento do juízo/ Vistoria é a
operação semelhante, porem atinente á inspeção ocular./ normalmente a perícia englobará
tanto o exame como a vistoria/ o perito deve ter conhecimentos técnicos para elaborar seu
mister/ é prova indireta, pressupõe sempre a figura do perito/ quando feito pelo juiz
denomina-se ‘inspeção judicial’/ deve ser utilizada quando ao juiz faltam conhecimentos
técnicos necessários ou quando pode ou não ser oportuno fazer a inspeção/ pode ser feita
extrajudicialmente

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