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05/10/2017 Decreto 17265 2006 de Foz do Iguaçu PR

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DECRETO Nº 17.265, DATA: 1º DE AGOSTO DE 2006.

REGULAMENTA O SERVIÇO DE INSPEÇÃO


MUNICIPAL DE ALIMENTOS E PRODUTOS DE
ORIGEM ANIMAL - SIMA/POA -, CRIADO PELA
LEI MUNICIPAL Nº 2.087, DE 24 DE SETEMBRO
DE 1997, ALTERADA PELA LEI Nº 3.058, DE 15
DE JUNHO DE 2005, CONFORME ESPECIFICA.

O Prefeito Municipal de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo
inciso IV, do art. 62, pela alínea "a", do inciso I, do art. 86 da Lei Orgânica do Município, DECRETA:

Art. 1º Fica regulamentado o Serviço de Inspeção Municipal de Alimentos e Produtos de Origem Animal -
SIMA/POA -, criado pela Lei Municipal nº 2.087, de 24 de setembro de 1997, alterada pela Lei nº 3.058, de
15 de julho de 2005.

§ 1º Entende-se por estabelecimento de alimentos e produtos de origem animal, para efeito do presente
Regulamento, qualquer instalação ou local no qual sejam aba dos ou industrializados animais produtores de
carnes, bem como onde são manipulados, elaborados, fracionados, transformados, preparados,
armazenados, depositados, acondicionados, conservados, embalados e rotulados com finalidade comercial
ou industrial, a carne e seus derivados, o leite e seus derivados, o mel de abelha e seus derivados, o ovo e
seus derivados, o pescado e seus derivados, assim como os produtos u lizados para a sua industrialização.

§ 2º A simples designação "produto", "subproduto", "mercadoria" ou "gênero", significa para efeito do


presente Regulamento, que se trata de "alimentos e produtos de origem animal ou suas matérias-primas".

§ 3º A norma zação, implantação, construção, reforma ou aparelhamento dos estabelecimentos, bem como
do transporte de produtos de origem animal, compete à Secretaria Municipal de Agricultura em conjunto
com representantes da Comissão de Desenvolvimento Agropecuário, do Conselho de Desenvolvimento
Econômico Estratégico Municipal - CODEM.

Capítulo I
DA INSPEÇÃO DOS ALIMENTOS E PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

Art. 2º Ficam obrigados à prévia inspeção industrial e sanitária e ao Alvará de Registro no Serviço de
Inspeção Municipal de Alimentos e Produtos de Origem Animal de Foz do Iguaçu, respec vamente, todos os

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produtos de origem animal, comes veis e não-comes veis, sejam ou não adicionados de produtos vegetais,
preparados, transformados, recebidos, acondicionados e em trânsito, a serem produzidos e comercializados
somente no âmbito do Município de Foz do Iguaçu e des nados ao consumo, nos limites de sua área
geográfica, nos termos do inciso II, art. 23, da Cons tuição Federal e em consonância com o disposto nas
Leis Federais nºs 1.283, de 18 de dezembro de 1950 e 7.889, de 23 de novembro de 1989 e a Lei Estadual nº
10.799, de 24 de maio de 1994, regulamentada pelo Decreto nº 3.005, de 20 de novembro de 2000.

Art. 3º Cabe à Secretaria Municipal de Agricultura, através do Serviço de Inspeção Municipal de Alimentos e
Produtos de Origem Animal - SIMA/POA - dar cumprimento às normas estabelecidas no presente Decreto e
impor as penalidades nelas previstas.

Art. 4º A atuação do SIMA/POA é exclusiva nesse setor, implicando proibição de duplicidade de fiscalização
e inspeção sanitária de outros órgãos do governo municipal nos estabelecimentos industriais ou entrepostos
de produtos de origem animal.

Art. 5º Fica ressalvada a competência da União, através do Ministério da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento e do Estado pelo Serviço de Inspeção do Paraná, na inspeção e fiscalização de que trata este
Decreto, quando a produção for des nada ao comércio interestadual ou internacional, sem prejuízo da
colaboração do SIMA/POA.

Art. 6º A inspeção e fiscalização de que trata o presente Decreto, abrangem os aspectos industrial e
sanitário dos alimentos e dos produtos de origem animal, comes veis e não-comes veis, sejam ou não
adicionados de produtos vegetais, preparados, transformados, depositados ou em trânsito.

Art. 7º Os estabelecimentos industriais de alimentos e produtos de origem animal e entrepostos de


produtos de origem animal somente poderão funcionar na forma da legislação federal vigente e mediante
prévio registro do SIMA/POA, observando o disposto no art. 4º deste Decreto.

§ 1º Cons tui incumbência primordial do SIMA/POA coibir o abate clandes no de animais e a


comercialização de produtos de origem animal sem inspeção sanitária.

§ 2º Nenhum estabelecimento pode realizar comércio intermunicipal ou interestadual com apenas o


credenciamento do SIMA/POA.

Art. 8º A ação do SIMA/POA será exercida:

I - nas propriedades rurais ou fontes produtoras de alimentos e produtos de origem animal e no trânsito de
produtos de origem animal, des nados à industrialização ou ao consumo humano e animal;

II - nos estabelecimentos industriais especializados;

III - nos entrepostos ou estabelecimentos que recebam, manipulem, armazenem, conservem e


acondicionem produtos de origem animal; e

IV - nas casas atacadistas e nos estabelecimentos varejistas que exponham ao comércio produtos de origem
animal, des nados à alimentação humana ou animal.

Os estabelecimentos enquadrados nas situações previstas no art. 8º, quando pra carem comércio
Art. 9º
apenas dentro do município e seus respec vos distritos, somente poderão funcionar depois de

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regularmente registrados no SIMA/POA.

§ 1º O registro será providenciado junto à Coordenação do SIMA/POA, após o recolhimento da taxa


respec va, junto à Secretaria Municipal da Fazenda, conforme a classificação do art. 8º.

I - de Consulta Prévia para registro de estabelecimento:

a) 01 UFFI;

II - de registro de estabelecimento:

a) 05 UFFI`s, para os do inciso II e III;


b) 03 UFFI`s, para os do inciso IV; e
c) 02 UFFI`s, para os do inciso I.

III - de registro de produtos ou de rótulos:

a) 05 UFFI`s.

IV - de ampliação, remodelação e reconstrução:

a) 01 UFFI.

V - de alteração Social/Objeto Social:

a) 01 UFFI.

VI - de autorização de Guias de Trânsito:

a) 0,58 UFFI.

VII - de ingresso e/ou baixa de Responsável Técnico:

a) 1,5 UFFI.

VIII - de Vistoria de Veículo de Transporte de Produtos de Origem Animal:

a) 0,58 UFFI.

IX - Renovação anual:

a) 01 UFFI - até 100,00m² -;


b) 02 UFFI´s - de 101,00m² a 300,00m² ; e
c) 03 UFFI´s - mais de 301,00m².

Capítulo II
DA CLASSIFICAÇÃO

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Art. 10Estão sujeitos a este registro os estabelecimentos que se dedicam à produção e comércio municipal
de alimentos e produtos de origem animal, os quais classificam-se em:

I - estabelecimentos de carnes e derivados, que podem ser:

a) matadouro - frigorífico: dotados de instalações para matança de animais de açougue providos de


equipamentos para frigorificação, com ou sem dependências industriais;
b) estabelecimentos industriais: des nados à transformação de matérias-primas para a elaboração de
produtos cárneos des nados ao consumo humano, inclusive as charqueadas, fábricas de produtos
comes veis e fábricas de produtos gordurosos;
c) entrepostos de carnes e derivados: des nados ao recebimento, guarda, conservação, fracionamento,
acondicionamento e distribuição de carnes e de seus derivados das diversas espécies de animais de
açougue; e
d) estabelecimento com auto-serviço: des nados ao recebimento, guarda, conservação, fracionamento,
acondicionamento e comercialização no próprio estabelecimento, de carnes e seus derivados, das diversas
espécies de animais de açougue.

II - estabelecimentos de leite e derivados, que podem ser:

a) propriedades rurais: estabelecimentos des nados à produção de leite e processamento, obedecendo às


normas específicas para cada po de produto;
b) entreposto de leite e derivado: des nados ao recebimento, resfriamento, transvase, concentração,
acidificação, desnate ou coagulação de leite, do creme e outras matérias-primas para depósito por curto
espaço de tempo e posterior transporte para a indústria;
c) estabelecimentos industriais: des nados ao recebimento de leite e seus derivados para beneficiamento,
manipulação, conservação, fabricação, maturação, embalagem, acondicionamento, rotulagem e expedição,
incluídas as usinas de beneficiamento e fábricas de la cínios; e
d) estabelecimento com auto-serviço: des nados ao recebimento, guarda, conservação, fracionamento,
acondicionamento e comercialização no próprio estabelecimento, de derivados de leite.

III - estabelecimentos de pescados e derivados, que podem ser:

a) entrepostos de pescados e derivados: dotados de dependências e instalações adequadas ao recebimento,


manipulação, frigorificação, distribuição e comércio de pescados;
b) estabelecimentos industriais: dotados de dependências, instalações e equipamentos adequados ao
recebimento e industrialização de pescados por qualquer forma;
c) estabelecimentos com auto-serviço: des nados ao recebimento, guarda, conservação, fracionamento,
acondicionamento e comercialização no próprio estabelecimento, de pescados e de seus derivados; e
d) estabelecimentos denominados pesque-pague: des nados à criação de pescados e dotados de
dependências e instalações adequadas à manipulação, guarda, conservação, fracionamento,
acondicionamento e comercialização no próprio estabelecimento, de pescados e de seus derivados.

IV - estabelecimento de ovos e derivados, que podem ser:

a) granjas avícolas: des nadas à produção de ovos que fazem comercialização indireta de seus produtos;
b) estabelecimentos industriais: des nados ao recebimento e à industrialização de ovos;
c) entrepostos de ovos: des nados ao recebimento, classificação, acondicionamento, iden ficação e

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distribuição de ovos in natura; e


d) estabelecimentos com auto-serviço: des nados ao recebimento, classificação, fracionamento,
acondicionamento e comercialização no próprio estabelecimento, de ovos e seus derivados.

V - estabelecimentos de mel de abelhas, que podem ser:

a) apiários: des nados ao manejo das abelhas e a sua produção de mel, cera, própolis, pólen, geléia, geléia
real, dentre outros; e
b) entrepostos de mel: des nados ao recebimento da produção dos apiários e aos procedimentos de
extração, centrifugação, filtração, decantação, classificação, envase e estocagem do mel e venda de seus
derivados.

VI - Fábricas Artesanais que podem ser:

a) estabelecimentos industriais des nados à fabricação de produtos alimen cios e que também u lizam
vegetais na maioria da sua composição.

Parágrafo Único - Entende-se por estabelecimento de produtos de origem animal, para os fins deste Decreto,
quaisquer instalações ou locais nos quais sejam u lizadas matérias-primas ou manipulados, elaborados,
transformados, preparados, armazenados, depositados, acondicionados, embalados e rotulados, com
finalidades industriais ou comerciais, a carne das várias espécies animais e seus derivados, o leite e seus
derivados, o ovo e seus derivados, o mel, a cera de abelhas e seus derivados, o pescado e seus derivados, e
fábricas artesanais conforme sua classificação:

A - Abatedouro-frigorífico de aves;
B - Abatedouro-frigorífico de bovinos e bubalinos;
C - Abatedouro-frigorífico de coelhos;
OC - Abatedouro-frigorífico de ovinos e caprinos;
S - Abatedouro-frigorífico de suídeos;
E - Fábrica de embu dos;
L - Entreposto de leite e derivados;
M - Entreposto de mel e derivados;
O - Entreposto de ovos;
P - Entreposto de pescados e derivados;
AS - Estabelecimentos que realizam auto-serviço de carnes e derivados, inclusive de pescados;
EF - Entreposto de frios; e
FA - Fábricas Artesanais.

Art. 11 A inspeção e fiscalização de que trata este Decreto observará as prescrições e procedimentos
estabelecidos pelo Ministério da Saúde, rela vos aos coagulantes, condimentos, corantes, conservadores,
an oxidantes, fermentos e outros adi vos u lizados na indústria de produtos de origem animal, elementos
e substâncias contaminantes, bem como as regras do Ministério da Agricultura e Secretaria da Agricultura e
Abastecimento do Estado do Paraná, no que tange à inspeção e à fiscalização dos produtos de origem animal
e às normas técnicas de produção e classificação desses produtos.

Art. 12 O serviço de Inspeção Municipal do presente Decreto tem como objeto verificar:

I - a classificação dos estabelecimentos;

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II - as condições e exigências para registro dos estabelecimentos;

III - as obrigações dos proprietários, responsáveis ou prepostos;

IV - as condições higiênico-sanitárias e tecnológicas da produção, manipulação, beneficiamento,


armazenamento, transporte e comercialização de alimentos e produtos de origem animal e suas matérias-
primas, adicionadas ou não de vegetais;

V - a qualidade e as condições técnico-sanitárias dos estabelecimentos em que são produzidos, preparados,


manipulados, beneficiados, acondicionados, armazenados, transportados, distribuídos e comercializados dos
alimentos e produtos de origem animal;

VI - as condições de higiene e saúde das pessoas que trabalham nos estabelecimentos referidos no inciso
anterior;

VII - o uso dos adi vos apregoados na industrialização dos alimentos e produtos de origem animal;

VIII - o controle de todo o material u lizado na manipulação, acondicionamento e embalagem dos alimentos
e produtos de origem animal;

IX - os padrões higiênico-sanitários e tecnológicos de alimentos e produtos de origem animal;

X - os meios de transporte de animais vivos e produtos derivados de suas matérias-primas, des nados à
alimentação humana ou animal;

XI - os produtos e subprodutos existentes nos mercados de consumo, para efeito de verificação do


cumprimento das normas estabelecidas;

XII - os exames tecnológicos, microbiológicos e químicos de matérias-primas e de produtos, quando


necessário;

XIII - a captação, canalização, depósito, tratamento e distribuição de água de abastecimento, bem como a
captação, distribuição e escoamento das águas residuais; e

XIV - o registro de rótulos e marcas.

Parágrafo único - Para a realização das análises referentes a alimentos e produtos de origem animal, o
Serviço de Inspeção Municipal poderá u lizar laboratórios da rede oficial e/ou credenciados, caso
necessário.

Art. 13 O treinamento técnico do pessoal (da empresa) será exercido única e exclusivamente por médico
veterinário, envolvido no Serviço de Inspeção Municipal, assim como a criação dos necessários mecanismos
de divulgação junto às redes públicas e privadas e à população, obje vando orientar e esclarecer ao
consumidor a respeito do consumo dos produtos alimen cios e de origem animal e derivados.

O Serviço de Inspeção Municipal poderá, em casos especiais, permi r a u lização dos equipamentos
Art. 14
des nados à fabricação de produtos de origem animal, no preparo de conservas vegetais.

Art. 15 As autoridades de Saúde Pública do Município em função de fiscalização de alimentos, nos

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estabelecimentos de consumo, deverão reciprocamente comunicar os resultados das análises de ro na, bem
como os fiscais que as realizaram, e se dos mesmos resultaram apreensão ou condenação dos produtos,
subprodutos ou matérias-primas e de origem animal.

A fiscalização e a inspeção de que trata o presente Decreto serão exercidas, em caráter periódicos
Art. 16
ou permanentes, segundo as necessidades de serviço.

Art. 17 É proibido conceder inspeção municipal, mesmo a tulo precário ou sob qualquer pretexto, a
estabelecimento que não tenha sido registrado no Serviço de Inspeção Municipal.

Art. 18 A concessão deste serviço de inspeção não dispensa a obrigação de obter também a Licença
Sanitária emi da pela Divisão de Vigilância Sanitária, da Secretaria Municipal da Saúde.

Art. 19 Os estabelecimentos que na data da publicação deste Regulamento e atos complementares


es verem funcionando sem qualquer po de fiscalização legal, terão prazo de 90 (noventa) dias para
apresentarem a documentação necessária ao seu registro, após o que sua matéria-prima, produtos e
subprodutos serão apreendidos, bem como interditadas suas instalações.

Parágrafo único - Os estabelecimentos aos quais eventualmente tenham sido concedidos registros, a tulo
precário, antes da publicação do presente Decreto, terão seus registros cancelados, por determinação dos
tulares das pastas responsáveis pela autuação, até que se faça nova inspeção, observando-se o princípio do
contraditório.

Art. 20 A inspeção industrial e sanitária poderá ser permanente ou periódica.

§ 1º Será permanente em estabelecimentos que abatam, manipulem animais de açougue para comércio de
sua carne in natura, desde que não haja atuação dos Serviços de Inspeção Estadual (SIP) ou Federal (SIF).

§ 2º Nos demais estabelecimentos a inspeção poderá ser permanente ou periódica, a juízo do SIMA/POA.

Por ocasião do registro inicial ou renovação do registro, a juízo do SIMA/POA, poderá ser exigido que
Art. 21
a empresa apresente um responsável técnico de nível superior legalmente habilitado.

SEÇÃO I
DO REGISTRO

Art. 22O registro será requerido ao Coordenador do Serviço de Inspeção Municipal instruindo o processo
com os seguintes documentos:

I - requerimento dirigido ao Coordenador do SIMA/POA (conforme modelo em anexo);

II - Contrato Social da pessoa jurídica e suas alterações ou instrumento de Consolidação do Contrato Social e
alterações posteriores;

III - Cadastro Municipal do Contribuinte (CMC);

IV - cartão do CPF do proprietário quando pessoa sica e cartão do CNPJ quando pessoa jurídica;

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V - documentação comprobatória da propriedade ou posse do imóvel;

VI - planta do estabelecimento e anexos, compreendendo:

a) planta baixa do estabelecimento industrial com layout dos diversos pavimentos;


b) planta de corte Transversal e/ou Longitudinal demonstrando a altura do pé direito e a localização em
detalhes das instalações;
c) planta de Situação, que deverá demonstrar a localização do estabelecimento dentro do terreno, vias de
acesso e demais construções existentes no local;

VII - memorial econômico-sanitário da obra;

VIII - consulta prévia com relação à regularidade da construção (Guia Amarela);

IX - consulta prévia com relação à Localização e Funcionamento da A vidade (Guia Azul);

X - licença do Ins tuto Ambiental do Paraná - IAP - quando exigível; e

XI - exame Físico-Químico-Bacteriológico da água de abastecimento.

Art. 23 Tratando-se de estabelecimento que u liza água de abastecimento proveniente da rede pública,
apresentar somente o exame bacteriológico, que deverá ser feito com amostra de água coletada em um
ponto de abastecimento do estabelecimento.

Art. 24 O Memorial Econômico Sanitário deverá conter:

I - nome da empresa;

II - denominação do estabelecimento;

III - classificação do estabelecimento;.

IV - endereço do estabelecimento;

V - capacidade máxima de produção: pos de produtos;

VI - produtos a serem embalados: descrever;

VII - procedências das matérias-primas: nomes das marcas;

VIII - número de empregados;

IX - máquinas e equipamentos: descrevê-las;

X - água do estabelecimento;

XI - des no das águas servidas;

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XII - iluminação: po se ar ficial ou natural;

XIII - aberturas: po (madeira, alumínio, etc.);

XIV - ven lação: po;

XV - natureza do piso: po de material;

XVI - teto: po de materiais;

XVII - paredes: po de material (pintura, cerâmica, etc.);

XVIII - banheiros e instalações sanitárias;

XIX - refeitório;

XX - instalações frigoríficas: po de instalação; e

XXI - capacidade das câmaras frias e finalidades.

Art. 25 As plantas ou projetos devem conter ainda:

I - posicionamento da construção em relação às vias públicas e alinhamentos do terreno;

II - orientação quanto aos pontos cardeais;

III - localização da água de abastecimento;

IV - localização dos equipamentos e utensílios a serem u lizados no estabelecimento;

V - localização dos pontos de escoamento d`água;

VI - localização das demais dependências como: currais, pocilgas, casas e outros;

VII - localização das lagoas de tratamento de águas residuais, quando exigida; e

VIII - localização do (s) curso (s) d` água, quando for o caso.

Art. 26 As plantas e/ou projetos devem ser apresentados devidamente datados e assinados por
profissionais habilitados, com as condições exigidas pela legislação vigente.

Parágrafo Único - Todas as plantas devem ter a escala indicada. Em caso de reforma ou adequações, as
plantas devem ser iden ficadas com as cores convencionais: instalações existentes (em preto ou azul), a
construir (em vermelho) e a demolir (em amarelo).

Art. 27Serão rejeitados os projetos grosseiramente desenhados com rasuras e indicações imprecisas,
quando apresentados para efeito de registro.

Art. 28 A apresentação de simples croquis ou desenhos poderão ser considerados somente para orientação

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ao interessado para estudos preliminares.

Art. 29 As autoridades municipais não permi rão o início da a vidade de qualquer estabelecimento de
alimentos e de produtos de origem animal, caso os projetos não tenham sido aprovados por Consulta Prévia
pelo Serviço de Inspeção Municipal.

Art. 30Qualquer ampliação, reforma ou construção na área industrial dos estabelecimentos registrados, só
poderá ser feita após aprovação prévia dos projetos.

Art. 31 Os processos de construção/reforma aprovados pelo SIMA/POA terão prazo de 60 (sessenta) dias
para o início das obras.

Parágrafo Único - Expirado o prazo de que trata o caput deste ar go, o processo poderá ser cancelado.

Art. 32Sa sfeitas as exigências fixadas no presente Regulamento, o coordenador do Serviço de Inspeção
Municipal de Alimentos e Produtos de Origem Animal - SIMA/POA -, autorizará a expedição de "Cer ficado
de Registro" constando o número do Registro, nome da firma, classificação do estabelecimento e outros
detalhes necessários.

Art. 33 O Cer ficado será renovado anualmente, quando o SIMA/POA fará uma vistoria no
estabelecimento.

Aos estabelecimentos registrados que estejam em desacordo com o presente Regulamento, o


Art. 34
SIMA/POA fará exigências cabíveis, concedendo-lhes prazos compa veis para o cumprimento das mesmas.

Parágrafo Único - Expirados os prazos, sem que tenham sido realizadas as alterações exigidas, poderá ser
suspenso ou cancelado o registro.

Capítulo III
DO FUNCIONAMENTO

O Serviço de Inspeção Municipal de Alimentos e Produtos de Origem Animal - SIMA/POA - será


Art. 35
composto, exclusivamente, por médico(s) veterinário(s) ou áreas afins e Agentes de Inspeção, sob a
coordenação de um médico veterinário, lotado no departamento competente.

Art. 36 As liberações para o funcionamento dos estabelecimentos com inspeção serão de competência
exclusiva da coordenação do SIMA/POA.

Art. 37 A Inspeção Sanitária será realizada nos estabelecimentos de produtos de origem animal somente
após o registro dos mesmos no SIMA/POA, cabendo a este Serviço de Inspeção Municipal determinar o
número de inspeções necessárias para a racionalização das a vidades.

Art. 38 Serão inspecionados todos os alimentos e produtos de origem animal dos estabelecimentos com
registro no SIMA/POA.

Art. 39 Os carimbos de inspeção serão liberados pela coordenação, mediante requerimento do médico
veterinário, responsável pela inspeção no estabelecimento, depois de atendidas as exigências deste

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Regulamento.

Parágrafo Único - Os diferentes modelos de carimbos da inspeção a serem usados nos estabelecimentos
fiscalizados pelo SIMA/POA, obedecerão às seguintes especificações:

a) Modelo 01 - uso em carcaças ou quartos de carcaças de animais de grande porte. Forma, dimensões
(acima de dez cen metros) e dizeres, conforme modelo abaixo:
b) Modelo 02 - uso em carcaças ou partes de carcaças de suínos e outros animais de médio porte. Forma,
dimensões (acima de três cen metros) e dizeres, conforme modelo abaixo:
c) Modelo 03 - uso em embalagem, rótulo e outras iden ficações, para carcaças de aves e cortes de aves e
para carcaças de coelhos e rã. Forma, dimensões (acima de três cen metros) e dizeres, conforme modelo
abaixo:
d) Modelo 04 - uso em embalagens, rótulos e outras iden ficações de modo geral. Forma, dimensões (acima
de três cen metros) e dizeres, conforme modelo abaixo:
e) Modelo 05 - uso em produtos condenados. Forma, dimensões (acima de três cen metros) e dizeres,
conforme modelo abaixo:

Capítulo IV
DOS ESTABELECIMENTOS

Art. 40 Nenhuma obra de construção, reforma, ampliação ou adaptação de estabelecimentos de alimentos


e produtos de origem animal, será autorizada para exploração de comércio municipal sem que esteja de
acordo com as condições mínimas exigidas neste Regulamento.

Parágrafo Único - As exigências de que trata este ar go referem-se aos compar mentos e áreas, instalações,
máquinas e utensílios u lizados no estabelecimento.

Art. 41 Os estabelecimentos de alimentos e produtos de origem animal deverão sa sfazer às condições


básicas comuns, como segue:

I - quanto à localização e infra-estrutura:

a) estarem localizados em zonas isentas de odores indesejáveis, fumaça, poeira e outros contaminantes;
b) estarem localizados em áreas não sujeitas a inundações;
c) disporem de área suficiente para construção de todas as instalações necessárias ao funcionamento do
estabelecimento, inclusive área de estacionamento e pá o de manobras devidamente pavimentados e
sinalizados, para permi r operações de carga e descarga de materiais, equipamentos, u litários e matérias-
primas;
d) impedirem a entrada ou abrigo de insetos, roedores e pragas;
e) impedirem a entrada de contaminantes ambientais, tais como: fumaça, poeira, vapor e outros;
f) separarem, por dependência, divisória ou outros meios eficazes, as operações susce veis de causar
contaminação cruzada;
g) garan rem que as operações possam realizar-se nas condições ideais de higiene, respeitando o fluxo
desde a chegada da matéria-prima até a obtenção do produto final, de forma a evitar contaminação
cruzada;
h) disporem de sistema de proteção ambiental que evitem que suas a vidades interfiram na qualidade de
vida da população e do ambiente das áreas circunvizinhas ao estabelecimento; e

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i) disporem, os estabelecimentos com inspeção permanente, de local des nado aos serviços administra vos
da Inspeção Municipal.

II - quanto às áreas de manipulação de alimentos:

a) os pisos deverão ser de coloração não escura, apresentar super cie lisa, con nua, sem rachadura,
depressões ou saliências, serem an derrapantes, impermeáveis, resistentes a lavagens constantes e a
desinfecção por produtos químicos, água quente ou água sob pressão e ao tráfego de equipamentos; possuir
declividade de, no mínimo 1,5% (um e meio por cento), serem dotados de ralos sifonados, com sistema de
fechamento externo, que impeçam o retorno de odores e a entrada de insetos e roedores e apresentarem
ângulos arredondados formados pela junção dos pisos com as paredes;
b) as paredes deverão ser de coloração clara, apresentar super cie lisa, con nua, sem rachadura,
depressões ou saliências; serem de material não poroso, que não permita a aderência de par culas de
poeira e gordura, com barra impermeável com altura mínima de 2,00m (dois metros), lisa, con nua,
resistente a lavagens constantes e a desinfecção por produtos químicos, água quente ou água sob pressão;
resistentes a impactos; os ângulos entre as paredes e das paredes com os pisos e tetos ou forros deverão ser
de fácil higienização;
c) os forros deverão ser de material não poroso, que não permita a aderência de poeira e gordura; serem
lisos, con nuos (sem aberturas), resistentes à limpeza e umidade, reves dos de material impermeável e de
cor clara; em salas de manipulação de alimentos, o uso de forro é obrigatório;
d) As janelas e outras aberturas deverão ser construídas de forma a evitar o acúmulo de sujidades; aquelas
que se comunicarem com o exterior deverão estar providas de proteção contra insetos; as proteções
deverão ser de fácil limpeza e boa conservação; quando possuírem peitoris, os mesmos deverão ser
construídos em plano inclinado com ângulo mínimo de 45º (quarenta e cinco graus);
e) as portas deverão ser de material não absorvente e de fácil limpeza e possuírem mecanismos que
permitam seu fechamento automá co e imediato;
f) as estruturas auxiliares, tais como escadas, monta-cargas, plataformas, rampas e elevadores deverão
possuir corrimão e/ou proteção de vãos, devendo ser construídas de material an derrapante e estarem
localizadas de forma a garan r a segurança do trabalhador e evitar a contaminação dos alimentos;
g) as estruturas e acessórios elevados deverão estar instalados de maneira que se evite a contaminação
direta ou indireta dos alimentos, da matéria-prima e do material de embalagem, por condensação e
gotejamento, e que não dificultem as operações de limpeza;
h) os lavatórios deverão ser instalados na proporção de, pelo menos, um lavatório para higienização das
mãos em todos os setores da área de produção, que serão dotados também de torneira de água fria ou água
fria e quente, sem acionamento manual, providos de sabão an -sép co líquido e de tubulações
devidamente sifonadas que levem as águas residuais aos condutos de escoamento; deverá haver um meio
higiênico para a secagem das mãos; não será permi do o uso de toalhas de tecido; no caso de toalhas de
papel, deverá haver, em número suficiente, porta-toalhas e recipientes coletores (lixeiras) sem tampa ou
com tampa acionada por pedal;
i) o sistema de clima zação dos estabelecimentos que manipulam produtos de origem animal refrigerados
ou resfriados deverão dispor de equipamentos de frio que mantenham o ambiente com temperatura
máxima de 16ºC (dezesseis graus Celsius);
j) os locais onde sejam u lizadas facas, ganchos, fuzis e chairas deverão dispor de esterilizadores para a
higienização de tais utensílios, nos quais a água deverá ser man da à temperatura mínima de 85ºC (oitenta
e cinco graus Celsius) durante a realização de todas as a vidades no local;
k) os porta-aventais deverão estar instalados próximo às entradas das seções onde se manipulam produtos
de origem animal, proibindo-se a deposição de tais aventais sobre mesas, equipamentos etc., bem como a
circulação dos funcionários portando aventais em sanitários ou fora das seções;
l) os refeitórios, lavabos, ves ários, sanitários e banheiros deverão estar completamente separados das

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áreas de manipulação de alimentos, sem acesso direto e nenhuma comunicação com estas; e
m) os insumos, matérias-primas e produtos finais deverão ser depositados sobre estrados ou prateleiras de
material liso, lavável, impermeável, afastados das paredes e dos pisos no mínimo 10cm (dez cen metros).

Parágrafo Único - Deverá ser evitado o uso de materiais que dificultem a limpeza e a desinfecção, a menos
que a tecnologia empregada torne imprescindível o seu uso e os mesmos não se cons tuam em fonte de
contaminação.

III - quanto às câmaras frigoríficas:

a) os pisos deverão ser construídos de material impermeável, resistente a choque, atritos e ataque de
ácidos, com inclinação de 1,5% a 2,0% (um e meio a dois por cento), orientada no sen do exterior da
câmara; não se permi rá internamente a instalação de ralos coletores (proibida a presença de esgoto); os
ângulos formados pelo encontro das paredes com o piso deverão ser arredondados;
b) as paredes deverão ser de alvenaria ou reves das com painéis de fácil higienização, impermeáveis e
resistentes a impactos; os ângulos formados pelas paredes entre si deverão ser de fácil higienização;
c) deverão dispor de termômetros localizados em locais acessíveis que permitam a leitura externa da
temperatura na câmara;
d) deverão ser instalados porta-agasalhos de frio, próximo às entradas das câmaras frigoríficas (de
congelamento), bem como placas informa vas sobre a obrigatoriedade do uso dos agasalhos para adentrar
às câmaras;
e) deverão dispor de estrados, impermeáveis e de fácil limpeza, em número suficiente para acomodar todos
os produtos depositados nas câmaras frias, não sendo permi da a colocação de produtos diretamente nos
pisos das câmaras; e
f) todas as câmaras frias deverão dispor de travas internas nas portas ou equipamento similar de segurança
para o trabalhador.

IV - quanto ao abastecimento de água:

a) dispor de rede de abastecimento e reservatórios de água com capacidade para atender a demanda
requerida pelas áreas de produção e higienização de produtos, máquinas, equipamentos, utensílios e
ambientes, bem como as instalações sanitárias e o setor de manutenção e conservação das edificações;
b) na hipótese de u lização de água oriunda de poços freá cos ou profundos, a água deverá sofrer
tratamento prévio (filtração, cloração etc.) de maneira a assegurar sua qualidade e potabilidade;
c) ser prevista a u lização de água quente suficiente para manter as perfeitas condições de higiene do
estabelecimento;
d) ser prevista a u lização de água pressurizada de maneira a facilitar as a vidades de higienização de
ambiente, máquinas, equipamentos e utensílios;
e) o vapor e o gelo u lizados em contato direto com os alimentos ou com as super cies que entrem em
contato com estes não deverão conter qualquer substância que cause perigo à saúde ou possa contaminar o
alimento, obedecendo ao padrão de água potável; e
f) água não potável u lizada na refrigeração, combate a incêndios e a outros propósitos correlatos não
relacionados com alimentos, deverá ser transportada por tubulações completamente separadas, de
preferência iden ficadas por cores, sem que haja nenhuma conexão, refluxos ou qualquer outro recurso
técnico que as comuniquem com as tubulações que conduzem a água potável.

V - quanto às instalações sanitárias:

a) serão separadas por sexo e por po de usuário;

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b) serão providas de vaso sanitário, lavatório e mictório, em quan dade compa vel com o número de
usuários em observância ao Código de Obras;
c) deverão possuir lavatórios providos de sabão líquido, dispor de um meio higiênico para a secagem das
mãos; não se permi rá o uso de toalhas de tecido; no caso do uso de toalhas de papel, deverá haver, em
número suficiente, porta-toalhas e recipientes coletores (lixeiras) sem tampa ou com tampa acionada por
pedal;
d) deverão possuir piso reves do em material liso, con nuo, resistente a lavagens, impermeável e
an derrapante, com declividade que permita o perfeito escoamento das águas de lavagem, dotado de ralo
sifonado;
e) deverão possuir paredes reves das em material liso, de cor clara, resistentes a lavagens impermeáveis até
uma altura mínima de 2,00m (dois metros);
f) deverão possuir iluminação e ven lação adequadas, preferencialmente naturais; possuir também sistemas
ar ficiais que garantam a perfeita iluminação do ambiente e assegurem ven lação e trocas de ar;
g) os acessos à(s) sala(s) de manipulação e/ou produção não poderão, de forma alguma, ter comunicação
direta com as instalações sanitárias.

VI - quanto aos ves ários:

a) deverão ser separados por sexo; e


b) deverão ser providos de chuveiros em número suficiente, separados por paredes ou divisórias, dos locais
onde se realiza a troca de roupa, bem como de armários individuais, além dos itens referentes às instalações
sanitárias.

VII - quanto às instalações de limpeza e desinfecção:

a) deverão dispor de instalações adequadas para a limpeza e desinfecção dos utensílios e equipamentos de
trabalho; estas instalações deverão ser construídas com materiais resistentes à corrosão, que possam ser
limpos com facilidade e deverão, ainda, estar providas de meios adequados para o fornecimento de água fria
ou fria e quente em quan dade suficiente; e
b) deverão dispor de local próprio para a guarda de materiais de limpeza como vassouras, rodos, baldes etc.

Parágrafo Único - Não será permi do, ainda que em armários fechados, o armazenamento de materiais e
produtos de limpeza nas áreas onde se manipulem alimentos.

VIII - quanto à iluminação e instalações elétricas:

a) dispor de iluminação natural e/ou ar ficial que possibilite a realização de trabalhos e não comprometa a
higiene dos alimentos;
b) as fontes de luz ar ficial que estejam suspensas ou colocadas diretamente no teto e que se localizem
sobre a área de manipulação de alimentos, em qualquer das fases de produção, devem ser de po
adequado e estar protegidas contra quebras; e
c) as instalações elétricas devem ser embu das ou aparentes e, neste caso, estarem perfeitamente
reves das por tubulações isolantes e presas a paredes e tetos, não sendo permi da fiação elétrica solta
sobre as áreas de manipulação de alimentos.

Parágrafo Único - A iluminação não deve alterar as cores do ambiente nem provocar falsa impressão de cor
sobre os produtos, seja nas áreas de produção, seja nas áreas de exposição e vendas.

IX - quanto à ven lação:

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a) deverá exis r ven lação suficiente para evitar o calor excessivo, a condensação de vapor e a acumulação
de pó, com a finalidade de eliminar o ar contaminado; e
b) a corrente de ar nunca deve fluir de uma zona suja para uma zona limpa; as aberturas que permitem a
ven lação (janelas, portas etc.) deverão ser dotadas de disposi vos que protejam contra a entrada de
agentes contaminantes.

X - quanto ao armazenamento de resíduos e materiais não-comes veis, deverão exis r no estabelecimento


meios para o seu armazenamento; no caso de con nentes, estes deverão ser iden ficados e providos de
tampas e perfeitamente vedados, de forma que se impeça a presença de pragas e se evite a contaminação
das matérias-primas, do ambiente, do alimento, da água potável, do equipamento, dos prédios e das vias
internas de acesso.

XI - Quanto à devolução de produtos, deverão os mesmos ser colocados em setores separados,


perfeitamente iden ficados e des nados à finalidade, até que se estabeleça seu des no.

XII - Quanto aos equipamentos e utensílios:

a) todos os equipamentos e utensílios nas áreas de manipulação de alimentos que possam entrar em
contato com estes devem ser de materiais que não transmitam substâncias tóxicas, odores nem sabores,
que sejam não absorventes e resistentes à corrosão e capazes de resis r a repe das operações de limpeza e
desinfecção; as super cies deverão ser lisas e estar isentas de imperfeições (fendas, amassaduras etc.) que
possam comprometer a higiene dos alimentos ou sejam fontes de contaminação; deve ser evitado o uso de
madeira e outros materiais que não se possa limpar e desinfetar; deverá ser evitado o uso de diferentes
materiais com a finalidade de evitar corrosão por contato;
b) todos os equipamentos e utensílios deverão estar desenhados e construídos de modo que garantam a
segurança do trabalhador e assegurem a higiene, permi ndo uma fácil e completa limpeza e desinfecção;
c) os equipamentos fixos deverão ser instalados observando-se o distanciamento de segurança das paredes
e entre equipamentos, permi ndo o fácil acesso e uma limpeza profunda, além do que deverão ser usados,
exclusivamente, para os fins que foram projetados;
d) os recipientes para materiais não-comes veis e resíduos deverão ser construídos de metal ou qualquer
material não absorvente e resistente, que facilite a limpeza e eliminação do conteúdo, e suas estruturas e
vedações terão de garan r que não ocorram perdas nem emanações;
e) os equipamentos e utensílios empregados para materiais não-comes veis ou resíduos deverão ser
marcados com a indicação do seu uso e não poderão ser usados para produtos comes veis;
f) todos os locais refrigerados deverão estar providos de um termômetro de máxima e mínima ou de
disposi vos de registro da temperatura, para assegurar a uniformidade da temperatura na conservação das
matérias-primas, produtos e durante os processos industriais;
g) todos os estabelecimentos que manipulem carnes e pescados deverão prever a instalação de um lavador
de botas provido de desinfetante e escovas, com tomadas de água ligadas a mangueiras plás cas ou outro
sistema aprovado pelo SIMA/POA, que permita a higienização das botas por ocasião da entrada de pessoal
nas áreas de manipulação; e
h) em locais onde houver equipamentos de corte, como serra-fitas, deverá ser disponibilizado ao(s)
funcionário(s) luvas de proteção (de malha de aço ou similar).

Capítulo V
DOS REQUISITOS DE HIGIENE NA PRODUÇÃO

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Art. 42A conservação dos prédios, equipamentos e utensílios, assim como todas as demais instalações do
estabelecimento, incluídos os condutos de escoamento das águas, deverão ser man dos em bom estado de
conservação e funcionamento. As salas deverão estar isentas de vapor, poeira, fumaça e acúmulos de água.

I - quanto às Boas Prá cas de Fabricação e Manipulação de Alimentos:

a) os estabelecimentos deverão seguir os preceitos das Boas Prá cas de Fabricação e Manipulação de
Alimentos;
b) deverão elaborar Manual de Boas Prá cas e disponibilizá-lo aos funcionários; e
c) deverão implantar, num prazo de 06 meses após o seu registro no SIMA/POA, sistema de Análise de
Perigos e Pontos Crí cos de Controle (APPCC).

II - quanto à limpeza e desinfecção:

a) todos os produtos de limpeza e desinfecção deverão ser aprovados pelo órgão oficial competente,
iden ficados e guardados em local próprio, fora das áreas de manipulação de alimentos;
b) para impedir a contaminação dos alimentos, toda área de manipulação, equipamentos e utensílios
deverão ser limpos com freqüência necessária e desinfetados, sempre que as circunstâncias assim o exijam;
c) devem ser tomadas precauções para impedir a contaminação dos alimentos, quando as dependências, os
equipamentos e utensílios forem limpos ou desinfetados com água, detergentes, desinfetantes ou soluções
destes; o enxágüe deve ser minucioso para evitar resíduos destes agentes nas super cies susce veis de
entrar em contato com alimentos;
d) deverão ser tomadas precauções adequadas, em termos de limpeza e desinfecção, quando se realizarem
operações de manutenção geral e/ou específica em qualquer local do estabelecimento, equipamentos,
utensílios ou qualquer elemento que possa contaminar o alimento;
e) imediatamente após o término da jornada de trabalho, ou quantas vezes sejam necessários, deverão ser
rigorosamente limpos o chão (incluídos os condutos de escoamento de água), as estruturas de apoio e as
paredes das áreas de manipulação de alimentos;
f) nas seções de manipulação de produtos de origem animal é proibida a u lização de panos não
descartáveis;
g) os ves ários, sanitários e banheiros deverão estar permanentemente limpos; e
h) as vias de acesso e os pá os que fazem parte da área industrial deverão estar permanentemente limpos.

III - quanto ao programa de higiene e desinfecção:

a) cada estabelecimento deverá assegurar sua limpeza e desinfecção; nos procedimentos de higiene não
deverão ser u lizadas substâncias odorizantes e/ou desodorizantes, em qualquer de suas formas, nas áreas
de manipulação dos alimentos, com o obje vo de evitar a contaminação pelos mesmos e dissimulação dos
odores; o pessoal deve ter pleno conhecimento da importância da contaminação e dos riscos que causam,
devendo estar bem capacitados em técnicas de limpeza;
b) a designação de funcionários exclusivos para as operações de limpeza das áreas de manipulação de
produtos de origem animal, inclusive com a u lização de uniforme diferenciado dos demais funcionários; e
c) em entrepostos, abatedouros e abatedouros frigoríficos será exigida a instalação de pedilúvios nos
acessos à(s) área(s) de manipulação e/ou produção.

IV - quanto aos subprodutos, deverão ser armazenados de maneira adequada e, aqueles subprodutos
resultantes da elaboração, que sejam veículos de contaminação, deverão ser re rados das áreas de trabalho

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quantas vezes seja necessário.

V - quanto à manipulação, armazenamento e remoção de lixo, deverá este ser manipulado de maneira que
se evite a contaminação dos alimentos e/ou da água potável. Especial cuidado é necessário para impedir o
acesso de pragas ao lixo. O lixo deverá ser re rado das áreas de trabalho, no mínimo uma vez por dia, ou
quantas vezes for necessário. Imediatamente depois da remoção do lixo, os recipientes u lizados para o seu
armazenamento e todos os equipamentos que tenham entrado em contato com o lixo deverão ser limpos e
desinfetados. A área de armazenamento do lixo deverá também ser limpa e desinfetada.

VI - quanto à proibição de animais domés cos, deverá ser impedida a entrada em todos os locais onde se
encontrem matérias-primas, material de envase, alimentos prontos ou em quaisquer etapas de
industrialização, bem como em qualquer área do estabelecimento onde se produzam, manipulem,
armazenem ou exponham-se alimentos.

VII - quanto ao sistema de controle de pragas:

a) deverá ser aplicado um programa eficaz e con nuo de controle de pragas; os estabelecimentos e áreas
circundantes deverão ser inspecionados periodicamente, de forma a diminuir ao mínimo os riscos de
contaminação;
b) no caso de invasão de pragas, os estabelecimentos deverão adotar medidas para sua erradicação; as
medidas de combate poderão compreender o tratamento com agentes químicos, sicos ou biológicos
autorizados; estes deverão ser aplicados por empresas licenciadas pelo órgão oficial competente, sob a
supervisão direta de profissional habilitado, de acordo com a legislação específica vigente; e
c) só deverão ser empregados praguicidas caso não se possa aplicar com eficácia outras medidas de
prevenção; antes da aplicação de praguicidas, dever-se-á ter o cuidado de proteger todos os alimentos,
equipamentos e utensílios da contaminação; após sua aplicação, os equipamentos e utensílios contaminados
deverão ser limpos minuciosamente a fim de que, antes de sua reu lização, sejam eliminados os resíduos.

VIII - quanto ao armazenamento de substâncias perigosas: os praguicidas, solventes ou outras substâncias


que possam representar risco para a saúde deverão ser e quetados adequadamente com rótulos nos quais
se informe sobre a toxicidade e emprego; estes produtos deverão ser armazenados em salas separadas ou
armários fechados com chave, des nados exclusivamente a essa finalidade, e só poderão ser distribuídos e
manipulados por pessoal autorizado e devidamente capacitado, sob supervisão de pessoal tecnicamente
competente; deverá ser evitada a contaminação dos alimentos.

IX - quanto às roupas e objetos pessoais, não deverão ser depositadas nas áreas de produção, manipulação
ou armazenamento de alimentos, devendo haver local apropriado, em área dis nta, para sua deposição.

X - quanto aos cuidados com higiene pessoal:

a) higiene pessoal: toda pessoa que trabalhe em uma área de manipulação de alimentos deverá manter o
mais rigoroso asseio pessoal, em todas as etapas de trabalho; os trabalhadores deverão manter as unhas
limpas, não u lizar brincos, anéis, relógios ou qualquer outro adorno que fique exposto e a barba sempre
bem cuidada; funcionários que manipulam ou tenham contato direto com os produtos não embalados não
deverão fazer uso de esmaltes nas unhas;
b) uniforme: todos os funcionários deverão usar uniformes completo (avental com mangas, touca ou similar
que contenha totalmente os cabelos e calçado fechado), todos de cores claras; todos os elementos do
uniforme deverão ser laváveis, a menos que sejam descartáveis, e manter-se limpos, de acordo com a
natureza dos trabalhos; em casos onde as técnicas do SIMA/POA julgarem necessário, serão exigidas o uso

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de luvas descartáveis para proteção dos alimentos, sem prejuízo, entretanto, da obrigação do manipulador
de lavar cuidadosamente as mãos;
c) conduta pessoal: nas áreas onde sejam manipulados alimentos deverá ser proibido todo ato que possa
originar contaminação dos alimentos, como comer, beber, fumar, cuspir ou realizar quaisquer outras prá cas
an -higiênicas;
d) educação higiênico-sanitária: a direção do estabelecimento deverá tomar medidas para que todas as
pessoas que manipulem alimentos recebam instrução adequada e treinamento con nuamente quanto aos
cuidados com a higiene pessoal e dos alimentos, a fim de que saibam adotar as precauções necessárias para
evitar a contaminação dos alimentos; tal instrução deverá contemplar as partes per nentes do presente
Regulamento e as Boas Prá cas de Manipulação e Fabricação de Alimentos;
e) condições de saúde: deverá ser impedida a entrada, em qualquer área de manipulação ou operação de
alimentos, quando exis r a constatação ou suspeita de que o manipulador apresente alguma enfermidade
ou problema de saúde que possa resultar na transmissão via alimentos, ou mesmo que seja portador não
aparente; qualquer pessoa nas situações acima deverá comunicar imediatamente à direção do
estabelecimento sua condição de saúde;
f) competência do empregador: é de responsabilidade do empregador planejar e implementar as medidas
voltadas à proteção e promoção da saúde dos trabalhadores, buscando prevenir, rastrear e diagnos car
precocemente doenças relacionadas ou não ao trabalho; deverá ser prevista, sem ônus ao trabalhador e ao
Estado, a avaliação de sua condição de saúde antes do início de sua a vidade laboral (exame pré-
admissional) e a realização periódica de exames clínicos e complementares, conforme as caracterís cas
específicas do processo de trabalho;
g) doenças contagiosas: a direção tomará as medidas necessárias para manter sigilo sobre os trabalhadores
que padeçam ou sejam vetores de alguma doença susce vel de transmissão por alimentos, ou que
apresentem feridas infectadas, infecções cutâneas, chagas ou diarréia, de modo que ninguém saiba ou
suspeite de tais enfermidades; as pessoas nestas situações não deverão trabalhar em qualquer área de
manipulação de alimentos em que haja risco direto ou indireto de contaminá-los com microrganismos
patogênicos, até que obtenha alta médica; toda pessoa que se encontre nestas condições deverá comunicar
imediatamente à direção do estabelecimento;
h) feridas: ninguém que apresente feridas pode manipular alimentos ou super cies que entrem em contato
com alimentos, até que se determine sua reincorporação por determinação profissional; em casos de lesões
nas mãos, quando o médico assim determinar, poderá o funcionário u lizar luva de proteção durante a
execução de suas a vidades;
i) higienização das mãos e antebraços: toda pessoa que trabalhe em área de manipulação de alimentos
deverá, enquanto em serviço, lavar as mãos e antebraços de maneira freqüente e cuidadosa, com agente de
limpeza autorizado e com água corrente potável fria ou fria e quente; mãos e antebraços deverão ser
higienizados antes do início dos trabalhos, imediatamente após o uso do sanitário, após a manipulação de
material contaminado e sempre que tocar ou manipular qualquer produto, objeto, equipamento ou utensílio
que não esteja diretamente ligado ao processo de trabalho, tantas vezes quantas forem necessárias; deverá
o funcionário higienizá-los ainda imediatamente antes e após a manipulação de qualquer material
contaminante que possa transmi r doenças; deverão ser colocados avisos - em local visível - que indiquem a
obrigatoriedade e a forma correta de higienizar as mãos e antebraços;
j) máscaras descartáveis: é recomendável o uso de máscaras descartáveis, cobrindo a boca e o nariz, na
seção de manipulação de produtos de origem animal; o seu uso deve obedecer às instruções de treinamento
quanto às perfeitas condições de higiene, freqüência de troca, proibição de contato das mãos com a parte
frontal das máscaras etc.;
k) visitantes: consideram-se como visitantes todas as pessoas não pertencentes às áreas ou setores onde se
manipulem alimentos; serão tomadas precauções para impedir que os visitantes contaminem os alimentos
nas áreas onde estes são manipulados; as precauções devem incluir o uso de roupas protetoras e toucas que
contenham totalmente os cabelos, sendo recomendável que sejam de cores dis ntas às dos funcionários; e

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l) fluxo de pessoas: o estabelecimento deverá ser projetado ou implementar ro nas de trabalho que evitem
o contato de pessoas (funcionários ou visitantes) provenientes de áreas consideradas "sujas" com aquelas
provenientes de áreas "limpas", de modo a manter um fluxo adequado que impeça a contaminação cruzada
dos alimentos.

XI - quanto aos requisitos aplicáveis à matéria-prima:

a) o estabelecimento não deverá aceitar nenhuma matéria-prima ou insumo que contenha parasitas,
microrganismos ou substâncias tóxicas, decompostas ou estranhas, que não possam ser reduzidas a níveis
aceitáveis através dos processos normais de classificação e/ou preparação ou fabricação; o responsável
técnico deverá dispor de Padrões de Iden dade e Qualidade (PIQ) da matéria-prima ou insumos de forma a
poder controlar os contaminantes passíveis de serem reduzidos a níveis aceitáveis, através dos processos
normais de classificação e/ou preparação ou fabricação; e
b) as matérias-primas ou ingredientes armazenados nas dependências do estabelecimento deverão ser
man dos em condições que evitem a sua deterioração, que os proteja contra a contaminação e que reduza
as perdas ao mínimo; deverá ser assegurada a adequada rota vidade dos estoques de matérias-primas e
ingredientes.

XII - quanto à prevenção da contaminação cruzada:

a) deverão ser tomadas medidas eficazes para evitar a contaminação do material alimen cio por contato
direto ou indireto com materiais contaminados, que se encontrem nas fases iniciais do processamento;
b) as pessoas que manipulam matérias-primas ou produtos semi-elaborados não deverão entrar em contato
com nenhum produto acabado enquanto não tenham trocado o uniforme usado durante o aludido
procedimento; além disso, essas pessoas deverão cumprir o determinado no inciso X, alíneas "a", "h" e "l";
c) exis ndo a probabilidade de contaminação, as pessoas devem lavar bem as mãos entre uma e outra
manipulação de produtos, nas diversas fases de elaboração;
d) todos os equipamentos e utensílios que tenham entrado em contato com matérias-primas ou com
material contaminado deverão ser rigorosamente limpos e desinfetados antes de serem u lizados para
produtos acabados; e
e) nas seções de carnes e aves dos estabelecimentos, deverão exis r mesas e serra-fitas específicas para os
trabalhos com aves, separadas de carnes bovinas, suínas e ovinas, com a finalidade de se evitar a
contaminação cruzada.

XIII - quanto à elaboração:

a) a elaboração deverá ser realizada por pessoal capacitado e supervisionada por pessoal tecnicamente
competente;
b) todas as operações do processo de produção, incluída a embalagem, deverão realizar-se sem demoras e
em condições que excluam toda a possibilidade de contaminação, deterioração e/ou proliferação de
microrganismos patogênicos e deteriorantes;
c) os recipientes deverão ser tratados com o devido cuidado, para evitar toda possibilidade de contaminação
do produto elaborado; e
d) os métodos de conservação e os controles necessários deverão ser tais que protejam contra a
contaminação, ameaça de risco à saúde pública e contra a deterioração dentro dos limites de uma prá ca
comercial correta.

XIV - quanto à embalagem:

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a) todo o material u lizado para a embalagem deverá ser armazenado em condições higiênico-sanitárias, em
áreas des nadas para este fim; o material deverá ser apropriado para o produto e para as condições
previstas de armazenamento e não deverá transmi r ao produto substâncias ou odores indesejáveis que
excedam os limites aceitáveis pelo órgão competente; o material de embalagem deverá ser seguro e conferir
proteção apropriada contra contaminação;
b) é proibida a reu lização de embalagens; as embalagens ou recipientes deverão ser inspecionados
imediatamente antes do uso, para verificar sua segurança e, em casos específicos, limpos e/ou desinfetados;
quando lavados, deverão ser secos antes do uso; na área de enchimento/embalagem, somente deverão
permanecer embalagens ou recipientes necessários para uso imediato; e
c) a operação de embalagem deverá ser processada em condições que excluam as possibilidades de
contaminação do produto.

XV - quanto à exposição à venda dos produtos, não será permi do o uso de lâmpadas avermelhadas ou
qualquer outra forma ou po de instalação ou procedimento que mascare caracterís cas naturais do
alimento ou que possa induzir o consumidor à falsa impressão.

XVI - quanto à responsabilidade técnica e supervisão:

a) o po de controle e supervisão necessários depende do risco de contaminação na produção dos


alimentos; os responsáveis técnicos deverão ter conhecimento suficiente sobre as boas prá cas de produção
de alimentos para poder avaliar e intervir nos possíveis riscos e assegurar vigilância e controle eficazes;
b) o responsável técnico deverá usar metodologia apropriada de avaliação dos riscos de contaminação dos
alimentos nas diversas etapas de produção con das no presente Regulamento e intervir sempre que
necessário, com vista a assegurar alimentos aptos ao consumo humano; o estabelecimento deverá prover
instrumentos necessários para os controles; e
c) em função do risco do alimento, deverão ser man dos registros dos controles apropriados à produção e
distribuição, conservando-os durante um período superior ao tempo de vida de prateleira do alimento,
possibilitando a rastreabilidade do mesmo.

SEÇÃO II
DA INFORMAÇÃO AO PÚBLICO

Art. 43 Todos os estabelecimentos comerciais que ofereçam produtos de origem animal diretamente ao
consumidor deverão manter afixado, em local visível ao público, o Cer ficado de Inspeção Sanitária, quando
for o caso, e os dados da(s) empresa(s) de origem (abatedouro e/ou distribuidor).

SEÇÃO III
DA ROTULAGEM

Art. 44 Todos os alimentos e produtos de origem animal entregues ao comércio e/ou ao consumidor devem
estar iden ficados por meio de rótulos.

Parágrafo Único - Fica a critério do SIMA/POA permi r para certos produtos o emprego de rótulo sob a
forma de e quetas ou uso exclusivo da inspeção.

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Art. 45Considera-se rótulo, para efeito do art. 44, qualquer iden ficação impressa pografada ou gravada a
fogo sobre a matéria-prima e/ou embalagem.

Art. 46 O rótulo para produtos de origem animal deve conter as seguintes informações:

I - nome verdadeiro do produto em caráter destacado;

II - nome da firma responsável;

III - natureza do estabelecimento, conforme classificação prevista neste Regulamento;

IV - carimbo oficial do Serviço de Inspeção Municipal;

V - endereço e telefone do estabelecimento;

VI - marca comercial do produto;

VII - data de fabricação do produto;

VIII - prazo de validade ou "consumir até...";

IX - peso líquido;

X - composição e formas de conservação do produto; e

XI - número do Registro no Serviço de Inspeção Municipal de Alimentos e Produtos de Origem Animal.

Art. 47 As embalagens e películas des nadas a produtos de origem animal devem ser aprovadas pelo
SIMA/POA.

Art. 48 É proibida a reu lização de embalagens.

Art. 49 Os produtos de origem animal de estabelecimento com inspeção permanente quando em trânsito,
devem estar obrigatoriamente acompanhados de Nota Fiscal com carimbo de "Cer ficado Sanitário" visado
pelo médico veterinário responsável pela inspeção do mesmo.

Art. 50 O transporte de produtos de origem animal deverá ser feito em veículo apropriado, tanto ao po de
produto a ser transportado quanto a sua perfeita conservação.

§ 1º Com os produtos de que se trata o presente ar go des nado ao consumo humano, não podem ser
transportados produtos ou mercadorias de outra natureza.

§ 2º Para o transporte, tais produtos devem estar acondicionados higienicamente em recipientes


adequados, independente de sua embalagem (individual ou cole va).

Capítulo VI
DAS ANÁLISES LABORATORIAIS DOS PRODUTOS

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Art. 51 É de responsabilidade exclusiva da empresa produtora/fabricante a realização de análises


laboratoriais constantes neste Regulamento.

Parágrafo Único - As análises laboratoriais deverão ser realizadas por laboratório autorizado e de idoneidade
comprovada, e compreenderão as análises de composição, sico-química, microscópica e microbiológica,
quando couberem.

Art. 52 Os estabelecimentos industriais, que produzem ou elaboram alimentos e/ou produtos de origem
animal, com ou sem adição de produtos vegetais, deverão realizar e apresentar ao SIMA/POA, antes do
início de sua comercialização, laudo de análise laboratorial atestando a inocuidade desses produtos, que
deverão estar dentro do Padrão de Iden dade e Qualidade (PIQ) de cada um deles.

Art. 53 Serão exigidas análises laboratoriais periódicas dos produtos industrializados, de acordo com o que
determina o Regulamento de Inspeção Industrial de Produtos de Origem Animal (RIISPOA), e sempre que
solicitado pelo SIMA/POA por suspeita de desconformidade e/ou em ocasiões que julgar necessário.

Capítulo VII
DO TRANSPORTE E TRÂNSITO

Art. 54As matérias-primas e os produtos acabados deverão ser transportados em condições tais que
impeçam a contaminação e/ou proliferação de microrganismos e protejam contra a alteração do produto e
danos aos recipientes ou embalagens.

Parágrafo Único - Os veículos de transporte pertencente à empresa alimen cia ou por esta contratada
deverão estar autorizados pelo órgão competente, observando-se que:

I - os veículos de transportes deverão realizar as operações de carga e descarga fora dos locais de elaboração
dos alimentos, devendo ser evitada a contaminação destes, e do ar, pelos gases de combustão;

II - os veículos des nados ao transporte de alimentos resfriados ou congelados deverão dispor de meios que
permitam verificar a umidade, quando necessário, e a temperatura que deve ser man da dentro dos níveis
de segurança, através de termômetro com visor externo de marcação de temperatura ou equipamento
similar;

III - juntamente com os produtos de que trata este ar go, des nados ao consumo humano, não podem ser
transportados produtos ou mercadorias de outra natureza;

IV - para o transporte, tais produtos devem estar acondicionados higienicamente em recipientes adequados,
independente de sua embalagem, individual ou cole va;

V - deverá ser previsto um local para a higienização dos veículos u lizados no transporte de produtos,
provido de água limpa em abundância, preferencialmente sob pressão, sistema de drenagem com calhas e
ralos devidamente ligados à rede de esgoto;

VI - os veículos de transporte deverão possuir prévia inspeção da Vigilância Sanitária Municipal, bem como

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portar a Licença Sanitária e o carimbo de Inspeção Sanitária, atrás da Nota Fiscal, durante o transporte de
alimentos e/ou produtos de origem animal.

Capítulo VIII
DAS OBRIGAÇÕES

Art. 55Os proprietários ou representantes legais dos estabelecimentos de que trata o presente
Regulamento são obrigados a:

I - cumprir e fazer cumprir todas as exigências con das neste Regulamento;

II - fornecer, quando necessário ou solicitado, material adequado e suficiente para a execução do trabalho de
inspeção;

III - fornecer, quando for o caso, pessoal auxiliar habilitado e suficiente para ficar à disposição do SIMA/POA;

IV - possuir responsável técnico legalmente habilitado;

V - acatar todas as determinações da inspeção sanitária, quanto ao des no dos produtos condenados; e

VI - recolher, quando aplicável, todas as taxas de inspeção sanitária ou de abate e outras que existam ou
vierem a ser ins tuídas, de acordo com a legislação vigente, através de guia própria.

Art. 56 Caberá ao empregador a adoção de medidas para eliminação ou neutralização de riscos de


acidentes e doenças do trabalho nos ambientes, que obedecerá às seguintes prioridades:

I - troca de mecanismos, maquinários, produtos químicos, por outros que não comprometam a saúde dos
trabalhadores;

II - uso de mecanismos/Equipamentos de Proteção Cole va (EPC);

III - medidas de reorganização de trabalho, tais como: a redução do ritmo de produção, rodízio de
trabalhadores e diminuição do tempo de exposição ao risco;

IV - os empregados deverão ser treinados para o desempenho de suas funções, visando a conhecer os riscos
próprios em sua função, assim como saber evitá-los;

V - uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), do po aprovado pelas normas vigentes, em número
suficiente para atender as necessidades a que se des nam; e

VI - seguir as normas de Segurança e Medicina do Trabalho.

Parágrafo Único - Em caso de controle de riscos ainda não norma zados no Brasil, o empregador deverá
assumir a responsabilidade pela realização de estudos e pesquisas que visem ao seu esclarecimento,
eliminação ou controle.

Art. 57 Para avaliação da exposição aos riscos do ambiente e do processo de trabalho, deverão ser

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u lizados parâmetros recomendados por en dades nacionais e internacionais, de notória boa aceitação e
idoneidade.

Art. 58 No caso de situação de risco grave e/ou iminente à saúde dos trabalhadores no local de trabalho,
poderá a autoridade sanitária realizar a interdição cautelar, parcial ou total, do setor ou dos maquinários e
equipamentos envolvidos, garan ndo todos os direitos sem que isso resulte em prejuízo pecuniário dos
trabalhadores.

Capítulo IX
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO, DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES

I - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO PUNITIVO

Art. 59 As normas e instruções referidas nesta Seção disciplinam o processamento das autuações, das
defesas e dos recursos, estabelecendo prazos, procedimentos e competências.

Art. 60O Auto de Infração é o documento gerador do Processo Administra vo Puni vo e deverá ser lavrado
em 3 (três) vias, pelo fiscal do SIMA/POA, com precisa clareza, sem entrelinhas, rasuras, emendas ou
borrões, nos termos e modelos expedidos, devendo conter:

I - nome do autuado, seu endereço, bem como os demais elementos necessários à sua qualificação e
iden ficação civil;

II - data, local e hora na qual a irregularidade foi verificada;

III - descrição da infração e dos disposi vos legais ou regulamentares infringidos;

IV - assinatura do autuado, ou na sua recusa, a iden ficação e firma de duas testemunhas, dando-lhe ciência
de que responderá pelo fato em processo administra vo;

V - local, data e hora da autuação;

VI - penalidades às quais o autuado está sujeito;

VII - prazo e local para interposição e apresentação de defesa; e

VIII - iden ficação e assinatura da autoridade autuante.

§ 1º As incorreções ou omissões do Auto de Infração não acarretarão sua nulidade, quando nele constarem
elementos suficientes para determinar com segurança a infração e possibilitar a defesa do autuado.

§ 2º Havendo circunstâncias ou fatos impedi vos à lavratura do Auto de Infração no lugar onde as
irregularidades foram verificadas, este documento poderá ser lavrado em qualquer outro local, neste caso
encaminhando-o ao autuado pelas vias legais.

Art. 61 O autuado deverá ser no ficado do Auto de Infração e dos demais atos de fiscalização ou de

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inspeção:

I - por via postal, desde que exista distribuição domiciliária na localidade de residência ou sede do
no ficado, com o devido Aviso de Recebimento - AR;

II - pessoalmente, se esta forma de no ficação não prejudicar a celeridade do procedimento ou se for


inviável a no ficação por via postal;

III - por fac-símile, se a urgência do caso recomendar o uso de tal meio; e

IV - por edital, caso o no ficado esteja em lugar incerto e não sabido.

§ 1º No caso do autuado ou das testemunhas recusarem-se a firmar a no ficação ou o Auto de Infração, o


fato deverá ser mencionado pela autoridade no documento lavrado, remetendo-se ao interessado uma de
suas vias através das formas especificadas nos incisos I a III deste ar go, e no caso destas formas restarem
infru feras, através da forma especificada no inciso IV.

§ 2º O edital referido no inciso IV deste ar go será publicado na Imprensa Oficial uma única vez,
considerando-se efe vada a no ficação 5 (cinco) dias após a publicação.

§ 3º Sempre que a no ficação for feita por fac-símile, a mesma deverá ser confirmada nos termos dos
incisos I ou II até o terceiro dia ú l imediato, para todos os efeitos, sendo considerada realizada na data da
primeira comunicação.

Art. 62Quando ao autuado, não obstante a autuação, subsis r obrigação a cumprir, a autoridade autuante
dela regularmente o cien ficará, alertando-o das sanções a que está sujeito caso não as cumpra.

Parágrafo Único - O prazo para o cumprimento da obrigação subsistente, em casos excepcionais, poderá ser
reduzido ou aumentado, definindo o Chefe de Divisão do SIMA/POA os critérios e fatores determinantes,
estes dados a conhecer ao autuado.

Art. 63 A autoridade autuante é plenamente responsável pelas declarações que fizer nos documentos
fiscais de sua lavra, estando sujeito às penalidades, por falta grave, em casos de falsidade ou omissão dolosa,
em conduta apurada na forma regulamentar prevista.

Art. 64 Lavrado o Auto de Infração, a autoridade autuante deverá:

I - fornecer cópia da autuação ao proprietário pelo estabelecimento ou a quem o representa, informando-o


do prazo concedido para contestar os mo vos que o fundamentam e as penalidades a que está sujeito;

II - vencido o prazo, apresentada ou não a defesa à autuação, remeter os autos acompanhados de relatório
de ocorrência ao Departamento de Zootecnia - DPZO -, da Secretaria Municipal de Agricultura, juntamente
com relatório de ocorrência.

III - informar ao DPZO, histórico do autuado quanto à observância das normas de defesa sanitária animal e
vegetal.

Art. 65 O autuado terá o prazo de 15 (quinze) dias do recebimento do Auto de Infração para apresentar sua
defesa.

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§ 1º A contestação ou as razões de defesa do autuado deverão ser apresentadas por escrito, dirigidas e
encaminhadas através do Protocolo Geral, da Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu, ao Diretor do DPZO.

§ 2º Todos os prazos mencionados neste Regulamento são contados nos termos da legislação processual civil
pátria.

Art. 66 O DPZO apreciará os aspectos técnicos e jurídicos relacionados à infração, bem como a defesa
apresentada, manifestando-se em Parecer, onde poderá determinar o cumprimento de obrigações
subsistentes por parte do autuado, encaminhando os autos, para tanto, ao chefe da Divisão de Inspeção
Municipal - DVSIM.

Art. 67 Uma vez realizadas as diligências necessárias pelo SIMA/POA, os autos serão encaminhados ao
Diretor do Departamento de Zootecnia - DPZO -, o qual proferirá sobre os fatos relacionados à autuação,
lavrando sentença absolutória ou condenatória em primeira instância, nela discriminando os mo vos
determinantes de sua decisão.

Art. 68 Da sentença de primeira instância cabe recurso ao Secretário Municipal de Agricultura, interposto
no prazo de 10 (dez) dias a contar da ciência do autuado, da sentença condenatória.

Art. 69O Secretario Municipal de Agricultura, após a solicitação de parecer jurídico da Procuradoria Geral
do Município - PGM -, procederá à análise detalhada dos fatos relacionados à autuação e depois lavrará a
sentença absolutória ou condenatória final na instância administra va, nela discriminando os mo vos
determinantes de sua decisão.

Art. 70 Os valores não pagos pelo infrator no prazo de 30 (trinta) dias contados da data do trânsito em
julgado da sentença nesta via administra va, correspondentes à multa ou ao ressarcimento ao erário, dos
materiais e equipamentos porventura empregados e exames e serviços especializados, realizados quando da
execução compulsória das a vidades de fiscalização a que se refere este Regulamento e demais normas
complementares, serão inscritos em Dívida A va, para posterior cobrança judicial.

Art. 71 Os valores referentes ao erário, as multas e as taxas ins tuídas por serviços prestados na aplicação
do disposto neste Regulamento serão recolhidos aos cofres do município enquanto não for ins tuído através
de lei específica o Fundo Municipal de Fomento Agropecuário.

II - DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES ADMINISTRATIVAS

Art. 72 Cons tui infração, para os efeitos da Lei Municipal nº 2.087, de 24 de setembro de 1997, alterada
pela Lei nº 3.058, de 15 de junho de 2005, a desobediência ou inobservância das mesmas, e ao disposto em
normas legais, regulamentares e outras que de qualquer forma, se des nem à defesa sanitária animal e
vegetal.

§ 1º Responderão pela infração as pessoas sicas ou jurídicas, seus prepostos ou quaisquer pessoas que a
cometerem, incen varem ou auxiliarem na sua prá ca ou dela se beneficiarem.

§ 2º Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual a infração não teria ocorrido.

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§ 3º Exclui a imputação de infração administra va a causa decorrente de fato jurídico natural extraordinário.

Além das infrações previstas nesta Seção, incluem-se como tais os atos que impeçam, dificultem,
Art. 73
burlem ou embaracem a ação dos fiscais do Serviço de Inspeção Municipal de Alimentos e Produtos de
Origem Animal - SIMA/POA -, ou dos profissionais por ele legi mados.

Art. 74 As infrações à lei, a este Regulamento e às demais normas complementares serão punidas
administra vamente, não eximindo o infrator da responsabilização civil e criminal.

Parágrafo Único - Havendo indícios da infração cons tuir crime ou contravenção, a Secretaria Municipal de
Agricultura - SMAG - deverá representar ao órgão policial ou à autoridade competente.

Art. 75Para imposição da pena e sua gradação, a autoridade administra va competente deverá levar em
consideração:

I - as circunstâncias atenuantes e agravantes;

II - a gravidade do fato, tendo em vista as suas conseqüências à saúde ou economia públicas;

III - a clandes nidade da a vidade e as condições higiênicas, sanitárias e tecnológicas dos produtos; e

IV - os antecedentes e a conduta do infrator quanto à observância das normas sanitárias.

Art. 76 São consideradas circunstâncias atenuantes:

I - a ação do infrator não ter sido fundamental para a consecução do evento;

II - a equivocada compreensão da norma sanitária, admi da como escusável por patente a incapacidade do
agente entender o caráter ilícito do fato;

III - o infrator, por espontânea vontade, imediatamente ter procurado reparar ou minorar as conseqüências
do ato lesivo à saúde ou economia pública;

IV - ter o infrator sofrido coação a que podia resis r para a prá ca do ato; e

V - ser o infrator primário e a falta come da de natureza leve ou moderada.

Art. 77 São consideradas circunstâncias agravantes:

I - ser o infrator reincidente;

II - ter o infrator come do a infração para obter qualquer vantagem decorrente do consumo humano do
material ou produto, contrário à legislação sanitária;

III - ter o infrator coagido outrem à execução material da infração;

IV - ter a infração conseqüência calamitosa à saúde ou à economia pública;

V - se, tendo comprovado conhecimento da irregularidade ou do ato lesivo à saúde ou à economia pública, o

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infrator deixar de tomar as providências de sua alçada e tendentes a evitá-lo ou minorá-lo;

VI - ter o infrator agido com dolo, ainda que eventual, fraude ou má-fé ou u lizado de ar cio, simulação ou
fraude na consecução da conduta infringente; e

VII - ter o infrator dificultado, embaraçado, burlado ou impedido a ação fiscalizadora ou de inspeção dos
fiscais do SIMA/POA ou dos profissionais legi mados à execução das a vidades.

Art. 78 Havendo concurso de circunstâncias atenuantes e agravantes, a aplicação da pena considerará


aquelas preponderantes, devidamente fundamentadas.

Art. 79 Considera-se reincidência a nova infração à legislação de defesa sanitária animal e vegetal, come da
pela mesma pessoa sica ou jurídica, no período de cinco anos após decisão irrecorrível
administra vamente.

Art. 80 Sem prejuízo da responsabilidade civil e penal, as infrações à legislação de defesas sanitárias animal
e vegetal, serão punidas, alternadas ou cumula vamente, dado a gravidade, com as seguintes sanções
administra vas:

I - advertência;

II - multa;

III - apreensão ou condenação dos produtos;

IV - suspensão das a vidades do (s) estabelecimento (s);

V - interdição parcial ou total do estabelecimento; e

VI - cancelamento do registro.

§ 1º As sanções administra vas poderão ser aplicadas isoladas ou cumula vamente, em conformidade à
gravidade das irregularidades apuradas, ao risco à incolumidade pública e à urgência dos atos de polícia
administra va para inibi-lo, minorá-lo ou afastá-lo.

§ 2º A apreensão, a condenação ou destruição dos produtos, a suspensão das a vidades e a interdição total
do estabelecimento, enquanto atos de polícia administra va emergenciais de natureza cautelar obje vando
resguardar a saúde pública, nas condições e termos estabelecidos no presente Regulamento, competem
concorrentemente aos fiscais do Serviço de Inspeção Municipal de Alimentos e Produtos de Origem Animal -
SIMA/POA -, ou aos profissionais por ele legi mados.

Art. 81A pena de advertência será aplicada por escrito ao infrator primário, quando incurso em ação ou
omissão gravosa desprovida de má-fé ou dolo.

Art. 82 As multas serão aplicadas nos casos de reincidência de conduta infringente ou quando houver
manifesto dolo ou má-fé.

Parágrafo Único - O montante da multa será estabelecido pela soma dos valores individualmente apurados
dos intervalos correspondentes às infrações come das e classificadas pela sua gravidade, em conformidade

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aos preceitos de gradação estabelecidos nesta Seção.

Art. 83Para o cálculo das multas será adotado a Unidade Padrão Fiscal do Município de Foz do Iguaçu - UFFI
- ou outro índice que vier a subs tuí-la.

Parágrafo Único - Nenhuma multa poderá ser inferior ao equivalente a 5 (cinco) UFFI´s.

Art. 84 A pena de multa será aplicada às pessoas sicas ou jurídicas, nos seguintes casos:

I - de 5 a 10 UFFI´s, nas faltas consideradas leves, quando:

a) operarem produtos de origem animal sem a u lização de equipamentos adequados;


b) operarem em instalações inadequadas à elaboração higiênica dos produtos de origem animal;
c) u lizarem equipamentos, materiais ou utensílios de uso proibido no manejo de animais des nados à
comercialização;
d) não dispuserem de disposi vo de registro das temperaturas máxima e mínima nos ambientes
refrigerados;
e) não conservarem as instalações ou promoverem a limpeza dos equipamentos e utensílios em
conformidade às recomendações técnicas e preceitos de higiene do SIMA/POA;
f) não man verem os ves ários, sanitários, banheiros e lavatórios permanentemente limpos e providos de
materiais necessários à adequada higiene de seus usuários;
g) não dispuserem aos funcionários uniformes limpos ou completos;
h) permi rem o livre acesso e trânsito às instalações, nas quais se processam produtos de origem animal de
pessoas estranhas às a vidades;
i) não promoverem controle capaz de garan r a higiene pessoal dos trabalhadores que lidam com a matéria-
prima ou com produtos de origem animal processados nas suas instalações;
j) não promoverem con nuamente nas instalações e áreas circundantes o combate a insetos, pragas e
roedores transmissores de doenças;
k) u lizarem água fora das especificações técnicas aceitáveis no interior das instalações; e
l) não promoverem a atualização dos dados ou documentos relacionados ao seu registro no SIMA/POA.

II - de 10 a 20 UFFI´s, nas faltas consideradas moderadas, quando:

a) não apresentarem a documentação sanitária dos animais de abate;


b) não apresentarem a documentação atualizada relacionada à comprovação da saúde de seus funcionários;
c) recepcionarem ou man verem em suas instalações matéria-prima ou ingrediente contendo parasitas,
microorganismos patogênicos ou substâncias tóxicas, decompostas ou estranhas e que não possam ser
reduzidas a níveis aceitáveis pelos procedimentos normais de classificação, preparação ou elaboração;
d) não armazenarem adequadamente nas instalações as matérias-primas, os ingredientes ou os produtos de
origem animal acabados, de modo a evitar sua deterioração;
e) embalarem indevida, imprópria ou inadequadamente produtos de origem animal;
f) transportarem matérias-primas ou produtos de origem animal em veículos não apropriados ao seu po, a
sua higiene e a sua conservação;
g) não cumprirem os prazos es pulados para o saneamento das irregularidades mencionadas no Auto de
Infração;
h) u lizarem as instalações, equipamentos ou utensílios para outros fins, que não aqueles previamente
estabelecidos; e
i) manipularem ou permi rem a manipulação de resíduos de forma potencialmente capaz de contaminar os
alimentos e produtos de origem animal beneficiados ou não.

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III - de 20 a 50 UFFI´s, nas faltas consideradas graves, quando:

a) reu lizarem reaproveitarem ou promoverem segundo uso de embalagens para acondicionar produtos de
origem animal;
b) ocorrerem atos com o intuito de dificultar, burlar, embaraçar ou impedir as ações da inspeção;
c) u lizarem matérias-primas não inspecionadas ou qualquer outro produto ou ingrediente inadequado à
fabricação de produtos de origem animal;
d) comercializarem produtos de origem animal providos de rótulos inadequados ou nos quais não constem
todas as informações exigidas na legislação do SIMA/POA; e
e) não encaminharem no prazo determinado relatórios, mapas ou qualquer outro documento solicitado pela
SMAG relacionado à sanidade animal ou à preservação da saúde pública.

IV - de 50 a 100 UFFI´s, nas faltas consideradas muito graves, quando:

a) realizarem comércio intermunicipal de produtos de origem animal sem estarem registrados no SIMA/POA;
b) promoverem, sem prévia autorização do SIMA/POA, a ampliação, reforma ou construção nas instalações
ou na área industrial, capazes de interferir na higiene ou qualidade da matéria-prima u lizada na fabricação
dos produtos de origem animal ou dos produtos acabados;
c) comercializarem produtos de origem animal desprovidos de rótulos;
d) não no ficarem imediatamente a SMAG da existência, ainda que suspeita, de sintomas indica vos de
enfermidades de interesse à preservação da saúde pública ou à defesa sanitária nos animais des nados ao
abate ou à produção de matérias-primas; e
e) fizerem uso desautorizado de embalagens, carimbos ou rótulos de estabelecimentos registrados no
SIMA/POA.

V - de 100 a 200 UFFI´s, nas faltas consideradas gravíssimas, quando:

a) adulterarem, fraudarem ou falsificarem matéria-prima, produtos de origem animal ou materiais e


ingredientes a eles acrescidos, bem como rótulos, embalagens ou carimbos;
b) transportarem ou comercializarem carcaças desprovidas do carimbo oficial da inspeção;
c) cederem rótulo, embalagem ou carimbo de estabelecimento registrado a terceiros, sem autorização do
SIMA/POA;
d) desenvolverem sem autorização do SIMA/POA a vidades nas quais estão suspensos ou interditados;
e) u lizarem sem autorização do SIMA/POA máquinas, equipamentos ou utensílios interditados;
f) u lizarem ou derem des nação diversa da determinada pelo SIMA/POA aos produtos de origem animal,
matéria-prima ou qualquer outro componente interditado, apreendido ou condenado u lizado na fabricação
ou beneficiamento;

Quando a mesma conduta infringente for passível de multa em mais de um disposi vo deste
Art. 85
Regulamento, prevalecerá o enquadramento no item mais específico em relação ao mais genérico.

Parágrafo Único - O SIMA/POA poderá enquadrar nos diferentes grupos de infrações, observada a natureza e
gravidade, condutas ou procedimentos considerados infringentes às disposições de sua legislação e que não
foram relacionadas no art. 85.

Art. 86 O infrator condenado à pena de multa deverá recolhê-la no prazo de (30) trinta dias a contar do
trânsito em julgado na esfera administra va da sentença condenatória.

https://leismunicipais.com.br/a/pr/f/foz-do-iguacu/decreto/2006/1727/17265/decreto-n-17265-2006-regulamenta-o-servico-de-inspecao-municip… 30/38
05/10/2017 Decreto 17265 2006 de Foz do Iguaçu PR

Parágrafo Único - O não recolhimento da multa no prazo es pulado implicará cobrança execu va, nos
termos previstos no Código Tributário do Município de Foz do Iguaçu.

Art. 87 A pena de apreensão dos produtos de origem animal, nas ações de inspeção e fiscalização de que
trata este Regulamento será aplicada quando:

I - forem clandes nos ou comprovadamente impróprios para o consumo;

II - forem suspeitos de serem impróprios ao consumo, por se apresentarem:

a) danificados por umidade ou fermentação;


b) infestados por parasitas ou com indícios de ação de insetos ou roedores;
c) rançosos, mofados ou bolorentos;
d) com caracterís cas sicas ou organolép cas anormais;
e) sujidades internas, externas ou qualquer evidência de descuido e falta de higiene na manipulação,
elaboração, preparo, conservação ou acondicionamento.
f) com indícios ou suspeitas de substâncias nocivas à saúde ou de uso ilegal;
g) com o transporte fora das condições exigidas; e
h) com a data de sua validade vencida.

III - apresentarem-se adulterados, fraudados ou falsificados.

Art. 88 São consideradas adulterações, atos, procedimentos ou processos que:

I - u lizem matéria-prima alterada ou impura na fabricação de produtos de origem animal;

II - adicionem sem prévia autorização do órgão competente substâncias de qualquer qualidade, po ou


espécie na composição normal do produto e não indiquem esta condição nos rótulos, embalagens ou
recipientes; e

III - subs tuam produtos e/ou substâncias iden ficadas nos rótulos por qualquer outra não especificada.

Art. 89 São consideradas fraudes, atos, procedimentos ou processos, que ar ficiosamente:

I - modifiquem, desfigurem ou deformem, ocultando, disfarçando ou dissimulando as caracterís cas da


matéria-prima ou dos produtos de origem animal, com o fim de adequá-los às especificações e
determinações fixadas pela legislação sanitária e de saúde vigentes;

II - façam uso não autorizado da chancela oficial;

III - subs tuam um ou mais elementos por outros, com o fim de elevar o volume ou peso dos produtos de
origem animal, em detrimento de sua composição normal ou de seu valor nutri vo;

IV - alterem, no todo ou em parte, as especificações apostas nos rótulos, embalagens ou recipientes,


tornando-as indevidas ou não coincidentes com o produto ou matéria-prima;

V - obje vem a conservação do produto, matéria-prima ou elementos cons tuintes pelo uso de substâncias
proibidas ou que não tenham a sua u lização aprovada pelos órgãos competentes; e

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VI - for constatada a intenção dolosa em simular ou mascarar a data de fabricação ou prazo de validade do
produto.

Art. 90 São consideradas falsificações, atos, procedimentos ou processos que:

I - cons tuam processos especiais, com forma, caracteres ou rotulagem de privilégio ou de exclusividade de
outrem, u lizados sem autorização dos seus legí mos proprietários na elaboração, preparação ou exposição
ao consumo de produtos de origem animal; e

II - u lizem denominações diferentes das previstas neste Regulamento ou em fórmulas aprovadas.

Art. 91 Nos casos previstos neste Regulamento em que seja necessária a apreensão de produtos de origem
animal determinada em decisão administra va ou efe vada em caráter cautelar, visando à preservação da
incolumidade pública, o fiscal do SIMA/POA deverá lavrar o Auto de Apreensão em 3 (três) vias, nele
consignando:

I - a iden ficação do proprietário ou responsável pelos produtos de origem animal apreendidos;

II - a data, horário e local da apreensão; e

III - a descrição detalhada dos produtos de origem animal apreendidos, especificando:

a) sua quan dade, peso ou volume;


b) sua espécie, variedade ou po.

IV - os mo vos e, caso for, a urgência sanitária da apreensão;

V - os disposi vos legais ou regulamentares que mo vam a apreensão;

VI - a assinatura do proprietário ou responsável ou, na sua recusa, a iden ficação e firma de duas
testemunhas;

VII - a iden ficação e assinatura do emitente do Auto de Apreensão.

§ 2º O fiscal do SIMA/POA após proceder à apreensão deverá:

I - nomear fiel depositário, caso os produtos de origem animal não sejam de alto risco e o proprietário ou
responsável indicar local ao seu adequado armazenamento e conservação;

II - promover a condenação e destruição dos produtos de origem animal, observado os requisitos legais
quando:

a) sua precariedade higiênico-sanitária contra-indicar ou impossibilitar a adequada manutenção ou expuser


a risco direto ou indireto a incolumidade pública;
b) os produtos de origem animal forem de alto risco e o proprietário ou responsável não providenciar um
local ao seu adequado armazenamento e conservação;
c) o proprietário ou responsável recusar a indicação e não indicar fiel depositário para a guarda dos produtos
de origem animal apreendidos até a conclusiva apuração de seu estado higiênico-sanitário ou termo do
processo administra vo.

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Art. 92 O proprietário ou responsável pelos produtos de origem animal apreendidos, às suas expensas e no
prazo máximo de vinte e 24 (quatro) horas da apreensão, poderá solicitar ao SIMA/POA a realização de
exames ou reinspeção para comprovar que sua u lização ou consumo não expõe a risco a saúde pública.

Parágrafo Único - Comprovada a não exposição a risco da saúde pública, os produtos de origem animal
apreendidos deverão ser liberados ao proprietário ou responsável, lavrando a autoridade do SIMA/POA
documento fiscal, nele fazendo constar as condições da liberação.

Art. 93 Nos casos de apreensão, independentemente da cominação de outras penalidades, quanto à


des nação dos produtos de origem animal apreendidos, a autoridade do SIMA/POA, após a reinspeção ou
resultado dos exames complementares, poderá:

I - autorizar o aproveitamento condicional para alimentação humana ou animal, caso possível o


rebeneficiamento dos produtos, matérias-primas ou afins;

II - autorizar o seu aproveitamento para fins não comes veis, caso não implique exposição da incolumidade
pública a risco; e

III - nos demais casos, determinar sua condenação e destruição.

Parágrafo Único - O rebeneficiamento ou o aproveitamento para outros fins não comes veis dos produtos
de origem animal apreendidos deverá ser efetuado sob a supervisão da autoridade do SIMA/POA.

Art. 94 As despesas ou ônus advindos da retenção, apreensão, inu lização, destruição, condenação ou
rebeneficiamento dos produtos de origem animal irregulares cabem aos seus proprietários ou responsáveis,
a eles não assis ndo direito a qualquer indenização, mantendo-se sujeitos às penalidades previstas neste
Regulamento.

Art. 95 A pena de condenação ou destruição dos produtos de origem animal, além dos casos previstos
neste Regulamento, será aplicada quando:

I - forem comprovadamente impróprios ao consumo humano ou animal, não passíveis de qualquer


aproveitamento ou rebeneficiamento;

II - não forem tempes vamente efe vadas as medidas de inspeção ou de fiscalização determinadas pela
autoridade administra va competente obje vando remover o risco à incolumidade pública implicadas no
seu consumo, reaproveitamento ou rebeneficiamento;

§ 1º Em sendo a condenação ou destruição de produtos de origem animal determinada em sentença no


processo administra vo ou efe vada em caráter cautelar visando à preservação da incolumidade pública, a
autoridade do SIMA/POA deverá lavrar o Auto de Condenação ou Destruição em 3 (três) vias, nele
consignando:

I - a iden ficação do proprietário ou responsável pelos produtos de origem animal condenados;

II - a data, horário e local da condenação ou destruição;

III - a descrição detalhada dos produtos de origem animal condenados ou destruídos, especificando:

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a) sua quan dade, peso ou volume; e


b) sua espécie, variedade ou po.

IV - os mo vos e, caso for, a urgência sanitária da condenação ou destruição;

V - os disposi vos legais ou regulamentares que mo vam a condenação ou destruição;

VI - o método, meio ou agentes a serem empregados na destruição;

VII - a assinatura do proprietário ou responsável ou, na sua recusa, a iden ficação e firma de duas
testemunhas; e

VIII - a iden ficação e assinatura do emitente do Auto de Condenação ou Destruição.

§ 2º A destruição dos produtos de origem animal deverá ser efetuada na presença de duas testemunhas,
devendo a autoridade emitente iden ficá-las no próprio Auto de Condenação ou Destruição.

Art. 96A suspensão das a vidades poderá ser aplicada, quando a irregularidade ocorrer em procedimento
ou processo no qual o proprietário ou responsável pelo estabelecimento foi orientado por agente de órgão
competente, relacionada à produção, preparação, transformação, manipulação, beneficiamento,
acondicionamento, rotulagem ou armazenamento de produtos de origem animal ou matérias-primas e que
envolva risco ou ameaça de natureza higiênico-sanitária.

§ 1º Para a aplicação da medida é necessária a comprovação da antecedente orientação por agente


competente ao proprietário ou responsável pelo estabelecimento e relacionada à irregularidade não sanada.

§ 2º Em sendo a suspensão das a vidades determinada em sentença no processo administra vo ou


efe vada em caráter cautelar visando à preservação da incolumidade pública, a autoridade do SIMA/POA
deverá lavrar o Auto de Suspensão das A vidades em 3 (três) vias, nele consignando:

I - a iden ficação do proprietário ou responsável;

II - a data, horário e local da suspensão das a vidades;

III - os mo vos e, caso for, a urgência sanitária da suspensão;

IV - os disposi vos legais ou regulamentares que mo vam a suspensão;

V - a descrição detalhada das a vidades suspensas;

VI - a descrição dos respec vos equipamentos, utensílios ou materiais a eles relacionados, especificando:

a) quan dade;
b) espécie, variedade ou po;
c) marca, fabricante, potência, entre outras informações que os individuam; e
d) função ou finalidade.

VII - o método e iden ficação do meio empregado na suspensão;

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VIII - os prazos e as medidas a serem promovidas pelo proprietário ou responsável para a revogação da
suspensão;

IX - a advertência das penalidades previstas, caso desobedeça à suspensão;

X - a assinatura do proprietário ou responsável ou, na sua recusa, a iden ficação e firma de duas
testemunhas; e

XI - a iden ficação e assinatura do emitente do Auto de Suspensão das A vidades.

§ 3º A revogação da suspensão será condicionada ao comprovado saneamento das irregularidades que


ensejaram a medida administra va.

§ 4º A revogação da suspensão das a vidades não exime seu proprietário ou responsável da autuação ou
aplicação de outras penalidades.

Art. 97 A suspensão das a vidades poderá ser aplicada, independentemente de prévia orientação, quando
a irregularidade consis r em atos ou processos relacionados à adulteração, fraude ou falsificação do produto
ou matéria-prima e afins.

Art. 98 A pena de interdição parcial do estabelecimento será aplicada quando a infração decorrer de
reincidência em conduta que importe em iminente ou presente risco à saúde pública ou ameaça de natureza
higiênico-sanitária.

§ 1º A interdição deve restringir-se às a vidades ou procedimentos e respec vos equipamentos, materiais


ou utensílios, cuja operação ou uso exponha a risco à saúde pública.

§ 2º Tendo sido a pena de interdição parcial do estabelecimento determinada em sentença no processo


administra vo ou efe vada em caráter cautelar visando à preservação da incolumidade pública, a
autoridade do SIMA/POA deverá lavrar o Auto de Interdição Parcial do Estabelecimento em 3 (três) vias, nele
consignando:

I - a iden ficação do proprietário ou responsável;

II - a data, horário e local da interdição parcial do estabelecimento;

III - os mo vos expostos na sentença que determinaram a interdição parcial;

IV - os disposi vos legais ou regulamentares que mo vam a interdição parcial;

V - a descrição detalhada das a vidades parcialmente interditadas;

VI - a descrição dos respec vos equipamentos, utensílios ou materiais a eles relacionados, especificando:

a) quan dade;
b) espécie, variedade ou po;
c) marca, fabricante, potência, entre outras informações que os individuam; e
d) função ou finalidade.

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VII - o método e iden ficação do meio empregado para a interdição parcial;

VIII - os prazos e as providências saneadoras determinadas pelo SIMA/POA a serem promovidas pelo
proprietário ou responsável para a revogação da medida administra va;

IX - a advertência das penalidades previstas, caso desobedeça à interdição parcial;

X - a assinatura do proprietário ou responsável ou, na sua recusa, a iden ficação e firma de duas
testemunhas; e

XI - a iden ficação e assinatura do emitente do Auto de Interdição Parcial do Estabelecimento.

§ 2º A desinterdição do estabelecimento não exime seu proprietário ou responsável da autuação ou


aplicação de outras penalidades.

Art. 99A desinterdição das a vidades e equipamentos, materiais ou utensílios a elas correlatas será
efe vada após o atendimento das seguintes condições cumula vas:

I - requerimento do interessado dirigido ao Chefe da Divisão de Inspeção Municipal - DVSIM -, no qual se


obrigue a ajustar-se às exigências e sanear as irregularidades que mo varam a interdição;

II - aprovação prévia emi da pela autoridade competente do SIMA/POA firmada em Termo de Visita
circunstanciado cer ficando a correção das irregularidades.

Art. 100 A pena de interdição total do estabelecimento será aplicada quando a irregularidade relacionar-se
às a vidades ou processos que importem em presente risco à saúde pública ou ameaça de natureza
higiênico-sanitária, acrescida de pelo menos uma das seguintes circunstâncias:

I - estabelecimento não registrado no órgão de inspeção e saúde competentes;

II - comprovado o descumprimento das determinações de inspeção ou fiscalização do SIMA/POA, ou agentes


a seu serviço, relacionadas ao saneamento ou afastamento do risco ou da ameaça à saúde pública;

III - desenvolvimento desautorizado de a vidade, processo ou operação de equipamento, material ou


utensílio suspenso ou parcialmente interditado pelo SIMA/POA.

§ 1º Em sendo a pena de interdição total do estabelecimento, determinada em sentença no Processo


Administra vo ou efe vada em caráter cautelar visando à preservação da incolumidade pública, a
autoridade do SIMA/POA deverá lavrar Auto de Interdição Total do Estabelecimento em 3 (três) vias, nele
consignando:

I - a iden ficação do proprietário ou responsável;

II - a data, horário e local da interdição total do estabelecimento;

III - os mo vos que fundamentam a interdição total;

IV - os disposi vos regulamentares que mo vam a interdição total;

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V - o método e iden ficação do meio empregado para a interdição total;

VI - os prazos e as providências saneadoras determinadas pelo SIMA/POA a serem promovidas pelo


proprietário ou responsável para a revogação da interdição total;

VII - a advertência das penalidades previstas, caso desobedeça à interdição total;

VIII - a assinatura do proprietário ou responsável ou, na sua recusa, a iden ficação e firma de duas
testemunhas; e

IX - a iden ficação e assinatura do emitente do Auto de Interdição Total do Estabelecimento.

§ 2º A desinterdição do estabelecimento não exime seu proprietário ou responsável da autuação ou


aplicação de outras penalidades.

Art. 101 A desinterdição total ou parcial do estabelecimento será efe vada após o atendimento das
seguintes condições cumula vas:

I - requerimento do interessado dirigido ao Chefe da Divisão de Inspeção Municipal - DVSIM -, no qual se


obrigue a ajustar-se às exigências e sanear as irregularidades que mo varam a interdição; e

II - aprovação prévia emi da pela autoridade competente do SIMA/POA firmada em Termo de Visita
circunstanciado cer ficando a correção das irregularidades.

Art. 102 A pena de cancelamento do registro do estabelecimento no SIMA/POA será aplicada na ocorrência
de uma das seguintes circunstâncias:

I - resulte apurada e comprovada em regular processo administra vo e específica inspeção realizada por
autoridade competente, a impossibilidade do estabelecimento permanecer em funcionamento sem expor a
risco a incolumidade pública; e

II - funcionamento desautorizado do estabelecimento regularmente interditado pelo SIMA/POA;

Art. 103 O Serviço de Inspeção Municipal ins tui os modelos de termos e autos de infração necessários à
execução do disposto neste Decreto, conforme Anexos I, II, III e IV, que passam a fazer parte integrante deste
Decreto.

Capítulo X
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 104 Os médicos veterinários do SIMA/POA, sempre que julgarem necessário, poderão requisitar força
policial para exercer suas atribuições.

Art. 105 Na condenação defini va de produto, substância ou outros de interesse da saúde, cuja alteração de
qualquer natureza, adulteração ou falsificação não impliquem em torná-los impróprios para uso ou consumo
humano ou animal, demonstrado por laudo técnico ou laboratorial, poderá a autoridade, ao proferir

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decisão, determinar sua distribuição a órgãos assistenciais ou congêneres, para consumo humano ou animal,
preferencialmente oficiais.

Art. 106 Quando a autoridade municipal verificar que, além das penalidades por ela imposta, a falta
come da enseja a aplicação de outras de competência de outros órgãos do Município de Foz do Iguaçu, do
Governo do Estado do Paraná ou da União, encaminhará o caso, mediante O cio, ao(s) respec vo(s) órgão(s)
para as medidas cabíveis.

As normas da inspeção sanitária, industrial e tecnológica relacionadas às instalações, aos processos


Art. 107
e procedimentos dos estabelecimentos de alimentos e produtos de origem animal, serão disciplinadas em
normas técnicas específicas.

Art. 108A autoridade municipal deverá adotar e fazer cumprir, mediante atos complementares, normas
técnicas próprias, preceitos e recomendações emanadas de organismos nacionais e internacionais,
rela vamente à proteção da saúde, tendo em vista o consumo de alimentos e produtos de origem animal.

Capítulo XI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 109 O Serviço de Inspeção Municipal de Alimentos e Produtos de Origem Animal - SIMA/POA -
divulgará todas as normas que forem expedidas para conhecimento das autoridades, e fará os comunicados
necessários aos órgãos envolvidos nas ações de que trata este Regulamento.

Art. 110 Sempre que possível, o SIMA/POA facilitará aos seus técnicos a realização de estágios e cursos em
laboratórios, estabelecimentos ou ins tuições de ensino, bem como incen vará a par cipação em eventos e
a realização de cursos de aperfeiçoamento nas suas respec vas áreas de abrangência.

Art. 111O SIMA/POA promoverá a mais estreita cooperação com os órgãos congêneres, no sen do de se
obter o máximo de eficiência e agilidade nos trabalhos de inspeção industrial e sanitária.

Art. 112 Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.

Art. 113 Revogam-se as disposições em contrário, em especial o Decreto nº 16.672, de 8 de agosto de 2005.

Gabinete do Prefeito Municipal de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná, em 1º agosto de 2006.

PAULO MAC DONALD GHISI


Prefeito Municipal

Download: Anexos (www.leismunicipais.com.br/PR/FOZ.DO.IGUACU/ADEC17265.zip)

Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 17/08/2006

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