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Pierre Weil ¢ Roland Tompakow O Corpo Fala AE ER Ador amos Ler: O Corpo FALA Pierre Wele Poland Tompakow O@®B Sobre os Autores: Pierre Weil: Doutor em Psicologia pela Universdade de Paris, Professorna Universidade de Minas Gerais, Diretordo Cento de Psicologia Aplicada — RJ, Emecialista em Pscoterapia de Grupo e Pscodrama e autor de varios livros editados em diversos paises, incluindo 0 conhecido best- seller “Relagd6esHumanasna Familia e no Trabalho”. Poland Tompakow: Professor de Comunicacées dos Cursos de Administragao de Empresas da Fundagao Getilio Vargas — Ri, artista grafico, técnico em Informatica Visual, jomalista, assessor de Informatica em marketing de varias Empresas e coordenador dos registros de Cinésica do grupo de Pesquisaschefiado pelo professor Pierre Weil. Sobre a Digitalizagao desta Obra: Ea obra foi digitalizada para proporcionar de maneira totalmente gratuita o beneficio de sua leitura aqueles que nao podem comprata ou Aqueles que necesstam de meioseletrOnicos para ler. Dessa forma, a venda deste e-livro ou mesno a sua troca por qualquer contraprestacao é totalmente condendvel em qualquer circunsancia. Agenerosdade 6 a marca da distribui¢ ao, portanto: Distribua este livro livremente! & vocé tirar algum proveito desta obra, consdere seriamente a possbilidade de adquiriro original. Incentive o autor e a publicagao de novas obras! O Corpo Fala sem Palavras PELA LINGUAGEM DO CORPO, VOCE DIZ MUITAS COISAS AOS OUTROS. ELESTEM MUITASCOISASA DIZERPARA VOCE. TAMBEM NOSSO CORPO E ANTES DE TUDO UM CENTRO DE INFORMAGOESPARA NOSM ESMOS. E UMA LINGUAGEM QUE NAO MENTE E CWA ESTRUTURA E DEMONSTRADA NASPAGINASQUE VOCE TEM AGORA EM SUASMAOS. ELASDARAO A VOCE UMA NOVA DIMENSAO NA COMUNICACAO PESSOAL HOMEM OU MULHER, JOVEM OU MADURO, CASADO OU SOLTEIRO, QUALQUER QUE SEJA SUA PROFISSAO OU FUNCAO -ESIE UVRO FO! ESCRITO PARA TODO SER HUMANO. POIS TODO SER HUMANO TEM QUE LIDAR CONSGO MESMO E COM OSOUTROS. Por que este Livro é "Diferente Porque trata de um agpecto do comportamento humano que nao pode ser transmitido satisfatoriamente por meras palavras - ainda que, depois de escritas, fossem complementadas por ilustragdes em paralelo Tentar ler o texto sem os desenhos seria como nao olhar para a tela do cinema, apenasouvindo aspalavrasdosartistasdo filme. O enredo se perderia Etentar olhar apenas os desenhos seria contemplar a tela com 0 som desiigado. Juntos, formam uma unidade de comunicagao intensa, clara, smples-e até divertida! Que egpécie de literatura é isso? Em relagdo ao tema que aborda, este livro constitui um ousado avango na fronteira da Informatica moderna, aliando a técnica de trabalho em grupo a criatividade ‘copy-art" para obter uma obra totalmente unificada O tema abrange a comunicagdo pscossomatica inconsciente do proprio leitor - e por isso o fascina, diverte, desafia e esclarece ao mesmo tempo! Para tanto, foi preciso uniro pscélogo ao artista, ambosescritores, e educadores Entéo 0 conjunto (unidade-texto-arte) de cada capitulo era planejado em comum pelosdois autores e 0 texto escrito por um, refundido pelo outro e entao testado e reexaminado em conjunto. Este procedimento era repetido até se obter uma mensagem seméntica una com os desenhos. Exes por sua vez eram também tragados e retragados tanto pelo Piere como pelo Roland, até a sua finalizagao por este ultimo. Neste intenso trabalho de equipe, concesses mutuas tiveram de ser feitas O artista teve de disciplinar até certo ponto o seu esilo verbal jocoso, 0 que nem sempre conseguiu. O cientista por sua vez teve, muito a contragosto, de arriscar 0 seu bom conceito junto a seus colegas Mas como o mostra Mcluhan, a velha didatica " ex-cathedra" cedeu lugara comunicacao direta da realidade. Que estara diante dos olhosdo leitor nas paginasa seguir. Primeira Parte: PRINCIPIOS CAPITULO 1 a Convite a um Passeio Antes de mais nada, folheie um pouco este livro! — Vocé vai passear de balao ou de dirigivel. - E mais facil usar o alfabeto do que descobri-lo. - Vocé conhecera trés animais que vao fazer parte do sou vocabulario de cada dia! Alguém a sua frente cruza ou descruza os bragos muda a poscdo do pé esquerdo ou vira aspalmasdasmAaospara cima. Tudo isso S40 gestosinconscientese que, por iso mesmo, se relacionam com © que se passa no intimo das pessoas. Quer saber o que sgniticam? ANTE LINGUA MANO DE MANEIRA FACIL, PRATICA EDI- VERTIDA, ISTO LHE PERMITIRA LIDAR ‘MELHOR CONSIGO MESMO E COM OS QU ‘TROS. MAS, ANTES DE LER MAIS ADIANTE., FOLHETE UM POUCO AS SUAS PAGINAS. Pronto? Ent&o vocé pode comegara leitura Vocé notou duas coisas: que ha uma porg¢do de desenhos em estilo alegre, e que 0 texto as vezes tem trechos em letras maiores, as vezes em menores. Isto € para que vocé possa se divertirde duasmaneirasdiferentes 1. Se quiser, vocé pode apreciaro texto por alto, numa leitura de passtempo. Basta ler apenaso texto em letra maior, como acima, saltando os pardgrafos como ese (Verificara como, depois da ultima palavra em letra maior - neste exemplo, foi a palavra ‘passatempo" - sempre serd possivel continuar o fluxo das idéias, reiniciando sem pausa a leitura no trecho seguinte em letra maior) Evocé poderd entender asilusragdes sem se preocupar de fazer disso um estudo, enquanto nds, os autores levaremos vocé a passeio pornovase fascinantesno¢des do comportamento humano. Mesmo lendo assim, vocé vai se surpreender com a quantidade de gestosque conseguira decifrar no fim da leitura. 2. Vocé pode ler para aprenderem vez de apenasconhecer. EntAo leia tudo, inclusive os trechos menores, a no ser que estes citem fatos jd do seu conhecimento. E estude as ilusragoes Leia, experimentando “dirigir 0 baldo", enquanto os autores vao girando a hélice... Talvez vocé pense que essa aprendizagem um tanto aérea seja dificil ou trabalhosa. Entao cabe a pergunta VOCE SABE ANDAR DE BICICLETA? No principio, vocé teve (ou tera) a impressio que nao é facil transormar os seus reflexos condicionados aos seus habitos de pedestre, nasreagdesinconscientesdo ciclita. Mas, ei para aprender a coordenar algunsdosmovimentosbascos existe o triciclo. Nele vocé nao tem problema de equilbrar-se © equilibrio pode ser aprendido numa patinete, sem ter que aprendera pedalar. Evocé decerto nao faz questao de ser logo ciclista acro-batico de circo; basta-he o prazerde saber pedalar alegremente pelo parque Dai em diante, seu desembarago aumentard sem vocé sentir, com a pratica. Pois bem, absorver nossa matéria seré semelhante a isso, com uma diferenga importante: vocé nao vai sentir cansago - nem fisico nem mental © PROGRESSO SERA RAPIDO Provavelmente, vocé vai comegar a “ler’ a linguagem do corpo humano mais depressa do que aquele ciclisno do parque - mesmo porque ndo ha tombos a temer. Dependerd apenas do grau de interesse que sentirpelo assunto. COMO FO! QUEAPRENDEMOSA LER? Houve quem aprendesse o valor das letras do alfabeto, mas nao as decorou todas de uma s vez; & medida que foi conhecendo as. primeiras letras fixou 0 seu valor na mente por meio dascurtaspalavras bem smplesda cartiha. Depois nao precisou mais dela. Reconheceu, de pronto, os fo- nemas ja seus conhecidos mas amumados em ordem diferente nas novas palavras. Assim, sabendo que 'bo"e "ca", nesta ordem, sgnifica "po-ca", descobriu que, trocada a posicao dasduassiabas, o conjunto "ca"e "bo" sgnilica "ca-bo". Nesta fase, ja entrou o "método global’ de leitura, hoje usado em toda parte Eo método seguido neste livro, Basta que as primeiras ‘palavras’ sejam simples, e assuas "etras’ poucase claras © sgnificado destas primeiras ‘palavras’ pouco importa, nem interessa se so aprendidas, por exemplo, em ordem alfabética. Sio, acima de tudo, mero material didatico, embora consituam, decerto, uma espécie de vocabuldrio para o principiante. Mas a medida que o leitor avangar na leitura, percebera 0 que 0 corpo fala pelo mesmo ‘método global". DICIONARIO SERVE? Um "DICIONARIO TOTAL’, ainda que fosse exeqiivel, dificimente basaria para vocé aprendera ler’ asatitudescorporais. Seria como se, em vez da cartiha, ustssemos uma colegdo completa de todasasassnaturasem cheques exisentes nos Bancosdo Pais, e obrigdssemos uma crianga a aprender a ler com aquilo. Para comegar, em que ordem classicar aquela montanha de riscos mais ou menosemaranhados? VAI SER MAIS FACIL DO QUEVOCE PENSA! Ainda mais dificil que esta imaginaria atividade com "cheques para aprender a ler" é o pesado trabalho de pesquisa analitica da linguagem do corpo, em oposcao a leve sitese didatica deste livro Eo caso da obra de Ray L Birdwhistell e colaboradores, cuja extensa pesquisa exigiu décadas de dedicacao total para aflorar de leve 0 assunto. Birdwhistell estima em 2.500 a 5.000 - e as vezes até 10.000 "bits" (unidades simples) - 0 numero de sinais informativos que fluem, POR SEGUNDO, entre duas pessoas Iso, evidentemente, inclui todas as. mudangas que possam, em grau minimo, ser discernidas por aparelhos registradores de alteragGes nas faixas percebidas como som, imagem, temperatura, tato, odorcorporalete. Masnao 6 0 nosso caso, pode ficartranqiillo. Saber 0 significado dos gestos e atitudes do Homem (a nova Ciéncia da CINESCA) é bascamente smples. Mas nao é facil chegar até essa base, tal a quantidade de assinaturas' que he escondem o seu “alfabeto". Precisamosir devagar. Entdo por que no divertimo-nosnesa caminhada? Ba nosdaré uma egpléndida oportunidade de entender melhor a todo mundo. © DESARO AOSTRESANIMAIS A seguir vamosconhecero significado de um simbolo antiqiiissimo que o leitornunca mais esquecera. Etrésbichosde estimagao que provavelmente vao fazer parte do Noss vocabulario para o resto da vida. Vamos desafia-los no capitulo seguinte CAPITULO 2 MENT! Os Simbolos Smbolos feramentas da mente. - Um simbolo antigo dé-nosa estntura psicossomatica do homem e da linguagem do noss compo. - Vamos conhecer 0 boi oferecendo-Ihe um prato de bolo. - O leao que estufa e encolhe. - A aguia de motocicleta. — Prmeiro contacto do leitor com a evidéncia de um conflto entre duas expresses comorais smultaneas, masoposas! O REALCE DAS PARTESDO CORPO. Desde temposimemoriais, usamos smbolos - mensagenssitéticas de sgnificado convencional. So como ferramentas egecializadas que a inteligéncia humana cria e procura padronizar para faciltar a sua propria tarefa -a imensa e incansivel tarefa de compreender. Acaracterética dominante do smbolo é fugirda palavra ou frase, escrita por extenso. Frase ja é grupo de smbolos(palavras), por sua vez também composias de smbolos (letras) de fugazes vibragdessonoras E tudo isso sujeito a um cédigo gramatical de origem empitica e lasrado com a inevitdvel imprecisao semantica, especialmente a deterioragao do significado percebido atravésde geragées John Walls, criando aquele “oito deitado" (°, resolveu o problema da transnissio inconfundivel do conceito do infinito, E René Deszartes sintetizou ainda mais a ja sintética notagao algébrica, escrevendo x no lugarde xxx - eis alguns exemplos recentes. Jé 0 uso das proprias letras se perde nos primérdios das civiizagées- maspodemosrecuarainda maisno Tempo: fs um peludo Homem das Cavemas percebendo um fruto vermelho, maduro, destacando-se vivamente da escura folhagem do fundo! Ou o sangue brotando vermelho de uma ferida! Ou 0 rubro fogo ameacador, alastrando-se no capinzal seco! Em linguagem da Teoria de Comunicagao, ele percebeu um "“Snal" destacando-se como mensagem prioritaria sobre o " ruido de fundo”. Algo com elevada "taxa de originalidade" em detrimento do fundo "banal", dado o seu interesse pessoal (sobrevivéncia em jogo). De mera cor passou a ser simbolo de algo importante. E milhdes de anos mais tarde, esta cor ainda exige, em certas circunstancias, a nossa atencdo e “feedback” especificos - antesque 0 guarda de transto nos pegue avancando aquele nal vermeiho! Sm, vem de longe, da noite dos tempos o significado de muitas coisas Aquele caro do Compo de Bombeiros foi pintado hoje - maso smbolsno da sua pintura nos fala uma linguagem tao antiga como o proprio fogo. Tao antiga como a linguagem dos nossos gesos, das nosas altitudes em relagéo ao meio que, neste livo, tentamos decodificar. Usemos, entao, um simbolo: podemos comparar o compo humano auma edinge; sm - aquela estinge dosegipcios ou dos assiios Como, por exemplo, a desta ilustragao (Estinge assiia de Khorsabad, chamada Kerub). Una gramatica antiga para a maisantiga linguagem A Estinge era composta de quatro partes: CORPO DE BOI TORAX DE LEAO ASAS DE AGUIA CABECA DE HOMEM Ora, existe uma tradigao muito antiga* segundo a qual cada uma destas partes representa uma parte do fisico do homem e também a sua correspondéncia pscoldgica! Exas correspondéncias pscolégicas nao mudaram muito, até na Psicologia moderna. Eiso esquema desta tradigao: Bal [Abdinwe an Aguia Cabege Ino ‘Mental (Inelectuale Espiritu) Conseiéneia e dominic das was ineonsciontes: Coajunio * Para os interessados na fundamentagao historica e cientifica consultar o livro "Esfinge, Estrutura e Mistério do Homem (Peme Weil, Editora Vozes, Petropolis) © mesmo esquema pode ser mostrado asim (para tomar a matéria em estudo maisleve e ajudara fixaro pensamento do leitor): Este esquema pode ser aplicado facimente & expressio corporal. Vamos entao, utilizar 0 velho smbolo como se fos uma egpécie de protogramatica - ou, para sermosmaismodestos- de mini gramatica da linguagem do como. roc 0 Bot O Boi, quando colocado em evidéncia na nossa expressio corporal, tende a se traduzir por uma acentuagao do abdémen. A pessoa avanga o abdémen; isto se encontra em gente que gosta de boasrefeicdes que se senta a vontade diante de uma farta mesa de jantar. No plano sexual temos o famoso requebrar das mulheres brasieirase havaianas é uma provocagao para os homens Exes por sua vez, engancham os polegares no cinto, com os outros dedos apontadospara os 6rgaosgenitais é uma maneira de se oferecer... +A Se Gramatica é para ser usada. Equeremos que 0 leitor aprenda a lero que oscorposdosseussemeihantesfalam diante dosseusolhos Vamos, pois, aos" deveresde casa’. Exercicio n. 1: na proxima reuniao social, "observe o boi"! Havera, os casos Obvios bem faceis como convém numa primeira ligao. E aquele senhor maduro, de abdémen hipertotiado, intensamente atento ao contetido transbordante do seu prato e do seu copo. Ou aquele rapazbonitao, masimitante, porque desespeita qualquer mulher presente com suasconstantesatitudes|libricas, Estes so compos falando como se as palavras fossem gravadas em placasde bronze. Sdo durdveis monumentos ao boi. Faceisdemais? concordamos Mas, se formosrealmente perspicazes, dentro de poucos minutos descobriremos que outros compostomam, durante certo tempo, aquelas mesmasatitudescomespondentesa vida instiintiva e vegetativa! ef yf i E aquele jovem magro que (snceramente ou nao) recusa o terceiro prato (ou sera 0 quarto?) e que, durante um instante, avanga o abdomen, ilusrando 0 motivo da recusa - a barriga supostamente repleta! Mas, ei-lo um minuto mais tarde, a barriga encolhida, mas os polegares no cinto! Ebem capazde aceitar o prato. Ea jovem, que antes andava meio encolhida, sairequebrando durante uns dois ou trés pasos, antes de voltarao seu ritmo usual. Eassm ambos naquele breve encontro, mostraram, em linguagem do como, 0 que se passava na esfera da sua vida instintiva e vegetativa. | O Leao O Ledo s evidencia pelo torax onde resde 0 coragao; 6 0 centro da emogao. Os especialistas em expressao corporal, sobretudo os coredgrafos, o consderam como o centro do BU. 1. Asim, quando ha uma postura de preponderdncia do térax, estamos em presenga de uma preponderancia do EU. Sio pessoas vaidosas egocéntricas e extremamente narcisstas; ou que naquele momento querem se impor. 2 Ao contrério, quando 0 térax esd encolhido, estamos em presenga de uma peswa cujo AU esta diminuido; sio peswastimidas, submissas, retraidas ou que naquele momento se sentem dominadas pela stuacdo. 3. Um térax em postura normal sgnifica um BU equilibrado Como na “lig4o” anterior, também aquias pessoas se situam entre 0s dois extremos Por um lado, o "homem forte” do circo se sente na obrigagao profissional de exibirse a todo momento de peito estufado; por outro lado, observemos aquele franzino motorista particular diante do seu antagonisia do caminhdo que acaba de amanotar-lhe o carinho! Tem 0 seu raro e breve momento de postura de hipertrofia do Bu. Vamos pois ao exercicio n. 2: Procure reconhecer aquela postura. Converse, por exemplo, com um amigo, fazendo com que ele relate alguma proeza ou sucess concemente a sua vida emocional e observe a modificagdo para maior énfase da sua regido toracica. "Observe 0 Ledo!” Bipolaridade Vitoria-Derota: para um dos motociclisas, sua maquina é simbolo de poder sobre o meio-ambiente social; para o outro, € rejeigao - nada deseja da sociedade de consumo sendo aquele smbolo de poder de fuga da mesma. A mesna bipolaridade é acentuada entre o nobre britanico que trota mmo ao socialmente invejavel massacre da raposa e o garimpeiro que nada achou no deserto. Ou a diferenca entre o rap*z, quando solitario e quando bem acompanhado Observe 0 térax, ora convexo, ora céncavo. Vastamente exagerado na caricatura didatica, nao deixa de tomar estas mesnas poscdes em movimentos muito mais discretos e passageiros, na vida real Podemos observar também 0 edado emocional da pessoa olhando atentamente para o seu torax: 1. Aumento da respiragao sgnifica tensao e forte emo¢ao. 2, Suspiros sao indicadoresde ansiedade e angusia 3. Caso a peswa estiver apenas levemente vesida, pode-se observar 0 palpitar do coragao; 0 aumento do ritmo cardiaco é também indicador de forte emogao. A respiragao € comandada por um centro cerebral; é nomalmente rtmada e com determinada amplitude (entra sempre uma mesna quantidade de ar, de cada vez, nos pulmées). Mas a vontade do indivduo pode modificar os seus proprios movimentos regiratérios, desde a bradipnéia (diminuicdo) até a taquipnéia (aumento de freqiéncia dos movimentos). Ea amplitude pode variar de superficial até profunda (0 sugpiro é um ciclo ingpiragao-expiragdo de amplitude nitidamente maior que osantecedentes). Dai, conforme ascircunsncias, nao convém que a intencéo do observador soja percebida pelo obserado - ele pode modificar de proposito o seu ritmo respiratério (E um recurso comumente usado em medicina: 0 doutor osensvamente toma o pulso do paciente para exame das batidas cardiacas, mas na realidade completa o exame olhando, de sosiaio, 0 movimento toracico sem que o paciente o perceba). © movimento inspiratério é ativo. Nele entra em acao o diafragma (musculo céncavo que separa o térax do abdémen), os intercostais, as costelas e certos musculos abdominais. O movimento expiratério 6 passvo. Tem um tempo mais longo que o primeiro, na proporgdo de 10 para 16, aproximadamente. Na mulher, além do diafragma, a regpiragao 6 acionada mais pelas costelas e musculos intercostais. Dai serem mais perceptiveis na movimentacao mais ntida do trax. J& no homem, a tendéncia 6 para movimentar mais a parede abdominal. A respiragdo masculina 6, em média, de 16 a 20 movimentos completos (inspiragao e expiragAo) por minuto. Esta normopnéia é de freqiéncia maiorna mulher, e ainda maiorna crianga. Cuidado, pois para nao fazer intepretagdes precipitadas Exemplo: Alguém passa um longo periodo debrugado sobre papelada numa escrivaninha baixa. Bo, periodicamente, como que suspirando. Nao esa escrevendo coisas trites: 6 apenas carboxiemoglobina em excesso acumulada no plasma do seu sangue. Aquele suspiro 6 como uma valvua da panela de press’o chiando; s5 que, em vezde vapor, 6 gascarbénico. A Aguia, representada pela cabega, nos indica 0 estado de controle do compo pela mente. 1. Cabega erguida significa hipertrotia do controle mental. 2. Ao contririo, cabeca baixa sgnifica que o indivduo é controlado pelosesimulosextemos. 3. Cabega em poscdo normal indica um controle nomal da mente. Reexamine o leitor a ilustragdo dosdois motociclisas - a posicao da cabega diz a mesna coisa que a do torax, reforgando harmonicamente a mensagem do como. © exercicio n. 3 6, portanto, dbvio. Nos ocidentais, estamos infinitamente maishabituadosa observar expressSesna cabeca do que no restante do corpo daspessoas Nosso retrato, nos documentos que nos identificam, nao inclui o corpo, e a descrigdo por escrito tenta definirnos por detalhes faciais - nao cita, jamais, 0 tamanho do noss pé ou (ainda bem, em tantos casos!) da nossa cintura! Enquanto isso, nas culturas asiaticas as representacoes da figura humana a buscam inteira, em expresivas attitudes corporais. propostadamente sgnificativas O leitor, decerto, ja viu uma estatueta de Buda. Um busto de Buda, nunca! A inferéncia 6 clara: A cultura do Oriente percebe mais a linguagem do corpo do que nés, integrando em Gestalt o que nos, neste estudo, buscamos reconstuir de fragmentosde Edinge Masvoltemos, modestamente, ao exercicio da "Aguia” Por exemplo: nas moedas das culturas ocidentais de todos os tempos encontraremos mais material didatico para nos treinar a observagao embotada: os perfis dos monarcas nunca estéo cabidbaixos; a sua atitude é de mostrar que enxergam longe, dominando 0 futuro! Observe sempre a atitude da cabeca, se quiser perceber a intensidade do dominio intelectual e espiritual daquela mente, naquele instante, aprovando ou rejeitando asemogéese ingintosdo seu como. - ~ stm! ct nfo! <—-~—-- sim! Olhemos de novo esta ilustragdo que estudamos ao " observaro boi’, ido é, a parte referente a vida instintiva e vegetativa. Haviamos notado o realce da parte abdominal, dizendo da aprova¢ao, naquela esfera, da alimentagao. A “Aguia" diz a mesma coisa; a cabeca sorridente e atenta avanga em diregdo ao prato. A mente, portanto, aprova também, em principio, a oferenda e educadamente manda apenasbragose maosexercer 0 geso de recusa "de caso pensado". Ea imagem perfeita de um dilema. Vamos, nos desenhos seguintes, eliminar essa contradi¢4o e obter duasconcordanciastotaisentre oscomponentesda mensagem total. Basta modificarbragos Ou entao a “aguia” e maos sem mexer no mostraré desaprovagao na resto: cabeca, membros poscao e expressio da superiores e abdémen cabega, e do avango dizem: aceitacao! abdominal passamos ao recuo geral: rejeicdo! PERMUTAS E COMBINAGOES EM INTERAGOES CONSTANTES No fim da ‘lig&o" anterior ja avangamosa uma stuag&o em que" guia" aprova em principio, mas discorda na pratica; domina o "bo'", num conflto muito comum de se observar. Edemonstramos, nos tltimos desenhos, as duas solugées bipolamente opostas - aceitagdo ou rejeigao - mas ambas agora sem contradigao entre os campos Pscolégicosem jogo! * O leitor, a esta altura, j4 esta assustado. Percebe que lidamos possvelmente, com um alfabeto de componentes bascos smples, mas com um numero infinito de pemutas e combinagdes, dadas as igualmente infinitas variagdes de intensdade de infinitas expresses corporais que, por sua vez, podem ser concordantesou antagénicase variarno tempo, entre o fugaze o constante. Lembre-se porém que nés esudantes, somos feitos da mesna matéria que a matéria sob estudo! Entéo, por que nao entender-nos a nés mesnos? Usemos a cabecal!l Uma boa maneira de usamos a cabega esta sob o thulo seguinte, ou seja: Uma pausa para 0 leitor. CAPITULO 3 ee Perceber em vez de Olhar Uma pausa para o leitor. - Nao 95 0 latim 6 lingua morta; a linguagem do corpo também, se apenas estudada em livro. - Convite para fechar esas paginas e olhar se as bolsas estado nos colos das mulheres. - Erar pouco importa; 0 importante 6 vocé se habituar a perceberem vezde apenasolhar! UMA PAUSA PARA O LATOR Como toda gente, nés - Piere e Roland - sentimos as vezes saudade dos nossos tempos de infancia. Menos daquelas horas de tortura lenta, chamada aulasde latim. Hoje dominamos (bem, razoavelmente ou mais ou menos; depende) o inglés, alem4o, francés e portugués, 0 que por sua vez permite arriscar 0 espanhol e adivinhar parcialmente 0 sentido de um paragrafo simples em italiano, ou até mesmo uma legenda de fotografia em holandés Mas nao nos pegam para decifrar uma inscrig&o latina! Bsa razao: Jamais tivemos 0 prazer de ouvir alguém a nosw lado reclamar em latim a cerveja que 0 gargom esquecera de Ihe trazer! Porque, se assim fosse, também observariamos 0 garcom trazendo a ceneja. E assim daria para deduzir 0 sgnificado daquela mensagem verbal (Quanto visual, talcomo representada no desenho acima, até garcom que nao sabe latim da para perceber alguma coisa!) Exariamos absorvendo do ambiente a presenca viva de mais uma lingua em vezde tentarressuscita-la de tumulosteitosde papele tinta Ninguém consegue a percepcao fluente de uma lingua se apenas a esuda em livros Mesno em se tratando da unica lingua universal; mesmo que, inconscientemente, todos nds nos expresemos por seu intermédio. Certo, conhecemos alguma coisa; sabemos disting uir entre 0 rosto zangado e o alegre, a bofetada e a caricia. Mas percebe o leitoro que Ihe diz, sem palavras- nosdoisdesenhos abaixo - uma senhora que o vista em sua casa? Observemos: no desenho a esquerda ela ainda esta com a bolsa no colo. Sua atitude fisca diz: Ainda nao estou a vontade! No desenho seguinte, ja largou a bolsa no sofa. Com isto diz: ja adquiri confianga no ambiente; j4 estou me sentindo a vontade! (Pausa. Aplausos. Os autores si vivamente cumprimentados pelo leitor,) Faca, entdo, o leitor uma pausa na leitura. Tome a folhear, por um ou dois minutos, as paginas anteriores Isto o ajudara a fixar mais conscientemente 0 que absorveu; as quatro partes da esinge. (E que nos perdoe o us de tao arcaico smbolo, mas como método mneménico ainda funciona melhor que dizer toda hora: Vida Instintiva e Vegetativa, Vida Mental, ou Consciéncia e Dominio etc.- nao acham?) Depois ponha em pratica o que aprendeu! Faca o que nds fizemos Observe. A sua volta, a linguagem muda dasatitudes corporais prossegue, constantemente, com toda a eloqiiéncia da propria Vida que fala das suas relagdes humanas Mais adiante, encontraré pormenores, mas o importante 6, agora, acostumar-se a obserar. Procure classficar dentro do esjuema basco apresentado o que se pasm a sua volta! Tate de decifraras wasesfingese divirta-s! Uma adverténcia: Vocé vai errar! Vocé descobre logo de inicio duas peswas sentadas uma diante da outra, numa reunido social. Esto descontraidas, merguihadas em conversa mutuamente atraente Instintivamente cruzam e descruzam pemas tomam diversas posi¢ées de bragose torax, uma praticamente imitando a outra. Ito sem divida é snalde smpatia entre ambas Etem mais, quem primeiro modificar a pos¢ao (logo a seguir imitada pela outra) é o lider momentaneo da conversa. Entaéo vocé, supreso e entusasnado pela facilidade inicial com que passa a perceber estesfendmenos, vaierar! Aconteceu com o Roland, num coquetel muito concomido de inauguragao de um Sado de Belas Artes Bo plantado time diante de um quadro (dele, "por coincidéncia") quando uma bonita jovem a seu lado deixou cair 0 catdlogo. Be chegou a esocar um inicio quase imperceptivel do ato de abaixar-se, mas reprimiu-o logo e, imediatamente, “descobriu" um pintor amigo do outro lado da sala. Com expressio, de ter encontrado o Filho Prodigo, disparou naquela diregdo, fingindo nao perceber o pequeno incidente. Homem desinteressado naquela jovem a ponto de ser grossiro! Egocéntrico! Mal-educado! Bem, na verdade houve o seguinte: ele chegou a mumurar entre dentespara a jovem (que era a senhora dele) a palavra "calgas’, antes de agir daquela maneira. Porque estava esreando um par daquelas. calgas modemas apertadas; ambos ja haviam percebido uns estalos em certas costuras estratégicas e smplesnente era por demais arrisc ado abaixar-se! Gar é natural; é erando que se aprende. Vocé esa em terra estranha; seu vocabulario é restrito; sous (e nossos!) conhecimentos da estrutura daquela linguagem sao ainda poucos A regra 6: USFo que vocé sabe e nao se preocupe com a perfei¢Ao impossivell Vocé s5 ndo pode se arvorar em professor daquela lingua ainda estranha. Mas pratique alegremente que o resultado 6 certo! Vocé ja sabe, pelo menos, que ndo convém tentar, digamos, vender um seguro para aquela senhora enquanto ela nao largara bolsa do colo! CAPITULO 4 MN Analise de um Sorriso Acabega. -A imensa importancia da regiao ocular. - Avangamos muito na nossa capacidade de andlise: Ja somamos e subtraimos pormenores smples para distinguir entre trés sorrisos desagradaveis. - Cinco a zero 6 0 escore do somiso que nao encontrou oposigao no seu proprio rosto. ANALISE DE UM SORRISO Ento, de volta as noss paginas? Esperamos sinceramente que tenha aproveitado bem a pausa treinando a sua acuidade de observador. Nao se preocupe se pouco entendeu do que percebeu; 0 importante foi perceber conscientemente o que antes seus olhos apenas enviavam ao seu arquivo mental, sem cépia para o Departamento de Pesquisa que vocé tem no seu interior "guia". Vocé percebeu atitudes do como inteiro e certamente nao deixou de observar as expresses dos rostos Retomemos entao o nosso alegre esudo Na propria cabeca temosrepresentadosos trés animais: O boi, representado pela boca poronde entram os alimentos © ledo, representado pelo nariz onde entra o oxigénio para os pulmées A Aguia, representada pelosolhosque sao 0 epelho da mente. Aregiao ocular é de imensa importancia expressiva; revela, como todos sabem, a atitude da mente. Quem nao 6 capaz de fazer uma lista maisou menosneses termos? Sobrancelhas abaixadas concentracao, reflexao, seriedade; Spbrancelhas levantadas: surpresa, espanto, alegria; Olhos brilhantes: entusasmo, alegria; Olhos bacgos: desanimo, tristeza. Ou entao algo parecido com isto quanto aoslabios: Arqueadospara cima: prazer, alegria, satifagao; Arqueadospara baixo: desprazer, tristeza, insatistag¢ao; Em bico: duvida, contrariedade, raiva. Mas basta de enumeragoes enfadonhas! Que lista estranha, banal, imprecisa! A bipolardade prazer-desprazer parece logica, tendo-se em conta a oposcao geométrica dos tragados sorriso- muxoxo. Ja outros casosparecem pouco claros. Tudo isto é muito vago, nao 6? Pois bem, é exatamente o que queremos transmitir ao leitor: so com listas de palavras quase nada esclarecemos! A abundancia de expresses possveis a qualquer rosto faznos sorir das pobres combinagées convencionais de meros vinte e poucos caracteres tipograficos. VAMOS SORRIR? Sorrir, como? Certamente nao deste desenho; o que ali esta acontecendo 6 maldade! No entanto todosnele estao somindo, todos tém oscantosda boca em curva ascendente! Analisemos Qual é a caracteritica principal da um sorriso, a sua nota dominante? Cantosda boca para cima? Muito bem; entaéo vamos marcar esse pormenor com um snal postive (+). Mas vamos marcar também as outras caracteriicas. Usaremos 0 mesmo snal (+), quando estiverem em harmonia com a dominante. Emarcaremosasdiscordantescom um snal negativo (-). A. Canto curva para cima: bascamente um sorriso B. Costas encurvadas; cabega encolhida entre ombros: atitude de animal a espreita de inimigo; agressividade. C. Musculo orbicular das pdlpebras contraido: observagdo aguda, fime D. Labioscomprimidos propést firme. E Queixo apoiado nas _maos: egera firme, paciente, desatiadora Resultado: 4 negativos X 1 positivo, neste sorriso-maldade. A. Meio sorriso unilateral. B Distensio do mésculo orbicular mais contragao do frontal: surpresa maisdesaprovagao. C. Musculos elevadores do KAbio superior, zgomaticos bucinador e ‘isdrius em contragéo: amargura; de um s lado: amargura temperada com senso de futilidade B- % | As Fesultado: 2,5 negativos X 0.5 positivo, neste sorriso-resignagao. A, Cantocurvo do sortiso basco. B Torax salientado: orgulho, superioridade C. Manilar inferior salientado: desaprovagao, por ser combinado com D. musculo compressor do nariz contraido: desgosto (as capacidadesgustativa e olfativa sao fisologicamente interligadas). E Orbicular contraido combinando com : F. Frontal contraido para cima: censura G. Tonco inclinado para tras desaprovagao. Resultado: 6 negativos X 1 positivo, neste sorriso-desprezo. Puxa! Ndo encontramos uma unica harmonia para a dominante sorrisy-basco! Ha um total geral de 12,5 snaisnegativos discordando de apenas2,5 snaispostivos do tema dominante "sorriso” A esta altura, seria muito util ao leitor tornar a ler esta andlise. Feconhecemos que é muita matematica em seguida; faga outra pausa, feche o livo e dé uma volta ld fora se nao estiver chovendo Mas, ao recomegar a leitura, nosso pedido continua de pé. B agora um sorriso bom! Repetimos abaixo o sorriso-mal- Tomemos o mesmo rosto e 0 mesmo somiso basico. Com a cabega melhor posicionada, o olhar claro, os labios abertos e a mao Ao mais no queixo e, sim, oferecendo uma boa gorjeta; e estamos com 5 positives X 0 negativos! Quer compreender iso ainda mais claramente? Entéo tome um pedaco de papel de seda, papel * vegetal” ou qualquer outro bem trangparente. Com um lapis, decalque apenas a cabega do desenho acima. A seguir, volte para a pagina 51 e ponha seu desenho por cima do somtiso-maldade. Acerte a pos¢ao pelo nariz e canto da boca, e vocé notaré melhor o que foidito acima. Aproveite para decalear também o desenho do sortiso-maKdade impresso na pagina 51, e use a mesma técnica de edudo comparativo por supempos¢ao, colocando este novo decalque sobre o desenho do sorriso bom, ao alto desta pagina. CAPITULO 5 Harmonia e Desarmonia Onde entra um breve estudo para piano, a dois dedos 86. - O leitor ja percebeu a matematica da discordancia do sorriso; a do piano é de olfo versus nove! - O homem esa pscofisologicamente “afinado " para sentir isso na musica; porque nao na linguagem do compo? Até aqui nos valemos dos nosws olhos para examinar a matéria sob estudo. Usemos agora 0 ouvido em trés simples experiéncias com um teclado sonoro. L4 no fundo do nosso ouvido tem o caracol auditivo. Sua estrutura 6 talquala de um piano, mas incrivelmente miniaturizado e enrolado em egpiral. Onde nosso piano osenta umas vinte duzias de cordas, nosso caracol tem cerca de 24.000. E tao menor que a tensio das cordasde um piano comum teria de ser afrouxada numa proporgao de 1 para 100.000.000, se ousassemosproduzir um caracol auditivo artificial para trangplante cinirgico em séculostuturos. uas cordas maisfinas, para a percepgao dos sons maisagudos, S40 mais curtas (coisa de um vigésmo de milimetro) do que as mais espessas, para os graves, que alcangam cerca de meio milimetro Assim as primeiras podem captar vibragdes na freqiiéncia de 20.000 vezes por segundo; a medida que avancamos caracol adentro, encontramos cordas cada vez mais longas, até chegar as que estado afinadaspara sonsgravesde 16 ciclospor segundo. Kto representa uma amplitude de umas 12 oitavas(um piano de concerto tem apenasde 7 a7e meia oitavas). Hoje em dia ja 6 menos usual ter piano em casa. Mas tem no clube, ou nas lojas musicais; e 0 Ieitor nao precisa saber tocar piano para fazer asexperiénciasque passamosa descrever: gS Primeiro, localize a tecla dé. E facil de achar; bem no meio do teclado. Ea tecla branca a esquerda de um grupo de duaspretas. Toque-a. Aquele som vibrard 261 vezespor segundo. A seguir suba uma oitava (conte oito teclas brancas & direita, incluindo na contagem a que tocou). Eiso dé seguinte, maisagudo. Toque-o i aly Vibrara 522 vezespor segundo. Agora a primeira experiéncia: Toque asduasteclasdescritas, ao mesmo tempo! l alll Vocé acaba de obter um acorde perfeito: um som muito puro e agradavel. Masrepare no aspecto matematico: 522 6 0 dobro exaio de 261! Vamosa segunda experiéncia: i Toque, smultaneamente, 0 dé eo mi(o miéa #teclaa contando 0 dé como primeira). ireita, Eoutro acorde agradavell Qual a proporgéo matematica? As vibragdes agora sio 261 & 328.88, ou seja, na proporgao de 4 para 5! (Para n&o nos afastar muito do nosso tema principal: 0 boneco representa o leitor depoisda segunda experiéncia; acaba de descobrir que da para pianista e o expressa pela linguagem da sua atitude corporal) Ea terceira e Ultima experiéncia? a Toque, ao mesmo tempo, as duas teclas adjacentes dé e ré (basta um dedo %, bem no risco que divide uma da outra). Nao gostou? Pois 6, juntou 261 com 292.98 ciclos por segundo; dois numeros na proporgao de 8 para 9. Juntamos dois sons discordantes entre si LA dentro do seu ouvido intemo, grupos microscépicos de fibras de tecido conjuntivo vibraram em unissono com ascordasdo piano. A sensagao foi transmitida pelos neros para o cérebro e vocé tomou conhecimento de algo desagradavel na experiéncia numero 3, enquanto os sons ouvidos na experiéncia numero 1 e na numero 2 contaram com a aprovacao consciente do seu EU. Vocé estava de acordo com osacordes! Acabamos de demonstrar um fato: 0 ser humano esta fisiologicamente “afinado” para distinguir entre harmonia e desarmonia. A ciéncia registra, de fato, essa verdade pscofisolégica no campo da percepgao humana. S duas notas muscais vibram ao mesmo tempo sem que sua freqléncia coresponda a proporgées matematicas smples (como 1:2 ou 4:5), o Homem registra essa vibragao como discordante! Quanto as freqiiéncias que usamos em nossa experiéncia, cumpre registrar que estas nao es40 ainda universalmente padronizadas, assim o dé de Handel era de 504 cps mas o Covent Garden Opera House, em 1876, chegou a adotar 540 - quase um semitom mais agudo; 522 cps esta mais de acordo com a presente cultura ocidental ja qual for a freqiéncia dominante, costuma-se dividir uma citava em doze semitons que sao divididos em proporcao fixa entre 3, porconveniéncia pratica. Teriamosuma propor¢ao matematica muito mais pura, utilizando a chamada escala diatonica (1, 9/5, 5/4, 4/3, 3/2, 5/8, 15/8, 2.), masnao se presta muito ao uso na pratica, pois as notas emitidas seriam diferentesao mudaimosde t6nica (a nota aqui simbolizada pelo 1) Dai, a proximacao baseada num teclado real que usamos em nossas experiéncias 2 e 3; os valores 4 x 5,04 e 8 x 9,01 seriam mais corretos para os acordescitados, maso noss ouvido "perdoa"e aceita bem a diferenca centesimal - talvez por avidez de harmonia num mundo dissonante! CAPITULO 6 eee Comportamento Interpessoal Comportamento intepessal: Jd vamos aplicar numa reuniéo social aquelas continhas smples que fizemosno faroeste sorridente e no piano de cauda. -O leitor da outro passo importante a frente; se brago, narizou mao é letra, 0 conjunto forma palavra! COMPORTAMENTO INTERPESSOAL As'letras’ que formam as "palavras" Apresentamosa Vocé, leitor, as nossasdesculpas se Ihe pareceu que saimos demais do assunto. Quem sabe quantasatitudes comporais vocé observou durante aquela pausa? Talvez algo assim? Ends, em vez de elucidarmos suas observacées, levamos vocé primeiro a uma cena de faroeste e, depois a um piano! Entéo esta bem; vamos examinar sucintamente ese desenho. Comecemospor estudar, individualmente, cada pessoa representada. HARMONIA EDESARMONIA Vamos primeiro, detinir isso? Harmonia 6 disposicao bem ordenada entre as partes de um todo; concérdia; concordancia. Desarmonia & ma diposeao das partes de um todo; discordancia Eagora, m4osa obra: vamosanalisarcada pessoa como se fosse uma palavra e quiséssemossaber de que letrasela é compost. a) A mulher de pé, a esquerda. Esa "de pé atras’, Nela, quase tudo harmoniza - concorda - com esa atitude (repare a palavra atitude que tanto tem sgnificado fisco como psicolégico)! © como inclinado para tras recuo, rejeicao, afastamento! Un brago pemmanece cruzado diante do térax; defende a regiao "leo" do sentimento do EU: ndo-aceitagao no plano emotivo: O outro brago, de mao fechada, leva o cigarro o mais para tras possivel; atitude de quem nao quer ceder um objeto que ali segura, ou até mesmo amemessi-lo, enquanto recua, sobre um agressor: recuo sob protesio. A cabeca em recuo, e de " nariz levantado", confirma,” em Aguia”, a desaprovagao no nivel do pensamento consciente. Contudo, mostra um somiso (" seco"; apenas os musculos bem proximosda abertura oral entraram em jogo). Conclusio obvia: é um soriso por educagao; a linguagem basca, que é a do corpo, nao harmoniza com que 0 sorriso tenta dizer. & marcarmos"posttivo” (+), ou melhor, "maisou menos’ () a mensagem “oficial” - transmitida voluntariamente, "de cas pensado” - temosque marcartodo o reso em oposi¢ao, com sinal negativo (-) Observe - todo o resto hamoniza entre s, porque é tudo negativo. b) O homem, de pé diante dela. Goda de s mesmo. Nele, sm, tudo diz: auto-satisfagao, auto-aprovacao! Posi¢Ao de fimeza e inicio de avango naspernas confia em ¢ proprio, "sabe onde pisa". Torax em evidéncia: sente a sua propria importancia. Até os dedosdasmaosapontam "o leao” Cabega: atitude de quem "est por cima” (combinando com o torax: orgulho). Procure notar isto na ilustragao, que esta na pagina seguinte. Este, sm, podemos rodear de simbolos "postivos’ (+), ou seja, concordantes com a mensagem conscientemente expressa. Tudo, ali, afirma o EU. UN c) O homem sentado. Esta interessado na mulher. Sua atitude expressa ago, totalmente voltada para ela (Desenho na pagina 67) O tronco, avangado para a frente, diz: quero avangar. Acabega, idem Pernas cruzadas, desembarago; um dos pésavanga para ela. A mao direita apdia-se no smbolo de desembarago citado; ito também acontece com 0 cotovelo esquerdo A mao esquerda como que afasa 0 copo impacientemente da sua frente: esta interessado na oponente e nao na bebida! Smboliza também escondero seu proprio rosto de terceitos - nao quer que ninguém se meta na conversa! Também nesta figura, podemos assnalar pontos postivos - tudo concorda entre s, numa dbvia demonsragao de snceridade de propésio. d) A mulher sentada. Esta adorando a stuagao. Aceita a lideranga do seu parceiro. Gosa do que es acontecendo (Desenho na pagina 68). © compo inclinado para tras, mas nao retesado como na mulher a) e sim "relax’, descontraido, apoiado no epaldar da cadeira, diz: aceitaco, concordancia As pemas, também cruzadas espelham a posigao das do seu parceiro, masde forma mais branda (Apostamos que ela adotou essa poscao logo em seguida a dele!). Aceitagao, concordancia Mosa as palmas das maos para cima: Aceilagao, concordancia. Segundo Dr. A.E Scheflen, um dos cientitas que estuda essa matéria: "Sempre que uma mulher mostra a palma da mao, esa cortejando vocé - querela o saiba ou na Igo, em sentido lato; procura - ou concorda com - um encontro, um parceiro, mesmo que a intengao seja apenas o prazer de uma comunicagao verbal agradavel. Acabega - ora, 0 keitorjé tem pratica basante para reconhecer que concorda também. Tudo postive também aqui - nada destoa da intengao clara da mensagem: aceitagao, concordancia é . ‘ 2 ut CUIDADO. LETOR! Positivo - 6 bom lembrar - aqui nao quer dizer "certo", nem negativo “errado"’! Nao ha julgamento ético nisto! Lembre-se que marcamospostivo, de saida. o sna/dbvio, formal(poderia sera palavra "sim", pronunciada em voz alta), e negativo tudo que for contrario (0 corpo dizendo nao). Ou, alguém dizendo "nao" em voz alta, isto seria 0 postivo, e 0 corpo, dizendo "sm", seria negativo (negando o que eda sendo dito em vozalta). Tudo entendido? Entao vamosadiante: CAPITULO 7 MN Origens Antigas dos Gestos de Hoje Quando em grupo, nossa linguagem comoral anseia por afimaro nosso eu. - Vamos juntar "palavras "- e a percepgao delas sora aprendizagem, ou melhor, reaprendizagem? - O valorfilogenético dos gestos antigos ou aprova de como nosw vové pré-histérico escapou de levar uma pedrada da eleita do seu coragao por ndo esperar pela invengao da palavra falada O QUEHA DECOMUM ENTRE AS PESSOAS? Examinamos quatro individuos Podemos afirmar que todos tem em comum precisamente isto: cada qual zela pela sua individualidade, pela personalidade que Ihe 6 propria Edemonstra sa ansa de preservaa! Nem precisamos analisar longamente componentesde expressio facial (de propésto, aquela abundancia de dculos e cabelos). A linguagem do como foi coerente, foi harménica com 0 desejo de cada individual numa dada stuagao, tanto no nivel consciente como nos outros componentes da “esfinge" (A Unica excecao aparente -o soriso em a) - retomaremosmaisadiante) Cada um preservou o seu EU, na atitude mental (e corporal) desejada, conscientemente ou nao! ‘sto, num sentido muito real, é a propria sobrevivéncia do EUde cada um de nds ao longo do eixo-tempo da nossa exiséncia. Mas 05 individuos estudados nao estavam isolados em quatro proverbiaisilhasdesertas! Formaram pares estavam em grupo. Ora, quem es num grupo, sempre influencia 0 comportamento dese ©, por sua vez, também 6 por ele influenciado. Eo que estudaremos a seguir porque analisar uma pessoa de cada veze nada maisé como verificar asletras de uma sd palavra. Falta ver a frase em que a palavra esa! VAMOSJUNTAR "PALAVRAS’ Ha uma interagao consante, quando formamosgrupos humanos. Voltemosao nosw exemplo A esquerda 0 grupo a) - b), tal como o vimos A direita, nos dissolvemos 0 vemiz da civilizagao do casal. Entao a linguagem do corpo s tomou acentuada, passou do gesto a ago. O comportamento interpessoal é inequivoco; é a agressio e defesa, visiveis nos mesnosgestos porém dindmicos desnibidos. O gmupo a) -b) é negativo (), 6 discordante. Exes dois estao em DESACORDO! Na escala de valores da vida, a autopreservacdo ocupa o primeiro lugar - 6 sobrevivéncia antes do prazer. Queremos seguranga para temmosa tranqiila paz, precisamos de paz. para manter 0 amore vice-versa; quando inseguros, ficamosansiosos. Em todo comportamento interpessoal encontramos atitudes fisicas e mentais cuja finalidade é evitara ansedade de um 'Nao!" ao nosso EU, ou de obtera seguranca de um "Sm!" concordando com o que somos Existimos, afirmando nossa identidade, nossa existéncia - e vivemos a_ vigidta inconscientemente (ou, mesmo, conscientemente) ansiosos quando em grupo. Assim, 0 homem b) anseia por impor o seu EU. Nem precisamos saber qual foi a conversa. Decerto 6 um desses sujeitos magantes que 96 fala dele proprio, sem querer saber se 0 parceiro esta interessado no assunto. Faz um papel de lider ditatorial e a mulher a) resste, a olhos vistos, a essa negag4o da gua propria importancia! No nivel consciente, transmite um sorriso educado, pois também neste nivel, anseia por afirmar-se (Pessoa educada, de classe, sabe fingir aprovagao diante dosconvivas). Vejamos, agora, 0 grupo ¢) - d); vamos igualmente retirarthe 0 verniz inibitério. Mudemos toda intengao -ja subentendida na muda linguagem daquelescorpos-em agao desnibida: Sera preciso gasar palavraspara concluir que 0 grupo c) -d) 6 postivo (+), 6 hamménico? Nao se percebe logo que estéo DE ACORDO? AO DO TODO X PARTES Eo piano? (leitor em atitude de cética e impaciente expectativa: queixo apoiado na mao, observando-nos com a cabeca lateralmente desviada, sobrancelhas - masnao palpebras-bem levantadas, dedos dos pés “martelando na mesna tecla”...)* Bem, nao nos iriamos dar o trabalho de arastar um piano de concerto para dentro destas paginas, se fosse somente para introduzir a nogao de harmonia. Quisemos, entre muitos exemplos possiveis, citar um bem claro. Mas o tema agora 6 sua percepgao! Exemplo de emissio de mensagens (sonoras) smultaneas (acordes) e que esejam mutuamente em conflito (discordancia sonora): Isto seria o "Qué". A parte importante € agora, 0 "Como": Ea recep¢ado da mensagem como um todo mais a perepcao da disondncia ou harmonia das suas partes por um digpostivo psicofisiolégico! Exemplo da recepcdo, sob 0 agecto fisologico: um ossnho chamado estribo; 6 um sdlido transmitindo a um liquido (linfa) do caracolauditivo asvibragdesde uma mistura de gases(ar). Exemplo da percepedo, sob 0 aspecto do AU: o maestro, regendo a emissio conjunta de sons de oitenta instrumentos sinfonicos e, Ssmultaneamente, percebendo a diferenca de meio tom entre dois violinos. Os dispositivos so muitos Ora, tais disposttivos de percepgdo abundam em nés -desde o registro de ondas luminosas vindasaté de distanciasde anostuz, até a percepg4o de contato cutaneo, mudangas na velocidade com que nosdeslocamos odores corenteza de ar... Nao resstimos a mais um exemplo: temos cerca de 1.500 "compos lamelares’ no periténio, nas paredes das grandes artérias, nos. revestimentosde misculose principalmente na parte profun- da da pele. Cada uma 6 um pacotinho de laminas conjuntivas, tendo ao centro um nervo. Desocando-se 0 tecido, a linfa que se acha entre as laminas tem a sua pressio modificada, 0 que é transmitido ao nervo. Assim a "aguia" em nds szbe quando algo nosdesoca a pele, e também 0 "boi" toma providéncias administrativas dentro de nés de cuja natureza nem sequer nosdamos conta! Quer dizer, entao, do nosso cérebro - eecialmente dos milhdes de informagdesda nossa meméria - nao constitui ele o maximo entre os aparelhos biolégicos de percep¢ao e conseqiente reagao em varios niveis? Percepcdesantigase recentes Ha um ndmero imenso de agées - reacdesprogramadasno nosso sstema nervos - que 6, ele proprio, nosso sstema de percepgao. Muitas percepgées so inconscientes, anteriores até a propria epécie, como, por exemplo, osque govermam osnossosmovimentosintestinais, Outros sio téo recentes como a sensbilizagao do leitor as posturasdoscomosdosseus amigos, durante um coquetel, e que ainda esto na fase da aprendizagem. Ou ser reaprendizagem? A FALA DOS GESTOSANTIGOS A mulhera) do nosso estudo anterior usou o mesmo gesto ansoso dese nosw antepassado a), num capinzal stuado a milhoes de anos antes da Tore de Babel das linguas faladasE, certamente, nosso antepassado b) percebeu muito bem o que a) queria transmit! Mesmo porque, se assim nao fosse, pelo menos um dos doisteria deixado de ser nosso antepassado naquela mesma hora e, talvez, nao estivéssemosaqui para contara histéria! E sem a pedra na mao? Olhe a ansedade de b), mosrando as mAos sem armas para conseguir sobreviver Asrelagdes interpeswais a) -b)! Ser preciso dizer que, diante de um projétil engatilhado em nossa diregao, 0 smbolo pacifico de submissio 6 até hoje emitido e percebido da mesna forma? VIVERE PERCEBER Sob que forma percebemosnossa propria exiséncia, 0 nosso EU? Nao é, porventura, como uma imensa soma de conhecimentos, isto é, de informagées? De percepcoes? Eo sobreviver? Nao é 0 reagir em harmonia com 0 que for necessario para isso? Eo cas daquele nosso homem primitive, lembrando-se de experiéncias pessoais anteriores sob o titulo 'vermelho": foge do incéndio do capinzal que reconhece nao combinar com o seu bem- estar fico. Mas avanca rumo a maca, porque sabe que esara de acordo com as exigéncias do seu paladar. Fogo + pele = discérdia. Maga + boca = conconancia, harmonia. Esencial A propria filogenia, nao nos fatam exemplos de capacidade de discemimento até nasmanitestacdes mais primitivasda vida. Todos sabem que, pondo-se um feijéo para germinar numa caixinha na qual fizemos um ofificio lateral, a plantinha se estenderd sempre na diregao daquela fresta de luz. Treinando um verme de espécie planaria a reagir cada vez que se acender cera luz, pode-se corta-lo ao meio - asduasmetadesfario brotar, respectivamente, nova cauda e nova cabeca, e os doisvermes, guardando aquela informagao, continuarao reagindo conforme aquele habito anteriormente adquirido. Talvez "Vida" e "Nao-Vida" nem sejam definigées absolutas; um virus @ "vivo" no sentido de sia capacidade de multiplicar-se e reproduzir a sua propria espécie e nada mais - o primeiro passo do estado inanimado ao animado. E particula incrivelmente pequena de matéria (por exemplo: o virus da febre aftosa tem apenas 0.000.000.8 cm de didmetro; numa Unica célula de um centésimo de milimetro de diametro caberiam maisde 50 milhdesde virusde poliomielite). Contudo, até o virus sabe “distinguir’ (mensagem quimica que soja, 0 que @ antes classficagao do que uma explicacao) entre o ambiente favoravel ou desfavoravel a sua ado reprodutora Feage, inconscientemente que seja, a informagao inconscientemente recebida. Masa discerniu, de alguma forma! Em tesimo - tudo o que vive possi a caracteritica de disc ernimento ¢ isto 6 essencial A sua propria existéncia Ora, 0 homem é um ser altamente perceptive e, certamente, percebe os seus semelhantes Como nao haveria de perceber-hes a diferenga entre a atitude favoravel, neutra ou francamente desavoravel ao seu EU? Ede que maneira, senao pela percep¢ao da linguagem do compo - antes que inventassem asgramaticase osdicionarios? CAPITULO 8 ee Intermezzo 1 O homem 6 programado para discemir, mas o habito de atentar para as feramentassimbolos chamadas palavras afastou-o da percepgao consciente total imediata do "aqui e agora". - Smpatia e antipatia, uma possvel capacidade residual deste tipo de percepgao. Aviso ao leitor: Ete capitulo é curtinho para levélo em boa velocidade ao capitulo seguinte! © HOMEM E PROGRAMADO PARA DISCERNIR: Nao ser licito supor que um fendmeno congante to antigo como a propria vida tenha, tal qual o caracol auditivo ou oscircuitosde memoria do cérebro, também a sua programagao pscofsica? Em outras palavras, que 0 habito de sobreviver tenha condicionado os reflexosque Ihe sao pertinentes? Eque nao mais usamosconscientemente esta nossa faculdade, smplesmente por termos adquirido 0 habito do smbolo-palavra em vez da percepgao direta? © sivola sobrevive na mata porque cheira de longe onde encontraré 0 riacho para beber. Nos precisamos de um mapa, de bussola, guia, seta indicadora, para nao momermosde sede na mesna floresta! SIMPATIA EANTIPATIA Nao estar aia explicagdo de parte das causas de smpatia e antipatia que sentimos diante de novas relagées humanas? Quando a linguagem do como de alguém nos transmite conflto com os nossos interesses, quem sabe o percebamos em nivel inconsciente de forma negativa ()? Ito, apesar das palavras com que nos procura agradar, ou 0 seu sorriso (+)? Sentimos a desarmonia (+ -)? Lembremo-nos do soriso daquela gente ruim, da cena de faroeste que nao nosagradou de saida! Lembremo-nos que instintivamente desaprovamos gente que sempre desvia seu olhar do nosso, durante um dialogo, ou que, de mao inerte, nao responde ao nosw aperto de maoscom igual aperto! PRONTO PARA UMA CONCLUSAO ANAL? Obrigado, leitor, que nos acompanhou até aqui, carregando piano, gente rejeitando bolo, gente da idade da pe- dra, bichose bandidos - agora es na hora de apanharmos o prémio dosnosws esforgos! Agora, juntos podemos sucumbir a tentagao de aniscarmos esbogaruma teoria de Percep¢ao Humana! E isto com pleno conhecimento de causa! G-la, resumida em apenas princ piosbascos CAPITULO 9 MN Quatro Princ ipios Basicos Os quatro principios que pemmitirao ao leitor um entendimento mais completo da linguagem do compo humano. - Maisuma pausa para aprendercomo funcionam na pratica. - Um primeiro exemplo de dois canais de transmissio smultanea de quatro mensagens - Outro exemplo, jd com oito canais. - Quiro aviso ao leitor: O pior j4 passou; depois das primeiras paginas deste capitulo tudo vai ficando cada vez mais smples -ali4so leitor notaré pessoalmente que percebera linguagem do compo é bem maisfacildo que escrever sobre ela! PRINCIPIOS DA TEORIA DE INFORMAGAO E PERCEPCAO CINESCA DEP. WELER. TOMPAKOW : | OS COMPONENTES SIMULTANEOS DAS MENSAGENS EM LINGUAGEM DO CORPO HUMANO SEMPRE, CONCORDAM | DISCORDAM | ENTRE ae ENTRE si si { | u F£ POSSIVEL DISCERNIR ENTRE, ATITUDE CONSCIEN- TEMENTE EXTERIO- RIZADA. uw APERCEPCAO = Fyou | AREACAO | nett ll —— DO RECEPTOR DAS MENSAGENS PODEM SER DE MODO, CONSCI E/Ou NA PERCEPCAO CONSCIENTE DE MENSAGI CORRETAMENTE AVALIADAS _~ © ACORDO O DESACORDO. DOS COMPONENTES: — DOS COMPONENTES: CONFIRMA REVELA OPOSI- A VERDADE (AO REPRIMIDA | | DA INTENCAQ A INTENCAO ‘CONVENCIO- | SONVENGIO“ || NALMENTE NALMENTE. EXTERIO- EXTERIO- | RIZADA RIZADA ——————} 1 Que tal vocé reler os quatro principios? Afinal, isso 6 feito algebra. Muito certo, masmuito condensado e, Portanto, indigesto. Eque tal maisuma pausa, dedicada a um breve exercicio pratico com um amigo? Veja como esses Princ ipiosficam logo claros: OLHECOMO EBASICAMENTE SIMPLES. Vocé, 0 leitor, 6 a figura a). A seta horizontal entre seu rosto e 0 rosto do seu amigo b) é a comunicagao consciente entre ambos: 1. COMUNICAGAO DE a), EMITIDA CONSCIENTEMENTE ALCANCA b): Vocé acaba de contar a ele o que Vocé esa estudando no nosso livro. 2. COMUNICAGAO DE b), EMIMDA CONSCIENTEMENTE ALCANGA a): Be regpondeu que isso deve ser formidavel e também emitiu conscientemente um sorriso (+) que vocé também percebeu. 3. MAIS UMA COMUNICAGAO CONSCIENTE DE a) ALCANGA b): E 0 seu olhar, que por um instante se fixa na pos¢ao dos bragos de b) (seta inclinada) 4, AGORA, UMA COMUNICACAO INCONSCIENTE PARTE DE b) E ALCANGA a): A mensagem da resséncia a sua comunicagao (-) & emitida pelosbragoscruzadosde b) e percebida por a). No caso de a) ser mesmo voce, 6 claro que a percepedo 6 consiente, embora a emissio ndo 0 seja, pois vocé ja esta sensbilizado a linguagem do corpo, enquanto seu amigo nem percebe que ele esa emitindo posttivo (+) com aspalavrase o somiso, masnegativo (-) com osbracgos (e a poscdo de recuo do térax - do "leo" - sentimento - expressando duvida). Na realidade - lembre-se - um ser humano isolado nao pode, obviamente, mostrar suas relagdeshumanascompletas Emaisde um ja é grupo; entao ha interagao © diagrama acima jé 6 mais real; a seta horizontal de cima mosta 0 nivel co-consciente que ja esudamos, mas tem o co- inconsciente (como quando o lider muda a poscdo dos bragos e o liderado o imita sem senti) e mais as influéncias consciente- inconsciente, quer mutuas (setas inclinadas), quer individuais (setas vertic ais; conforme Anne A. Schitzenberger). Outra coisa: Nao existe um s6 nivel inconsciente e, sm, varios como todo psicélogo e psquiatra sabem. Masa gente faz uma forca louca para manter um livo smples e pratico. Entéo ndo vamos querer exibir cultura inutimente O que interessa 6 sermos praticos Fazer com que as pessoas s entendam melhor, com mais clareza e sucess. O mundo tem sede disso. Nao vamos resolver a situacao do mundo, mas podemostrazer 0 nosso modesto copo de Agua; n&o estamos absolutamente subestimando 0 leitor, masnao queremosque se engasgue! CAPITULO 10 ee A Energia no Corpo Humano A vida é um fluxo constante de energia e a linguagem do corpo é a linguagem da vida; logo temos que conhecer a enemgia em nos - Por isso vamos botaruma serpente numa FLECHA. -O consumo de energia de cada “animal” nos. - Onde esa 0 painel de controle da estinge? A ENERGIA EM NOS & olharmos atentamente as intmeras esinges antigas, percebemos em muitas a representagao de um animal a mais Ea SERPENTE Aparentemente insgnificante, mais parece um omamento usado na tesa, ou no maximo um pequeno disiintivo, como no boné de um policial fardado dos nossws dias. Asim, nao degperta maior atengao ao leigo cuja percepgao & mais facilmente centrada nos elementos mais dbvios da estinge. Isto pode, alids ter sdo intencional por parte dos antigos sacerdotes, por nao quererem atrair a atengao - talvez deseeitosa - dosfiéispara a SERPENTE URAEUS que representaria a maior forga do Universo: a ENERGIA! Notou, na figura acima, a cobrinha na testa da cabeca humana? A sempente 6 bem visvel neste exemplo. Tata-se de uma esfinge hitita - um povo da Asa Menor, desaparecido ha milénios E provavel que o leitor estranhe o desenho. Estamos, afinal, acosumados @ padronizagao em nossa cultura de produgao em massa. No mundo inteiro, as caracteristicas de nossas laminas de barbear, de nossas chapinhas de refrigerante ou das roscasde nossas lampadas elétricas sio de uma tranqiila e confortadora igualdade banal. Eaté mesmo aquela amavel esinge de cartunista 4 qualo leitor j se habituou nestaspaginastambém 6 uma espécie de padronizagdo nossa - embora baseada em sérias médias edatisticas dos elementos identificadospela arqueologia Mas os antigos nao usavam linhas de montagem e os componentes das edinges egipcias asstias persas, hititas, fenicias, gregas etc, variavam muito. Assim, 0 leitor jA percebeu que o escultor hitita do nosso exemplo pouca ou nenhuma importancia deu ao boi, mas caprichou tanto no leao que ihe concedeu até uma cabeca particular! Vejam s6 que importancia do "EU" na linguagem daquele compo smbélico! Esta variagao de numer e de desaque de elementos - possveimente relacionada com o que Piaget chamaria de "Centracoes de Percepcdo" diferentes - pode também ter relagdo com fases evolutivas de conceitos cosmolégicos e pscossomaticos através dos tempose doscontextos culturais vigentes. Mesno assim, no modelo mais antigo conhecido -0 egipcio jaa seente esta presente a freqiientemente reaparece em grande numero de exemplares posteriores Como a serpente, a energia assume todas as formas posiveis Comparavel aquele animal que se “transorma" ou "renova", ao mudara pele (a sua forma externa), também a energia se transforma: qualquer gesto do corpo vivo, desde o levantar de um peso até o mero ato de raciocinar, gasta energia; 0 estudo bioquimico do metabolisno mede-he a intensdade e o ritmo. Forca, por definigao, 6 energia aplicada! E, como a ondulagdo da sepente, também a energia pode ser representada como uma pulsagao, um ritmo ou vibragdo consante. Pois tanto faz consderarmos nosso coragao (100.000 batidas por dia), os raios gama (10% a 2 x 1018 vibragSes por segundo), os ciclos das estagdesdo ano ou da conente elétrica da bateria do nosso camo - tudo pode ser representado em gralicosque tém, como caracteristica basca, uma linha ondulatoria Mas embora a serpente se desoque ondulando, sua diregao e caminho percorridos podem ser indicados por uma seta convencional (Oconem-nos logo, osexemplosdo eletroencefalograma e do "eixo do X' cartesano). Temos, entao, na unido desses dois elementos, um simbolo a mais que criamospara melhor estudar a linguagem do corpo. Vamos usta doravante - especialmente na segunda parte dese livro. Sem ele, o capitulo 15 (sobre o Amore similares) teria Sdo impossivel. COMO FUNCIONA? Tal como a eletricidade da bateria do seu camo, a energia do sou como é armazenada sob forma quimica. Gas chavesda igni¢do eso ao alcance da mao - perdao,da pata do boie do leo e da garra da aguia Una grande parte da sia energia em potencial esta guardada como resetva na gordura, presente nos musculos e sob forma de gli- cogénio para uso dosmesnosno figado. Além dee, outras glindulas endécrinas (génadas, supra-renais, pancreas tiredide e pituitaria) sAo verdadeiros armazéns de enemgia para fins especificos A glandula-mesta é a pituitaria; em ligacao direta com 0 hipotalamo, por sua vez ligado ao cortex, ativa as demais glndulas citadaspor meio dosseuschamadoshorméniostropicos A PARTEDO BOI O boi € um grande consumidor de corrente, desde o trabalho constante dos musculos que ndo esdo sujeitos a vontade consciente até asdemais operagoées puramente ingiintivas respiragao, digestao © distribuigao dos proprios produtos energéticos da mesma, funcionamento do sstema reprodutor da espécie desde a copula até a amamentacao (periodo em que, na fémea, trabalha um boi para manter duasesiinges). Eassim por diante. A PARTE DO LEAO Esse cilindio de ar comprimido da para quanto tempo de mergulho? Ea pergunta que sempre fazem quando a gente, nosfinsde semana, da uma de herdi submarino. Ea gente nunca pode dar uma resposa exata! Quem no esa acostumado ao mergulho livre em pleno oceano fica com medo mesmo, por mais que minta a s proprio ou aos ingénuos habitantes de tema firme a quem, depois impinge as suas histdrias de pescador. Tenso, nervoss, desperdicando enemgia, regirando mais depressa, gasta o ar todo em muito menos tempo do que o tranqiilo mergulhadorveterano Assim, a emogdo pode consumir uma “parte de leao" mesmo, contagiando boie aguia com sua preocupacao. Eo que notamos na linguagem do como, quando a enemgia comega a fiuir com intensdade. Ha desde a respiragao e 0 pulso mais aceleradosaté asmudangasna voz, no olhar, no ténus muscular e na diregao tomada pelas partes do corpo. Observemossobretudo as extremidadesdosmembros que passam a expressar nitidamente 0 tipo de ago imediato desejado pelo ledo. A PARTEDA AGUA Nao 6 muito grande; 6 0 membro mais mogo da familia e os outros bichos nao costumam deixar sobrar muita energia para a aguia obter informagdes verdadeirase completasa regpeito do seu mundo. E muito comum, por exemplo, o ledo tirar do seu arquivo a imagem de, digamos a aguia materna, com seus ensnamentos do tempo da infancia: "Menino, nao faga isto ou aquilo que mamae bate em vocél" E pronto, temos a Aguia la em cima, perturbada pelo inconsciente, talvez aprovando o que o homem fume um cigaro atras do outro, num desafio totalmente inconsciente a queria falecida. Eo boi que se arrume com a polui¢ao pela nicotina! Esta divisio da energia provavelmente explica por que, nosmais diversos cultos, 0 jejum e a abstencao sexual sao levados em tao alta conta. Degiguem-se aschaves de ignicao do boie do ledo e a mente pode receber mais energia. NAo apaga vocé as luzes do camo para que, naquela madrugada escura e fria, a bateria tenha enemia bastante para o motorpegar logo? O CONTROLE DA ENERGIA Mase na esfinge humana? Onde es.ao aschavesde controle do fluxo energético cujosefeitospercebemosna linguagem do corpo? Estamos na fronteira do conhecimento atual, em area das mais recentespesquisas, & vocé estiver na Califomia, talvez o Dr. Lawrence Pinneo, do Santord Research Institute, permita que vocé aperte um botao no painel de um computador, j programado para emitir um determinado fluxo de energia sob a forma de impubos elétricos. Exes alcangam minusculas eletrossondas, por sua vez enfiadas no cérebro do macaco "Bruno" que tem o brago direito normalmente imével, aleijado. Mas basta apertar 0 botao; naquele ponto do cérebro do macaco a ordem é recebida, "entendida" (descodificada) e passada adiante, pelosnervosdo brago Ea linguagem do como toma a adquitir vida; 0 brago se levanta! Este 6 um dos mais de duzentos pontos de controle ja experimentalmente verificados por pesquisadores como Pinneo, Delgado, Brinley, Heath, Hess e outros controlando emogées e movimentos tanto em animais como em seres humanos Em tempo: 0 cérebro nao sente dor; a fina sonda metdlica é, em s, imperceptivel e ja se comega a substituir oscabospor uma pequena antena costurada sob 0 couro cabeludo, recebendo o snal emitido pelo computador por meio de ondascurtas. Slugdo para cass patalégicos, ensno programado ou 1984 de Orwell? Uma $6 cibemética sob duas formas extemas - 0 computador, mao maismogo do homem? Fs Vejamos. Nosso desenho mostra trés pontos onde, por meio de sondaselétricas, pesquisadoresmexeram com 0 Boie o Leao: PONTO DE | EMogao (COMPONENTE CONTACTO “LIGADA E DA “ESFINGE DA SONDA | DESLIGADA Wipou | Fome 2 (Tailimo} [Melo { { 4 | p00 [Desejo Seal Bastou ligar ou desigar o fluxo de energia para que o compo do paciente regpondesse imediatamente, manifedando ou eliminando a atitude pscofisolégica correspondente Além disso, parece haver duas "chaves gerais’ nessa 4rea que 0 pesquisador suigo Hess chama de sstema ergotropico (incitando a atividade) e trofotrépico (incitando & passvidade). Maschega de neurofisologia! Vamos passar ao capitulo seguinte que prometemos smples Nao contém hititas, macacos teleguiados ou pruridosfilossticos Tera apenas.as instrugdes de uso do ‘Vocabulario’, no qual vocé encontrar uma série de atitudescomoraise o seu sgnificado. CAPITULO 11 AV INTERMEZZO 2 Vamosaplicar em cheio 0 que ja aprendemos - Regraspara uso do vocabulério a seguir e porque nés, com a maisséria das intengoes, fizemosascaricaturas que vocé tera que analisarnele. VAMOS APLICARO QUE APPENDEMOS? Vocé encontraré, nas paginas seguintes uma porao de exemplosde atitudescomporais, acompanhadosdosseus sgnificados Parece um dicionario ou, antes um desses pequenos vocabulariosb4scospara turistas com as expresses mais usadasnuma lingua que Ihe 6 pouco familiar. Mas sera mesno? Que regrasteremos que seguir para usi-lo cometamente? Lembre-se sempre que + sua smples presenca, como observador, jA modificara a linguagem do observado; + na stuagdo realum ledo uma, sacode a juba, 6 amarelo, tem cheiro de ledo. No papel impresso vocé ja viu que nao tem nada disso. Caberd a vocé, leitor, traduzira liao smplificada em plenitude da vida; * toda a stuacgao deve ser vista no seu contexto. Por despirse em publico, vocé pode ser ou condenado, ou elogiado (se 0 fez para, atirando-se de um cais salvar alguém de afogamento)! sso tudo vamos explicar logo a seguir, antesde vocé comecara usar 0 vocabulario, pois do contraério a sua eficiéncia diminuira na pratica OutrasnogSessurgiréo, taiscomo a percepgao consciente + da diregdo e intensdade do fluxo da energia, e da tensdo causada pelosseusbloqueios + do numero de pontosde contato energético internose extemos (sete pontos, no maximo, para um copo de ceneja e trinta para o mais sublime amor); + dasdistancias, no espaco, entre aspessoas ligadasa nocao de territério; + da necessidade de levarem conta o fator cultural dasatitudes observadas. Cumprimentos amistosos em ptblico tem que ser aprendidos, enquanto que baixar a cabega entre os ombros antes de atacar furiosamente 6 mais antigo que a invengdo da palavra falada - JA os bois pré-historicos entendiam isso. Daia atitude corporal daqueles cumprimentos, em Téquio, nao ter a menor semelhanca com asdo Rio de Janeiro, embora ambos tenham valor de sobrevivéncia, pois preservam o EUna sociedade. Tais nogdes, amigo leitor, surgirao e sero tratadasna SEGUNDA PARTE, capitulos 14 e 15, depois do vocabulario. Por enquanto, o que citamosjé sera suficiente para seu rapido progress. ANTES, POFEM, ESTEAVISO CUIDADO! CARICATURAS! A teprodugdo pictérica convencional (fotos desenhos académicos’) é como 0 sol: Toma TUDO claro. Entao a gente vé tudo. Vé demais Mastodos nds percebemosmuito menosdo que vemos a mensagem fica diluda. Eo caso deste desenho (decalcado de um flagrante fotografico) Tem mensagens visuais demais, competindo entre si, a clamar pela nossa atengao Vemos tudo, mas s6 registramos conscientemente 0 que nos interessa: 0 amavelleitor “enxerga"pelo menosesse paragralo inteiro de uma s6 vez, Entao por que sera que seusolhos acompanham, aossaltos que seja, linha por linha dese texto? Precisamente por isso: esta interessado na seqiéncia de nossasidéias, uma apésoutra, palavra por palavra, ou pelo menos assim esperamos! Ja, se no se interessar mais pela leitura, digamos, nese instante (atengéo S. nos editor, no leia isso!), entéo Nao PERCEBERA o sentido do paragrafo seguinte, embora ja o tenha ‘visto” antes ao "ver" a pagina inteira, depoisde virara folha anterior. Efechara o livro! Assim, 0 leitor apreciador de anatomia feminina a observard melhor do que 0 estampado das roupas (mas que serao olhadas com atengao por um leitor que as costure) e nenhum dos dois olhara com tanto interesse os canudos de refresco como um leitor fabricante dos mesmos. Ja a caricatura 6 como uma lente: . SO & A pode focalizar a luz num s ponto de cada vez ganhando em intensdade o que perde em extensio Vamosmostrara mesma cena anterior, masem caricatura: Ficaram s as mensagens claras do corpo: a pessoa da direita fazendo bagunga e a outra dizendo com o ros: "Godei!", mas com o tronco inclinado e a mao afasando o seu copo de refresco: "Nao compartilho desse abuso; sou uma pessoa educada que quer estar longe dessa violagao das boas maneirasa mesa!” Procure, no desenho da pagina anterior, estas mensagens! Etao la, "escondidas’ pelas outras. Por isso, 0 vocabulirio 6 em caricaturas Vocé compreenderé melhor e mais depressa o que esta sendo transmitido. Ese treinara afocalizaro essencia! nas atitudes comorais ao seu redor, na vida real! Vocé vai ficar surpreso com a rapidez com que sa “percepcao cinésca" vai crescer! TRES REG RAS PARA USO DO VOCABULARO, Temostrésfatoresa levar em conta: 1. Nossa propria presenga Repare no desenho: o “turista" invadiu o “tenitério” alheio. Emitiu, ele proprio, a mensagem: “sou um intruso, um voyeur grosseiro!" Um grupo de duaspessoasmaisum observador é um grupo de tréspeswas com todas as modificagdes de comportamento interpeswal dai resultantes. 2. Nao podemos reduzir gente viva a estruturas mortas sem perder algo de essencial, que € a propria vida! Namorado contemplado durante um minuto a foto da sua eleita; retrato que consdera "igualzinho a ela”... Acontece que o olho humano pisca normaimente 10 vezes por minuto. O do retrato, evidentemente, nem uma s5 vez; nao tem vida. Ora, nossos desenhos e fotos nem piscam, nao 6? Sio registros Smplticados; retratos verdadeiros sim, mas é preciso descontar essa diferenga, ao compararo “retrato da namorada” com a propria! O desenho esta parado, a pessoa mexe! Seu movimento é rapido ou lento, hestante ou dominante? Por que fezaquele gesto? Ext alegre ou triste? Iso nos leva diretamente ao item mais importante que é 0 3, Contexto da situagao a decodificar Vamosexplicar isso com uma histéria em quatro quadrinhos: Gs alguém (A) cruzando defensvamente os bragos Por qué? O seu oponente (B) esa querendo convencé- de uma novidade qualquer; vocé sabe disso porque vocé proprio é a figura da esquerda do desenho (ou, pelo menos, esta presente a conversa). Evocé, pelas respostasverbaisdele, pela expressio do roso e inclinacao para trasdo corpo, sabe que ele nao esd de acordo com o que es sendo dito. Bisque eleja concorda parcialmente; nao esta maistenso. E os bragos cruzados? Nao sao defesa do BU? Nao sao “do contra Sm, mas agora é defesa necessiia para o isolamento deliberativo. Para a liberdade de decidir. Eo juri que se retira, aposouvir osfatos, e tranca a porta para deliberar em particular. Tem hora que a Esinge de todos nés precisa ter vida privada, precisa de um biombo, para que a aguia, ledo e boi entrem em conferéncia particular. Como meditar em paz se 0 oponente continua a nos bombardear com argumentos? A aguia educada e avida de novas infommagées pode sorrir, mas o sncero ledo, guardiao das informagdesantigas, nao baixa a defesa! Agora, nosso oponente ja esta praticamente convencido. Falta- lhe, somente, a experiéncia pessoal da novidade, por iss 0 leao ainda cruza os bragos mas sem tensio; as maos frouxas, dedos esicados entreabertos, em repouso. Reparem 0 egaco ocupado. Entrou, submisso, no ‘territério” do lider, avangando no esago da mesa rumo ao outro! Est ficando "do nosso lado"! Algunsdiasdepois:’A” ficou decididamente do lado de *B" (Entéo procura também sentarao lado do seu lider). Claro que nesse intervalo descruzou osbragos Bis os dois, unidos" B' agora vai tentar convencer"C". EA" est outra vezde bragoscruzados! Masagora (pela sua pos¢4o, querno espaco, querna inclinagao do tronco em direcdo ao lider do grupo) os seus novos sentimentos estao sendo defendidos! (Nao vai ser dificil; reparem ospésde "A”e "0" numa concordancia co-inconsciente.) Cremos que com esse exemplo tomamos claro que nao basta dizer: 1, BRAGOS CRUZADOS-= LEAO DIZ"NAO". 2.0 CORPO SD FALA A VERDADE. 3. LOGO A VERDADEE"NAO"! sto estaria errado. Seria igualar a fotografia (que nem pisca) com a pessoa viva que, sstema aberto que 6, ‘recebe continuas informagdes do meio exterior e de dentro de si mesmo, compara-as delibera e reage”. A cada instante que passa somos alguém jé um pouco diferente Cons eremos sempre o contexto da stuagao. Nao basta o "que", ha de se vero "como", o "quando", o “onde”, o "porque"... Segunda Parte: APLICAGOES PRATICAS CAPITULO 12 Vocabulario Pratico Agora ihe damos a oportunidade de afinar ainda mais a wa percepeao. — Poderd saber também de que maneira 0 corpo expressa algumas das principals emog6es humanas. -Ou, ao contrario, o que sgnifica, em separado, grande nimero de: “energemas" componentes dos "semantemas’. FALAM AS PARIES Nos desenhos grandes que vocé encontrara daqui em diante, usamosuma técnica de "baldes’, tal como nashistérias em quadrinhos % que a “fala"nao saidasbocasdospersnagens. Eo pé, a mao, a sobrancelha que diz’ alguma coisa. Cada parte do corpo humano fala exatamente isso - a sua parte (Cada “sgnificante" dizo seu ‘significado”- como diria Saussure). FALA O TODO O ttulo geral, no alto de cada desenho, é smplesnente o sentido geraldo conjunto de "opiniées individuais" de cada parte do corpo. TERNUPRA Temos aqui duas partes que emitem seus * baldeslegenda”, embora nao tenham boca para falar. Si0 os ROSTOSe as MAOS Os rostos expressam sentimentos que podemos chamar de enlevo, contentamento, beatitude, tranqiilidade amorosa, encanto, etc. Como ambosostentam emogao idéntica, o sentiment é mutuo. Assim, DIZEM: gosto! Ecomo olham um para o outro, ambosdizem a mesma coisa. Asduasmaosdela e a esquerda dele, pelo fato de percorrerem 0 corpo do parceiro - assm tomando conhecimento da sua presenca - mutuamente aprovam o que percebem. Detalhe: a mao esquerda dele toma parte nisso -6 a "mao do sentimento”. A mao direita dele -a "mao da aco" ja fala em agir, sugerindo que ela se aproxime mais Contudo, a auséncia de contato entre as duas regides abdominais mostra que 0 "boi" nao esa “falando” em sexo: 6 emogao-" leo" aliada ao apreco-" guia” Diz Feud que a temura é um resultado de sublimac¢ao da energia; no exemplo da eslinge, 6 a "serpente" que sobe no niveldo coragao RESISTENCIA PASSVA, TEMOSIA (EXPEC TATIVA DECONTINUIDADE DA INSATISFAG AO PRESENTE) A inclinagao do como fala sempre. No caso, é contraria a quem quer que esteja diante dos nossos dois personagens; logo, temos uma clara REJEGAO em linguagem do como. Habitue-se, leitor, a perceber a inclinagdo do compo daspesmas com quem conversa. Se estd inclinado para tras veja o contexto: pode estar smplesmente relaxando, confortavelmente descansado. Pode estar "digerindo" o que o leitor esta procurando inculcar nele. Masse esta de musculostensos, temosressténcia, rejeigao Bragos protegendo o “Lledo” (identidade emotiva), objetos defendendo o "boi" (sobrevivéncia), ja 6 claro para 0 leitor. Novidade 6 0 pé ancorado; procure observ4-lo quando alguém teima em mantero seu ponto de vista numa discussio Ser um ser humano esta interessado em alguém ou algo, a incinagao do seu compo tende a mostrar naturalmente esta sua inclinagdo emocional Mas, s@ a “guia” avisa que tal agéo a descoberto nao é conveniente em dadas circunsancias, 0 homem tenta reprimir a linguagem do corpo. Tenta, maso seu interesse reaparece na diregao do olhar. Vocé precisa estar alerta para perceber esses olhares - podem durar apenasuma fragao de segundo ATENCAO, INTERESSE Be INCLINAGAG & Tensko'p0 conro sree =e ATENCAO, INTERESSE (oesmaniDo) DESINTERESSE A inclinagéo do compo agora é contraria, mas 0 homem desnteressado esta "a vontade"; seus misculos nao apresentam tensio "BO!" dommitando, ruminando, sem se preocupar com emogao alguma Retraimento da "serpente”. Compare os dois exemplos de desinteresse com os demais personagens. Sem excegado, demonstram, nos seus comos mais tensos, nas sas mAose rostos, um mundo de emogées Tente compreender o que dizem, por exemplo,' as maos A moga, embaixo a esquerda, receosa de ver sangue de faquir, mostra regressio momentanea a um estado infantil - seu dedo na boca diz: "eu consolo vocé a falta do seio materno!” AVIDEZ (ORIGEM: FRUSTRAGAO ORAL) Aboca 6 sensivel ao prazer, a satistagd4o, poiso seio matemo - ou amamadeira - satislaz os anseiosde todo ser humano em mua fase de lactente Foi 0 que o leitor ja percebeu, ao examinar atentamente o desenho anterior, no caso da peswa que, diante de uma angistia, regressa inconscientemente a um estado infantil. Quando uma dasm4os perto da boca, “diz: PRECISO SATISFAZER O "EU’, procure perceber o que dizem asoutras extremidadesdo corpo, mais 0 peito encolhido ou estufado; sempre ha uma mensagem que mostra a relagao do gesto com o contexto. Como o da outra mao, dizendo: PRECISO DO COLAR AQUI! Aspessoasque sentem a compulsio de gastara sua energia em atividades orais (reais ou smbélicas) mostram que sa "serpente” ficou fixada no nivel do "boi", poisa boca, sendo a extremidade superior do aparelho digestivo, preservador do "pao de cada dia"da sobrevivéncia fisica, 6 um "representante do boi" na cabega humana DEDO, CHARUTO. RITMICAMENTE DINHEIRO : NAO GASTO?... EXPECTATIVA (DE CONFIRMAGAO DA SATISFAGAO ESPERADA) No inicio deste " vocabulatio”, sob 0 titulo ATENGAO, INTERESSE, j4 vimosa inclinagao do corpo e direcdo do olhar que aqui reaparece. E no capitulo 4 da primeira parte dese livro, observamosnaquela cena de fares 0 homem do "somiso mau" com o queixo apoiado nasmaos, em atitude de expectativa. Tone o leitora examinaro desenho acima: todos os participantes da reunido mostram aquela inclinagao para a frente, e, na figura do meio, 0 apoio das duas maos ao queixo 6 bem evidente. Todos os rostos esto sorridentes - esperam manter-se satisfeitos {ao contrario dos rostos em RESSTENCIA PASSVA, esperando manter-se naquele contexto pessoalmente insatistatério). Como o homem do centro, 0 da esquerda no desanho também expressa " aguardo” pelo apoio dos cotovelos A mesa. Mas a mao esquerda ("do sentimento") esta na boca, no gesto receoso que é muito encontrado em pessoas pouco segurasde se em cuja primeira infancia encontramos pais excesivamente severos. O peito (0 BU) a descoberto (homem a direita) mostra total receptividade. eee ramet sxreernages ef remeene ovar O "EU' é expresso pelo posicionamento do térax, conforme ja vimos anteriormente. No instante em que alguém da muita importancia as proprio, a "Serpente" da Energia eg no nivel do "EU-LEAO’. Convém lembrar que estas atitudes quando mais ou menos permanentes, do faceis de observar. Mas 0 corpo fala sempre no Indicativo Presente, no “aqui e agora", e o que diz pode durar apenasum breve ingante 4 ‘ 4 Meu eu \ € INFERIOR AO TEU! CURVATURA: ROSTOS: NAO GOSTO DO QUE CURVO-ME DIANTE DA PERCESO! ‘TUA SUPERIORIDADE! SEI CUIDAR 00 MEU BEN-ESTARI ‘TU ESTAS NO MEU CORAGAGI Compare 0 que vimos no desenho anterior com eses dois personagens. © contexto é outro, mas a estrutura das mensagens é bascamente a mesma. Onde a dama aristocratica esdava solidamente apoiada na poltrona, 0 cavalheiro convidado mantém os pés em atitude de sdlido apoio. Cabega, tronco, membros seguem paralelos similares; tanto faz, por exemplo, a mao da pess%a que domina o encontro "dizer: "Decido aceitar a homenagem do teu beljo formal” ou Decido aceitarum "Horsd'oeuvre". Este comportamento de superioridade foi identificado pelos pscélogoscomo sendo um fator bipolarde "ascend éncia-submissao”. No caso presente 6 AGUIA-LEAO" dominando 0 “BOr. SUBMISSAO DOMINIO ROSTO ABAIXADO ROSTO LEVANTADO: EU LEVANTO SOBRE TI Q MEU ROSTO; SOU TEU SENHOR! PERANTE Ti, SOU UM NAO-ALGUEM! DISTANCIA: ‘SOMOS SOCIALMENTE. DISTANTES Repare o lellor como o corpo fala de forma nitidamente diferente, quando, acusando, mostra um sentimento ESTATICO (um PONTO de vista; PONTO 6 local de PARADA), ou entao, ameacando, um sentimento DINAMICO (uma LINHA de agao; LINHA é algo a SEGUIAI) No primeiro caso, a atitude é parada (dedo acusador parado, mao esquerda "do sentimento" chegando a APOIAR a atitude fisca (mao na mesa). Este Ultimo pormenor esta de acordo com o principio de Greene que estudaremos mais adiante neste capitulo No outro caso, repare no dinamismo do dedo estendido! ACUSACAO POSIGAO DA CABECA AMEACA ‘CORPO TENDENDO FORTEMENTE PARA A FRENTE ‘SNTO FORTE TENGENA Pate GACTAR el GUA DET Ny RECBO Nesta emogdo que chamamos de Receio, o fluxo energético ("SERPEVTE) comeca a se dividir em diregdesoposas. Nos exemplos acima, uma parte MINIMA do compo é conscientemente exposta ao perigo para “espionar 0 inimigo”, enquanto o "grosso da tropa" esta pronto para uma retirada. Tomamos a lembrar: ito 6 caricatura didatica! E interessante observar estes pormenores quando alguém esta diante de um dilema, de uma escolha de compromissos pessoal que envolva riscos, mesmo durante comunicagao verbal aparentemente amena! Na escala progressva receio-medo-pavor, a divisio energética em diregdes opostas vai se acentuando até 0 medo intenso; ha um curto-circuito da "Serpente": a energia 6 gasta ao mesno tempo em movimentosde querer (avango) e nao poder (recuo). No pavor, ostrés inconscientesapavorados agem concatenadospor mero reflexo PAVOR (TERROR, PANICO) O como fala o que a mente contém. Noscasosacima, a maioria dos leitores decerto reconhece agora que, mesno antes de esudar nosso livro, j4 percebia de alguma forma (menos consciente que fosse) © significado contido nas atitudes do desenho. E 0 rosto do nosso oponente mosrando contentamento enquanto nos encara com firmeza: mostra interesse amavel em nos. Pelo raciocinio algébrico, mais com mais da mais entao troquemosossinais: menoscom menostem que dar menos! O olharque Nos evita, 0 sorriso que nao chega a firmar-se: ndo tem interesse amavel em nos Quanto a mao temerosa, mole, que nao responde a nosso aperto - 6 preciso dizer mais? FIRMEZA FRAQUEZA FRANQUEZA, DISPLICENCIA, INTERESSE, CORAGEM —_DESINTERESSE, (VIGOR PSIQUICO) ACANHAMENTO, RECHIO (FRAQUEZA PSIQUICA) SENSUALIDADE Na moga ao alto, de mao estendida palma para cima (atitude pedinte), o desejo sensual pode ser ou nao consciente. Na maioria das atitudes que o leitor observard na pratica, sera decerto inconsciente mesno © acariciar de pélosé outra fala inconsciente do "boi", Por isso, quando aspeswasacariciam distraidamente um gatinho ou a peliicia dé um sofa, demonstram seu desejo inconsciente de contato sensual. A fala inconsciente do como da moga dommindo foi observada em pessoassexualmente reprimidas. MAO, BRAGO MAO AFAGANDO ESTENDIDOS: ‘CABELOS: 00 GATO, DO VELUDO ETC) ENGUANTO 0 CONSCIENTE (“AGUIA") ESTA DORMINDO, MOSTRO QUE ESTOU DISPOSTO A PROGRIAR! INVEJA O desejo inconsciente de contato sensual, visto no desenho anterior, aqui aparece na figura da direita, no ultimo plano. Asduasreagdesbipolarmente opodas causadaspelo sentimento de inveja, aparecem na poscao do térax: enquanto 0 homem a esquerda no desenho se diminui ao comparar-se com o dono da lancha,a senhora do centro engrandece o seu BU. BOCA, FROUXAMENTE ENTREABERTA: Tenuta cinl wanton en : ig Me uM ey NAO SOU PARED PARA ESSE FELIZARDO! DESCONRANCA (REJEIGAO INTRANQUILA DE CONTATO HUMANO) Repare o leitorna figura do pscético diante da enfermeira. Sous bragose pemasformam uma GAADEprotetora que diz: Ninguém entra (e eu nao posso ou nao quero sai)! } INCLINAGAO: PTERARSSRE Aes. SOU UMA FORTALEZA IMPENETRAVEL, E VOCE E © INIMIGO! MUTISVO Muitas vezes acontece que, numa conversa, nao podemos ou nao queremosextemar nossossentimentos. Isto também € expresso pelo nosso corpo PERSUASAO, (ESFORCO DE...) Um_estudo detalhado do desenho decerto disensa maiores comentarios MAOS, BRACOS, COSTAS: INSISTO EM Oereuaar Tua ‘OPIKIAO MAO, SACUDIOA EM DIRECAG A BOCA! ESTES ESPACOS REDONOCS SAO PARA CS “CHIPRES™ NE Tl = COTOVELO. SAIR (DEUMA DADA STUAGAO. Sra interessante para o leitor estudar também, em separado, somente as posgdes dos pés neste desenho. Diregao do pé indica diregao da intengao de locomover-se, de chegar-se ao que interessa naquele momento INCLINAGAG. MEU INTERESSE NAO ESTA EM Tua Jk ESTAMOS TENSOS. PRONTOS PARA LEVANTAR ‘0 CORPO © GAMINHARI os » INCLINAGA igen cce soucommaoge | || EMeen't/ BBtoe tasensol (eae PROTEC AO Observou ospésdo casalsentado? Apontam-se mutuamente! A m&o esquerda da moga (mao ‘do sentimento’) prende a dele! Com a direita, ela puxa o braco direito dele “dizendo” ao “outro”: quero ser protegida pelo MEUparceiro! Procure notar como 6 comum um homem fazer um gesto inconsciente de protegdo qualquer a sia companheira, quando algum possivel rival se aproxima, e, sobretudo, procure notar esse gesto de protegao no SUcaso, quando em circunstancias idénticas! DESAFIO O desafio é uma constante no nosso presente contexto cultural. Temos que ‘passar a frente", 6 preciso "colocar os outros nos seus lugares! Jouer des coudes em francés, Blenbogenraum em alemao, elbowroom em inglés (tudo isso, literalmente, se refere ao espaco para cotovelos), é a atitude fisca comespondente que alcancou foros de linguagem verbal! PEGRESSAO (A UM ESTADO INFANT) Todos nés temos momentos de regressio na vida. Camaval, futebol, brincadeiras de salao, 0 exemplos mais coriqueiros. Os pscanalistas e os cientistas do comportamento nos apontam, no entanto, exemplos mais inesperados: Dormir, voltando a posicdo fetal; aninharse como uma crianga pequena no colo da pessoa amada e, numa dasreagdes a frustragao, fazer "manha” (bater 0 pé, xingaretc) UNGUAGEM DOSOBJETOS (ESCOLHA DE...) OBJETO TAMBEM FALA! Todo e qualquer objeto relacionado com pessoas adquire uma linguagem prépria Bxibiruma Mercedes fala! Empunhar uma garafa de ubque escocéslegiimo ou vestir farda de como de bombeirnsfala! Veja, nas figuras das mogas acima, 0 que ‘dizem” suas atiudes relacionadascom os objetos que preferem manusear! MAOS DAS SEIS MOGAS: Sere! GOSTO DO QUE & MAS- ATRAENTE? |] CULO! SEI SER DE BRIGA”! EU TAMBEM SE) SER BOA DONA DE CASAL CULPA (SNTMENTO DE...) Eo superego de Freud, localizado no nivel da Aguia, que faz com que a circulacdo da energia esteja inibida em relagdo a tudo que tem relagao com a linguagem; é o modo inconsciente da punicao muito freqiente em pessoas que foram muito castigadasna infancia Masnem por isso toda a pessoa que se encolhe sente-se culpada de alguma coisa! Antes de sucumbirmos A tentagao de dogmatizar em termos dese vocabulério 6 bom lembrar o que dizem ter acontecido em Viena eis que um grupo de esudantes de Pscologia, altas horas da noite, dobra uma esquina e encontra - quem? O proprio Freud esperando um bonde, enquanto saboreia um enorme charuto! Sléncio constrangido; todospensam em libido oral, ninguém ousa falar. £ ompros: PROTEJO-TE, MAS. Sanerant w CEVANTADAS (SUSTO) fomeor E FRANZIDAS MUSCULOS (PRINCIPALMENTE TRICEPS. EINFRA-ESPINHOSO): CONTRAIMO-NOS A ESPERA DA SURRAT Entdo 0 Mestre, deliberadamente, retia o charuto da boca, contempla-o pensativo e diz: "Senhores! Existem momentos na vida de um Homem em que um charuto é APENASUM CHARUTO!" TSAO (STRESS ANSEDADE) Convém um comentario extenso. Tensio, no Homem, é isto: E uma acumulacgéo de energia contraindo certos misculos a espera da acdo decisiva para alcancar certo objetivo. Exe objetivo pode seraivo material ou mental, consciente ou nao. Freud, desesperangado de achar conexdes ssémicas entre o consciente e o sstema nervoso, confessou que Ihe era desconhecido o que havia entre o "cérebro, 6rgao comoral e cena da acao" da vida mental, e osseussubstratosfisologicos, Por isso, dai em diante, a pratica pscanaltica concentrou-se principalmente nasrelagées intrapsiquicas. Mas comecando talvez com Reich, que chamou a atengao sobre a INGUAGEV DO CORPO, o mistério comecou a ceder. Sugiu a andlise energética de Lowen, a terapia Gestalt de Perl e muitas outras. Assim, Greene e colaboradores (1970) obtiveram dadossuficientespara formularo pao PRINCIPIO PSICOFISIOLOGICO ADA MODIFICAGAO NO ESTADO FISIO- LOGICO E ACOMPANHADA POR UMA MUDANCA APROPRIADA NO ESTADO MENTAL-EMOCIONAL; E_RECIFROCA- | MENTE CADA MODIFICACAO NO ESTA DO MENTAL-FMOCIONAL E ACOMPA- NHADA POR UMA MUDANCA APRO- PRIADA NO ESTADO FISIOLOGICO. Exe principio se aplica perfeitamente no que acima dissemos e desenhamos: Para a mudanga mental-emocional do nosso cacador, que de repente percebe 0 avo, temosa imediata mudanga fisca do estado dosseusmusculos re-tesando 0 arco. Vamos traduzir aquele "Principio de Greene" para o noso (mais leve, porém menospreciso) estilo didatico? | PRINCIPIO AGUIA & BOL + LEAO UMA MEXIDA QUALQUER NO BOI REPER- CUTE EM AGUIA + LEAO. | E, SE MEXER COM AGUIA F/QU LEAO, RE- PERCUTE NO BOL. Mas 0 que aconteceu com nose sivicola do desenho, enquanto lemosisso? Ja digparou a flecha. Houve a acdo, ja se descontraiu. Em linguagem do compo, este nao repete monotonamente: "Meu EUprecisa se esorgar sempre para alcangar aquele objetivo” . Os seus musculos nao mais apresentam aquela tensio maxima que bloqueara por UM MOMENTO o livre fluxo da energia, enquanto se concentrara na tarefa de apontarcom precisio para o alvo. Tudo isso foi quase instantaneo. Nenhum ‘primitivo" demora na posieao de arco tens, frstrando-se de atirar! A sua tensio é natural, vem e VAL E ritmica, como todo fluxo energético normal no universo. ALVO AXO ENOVIDADE Ora, isto sempre foi assim, até que chegou a civilzag4o, com uma novidade na hiséria da evolugao: os alvos fixos Mais a ansedade de manté-lossob a nossa mira constante! Gs a ansedade, a ‘tensio" de nosws dias Nao surge e desaparece, no vaivém natural. Vem e ACA. Eo avo fixo de toda uma colegao de regras de conduta ideal para a vida inteira que, desde a infancia, nosfoi inculcada na aguia e guardada no boi e no ledo. $ que nem Guilherme Tell acertaria naquela maga na cabega do filho a vida inteira - brago cansado treme e ha sempre um ventinho para atrapalhar. -Acertou no centro? Tem prémio! -Acertou fora do centro? Ecrime; tem castigo! Foamostensos. O boi es indécil, cutuca 0 leao com oschitres. O instinto quer seguir costumeiro impulso natural do alvo momentaneo e esquecer o assunto os mUsculos correspondentes a agao frustrada permanecem tensos, seja nos ombros, nos maxilares nas costas ou nos vasosem que fluem osliquidosdo compo., Temos uma stuagdo biofisca e bioquimica anormal. E "STRESS. Quanto ao resultado, os engenheiros ja tem a palavra adequada: & "SIRESS-CORROSON". A gente se ‘rdi por dentro”. Roer asunhas: havera uma forma maisclara do corpo dizer "estou me roendo"? Alexandre Lowen, um médico norte-americano, inspirado nos trabalhos de discipulo dissdente de Freud, Wilhelm Reich, apresentou uma explicag4o muito lucida de como se insala uma tensio muscular. Para iso, ele lembra primeiro os principios fundamentais que regem o que Freud chamou de "aparelho psquico” Freud, por motivos de andlise e de pesquisa, separou artificialmente a vida psquica da vida fisologica e se concentrou sobre aquela. Edo corpo que vem, segundo Freud, a origem de nos» "Ego" animal, que é 0 "ID", isto é, osimpulsostaiscomo comer, beber, detecar, utinar, ter relagdes sexuais Procuram garantir a nossa sobrevivéncia pessoale a da epécie. Mas 0 meio e, mais particulamente, a sociedade bloqueiam estes impulsos ou, pelo menos, atrasam a sua descarga: sb se pode mamar em certas horas, urinar em certos locais e ter relagdes sexuais com certaspessoase em certascondicdesconhecidasde todos. Cada vez que um impulso n&o é imediatamente satiseito, a energia a ele destinada se acumula no musculo que lhe impede a descarga, provocando uma tenso muscular. Ea tensdo do esfincterda nossa bexiga, enquanto procuramos atflitos, um banheiro desocupado... Ospaisque sio osprincipaisagentesde repressio ou adiamento destas descargas passam aos poucos a ser " introjetados’, isto é, passimosa assumir nds mesmoso papel deles, elespassam a exisir em nos Em vezde mame dizer: "Nao defeque nascalcasou nao urine na cama’, hd uma voz interior que nos impede de o fazer. Esta voz interior, que se toma inconsciente, 6 o que Freud chamou de superego. Cabe ao Ego civilizado apaziguar esa luta entre o Id e o mundo exteriorde um lado,e 0 superego interior do outro. Ora, cada vez que a Aguia impede o boi de agir, a energia se acumula no musculo antagénico ao que obedeceria ao boi. Podemos dizer que a serpente-energia se enrola, tensa, num n6 muscular, masnao a deixam daro bote. Assim, toda tensio muscular crénica, toda postura ou expressio forcada permanente que se traduz em linguagem "“fixa" do corpo, & uma expresso comoral de superego que conseguiu se impor naquelas circunstancias E evidentemente, toda tensio, posura ou expressio forgada passageira indica com preciso cronométrica a duragao do dominio do superego naquele contexto. A anilise " bioenergética" do Lowen consige justamente em fazer uma verdadeira psicanalise pscossomatica que abrange ao mesmo tempo 0 compo e a mente; desbloquear uma tensio muscular consiste em reconsituir e fazer reviver a histéria do nascimento daquela tensio. Ubera-se asim a energia retida no mUsculo, para aproveita-la em atividades Utes 8 pessoa, além de livdla de dores (Alexander Lowen. The Language of the Body. Collier Books, New York, 1958). Existem muitas outras técnicas pscoterapéuticas, conheceremos algumas no capitulo 16. Por enquanto, convém continuarmos ese ja longo comentario sobre a tensio, s para melhor entenderihe os efeitosna linguagem dosgesosinconscientes OSSINAIS DA ESANGE Ja vimosque, nastensdespassageirasnaturaisdo ritmo da vida, a energia é logo aplicada diretamente onde aprovamos (Também pode seraplicada smbolicamente. O efeito é similar) Mas permanece bloqueada quando nos angustiamos a luz vermelha tem que ser respeitada! Temos, assim, trés stuag desde trafego para a nossa energia: 1, LUZ VERDE Canalizamos nos fluxo de energia no ramo "bom". A tensio foi “construtiva”. Tansormou-se numa aco aprovada e seguimosadiante. © sivicola disparou a fiecha. Ito também se aplica quando consideramos a agao incompleta, mas consiituindo um passo na diregdo certa: O sivicola esa contente porque acabou de fabricar 0 seu atco e suasfiechase, no momento, nao tem fome! EM LNGUAGEM DO CORPO: auséncia de snais de tensio muscular congante, posuras normais, gestos fluidos, harménicos, expressio de repous ou contentamento, descontracao 2. LUZ VERMELHA (Mas com uma mazinha lateral desmpedida, permitindo um desvio antesdo sna! fechado.) Boqueio de pouca durag4o e/ou intensdade. Desviamos nossa energia para um canalparalelo. Eo muno na mesa para ndo amassar a cara dess sijeito ail Doeu um pouco (0 que foi um "bom" castigo por sermos quase tao "maus' como ele) masa dor passou; evitamoso que 6 "mau’, e isto foi "bom" —M UNGUAGEM DO CORPO: Atitudes agressivas (ou auto- agressvas) por ocasido do contexto favoravel a sua expansao. 3. LUZ VERMBHA MESMO (Puazinha lateral jé entupida, por capacidade insuficiente.) Boqueio pertinaz e/ou intenso. A energia extravasa, causando sintomas pertinazes e/ou intensos nas atitudes coporais. Deposto ¢ exilado na Holanda, o altivo E-imperador Guilherme Il da Alemanha (cuja severa educagao 0 deixara convicto, desde a infancia, de que lhe cabia o papel vitalicio e inalienavel de dirigir aquela nag4o) passou o resto dosseusdiasrachando lenha. Talvez por isso | observemostao poucasarvores.. —M LUNGUAGEV DO CORPO: Altitudes agressivas (ou auto- agressvas) consantemente repetidasou mesmo permanentes. Podemos, agora, voltar & apresentagao do noss% vocabulario pelosdesenhoscom energemastranstormadosem baloestexto. TENSAO (MAOS DEMONSTRANDO...) nos ESTAMOS ‘ADARRANOO, Pana NAO Cain (NO Bese srERG) MINHA “AQUIAY & CONTRA Meus SEN. TIMENTOS AGRESSIVOS) TENSAO (MAOS E PES DEMONSTRANDO...) MAOS QUE “NAO PARAM"; RABISCAM, MEXEM “COM TUDO”: . be = Z : = TENSAO (MATRIMONIAL) (erquect A ALLAN EA NO BANHEIRO DO TENSAO (FILIAL) TENSAO «wrto.scressioy TENSAO wosriwape rePRiMipA) Posieko 00 TROHEO & Tensho muscULAR DE coSTAS, BRAGCS EMAOS: O QUINTO PRINCIPIO Agora, amigo leitor, vocé mesmo jd chegou a conclusio de que a linguagem do corpo tem uma estrutura determinada; podemos estabelecer maisum principio! Lembra-se dosquatro principios do capitulo 9, no fim da primeira parte? Eam o COMO" a coisa funcionava. Agora, vejamos 0 quinto principio, ou seja, o "QUE da Cinésca: NUM DADO MOMENTO. A REUNIAO DOS COMPONENTES BASICOS SIMUL ‘TANEOS (ENERGEMAS), SEMPRE RESULTA NA UNIDADE SEMANTICA (SEMANTEMA) QUE CORRESPONDE A EMOGAO CONSCIENTE OU INCONS. CIENTEMENTE DOMINANTE NAQUE- | LE MESMO INSTANTE. Eo que vamoselucidara seguir: ENERGEMASESEMANTEMAS, Lembra-se do capitulo 6, quando braco, nariz ou mao ainda eram comparadosa “etras’ da ‘palavra" do como? Vocé ainda estava no inicio da sua realfabetizagao cinésca! Agora voce j "sabe ler’. Brago, nariz ou mao dizem palavras, ou até frases inteiras. Smadas, formam um sentido geral que, por percepeao direta, um observador treinado entende na sua fotalidade e instamtaneamente! &m linguagem da TEORIA DA INFORMACGAO E PERCEPCAO ESTETICA (A. Moles), diriamos que vocé juntou MORFEMAS (unidades neutras mensagens bascas) para formar um SEMANTEMA (a unidade- mensagem basica que, equacionando seus morlemas componentes, emite um conceito completo) Tal como 0 naufrago desta ilha deserta, que juntou ospauzinhose coquinhos isolados (morfemas) para formar 0 semantema " SOS em codigo morse Em linguagem da TEORIA DA PERCEPGAO CINESCA (P. Weil. ER. Tompakow), osmorfemasque vocé juntou so: CONCORDANTES(entre s) ENERGEMAS DISCORDANTES (entre si) Com isso, vocé obteve: HARMONICOS SEMANTEMAS DISCO RDANTES Por exemplo: PARTE ENERGEMA: } (pa corr: | | Rosa | eu Gosror sewnresa | (capresso de HaRMONICO: | rare, serine caowconene | ; coma que! me| MAGS [ME amas | (cotendidas, pals —_— ata ei). J , DO CORPO: | | ‘ROSTO 1 SEMANTEMA = “ay DISCORDANTE: Fo que cxi08 estou naveahcade : ‘som ava de voce terspas i ( As haménicas s’o sempre mensagens mais fortes (os fluxos energéticos sio num mesmo sentido, sem interferéncia entre ¢, e ha uma potencializagao elevada). Por isso também sao mais faceis de serem notadasporum observador. VIGORENITIDEZ Outra coisa importante para vocé "ler": O *tamanho da escrita” (vigor) e sua "caligrafia” (nitid ez) A pos¢ao dasm4osem atitude de "me da!" é idéntica nos dois cavalheiros da primeira fila, mas o par de "energemas’ do cavalheiro enérgico é “escrito” com nitidez em brutaisletras de cartazde circo. Ja 0 senhor agénico, em primeiro plano, emitiu o seu "me da" em letrinhas de bula de remédio. Nem sequer levantou suas " antenas emissoras’ do colo: s} virou, inconscientemente, as palmas das maos para cima. E energema tao debilmente emitido que a gente se pergunta como teve energia bastante para iraté o teatro! Quanto a ‘caligrafia" 6 smples Gente obesa, reumatica, sem vigor, se move mal; j4 6 a propria linguagem do compo em semantemas discordantes continuos Enquanto iso, aquele que é fisca e mentalmente desnibido apresenta sua "mente si no seu como sao”. Entao transnite com nitidez(e, infelizmente para nés principiantes, com aquela rapidez da agilidade pscomotora perfeita)! Masé uma nitidez sem ambigiidade, enérgica e clara; snal emitido com alta poténcia, sem ruido de fundo Sobretudo as pessoas cuja postura é graciosa, natural, idéntica a dos sivicolas obtida pela TECNICA ALEXANDER, ROLFE e outras, transnitem as mais sutis gradagées com a mais "alta fidelidade", pois sio de um vigor maissaudavel; veremosisto no capitulo 17 TREINE COM CUIDADO; NAO BRINQUE COM OS SENTIMENTOS DOS OUTROS! Convém treinar durante algunsdias, com a ajuda da pessoa MAIS BEV. HUMORADA e MAISEXTROVERTIDA do circulo dos seus amigos. E s5 durante uns poucosinstantes, para nao feririhe ossentimentos Eassm: Ponham-se a vontade e puxem um asaunto qualquer discutivel, porém ameno. Comecem a debaté-lo com naturalidade. A medida que, diante da sua argumentagao, seu amigo ou sua amiga recuar 0 tronco, cruzar os bracos, trancar as pemas etc, INTERROMPA a sia propria argumentagao e (y aN x ALEGREMENTE aponte the 0 gesto em quesao, citando-o em voz alta, bem como o seu significado. Vera que, provavelmente, mudara de posgao. Continue o comentario ("Ora, meu amigo! Vocé descruzou osbragos, masapontou © cotovelo na minha diregdo! Vocé continua a ser contra, hem?’). SUSPENDA a série continua depois da terceira ou quarta descodificagao! Do contrario, vocé pord em sério risco a sua amizade; um inconsciente magoado 6 sempre dificil de ser consertado e 0 leigo, tentando, pode piorar 0 caso! E INSSIA para que ele faga a mesma coisa com vocés, em interagdo mutua consciente e divertida. Assm, com poucas doses CURTAS entre amigos sinceros de espiito egportivo, todosse beneficiarao e darao umasboasrisadas, NUNCA faca isso com uma pessoa de mentalidade menos evoluida, insegura de s, ou mal humorada. Vocé ira mago4_la, "brincando” com seus sentimentos. Seria odiento. Por outro lado, se NAO treinar, sera bem menoseficiente. Tera apenas lido um livro divertido a mais. Poucos dias com treinosde unspoucosminutospor dia, bastam! EDEPOIS? Depois, vocé, pela sua capacidade de entender intimamente os seus semelhantes, tera adquirdo aquela superiordade de quem "ja sabe ler’ melhor que osoutros Use-a de coragao limpo. Evocé faré o bem e s beneticiara disso; por toda sua vida vocé sera um componente melhor do seu grupo, na eficiéncia dascomunicagéesclaras, livresde bloqueiose distor¢des. Mal empregada (como qualquer ciéncia) - procurando tirar, por exemplo, vantagens que a ética condena - osresultados serdo tristes e vocé se amependera de causar um aborrecimento onde, com um pouco maisde tato e um pouco menosde egoismo, vocé teria dado recebido a alegria de um bom entendimento mutuo Porque, para brigar, convém pensar duas vezes; mas para o amor deve sempre haver um espaco de tempo disponivel de imediato. O que nosleva ao capitulo seguinte! CAPITULO 13 © Amore sua Expressio Corporal 1. As Mensagens Individuais O que 6 0 amor? — Como amamos as coisas? — Eas pessoas? - A humanidade nao é um clube. UMA PAUSA PARA O AMOR E por que nao? Haverd algo de melhor do que o amor? Merecemos 0 leitor e nés, uma pausa nasnossas ligdes de gramatica (palavra hortivell); entao dediquemosestas paginasao amor. O que 6 0 amor? No desenho acima, um esquema smplespara tentar a resposta: © QUE AMAMOS A AGUIA - Ama 0 raciocinio, o saber, a satifagao da sua curiosdade. Erealista, foge da ilusdo. Eprocura enxergar longe. Quero "CERTO". "USA A CABECA". Um congresso de sabios discutindo principios de matematica 6, naquele momento, um bando de dguias © LEAO - Ama o sentimento, musica, cores, poesia, forma. Distingue entre lagrimas. o riso, o coragao batendo de esperanca ouo peito arfando em desespero. Nao raciocina, 6 impulsivo. Quer 0 "BELO", 0 "BONDOSO", 0 "SMPATICO"... See gee x APs Um conjunto musical ou uma academia de poetas 6, no momento de exercer aquelasatividades, um bando de ledes. © BO! - Ama os prazeres smples aqueles que sio importantes para a sobrevivéncia do ser humano: respirar o bom ar, fazerbaterbem © sangue, dormir comodamente, beber e comer bem, defender bem 0 corpo de todos os perigos fiscos e caprichar nos atos de excitagao, copula, fecundacdo, parto, amamentacao etc, que visam a continuidade da familia humana sobre a terra. Para isso trabalha "como um boi’, em miltaretas Mas, em sintese, ama apenas a sobrevivéncia fisca, 0 "BOM", para um saco de pele cheio de protoplasna que a aguia registra e 0 leao sente como sendo Doutor Fulano ou Senhorita Scrana... Qualquer sujeito, enquanto come, bebe, procria (ou pelo menos finge que procria), respira, pisca, se coca, dd um tapa ou ronca, funciona de boi. COMO AMAMOSASCOISAS? Obvio e smples Quando a Aguia em nés arma uma equacdo, pegamosum papel e lapise vamos as formulas. Noss0 leao vai tiraruma soneca e 0 boi apenas exige a poltrona cémoda e que nao pratiquemos algebra depois de um jantar exagerado - sendo nos casigaré com sonoléncia interferindo noscalculos! Equando o ledo em nésse extasa diante de um bonito sapato na vitrina? Ruge no ouvido da aguia até esta fazer o calculo do prego do sapato versusdespesas mais necessirias, $ vencer a briga, falta s6 0 boi concordar que o sapato esteja cémodo no pé. Do contrario, nada feito - boi e aguia, trabalhadoresdasfronteiras da vida, sio muito mais autoritarios do que o frustrado playboy do centio - e que por iss mesno vive cheio de melindres complexos, Neurosese outrosdesajusesdo BU. Quanto ao boi, jA sabemos o que quer - quer viver em paz e cuidar das suas tarefas Nao é ele que sustenta osoutrosdois sobre sias quatro patas? ECOMO AMAMOSASPESSOAS? Amor de boi - 0 boi diz"estou precisando” Mostra intumescimento, secreg ao, sensagdo de desejo fisco. A aguia, sempre desejosa de novos acontecimentos a registrar, concorda em principio; s5 pesa e julga as inconveniéncias e pode muito bem concordar com 0 “desejo da came". {© 0 leo nAo se manifesa, temoso ato genital sem graca da prostituigao, do esupro ou similar. E x2 0 ledo aprova, digamos, 0 lado estético? O mesmo ato comercial ja pode ter algum encanto - afinal ha ledes edetas sexualmente frustrados que pagam % para assistir a " srip-teases’, ou folhear revistas pornograficas. Como a masturbago solitaria, nao chega a ser um grande mal, masé um bem incompleto; pao seco, sem manteiga. Amor de ledo - 0 leAo, que surgiu muito maistarde na evolugao, quer sero fiscal do boi. Fomantico e impressondvel, é 0 grande sentimental. Ama platonicamente. Ea temura mitua, que dispensa ou antecede, acompanha e permanece apds a satislagao dos insintos; 6 o que ha de nobre, carinhoso e belo no amor. Ecapazde casiidade - rejeitando o insistente boi - ou de afrontar a pressio social de um amor condenado pelos mexericosdosvizinhos - agora protegendo o desprezado boi. Amor de dguia lamentamos informar que esse bicho ndo ama, na acep¢do sentimentalda palavra Apenasaprecia. Julga. Ecalcula onde esta 0 seu interesse. & insstimosnaquele verbo: ama sm, masidéiasabsratas, ideais, projetos, nunca a doce prisio de um quente e cheiroso abrago. Porque voa alto, distante, mergulha no passado para comparar, no futuro para acertar - o presente é sempre um problema para coordenar, para fiscalizar, para ser juiz, ter juizo... Juizde regata nao pega em remo VAMOSAMAR? Dulcinéia ama Rodrigo. Por natureza, ela tem um ledo que é enorme. Mas que recebeu, desde a infancia, mil adverténcias da sua Aguia conta bois sotos E a aguia dela continua recebendo mil informagdesatuaisde mulheresque se deram malcom isso. Entao, embora tenha praticado os rituais socialmente exigidos que a aguia conhece como casamento (e 0 boi nao entende), na Dulcingia vive e treme um leao assustado. Talveza aguia também! & 0 boi, coitado, em forma? Nem tanto, 6 minoria de um contra dois Comesponde a alguém condenado a sentir unicamente o prazer dos'vécios slitarios’, e ainda por cima se sentindo culpado! Muita paciéncia ha de ter Rodrigo. A pobre Dulcinéia procura compensar - arruma-he a roupa, enfeita o lar, penteia-o antesde sair de casa, mas. Celeste ama Androcles. A esfinge dela tem uma aguia excelente que enxerga tudo mesmo e um boi fabulos de potente Mas, procurando o amor, 0 ledo dela pisou num espinho, nas distantese esquecidaspaisagensda sua infancia. Este eginho continua encravado. Cada vez que aguia e boi (ndo importa quem teve a idéia primeiro) chama o ledo para participar da festa, 0 coitado, na hora do entusasmo, vai de arastao, masnao consegue se divertir direito E como é ledo, morde! Celeste, mal de boi satisfeito, briga com 0 eleito daquela noite - como ja brigou com tantos outros & nao foi ela que inventou a liberdade sexual néo se importaria de té-lo sdo. O que, alias, nao lhe tem servido de nada até agora. Conseguira Androcles retirar 0 espinno da pata da Celeste? Voltem na proxima semana a ese teatro, que o espetaculo continua... E assim, quantos e quantos casos ha de ajuste apenas parcial? Esperimente o leitor, classticando os seuscasosde amor. Dé nomesaos bichos! EXISTEO AMORCOMPLETO? Claro que sm! Basta a unanimidade em vez do voto de dois tergos, ou mesmo de um terco rebelde a fazer a sua oposi¢aozinha temporariamente vitoriosa. Eisto por parte do grupo dasduasesinges. Sio osdoisbois ambososledese o parde Aguias, num s6 grupo de ssisamigos, cada um aprovando, regeitando, apreciando, contiando nos outros cinco! Amam unidos, permanecem unidos apesarda - ou antes porcausa da liberdade! Esta 6 inclusive a verdadeira iberdade sexual, é a Unica que resulta em monogamia livre e voluntaria (pelo menos enquanto durara unido dosseis). Da vontade de comparar com a Suiga, onde cada cidadao é militar; convocado uns poucos dias por ano, leva seu armamento para casa. Eo porte livre de amas para todos - e nem por isso aqueles relojoeirostodosandam passeando de fuzilna mao. Nés, os autores, garantimos, pela nos observagdo peswal, que preferem o guarda-chuva. gee Pode ser que um dia isso acabe por ld, mas por enquanto é ou nao é snal de harmonia, de paz interior? Paz em liberdade é 0 que o Amor Completo exige dos seus participantes O leao deitado, tranqiilo, ao lado do boi - 6 ou nao 6 uma visio do paraiso? Fazemos votos que a trindade Razio-Enogao-Inginto do leitor seja una, para que conheca a Verdade, que é Amor. Ea Verdade o libertara FAM DA PAUSA Voltemosasaulas. Todasessas pemutas e combinagées entre os trés componentes das peswas - quanto nao exprimem na linguagem da vida, que os seus comostransnitem? Procure o leitor, nosgestose nasatitudes dos seus semelhantes, a linguagem do amor - parcial ou total, fugaz ou condante, implorando ou concedendo, frustrado ou satiseito. Estara presente aos seusolhos Na barriga exagerada do boi mal assessorado pelo leao frustrado de amor. Na acariciante mao da velha que afaga 0 gato no colo, no lugar da cabega do neto que partiu para a guerra que esta na moda. No peito do mogo, 0 Wenfeitado de camisa colorida, ou do pé da moga, apontando discretamente para o seu escolhido... Eé bom que assim seja, porque a humanidade nao é um clube onde escolhemos ser sicios e sm uma familia na qual entramos ao nascer. Podemos rescindir nossa qualidade de sdcios mas nado de parentes; entao é bom que a gente se entenda bem. Endo é isto 0 que 0 leitore nds pretendemos? Mesmo porque a atual linguagem verbal - qualquer que seja 0 idioma e por mais que se esmerem os tradutores - ndo nos parece funcionar muito bem como insrumento de entendimento entre os Homens.. CAPITULO 14 ee © Amore sua Expressio Corporal 2.A Toca Energética Em que & trata da estrutura do amore similares e a energia no amor conta pontos AMOR Consderemos por um momento cada “animal” nos como um "EU" separado. Cada um delesentende, aprova e assmila totalmente 0 fluxo energético recebido dos outros cinco (Para tomar isso claro, estabelecemos a complementagao sexual nos smbolos animais deste desenho). Fntao, ao perceber o entusasno comque sua mensagem pessoal é respondida pelos outros cinco, CADA UM dos seis inconscientescomo que se desinibe, se REALIMENTA destas resposas imediatas (Palmas do auditono, realimentando o "EU" de um ator, pode dar uma idéia ditante disto). Ea sensagao de EXTASE de EXPERIENCIA SUBLIME poiso fluxo da Fhergia 6 reciprocamente estimulado, potencializando-se de instante a instante! A ESTRUTURA DO AMORE SIMILARES: O desenho anterior mostrou a estrutura essencial do amor entre dois parceiros elevada a sua poténcia maxima. Vamostomar isso bem claro. Uma 86 pessoa Para que vocé, leitor, eseja "bem" consigo proprio (isto é, sem contitos intemos satifeito consgo, "amando-se” dentro da jusa ah Ee aL Ss Ea harmonia entre a sua Razéo, sua Emoga4o e seus Instintos. Harmonia como a de trésteclasde piano bem relacionadasentre 3. Mas um ser humano nao é um piano; entéo temos que nos imaginar estas trés teclas com Energia vital propria, vontade propria, e cada uma capazde tocar, s quiser, asduasoutras! So, portanto, GSpontos de contacto; seis pontos de impacto para 0 fluxo da Energia vital. Ea linguagem do como se expressara por ele. EXEMPLO 1 A SETA PARTE DO BO! EALCANGA A AGUIA © boi sente-se a vontade para pedir A Aguia que vocé tire o sapato apertado. A aguia ndo segue o preconceito que Ihe negara este direito na presenga de outraspessoas. Concorda pacificamente. A linguagem do como diz:"Sinto-me a vontade!" EXEMPLO 2 A SETA PARTE DA AGUIA. EALCANGA O BO! BB Agora a aguia pede ao boi para voltar a pér o sapato, pois 0 grupo esta na iminéncia de saltar do carro para uma vista formal, e o ledo nao quer que tomem o dono dosdois por desmazelado. A linguagem do como diz: "Estou satiseito por exsolher dosmales © menor’ (sobrancelhas ligeira contrariedade: sorriso: tudo bem!) Como vimos, o Departamento da RAZAO e o Departamento do INSTNTO gostam um do outro, dentro do nosxw personagem. Entdo, em vez de duassetasparalelasé maissimples.usar uma de duaspontasnos diagramas que demonstram atrag¢ao mutua, concordancia, “feedback” harménico (ou " loveback", como agora prefere MORENO, o "pai" do Psicodrama): Eh + Ser Aes E cremos que ficou bem claro que sao em numero de SHS os pontosde impacto para 0 fluxo da energia vital entre a nossa jovem e imequieta RAZAO inteligente, nosso (raramente maduro) EU emotivo e nosss biologicamente an-tiqilisimos INSTINTOS que guardam a tradigao da espécie DUASPESSOAS Coloquemos duas pessoas estranhas, uma de cada lado de um muro: Mesno que ambastenham qualidadesmaravilhosasde equiliprio intemo, sem o menor vestigio de conflito entre os componentes de cada uma, ainda asim a soma total sd alcanca, evidentemente, um maximo de DOZ pontos. (Es6 contar pontasde flecha no desenho!) Alias esse total nem existe e sm dois subtotais seis e seis, pois 0 muro impede a soma, como ja haviamos visio anteriormente INTENSIDA DE C RESC ENTE DA HARMONIA Suponhamos, agora, 0 muro parcialmente demolido, e os dois admirando cada qual os conhecimentos de, digamos geometria analttica do parceiro. As Aguiasestao em harmonia: Conte as flechas leitor; a soma "doze" é impossivel! Ou sao seis de cada lado, ou s40 no minimo catorze! Eassim pordiante, até chegar atrinta! Nao vamos tirar ao leitor o prazer de pegar, ele proprio, de um lapis e tragar mais ligagées; queremos que sinta pessoalmente o prazer de descobrir como a intensidade de Relagdes Humanascresce quando agente se entende cada vezmelhor. Eo exercicio que recomendamos a eda altura! Quando um dos autores - 0 Pierre - teve aquele momento de intima eclosao mental, indescritivel em sua totalidade insantanea, que he revelou a hipdtese da Eslinge como formula do homem, os resultadostoram tanto imediatoscomo a longo prazo. Imediatos uma sensagao de apaixonada euforia, de Energia acumulada a empregar constutivamente. A longo prazo: anos de pesquisa, confirmagoes através de comparagéesde dadostalmudicos tanticos, persas e mil coisas dese tipo, a aprovagao "cum laude" da tese (SORBONNE, 1972) Quando 0 outro autor - 0 Roland - teve semelhante eclosio mental a respeito da Potencializagao Earutural da Atragao Amorosa, os resultados imediatos foram idénticos - uma satisfagao indescritivel (¢ uma semana de alegre insdnia!). Quanto aosresultadosa longo prazo é cedo demais para se dizer, porque é uma peswoa muito dispersva, dessas que ficam felizes quando digparam setas energéticas em todas asdiregoes.. A DESCOBERTA DEAMOR Cabera, asim, a0 AUdo leitor descobrir quando esa crescente potencializagao energética, A medida que for aumentando de expoente numérico, passe a merecer, DA PARTEdo seu EU, 0 nome de AMOR Ecoisa muito pessoal. José diz: -AMOa minha colegao de selos! Maria comenta: - Jos§ mostra INTERESSE pelos selos! EAnténio decide: - Selossio 0 PASSA TEMPO de José! los? Meros objetos! Eta bem, leitor, e 0 acasalamento extatico de doisparceirosamorosos na sua propria opinido, ena dos outros? “AMOR?” “"INTERESSE?" "PASSA TEMPO?" Para que a classficagao fosse justa, talvez seria preciso verificar onde as setas energéticas batem nos alvos em ambos os parceiros. E testar cientificamente, objetivamente, milhares de casais, contar mais setas do que ja foram disparadas por todos os indios de Hollywood conseguir respostas francassobre 0 que eleschamam suasunides! Terlamos verdades estatisicas sobre 0 sentido semantico das palavras Amor, Interesse e Passatempo, masque nem por isso levariam a garantia de serem aceitas emotivamente pelo José dos selos Como ja dizia Shakespeare: "Palavras Palavias Palavias’! Vamostentar uma solugo pratica; uma solug4o que inclusive nos. ajudara muito na percepgao direta de toda aquela linguagem corporal esbogada no nosso vocabulario. Ento, voltemosa nossa seta da Energia: =p =9 Estamos mostrando que dizer "a ponta da seta" é equivalente a dizer" alvo que ela ama’, ou “quer se fixar’. Ou "ponto visado pela Energia" iguala "ponto de impacto alcangado’. Ou em tradugao menos rigida: "Ponta de Seta" diz "Eu gosto” (ou aprecio, quero, desejo, aprovo, amo, me snto bem, atraido, etc.)- Mil sndnimos possiveis, questéo de INTENSDADE apenas. ep quer dizer: “Gosto disso”, Ou simplesmente: AA > ¥ Entao temos por exemplo: Aama B. Sra isto Amor? Esta bem, 0 boi néo esta sozinho; faltou contar as setasintemas. Vamosla: A*ama" Belevado a terceira poténcia (A ama B).5 Sera isto amor? Afinal, Sto tréspontosde impacto de Energia! Que acha 0 leitor? Consulte a LINGUAGEM DO CORPO dos dois parceiros, no desenho! Que talo titulo "Desejo unilateral"? Ea palavra exata! As setas intemas da mulher nao contam, evidentemente, na soma. No exemplo, é claro que ha seis pontos - harmonia total, mas pessoal e intranserivel; os trés "bichos’ concordam em gritara mesna atitude de nao-uniao. Eo MURO pscolégico da rejeig4o manifestada pela mulher. Ainda que existam, os seis pontos dela seriam um subtotal imposdvel de unir aos do parceiro. Lembre-se dos trésenergemas"nao" da pag. 36! Enlao, para que palavras como Temura, se Amizade, Amor matemal e simiPares encontrem o seu f- 5) correspondente na fala do corpo, parece que 6 uma quesiéo de numero de pontos de ligacdo, de te H preferéncia em M if "love-back" (dirlamos, em portugués,"amor-de == volta", ou ‘reflexo aprobatério"); mais intensdade (no nivelde orgem ou sublimados!). Amor maternal assim pode alcangar 30 pontos, 9 que na area do boi a ligagdo do prazer mutuo do contacto apresenta um fluxo suave e muito tranqiilo de energia. - A voltagem é bem menosintensa do que aquela violenta do ato genitalcom o seu curto-circuito final, é 0 que talvez diria um eletricista! Observe 0 AU do térax curvado para dentro, e as duascurvas como um par de paréntess incluindo-se uma a outra. Cada & © identifica com o seu parceiro, o matemal protegendo 0 filial. Bem, isto afinal ndo 6 um livro sobre 0 Amor, se o Ieitor agora ja percebeu que nos desenhos anteriores do vocabuldrio também & possivel perceber pontos de impacto energético, nossa finalidade foi cumprida Entdo, aguia e leao do nosso bom José dos Selosnao podem dar mais de oito pontos: Temoso leo - Vida Emocional - contente, 0 boi - Vida Vegetativa - feliz (com 0 sossego, a poltrona macia e um bom jantar para digerir; selo boi nao come), e somente a Aguia e 0 ledo, além de dar e receber harmonia intema, langam um fluxo "amoroso” energético para fora, em diregao ao selo. Este emite uma imagem visual de volta, mas isto seria uma seta diferente, SEM A COBRINHA, assunto j4 ultrapassado apés os captulos iniciais. Energia vital do Selo para José é que nao: Selo nao da “eedback’, é inerte. Ceneja também nao emite, obviamente, feedback" vital, mas boi bebe. Logo, felicidade material da no maximo nove pontos! Conte- osno desenho! (Ainda serao nove no ultimo copo, masa voltagem vai caindo e aié melhor chamar isso de contentamento ou satisfac ao). 2, AN Se Essas ligagdes energéticas 6 que dao " vida" aos gedos da linguagem do corpo - como a tudo mais no Universo. Peguemos uma molécula de agua (H20, ou seja, dois atomos de hidrogénio e um de oxigénio): oO ‘sy Hew e temos seis pontos indisc utiveis! Ou seja: (+> v)° Tal qual o Homem! Isto, se ambosestéo em estado de pazinterior, ou seja, em equilbrio, “tudo bem”. E"tudo bem” sera por nés percebido nasatitudes! Nos conflitos intemos muito intensos, quando os ‘bichos" da "eslinge" ja nado se comunicam mais, o Homem entra até em "estado de choque", desintegrando a personalidade. E isto fica extremamente nitido na linguagem do compo dos cams patologicos extremos. Como na forma moKcula de agua - é com o choque elétrico que podemosdesntegrarthe a estrutura equilib rada; sai hidrogénio para um lado e oxigénio para 0 outro! AMORA PROFISSAO PODESALTARAOSOLHOS Podemosobsenarisso muito bem na competéncia profissional. © homem que descobriu sua vocagdo mostra-o em linguagem do como, nas suas atitudes de bom animo, aten¢éo, descontracao, ritmo energicamente produtivo de gestos precisos sem degerdicio de energia do individuo contente consgo mesmo, e pouco ligando se 0 expediente jé acabou! O que es na profissao errada expressara ao observador atento, em linguagem do corpo, o desdnimo, a atencao diminulda, a tensio, os gestos imprecisos, desperdi¢ando Energia, do individuo descontente consgo préprio, e que esa sempre preocupado com a hora da sala , a esta altura, 0 amigo leitor ja se treinou bastante na nossa matéria em estudo (0 Vocabulario é para ser usado diariamente e nao % para ser apreciado pela leitura!), poder sem muita dificuldade perceber isso em tomo de se até em siproprio. Seu professor, seu filho, sous chefes, colegas ou subordinados; a datilografa daquele escritério do terceiro andar ou a gargonete que Ihe serve 0 sorvete - ali vocé percebera decerto alguma coisa! Claro que, na sugpeita de profissio errada, 6 preciso obserar as mesnaspeswasfora do ambiente profissional & ossntomasde desinimo, aten¢4o diminuida, ete, sumirem lA fora, pode ser profissio errada (Poderia ser também um conflto intemo proveniente de outrascausas psquicasou até mesmo fisicas) Mas, se temos aqueles sntomas da vocagao cerla mosrando que gosta do que faz, pode apostar que vocé, por percep ao direta, esta vendo alguém que ama sua profissio! Bem, lembre-se que vocé ainda nao tem assm tanta pratica e aposte pouquinho! Talvez seja apenasalguém que esa assim contente porque acabou de conhecero Amor! CAPITULO 15 MT Fronteiras Invisiveis Vocé talvez nao espera o que sera revelado neste capitulo: 0 seu eu nao 6 limitado pela sua pele; as fronteirasdo seu como sao invisveis - Vocé vai conhecé-lasagora. Qual é o limite do nosso EU? Feud, em "Eu e 0 Id", disse que nossa pele era o limite entre 0 ego e o mundo exterior. E melhor conceber esta nossa periferia fisca como apenas um limite descritivo do Universo, ou melhor, entre o Universo do lado de fora e do lado de dentro de nds Noss EU incluio Exterior. Vejamos: a soliddo, dentro de nds, sem contacto com o exterior, & terrivel. Quem quer ser Helen Keller, a famosa cega surdo-muda? Nao precisamosir tao longe - quem quer ficar numa ilha deserta, masdeserta mesno? Ha horasque é tao bom uma inva-sdozinha do nosso territorio! —s - E outras horas hd, em que a mera invasio de nossas aguas tertitoriais ja é um aborrecimento dosmaiores; queremos um certo espago entre nése osesranhos Entéo percebemos que © TERRITORO FAZ PARTE DO "BU" Eo espaco peswale social. Podemosdefinir isso assim: A territorialidade regula a densdade das espéciesde seres vivos- ou seja, a distancia ideal entre osseus componentes ind ividuais, para as diversas manitestagdesda vida em comum. No reino animal, a tertitorialidade apresenta muitas fungdes vitais, desde os reflexos necessirios para se esconder do inimigo até surpreender a presa, comunicar-se ou reproduzir a espécie. Em suma, mantém o grupo coes, e poriss vivo. © egaco social e pessoal humano, e a nossa percepcdo do mesmo, é assunto de um conjunto de observagées e teoriasda nossa ciéncia que Edward Hall, um dos seus notaveis pioneiros, batizou de ‘proxemics' em inglés; é ciéncia t4o recente que ainda nao ha palavra simples, corrente em nossa lingua, que lhe traduza o sentido Eta " ciéncia das disncias’ condiz perfeitamente com o principio geral que jd esudamos e que 6 basco para compreendemosa linguagem do nosw corpo: &% podemosestar livres de " gress‘ quando cada atitude psquica nossa é acompanhada da sua comespondente atitude fisca ideal. Eesta ultima inclui a distancia ideal entre nos e osoutros! Queremos estar préximosdo copo, do livo ou da boca da peswa amada, quando temossede de beber, saber ou amar. Nossa tensdo aumenta progtessvamente ao longo do eixo-tempo enquanto a distancia nossepara do que queremos. Ficamos pertubados, tensos - ndo estamos mais em pazcom oscomponentesda soma intema dosseis pontos que estudamosno capitulo anterior. Assim como queremos diminuir distancias, quando a iso nos impele 0 desejo do momento (consciente ou nao!), também desejamos aumentaresasdisanciasquando outros sentimentosnos dominam Queremosesar distantesdo copo, do livro ou da boca da peswa amada, quando estamos fartos de beber, de saber ou de amar (ou quando outra emogao mais poderosa toma conta de nos) E nossa tenséo aumenta progressvamente ao longo do eixo- tempo, enquanto nao conseguimos disanciarnos do que nao queremos mais! Fcamos perturbados, tensos - nao estamos mais em paz; no dispomosdosnosws seispontos... RESSENSIBILIZAGAO AO OBVIO SMPLES Que o paciente leitor nos perdoe o trecho acima que até parece um microfestival de literatura do "6bvio uivante"! Mas - que fazer? Ea propria estrutura basca da linguagem do corpo humano que é de um obvio insistente, tal a sua smplicidade! Entdo acontece que o leitor apenas se ressensbiliza conscientemente. Fedescobre conosco fatos que logo percebe serem-ihe extremamente familiares Logo a seguir, reencontra estas atitudes ao obserar a ¢ proprio e osoutros, mesmo nos menoresgestos! EO OBVIO NAO TAO SIMPLES? J& aprendemos a chamaio de semantema discordante no capitulo 12. E a linguagem dos conflitos entre emogées, dentro do mesmo individuo. Tata-se de atitudes pscofisicas tipicas de nossa cultura, © que aparecem inconscientemente nas manifesagdes de invasio do territério pessoal O cavalheiro b) sori hipocritamente para o insstente cavalheiro c) que Ihe esta invadindo 0 territério fisico e mental. Maso cotovelo esquerdo de b) diz: "quero distancia de vocé!” Seu braco direito diz: "estou interessado na pessoa a). Etem mais: a pema direita de b) -a "da razao" - cruza por cima da esquerda - a da emogdo - prendendo a acdo emotiva de locomover-se de acordo com o seu desejo do momento. E ambas estando cruzadas, apenasrepetem o gesto de dobrar osbracos sobre o peito (ja tao nosso conhecido), que o cavalheiro b) havia executado (também inconscientemente) momentos antes, ao dar-se conta da sua repulsa ante a invasdo de c). Cenasdesx género se repetem constantemente; ha invasdesde teritérios por toda parte. Estados invadem Estados, Temoristas invadem avides, um énibusacaba de invadir a mala do nosso fusca e a televisio invade a nossa aguia, hipnotiza nosso leo e imobiliza noss boidiante do seu ralo mingau de banalidades primariase violéncias tao a gosto dasmultidées. Porque essasinvasdes? Porque nossa cultura tem uma caracteridica dominante, tao constante que até a podemoschamarde A CULTURA DA LE DO MAISFORIE Nao menogprezamos as legitimas conquitas do Homem no dominio dos chamados Direitos Naturais. Exitem. Mas que diferenga houve entre Cartago destuida, Coventry arasada, ou as nuinasde An Loc, no Vietna (onde, dizem, umas sis casas sobraram da cidade inteira, 6 que sem telhados)? Para asvitimas, nenhuma! A diferenca esta apenas nas datas em que foram invadidaspela Lei do maisforte... O PODER EM BUSCA DO BEM Masnao precisamosir aos exemplosque tenham resultadostristes. Mesno nos empreendimentos que nos trazem os mais indiscutiveis beneficios sempre ha 0 poder coercitivo do mais forte, que de alguma forma impde ou persuade aosdemaisa fazerhe a vontade, a alcancar-ine osobjetivos E se lhe tirassemos 0 vemiz social, terlamos o caos, a anarquia -e a mesna Lei do mais forte, muito mais brutal. A Espada da Jusiica 6 a defesa imprescindivelda sua Balanga. Garante a Ordem. A altemativa oposa? Seria a unio voluntaria por entusastico aprego mutuo - tanto o aprego interpessoalcomo o de objetivosem comum Belo, mas raro - alguns casais, alguns grupos pequenos de trabalho aquie acola. Porque, em vezde generalizago, exige discemimento. Eamor. © PODER COM DISCERNIMENTO O poder em s nao é um mal-é justo e desejavel que a sereia da ambulincia e dos bombeiros nos invada o territério do nosso carrinho de passeio e nosfaca ceder-Ihe passagem -masé apenasum exemplo do bom discemimento que acima citamos J& sabemos que 0 homem 6 0 Unico animal tao agressvo que mata deliberadamente osda sua propria espécie, e a Ciéncia ainda busca em vao uma explicagdo para essa exceg ao. Homens eminentes que dedicaram 0 maximo dos seus edorcos defendem as hipdteses mais diversas Assm, Robert Ardrey indaga do nosso passado pré- historico de cagadores que favorecia osmaisaptosa derramar sangue; Desmond Morris aponta as imposicées civilizadas que nos frustram os inslintos, enquanto Konrad Lorenz examina o declinio dos instintos primitivos que outrora teriam inibido nossa agresividade. E Tiago Menor, na sua Epistola Universal, cap. 4, smplesnente nos aponta o hedonisno que nostorna demasadamente complacentescom nosmesnos ja como for, somos agressvos como espécie. E como individuos? Invadimos mutuamente nossos territérios entaéo vamos procurar discemir isso de forma pratica, e dentro do nosso tema. EXPERIMENTE DISCERNIR TERRITOROS, Tente, vocé mesmo, pesquisar isso um pouco - uma experiéncia pessoal vale por mil palavras! Por exemplo: Sente-se a mesa, defronte de alguém. Vocé, e seu oponente, tém tarefas individuais a executar; entéo cada um tem, digamos, cademos, blocos, livrosde consulta, pois vocés vao estudar matérias diferentes, para que ele nao queira prestar ateng4o consciente a vocé. Também pode ser uma refeigao - vocé smplesnente se acomoda a mesa de um estranho, num restaurante superiotado qualquer. Vocé 6 a), com seus objetivos a). A linha pontihada (imaginaria) representa o limite nomal entre seu teritério e 0 do seu oponente b) com seuspertencesb). Apos alguns minutos, comece a experimentar a lei do mais forte, “disraidamente", pouco a pouco, invada o terttério dele com seus objetos Faga iso de modo que ele, absorto na wa propria atividade, nada perceba conscientemente Chegara a ocasao em que, digamos, seu mago de cigarros esteja tao proximo do caminho usualmente percomido pelas maos e bragosde b), que ese reagird. Embora continue "desigado”, imerso em seus proprios pensamentos (ou com a atencao voltada para uma troca neutra de palavrascom vocé), ira empurar o objeto invasor de volta, atravésda linha divisoria. Se vocé se conduzir com habilidade, esta reacao do seu oponente sera inconsciente. E vocé acaba de determinar o tamanho de um tertit6rio individual. Mas vocé obteve apenas uma medida esatica de acordo com ascircunsanciasdo momento. Meio tempo de mesa, para serexato. Os arquitetos - esses génios frustrados que se véem obrigados a produzir "conjugados com kitchenette” porque dificilmente Ihes encomendam pesquisasde esago humano - tém de conformar-se em langar mao de extensas compilagdes de "Territérios’ humanos, tabelados por autordades como Neufert e Corbuser. Entao podem ficar sabendo quantos centimettos cubicos devem ser ocupados por um homem sentado a escrivaninha, por um garcom conduzindo uma bandeja, ou por duaspessoas cruzando-se ao atravessar uma porta. Slugdes exaticas e generalizadas Que, por isso mesno, nao agradam a ninguém em particular - é a impessoalidade fria e correta dos quartosde hotel e dos grandes escritériosna sua rigidez modulada de "tudo de fundo" monotonamente repetido Observe a reagdo, pela linguagem dos objetos: Vocé coloca o seu cinzeiro diferente na sua mesa, marcando o seu temitorio naquele escrit6rio E uma forma inconsciente de tentar identificar 0 seu Ei. Experimente chegar antes do inicio do expediente e trocar os personalizadoscinzeiros, porta-lapis pesosde papéisou objetossimilares de duasmesascontiguas! A obsetvacao das reagdes cinéscase verbais (em semantemas perfeitamente harménicose nitidos) dos donosdosobjetos sera decerto muito ingrutivo para o seu estudo dosgesoshumanos.. TEFRTORIO NAO TEM LIMITESAIGIDOS Lembra-se dos desenhos de Romeu e Julieta, no inicio deste capitulo? Noss herdi quis em dadas circunancias distancia minima em relagéo aquele balcdo. Mudando o contexto, preteriu distancia maxima entre 0 territ6rio dos Capuletose sua propria pele. Consdere, entao, sua experiéncia da mesa com um ocupante que Ihe seja pessoaimente desconhecido, mas dentro de um contexto diferente: um restaurante quase vazio. Que acontece, se vocé resolve ocuparum lugar a mesa dele? He tomara uma atitude de defesa ou de contra-ataque. Ou puxara os seus objetos para mais junto de s, ou poderd chegar a agressio, verbal ou pior (Lembre-se: todo encontro social cria tensAo). De qualquer maneira, j 0 temitério a defender nao é mais do tamanho de meia mesa - na nossa cultura da lei do mais forte, até a mera ocupagao da mesa vizinha ja sera um ato gerador de tensio momentanea; é possvel ameaga ao ato de sobrevivéncia que é 0 alimentar-se! eer SP eos ia. © Repare, leitor, que nds escrevemos "Considere...", @ no "Faga...” essa experiéncia. Quando ese texto ainda esava em fase de teste, um membro do nosso grupo (alto, forte e impulsvo) quis surpreender-nos com uma pesquisa esatistica das reagdes encontradas e saiu em campo, sentando-se a mesa de desconhecidos. Por azar dele, um dos cavalheiros tetadosera o Gerente Geral de Crédito de um Banco no qual noss% amigo pretendia obter um financiamento - o que este apenasdescobriu no dia seguinte, ao penetrar-lhe outro territorio - desta vez, 0 imponente gabinete do Banco! Pois €; todo encontro humano resulta em interagéo mutua emocional. Até 0 momento de imprimirse estas paginas, ainda nao houve aquele financiamento.. EXPERIMENTE MEDIR TEFRITOROS: Vocé esa no saguao de um edificio, impacientemente aguardando 0 esvaziamento do elevador superiotado que acaba de descer. Como essa gente demora a sairl Vocé gosaria que aquela massa compacta saise “em bloco”, de uma s vez. Em termos mais técnicos que, desembarcando, manteria aquela temitorialdade densa, desocupado rapidamente o elevador que vocé quer tomar! Na disso! Os passageiros a) e 6) ja recuperaram o dominio do seu teritério. O cavalheiro c) jd comega a andar, pois sentiu-se satisteito com 0 que percebeu a sua frente: a recuperacao da parte dianteira do seu espaco peswal. Enquanto isso - e 0 tempo vai passando para desyosto de quem espera do lado de fora - 0 passageiro d), ainda dentro da area de invasio mutua forgada, nao dara o primeiro passo, enquanto nao perceber 0 reaparecimento do seu proprio temitério dianteiro! Reexamine o desenho da pagina 231! Evocé, leitor? Percebeu como vocé agora pode notar -e medir - conscientemente os limites das "Aguas temitoriais humanas’, tanto suas como asdosoutros? FATORES BASICOS DA TERAITORALIDADE HUMANA Pessoas em busca de (ou sujeitos a) intimidade {interacao total) cedem seus dirsitosterrtoriais" rr Seja para abracarem-se amorosamente ou para brigar - 6 a disAncia que vai de zero a poucos palmos, e que é menor do que o temtério neutro, ou pessoal, do individuo sem interagAo com outros, Este provavelmente evoluiu da percepgao da seguranga peswal que consste em manter uma distancia minima para esquivar-se de um ataque sibito do vizinho. E facil observar isto, por exemplo, em passaros enfileirados num fio de telefone. it Adistancia social, ou de interagao com reservas (em oposcao a interagao total, intima), oscila bastante, nao 96 pelo grau variavel do estado emocional que modifica a reserva mas também conforme a tradigao cultural na qual cada sociedade fixou seus habitos de comportamento em grupo. Os da sva sociedade, o leitor conhece. E acompanhada dos gestos convencionais taiscomo a diferenga entre saudar seu cénjuge, um estranho ou a Bandeira Nacional; que roupasosentar, em que local @ ocasao; com quaisutenstlios levar que alimentosa boca, etc. Tem seu valor de aceitagao (logo, de sobrevivéncia). Tudo isso é incrivelmente variado. Por exemplo, a distancia entre gente na fila 6 diferente entre, digamos, uma cidade pequena do interior dos Estados Unidose uma metrépole latina como 0 Rio de Janeiro. Esta distancia social cresce até confundirse com a distancia formal ou cerimonial (orador - audiéncia; sacerdote - fiéis, chefe de Estado - povo, etc), também evidentemente varidvel nos moldes da anterior. Para quem quiser aprofundar-se mais nesta queso de territorio que constitui uma das dimensSeschave de nossa vida social, recomendamos a leitura de "The Slent Language" (Fawcett Pu- blications, Inc.) e "The Hidden Dimenson" (Doubleday and Co., USA.) de Edward Hall, e "Personal Space” (Prentice-Hall Inc. U.SA.), de Robert Sommer. Obras pioneiras de rigorosa andlise cientitica, de texto claro e fascinante, podemos confimarshes plenamente o contetido até o alcance pemitido pelas nossas modestas observagées peswais em varias partesdas Américas da Europa e da Asa. OSLUMITESE VOCE Bem, cremoster dado uma nogao sicinta doslimitesdo nos EU Daqui em diante 6 com vocé - observe e aplique suasnovasnogéesde temitorialidade Vocé podera até se espantar com a nitidez com que passara a perceber a fungao dasdistncias Vera um olharneutro se transommar em alerta, dedosinertes comecar nervosamente a bulir com objetos, ou um compo inteiro enrijecer sutiimente ante uma diferenga de meio pass a menosde distancia. Esaberd que outro meio passo adiante ira trazer uma intensticagao ainda maisnitida de antagonisno Ou, pelo contrario, notara os snais de aceitagdo, e como se tomario mais nitidos A menor distancia. Se em algum ponto da aproximagao pessoal cessrem de se mostrar, também isto sera entendido por vocé -como 0 novo limite daquele momento. Isto tudo, tanto na sua interagdo peswal, como entre terceiros! E, desta vez, nem precisamos recomendar que use de consderacao, de tato, quando vocé estiver conscientemente em jogo. Eo ultimo "obvio" deste capitulo: vocé, exatamente por perceber tudo isso, saberé, melhor do que ninguém, conduzir-se com um acerto invejavel. Para ajudar o leitor a fixar melhor suas novasnogéesdoslimitesdo £U- tanto do seu proprio como 0 dos outros - veremos, nas paginas a seguir, mais alguns desenhosde semantemasno género dasilustragoes do "vocabulario” do capitulo 12. INVASAO DETERRITORIO - 1 (UMA SEQUENCIA DE...) Todos os energemas dos desenhos dese livro foram deliberadamente observados, registrados e classticados durante um minimo de cinco anos Notamosihe o reaparecimento constante em dadas circunstancias, e vimos que ora eram gesbos intensos, amplose de duracdo suficiente para uma facil percep¢ao, ora eram fracos, milimétricos e desapareciam numa fragdo de segundo. Quesao, evidentemente, do contexto de cada observacao. Por iss, ao representarmos em desenhos extremamente smplificados os semantemas que 0 leitor jd absorveu, os colocamos sempre em contexto muito nitido. O que nem sempre acontece no dia- a-dia real, com sua quantidade fantasica de comunicagées intemas e extemasde cada insante. Masha sempre stuagesclarasa observar Como esta acima, que se desenrolou ante nossos olhos Demorou Of SEGUNDOS - durante todo esse tempo o marceneiro ficou na atitude do desenho. Quinze pessoas estavam presentes naquele escritério; oito se recordavam de té-lo visto sentar-se no tampo da mesa, quando isto Ihes foi perguntado CINCO MINUTOSDEPOIS e nenhuma havia percebido os demaisenergemas... INVASAO DE TERRITORIO - 2 (FINAL DA SEQUENCIA) Esta 6 a cena seguinte a do desenho anterior. Imediatamente apésosoito segundosque durou aquela invasio, © noss% amigo marceneio, ante a silenciosa atitude comoral da FEJEIGAO TOTAL por parte do seu cliente, "mudou de atitude” Primeiro, parou de balangar a pema provocadoramente em diregao ao oponente, tao logo ese havia girado a sua cadeira para ficar de cosas para 0 marceneito. Logo a seguir deixou-se esconegar de cima da escrivaninha, enquanto smultaneamente libertou a mao direita, pois a sua esquerda levantou-se até a sua cabega, retirou a boina e a guardou no bols. Ainda, smultaneamente, seu ego desiflou-se: 0 trax curvou-se para dentro. Ao mesmo tempo, o seu corpo inteio comecou a dobrar-se de acordo com sua nova atitude mental, até ficar como mostra o desenho da pagina seguinte. O inicio da ago de dobraro corpo coincidiu com o inicio da sua mensagem verbal - "Vou verse..." a0 pronunciarshe as titimaspalavras -"... ta bem assim, chefe?" eisque as suas maos entrelagaram osdedos em atitude precaria! Tudo isso levou SEISSEGUNDOS: EEN cans ersten ren cos J cuvo.me cunts o€ nH Dasoito pessoasque, entrevistadascinco minutosdepoise que se recordavam da atitude mais insdlita do desenho anterior, NENHUMA registrou conscientemente na meméria o que se desenrolou nos seis segundos acima descritos apenas um dos Autores que se achava presente registrou ambos os semantemas nos seus detalhes aqui reproduzidos. Contexto: O marceneiro vinha trabalhando ha quatro semanas em insalagdes de paredes divisdrias e armarios naquele ambiente; pessoa alegre e extrovertida, embora ocasionalmente "abusada”, a sua presenca e atitudes j4 nao chamavam a aten¢ao do grupo, no qual gozava de aceitagao parcial. No desenho seguinte, veremosuma caracteritica de uma stuagao de aceitagao mais intima um grupo de amigos GRUPO (UNIAO AMISTOSA EM...) Ese semantema que, alids podemos chamar de SEMANTEMA HARMONICO GRUPAL, é facil de ser observado. Permanece durante tempo basiante longo e, para que se manifese claramente, basta 0 contexto seguinte: sofas ou bancos compridos, ou cadeiras e poltronas faceis de serem dedocados, um ambiente alegre, descontraddo de reunido social mais ou menos prolongada e a presenca de diverss GRUPOS DISTINTOS de pessoas mais ligadas entre s do que com os demaisgmupospresentes. No inicio, permanecerdo maisestreitamente agrupadosos que ja trazem este habito anterior; a medida que a festa prossegue, podem formar-se novos agrupamentos causados por novas smpatias, descobertasde interesses coroveto coroveto: 'USk0 DOS TERRITORIOS PESSOAI® corove.o, me: em comum etc. Mas SEMPRE se pode notar isso pelas atitudes comorais. Observe os limites de cada grupo! O desenho acima mostra como determinaos - sio as pemas cruzadas com o pé apontando para DENTRO do grupo amigo, das pessoas nasduas extremidades dos mesmos. DENTRO desteslimites, osterritoriospessoais se fundem SEMPRE No desenho seguinte, uma histéria em trés cenas sucesivas a fusdo de doisteritérios pessoaisde maneira um tanto violenta. Observamo-a em todos os energemas do desenho; levou menos de dois minutos da primeira a ultima cena e resultou numa troca inesperada de lideranga! INVASAO DE TERRITORIO (COM TROCA INCONSCIENTE DELIDERANGA) No homem apaixonado que aqui obsevamos a energia etd localizada no nivel do leao. Mas quando a mulher “cedeu" subitamente, foi HA que mostrou querer domina-lo - quando, na realidade, ela propria estava sendo dominada pelo sibito degspertar do boi dela mesna. Até onde podemos dominar essas nossas atitudes comporais? Eta pergunta merece, no minimo, um capitulo inteio. E 0 assunto do capitulo seguinte. CAPITULO 16 ee Podemos Dominara Linguagem do nosso Corpo? A plena consciéncia. — O homem nao consegue esconder wa linguagem inconsciente de um observador avisado... @ nem mesmo dele mesmo! O HOMEM CONSCIENTE Dissemosno final do capitulo anterior que vocé até poderia ficar espantado com a nitidezda sua nova percepgao consciente. © leitor, apés aquela leitura, praticou um pouco. Olhou conscientemente 0 que se passava ao seu redor. Entao sem duvida percebeu com clareza certas intencdes emotivas nasinteragdespraticadasdiante de seusolhos. Essa percepgao foi continua? Nao! Acontecia intemitentemente. As vezes vocé as percebia plenamente, outrasvezes, em stuac4o idéntica, vocé apenasnotava asexpresses superficiaisde sempre. Na situagdo acima: ora apenaso energema treinado do soriso social, ora a revelagao por inteiro do morfema na sua totalidade disc ordante No entanto, a emissao destas mensagens dos compos humanos CONTINUA ININTERRUPTAMENTE diante de seus olhos. Ea razio disto 6 tao importante que merece esse destaque: O HOMEM NAO CONSEGUE DOMINAR A_ LINGUAGEM INCONSCIENTE DO SEU CORPO! Eporque nao? POR QUE ELE NAO VAI ALEM DO ESTAGIO 4 DA SUA POSSVEL EVOLUGAO! As excegdes a regra sio tAo raras, que em nada influem na abundancia dasmensagensdoscorposa nossa volta. Para 0 leitor familiarizado com a psicologia da possivel evolugdo do Homem, tal como a encara Cugpensky, isto nao constitui surpresa. Smplifique-se o conceito ouspenskiano dentro dosparametrosda nossa esfinge, e, por mera extrapolagao Wgica, a escala surge como exporemos adiante. i? Vamosresumire comentar esesEsadios e uma porcao de coisas interessantes vao acontecercom vocé: 1, Vocé nao vai resisir ao desejo de identificar 0 seu proprio Estadio evolutivo. Isto sera perfeitamente possivel, e até quase imediato, mesmo se vocé estiverno Exadio 1 (Repare no verbo ress: é tipico dese estddio do Homem) 2. Voce se sentid tentado a identificar o edadio alcancado por outros. Este sou desejo de comparagao 6, alids, inerente ao proprio Estadio 2. Contudo, enquanto ali permanecer, os resultados que vocé obterd nao terdo base sdlida (0 verbo sentir é palavra-chave do n. 2). 3. Vocé aprenderd que o éxito das suas tentativas do item anterior dependera do grau alcancado nesta Exala. Agora, os resultados das suas classticagées dos outros em graus comegam a merecer confianca (aprender, ainda que com pobreza de dimensdes, é caracteritica do n. 3). 4. Vocé saberd 0 porqué da impossbilidade geral de repressio da linguagem corporal inconsciente. O orgulho 9 dura até on. 3; é tipico do sibio que " sabe que sabe" (Saber é verbo-chave do Exadio 4, no sentido do sabio que é mais sibio porque “sabe que nao sabe", entdo a verdadeira modéstiia comega humidemente no n. 4). 5, Vocé vai perceber por que nao "ouve” continuamente a “fala” do seu proprio como - quanto maisa dosoutros A percepcao 6 0 nucleo do numero 5 (Aviso ao leitor assustado ito no quer dizer que 6 preciso haver alcangado esse Exadio de forma permanente para ter seus momentos passageiros de percepcao direta consciente). 6. Vocé poderd, talvez, alcangar um momento de plena consciéncia objetiva de como, em teoria, sentirse diante da possbilidade de percepgdo direta consciente e continua, sem ser abalado na sua esséncia pelo observado Desculpe a aparéncia intricada do que vocé leu; estamos torturando-o com ferramentas de pensamentos chamadas ‘palavras’. Sio de campinteio, e as usamos em cirurgia de vivissegao de um Pensamento! Note, por favor, que, na fase 6, a percepgao acima descrita n&o precisa de "palavras’ 7. Por uma egpécie indescritivel de discemimento intuitivo, "Ensehen’, “insght", ou como queira rotuld-lo, é possvel que vocé consiga ter uma idéia distante, capazde visumbraro Estadio 7. ESTAGIO 1 O numero 1 € 0 que podemos chamarde “o homem-boi". Nele, a satisagao dosinsintosprepondera. £0 Antes que o leitor se apresse a sorircom superioridade: numero 1 nao 6 s5 0 “comilao”, 0 “famista” ou 0 "brigao", que o homem n 20u 3 assim classfica com desdém ante tal desequilbrio malsio de personalidade. Um belo espécime de atleta ou sivicola é um perfeito boi ‘adulto” & que, ao contrario do “comiléo" etc, ainda nao vive em contlito intemo com seus outros “animais' de filogénese mais recente. Estes ainda respeitam seu itmao mais velho. Seus problemas sio de inadaptagao a “alvostixos’. ESTAGIO 2 O numero 2 6 0 “homem-leao”.O A/vem em primeiro lugar. E emocional, vive em busca da afimagao da sua identidade e a procura estabelecer por comparag4o com osoutros. Manuseia avidamente seu fichario interior, sentindo ora intensa alegria, ora profundo desegero. Jd 0 conhecemos bem das paginas anteriores. ESTAGIO 3 © némero 3 6 0 " homem-aguia". Nele manda a razdo. O pensamento na sua opinio 6 superior ao sentimento, e ese melhor que osingtintos.O que até certo ponto ¢ indiscutivel Mas pensa que o morador de cima 6 superior ao de baixo, e ambosse julgam melhoresdo que aquele co-proprietario encarregado do prédio, ld no porao. Nao respeitam o irmao maisvelho. A rara hammonia plena e intensa entre os trés inconscientes é sempre de curta duragao; normaimente dao-se mal, e cada qual manifesta isso livremente pela lei do que for mais forte em dado momento Esa é a explicagao do porgué de a linguagem do compo manifestar-se de forma ineprimivell Bs talvez, um argumento a favor de S Tago (..de onde vém asguerase pelejasentre nds? Porventura nao vem das vossas preferéncias que nos vossos membros guerreiam?). O que caracteriza osindividuosé por isso mesmo tipico da coletividade. Lembre-se que nega linguagem psicofisolégica 6 comum DOIS "bichos’ liderarem 0 movimento cinésco contra um_ terceiro (semantemas discordantes). Ser minoria, conforme o contexto daquele instante, acontece a qualquerum dostrés. Temos entéo algo asim como uma democracia sem Consituigao, um reinado sem Imperador, uma ciéncia sem método ou um organograma sem chete! Nao ha ninguém a TESIA do negécio? Evocé, leitor? No minimo, vocé é Estadio 4 - pelo menos, durante © tempo que Ié e pondera estas questes (Fora destas paginas, vocé 6 quem sabe...). Vocé ja vai por qué! Masvocé, como nds nao é perfeito, nao 6? Entao: GASTANDO ENERGIA NOS NOSSOS USUAIS CONAITOS INTERNOS INCONSCIENTES, ESTA NOSFALTA (EM PROPORCAO A INTENSDADE E/OU FREQUENCIA DESIES CONFUTOS, AO DESEJARMOS OBSERVAR OS MESMOS FENO MENOSNOSOUTROS! Trocando em miidos, vamoscriar um provérbio? "Nao da para fazero retrato do boi do vizinho, quando o da gente fazosnossosfundilhosde alvo!" A CABECA DA ESHNGEESTAGIO 4 Durante incontaveis anos, a Vida evoluiu lentamente do seu nivel instintivo para o emotivo de meméria mais recente, e 96 depois velo a luzda Razdo. Mas como vimos, esestrés est4dios pouco realizaram de bom em temmosde elevacdo, dada a sua desarmonia. Dai, no nosso smbolo da estinge, 0 novo significado da cabega da mesna. E 0 Estagio 4. O Homem comega a tomar consciéncia, em separado, da estrutura tripla da sua propria unidade Comega a saber que ele 6 maisdo que um, dois ou mesmo trés bichosem desarmonia, desde que consga ficar a testa deles Depperta nele um EUdiferente do mero colecionador sentimental de informagées que €0 leao © Homem, neste Es4gio da sua evolug4o pscolégica, ja 6 realmente um pouco superior aos anteriores Torou-se mais modesto, maisrealista, e conseqdentemente muito maisinteligente Nem por isso ficou menos vital, menos amoros) ou menos intelectual. Mas, sobretudo, estara intensamente interessado em adquirir uma unidade mais haménica - em potencializar hamonicamente a estrutura que acaba de perceber. Este Estadio tende a transformar-se sem maisdelonga no BSIAGIO 5 No 5, 0 Homem, jd com plena percep¢ao consciente da agao e interagdo constantes do que, na pratica, representa trés "EUS em conflito, tenta péro negécio em ordem. & notar que isto, em contacto direto com os trés indisciplinados, nao da resultado permanente (quem influencia um grupo, também & por ele influenciado!), talvez consga evoluiraté BSTAGIO 6 Chefe tem que manter certa distancia para ter plena consciéncia objetiva do que se faz, e do que deve ser feito. Quem conseguir chefiar-se assim a s proprio a maior parte do tempo, alcangou 0 6. Percebendo a nossa propria harmonia (que é praticamente inexistente na nossa cultura atual), também a sua linguagem do corpo sera de harmonia insuspeita. Tera extraordinario vigor controlado, poisa elevada porcentagem de Energia vital desperdigada nos Estadios inferiores agora fluira no conjunto harménico dassuasatitudes. ESTAGIO7 Um EU - Cabega de Exinge” numero 7 seria, por extrapolagao logica, inabaldvel. Sua vontade é live e soberana. Controla alegremente seustrés componentes intemos como muito bem entende, sem 0 mais intimo degperdicio energético; por isso seu poder pessoal n&o 6 compardvelao do Homem comum. Enao nospergunte qual a sua linguagem corporal, Quem ja viu pessoalmente um Homem assim - se é que existe ou exisiu - 6 favor ensna-lo a nds! UM PARALELSMO A COMPREENDER Pedimosdesculpa a todo leitor a quem isso deu a impressio que procuramos vestir uma fria esrutura progressva do pensamento légico com um manto de calido misticismo. Nao & assim que fazemos Ciéncia; respeitam-se as regras da busca do Saber, Buscamos - isto sim - focalizar um possivel paralelisno intuitivo Talvez tenha havido apenasisto: Homens inteligentes, de épocas ainda nao descobertasdo Passado - possvelmente osmesmosque nos deram a Exinge - formularam doutrinas filosdficas. Como, por exemplo, essa Escala progresiva, jA entao decerto observavel de 1a 4. Ea coisa passou a ser encarada como Dogma, ou Crenca ou Fé etc, com o correrdo tempo Tente o leitor convencer um sivicola tropical que uns cinqienta litrosde agua podem muito bem racharthe a cabeca de um s golpe! Acreditara? 95 se conseguir trazer-ihe uma pedra de gelo de cinqiienta quilos & 0 evento nao se repetir, que probabilidade vocé calcula para que sua descrigdo seja aceita pelos bimetosdele? Por mais que cada pai ameace os filhos com penas etemas duvidarem de sua palavra, ou a histéria tera que ser dogmatizada em Crenga A espera de uma Segunda Vinda do milagre, ou serd consderada crendice indigna de merecer {€. Note-se: nesta comparagao nao discutimos se o "gelo”, em s, 6 verdade. Apenas focalizamos 0 problema de aceitar a hipétese de sua exiséncia por mera afimacao dogmatica dela propria! ESCALA ANTIGA COMO A ESAINGE? Ora, nao 6 inadmissivel que essa Escala evolutiva, justamente pela validezda sua logica bem encadeada, j4 tenha sdo formulada como hipétese em temposmuito remotos. Vejamos - nao 6 razoavel que, entdo, a linguagem do como tenha sido melhor entendida? Afinal, todos ossemantemasda mesma haviam precedido a invengao dos seus respectivos regisros verbais. Primeiro a coisa, depoiso rotulo. O arabe do deserto nao tinha paredespara se defender, entéo seu olhar decerto se fimava frontalmente sobre o estanho que ali se aproximava dele. Certamente por iss consdera até hoje, inconscientemente, uma ofensa o caminhar, ombro a ombro, do estrangeiro que, ao mesmo tempo, tente discutir um negécio com ele sem encardlo de frente. Linguagem do corpo era forcosamente a palavra de ordem ao raiara manha da humanidade EntAo possvelmente o meditar de antigos filésofos enveredou pelo mesmo caminho de raciocinio em progressio linear da nossa Exala. E da decadéncia da sua Cultura, apenas redou-noso agecto esotérico que, elevado a Dogma, nos fere por iss mesmo como distante da verdade pesquisavel com osnossosrecursosde hoje CHAVES PARA OS OUVIDOS DO HOMEM ja como for, uma Escala de Valores como esta é modelo indispensivel para abrir maise mais nos capacidade de percepcao direta consciente. Que, por sua vez, 6 0 Unico “ouvido intemo” que possuimos, para escutar realmente o que a vida nosdiz. Esta se expressa mal pela traducao de meras palavras limitadaspor gramaticas(e que, por isso, limitam os pensamentosnelesbaseados). Epreciso ouvir a Vida na sua linguagem natural, que nasceu da propria percepgao direta, para, 99 asim, sentirlhe a riqueza e harmonia. A linguagem do seu proprio como! Beethoven sudo, lendo sua propria partitura durante um Conceito seu - eiso Homem! EXPERIMENTE AGORA! Esta linguagem slenciosa do compo que muitas vezes contradiz a palavra falada masdiza verdade nua e crua 6, como vocé ja deve ter percebido, completamente inconsciente. Bs um exercicio para comprovar isto; faga 0 exercicio ja, sem pensar: Pare j4 na poscdo em que vocé esa, sem modificar um gesto; agora observe onde esta a sua pema direita, a sua perma esquerda, a sua m&o direita, esquerda; a pos¢ao da sua cabega; a dire¢do do sou olhar; a sua boca esta aberta ou fechada; vocé esta sentado reto ou curvado? Vocé "sabia" destas posturas? Certamente nao; pode-se afirmar sem engano que vocé na realidade nao tinha consciéncia das suas posturas! Eo que acontece com todo mundo. No inicio deste século, jA Gurdjieff afimava que estamos todos adomecidos, como se estivésemos hipnotizados. Podemos estar adormecidos no nivel do boi, dominados pelos nosss instintos, no do leo, dominadospelosnosss sentimentos, no da Aguia, dominadospelosnosss pensamentos © que comegonde a possbilidade de sermos, por exemplo, brutais (boi), hiséric os (leo) ou fanaticos(4guia) PENSAR E ESTAR CONSCIENTE? Muitos acreditam que, quando estao pensando, esao conscientes! Grande engano, ospensamentostambém nosdominam: a melhor prova @ que é extremamente dificil parar de pensar. Bs uma outra experiéncia do mesmo autor; comprovando iso: tente se concentrar num relégio a fim de ouvir seu barulhinho; em poucos segundos vocé nao 0 ouve, poisosseuspensamentoso impediram! Asim é também a linguagem do nos compo. E possvel tomarmo-nos conscientes das nossas posturas e querermos controla-las Mas s6 conseguiremos is durante alguns segundos ou no maximo minutos, dado 0 Estadio evolutivo em que nos achamos. No entanto, como @ grande o numero de mensagens comporais que podemos entender claramente nestestdo breves ingantes! O HOMEM CONSCIENTE Na esfinge, a cabega de homem que emerge dos animais smboliza justamente 0 homem consciente, 0 homem que tenta degpertar, que procura se livrar dos seus reflexos e condicionamentos, que espera sairda sua alienagao, a fim de tomar-se a s mesmo nassuas propriasmaos. Isto consiste em ser no somente consciente dos seus tr6s * animais’, mas ainda domind4os, dirigi-os. E dirigitos correponde a canalizar a energia, a serpente da ediinge, no nivel que se quiser. S40 muito rarosos homensque conseguiram isto. A pscandlise - e também as escolas inicidticas, como por exemplo a loga - sempre almejaram isto: desenvolver 0 Homem Consciente (loga em sanscrito quer dizer unido}). Nao desanime, leitor, por ndo ser um Homem Consciente completo! Olhe o perigo dosalvos fixos! Tome 0 exemplo do sabio sivicola que desconhece a tilcera duodenal de fundo nervoso. Vocé nao sabe nem atirar de arco e flecha como ele, mass preparar um pedago de madeira para servir de arco ja 6 um 6timo alvo do momento. E vocé tem feito exatamente isso. Confronte o que percebe agora com aquela capacidade bem mais limitada de entender a ¢ proprio e aosoutrosque vocé tinha antesde comegara ler ese livro, e veja 0 quanto ja progrediu! Viu como vocé nao estava consciente disso? CAPITULO 17 eee Métodosde Modificagdo Psicossomatica do Homem Da Mudanga do Como a Mudanga da Peswa DA MUDANGA DO CORPO A MUDANCA DA PESSOA Até agora falamos sobre a linguagem do nosso corpo. Vimos 0 quanto 0 nosso como expressa OS nossos pensamentos, as nossas emogéese asnossasreagoes ingintivas. Podemos agora fazer uma pergunta: Se 0 nosso corpo expressa a nossa personalidade, sera que, mudando certos agpectos corporais poderemos mudar algo no nosso ser mental, emocionale instintivo? Seremosuma "eginge" diferente? Aresposta "sim" é ébvia, nasalteragéesdo equillbrio quantitativo entre oscomponentesdo nosso compo. O exemplo classico: que acontece ss engordamos demais? Esperamos 0 elevador onde, antes, subiamos alegremente um ou dois lances de escada e acabamos por evitar andar em companhia de colegas que fazem iss, pois nos envergonhamos da nossa respiragao ofegante portao pouco esorco De dentro dos nosws amplos automéveis apontamos com degprezo o agil carrinho esportivo, embora secretamente invejemos seu alegre motorista - a bariga dele cabe sem problemasnaquele eqaco onde a nossa se apertaria contra o volante da diregao! Gordosdemais perdemos no minimo, a snceridade. E diante da angisia consante quando em grupo, reagimos, ou fugindo ("nao gosto de ir a praia, prefiro ficar lendo"), ou agredindo (‘nao valem nada, esses caminhos-egporte!") Masbaga passar a alimentar-se racionalmente, perder o excesso do pes, ea personalidade antiga volta. Da-se 0 mesmo, mudando asposturascomorais? Sra que, alterando-ss a qualidade apenas do equilbbrio geométrico da nossa estrutura fisica, isto influi na nossa mente? Se, desanimados, ficamos cabisbaixos, sera que nos sentiremos mais confiantes, se erguemos 0 roso? (Experimente agora, se puder - com alguém que eseja triste, ou, se foro caso, consgo mesmo!) Logo noslembramosda famosa afirmagao do filbsofo Pascal que dizia: " Ajoelha-te e crerds’. Be queria dizer que a nossa posura fisca influencia a nossa mente; ao nos ajoelharmos, adquiimosuma atitude mental de prece, de humikiade, de introversio, de submissdo de todos estes fatoresque nosinduzem a um comportamento religioso. Lord Baden-Powell, o fundador do escotismo, recomendava aos seusmeninos, quando elesestivessem tristese deprimidos, sorrir. ay é = e “@ Afirmava ele que, sorrindo, se conseguia, quase automaticamente, remover 0 estado de tristeza. Experimente, leitor, experimente! Esse livro no é para s ler. Epara se agi! Fealmente desde a mais remota antigiidade tém sdo desenvolvidos métodos e técnicas que efetivamente conseguem mudar muito dos nossos estados emocionaise mesno atingir a propria estrutura da noss personalidade total. Vamos descrever sucintamente algunsdestesmétodos Aloga E provavelmente o método mais antigo que se conhece para educagao da nossa personalidade integral. Nos ocidentais s) ouvimos falar na Hata loga e pensamos que a loga 6 apenas uma ginasica; muito pelo contraro. Asdiferentes espéciesde loga visam todaselasa fazer evoluira nossa personalidade por inteiro. Os seus presupostosbascos poderiam ser resumidosda seguinte forma: - Nés somos adormecidos. Nao temos consciéncia nem do nosso corpo e das posturas que adotamos, nem das emogoese do dewaste que causam no nosso organisno quando negativas, nem dos nossos pensamentos. - Para acordar, precisamos primeiro descobrir 0 nosw como, submeté-lo a uma série de exerciciose sobretudo de posturas observar © que se passa na nossa vida instintiva, emocional e mental, dentro de nosso templo fisco. - Estes exercicios e posturasnos ajudam a descobrir nosso BU, isto 6, este “alguém” em nds, que pode obserar, conhecere descrever. Eo Estadio 4 do Capitulo anterior. - A medida que nos nos tomamos conscientes de nos mesmos, podemospassara controlar e conduzira nosmesmos Podemos através deste dominio, adquirir uma paz interior e mesmo chegar a estados privilegiados smbolizadospelosrosiosdosBudas. - Existe dentro de nés uma energia que podemos pasar a controlar progressvamente. A loga tem sdo fonte de ingpiracdo de grande parte dasescolas esotéricas, da Cabala hebraica e do Zen-Budisno, asim como de indmeras técnicas modemas de Integragao Pscoswmatica e de Psicoterapia. ADanga Enquanto a loga se baseia essenciaimente em criar uma neutralizagéo do corpo, provocando o siéncio da auséncia de movimento, a danga pemite um desenvolvimento da harmonia do nosso Ser atravésda harmonia dosnossosmovimentos. Uma das técnicas mais antigas provém da China: O Tai Chi Chuan que é uma verdadeira meditagdo em movimento; sio movimentos muito lentos com dezenasde combinacoes diferentes O

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